Em julho de 2023, o Hospital de Amor deu início a um projeto promissor que tinha como ideia principal fazer uso da tecnologia para levar prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele – incluindo o melanoma – para o maior número de pessoas, de forma simples e rápida. Menos de dois anos após o seu início, o ‘Projeto Retrate’ apresenta resultados positivos: identificou cerca de 200 cânceres de pele, sendo 12 deles do tipo melanoma, que apesar de ser menos comum, merece atenção, pois é considerado um tipo mais grave da doença, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (que é disseminação do câncer para outros órgãos) e alto índice de mortalidade quando diagnosticado tardiamente.
Com fomento do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica – PRONON, implantado pelo Ministério da Saúde para incentivar ações e serviços desenvolvidos por entidades, associações e fundações privadas sem fins lucrativos no campo da oncologia, em sua primeira etapa, o projeto instalou, em Barretos (SP), uma cabine fotográfica de autoatendimento, que ficou disponível para a população em tempo integral, de forma 100% gratuita e em local de grande circulação. Além disponibilizar um aplicativo para dispositivos móveis, também de forma gratuita, que possibilita acesso de onde o paciente estiver, com mais privacidade.
Segundo a doutora em Oncologia e uma das pesquisadoras do ‘Projeto Retrate’, a iniciativa representa um avanço concreto para o SUS ao ampliar o acesso da população a consultas especializadas em dermatologia, com agilidade no diagnóstico e início rápido do tratamento. “Iniciativas como essa mostram como a tecnologia e a inovação podem ser aliadas para garantir atendimento de qualidade, especialmente para quem mais precisa. No câncer de pele, em especial para o melanoma, o tempo é decisivo, e oferecer esse cuidado de forma acessível e eficiente pode significar salvar vidas”, ressalta.
Segundo o Ministério da Saúde, em todo o Brasil foram registrados 28.354 atendimentos relacionados ao câncer de pele do tipo melanoma entre janeiro de 2023 e julho de 2024. O mesmo período registrou mais de 110 mil atendimentos relacionados ao câncer de pele não melanoma, o tipo mais comum de câncer no mundo.
A cabine
A cabine, atualmente instalada no North Shopping Barretos, é composta por diferentes experiências de usuário diferentes, que incluem também levar conhecimento e conscientização de forma autônoma para quem passa pelo local. O lado A tem como objetivo educar a população sobre câncer de pele, fatores de risco, prevenção e como identificá-lo por meio de atividades lúdicas e explicativas com vídeos lúdicos em linguagem de fácil compreensão. O lado B permite que as pessoas usem uma câmera UV para ver como protetor solar funciona e por que é importante, fornecendo amostra de filtro solar e gerando fotos de antes e depois do uso. Na frente, há uma estação com telas sensíveis ao toque e uma câmera de alta resolução onde as pessoas podem preencher um formulário de inscrição, assinar um termo de consentimento informado, responder algumas perguntas e enviar fotos das lesões de pele para serem avaliadas por teledermatologia no Hospital de Amor.
O ‘Projeto Retrate’ conquistou o Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2023, na categoria Tecnologias Diagnósticas. Este reconhecimento destaca a contribuição significativa do projeto para o diagnóstico precoce do câncer de pele.
Um trabalho que salva vidas!
Um dos beneficiados pelo projeto do HA, que une pesquisa, inovação e prevenção, é o pequeno Arthur Dourado, de 8 anos. Segundo sua mãe, Juçara Dourado, 44 anos, funcionária pública, de Colina (SP), em julho de 2024, quando ambos estavam realizando um passeio no shopping, em Barretos, ela viu uma oportunidade de sanar uma dúvida que ela estava, pois havia surgido uma pinta que crescia de maneira desproporcional em seu filho.
Juçara tirou uma foto da mancha e enviou via cabine. Após receber o conteúdo, a equipe responsável do Hospital convocou o garoto para exames detalhados, que apontaram o diagnóstico de câncer de pele tipo melanoma, que foi removido um mês depois. “O tratamento, a agilidade em todos os procedimentos me surpreenderam, foram muito rápidos e muito atenciosos com meu filho, e por esse motivo, graças a Deus meu filho está bem. A equipe do hospital que pegou o caso foi fantástica e só tenho a agradecer a Deus por estar no shopping no dia e hora certa, pois caso contrário as coisas não fluiriam tão bem”, conta Juçara.
Prevenção e acesso
A fim de ampliar sua cobertura, o ‘Retrate’ incluiu em suas atividades o oferecimento de capacitações para todos os profissionais de saúde da atenção básica de Barretos (SP), que lidam de forma rotineira com a população. Hoje, as 18 UBS de Barretos contam com profissionais capacitados e equipamentos para realização de exames dermatológicos e envio de fotos de lesões de pele suspeitas para a instituição.
O HA oferece, ainda, a capacitação para profissionais que atuam na área da estética e cuidado corporal do município, entre esteticistas, manicures, podólogos, cabelereiros e tatuadores. Até o momento, cerca de 145 profissionais já foram treinados.
Além dessas abordagens, estão inclusas no escopo a realização de campanhas de busca ativa direcionadas para populações de risco, como comunidades rurais e trabalhadores expostos ao sol da região.
O cirurgião oncológico do HA e pesquisador principal do projeto, Dr. Vinicius de Lima Vazquez, destaca que a importância primordial do projeto está na educação e no acesso. “Desenvolvemos uma estrutura de ação que nos permite educar a população sobre hábitos saudáveis em relação à exposição solar, além de ensinarmos sobre os sinais e sintomas do câncer de pele, em especial o melanoma. Tudo isso de forma leve e sem a necessidade de deslocamento até uma unidade de saúde especializada, em um primeiro momento”.
Neste mês em que celebramos o “Dia Internacional da Mulher” (8 de março) e o “Março Lilás” – campanha de conscientização sobre a prevenção do câncer do colo do útero – o Hospital de Amor tem a honra de homenagear todas as ‘suas mulheres’, que cuidam, acolhem, amparam, ensinam e, acima de tudo, amam! Que tratam – com todo respeito e carinho do mundo – milhares de pacientes. Que fazem o Hospital, ser de Amor!
