Anualmente, no mês de outubro, toda a atenção se volta para a saúde da mulher, especialmente para a saúde mamária. Isso porque, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum na população feminina mundial, com cerca de 74 mil novos casos/ano e uma incidência crescente ao longo dos anos. Apesar dos números serem alarmantes, fatores associados ao não conhecimento da doença e suas formas de prevenção resultam em um diagnóstico cada vez mais tardio, em fase avançada.
Para conscientizar, educar e promover saúde não apenas às mulheres, mas a todas as pessoas, além de mudar os desfechos dos casos de câncer de mama no país, criou-se a campanha internacionalmente conhecida: ‘Outubro Rosa’. “Infelizmente, boa parte das pacientes (40%) são diagnosticadas em fase avançada da doença, o que implica em tratamentos de maior morbidade e mortalidade”, afirma o mastologista do Hospital de Amor, Dr. Idam Jr.
De acordo com o médico, o fator preponderante para transformar o câncer de mama de incurável para curável, é o diagnóstico precoce. “Isso faz com que a paciente tenha um tratamento menos complexo e mais ágil, o que favorece o retorno dela o mais rápido para as suas atividades habituais, como: trabalho, família e amigos”, explica Dr. Idam.
A eficácia da mamografia
Por meio dos exames preventivos, é possível realizar o diagnóstico da doença em uma fase assintomática, ou seja, quando a mulher não sente nenhuma alteração nas mamas. E aí vem a pergunta: qual deles é mais o eficaz?
Há muito tempo, diversos estudos vêm sendo realizados na tentativa de investigar o melhor exame para a detecção precoce do câncer de mama. Assim, a mamografia foi consagrada como o método que consegue diagnosticar este tipo de tumor em fases iniciais, permitindo maiores taxas de cura. Dados atuais mostram que, quando realizada de forma regular, a mamografia pode reduzir a mortalidade por câncer de mama em até 30%.
“Para a mamografia de rastreamento, ou seja, em mulheres assintomáticas, a indicação é a partir dos 40 anos de idade. Porém, há situações em que o exame pode ser indicado antes, principalmente em mulheres com alterações genéticas que aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama. Assim como qualquer outro exame, ela possui limitações que podem diminuir a sua eficácia na detecção do câncer de mama – seja pela qualidade do exame, seja pela experiência do médico que lauda, ou seja por fatores da própria paciente, como as que possuem mamas densas, por exemplo, em que há uma maior concentração de glândula mamária. De qualquer maneira é importante lembrar que: a mamografia não faz nenhum diagnóstico, ela seleciona as pacientes que precisam ou não de uma investigação por meio da biópsia”, alerta o mastologista.
Transformando o câncer de mama no país
Sempre conscientes de que ‘prevenção é o ano todo e em todos os lugares do Brasil’, o Hospital de Amor – referência em tratamento oncológico gratuito de excelência – possui o maior serviço de prevenção de câncer do país e uma estrutura completa focada em ensino e pesquisa. Atualmente, a instituição conta com 27 unidades fixas de prevenção e 52 unidades móveis para levar atendimento humanizado e de alta qualidade a quem mais precisa, sobretudo nas regiões mais remotas do Brasil.
Em mais de 60 anos de história, sendo mais de 30 deles dedicados a realização de um projeto incrível de rastreamento mamográfico e busca ativa (o maior da América Latina), que visam reduzir as desigualdades de acesso à saúde e salvar milhares de vidas, a instituição vem transformando a realidade do câncer de mama no país. “Somos a única instituição do Brasil que desenvolve um projeto de rastreamento com todo o seguimento horizontal, ou seja: se a paciente tem alguma alteração na mamografia, todo o processo de diagnóstico e tratamento do câncer de mama é conduzido da melhor forma dentro do próprio HA. Além disso, por meio das unidades móveis, conseguimos garantir o acesso de milhares de mulheres ao exame, o que pode mudar a vida delas. Da mesma forma, ao expandir as unidades para a região norte e nordeste do país, estamos levando a possibilidade de diagnóstico precoce para essas regiões, que apresentam números reduzidos de mamógrafos disponíveis”, conta o Dr. Idam.
A jornada da mulher na prevenção do HA
No Hospital de Amor – e em todas as suas unidades de prevenção espalhadas pelo país – não há a necessidade de pedido médico para a realização do exame de mamografia (desde que a paciente possua os critérios para a realização dele). O processo é simples:
1) A mulher faz a mamografia.
2) Caso o exame não evidencie alterações, a paciente recebe o resultado e as recomendações para a próxima realização.
Caso seja identificado alguma alteração, a paciente é convocada para retornar à unidade e prosseguir com a complementação, seja ela uma nova mamografia ou uma ultrassonografia.
3) Se confirmada a alteração, a paciente passa em consulta com o mastologista, que a orienta sobre a necessidade ou não de uma biópsia.
4) Confirmado o câncer por meio da biópsia, a paciente é orientada sobre a individualização e personalização do tratamento, pois, apesar de ter nome único “câncer de mama”, nenhum caso se comporta igual ao outro.
Nesse processo de individualização, os profissionais avaliam o estadiamento da doença (tamanho e acometimento dos linfonodos), idade da paciente, status menopausal, subtipo do câncer de mama (tumores com receptores hormonais, tumores HER2+ e triplo negativo), outras doenças da paciente e suas preferências.
5) Com isso, a equipe desenhada a estratégia do melhor tratamento, seja iniciar com a cirurgia ou, em alguns casos, com a quimioterapia.
O trabalho de rastreamento do Hospital de Amor tem início com a educação, destinada ao público feminino e aos profissionais de saúde das mais diversas cidades atendidas pela instituição. Além disso, em algumas localidades, a equipe do HA faz visita as mulheres resistentes à realização do exame, para esclarecer sobre os seus benefícios e aumentar a adesão. “Em todas as fases da jornada da mulher na prevenção, o Hospital de Amor oferece o que há de melhor e mais moderno, assegurando que, ao realizar um exame de mamografia, ela esteja com o melhor mamógrafo disponível, as técnicas de radiologia mais atualizadas e os médicos mais especializados. Todos dedicados para garantir que essa mulher tenha um diagnóstico precoce”, declara o mastologista.
Recomendação
Se você é mulher e tem entre 40 e 49 anos, faça sua mamografia anualmente. Se você é mulher e tem entre 50 e 69 anos, faça sua mamografia a cada dois anos. Consulte seu médico regulamente e esteja em dia com sua saúde!
Para saber mais, acesse: ha.com.vc/outubrorosa.
“Quando eu tive o diagnóstico foi muito triste, porque eu nunca pensei que teria câncer de mama tão jovem”. Renata Lima (empresária), foi diagnosticada com câncer de mama aos 35 anos, após perceber uma fissura no mamilo direito.
“O sintoma que eu percebi foi que meu mamilo abriu uma ‘rachadurinha’. Eu achava que fosse alergia de algum amaciante de roupas. Eu fui em uma médica, ela falou que poderia ser uma mastite e me passou uma pomada e com o tempo cicatrizou. Após três meses, abriu novamente essa ‘rachadurinha’ e eu procurei uma outra ginecologista, e fazendo o exame físico, ela apalpou minha mama e com muito custo, ela encontrou um nódulo”, comentou.
Renata começou a investigar e foi diagnosticada com câncer de mama, Her2+, que é quando apresenta níveis elevados da proteína (Her2), localizada na membrana das células mamárias, promovendo o crescimento das células cancerosas. Natural de Barretos (SP), Renata iniciou o tratamento no Hospital de Amor há um pouco mais de um ano, e atualmente, além de realizar as consultas de manutenção, faz acompanhamento no departamento de Oncogenética do HA.
Câncer de início precoce
A formação do câncer no organismo de um indivíduo pode estar associada a diferentes fatores. A idade sempre foi um dos principais. Pessoas com mais de 50 anos estão há mais tempo sobre exposições ambientais que podem gerar mutações em suas células e causar o surgimento da doença. Porém, um levantamento publicado em 2023, na revista científica BMJ Oncology, vem preocupando especialistas.
Segundo o estudo, casos globais de câncer em pessoas com menos de 50 anos, aumentaram 79% nos últimos 30 anos. Outro fator preocupante, é o aumento da mortalidade pela doença, cerca de 27%, mais de 1 milhão de pessoas jovens morrendo devido ao câncer no mundo.
A conclusão do estudo foi que casos de cânceres no mundo aumentaram de 1,82 milhões em 1990, para 3,26 milhões em 2019, sendo o tumor de mama de maior incidência, seguido pelos tumores de intestino, próstata e esôfago.
Há aproximadamente três anos, Pedro L. Miguel Esposito (auxiliar de almoxarifado), de 23 anos, é paciente do HA. Pedro foi diagnosticado com câncer de intestino e o primeiro sintoma que ele sentiu foi dor na região do abdômen. “Meus primeiros sintomas foram dor, o intestino já não estava funcionando tão bem e apareceu tipo um abcesso na barriga, perto ao umbigo. Eu passei em um gastroenterologista que me pediu uma colonoscopia, e foi onde que deu o diagnóstico”, explicou Pedro.
Após diagnóstico, Pedro passou por uma cirurgia em sua cidade, São José do Rio Pardo (SP), e após dois meses de cirurgia, foi encaminhado para o HA. “Quando eu descobri o tumor no intestino e que eu tirei, eu não sabia que a situação estava tão delicada. Quando fui encaminhado ao Hospital de Amor, eu vi que eu estava com um carcinoma peritoneal, eu fiquei um pouco apavorado”, comentou Pedro sobre o seu diagnóstico.
Há mais de um ano, Pedro finalizou as quimioterapias, e passou a realizar acompanhamento nas consultas e por meio de exames de imagem.
Fatores responsáveis pelo aumento do câncer de início precoce
Mas como explicar a incidência da doença em pessoas com menos de 50 anos?
Para o médico oncologista clínico do Hospital de Amor, Dr. Gustavo Sanches, esse aumento está associado a diversos fatores. “Atribuo o aumento da incidência de câncer em indivíduos com menos de 50 anos a diversos fatores, pois não há somente uma causa. Mudanças na dieta, estilo de vida e fatores ambientais, desde a virada do século XX, vem resultando no aumento das taxas de obesidade, sedentarismo, dietas ocidentalizadas e poluição do meio ambiente podem ter afetado a incidência de câncer de início precoce. Além disso, álcool e tabaco podem também contribuir”, explicou o médico.
Como prevenir o câncer?
Alimentação saudável, prática de exercícios físicos, evitar bebida alcoólica, não se expor ao sol sem proteção solar e não fumar são algumas práticas que contribuem para a prevenção do câncer. Além disso, algumas medidas clínicas, como a vacina do HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), são ações de prevenção contra o câncer, como explica Dr. Gustavo Sanches.
“Medidas clínicas como a vacinação contra o HPV, hepatite B e realizar o tratamento da hepatite B e C (para os portadores), além da prevenção secundária, que é a tentativa de detectar a doença em um estágio inicial em indivíduos assintomáticos. No Brasil, há diretrizes e recomendações do Ministério da Saúde de rastreamento para alguns tipos de cânceres, como por exemplo: câncer de mama, câncer de intestino e câncer de colo de útero”, destacou o oncologista clínico.
Câncer de mama
O risco de desenvolver câncer de mama, também está associado a idade, sendo maior a partir dos 50 anos, porém os índices aumentaram em mulheres com menos de 50 anos, como publicado na revista científica BMJ Oncology.
No Brasil, não se tem um dado específico sobre a incidência de câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos, o que se tem, são dados gerais da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para o país, até 2025, é de 704 mil casos novos de câncer, sendo o de pele não melanoma o mais incidente, com 220 mil casos novos (31,3%), seguido pelo câncer de mama, com 74 mil (10,5%).
Para o médico mastologista do HA, Dr. Idam de Oliveira Junior, a primeira medida para controle do câncer de mama é a “conscientização da população sobre esse importante e crescente problema de saúde pública, bem como as suas medidas preventivas”. Além disso, o médico mastologista destaca as medidas preventivas como primárias e secundárias.
“A prevenção primária, por meio de hábitos de vida saudáveis, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode reduzir em até 30% as chances de se desenvolver a doença. Como prevenção secundária, o exame de mamografia consiste na melhor metodologia de diagnóstico precoce, capaz de detectar na fase assintomática, de forma a reduzir substancialmente a mortalidade causada pelo diagnóstico tardio. Neste sentido, o Hospital de Amor recomenda que o exame anualmente para mulheres entre 40 e 49 anos, e a cada dois anos para aquelas na faixa etária de 50 a 69 anos de idade”, explicou Dr. Idam.
Além da prevenção, em termos de tratamento, o HA apresentou significativos avanços nos últimos anos. “Nos últimos anos apresentamos significativos avanços tecnológicos nessas áreas, como a diversidade de formas para a reconstrução mamária, a melhoria nos equipamentos de radioterapia que tornaram o tratamento mais efetivo, com menores doses de radiação e menor frequência das aplicações e as novas drogas para o tratamento sistêmico – como a imunoterapia para o câncer de mama triplo negativo, os inibidores de ciclina para o tratamento dos tumores luminais (com receptores de hormônios) e as terapias-alvo para os tumores HER2+”, concluiu o especialista.
Em 2020, o Brasil registrou 6.650 novos casos de câncer de ovário, o que representa 3% das neoplasias detectadas em mulheres no país. Mas, segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer), no triênio que contempla o período de 2023 a 2025, o número previsto já é superior, ultrapassando os 7 mil novos casos por ano. Ainda segundo a instituição, a região com maior incidência é a Sudeste.