E por falar em mulher que faz a diferença, o HA não pode deixar de homenagear uma de suas preferidas, motivo de muito orgulho para todos, especialmente para os colaboradores e pacientes da instituição: Dra. Scylla Duarte Prata – a médica ginecologista que sempre esteve à frente do seu tempo. Ela não só criou uma das maiores obras de amor ao próximo da América Latina, o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência, com o maior serviço de prevenção de câncer do país e uma estrutura completa focada em ensino e pesquisa), como também foi pioneira na prevenção do câncer ginecológico.
Scylla especializou-se em ginecologia por influência de sua principal referência na medicina, o professor Domingos Delascio. Ele era professor universitário, ginecologista conceituado, autor de obras científicas e referência na tradicional Maternidade Matarazzo, Santa Casa de São Paulo e outras instituições da capital, sendo pioneiro em diversas frentes da saúde da mulher.
Enquanto aluna da USP, Delascio foi seu professor e depois de formada se tornou “médica estagiária” da equipe dele. Era considerada uma residente brilhante, muito dedicada e por isso manteve com seu mestre uma relação de amizade, respeito, reciprocidade e gratidão por toda a vida.
Em São Paulo, Scylla atuou como médica do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários de Santos. Trabalhou na Clínica Ginecológica da Faculdade de Medicina, e fez cursos como de aperfeiçoamento de clínica ginecológica, propedêutica obstétrica, patologia obstétrica, pós-graduação de tumores malignos do aparelho genital e participou de congressos.
Para além da obstetrícia e já tendo contato com os estudos do câncer ginecológico, como assistente do Dr. Domingos Delascio, ela aplicava em suas pacientes exames preventivos de lesões cancerígenas, como a colposcopia, a diatermocoagulação e o Papanicolaou. Junto ao professor, ela fazia estudos científicos sobre o câncer uterino e especialmente o câncer de endométrio, sendo pioneira na difusão do exame no interior de São Paulo.
Scylla se especializou ainda mais no câncer ginecológico e, em 1994, com a contribuição de seu marido – que dizia que “a prevenção é o melhor remédio”, ela foi uma professora para a enfermeira Creuza Saure, responsável por colher exames de Papanicolaou em 92% da população barretense com uma bicicleta e uma mesa ginecológica. Juntas, elas agiram por décadas, por idealismo e confiança no projeto do hospital.
Graças à expertise da médica, o HA salva, ainda hoje, milhares de vidas! São quase 63 anos de história e mais de 30 deles realizando um trabalho incrível de rastreamento e busca ativa, que leva saúde de qualidade e exames preventivos de câncer, gratuitamente, à população das localidades mais distantes e necessitadas. Atualmente, a instituição possui 27 unidades fixas de prevenção e mais de 50 unidades móveis que rodam o Brasil, na tentativa de reduzir as desigualdades de acesso à saúde e oferecer tratamentos mais efetivos.
Esse tipo câncer é considerado o que apresenta condições mais promissoras para prevenção e controle, com possibilidades, inclusive, de eliminação. Fazem parte do arsenal de enfrentamento, a vacinação contra o vírus HPV (Papilomavírus Humano), cuja infecção persistente é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença. Além disso, outra estratégia, é a detecção precoce de lesões do colo uterino, classificadas como precursoras do câncer e que podem ser tratadas com procedimento simples e alcançar altas taxas de cura.
“Hoje nós temos instrumentos e possibilidades, tanto relacionados à prevenção primária, quanto à prevenção secundária. Eu estou dizendo sobre vacina contra o vírus HPV, que é o vírus que iminentemente causa o câncer do colo uterino entre as mulheres. E em segundo, a prevenção primária, que são os testes que fazem o diagnóstico e o rastreamento, sendo o mais conhecido, o exame de Papanicolaou”, destaca o coordenador médico do programa de prevenção de câncer ginecológico do Hospital de Amor, Dr. Júlio Possati.
• Pacientes portadores de Papilomatose Respiratória Recorrente/PRR a partir de 2 anos de idade.
De acordo com o Ministério da Saúde, o exame preventivo contra o HPV, o Papanicolau, é um exame ginecológico preventivo mais comum para identificar de lesões precursoras do câncer do colo do útero. Ele ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar a presença do vírus, no entanto, é considerado o melhor método para detectar câncer do colo do útero e suas lesões precursoras. Quando essas alterações, que antecedem o câncer, são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos, por isso é muito importante que as mulheres façam o exame regularmente.
Outra medida importante na prevenção do HPV, são os preservativos internos ou externos. Informações do Ministério de Saúde mostram que, “embora seja eficaz na redução do risco de infecções sexualmente transmissíveis (IST), seu uso não elimina completamente a possibilidade de transmissão do HPV. Isso ocorre porque as lesões podem estar presentes em áreas não cobertas pela camisinha, como a vulva, região pubiana, perineal e bolsa escrotal”. Apesar disso, o uso é extremamente importante parra prevenir possíveis doenças.
Em relação à distribuição geográfica, ele é o segundo mais incidente nas Regiões Norte (20,48 por 100 mil) e Nordeste (17,59 por 100 mil). Na Região Centro-oeste (16,66 por 100 mil) ocupa a terceira posição; na Região Sul (14,55 por 100 mil), a quarta; e na Região Sudeste (12,93 por 100 mil), a quinta posição.
O caso de sucesso
Ela explica que conheceu o HA quando foi convidada, junto a outras influenciadoras locais, para o lançamento de uma campanha de prevenção em Porto Velho, em 2019. “Fomos para este evento, que foi no Hospital de Amor, no qual a equipe do hospital apresentou dados alarmantes das mulheres da região Norte. Eu lembro que foi bem legal, saiu na mídia, nos jornais, etc. Durante o evento, foi feito uma dinâmica incentivando a gente a levar o maior número de mulheres para fazerem o exame de mamografia, quem levasse mais mulheres se tornaria uma das embaixadoras da unidade. Em seguida, veio a pandemia”, explicou.
“O sangue é insubstituível”, foi com esta frase que a enfermeira Lívia Oliveira, responsável pelo hemonúcleo do Hospital de Amor, em Barretos (SP), chamou a atenção dos voluntários que contribuem para a captação de sangue. Segundo o Ministério da Saúde, menos de 2% da população brasileira doa sangue regularmente.
Para agradecer e prestar contas dos números de doações, a equipe do hemonúcleo do HA realizou o ‘1º Encontro de Captadores de Doação de Sangue’, no dia 2 de novembro. Foi um momento de descontração e de muitos agradecimentos.
Se para cada mil brasileiros, apenas 14 são doadores, dona Luiza Ferreira, professora aposentada, de 77 anos, se destaca pelo seu empenho em conseguir voluntários para doar sangue. Ela e seus amigos viajam 109 km de Ituverava (SP) até Barretos, três vezes por ano. “A importância de conseguir mais doadores de sangue é poder estar ajudando a salvar vidas, pois uma bolsa, segundo os especialistas, salva até 4 vidas. Deus primeiro e amor ao próximo, sempre”, explica a doadora.
De acordo com a coordenadora de captação de doadores de sangue do hemonúcleo do HA, Ana Paula Borges, o intuito do evento foi mostrar aos coordenadores o quanto as campanhas são importantes e, por meio deles, quantas vidas podem ser salvas. A ação contou com voluntários de várias cidades da região, como as mineiras: Planura e Frutal, e outras do estado de São Paulo, como Guaíra, Taquaritinga, Igarapava, Ituverava, entre outras. A turma de 60 pessoas também visitou a unidade infantojuvenil do HA, onde ficaram encantados com a estrutura e o trabalho realizado pela equipe do Hospital de Amor.
Já a voluntária barretense, Ana Cláudia de Souza, 49 anos, que coordena o Grupo da Saúde da Igreja Universal de Barretos, atua na captação de doadores de sangue desde 2017. “É um prazer estar aqui, fiquei muito feliz de ter sido convidada para este evento. Percebo que em todas as campanhas que a gente agenda, tem gente que tem muito medo de doar, pois muitos acabam acreditando em ‘fake news’, então a minha missão é conscientizá-los sobre a importância da doação e que é indolor. Me senti muito valorizada hoje”, fala Ana com um belo sorriso no rosto.
O dia ficou mais divertido com a participação especial do grupo dos ‘Palhaços da Alegria’ do Instituto Sociocultural, que cantaram uma paródia relacionada à importância da doação de sangue, bem como conversaram com o público e entreteram a todos. Para finalizar este dia especial, Lívia Machado, de 38 anos, mãe da pequena paciente Alice, que realiza tratamento de síndrome mielodisplásica (grupo de doenças que se caracteriza pela produção de células sanguíneas anormais na medula óssea) no HA desde 2021, de São Bernardo do Campo (SP), doou a medula para sua filha realizar transplante e após isso passou a doar sangue assiduamente. Ela falou sobre a sua experiência como mãe de uma paciente no HA para os voluntários.
“Eu não tenho nem como dizer o tamanho da importância da doação de sangue, porque minha filha passou pelo transplante de medula óssea e no pós-transplante eles precisam muito, principalmente plaquetas. Acho que é muito importante esta prestação de contas que houve hoje, porque ao mostrar os números das doações e demandas, acaba incentivando outras pessoas”, relata Lívia.
Para doar sangue, os voluntários precisam ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50kg, estar bem de saúde e ir ao hemonúcleo mais próximo de casa. Um gesto simples que pode mudar a histórias de muitas vidas!
Cada vez mais a pesquisa translacional vem se tornando fundamental no mundo, por ser uma área da ciência que gera conexão entre a pesquisa biomédica básica, a inovação em saúde e a sua aplicabilidade, tendo como principal objetivo criar ou complementar protocolos e produtos já como vacinas e fármacos, em benefício da população.
A expansão dessa área é visível na oncologia e muito do sucesso disso se deve à presença de biobancos espalhados pelo mundo, como é o caso do Biobanco do Hospital de Amor, inaugurado em 2006, em Barretos (SP), e considerado atualmente como um dos maiores da América Latina.
De modo simples, um biobanco se caracteriza pelo armazenamento de amostras biológicas de forma organizada, para uso em pesquisa científica. Dando início ao processo de ampliação dessa estrutura na instituição, a equipe do HA recebeu em sua sede um treinamento ministrado pelas pesquisadoras e gerentes operacionais de processos do biobanco IARC-França (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer), Dra. Elodie Caboux e Dra. Stephanie Villar.
Intercâmbio do conhecimento
Networking, troca de experiências e expansão de conhecimento, foram alguns dos objetivos do treinamento, além de gerar uma integração entre pesquisadores de países diferentes, como comentou a pesquisadora e coordenadora do Biobanco do HA, Dra. Márcia M. C. Marques Silveira.
“Este intercâmbio representa uma iniciativa única no Brasil, que possibilita a realização de capacitações e treinamentos dos profissionais que atuam no biobanco do HA como patologistas, biólogos moleculares e pesquisadores. Por meio da visita in loco de pesquisadoras que coordenam a Rede Internacional de Biobancos BCNet, liderado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) e sob supervisão da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explicou Dra. Márcia.
Durante o treinamento foram abordados diferentes tópicos, como a parceria do HA com o IARC-França. “Nós estamos aqui para representar a rede IARC de Biobancos e falar sobre a parceira com o Hospital de Amor, em relação ao projeto do PRONON que é ‘tocado’ pelo time do biobanco do HA”, afirmou a gerente operacional de processos, do biobanco IARC-França, Dra. Elodie Caboux.
Esse intercâmbio faz parte de diversas atividades que serão desenvolvidas em um projeto, recentemente financiado pelo Ministério da Saúde – PRONON (Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica), que visa a implementação da Rede de Biobancos do Hospital de Amor em outras unidades da instituição, localizadas em regiões remotas, normalmente fora do cenário científico nacional e com baixa representatividade de pacientes no contexto oncológico brasileiro.
“É muito importante para nós o trabalho entre as duas instituições, pois este networking entre nós contribui para diminuir as possíveis dificuldades e promove maior visibilidade para o trabalho. Com essa parceria, podemos ser capazes de aumentar a riqueza de dados de pacientes, tornado o projeto no mesmo nível em todos os lugares”, contou gerente operacional de processos, do biobanco IARC-França, Dra. Stephanie Villar.
Para a pós-doutoranda e fellow do HA, Ana Julia Freitas, essa troca de experiências entre as duas entidades foi fundamental para ter o conhecimento de como são realizados os processos de pesquisas científicas em outro país. “O treinamento foi fundamental, uma vez que a gente conseguiu esse networking com pesquisadores de um biobanco que é referência no mundo, e isso fez com que aprimorasse nossos conhecimentos e, as perspectivas de como funciona tanto a parte de biossegurança, a parte de pesquisa fora do país”, destacou.