A doença ocupa o sétimo lugar no ranking nacional de mortalidade entre as brasileiras, isso porque o câncer de ovário ainda é frequentemente diagnosticado em estágios avançados, diminuindo as possibilidades de tratamentos com fins curativos e a taxa de sobrevida. No mundo, dados mostram que apenas 45% das mulheres diagnosticadas possuem uma taxa de sobrevida de cinco anos, uma taxa que é de 89% nos casos de mulheres com câncer de mama.
Por isso, o cirurgião oncológico do Hospital de Amor, Dr. Carlos Andrade, ressalta a importância da observação de alguns sinais e sintomas da doença. “Os sintomas do câncer de ovário em estádios iniciais são muito fracos e podem facilmente serem confundidos com uma má digestão, dor muscular ou sintomas urinários. É importante alertar que mulheres com sintomas urinários ou intestinais que persistem por mais de uma semana, e que não tenham nenhum diagnóstico que justifique, devem ser investigadas para câncer de ovário. Pode ser uma sensação de empachamento, uma constipação, um aumento do volume abdominal ou um aumento da frequência urinária”.
Fatores de risco
Segundo a World Ovarian Cancer Coalition, uma organização global sem fins lucrativos focada não apenas na conscientização, mas no avanço de pesquisas e novos tratamentos da doença, ainda não há um teste simples ou exame de rotina preciso para o diagnóstico precoce, mas alguns fatores de risco devem ser levados em consideração no acompanhamento clínico padrão.
Idade: a maioria dos casos de câncer de ovário ocorre em mulheres com mais de 55 anos, pois a doença também está relacionada ao grau de atividade hormonal feminina. Mas alguns tipos de câncer de ovário podem aparecer em mulheres jovens;
Genética: mulheres portadoras de mutações genéticas nos genes BRCA1 ou BRCA2 (genes que ajudam a reparar os danos nas células), também relacionadas ao surgimento do câncer de mama, estão mais propensas ao desenvolvimento da doença. As portadoras de mutações no primeiro gene apresentam 45% de possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer durante a vida, enquanto mutações no segundo gene oferecem risco de 25%.
Histórico familiar: dados mostram que as mulheres com maior o risco de desenvolverem câncer de ovário são as que possuem dois ou mais parentes que tiveram câncer de ovário, da mama, do cólon ou do útero, independente da ascendência de origem materna ou paterna. Cerca de 15% dos casos de câncer de ovário têm antecedentes familiares.
Outros fatores: por ser uma doença ligada à atividade hormonal, especialistas destacam que o risco de desenvolvimento do câncer de ovário é maior nas mulheres que não tiveram filhos, que nunca tomaram a pílula anticoncepcional, que iniciaram o período menstrual muito cedo ou cuja menopausa começou mais tarde do que a média e em mulheres que já tiveram endometriose.
Prevenção
– Conheça seu corpo: esteja atenta a qualquer mudança incomum;
– Consultas médicas regulares: realize exames ginecológicos regularmente;
– Histórico familiar: se houver casos de câncer de ovário na família, informe seu médico;
– Uso de anticoncepcionais: alguns estudos sugerem que o uso prolongado de anticoncepcionais pode reduzir o risco, porém, o uso do anticoncepcional também pode ser um fator de risco para o surgimento do câncer de mama. Assim, é de extrema importância a consulta com o médico especialista para avaliação e indicação caso a caso.
Diagnóstico
A ecografia pélvica transvaginal e transabdominal são exames que permitem o diagnóstico e a avaliação em casos suspeitos de tumores nos ovários, mas o acompanhamento clínico é imprescindível para resultados positivos quando o assunto é diagnóstico precoce! Atualmente, a medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125 também tem sido uma ferramenta importante, visto que cerca de 80% das mulheres com câncer de ovário possuem esse marcador elevado.
Tratamento
Em casos aonde há suspeita de tumor de ovário, a cirurgia exploratória é recomendada para avaliação e definição de estadiamento da doença, podendo acontecer apenas a remoção do tumor ou ainda a necessidade da retirada do útero e dos ovários. A depender do estágio, tratamentos adjuvantes de quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo podem ser utilizados.
Lembre-se sempre de consultar seu médico e seguir as orientações para um diagnóstico precoce e tratamento adequado. A prevenção e a conscientização são essenciais na luta contra o câncer de ovário.
O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo, sendo uma das principais causas de morte entre adultos, jovens e crianças. E os números seguem uma crescente por motivos diversos, incluindo fatores hereditários e ambientais.
Números estimados
O número de casos novos de câncer infantojuvenil estimado para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 7.930, o que corresponde a um risco estimado de 134,81 por milhão de crianças e adolescentes. Estimam-se 4.230 casos novos no sexo masculino e de 3.700 no sexo feminino. Esses valores correspondem a um risco estimado de 140,50 casos novos por milhão de crianças do sexo masculino e de 128,87 por milhão do sexo feminino. O câncer infantojuvenil no sexo masculino será mais frequente na Região Sul (153,29 por milhão), seguido pelas regiões Sudeste (145,61 por milhão), Centro-oeste (143,89 por milhão), Nordeste (138,10 por milhão) e Norte (111,10 por milhão). Para o sexo feminino, a Região Sul (151,19 por milhão) tem a maior incidência, seguida pelas Regiões Sudeste (144,11 por milhão), Centro-oeste (128,19 por milhão), Nordeste (114,23 por milhão) e Norte (87,56 por milhão).
Mortalidade
O câncer já é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, representando 8% do total de óbitos nessa faixa etária.
Desafios
A descoberta tardia da doença e a dificuldade de acesso a centros especializados são obstáculos significativos. Além disso, o diagnóstico preciso e as novas terapias são áreas que precisam de atenção contínua.
Diagnóstico precoce, uma janela de esperança
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas. Segundo o Dr. Luiz Fernando Lopes, diretor do Hospital de Amor Infantojuvenil, o diagnóstico precoce pode salvar a vida da criança. “A maioria dos tumores pediátricos iniciam-se com sinais muito parecidos com sinais de outras doenças que são comuns na criança e com isso podem muitas vezes confundir os pais. Se estes pais forem alertados, assim como os professores nas escolas e toda comunidade, aumenta a chance de alguma pessoa perceber algo na criança.” e ressalta, “A chegada tardia a um centro especializado pode tirar da criança a chance de cura ou diminuir bastante essa chance”.
Sintomas
Fique atento a sinais como perda de peso inexplicada, dores persistentes, febre prolongada, manchas na pele, inchaços e sangramentos anormais.
Papel dos pais e profissionais de saúde
Os pais devem estar atentos aos sintomas e buscar assistência médica imediatamente. Os profissionais de saúde têm um papel crucial na identificação precoce e encaminhamento para tratamento especializado.
Tipos de câncer infantojuvenil
O câncer na criança e no adolescente (entre 0 e 19 anos), ou câncer infantojuvenil, corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais, que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o infantojuvenil é predominantemente de natureza embrionária e, geralmente, afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Um dos tipos mais comuns de câncer infantojuvenil e que é o mais tratado na unidade do Hospital de Amor em Barretos (SP), é o cerebral, com taxas de curas acima da média nacional, ainda segundo o Dr. Luiz Fernando.
“Embora leucemias agudas sejam as mais prevalentes em quase todos os países e os tumores cerebrais os que estão em segundo lugar, em Barretos temos mais tumores cerebrais que chegam em aqui para tratamento. Estes tumores exigem sofisticação técnica para trata-los: equipe especializada que analisa em laboratório o componente genético (e o tratamento adequado depende destes estudos), exige neurocirurgiões habilitados em tumores cerebrais pediátricos, médicos e enfermeiros que cuidam exclusivamente destes tumores). As taxas de cura dos tumores cerebrais em Barretos é maior do que a média nacional”.
• Leucemia
A leucemia é caracterizada pela produção excessiva de células brancas anormais, superpovoando a medula óssea e impedindo que as células normais sejam produzidas, provocando infecções, palidez, sangramentos, dor nos ossos e articulações, fadiga, fraqueza, febre e perda de peso.
• Tumores do sistema nervoso central
Os tumores do sistema nervoso central, cérebro e cerebelo são os tumores sólidos mais frequentes na infância e representam aproximadamente 20% dos cânceres infantis. Podem causar dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva ou dupla, tontura e dificuldade para caminhar ou manipular objetos. O diagnóstico do tipo exato de tumor é feito durante a cirurgia. Entretanto, imagens feitas com ressonância magnética podem sugerir os diferentes tipos de tumores nestas regiões do sistema nervoso central.
• Linfoma não Hodgkin
Conhecido como câncer do sistema linfático, pode estar presente em qualquer parte do corpo, principalmente no tórax e abdômen. Na barriga, pode causar parada de evacuações e dor na região. Quando o linfoma é no tórax, pode causar tosse ou falta de ar. Ao ser diagnosticado precocemente, o índice de cura é de 80%.
• Doença de Hodgkin
É um tumor que acomete gânglios e baço, sendo mais frequente em adolescentes. A maioria dos casos se inicia com adenomegalias, que são ínguas com crescimento progressivo. A criança pode apresentar febre prolongada e perda de peso. O diagnóstico do linfoma é feito por meio de biópsia de um gânglio aumentado. O tratamento é realizado com quimioterapia e radioterapia. Atualmente, em cada 100 crianças tratadas, 85 ficam completamente curadas.
• Neuroblastoma
Na maioria dos casos, acomete lactentes (crianças que ainda se alimentam do leite materno) e menores de 10 anos. O tumor pode se iniciar em qualquer lugar, mas geralmente aparece na barriga, tórax, pescoço ou próximo à coluna vertebral. É notado como inchaço, podendo também causar dor óssea e febre. Os tumores que crescem próximos da coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina. Todos os tumores do abdômen podem ser confundidos com verminose. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, indica-se radioterapia e transplante de medula.
• Tumor de Wilms
Na maioria dos casos, acomete lactentes (crianças que ainda se alimentam do leite materno) e menores de 10 anos. O tumor pode se iniciar em qualquer lugar, mas geralmente aparece na barriga, tórax, pescoço ou próximo à coluna vertebral. É notado como inchaço, podendo também causar dor óssea e febre. Os tumores que crescem próximos da coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina. Todos os tumores do abdômen podem ser confundidos com verminose. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, indica-se radioterapia e transplante de medula.
• Tumores ósseos
Os tipos mais comuns são Sarcoma de Ewing e Osteossarcoma. O local mais frequente é acima ou abaixo do joelho. Provocam dor óssea, que piora à noite ou com atividade e inchaço na área ao redor do osso. A pele pode ficar vermelha e quente e, quando o tumor cresce, é possível ver inchaço no local. Podem ser confundidos principalmente com infecções ou dores de crescimento. Para diagnosticá-los, é necessário realizar raio X do local doloroso e biópsia com agulha sem cortar a pele. O tratamento é realizado com cirurgia e quimioterapia. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura para até 70%.
• Retinoblastoma
No retinoblastoma, um sinal importante é o chamado “reflexo do olho do gato”, que é o embranquecimento da pupila quando esta é exposta à luz. Geralmente, acomete crianças antes dos 3 anos. Atualmente, a pesquisa desse reflexo pode ser feita desde a fase de recém-nascido. Alguns retinoblastomas são hereditários. Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças devem ser examinadas por um oftalmologista experiente a partir do nascimento, para que o diagnóstico seja o mais precoce possível.
“Passos que Salvam”
A campanha Passos que Salvam tem como objetivo conscientizar a população de mais de 300 cidades em todo o Brasil, sobre a importância do diagnóstico precoce dos vários tipos de câncer infantojuvenil. Trata-se da maior mobilização simultânea de conscientização sobre o câncer do Brasil. A caminhada acontece anualmente no mês de novembro.
Mais informações
Para orientações sobre agendamento e atendimento na unidade Infantojuvenil no Hospital de Amor, entre em contato pelo WhatsApp: (17) 3321-5403.
Março Marinho, Julho Verde, Outubro Rosa, Novembro Azul e, agora: “Dezembro Laranja”. Sempre consciente de que a prevenção salva vidas, o Hospital de Amor começa o último mês do ano com o ‘pé direito’, celebrando e apoiando mais esta importante campanha, que visa conscientizar a população sobre o diagnóstico precoce do câncer de pele.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil, em homens e mulheres, com taxas altíssimas em mulheres das regiões Sul e Sudeste. Só em 2022, foram mais de 66 mil novos casos.
Com dados alarmantes e números crescentes, o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência) conta com o maior serviço de prevenção de câncer do país, responsável por levar saúde de qualidade à população de todos os estados.
Neste “Dezembro Laranja”, o HA conversou com a dermatologista da instituição, Dra. Vanessa D´Andretta Tanaka, e preparou uma matéria especial sobre o tema, esclarecendo as principais dúvidas sobre a doença, suas formas de prevenção, e sinais e sintomas.
Confira, se informe e esteja em dia com seus exames. Lembre-se: prevenção é o ano todo!
– O que é a campanha ‘Dezembro Laranja’ e qual é a importância dela?
R.: O ‘Dezembro Laranja’ é a campanha de prevenção e detecção precoce do câncer de pele. A pele é o maior órgão do corpo humano e está exposto são raios ultravioletas. Esse dano vai se acumulando ao longo da nossa vida e pode levar ao aparecimento do câncer de pele. Esses raios ultravioletas são mais fortes no verão e é uma época do ano que mais pessoas têm queimadura solar – o que também pode levar ao aparecimento do câncer de pele. Por isso essa campanha inicia no começo do verão: para conscientizar todas as pessoas a se protegerem do sol usando protetor solar todos os dias, no mínimo fator 30, lembrar de repassa-lo a cada 3 horas, evitar de ficar no sol das 9 às 15h, usar chapéu, boné, roupas com protetor UV, camisas de manga comprida e óculos escuro.