Rede Biobanco do HA
O Hospital de Amor inaugurou seu biobanco em 2006, em Barretos (SP), para estocar material biológico de pacientes oncológicos e não-oncológicos, com a finalidade de pesquisa, e está, cada vez mais, expandido e caminhando para se tornar uma rede robusta.
O biobanco do HA é um dos maiores da América Latina, possuindo mais de 365 mil amostras de materiais biológicos, e está integrado à Rede Internacional de Biobancos BCNet (Biobank and Cohort Building Network), liderado pela Agência Internacional de Pesquisa no Câncer (IARC) e sob supervisão da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Rede de Biobancos do HA já começou a ser formatada e está presente nas unidades de Barretos (SP) e Jales (SP), e em implementação no HA Amazônia, em Porto Velho (RO).
Essa expansão é fundamental para que mais pesquisas sejam desenvolvidas de forma mais assertiva, visando o tratamento de câncer, uma vez que a estimativa até 2025 é de mais de 700 mil novos casos ao ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
“Concebemos que este desta forma será possível expandir as atividades desenvolvidas no Biobanco em Barretos em outras unidades do Hospital de Amor, permitindo o melhor conhecimento das diferentes etnias, sendo um representativo importante das áreas geográficas do país. Esta é uma iniciativa pioneira nestas regiões e tem por objetivo aumentar a capacidade do desenvolvimento da pesquisa translacional oncológica, contribuindo ainda mais para o avanço científico na área em um contexto nacional e internacional”, finalizou a pesquisadora e coordenadora do Biobanco do HA, Dra. Márcia M. C. Marques Silveira.
Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde emitido no início da semana, o Brasil ultrapassou os 700 mil casos possíveis de dengue apenas em 2024, uma alta superior a 300% em comparação ao mesmo período de 2023. Os dados mostram, ainda, que o número supera o total de casos registrados nos anos de 2017, 2018 e 2021.
São informações que acendem um importante alerta, principalmente, para pacientes em tratamento oncológico.
O médico infectologista do Hospital de Amor, Dr. José Carlos Ignácio Jr., explica que a dengue, a zika ou a chikungunya, doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, assim como qualquer outra infecção, atrapalham o tratamento oncológico porque podem atrasar, adiar ou interromper temporariamente a quimioterapia e/ou a radioterapia. Além disso, o paciente com câncer tem um risco maior de ter dengue grave. “Esse risco é maior nos pacientes com câncer acima de 60 anos, que também apresentam comorbidades como diabetes, hipertensão arterial, cardiopatia, doença renal ou pulmonar crônica”, destaca.
Para alguns tipos de câncer, o quadro também pode exigir cuidados extras. Pacientes adultos com leucemia, linfoma, mieloma e tumor de fígado apresentam maior risco de complicações hemorrágicas pela dengue e, assim, um maior risco de evoluir com dengue grave, necessidade de internação e maior risco de óbito. Já entre as crianças, as leucemias e os linfomas são de maior risco para dengue grave, assim como o tratamento de alguns tumores sólidos que são tratados com altas doses de quimioterapia.
O infectologista do HA frisa que, caso um paciente oncológico apresente sintomas típicos da infecção por dengue, é importante procurar imediatamente o centro de referência no qual o tratamento está sendo realizado, para avaliação médica e laboratorial, com seguimento para que se evite o agravamento da doença.
Vacina
Recentemente o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS), colocando o Brasil como pioneiro em todo o mundo a disponibilizar o imunizante no sistema público de saúde. A vacina, conhecida como Qdenga, que possui indicação para prevenção da doença causada por qualquer sorotipo do vírus e foi aprovada pela Anvisa para a faixa etária de 4 anos a 60 anos de idade, não será utilizada em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório fabricante afirmou ter uma capacidade restrita para o fornecimento de doses. Por isso, a vacinação ainda será focada em público e regiões prioritárias, conforme definição do órgão.
Apesar de ser um grande e importante avanço para esse problema de saúde pública, o Dr. José Ignácio explica que essa vacina é composta por vírus vivo atenuado, sendo assim, ela possui contraindicação de ser administrada em pacientes com imunidade comprometida, que é o caso dos pacientes em tratamento oncológico em uso de quimioterapia e/ou radioterapia. “A contraindicação vai até 6 meses após o término da quimioterapia e/ou radioterapia. Dessa forma, orienta-se que os pacientes oncológicos consultem seu médico para avaliar se podem receber a vacina contra dengue, quando ela estiver disponível”.
Prevenção
Para prevenção da dengue, além das medidas já conhecidas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar um possível criadouro, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas, o uso de repelente é um importante aliado.
Os repelentes com icaridina são recomendados por comprovação de eficácia e proteção, havendo diversas marcas disponíveis no mercado. Porém, caso não sejam tolerados, também podem ser aqueles à base de DEET, IR3535 e óleo de citronela. Segundo os especialistas, os repelentes caseiros não devem ser utilizados.
Algumas regras para a aplicação correta do repelente:
• Cuidado para não passar o repelente na região dos olhos, mucosas e áreas com feridas;
• O repelente spray deve ser aplicado sobre a roupa e não na pele que será coberta. Exemplo: se for colocar uma calça, vista essa peça de roupa e somente depois aplique o repelente sobre a calça. Nas áreas que não serão cobertas pelas roupas, basta aplicar o repelente sobre a pele descoberta;
• Raramente o uso de repelente causa alergia, mas pode acontecer. Caso apresente prurido (coceira) e urticária (placas vermelhas pelo corpo), suspenda o uso do repelente e fale com o seu médico.
Além do uso do repelente outras medidas podem auxiliar:
• Roupas: sempre usar camisas/blusas de mangas longas, calças longas, dar preferência para cores claras;
• Se possível colocar telas nas portas e janelas;
• Sempre permitir a entrada na casa do pessoal do controle de vetores, a fim de avaliar a existência de possíveis criadouros e orientações de prevenção.
Doar medula óssea é um gesto de solidariedade que pode ajudar pacientes que têm o transplante como a única chance de cura. E você sabia que, em função das características genéticas do sistema HLA (Human Leucocyte Antigen: que significa Antígeno Leucocitário Humano), esta chance é de 30% entre irmãos e muito menor quando buscamos doadores não-aparentados?