– O que é câncer de pele?
R.: Na nossa pele temos células, que podem sofrer transformações e que podem levar a formação do câncer. Existem alguns fatores que aumentam as chances do aparecimento da doença, como:
– quem já teve câncer de pele tem uma chance maior de ter outro câncer de pele;
– quem tem um parente que teve um câncer de pele;
– pessoas que trabalham expostas ao sol;
– pessoas que já tiveram, pelo menos, uma queimadura solar;
– pessoas de pele que queima fácil quando fica no sol;
– pessoas de cabelo claro e olho claro;
– pessoas com mais de 50 pintas.
– Qual é a incidência da doença?
R.: 34% dos cânceres. Ou seja, é o câncer mais frequente no Brasil em homens e em mulheres.
– Quais são os sinais e sintomas do câncer de pele?
R.: Existem dois tipos principais de câncer de pele: os carcinomas e os melanomas.
No carcinoma, os sintomas são:
– machucado que não cicatriza, sangra com facilidade;
– bolinha rosa na pele de aspecto brilhante, que não some e sangra fácil;
– bolinha rosa que a superfície é áspera com casca seca, que sangra quando a casca vai e não melhora, não cicatriza;
No melanoma, os sintomas são:
– pinta ou mancha marrom ou preta;
– pinta com duas ou três cores, como marrom escuro/marrom claro e preto;
– pinta com crescimento rápido;
– pinta com mudança de formato ou cor;
– lesão assimétrica (bordas e cores em formatos diferentes, de um lado e do outro).
– Quais sãos os tipos de câncer de pele?
R.: Câncer de pele melanoma (mais grave, pois tem mais chance de dar metástase) e câncer de pele não melanoma.
– Quais são os tipos mais graves da doença?
R.: Existem dois tipos de câncer de pele (melanoma e não melanoma). O mais grave é o melanoma, pois ele tem grande chance de se espalhar e dar metástase.
– Quais são os índices de cura?
R.: Se o câncer de pele for diagnosticado com lesão pequena, inicialmente, a chance de cura é de 100%. Se o melanoma é diagnosticado já em estágio avançado, a chance de cura é baixa, cerca de 22%.
– Como ocorre a prevenção?
R.: Usar protetor solar todos os dias, no mínimo fator 30, e lembrar de repassar o protetor a cada 3 horas. Lembre-se: o fator de proteção de quem tem pele mais sensível ao sol, ou quem trabalha exposto ao sol, deve ser 50 ou maior.
Evitar ficar no sol das 9 às 15hs.
Usar chapéu, boné, roupas com protetor UV, camisas de manga comprida e óculos escuro.
Evitar queimadura solar.
– Qual é a importância de ações de prevenção do câncer de pele?
R.: O câncer de pele aparece, geralmente, após os 50 anos de idade, porém ele tem relação com o sol da nossa vida toda. Por isso, precisamos nos conscientizar e nos proteger desde novos, por toda a nossa vida. O câncer de pele está aumentado ano a ano. Precisamos nos prevenir e as campanhas são grandes fontes de informação para isso!
Consulte seu médico regulamente e esteja em dia com sua saúde! Para saber mais, acesse: hospitaldeamor.com.br/dezembrolaranja.
Em 61 anos de história e mais de 30 realizando um trabalho incrível de rastreamento e busca ativa, levando saúde de qualidade e exames preventivos de câncer, gratuitamente, à população das localidades mais distantes e necessitadas por meio de carretas que percorrem o país, o Hospital de Amor lança sua mais nova unidade móvel de educação: a ‘Liga de Combate ao Câncer’ (LCC).
Focada em prevenção primária e educação, a unidade utiliza a gamificação e a imersão para abordar temas importantes, como Educação em Saúde, Autocuidado e Prevenção do Câncer de Mama, proporcionando uma verdadeira experiência aos estudantes do ensino fundamental II (de 11 a 14 anos). “O objetivo é tratar assuntos complexos de maneira lúdica, transformando este público jovem em protagonistas de uma aventura e de uma investigação científica. A mecânica e a linguagem adaptada aos adolescentes proporcionam um maior envolvimento dos participantes, além de uma melhor compreensão e assimilação do tema”, afirma o supervisor das unidades móveis de educação do HA, Keneder Marino.
Idealizada em 2019, graças à uma doação do Ministério Público do Trabalho de Rondônia e Acre (MPTROAC), a carreta iniciou suas atividades em setembro deste ano. Além dos estudantes, a LCC também possui um papel importante junto aos educadores. De acordo com Marino, a unidade móvel visa capacitar os profissionais de educação, na tentativa de difundir o conhecimento com os alunos sobre o autocuidado e a prevenção do câncer.
“Nossa intenção é sensibilizar o maior número de pessoas possíveis para o combate ao câncer, e divulgar o conhecimento nas escolas sobre o autocuidado, para fazer com que esses jovens se transformem em adultos saudáveis e multiplicadores da informação em seu convívio. Dessa forma, desejamos aumentar os exames de rastreamento de câncer em busca de diagnósticos precoces e mais vidas salvas!” esclarece.
A experiência
Durante a imersão, os participantes são conscientizados sobre a importância do diagnóstico precoce e alertados sobre a prevenção secundária, com foco no câncer de mama.
“A experiência tem a duração máxima de 20 minutos e começa com a identificação dos participantes – eles são nomeados como agentes secretos e recebem definição numérica, de 1 a 10 (que é o número de cabines existentes na carreta). Na sequência, a missão é apresentada por meio de um vídeo, que mostra os personagens: Dra. Maeda, Piloto Rafa, Piloto Leo e Pilota Vivi. Eles, junto aos agentes, têm a tarefa de entrar na cabine de combate; acessar a corrente sanguínea; chegar na glândula mamária; e investigar o que está acontecendo de errado com nossa personagem Matilda – uma pessoa que se alimenta mal, fuma e consume bebida alcoólicas. No percurso virtual nas cabines, que é realizado com óculos de realidade virtual, eles descobrem uma anomalia: o câncer de mama! De forma completamente lúdica, eles participam de um combate para identificar esse mal a tempo de salvar a vida da paciente”, explica supervisor das unidades móveis de educação do HA.
Assista ao vídeo e conheça a LCC:
Um estudo inédito realizado por pesquisadores do Hospital de Amor, que teve o apoio da FAPESP e foi recém-publicado na revista científica Clinical Breast Cancer, mostrou que, mais do que a cor da pele, a ancestralidade é indicadora de risco para câncer de mama e que mulheres de ascendência africana têm mais chances de desenvolver tumores do tipo triplo-negativo, que são de difícil tratamento. Apesar de a ancestralidade já ser conhecida como um fator para prever o tipo de câncer mais provável em certa população, a pesquisa destacou que, em países miscigenados como o Brasil, apenas a cor da pele não é suficiente para determinar esse fator de risco.
Essa é a primeira desse tipo, nos distintos subtipos moleculares, com base em marcadores genéticos de ancestralidade especialmente selecionados para a população geral brasileira e foi possível graças à pluralidade das pacientes atendidas pela instituição. Os pesquisadores explicam que esse tipo de análise é importante para definir se a frequência desses subtipos de tumores se associa com a ancestralidade genética das pacientes.
De acordo com o Dr. René Aloisio da Costa Vieira, pesquisador do HA e um dos coordenadores do estudo, “os resultados apontam para a necessidade de realizar exames anuais em populações de ascendência africana, predominante no Norte e Nordeste do país. Além dos fatores socioeconômicos, que podem influenciar o prognóstico da doença nessa população, observamos uma maior proporção de ancestralidade africana em mulheres com o subtipo molecular triplo-negativo, que é sabidamente mais agressivo, multiplica-se mais rápido e tem menos opções de tratamento”.
O trabalho contou com a participação de mais de mil pacientes com câncer de mama de diversas regiões brasileiras, com uma predominância maior de mulheres do Sudeste (72%), seguido por 7,3% da região Norte, 1,8% do Nordeste e 0,9% do Sul. Em consonância com o padrão de autodeclaração de cor ou raça do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria se declarava branca (77,9%), seguidas de pardas (17,4%) e negras (4,1%). Amarelas (asiáticas) e indígenas somaram 0,5%.
A partir dos resultados obtidos, observou-se que a ancestralidade avaliada geneticamente foi fator associado com a classificação molecular do câncer. “Isso mostra como a cor da pele não é determinante para o tipo de tumor, mas, sim, a ancestralidade”, comenta o Dr. Rui Manuel Reis, Diretor Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) e coordenador do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor.
Os pesquisadores pretendem, agora, ampliar e investir em novas frentes do estudo para descobrir, por exemplo, melhores formas de tratamento e prevenção, que possam, sobretudo, serem aplicadas ao Sistema Único de Saúde por meio de políticas públicas estruturadas.
Leia o artigo “Genetic Ancestry of 1127 Brazilian Breast Cancer Patients and Its Correlation With Molecular Subtype and Geographic Region” na íntegra.
*Texto colaborativo: André Julião – Agência FAPESP
O câncer de mama representa hoje um grave problema de saúde pública global. Esta é uma afirmativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima a ocorrência de 1.050.000 casos novos da doença, tornando-a o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo (depois do câncer de pele não melanoma). De acordo com informações do INCA, para 2023 são esperados 73 mil novos casos de câncer de mama no país, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres e índices de mortalidade crescentes.
São dados que assustam, não é mesmo? Por isso, sempre conscientes de que a prevenção salva vidas, há mais de 30 anos o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência, com o maior serviço de prevenção de câncer do país e uma estrutura completa focada em ensino e pesquisa), realiza um trabalho incrível de rastreamento e busca ativa, que leva saúde de qualidade e exames preventivos de câncer, gratuitamente, à população das localidades mais distantes e necessitadas. Atualmente, a instituição possui mais de 20 unidades fixas de prevenção e mais de 50 unidades móveis que rodam o Brasil, na tentativa de reduzir as desigualdades de acesso à saúde e de salvar milhares de vidas!
Neste mês em que celebramos o “Outubro Rosa” – campanha mundialmente conhecida sobre a conscientização da importância do diagnóstico precoce do câncer de mama – o HA conversou com o mastologista da instituição, Dr. Idam de Oliveira Jr., e preparou uma matéria especial sobre o tema, esclarecendo as principais dúvidas sobre a doença, suas formas de prevenção, sinais e sintomas, e tratamento.
Confira, se informe e esteja em dia com sua mamografia. Lembre-se: prevenção é o ano todo!
– O que é o câncer de mama?
R.: Câncer de mama é a proliferação desordenada de células da glândula mamária que, por diversos mecanismos, consegue se esconder do sistema de defesa do corpo, ganhando autonomia e com chance de espalhar para outros órgãos.
– Qual a incidência da doença nas mulheres do Brasil?
R.: De acordo com as estimativas do INCA, é esperado para o ano de 2023 cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama no país.
– Qual a estimativa da doença para os próximos anos?
R.: Infelizmente a incidência é crescente, principalmente no Brasil e outros países da América Latina, que estão passando por modificações no processo saúde-doença, ficando a população exposta a doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer.
– Quais são fatores de risco?
R.: São alguns, dentre eles:
• primeira menstruação precoce (antes dos 9 anos);
• última menstruação tardia (após os 55 anos de idade);
• não engravidar ou engravidar após os 30 anos;
• histórico familiar para câncer de mama (principalmente em parentes de primeiro grau, com diagnóstico em idade inferior a 50 anos);
• uso de reposição hormonal (principalmente por mais de 5 anos).
– O câncer de mama é hereditário?
R.: Sim. Entretanto, o câncer de mama hereditário corresponde à menos de 10% de todos os casos. Ocorre quando uma alteração genética é passada de pais para filhos. Dentre os genes mais comuns, temos o BRCA.
– Quais são os principais sintomas da doença?
R.: Os sintomas do câncer de mama envolvem nódulo ou caroço endurecido, alterações na textura da pele, vermelhidão ou inchaço na mama, saída de secreção (transparente ou sanguinolenta) pelo mamilo e ínguas axilares aumentadas.
– Quais são os tipos de tratamento para o câncer de mama?
R.: O tratamento do câncer leva em consideração diversos fatores. Por isso, as comparações entre pacientes não são convenientes: cada caso é único! De forma geral, temos cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e terapia-alvo (anti-HER2). Consulte seu médico!
– E as formas de prevenção?
R.: Tudo começa com a prevenção primária, por meio de hábitos saudáveis de vida, como: atividade física, dieta equilibrada com baixo teor de gordura, evitar tabagismo e alcoolismo, entre outros. Temos também a prevenção secundária, realizada com a mamografia, que é uma poderosa ferramenta de detecção precoce, capaz de diagnosticar o câncer de mama em uma fase inicial e assintomática, aumentado as chances de cura da doença.
– Quando a mamografia é indicada?
R.: O Hospital de Amor recomenda a mamografia de rastreamento dos 40 aos 49 anos, de forma anual. Já para mulheres dos 50 aos 59 anos, a cada 2 anos.
– Mulheres que ainda não tem recomendação de fazer a mamografia, como podem se prevenir?
R.: A mulher deve conhecer o seu corpo para que, diante de qualquer alteração, procure avaliação médica o mais breve possível. Além disso, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que todas as mulheres, aos 30 anos, façam consulta com o mastologista para avaliar o risco para câncer de mama. Após essa avaliação é discutido, a depender do caso e do risco, o início da mamografia antes dos 40 anos.
– A doença está sendo detectada em mulheres mais jovens? Essa afirmação está correta?
R.: Sim, infelizmente correta. No Brasil temos uma maior incidência de câncer de mama em mulheres jovens, quando comparado com outros países. Entretanto, a idade média ao diagnóstico no país é de 55 anos. No Hospital de Amor, cerca de 25% das mulheres tratadas de câncer de mama estão na faixa etária dos 40 aos 49 anos.
– Quais são os índices de cura para o câncer de mama?
R.: Quando diagnosticado em fase inicial, o câncer de mama tem mais de 90% de chance de cura. É por isso que insistimos tanto com a prevenção: ela salva vidas!
– Quando a reconstrução mamária é indicada?
R.: A mastectomia ainda faz parte do tratamento do câncer de mama, principalmente pelo diagnóstico em fase avançada. Diante de condições clínicas permissíveis, a reconstrução mamária imediata será realizada. Em outros casos, a reconstrução pode ser de forma tardia, quando a mulher já terminou todo o tratamento.
– Como é o trabalho realizado pelo HA em prevenção e tratamento do câncer de mama?
R.: Quando o Hospital de Amor foi criado, um dos principais objetivos de seus fundadores era o de levar saúde de qualidade para além das capitais e grandes centros. Barretos (SP) ficou conhecida por oferecer prevenção e assistência oncológica a quem mais precisava, sem cobrar nada por isso. Há mais de 60 anos a instituição se preocupa com toda a linha de cuidado da paciente com câncer de mama, assegurando tratamento de qualidade e foco na própria paciente, não na doença. O HA se tornou o hospital do Brasil, atendendo mais de 2.531 municípios e destacando-se como o maior centro oncológico da América Latina!
– Na sua opinião como médico mastologista, qual a importância desse trabalho de excelência para as mulheres?
R.: O HA não apenas garante que as mulheres tenham acesso ao rastreamento mamográfico, a biópsia e ao tratamento adequado quando necessário, como contribui para a redução de mortalidade por câncer de mama no país.
– E qual é a importância da campanha mundial “Outubro Rosa”?
R.: O Outubro Rosa tem o objetivo de dar visibilidade à esse importante problema de saúde pública mundial, que é o câncer de mama. Nosso objetivo é conscientizar todos sobre a doença e suas formas de prevenção, para aumentarmos o diagnóstico em fase inicial.
– Prevenção é o ano todo?
R.: Com certeza! Outubro é só uma alerta para esta importante causa. Mas, a mulher deve estar em dia com a prevenção o ano todo!
Ações especiais “Outubro Rosa”
A prevenção é, originalmente, um dos principais pilares do HA. Durante todos os meses, a instituição se dedica em conscientizar a sociedade de que a ‘prevenção é o ano todo’, mas, especialmente no mês de outubro, os Institutos de Prevenção espalhados pelo Brasil desenvolvem programações especiais. Visite ou entre em contato com a unidade mais próxima de você e confira o cronograma de atividades.
Em Barretos (SP), o Instituto de Prevenção conta com um ônibus, responsável por buscar as mulheres do município em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) – administrados pelo HA – para realizar exames de mamografia na instituição, facilitando o acesso delas e incentivando-as a cuidarem da saúde.
Recomendação
Se você é mulher e tem entre 40 e 49 anos, faça sua mamografia anualmente. Se você é mulher e tem entre 50 e 69 anos, faça sua mamografia a cada dois anos. Consulte seu médico regulamente e esteja em dia com sua saúde!
Para saber mais, acesse: ha.com.vc/outubrorosa.
Outubro ainda nem chegou, mas as ações em celebração ao ‘Outubro Rosa’ – campanha mundialmente conhecida sobre a conscientização da importância do diagnóstico precoce do câncer de mama – já se iniciaram no Hospital de Amor. Sempre consciente de que a maior arma no combate à doença é a prevenção, a instituição desenvolve projetos (durante todo o ano, mas especialmente neste período) que visam oferecer informações, orientações, além de excelência e humanização na realização de exames preventivos gratuitos à população. Uma dessas iniciativas é o “Talento Rosa”!
Promovida pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, a capacitação, que é destinada aos professores representantes das Escolas de Educação Infantil, Fundamental e Médio de Barretos (SP) e região, tem o intuito de motivar crianças e adolescentes em ambientes escolares, de forma lúdica (artística), a refletirem sobre o câncer e suas formas de prevenção, por meio da produção desenhos e poesias, além de conscientizar as mulheres do convívio destes alunos sobre a importância do diagnóstico precoce da doença.
Em parceria com as Secretarias Municipais de Educação, Diretorias de Ensino e Rede de Ensino Privado de Barretos e Região, o evento – que neste ano aconteceu no último dia 26 de setembro, na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FASCIB), reuniu 170 profissionais, dentre eles o Dirigente de Ensino da D.E. da Regional de Barretos (SP), Bruno Henrique Bertin, e a Dirigente Regional de Ensino de São José do Rio Preto (SP), Luana da Silva Garcia.
“Com essa mobilização, nós buscamos unir todo o ambiente e a comunidade escolar, para que esses alunos possam se envolver com o Outubro Rosa e levar para suas mulheres de convívio, a importância da prevenção do câncer de mama, pois a prevenção salva vidas!”, afirmou a coordenadora do projeto, Rosa Cunha.
Para a mastologista do HA, Dra. Talita Mendes, começar a educação em saúde dentro das escolas – principalmente em relação a prevenção do câncer de mama (o tumor mais incidente em mulheres de todas as regiões do Brasil, exceto os pele não melanoma) – é fundamental. “Nada melhor do que começar esse trabalho, informando, orientando e conscientizando aqueles que educam”, declarou.
O evento
Durante o evento, os participantes puderam ouvir palestras sobre os temas:
• Câncer de Mama no Brasil e no Mundo – com os mastologistas do HA, Dr. Idam de Olivera Jr. e Dra. Talita Mendes; com a gerente administrativa da atenção primária e unidade de pronto atendimento (UPA) do HA, Marcela de Oliveira Santos; e com a gerente do Instituto de Prevenção do HA, Paula Carvalho Ribeiro.
• Os impactos da participação das escolas na Prevenção do Câncer de Mama – com a coordenadora de projetos do NEC do HA, Rosa Cunha; com a supervisora geral do Centro de Formação dos Profissionais de Educação (CEFORPE) de Barretos (SP), Ana Carolina Policarpo; com a supervisora de ensino da Secretaria Municipal de Educação de Olímpia (SP), Iracema Bassetto; e com a coordenadora de gestão pedagógica geral da Escola Estadual Professor Aymoré do Brasil, Paula Silva.
Para encerrar a ação com chave de ouro, um ‘show’ repleto de ânimo, incentivo e alegria com Leila Navarro. Com o tema: Motivação além do rosa: engajando equipes e promovendo conscientização, a palestrante motivacional (autora de mais de 15 livros, que integra o ranking dos 20 mais notáveis palestrantes brasileiros, segundo a revista VEJA em 2020), falou sobre amor-próprio, autoestima, autocuidado, qualidade de vida, empatia e o principal: sobre prevenção.
“Prevenção é empatia… empatia consigo mesma. Por isso, se você tem seios, cuide, sinta, respeite eles. Nosso corpo é nosso lar e ter consciência disso é o que nos salva! Cuidamos tanto da parte de fora, precisamos cuidar da parte de dentro também”, finalizou Leila.
Ao som da música ‘Soul de Verão’, de Sandra de Sá, Leila cantou, dançou e encantou todos os participantes do “Talento Rosa”.
O projeto
De acordo com a coordenadora do projeto, Rosa Cunha, a ação inicia-se pela capacitação dos profissionais da educação, abordando a prevenção do câncer de mama e as orientações sobre como essa temática deve ser desenvolvida em sala de aula. Após a produção dos desenhos e poesias, os estudantes são conduzidos pelo professor em uma roda de conversa a eleger um que melhor representa a reflexão realizada pela classe. “Uma cópia de cada trabalho selecionado é enviada para o Hospital de Amor e sugere-se que os originais, se possível, sejam expostos nas escolas ou unidades de saúde de suas respectivas cidades, de forma presencial ou on-line. Fotos dos ambientes escolares decorados também são enviadas ao HA e expostas na exposição digital da instituição”, completou Rosa.
No último ano, o ‘Talento Rosa’ capacitou 127 escolas, 1.337 professores e 22.106 estudantes, com 34.200 produções artísticas. Para mais informações sobre o ‘Talento Rosa’, acesse: ha.com.vc/talentorosa.
Prevenção
Há mais de 30 anos, o Hospital de Amor ultrapassa fronteiras e barreiras percorrendo o país para levar saúde de qualidade, gratuitamente, à população das localidades mais distantes e necessitadas. São dezenas de unidades fixas e móveis espalhadas pelo Brasil, desenvolvendo um trabalho completo em rastreamento, diagnóstico e tratamento, e o mais importante: salvando milhares de vidas!
Assim como acontece em outros meses do ano, setembro também conta com uma importante campanha de conscientização: a do retinoblastoma – o câncer dos olhos mais comum na infância. O “Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma”, celebrado em 18 de setembro, tem o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da detecção precoce da doença, fator indispensável para garantir bons resultados no tratamento.
A iniciativa ganhou força e uma visibilidade ainda maior! Após o casal Tiago Leifert e Diana Garbin revelarem (no ano de 2022) que sua filha, Lua (na época com apenas 1 ano e 3 meses), tinha sido diagnosticada com um tipo raro de câncer na retina, o retinoblastoma bilateral, os jornalistas assumiram a missão de alertar outros pais para os perigos da doença, enquanto a filha segue em tratamento.
Neste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), além de outras entidades médicas, promoveram a mobilização “De olho nos olhinhos”. E o Hospital de Amor – referência em tratamento oncológico gratuito de excelência, com o maior serviço de prevenção de câncer do país – é uma das instituições que apoia esta grande ação.
Confira!
– O que é retinoblastoma?
R.: O retinoblastoma é o câncer dos olhos mais comum na infância e representa cerca de 2,5 a 4% de todas as neoplasias pediátricas.
– Qual é a incidência deste câncer?
R.: O retinoblastoma é um tumor raro, com cerca de 400 casos novos por ano no Brasil. Trata-se de uma doença da primeira infância, com maior incidência nas crianças abaixo de 5 anos de vida. De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria dos casos – entre 60% e 75% – é unilateral (quando afeta um olho). Destes, 85% são esporádicos, e os demais são casos hereditários. Já o bilateral (quando os dois olhos são afetados), são quase sempre casos hereditários.
– Quais são os principais sintomas de retinoblastoma?
Outros sintomas que podem aparecer são: vermelhidão, deformação do globo ocular, baixa visão, conjuntivite, inflamações e dor ocular.
– Quais sãos os perigos da doença quando se trata de perder a visão?
Nos casos bilaterais, frequentemente apenas um dos olhos tem uma doença avançada, que evolui com sequelas visuais mais importantes. Nesses casos, o olho com doença menos avançada costuma ter um ótimo resultado visual e permite que a criança realize a maioria das atividades diárias normalmente, inclusive participar de esportes e dirigir na vida adulta.
– Existe prevenção ou cura para a doença?
Todas as crianças devem passar por uma primeira avaliação oftalmológica completa, que inclua o exame de fundo de olho com a pupila dilatada, entre 6 meses e 1 ano de vida. Por ser uma doença que frequentemente envolve mutações genéticas herdadas em famílias com casos de retinoblastoma, as crianças devem ser avaliadas e acompanhadas desde o nascimento.
– Quais são os tipos de tratamento para o retinoblastoma?
Já em casos de doença avançada, pode ser necessário fazer a remoção do globo ocular afetado, com reconstrução da órbita e adaptação de uma prótese para um bom resultado estético.
– E como funciona a quimioterapia intra-arterial?
R.: A quimioterapia intra-arterial é um procedimento multidisciplinar de alta complexidade. Envolve o radiologista intervencionista, oncologista pediátrico, anestesista, oftalmologista, farmacêutico e uma grande equipe de suporte. Nela, um micro cateter é introduzido desde a artéria femoral até a artéria oftálmica, responsável pela nutrição do globo ocular.
– Qual é o grande diferencial deste tipo de tratamento em relação as quimioterapias convencionais?
Mas é importante lembrar que: o tratamento do retinoblastoma é feito de forma personalizada, ou seja, cada caso é um caso e necessita de avaliação médica.
– O Hospital de Amor oferece, gratuitamente, o que há de mais avançado aos pacientes, inclusive nos tratamentos de retinoblastoma?
Ação “De olho nos olhinhos”
Além de publicações semanais nos perfis oficiais da instituição durante todo o mês de setembro, trazendo conteúdos informativos sobre o tema, o Hospital de Amor também realiza uma ação especial para a população de Barretos (SP) e região. Nos dias 15 e 16/9, uma equipe de profissionais da unidade infantojuvenil do HA estará no North Shopping Barretos alertando, informando e conscientizando as pessoas para a importância do diagnóstico precoce do retinoblastoma. Cartazes e cartilhas serão entregues em todas as unidades de saúde administradas pela rede HA. Prestigie, apoie esta campanha e nos ajude nessa missão!
E se você é pai, mãe, avó, professora ou convive com crianças, fique atento aos sintomas de alerta para o retinoblastoma. Com a presença de qualquer um dos sinais, é imprescindível levar os pequenos para uma avaliação médica.
Independente da situação, o exame oftalmológico deve ser feito mesmo sem qualquer suspeita de comprometimento visual. Ao nascer: teste do olhinho; entre 6 meses e 1 ano de vida: primeiro exame oftalmológico completo; em torno de 3 anos de idade: segundo exame oftalmológico completo; entre 5 e 6 anos: novo exame oftalmológico; a partir daí: o exame oftalmológico terá a frequência dependendo da saúde visual da criança e o histórico familiar.