Por este motivo, existem os Registros de Doadores Voluntários em diferentes países, totalizando mais de 38 milhões de doadores no mundo. Dentre eles está o REDOME – terceiro maior registro, responsável pela manutenção das informações de todos os doadores voluntários de medula óssea cadastrados no Brasil e pela identificação de possíveis doadores. Atualmente, ele tem suas atividades coordenadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e representa, para os pacientes brasileiros, a maior chance de encontrar um doador não-aparentado.
Mas afinal, como se tornar um doador voluntário de medula óssea? Entenda o assunto e saiba como você pode salvar vidas!
O que é medula óssea?
A medula óssea é um tecido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecido popularmente por “tutano”. Nela, são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. O transplante de medula óssea é recomendado a pacientes com doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias, por exemplo, e também para os casos de anemia aplástica, linfomas, entre outras.
O transplante é a substituição da medula óssea doente por uma saudável. Com isso, o organismo do paciente transplantado passa a produzir novas células da medula óssea e do sangue.
Quem pode doar?
Para se tornar um doador de medula óssea é necessário:
– Ter entre 18 e 35 anos de idade;
– Estar em bom estado de saúde;
– Não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite);
– Não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).
Se você estiver dentro de todos esses requisitos, basta fazer um cadastro no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
Como funciona o cadastramento?
Para fazer o cadastro, o doador deve apresentar um documento original de identidade e preencher um formulário com suas informações pessoais. Além disso, será necessária a coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para testes de tipificação HLA – fundamental para a compatibilidade do transplante e para identificar suas características
genéticas. Estes dados serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
A partir disso, todas as informações genéticas do doador e dos pacientes são cruzadas. Uma vez identificado um potencial doador compatível, ele é contatado e convidado a realizar novos testes de compatibilidade e uma avaliação clínica e laboratorial. Confirmada a compatibilidade com o paciente e o bom estado-de-saúde do doador, a doação é agendada. Este processo costuma levar 60 dias e não é necessária nenhuma mudança de hábitos de vida, de trabalho ou de alimentação.
Como é feita a doação?
A coleta das células-tronco hematopoéticas é realizada em centros de transplante ou hemocentros públicos ou privados de todo o país autorizados pelo Ministério da Saúde. Existem duas formas de doar (por punção ou aférese) e a decisão do procedimento mais adequado é feita pelo médico.
1) No primeiro caso, o doador é anestesiado em centro cirúrgico e requer internação de 24 horas. Uma porção da medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções com agulhas, com duração de cerca de 90 minutos. O doador retorna às suas atividades habituais uma semana após a doação.
2) No segundo procedimento, chamado aférese, o doador toma um medicamento por cinco dias, que faz com que as células da medula óssea circulem na corrente sanguínea. Estas células são retiradas diretamente pelas veias do braço do doador, com uso da máquina de aférese, com duração de cerca de 3 a 4 horas.
• Nos dois casos, a medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias.
Como fica o paciente pós transplante?
Depois de um tratamento que destrói sua própria medula óssea com quimioterapia e/ou radioterapia, o paciente receberá a nova medula por meio de uma transfusão. Em três semanas, a medula transplantada já estará produzindo células novas.
Onde é possível fazer o cadastro para ser um doador voluntário de medula?
O cadastro de doadores voluntários no REDOME é realizado nos hemocentros de todo o país, portanto, procure o mais próximo de você para obter mais informações. Em Barretos (SP), vá até o Hemonúcleo do Hospital de Amor e nos ajude nessa missão!
• Vale lembrar que: o cadastro permanecerá ativo no REDOME até a pessoa completar 60 anos de idade, ou seja, ela poderá ser selecionada para um paciente ao longo de toda a sua vida. Por este motivo, é muito importante que o doador mantenha seus dados pessoais atualizados – o que pode ser feito por meio do site do próprio REDOME.
Informações:
Em caso de dúvidas, entre em contato com o hemonúcleo do HA pelo telefone: (17) 3321-6600 (ramal: 6941 ou 6753).
Com a sua ajuda podemos aumentar as chances de encontrar doadores compatíveis com nossos pacientes. Seja o herói de alguém! Cadastre-se e seja doador de medula óssea!
Assim como acontece em outros meses do ano, setembro também conta com uma importante campanha de conscientização: a do retinoblastoma – o câncer dos olhos mais comum na infância. O “Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma”, celebrado em 18 de setembro, tem o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da detecção precoce da doença, fator indispensável para garantir bons resultados no tratamento.
A iniciativa ganhou força e uma visibilidade ainda maior! Após o casal Tiago Leifert e Diana Garbin revelarem (no ano de 2022) que sua filha, Lua (na época com apenas 1 ano e 3 meses), tinha sido diagnosticada com um tipo raro de câncer na retina, o retinoblastoma bilateral, os jornalistas assumiram a missão de alertar outros pais para os perigos da doença, enquanto a filha segue em tratamento.
Neste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), além de outras entidades médicas, promoveram a mobilização “De olho nos olhinhos”. E o Hospital de Amor – referência em tratamento oncológico gratuito de excelência, com o maior serviço de prevenção de câncer do país – é uma das instituições que apoia esta grande ação.
Confira!
– O que é retinoblastoma?
R.: O retinoblastoma é o câncer dos olhos mais comum na infância e representa cerca de 2,5 a 4% de todas as neoplasias pediátricas.
– Qual é a incidência deste câncer?
R.: O retinoblastoma é um tumor raro, com cerca de 400 casos novos por ano no Brasil. Trata-se de uma doença da primeira infância, com maior incidência nas crianças abaixo de 5 anos de vida. De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria dos casos – entre 60% e 75% – é unilateral (quando afeta um olho). Destes, 85% são esporádicos, e os demais são casos hereditários. Já o bilateral (quando os dois olhos são afetados), são quase sempre casos hereditários.
– Quais são os principais sintomas de retinoblastoma?
Outros sintomas que podem aparecer são: vermelhidão, deformação do globo ocular, baixa visão, conjuntivite, inflamações e dor ocular.
– Quais sãos os perigos da doença quando se trata de perder a visão?
Nos casos bilaterais, frequentemente apenas um dos olhos tem uma doença avançada, que evolui com sequelas visuais mais importantes. Nesses casos, o olho com doença menos avançada costuma ter um ótimo resultado visual e permite que a criança realize a maioria das atividades diárias normalmente, inclusive participar de esportes e dirigir na vida adulta.