Anualmente, no mês de outubro, toda a atenção se volta para a saúde da mulher, especialmente para a saúde mamária. Isso porque, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum na população feminina mundial, com cerca de 74 mil novos casos/ano e uma incidência crescente ao longo dos anos. Apesar dos números serem alarmantes, fatores associados ao não conhecimento da doença e suas formas de prevenção resultam em um diagnóstico cada vez mais tardio, em fase avançada.
Para conscientizar, educar e promover saúde não apenas às mulheres, mas a todas as pessoas, além de mudar os desfechos dos casos de câncer de mama no país, criou-se a campanha internacionalmente conhecida: ‘Outubro Rosa’. “Infelizmente, boa parte das pacientes (40%) são diagnosticadas em fase avançada da doença, o que implica em tratamentos de maior morbidade e mortalidade”, afirma o mastologista do Hospital de Amor, Dr. Idam Jr.
De acordo com o médico, o fator preponderante para transformar o câncer de mama de incurável para curável, é o diagnóstico precoce. “Isso faz com que a paciente tenha um tratamento menos complexo e mais ágil, o que favorece o retorno dela o mais rápido para as suas atividades habituais, como: trabalho, família e amigos”, explica Dr. Idam.
A eficácia da mamografia
Por meio dos exames preventivos, é possível realizar o diagnóstico da doença em uma fase assintomática, ou seja, quando a mulher não sente nenhuma alteração nas mamas. E aí vem a pergunta: qual deles é mais o eficaz?
Há muito tempo, diversos estudos vêm sendo realizados na tentativa de investigar o melhor exame para a detecção precoce do câncer de mama. Assim, a mamografia foi consagrada como o método que consegue diagnosticar este tipo de tumor em fases iniciais, permitindo maiores taxas de cura. Dados atuais mostram que, quando realizada de forma regular, a mamografia pode reduzir a mortalidade por câncer de mama em até 30%.
“Para a mamografia de rastreamento, ou seja, em mulheres assintomáticas, a indicação é a partir dos 40 anos de idade. Porém, há situações em que o exame pode ser indicado antes, principalmente em mulheres com alterações genéticas que aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama. Assim como qualquer outro exame, ela possui limitações que podem diminuir a sua eficácia na detecção do câncer de mama – seja pela qualidade do exame, seja pela experiência do médico que lauda, ou seja por fatores da própria paciente, como as que possuem mamas densas, por exemplo, em que há uma maior concentração de glândula mamária. De qualquer maneira é importante lembrar que: a mamografia não faz nenhum diagnóstico, ela seleciona as pacientes que precisam ou não de uma investigação por meio da biópsia”, alerta o mastologista.
Transformando o câncer de mama no país
Sempre conscientes de que ‘prevenção é o ano todo e em todos os lugares do Brasil’, o Hospital de Amor – referência em tratamento oncológico gratuito de excelência – possui o maior serviço de prevenção de câncer do país e uma estrutura completa focada em ensino e pesquisa. Atualmente, a instituição conta com 27 unidades fixas de prevenção e 52 unidades móveis para levar atendimento humanizado e de alta qualidade a quem mais precisa, sobretudo nas regiões mais remotas do Brasil.
Em mais de 60 anos de história, sendo mais de 30 deles dedicados a realização de um projeto incrível de rastreamento mamográfico e busca ativa (o maior da América Latina), que visam reduzir as desigualdades de acesso à saúde e salvar milhares de vidas, a instituição vem transformando a realidade do câncer de mama no país. “Somos a única instituição do Brasil que desenvolve um projeto de rastreamento com todo o seguimento horizontal, ou seja: se a paciente tem alguma alteração na mamografia, todo o processo de diagnóstico e tratamento do câncer de mama é conduzido da melhor forma dentro do próprio HA. Além disso, por meio das unidades móveis, conseguimos garantir o acesso de milhares de mulheres ao exame, o que pode mudar a vida delas. Da mesma forma, ao expandir as unidades para a região norte e nordeste do país, estamos levando a possibilidade de diagnóstico precoce para essas regiões, que apresentam números reduzidos de mamógrafos disponíveis”, conta o Dr. Idam.
A jornada da mulher na prevenção do HA
No Hospital de Amor – e em todas as suas unidades de prevenção espalhadas pelo país – não há a necessidade de pedido médico para a realização do exame de mamografia (desde que a paciente possua os critérios para a realização dele). O processo é simples:
1) A mulher faz a mamografia.
2) Caso o exame não evidencie alterações, a paciente recebe o resultado e as recomendações para a próxima realização.
Caso seja identificado alguma alteração, a paciente é convocada para retornar à unidade e prosseguir com a complementação, seja ela uma nova mamografia ou uma ultrassonografia.
3) Se confirmada a alteração, a paciente passa em consulta com o mastologista, que a orienta sobre a necessidade ou não de uma biópsia.
4) Confirmado o câncer por meio da biópsia, a paciente é orientada sobre a individualização e personalização do tratamento, pois, apesar de ter nome único “câncer de mama”, nenhum caso se comporta igual ao outro.
Nesse processo de individualização, os profissionais avaliam o estadiamento da doença (tamanho e acometimento dos linfonodos), idade da paciente, status menopausal, subtipo do câncer de mama (tumores com receptores hormonais, tumores HER2+ e triplo negativo), outras doenças da paciente e suas preferências.
5) Com isso, a equipe desenhada a estratégia do melhor tratamento, seja iniciar com a cirurgia ou, em alguns casos, com a quimioterapia.
O trabalho de rastreamento do Hospital de Amor tem início com a educação, destinada ao público feminino e aos profissionais de saúde das mais diversas cidades atendidas pela instituição. Além disso, em algumas localidades, a equipe do HA faz visita as mulheres resistentes à realização do exame, para esclarecer sobre os seus benefícios e aumentar a adesão. “Em todas as fases da jornada da mulher na prevenção, o Hospital de Amor oferece o que há de melhor e mais moderno, assegurando que, ao realizar um exame de mamografia, ela esteja com o melhor mamógrafo disponível, as técnicas de radiologia mais atualizadas e os médicos mais especializados. Todos dedicados para garantir que essa mulher tenha um diagnóstico precoce”, declara o mastologista.
Recomendação
Se você é mulher e tem entre 40 e 49 anos, faça sua mamografia anualmente. Se você é mulher e tem entre 50 e 69 anos, faça sua mamografia a cada dois anos. Consulte seu médico regulamente e esteja em dia com sua saúde!
Para saber mais, acesse: ha.com.vc/outubrorosa.
“Quando eu tive o diagnóstico foi muito triste, porque eu nunca pensei que teria câncer de mama tão jovem”. Renata Lima (empresária), foi diagnosticada com câncer de mama aos 35 anos, após perceber uma fissura no mamilo direito.
“O sintoma que eu percebi foi que meu mamilo abriu uma ‘rachadurinha’. Eu achava que fosse alergia de algum amaciante de roupas. Eu fui em uma médica, ela falou que poderia ser uma mastite e me passou uma pomada e com o tempo cicatrizou. Após três meses, abriu novamente essa ‘rachadurinha’ e eu procurei uma outra ginecologista, e fazendo o exame físico, ela apalpou minha mama e com muito custo, ela encontrou um nódulo”, comentou.
Renata começou a investigar e foi diagnosticada com câncer de mama, Her2+, que é quando apresenta níveis elevados da proteína (Her2), localizada na membrana das células mamárias, promovendo o crescimento das células cancerosas. Natural de Barretos (SP), Renata iniciou o tratamento no Hospital de Amor há um pouco mais de um ano, e atualmente, além de realizar as consultas de manutenção, faz acompanhamento no departamento de Oncogenética do HA.
Câncer de início precoce
A formação do câncer no organismo de um indivíduo pode estar associada a diferentes fatores. A idade sempre foi um dos principais. Pessoas com mais de 50 anos estão há mais tempo sobre exposições ambientais que podem gerar mutações em suas células e causar o surgimento da doença. Porém, um levantamento publicado em 2023, na revista científica BMJ Oncology, vem preocupando especialistas.
Segundo o estudo, casos globais de câncer em pessoas com menos de 50 anos, aumentaram 79% nos últimos 30 anos. Outro fator preocupante, é o aumento da mortalidade pela doença, cerca de 27%, mais de 1 milhão de pessoas jovens morrendo devido ao câncer no mundo.
A conclusão do estudo foi que casos de cânceres no mundo aumentaram de 1,82 milhões em 1990, para 3,26 milhões em 2019, sendo o tumor de mama de maior incidência, seguido pelos tumores de intestino, próstata e esôfago.
Há aproximadamente três anos, Pedro L. Miguel Esposito (auxiliar de almoxarifado), de 23 anos, é paciente do HA. Pedro foi diagnosticado com câncer de intestino e o primeiro sintoma que ele sentiu foi dor na região do abdômen. “Meus primeiros sintomas foram dor, o intestino já não estava funcionando tão bem e apareceu tipo um abcesso na barriga, perto ao umbigo. Eu passei em um gastroenterologista que me pediu uma colonoscopia, e foi onde que deu o diagnóstico”, explicou Pedro.
Após diagnóstico, Pedro passou por uma cirurgia em sua cidade, São José do Rio Pardo (SP), e após dois meses de cirurgia, foi encaminhado para o HA. “Quando eu descobri o tumor no intestino e que eu tirei, eu não sabia que a situação estava tão delicada. Quando fui encaminhado ao Hospital de Amor, eu vi que eu estava com um carcinoma peritoneal, eu fiquei um pouco apavorado”, comentou Pedro sobre o seu diagnóstico.
Há mais de um ano, Pedro finalizou as quimioterapias, e passou a realizar acompanhamento nas consultas e por meio de exames de imagem.
Fatores responsáveis pelo aumento do câncer de início precoce
Mas como explicar a incidência da doença em pessoas com menos de 50 anos?
Para o médico oncologista clínico do Hospital de Amor, Dr. Gustavo Sanches, esse aumento está associado a diversos fatores. “Atribuo o aumento da incidência de câncer em indivíduos com menos de 50 anos a diversos fatores, pois não há somente uma causa. Mudanças na dieta, estilo de vida e fatores ambientais, desde a virada do século XX, vem resultando no aumento das taxas de obesidade, sedentarismo, dietas ocidentalizadas e poluição do meio ambiente podem ter afetado a incidência de câncer de início precoce. Além disso, álcool e tabaco podem também contribuir”, explicou o médico.
Como prevenir o câncer?
Alimentação saudável, prática de exercícios físicos, evitar bebida alcoólica, não se expor ao sol sem proteção solar e não fumar são algumas práticas que contribuem para a prevenção do câncer. Além disso, algumas medidas clínicas, como a vacina do HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), são ações de prevenção contra o câncer, como explica Dr. Gustavo Sanches.
“Medidas clínicas como a vacinação contra o HPV, hepatite B e realizar o tratamento da hepatite B e C (para os portadores), além da prevenção secundária, que é a tentativa de detectar a doença em um estágio inicial em indivíduos assintomáticos. No Brasil, há diretrizes e recomendações do Ministério da Saúde de rastreamento para alguns tipos de cânceres, como por exemplo: câncer de mama, câncer de intestino e câncer de colo de útero”, destacou o oncologista clínico.
Câncer de mama
O risco de desenvolver câncer de mama, também está associado a idade, sendo maior a partir dos 50 anos, porém os índices aumentaram em mulheres com menos de 50 anos, como publicado na revista científica BMJ Oncology.
No Brasil, não se tem um dado específico sobre a incidência de câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos, o que se tem, são dados gerais da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para o país, até 2025, é de 704 mil casos novos de câncer, sendo o de pele não melanoma o mais incidente, com 220 mil casos novos (31,3%), seguido pelo câncer de mama, com 74 mil (10,5%).
Para o médico mastologista do HA, Dr. Idam de Oliveira Junior, a primeira medida para controle do câncer de mama é a “conscientização da população sobre esse importante e crescente problema de saúde pública, bem como as suas medidas preventivas”. Além disso, o médico mastologista destaca as medidas preventivas como primárias e secundárias.
“A prevenção primária, por meio de hábitos de vida saudáveis, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode reduzir em até 30% as chances de se desenvolver a doença. Como prevenção secundária, o exame de mamografia consiste na melhor metodologia de diagnóstico precoce, capaz de detectar na fase assintomática, de forma a reduzir substancialmente a mortalidade causada pelo diagnóstico tardio. Neste sentido, o Hospital de Amor recomenda que o exame anualmente para mulheres entre 40 e 49 anos, e a cada dois anos para aquelas na faixa etária de 50 a 69 anos de idade”, explicou Dr. Idam.
Além da prevenção, em termos de tratamento, o HA apresentou significativos avanços nos últimos anos. “Nos últimos anos apresentamos significativos avanços tecnológicos nessas áreas, como a diversidade de formas para a reconstrução mamária, a melhoria nos equipamentos de radioterapia que tornaram o tratamento mais efetivo, com menores doses de radiação e menor frequência das aplicações e as novas drogas para o tratamento sistêmico – como a imunoterapia para o câncer de mama triplo negativo, os inibidores de ciclina para o tratamento dos tumores luminais (com receptores de hormônios) e as terapias-alvo para os tumores HER2+”, concluiu o especialista.
Em 2020, o Brasil registrou 6.650 novos casos de câncer de ovário, o que representa 3% das neoplasias detectadas em mulheres no país. Mas, segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer), no triênio que contempla o período de 2023 a 2025, o número previsto já é superior, ultrapassando os 7 mil novos casos por ano. Ainda segundo a instituição, a região com maior incidência é a Sudeste.
A doença ocupa o sétimo lugar no ranking nacional de mortalidade entre as brasileiras, isso porque o câncer de ovário ainda é frequentemente diagnosticado em estágios avançados, diminuindo as possibilidades de tratamentos com fins curativos e a taxa de sobrevida. No mundo, dados mostram que apenas 45% das mulheres diagnosticadas possuem uma taxa de sobrevida de cinco anos, uma taxa que é de 89% nos casos de mulheres com câncer de mama.
Por isso, o cirurgião oncológico do Hospital de Amor, Dr. Carlos Andrade, ressalta a importância da observação de alguns sinais e sintomas da doença. “Os sintomas do câncer de ovário em estádios iniciais são muito fracos e podem facilmente serem confundidos com uma má digestão, dor muscular ou sintomas urinários. É importante alertar que mulheres com sintomas urinários ou intestinais que persistem por mais de uma semana, e que não tenham nenhum diagnóstico que justifique, devem ser investigadas para câncer de ovário. Pode ser uma sensação de empachamento, uma constipação, um aumento do volume abdominal ou um aumento da frequência urinária”.
Fatores de risco
Segundo a World Ovarian Cancer Coalition, uma organização global sem fins lucrativos focada não apenas na conscientização, mas no avanço de pesquisas e novos tratamentos da doença, ainda não há um teste simples ou exame de rotina preciso para o diagnóstico precoce, mas alguns fatores de risco devem ser levados em consideração no acompanhamento clínico padrão.
Idade: a maioria dos casos de câncer de ovário ocorre em mulheres com mais de 55 anos, pois a doença também está relacionada ao grau de atividade hormonal feminina. Mas alguns tipos de câncer de ovário podem aparecer em mulheres jovens;
Genética: mulheres portadoras de mutações genéticas nos genes BRCA1 ou BRCA2 (genes que ajudam a reparar os danos nas células), também relacionadas ao surgimento do câncer de mama, estão mais propensas ao desenvolvimento da doença. As portadoras de mutações no primeiro gene apresentam 45% de possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer durante a vida, enquanto mutações no segundo gene oferecem risco de 25%.
Histórico familiar: dados mostram que as mulheres com maior o risco de desenvolverem câncer de ovário são as que possuem dois ou mais parentes que tiveram câncer de ovário, da mama, do cólon ou do útero, independente da ascendência de origem materna ou paterna. Cerca de 15% dos casos de câncer de ovário têm antecedentes familiares.
Outros fatores: por ser uma doença ligada à atividade hormonal, especialistas destacam que o risco de desenvolvimento do câncer de ovário é maior nas mulheres que não tiveram filhos, que nunca tomaram a pílula anticoncepcional, que iniciaram o período menstrual muito cedo ou cuja menopausa começou mais tarde do que a média e em mulheres que já tiveram endometriose.
Prevenção
– Conheça seu corpo: esteja atenta a qualquer mudança incomum;
– Consultas médicas regulares: realize exames ginecológicos regularmente;
– Histórico familiar: se houver casos de câncer de ovário na família, informe seu médico;
– Uso de anticoncepcionais: alguns estudos sugerem que o uso prolongado de anticoncepcionais pode reduzir o risco, porém, o uso do anticoncepcional também pode ser um fator de risco para o surgimento do câncer de mama. Assim, é de extrema importância a consulta com o médico especialista para avaliação e indicação caso a caso.
Diagnóstico
A ecografia pélvica transvaginal e transabdominal são exames que permitem o diagnóstico e a avaliação em casos suspeitos de tumores nos ovários, mas o acompanhamento clínico é imprescindível para resultados positivos quando o assunto é diagnóstico precoce! Atualmente, a medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125 também tem sido uma ferramenta importante, visto que cerca de 80% das mulheres com câncer de ovário possuem esse marcador elevado.
Tratamento
Em casos aonde há suspeita de tumor de ovário, a cirurgia exploratória é recomendada para avaliação e definição de estadiamento da doença, podendo acontecer apenas a remoção do tumor ou ainda a necessidade da retirada do útero e dos ovários. A depender do estágio, tratamentos adjuvantes de quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo podem ser utilizados.
Lembre-se sempre de consultar seu médico e seguir as orientações para um diagnóstico precoce e tratamento adequado. A prevenção e a conscientização são essenciais na luta contra o câncer de ovário.
O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo, sendo uma das principais causas de morte entre adultos, jovens e crianças. E os números seguem uma crescente por motivos diversos, incluindo fatores hereditários e ambientais.
Números estimados
O número de casos novos de câncer infantojuvenil estimado para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 7.930, o que corresponde a um risco estimado de 134,81 por milhão de crianças e adolescentes. Estimam-se 4.230 casos novos no sexo masculino e de 3.700 no sexo feminino. Esses valores correspondem a um risco estimado de 140,50 casos novos por milhão de crianças do sexo masculino e de 128,87 por milhão do sexo feminino. O câncer infantojuvenil no sexo masculino será mais frequente na Região Sul (153,29 por milhão), seguido pelas regiões Sudeste (145,61 por milhão), Centro-oeste (143,89 por milhão), Nordeste (138,10 por milhão) e Norte (111,10 por milhão). Para o sexo feminino, a Região Sul (151,19 por milhão) tem a maior incidência, seguida pelas Regiões Sudeste (144,11 por milhão), Centro-oeste (128,19 por milhão), Nordeste (114,23 por milhão) e Norte (87,56 por milhão).
Mortalidade
O câncer já é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, representando 8% do total de óbitos nessa faixa etária.
Desafios
A descoberta tardia da doença e a dificuldade de acesso a centros especializados são obstáculos significativos. Além disso, o diagnóstico preciso e as novas terapias são áreas que precisam de atenção contínua.
Diagnóstico precoce, uma janela de esperança
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas. Segundo o Dr. Luiz Fernando Lopes, diretor do Hospital de Amor Infantojuvenil, o diagnóstico precoce pode salvar a vida da criança. “A maioria dos tumores pediátricos iniciam-se com sinais muito parecidos com sinais de outras doenças que são comuns na criança e com isso podem muitas vezes confundir os pais. Se estes pais forem alertados, assim como os professores nas escolas e toda comunidade, aumenta a chance de alguma pessoa perceber algo na criança.” e ressalta, “A chegada tardia a um centro especializado pode tirar da criança a chance de cura ou diminuir bastante essa chance”.
Sintomas
Fique atento a sinais como perda de peso inexplicada, dores persistentes, febre prolongada, manchas na pele, inchaços e sangramentos anormais.
Papel dos pais e profissionais de saúde
Os pais devem estar atentos aos sintomas e buscar assistência médica imediatamente. Os profissionais de saúde têm um papel crucial na identificação precoce e encaminhamento para tratamento especializado.
Tipos de câncer infantojuvenil
O câncer na criança e no adolescente (entre 0 e 19 anos), ou câncer infantojuvenil, corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais, que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o infantojuvenil é predominantemente de natureza embrionária e, geralmente, afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Um dos tipos mais comuns de câncer infantojuvenil e que é o mais tratado na unidade do Hospital de Amor em Barretos (SP), é o cerebral, com taxas de curas acima da média nacional, ainda segundo o Dr. Luiz Fernando.
“Embora leucemias agudas sejam as mais prevalentes em quase todos os países e os tumores cerebrais os que estão em segundo lugar, em Barretos temos mais tumores cerebrais que chegam em aqui para tratamento. Estes tumores exigem sofisticação técnica para trata-los: equipe especializada que analisa em laboratório o componente genético (e o tratamento adequado depende destes estudos), exige neurocirurgiões habilitados em tumores cerebrais pediátricos, médicos e enfermeiros que cuidam exclusivamente destes tumores). As taxas de cura dos tumores cerebrais em Barretos é maior do que a média nacional”.
• Leucemia
A leucemia é caracterizada pela produção excessiva de células brancas anormais, superpovoando a medula óssea e impedindo que as células normais sejam produzidas, provocando infecções, palidez, sangramentos, dor nos ossos e articulações, fadiga, fraqueza, febre e perda de peso.
• Tumores do sistema nervoso central
Os tumores do sistema nervoso central, cérebro e cerebelo são os tumores sólidos mais frequentes na infância e representam aproximadamente 20% dos cânceres infantis. Podem causar dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva ou dupla, tontura e dificuldade para caminhar ou manipular objetos. O diagnóstico do tipo exato de tumor é feito durante a cirurgia. Entretanto, imagens feitas com ressonância magnética podem sugerir os diferentes tipos de tumores nestas regiões do sistema nervoso central.
• Linfoma não Hodgkin
Conhecido como câncer do sistema linfático, pode estar presente em qualquer parte do corpo, principalmente no tórax e abdômen. Na barriga, pode causar parada de evacuações e dor na região. Quando o linfoma é no tórax, pode causar tosse ou falta de ar. Ao ser diagnosticado precocemente, o índice de cura é de 80%.
• Doença de Hodgkin
É um tumor que acomete gânglios e baço, sendo mais frequente em adolescentes. A maioria dos casos se inicia com adenomegalias, que são ínguas com crescimento progressivo. A criança pode apresentar febre prolongada e perda de peso. O diagnóstico do linfoma é feito por meio de biópsia de um gânglio aumentado. O tratamento é realizado com quimioterapia e radioterapia. Atualmente, em cada 100 crianças tratadas, 85 ficam completamente curadas.
• Neuroblastoma
Na maioria dos casos, acomete lactentes (crianças que ainda se alimentam do leite materno) e menores de 10 anos. O tumor pode se iniciar em qualquer lugar, mas geralmente aparece na barriga, tórax, pescoço ou próximo à coluna vertebral. É notado como inchaço, podendo também causar dor óssea e febre. Os tumores que crescem próximos da coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina. Todos os tumores do abdômen podem ser confundidos com verminose. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, indica-se radioterapia e transplante de medula.
• Tumor de Wilms
Na maioria dos casos, acomete lactentes (crianças que ainda se alimentam do leite materno) e menores de 10 anos. O tumor pode se iniciar em qualquer lugar, mas geralmente aparece na barriga, tórax, pescoço ou próximo à coluna vertebral. É notado como inchaço, podendo também causar dor óssea e febre. Os tumores que crescem próximos da coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina. Todos os tumores do abdômen podem ser confundidos com verminose. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, indica-se radioterapia e transplante de medula.
• Tumores ósseos
Os tipos mais comuns são Sarcoma de Ewing e Osteossarcoma. O local mais frequente é acima ou abaixo do joelho. Provocam dor óssea, que piora à noite ou com atividade e inchaço na área ao redor do osso. A pele pode ficar vermelha e quente e, quando o tumor cresce, é possível ver inchaço no local. Podem ser confundidos principalmente com infecções ou dores de crescimento. Para diagnosticá-los, é necessário realizar raio X do local doloroso e biópsia com agulha sem cortar a pele. O tratamento é realizado com cirurgia e quimioterapia. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura para até 70%.
• Retinoblastoma
No retinoblastoma, um sinal importante é o chamado “reflexo do olho do gato”, que é o embranquecimento da pupila quando esta é exposta à luz. Geralmente, acomete crianças antes dos 3 anos. Atualmente, a pesquisa desse reflexo pode ser feita desde a fase de recém-nascido. Alguns retinoblastomas são hereditários. Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças devem ser examinadas por um oftalmologista experiente a partir do nascimento, para que o diagnóstico seja o mais precoce possível.
“Passos que Salvam”
A campanha Passos que Salvam tem como objetivo conscientizar a população de mais de 300 cidades em todo o Brasil, sobre a importância do diagnóstico precoce dos vários tipos de câncer infantojuvenil. Trata-se da maior mobilização simultânea de conscientização sobre o câncer do Brasil. A caminhada acontece anualmente no mês de novembro.
Mais informações
Para orientações sobre agendamento e atendimento na unidade Infantojuvenil no Hospital de Amor, entre em contato pelo WhatsApp: (17) 3321-5403.
Março Marinho, Julho Verde, Outubro Rosa, Novembro Azul e, agora: “Dezembro Laranja”. Sempre consciente de que a prevenção salva vidas, o Hospital de Amor começa o último mês do ano com o ‘pé direito’, celebrando e apoiando mais esta importante campanha, que visa conscientizar a população sobre o diagnóstico precoce do câncer de pele.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil, em homens e mulheres, com taxas altíssimas em mulheres das regiões Sul e Sudeste. Só em 2022, foram mais de 66 mil novos casos.
Com dados alarmantes e números crescentes, o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência) conta com o maior serviço de prevenção de câncer do país, responsável por levar saúde de qualidade à população de todos os estados.
Neste “Dezembro Laranja”, o HA conversou com a dermatologista da instituição, Dra. Vanessa D´Andretta Tanaka, e preparou uma matéria especial sobre o tema, esclarecendo as principais dúvidas sobre a doença, suas formas de prevenção, e sinais e sintomas.
Confira, se informe e esteja em dia com seus exames. Lembre-se: prevenção é o ano todo!
– O que é a campanha ‘Dezembro Laranja’ e qual é a importância dela?
R.: O ‘Dezembro Laranja’ é a campanha de prevenção e detecção precoce do câncer de pele. A pele é o maior órgão do corpo humano e está exposto são raios ultravioletas. Esse dano vai se acumulando ao longo da nossa vida e pode levar ao aparecimento do câncer de pele. Esses raios ultravioletas são mais fortes no verão e é uma época do ano que mais pessoas têm queimadura solar – o que também pode levar ao aparecimento do câncer de pele. Por isso essa campanha inicia no começo do verão: para conscientizar todas as pessoas a se protegerem do sol usando protetor solar todos os dias, no mínimo fator 30, lembrar de repassa-lo a cada 3 horas, evitar de ficar no sol das 9 às 15h, usar chapéu, boné, roupas com protetor UV, camisas de manga comprida e óculos escuro.