– Existe prevenção ou cura para a doença?
Todas as crianças devem passar por uma primeira avaliação oftalmológica completa, que inclua o exame de fundo de olho com a pupila dilatada, entre 6 meses e 1 ano de vida. Por ser uma doença que frequentemente envolve mutações genéticas herdadas em famílias com casos de retinoblastoma, as crianças devem ser avaliadas e acompanhadas desde o nascimento.
– Quais são os tipos de tratamento para o retinoblastoma?
Já em casos de doença avançada, pode ser necessário fazer a remoção do globo ocular afetado, com reconstrução da órbita e adaptação de uma prótese para um bom resultado estético.
– E como funciona a quimioterapia intra-arterial?
R.: A quimioterapia intra-arterial é um procedimento multidisciplinar de alta complexidade. Envolve o radiologista intervencionista, oncologista pediátrico, anestesista, oftalmologista, farmacêutico e uma grande equipe de suporte. Nela, um micro cateter é introduzido desde a artéria femoral até a artéria oftálmica, responsável pela nutrição do globo ocular.
– Qual é o grande diferencial deste tipo de tratamento em relação as quimioterapias convencionais?
Mas é importante lembrar que: o tratamento do retinoblastoma é feito de forma personalizada, ou seja, cada caso é um caso e necessita de avaliação médica.
– O Hospital de Amor oferece, gratuitamente, o que há de mais avançado aos pacientes, inclusive nos tratamentos de retinoblastoma?
Ação “De olho nos olhinhos”
Além de publicações semanais nos perfis oficiais da instituição durante todo o mês de setembro, trazendo conteúdos informativos sobre o tema, o Hospital de Amor também realiza uma ação especial para a população de Barretos (SP) e região. Nos dias 15 e 16/9, uma equipe de profissionais da unidade infantojuvenil do HA estará no North Shopping Barretos alertando, informando e conscientizando as pessoas para a importância do diagnóstico precoce do retinoblastoma. Cartazes e cartilhas serão entregues em todas as unidades de saúde administradas pela rede HA. Prestigie, apoie esta campanha e nos ajude nessa missão!
E se você é pai, mãe, avó, professora ou convive com crianças, fique atento aos sintomas de alerta para o retinoblastoma. Com a presença de qualquer um dos sinais, é imprescindível levar os pequenos para uma avaliação médica.
Independente da situação, o exame oftalmológico deve ser feito mesmo sem qualquer suspeita de comprometimento visual. Ao nascer: teste do olhinho; entre 6 meses e 1 ano de vida: primeiro exame oftalmológico completo; em torno de 3 anos de idade: segundo exame oftalmológico completo; entre 5 e 6 anos: novo exame oftalmológico; a partir daí: o exame oftalmológico terá a frequência dependendo da saúde visual da criança e o histórico familiar.
Uma ação do Hospital de Amor na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), realizou, no período de 23 a 26 de maio, cerca 1 mil exames preventivos. O evento ocorreu paralelamente às atividades da “Semana Nacional de Combate ao Câncer”, realizada pela Comissão Especial de Combate ao Câncer da Câmara dos Deputados.
Com a finalidade de promover a conscientização e prevenção contra o câncer junto a parlamentares, assessores, servidores do Congresso, Planalto e Ministérios, além da população em geral, as unidades móveis de prevenção do HA ofereceram gratuitamente ultrassons, exames de próstata, avaliação de câncer de pele, mamografia, Papanicolaou e testes de COVID-19. A unidade móvel de educação da instituição – Missão Gênese – também marcou presença no evento para demonstrar aos parlamentares o trabalho de prevenção primária que a entidade realiza, voltado ao público infantojuvenil.
“A participação das carretas na Semana de Combate ao Câncer, foi uma forma de agradecer a receptividade do Congresso Nacional, Palácio do planalto e Ministério da Saúde pelo apoio dado às unidades do Hospital de Amor, com sede em Barretos, mas que hoje tem unidades espalhadas por todo o Brasil, levando prevenção em forma de carinho aos servidores e terceirizados”, salientou a diretora de Relações Governamentais do Hospital, Adriana Mariano.
Durante os quatro dias de evento, foram 991 atendimentos realizados, sendo 220 avaliações sobre câncer de pele, 247 exames de Papanicolaou, 177 testes de PSA, 211 mamografias e 136 testes de COVID-19. Para a realização da ação, o Hospital de Amor recebeu o apoio da Varian Medical Systems e da Siemens Healthineers.
Semana Nacional de Combate ao Câncer
A abertura da “Semana Nacional de Combate ao Câncer”, na Câmara dos Deputados, contou também com a participação do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, que palestrou sobre os resultados do hospital e das necessidades da saúde pública no financiamento dos procedimentos oncológicos.
Participaram ainda dos trabalhos da Comissão Especial de Combate ao Câncer, durante toda a semana, o Prof. Me. Carlos Eduardo Goulart Silveira (Médico Departamento de Prevenção do Hospital de Amor), Ricardo dos Reis (Médico, Diretor de Ensino do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA e Pró-reitor do Programa de Pós-graduação do HA), Prof. D.r Vinicius de Lima Vazquez (Médico, Pesquisador, Professor e Diretor Executivo do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA) e Prof. Me. Gerson Lucio Vieira (Biomédico, Pedagogo, Mestre em Educação e Coordenador do Núcleo de Educação em Câncer do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA).
60 anos de Hospital de Amor
No último dia 24 de março, o Hospital de Amor completou 60 anos de fundação. Sua história teve início em 1962, na cidade de Barretos, interior do Estado de São Paulo, onde foi fundado com o objetivo de oferecer medicina de qualidade e humanizada.
Em 2021, o hospital manteve a liderança do ranking da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre todos os centros de saúde da América Latina, e ocupou o segundo lugar entre as instituições que realizam pesquisas na área da saúde. O levantamento é uma ferramenta de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
A instituição é historicamente reconhecida. Foi escolhida, em 2000, pelo Ministério da Saúde, como o melhor hospital público do país. Desde 2011 é considerada “instituição irmã” do MD Anderson Cancer Center, o maior centro de tratamento e pesquisa de câncer do mundo. Já com o Saint Jude Children´s Research Hospital, o Hospital de Amor tornou-se “instituição gêmea” em 2012.