– O que é câncer de pele?
R.: Na nossa pele temos células, que podem sofrer transformações e que podem levar a formação do câncer. Existem alguns fatores que aumentam as chances do aparecimento da doença, como:
– quem já teve câncer de pele tem uma chance maior de ter outro câncer de pele;
– quem tem um parente que teve um câncer de pele;
– pessoas que trabalham expostas ao sol;
– pessoas que já tiveram, pelo menos, uma queimadura solar;
– pessoas de pele que queima fácil quando fica no sol;
– pessoas de cabelo claro e olho claro;
– pessoas com mais de 50 pintas.
– Qual é a incidência da doença?
R.: 34% dos cânceres. Ou seja, é o câncer mais frequente no Brasil em homens e em mulheres.
– Quais são os sinais e sintomas do câncer de pele?
R.: Existem dois tipos principais de câncer de pele: os carcinomas e os melanomas.
No carcinoma, os sintomas são:
– machucado que não cicatriza, sangra com facilidade;
– bolinha rosa na pele de aspecto brilhante, que não some e sangra fácil;
– bolinha rosa que a superfície é áspera com casca seca, que sangra quando a casca vai e não melhora, não cicatriza;
No melanoma, os sintomas são:
– pinta ou mancha marrom ou preta;
– pinta com duas ou três cores, como marrom escuro/marrom claro e preto;
– pinta com crescimento rápido;
– pinta com mudança de formato ou cor;
– lesão assimétrica (bordas e cores em formatos diferentes, de um lado e do outro).
– Quais sãos os tipos de câncer de pele?
R.: Câncer de pele melanoma (mais grave, pois tem mais chance de dar metástase) e câncer de pele não melanoma.
– Quais são os tipos mais graves da doença?
R.: Existem dois tipos de câncer de pele (melanoma e não melanoma). O mais grave é o melanoma, pois ele tem grande chance de se espalhar e dar metástase.
– Quais são os índices de cura?
R.: Se o câncer de pele for diagnosticado com lesão pequena, inicialmente, a chance de cura é de 100%. Se o melanoma é diagnosticado já em estágio avançado, a chance de cura é baixa, cerca de 22%.
– Como ocorre a prevenção?
R.: Usar protetor solar todos os dias, no mínimo fator 30, e lembrar de repassar o protetor a cada 3 horas. Lembre-se: o fator de proteção de quem tem pele mais sensível ao sol, ou quem trabalha exposto ao sol, deve ser 50 ou maior.
Evitar ficar no sol das 9 às 15hs.
Usar chapéu, boné, roupas com protetor UV, camisas de manga comprida e óculos escuro.
Evitar queimadura solar.
– Qual é a importância de ações de prevenção do câncer de pele?
R.: O câncer de pele aparece, geralmente, após os 50 anos de idade, porém ele tem relação com o sol da nossa vida toda. Por isso, precisamos nos conscientizar e nos proteger desde novos, por toda a nossa vida. O câncer de pele está aumentado ano a ano. Precisamos nos prevenir e as campanhas são grandes fontes de informação para isso!
Consulte seu médico regulamente e esteja em dia com sua saúde! Para saber mais, acesse: hospitaldeamor.com.br/dezembrolaranja.
Em 61 anos de história e mais de 30 realizando um trabalho incrível de rastreamento e busca ativa, levando saúde de qualidade e exames preventivos de câncer, gratuitamente, à população das localidades mais distantes e necessitadas por meio de carretas que percorrem o país, o Hospital de Amor lança sua mais nova unidade móvel de educação: a ‘Liga de Combate ao Câncer’ (LCC).
Focada em prevenção primária e educação, a unidade utiliza a gamificação e a imersão para abordar temas importantes, como Educação em Saúde, Autocuidado e Prevenção do Câncer de Mama, proporcionando uma verdadeira experiência aos estudantes do ensino fundamental II (de 11 a 14 anos). “O objetivo é tratar assuntos complexos de maneira lúdica, transformando este público jovem em protagonistas de uma aventura e de uma investigação científica. A mecânica e a linguagem adaptada aos adolescentes proporcionam um maior envolvimento dos participantes, além de uma melhor compreensão e assimilação do tema”, afirma o supervisor das unidades móveis de educação do HA, Keneder Marino.
Idealizada em 2019, graças à uma doação do Ministério Público do Trabalho de Rondônia e Acre (MPTROAC), a carreta iniciou suas atividades em setembro deste ano. Além dos estudantes, a LCC também possui um papel importante junto aos educadores. De acordo com Marino, a unidade móvel visa capacitar os profissionais de educação, na tentativa de difundir o conhecimento com os alunos sobre o autocuidado e a prevenção do câncer.
“Nossa intenção é sensibilizar o maior número de pessoas possíveis para o combate ao câncer, e divulgar o conhecimento nas escolas sobre o autocuidado, para fazer com que esses jovens se transformem em adultos saudáveis e multiplicadores da informação em seu convívio. Dessa forma, desejamos aumentar os exames de rastreamento de câncer em busca de diagnósticos precoces e mais vidas salvas!” esclarece.
A experiência
Durante a imersão, os participantes são conscientizados sobre a importância do diagnóstico precoce e alertados sobre a prevenção secundária, com foco no câncer de mama.
“A experiência tem a duração máxima de 20 minutos e começa com a identificação dos participantes – eles são nomeados como agentes secretos e recebem definição numérica, de 1 a 10 (que é o número de cabines existentes na carreta). Na sequência, a missão é apresentada por meio de um vídeo, que mostra os personagens: Dra. Maeda, Piloto Rafa, Piloto Leo e Pilota Vivi. Eles, junto aos agentes, têm a tarefa de entrar na cabine de combate; acessar a corrente sanguínea; chegar na glândula mamária; e investigar o que está acontecendo de errado com nossa personagem Matilda – uma pessoa que se alimenta mal, fuma e consume bebida alcoólicas. No percurso virtual nas cabines, que é realizado com óculos de realidade virtual, eles descobrem uma anomalia: o câncer de mama! De forma completamente lúdica, eles participam de um combate para identificar esse mal a tempo de salvar a vida da paciente”, explica supervisor das unidades móveis de educação do HA.
Assista ao vídeo e conheça a LCC:
Um estudo inédito realizado por pesquisadores do Hospital de Amor, que teve o apoio da FAPESP e foi recém-publicado na revista científica Clinical Breast Cancer, mostrou que, mais do que a cor da pele, a ancestralidade é indicadora de risco para câncer de mama e que mulheres de ascendência africana têm mais chances de desenvolver tumores do tipo triplo-negativo, que são de difícil tratamento. Apesar de a ancestralidade já ser conhecida como um fator para prever o tipo de câncer mais provável em certa população, a pesquisa destacou que, em países miscigenados como o Brasil, apenas a cor da pele não é suficiente para determinar esse fator de risco.
Essa é a primeira desse tipo, nos distintos subtipos moleculares, com base em marcadores genéticos de ancestralidade especialmente selecionados para a população geral brasileira e foi possível graças à pluralidade das pacientes atendidas pela instituição. Os pesquisadores explicam que esse tipo de análise é importante para definir se a frequência desses subtipos de tumores se associa com a ancestralidade genética das pacientes.
De acordo com o Dr. René Aloisio da Costa Vieira, pesquisador do HA e um dos coordenadores do estudo, “os resultados apontam para a necessidade de realizar exames anuais em populações de ascendência africana, predominante no Norte e Nordeste do país. Além dos fatores socioeconômicos, que podem influenciar o prognóstico da doença nessa população, observamos uma maior proporção de ancestralidade africana em mulheres com o subtipo molecular triplo-negativo, que é sabidamente mais agressivo, multiplica-se mais rápido e tem menos opções de tratamento”.
O trabalho contou com a participação de mais de mil pacientes com câncer de mama de diversas regiões brasileiras, com uma predominância maior de mulheres do Sudeste (72%), seguido por 7,3% da região Norte, 1,8% do Nordeste e 0,9% do Sul. Em consonância com o padrão de autodeclaração de cor ou raça do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria se declarava branca (77,9%), seguidas de pardas (17,4%) e negras (4,1%). Amarelas (asiáticas) e indígenas somaram 0,5%.
A partir dos resultados obtidos, observou-se que a ancestralidade avaliada geneticamente foi fator associado com a classificação molecular do câncer. “Isso mostra como a cor da pele não é determinante para o tipo de tumor, mas, sim, a ancestralidade”, comenta o Dr. Rui Manuel Reis, Diretor Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) e coordenador do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor.
Os pesquisadores pretendem, agora, ampliar e investir em novas frentes do estudo para descobrir, por exemplo, melhores formas de tratamento e prevenção, que possam, sobretudo, serem aplicadas ao Sistema Único de Saúde por meio de políticas públicas estruturadas.
Leia o artigo “Genetic Ancestry of 1127 Brazilian Breast Cancer Patients and Its Correlation With Molecular Subtype and Geographic Region” na íntegra.
*Texto colaborativo: André Julião – Agência FAPESP
O câncer de mama representa hoje um grave problema de saúde pública global. Esta é uma afirmativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima a ocorrência de 1.050.000 casos novos da doença, tornando-a o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo (depois do câncer de pele não melanoma). De acordo com informações do INCA, para 2023 são esperados 73 mil novos casos de câncer de mama no país, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres e índices de mortalidade crescentes.
São dados que assustam, não é mesmo? Por isso, sempre conscientes de que a prevenção salva vidas, há mais de 30 anos o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência, com o maior serviço de prevenção de câncer do país e uma estrutura completa focada em ensino e pesquisa), realiza um trabalho incrível de rastreamento e busca ativa, que leva saúde de qualidade e exames preventivos de câncer, gratuitamente, à população das localidades mais distantes e necessitadas. Atualmente, a instituição possui mais de 20 unidades fixas de prevenção e mais de 50 unidades móveis que rodam o Brasil, na tentativa de reduzir as desigualdades de acesso à saúde e de salvar milhares de vidas!
Neste mês em que celebramos o “Outubro Rosa” – campanha mundialmente conhecida sobre a conscientização da importância do diagnóstico precoce do câncer de mama – o HA conversou com o mastologista da instituição, Dr. Idam de Oliveira Jr., e preparou uma matéria especial sobre o tema, esclarecendo as principais dúvidas sobre a doença, suas formas de prevenção, sinais e sintomas, e tratamento.
Confira, se informe e esteja em dia com sua mamografia. Lembre-se: prevenção é o ano todo!
– O que é o câncer de mama?
R.: Câncer de mama é a proliferação desordenada de células da glândula mamária que, por diversos mecanismos, consegue se esconder do sistema de defesa do corpo, ganhando autonomia e com chance de espalhar para outros órgãos.
– Qual a incidência da doença nas mulheres do Brasil?
R.: De acordo com as estimativas do INCA, é esperado para o ano de 2023 cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama no país.
– Qual a estimativa da doença para os próximos anos?
R.: Infelizmente a incidência é crescente, principalmente no Brasil e outros países da América Latina, que estão passando por modificações no processo saúde-doença, ficando a população exposta a doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer.
– Quais são fatores de risco?
R.: São alguns, dentre eles:
• primeira menstruação precoce (antes dos 9 anos);
• última menstruação tardia (após os 55 anos de idade);
• não engravidar ou engravidar após os 30 anos;
• histórico familiar para câncer de mama (principalmente em parentes de primeiro grau, com diagnóstico em idade inferior a 50 anos);
• uso de reposição hormonal (principalmente por mais de 5 anos).
– O câncer de mama é hereditário?
R.: Sim. Entretanto, o câncer de mama hereditário corresponde à menos de 10% de todos os casos. Ocorre quando uma alteração genética é passada de pais para filhos. Dentre os genes mais comuns, temos o BRCA.
– Quais são os principais sintomas da doença?
R.: Os sintomas do câncer de mama envolvem nódulo ou caroço endurecido, alterações na textura da pele, vermelhidão ou inchaço na mama, saída de secreção (transparente ou sanguinolenta) pelo mamilo e ínguas axilares aumentadas.
– Quais são os tipos de tratamento para o câncer de mama?
R.: O tratamento do câncer leva em consideração diversos fatores. Por isso, as comparações entre pacientes não são convenientes: cada caso é único! De forma geral, temos cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e terapia-alvo (anti-HER2). Consulte seu médico!
– E as formas de prevenção?
R.: Tudo começa com a prevenção primária, por meio de hábitos saudáveis de vida, como: atividade física, dieta equilibrada com baixo teor de gordura, evitar tabagismo e alcoolismo, entre outros. Temos também a prevenção secundária, realizada com a mamografia, que é uma poderosa ferramenta de detecção precoce, capaz de diagnosticar o câncer de mama em uma fase inicial e assintomática, aumentado as chances de cura da doença.
– Quando a mamografia é indicada?
R.: O Hospital de Amor recomenda a mamografia de rastreamento dos 40 aos 49 anos, de forma anual. Já para mulheres dos 50 aos 59 anos, a cada 2 anos.
– Mulheres que ainda não tem recomendação de fazer a mamografia, como podem se prevenir?
R.: A mulher deve conhecer o seu corpo para que, diante de qualquer alteração, procure avaliação médica o mais breve possível. Além disso, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que todas as mulheres, aos 30 anos, façam consulta com o mastologista para avaliar o risco para câncer de mama. Após essa avaliação é discutido, a depender do caso e do risco, o início da mamografia antes dos 40 anos.
– A doença está sendo detectada em mulheres mais jovens? Essa afirmação está correta?