Atualmente, o HA está presente em 15 estados brasileiros, com uma rede composta por 26 unidades de prevenção, sete hospitais e três unidades de reabilitação que, juntas, prestaram mais de 1 milhão de atendimentos em 2021, no diagnóstico e tratamento contra o câncer. Tudo oferecido 100% por meio do SUS com a qualidade e humanização dos mais altos centros internacionais.
1 – INFORMAÇÕES GERAIS
Encontra-se aberto edital para contratação de 1 (uma) vaga com bolsa de pós-doutorado no âmbito do projeto “Câncer e trabalhadores rurais: um estudo de coorte (RUCAN study)”, sob a coordenação do Prof. Dr. Henrique César S. Silveira, financiado pelo Departamento de Saúde Ambiental do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde.
Confira abaixo o edital e a ficha de inscrição do processo seletivo:
Edital completo;
Ficha de inscrição.
Retificação I do Edital N.008/2021 – IEP/HCB – Pós-graduação.
Edital com retificação;
Ficha de inscrição;
Retificação.
Retificação II do Edital N.008/2021 – IEP/HCB – Pós-graduação.
Edital com retificação;
Retificação.
Retificação III do Edital N.008/2021 – IEP/HCB – Pós-graduação.
Edital com retificação;
Ficha de Inscrição;
Retificação.
Retificação IV do Edital N.008/2021 – IEP/HCB – Pós-graduação.
Edital com retificação;
Ficha de Inscrição;
Retificação.
Resultado do Edital N.008/2021 – IEP/HCB – Pós-graduação
Confira o resultado do processo seletivo de bolsa de pós-doutorado no âmbito do projeto “Câncer e trabalhadores rurais: um estudo de coorte (RUCAN study)”.
Em maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria dos votos, decidiu como inconstitucionais as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde que impunham restrições para a doação de sangue por parte de homens homossexuais. Em julho, a Anvisa revogou oficialmente a restrição que, até aquele momento, orientava que todos os hemocentros do Brasil devessem rejeitar a doação de homens homossexuais que tivessem tido relação sexual com outros homens nos 12 meses anteriores.
A pandemia pela Covid-19, acompanhada da brusca queda nas doações e dos estoques de sangue ainda mais baixos, pressionou pela retomada do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade, que começou a ser julgada em 2017, mas havia sido interrompida. A discussão também teve grande apelo popular e ganhou o suporte de especialistas em Saúde de todo o país que, há anos, entendiam a proibição como incoerente do ponto de vista científico e pautada apenas pelo preconceito, visto que nenhuma orientação sexual ou identidade de gênero deve ser enquadrada como grupo de risco.
Campanha “Cada Gota Conta”
Com a decisão, o Hospital de Amor, com o suporte do seu Comitê de Humanização, lançou a campanha “Cada Gota Conta”, para lembrar e destacar a importância do gesto carregado de solidariedade e amor ao próximo. Durante as últimas 5 semanas, o HA levou para as redes sociais depoimentos e histórias de pessoas para quem as doações fizeram a diferença, além de outras publicações destacando o tema. Atualmente, hemonúcleo da instituição é responsável por atender não só os pacientes oncológicos, mas também outros hospitais de Barretos (SP) e região.
Segundo a coordenadora de captação de doadores do hemonúcleo, Ana Paula Borges, a campanha gerou um aumento nas doações de aproximadamente 70% nos finais de semana, quando também aumentou o número de agendamentos de grupos que se mobilizam em ações voluntárias externas.
Os vários vídeos da campanha podem ser conferidos nas mídias sociais do Hospital de Amor ou na playlist a seguir. Confira, compartilhe, faça sua doação e não se esqueça: “Cada gota conta”!
Assista aos depoimentos:
Como fazer sua doação de sangue?
Em julho de 2023, o Hospital de Amor deu início a um projeto promissor que tinha como ideia principal fazer uso da tecnologia para levar prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele – incluindo o melanoma – para o maior número de pessoas, de forma simples e rápida. Menos de dois anos após o seu início, o ‘Projeto Retrate’ apresenta resultados positivos: identificou cerca de 200 cânceres de pele, sendo 12 deles do tipo melanoma, que apesar de ser menos comum, merece atenção, pois é considerado um tipo mais grave da doença, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (que é disseminação do câncer para outros órgãos) e alto índice de mortalidade quando diagnosticado tardiamente.
Com fomento do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica – PRONON, implantado pelo Ministério da Saúde para incentivar ações e serviços desenvolvidos por entidades, associações e fundações privadas sem fins lucrativos no campo da oncologia, em sua primeira etapa, o projeto instalou, em Barretos (SP), uma cabine fotográfica de autoatendimento, que ficou disponível para a população em tempo integral, de forma 100% gratuita e em local de grande circulação. Além disponibilizar um aplicativo para dispositivos móveis, também de forma gratuita, que possibilita acesso de onde o paciente estiver, com mais privacidade.
Segundo a doutora em Oncologia e uma das pesquisadoras do ‘Projeto Retrate’, a iniciativa representa um avanço concreto para o SUS ao ampliar o acesso da população a consultas especializadas em dermatologia, com agilidade no diagnóstico e início rápido do tratamento. “Iniciativas como essa mostram como a tecnologia e a inovação podem ser aliadas para garantir atendimento de qualidade, especialmente para quem mais precisa. No câncer de pele, em especial para o melanoma, o tempo é decisivo, e oferecer esse cuidado de forma acessível e eficiente pode significar salvar vidas”, ressalta.
Segundo o Ministério da Saúde, em todo o Brasil foram registrados 28.354 atendimentos relacionados ao câncer de pele do tipo melanoma entre janeiro de 2023 e julho de 2024. O mesmo período registrou mais de 110 mil atendimentos relacionados ao câncer de pele não melanoma, o tipo mais comum de câncer no mundo.
A cabine
A cabine, atualmente instalada no North Shopping Barretos, é composta por diferentes experiências de usuário diferentes, que incluem também levar conhecimento e conscientização de forma autônoma para quem passa pelo local. O lado A tem como objetivo educar a população sobre câncer de pele, fatores de risco, prevenção e como identificá-lo por meio de atividades lúdicas e explicativas com vídeos lúdicos em linguagem de fácil compreensão. O lado B permite que as pessoas usem uma câmera UV para ver como protetor solar funciona e por que é importante, fornecendo amostra de filtro solar e gerando fotos de antes e depois do uso. Na frente, há uma estação com telas sensíveis ao toque e uma câmera de alta resolução onde as pessoas podem preencher um formulário de inscrição, assinar um termo de consentimento informado, responder algumas perguntas e enviar fotos das lesões de pele para serem avaliadas por teledermatologia no Hospital de Amor.