R.: Sim, infelizmente correta. No Brasil temos uma maior incidência de câncer de mama em mulheres jovens, quando comparado com outros países. Entretanto, a idade média ao diagnóstico no país é de 55 anos. No Hospital de Amor, cerca de 25% das mulheres tratadas de câncer de mama estão na faixa etária dos 40 aos 49 anos.
– Quais são os índices de cura para o câncer de mama?
R.: Quando diagnosticado em fase inicial, o câncer de mama tem mais de 90% de chance de cura. É por isso que insistimos tanto com a prevenção: ela salva vidas!
– Quando a reconstrução mamária é indicada?
R.: A mastectomia ainda faz parte do tratamento do câncer de mama, principalmente pelo diagnóstico em fase avançada. Diante de condições clínicas permissíveis, a reconstrução mamária imediata será realizada. Em outros casos, a reconstrução pode ser de forma tardia, quando a mulher já terminou todo o tratamento.
– Como é o trabalho realizado pelo HA em prevenção e tratamento do câncer de mama?
R.: Quando o Hospital de Amor foi criado, um dos principais objetivos de seus fundadores era o de levar saúde de qualidade para além das capitais e grandes centros. Barretos (SP) ficou conhecida por oferecer prevenção e assistência oncológica a quem mais precisava, sem cobrar nada por isso. Há mais de 60 anos a instituição se preocupa com toda a linha de cuidado da paciente com câncer de mama, assegurando tratamento de qualidade e foco na própria paciente, não na doença. O HA se tornou o hospital do Brasil, atendendo mais de 2.531 municípios e destacando-se como o maior centro oncológico da América Latina!
– Na sua opinião como médico mastologista, qual a importância desse trabalho de excelência para as mulheres?
R.: O HA não apenas garante que as mulheres tenham acesso ao rastreamento mamográfico, a biópsia e ao tratamento adequado quando necessário, como contribui para a redução de mortalidade por câncer de mama no país.
– E qual é a importância da campanha mundial “Outubro Rosa”?
R.: O Outubro Rosa tem o objetivo de dar visibilidade à esse importante problema de saúde pública mundial, que é o câncer de mama. Nosso objetivo é conscientizar todos sobre a doença e suas formas de prevenção, para aumentarmos o diagnóstico em fase inicial.
– Prevenção é o ano todo?
R.: Com certeza! Outubro é só uma alerta para esta importante causa. Mas, a mulher deve estar em dia com a prevenção o ano todo!
Ações especiais “Outubro Rosa”
A prevenção é, originalmente, um dos principais pilares do HA. Durante todos os meses, a instituição se dedica em conscientizar a sociedade de que a ‘prevenção é o ano todo’, mas, especialmente no mês de outubro, os Institutos de Prevenção espalhados pelo Brasil desenvolvem programações especiais. Visite ou entre em contato com a unidade mais próxima de você e confira o cronograma de atividades.
Em Barretos (SP), o Instituto de Prevenção conta com um ônibus, responsável por buscar as mulheres do município em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) – administrados pelo HA – para realizar exames de mamografia na instituição, facilitando o acesso delas e incentivando-as a cuidarem da saúde.
Recomendação
Se você é mulher e tem entre 40 e 49 anos, faça sua mamografia anualmente. Se você é mulher e tem entre 50 e 69 anos, faça sua mamografia a cada dois anos. Consulte seu médico regulamente e esteja em dia com sua saúde!
Para saber mais, acesse: ha.com.vc/outubrorosa.
Outubro ainda nem chegou, mas as ações em celebração ao ‘Outubro Rosa’ – campanha mundialmente conhecida sobre a conscientização da importância do diagnóstico precoce do câncer de mama – já se iniciaram no Hospital de Amor. Sempre consciente de que a maior arma no combate à doença é a prevenção, a instituição desenvolve projetos (durante todo o ano, mas especialmente neste período) que visam oferecer informações, orientações, além de excelência e humanização na realização de exames preventivos gratuitos à população. Uma dessas iniciativas é o “Talento Rosa”!
Promovida pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, a capacitação, que é destinada aos professores representantes das Escolas de Educação Infantil, Fundamental e Médio de Barretos (SP) e região, tem o intuito de motivar crianças e adolescentes em ambientes escolares, de forma lúdica (artística), a refletirem sobre o câncer e suas formas de prevenção, por meio da produção desenhos e poesias, além de conscientizar as mulheres do convívio destes alunos sobre a importância do diagnóstico precoce da doença.
Em parceria com as Secretarias Municipais de Educação, Diretorias de Ensino e Rede de Ensino Privado de Barretos e Região, o evento – que neste ano aconteceu no último dia 26 de setembro, na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FASCIB), reuniu 170 profissionais, dentre eles o Dirigente de Ensino da D.E. da Regional de Barretos (SP), Bruno Henrique Bertin, e a Dirigente Regional de Ensino de São José do Rio Preto (SP), Luana da Silva Garcia.
“Com essa mobilização, nós buscamos unir todo o ambiente e a comunidade escolar, para que esses alunos possam se envolver com o Outubro Rosa e levar para suas mulheres de convívio, a importância da prevenção do câncer de mama, pois a prevenção salva vidas!”, afirmou a coordenadora do projeto, Rosa Cunha.
Para a mastologista do HA, Dra. Talita Mendes, começar a educação em saúde dentro das escolas – principalmente em relação a prevenção do câncer de mama (o tumor mais incidente em mulheres de todas as regiões do Brasil, exceto os pele não melanoma) – é fundamental. “Nada melhor do que começar esse trabalho, informando, orientando e conscientizando aqueles que educam”, declarou.
O evento
Durante o evento, os participantes puderam ouvir palestras sobre os temas:
• Câncer de Mama no Brasil e no Mundo – com os mastologistas do HA, Dr. Idam de Olivera Jr. e Dra. Talita Mendes; com a gerente administrativa da atenção primária e unidade de pronto atendimento (UPA) do HA, Marcela de Oliveira Santos; e com a gerente do Instituto de Prevenção do HA, Paula Carvalho Ribeiro.
• Os impactos da participação das escolas na Prevenção do Câncer de Mama – com a coordenadora de projetos do NEC do HA, Rosa Cunha; com a supervisora geral do Centro de Formação dos Profissionais de Educação (CEFORPE) de Barretos (SP), Ana Carolina Policarpo; com a supervisora de ensino da Secretaria Municipal de Educação de Olímpia (SP), Iracema Bassetto; e com a coordenadora de gestão pedagógica geral da Escola Estadual Professor Aymoré do Brasil, Paula Silva.
Para encerrar a ação com chave de ouro, um ‘show’ repleto de ânimo, incentivo e alegria com Leila Navarro. Com o tema: Motivação além do rosa: engajando equipes e promovendo conscientização, a palestrante motivacional (autora de mais de 15 livros, que integra o ranking dos 20 mais notáveis palestrantes brasileiros, segundo a revista VEJA em 2020), falou sobre amor-próprio, autoestima, autocuidado, qualidade de vida, empatia e o principal: sobre prevenção.
“Prevenção é empatia… empatia consigo mesma. Por isso, se você tem seios, cuide, sinta, respeite eles. Nosso corpo é nosso lar e ter consciência disso é o que nos salva! Cuidamos tanto da parte de fora, precisamos cuidar da parte de dentro também”, finalizou Leila.
Ao som da música ‘Soul de Verão’, de Sandra de Sá, Leila cantou, dançou e encantou todos os participantes do “Talento Rosa”.
O projeto
De acordo com a coordenadora do projeto, Rosa Cunha, a ação inicia-se pela capacitação dos profissionais da educação, abordando a prevenção do câncer de mama e as orientações sobre como essa temática deve ser desenvolvida em sala de aula. Após a produção dos desenhos e poesias, os estudantes são conduzidos pelo professor em uma roda de conversa a eleger um que melhor representa a reflexão realizada pela classe. “Uma cópia de cada trabalho selecionado é enviada para o Hospital de Amor e sugere-se que os originais, se possível, sejam expostos nas escolas ou unidades de saúde de suas respectivas cidades, de forma presencial ou on-line. Fotos dos ambientes escolares decorados também são enviadas ao HA e expostas na exposição digital da instituição”, completou Rosa.
No último ano, o ‘Talento Rosa’ capacitou 127 escolas, 1.337 professores e 22.106 estudantes, com 34.200 produções artísticas. Para mais informações sobre o ‘Talento Rosa’, acesse: ha.com.vc/talentorosa.
Prevenção
Há mais de 30 anos, o Hospital de Amor ultrapassa fronteiras e barreiras percorrendo o país para levar saúde de qualidade, gratuitamente, à população das localidades mais distantes e necessitadas. São dezenas de unidades fixas e móveis espalhadas pelo Brasil, desenvolvendo um trabalho completo em rastreamento, diagnóstico e tratamento, e o mais importante: salvando milhares de vidas!
Assim como acontece em outros meses do ano, setembro também conta com uma importante campanha de conscientização: a do retinoblastoma – o câncer dos olhos mais comum na infância. O “Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma”, celebrado em 18 de setembro, tem o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da detecção precoce da doença, fator indispensável para garantir bons resultados no tratamento.
A iniciativa ganhou força e uma visibilidade ainda maior! Após o casal Tiago Leifert e Diana Garbin revelarem (no ano de 2022) que sua filha, Lua (na época com apenas 1 ano e 3 meses), tinha sido diagnosticada com um tipo raro de câncer na retina, o retinoblastoma bilateral, os jornalistas assumiram a missão de alertar outros pais para os perigos da doença, enquanto a filha segue em tratamento.
Neste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), além de outras entidades médicas, promoveram a mobilização “De olho nos olhinhos”. E o Hospital de Amor – referência em tratamento oncológico gratuito de excelência, com o maior serviço de prevenção de câncer do país – é uma das instituições que apoia esta grande ação.
Confira!
– O que é retinoblastoma?
R.: O retinoblastoma é o câncer dos olhos mais comum na infância e representa cerca de 2,5 a 4% de todas as neoplasias pediátricas.
– Qual é a incidência deste câncer?
R.: O retinoblastoma é um tumor raro, com cerca de 400 casos novos por ano no Brasil. Trata-se de uma doença da primeira infância, com maior incidência nas crianças abaixo de 5 anos de vida. De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria dos casos – entre 60% e 75% – é unilateral (quando afeta um olho). Destes, 85% são esporádicos, e os demais são casos hereditários. Já o bilateral (quando os dois olhos são afetados), são quase sempre casos hereditários.
– Quais são os principais sintomas de retinoblastoma?
Outros sintomas que podem aparecer são: vermelhidão, deformação do globo ocular, baixa visão, conjuntivite, inflamações e dor ocular.
– Quais sãos os perigos da doença quando se trata de perder a visão?
Nos casos bilaterais, frequentemente apenas um dos olhos tem uma doença avançada, que evolui com sequelas visuais mais importantes. Nesses casos, o olho com doença menos avançada costuma ter um ótimo resultado visual e permite que a criança realize a maioria das atividades diárias normalmente, inclusive participar de esportes e dirigir na vida adulta.
– Existe prevenção ou cura para a doença?
Todas as crianças devem passar por uma primeira avaliação oftalmológica completa, que inclua o exame de fundo de olho com a pupila dilatada, entre 6 meses e 1 ano de vida. Por ser uma doença que frequentemente envolve mutações genéticas herdadas em famílias com casos de retinoblastoma, as crianças devem ser avaliadas e acompanhadas desde o nascimento.
– Quais são os tipos de tratamento para o retinoblastoma?
Já em casos de doença avançada, pode ser necessário fazer a remoção do globo ocular afetado, com reconstrução da órbita e adaptação de uma prótese para um bom resultado estético.
– E como funciona a quimioterapia intra-arterial?
R.: A quimioterapia intra-arterial é um procedimento multidisciplinar de alta complexidade. Envolve o radiologista intervencionista, oncologista pediátrico, anestesista, oftalmologista, farmacêutico e uma grande equipe de suporte. Nela, um micro cateter é introduzido desde a artéria femoral até a artéria oftálmica, responsável pela nutrição do globo ocular.
– Qual é o grande diferencial deste tipo de tratamento em relação as quimioterapias convencionais?
Mas é importante lembrar que: o tratamento do retinoblastoma é feito de forma personalizada, ou seja, cada caso é um caso e necessita de avaliação médica.
– O Hospital de Amor oferece, gratuitamente, o que há de mais avançado aos pacientes, inclusive nos tratamentos de retinoblastoma?
Ação “De olho nos olhinhos”
Além de publicações semanais nos perfis oficiais da instituição durante todo o mês de setembro, trazendo conteúdos informativos sobre o tema, o Hospital de Amor também realiza uma ação especial para a população de Barretos (SP) e região. Nos dias 15 e 16/9, uma equipe de profissionais da unidade infantojuvenil do HA estará no North Shopping Barretos alertando, informando e conscientizando as pessoas para a importância do diagnóstico precoce do retinoblastoma. Cartazes e cartilhas serão entregues em todas as unidades de saúde administradas pela rede HA. Prestigie, apoie esta campanha e nos ajude nessa missão!
E se você é pai, mãe, avó, professora ou convive com crianças, fique atento aos sintomas de alerta para o retinoblastoma. Com a presença de qualquer um dos sinais, é imprescindível levar os pequenos para uma avaliação médica.
Independente da situação, o exame oftalmológico deve ser feito mesmo sem qualquer suspeita de comprometimento visual. Ao nascer: teste do olhinho; entre 6 meses e 1 ano de vida: primeiro exame oftalmológico completo; em torno de 3 anos de idade: segundo exame oftalmológico completo; entre 5 e 6 anos: novo exame oftalmológico; a partir daí: o exame oftalmológico terá a frequência dependendo da saúde visual da criança e o histórico familiar.