O ‘Projeto Retrate’ conquistou o Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2023, na categoria Tecnologias Diagnósticas. Este reconhecimento destaca a contribuição significativa do projeto para o diagnóstico precoce do câncer de pele.
Um trabalho que salva vidas!
Um dos beneficiados pelo projeto do HA, que une pesquisa, inovação e prevenção, é o pequeno Arthur Dourado, de 8 anos. Segundo sua mãe, Juçara Dourado, 44 anos, funcionária pública, de Colina (SP), em julho de 2024, quando ambos estavam realizando um passeio no shopping, em Barretos, ela viu uma oportunidade de sanar uma dúvida que ela estava, pois havia surgido uma pinta que crescia de maneira desproporcional em seu filho.
Juçara tirou uma foto da mancha e enviou via cabine. Após receber o conteúdo, a equipe responsável do Hospital convocou o garoto para exames detalhados, que apontaram o diagnóstico de câncer de pele tipo melanoma, que foi removido um mês depois. “O tratamento, a agilidade em todos os procedimentos me surpreenderam, foram muito rápidos e muito atenciosos com meu filho, e por esse motivo, graças a Deus meu filho está bem. A equipe do hospital que pegou o caso foi fantástica e só tenho a agradecer a Deus por estar no shopping no dia e hora certa, pois caso contrário as coisas não fluiriam tão bem”, conta Juçara.
Prevenção e acesso
A fim de ampliar sua cobertura, o ‘Retrate’ incluiu em suas atividades o oferecimento de capacitações para todos os profissionais de saúde da atenção básica de Barretos (SP), que lidam de forma rotineira com a população. Hoje, as 18 UBS de Barretos contam com profissionais capacitados e equipamentos para realização de exames dermatológicos e envio de fotos de lesões de pele suspeitas para a instituição.
O HA oferece, ainda, a capacitação para profissionais que atuam na área da estética e cuidado corporal do município, entre esteticistas, manicures, podólogos, cabelereiros e tatuadores. Até o momento, cerca de 145 profissionais já foram treinados.
Além dessas abordagens, estão inclusas no escopo a realização de campanhas de busca ativa direcionadas para populações de risco, como comunidades rurais e trabalhadores expostos ao sol da região.
O cirurgião oncológico do HA e pesquisador principal do projeto, Dr. Vinicius de Lima Vazquez, destaca que a importância primordial do projeto está na educação e no acesso. “Desenvolvemos uma estrutura de ação que nos permite educar a população sobre hábitos saudáveis em relação à exposição solar, além de ensinarmos sobre os sinais e sintomas do câncer de pele, em especial o melanoma. Tudo isso de forma leve e sem a necessidade de deslocamento até uma unidade de saúde especializada, em um primeiro momento”.
Neste mês em que celebramos o “Dia Internacional da Mulher” (8 de março) e o “Março Lilás” – campanha de conscientização sobre a prevenção do câncer do colo do útero – o Hospital de Amor tem a honra de homenagear todas as ‘suas mulheres’, que cuidam, acolhem, amparam, ensinam e, acima de tudo, amam! Que tratam – com todo respeito e carinho do mundo – milhares de pacientes. Que fazem o Hospital, ser de Amor!
E por falar em mulher que faz a diferença, o HA não pode deixar de homenagear uma de suas preferidas, motivo de muito orgulho para todos, especialmente para os colaboradores e pacientes da instituição: Dra. Scylla Duarte Prata – a médica ginecologista que sempre esteve à frente do seu tempo. Ela não só criou uma das maiores obras de amor ao próximo da América Latina, o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência, com o maior serviço de prevenção de câncer do país e uma estrutura completa focada em ensino e pesquisa), como também foi pioneira na prevenção do câncer ginecológico.
Scylla especializou-se em ginecologia por influência de sua principal referência na medicina, o professor Domingos Delascio. Ele era professor universitário, ginecologista conceituado, autor de obras científicas e referência na tradicional Maternidade Matarazzo, Santa Casa de São Paulo e outras instituições da capital, sendo pioneiro em diversas frentes da saúde da mulher.
Enquanto aluna da USP, Delascio foi seu professor e depois de formada se tornou “médica estagiária” da equipe dele. Era considerada uma residente brilhante, muito dedicada e por isso manteve com seu mestre uma relação de amizade, respeito, reciprocidade e gratidão por toda a vida.
Em São Paulo, Scylla atuou como médica do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários de Santos. Trabalhou na Clínica Ginecológica da Faculdade de Medicina, e fez cursos como de aperfeiçoamento de clínica ginecológica, propedêutica obstétrica, patologia obstétrica, pós-graduação de tumores malignos do aparelho genital e participou de congressos.
Para além da obstetrícia e já tendo contato com os estudos do câncer ginecológico, como assistente do Dr. Domingos Delascio, ela aplicava em suas pacientes exames preventivos de lesões cancerígenas, como a colposcopia, a diatermocoagulação e o Papanicolaou. Junto ao professor, ela fazia estudos científicos sobre o câncer uterino e especialmente o câncer de endométrio, sendo pioneira na difusão do exame no interior de São Paulo.
Scylla se especializou ainda mais no câncer ginecológico e, em 1994, com a contribuição de seu marido – que dizia que “a prevenção é o melhor remédio”, ela foi uma professora para a enfermeira Creuza Saure, responsável por colher exames de Papanicolaou em 92% da população barretense com uma bicicleta e uma mesa ginecológica. Juntas, elas agiram por décadas, por idealismo e confiança no projeto do hospital.
Graças à expertise da médica, o HA salva, ainda hoje, milhares de vidas! São quase 63 anos de história e mais de 30 deles realizando um trabalho incrível de rastreamento e busca ativa, que leva saúde de qualidade e exames preventivos de câncer, gratuitamente, à população das localidades mais distantes e necessitadas. Atualmente, a instituição possui 27 unidades fixas de prevenção e mais de 50 unidades móveis que rodam o Brasil, na tentativa de reduzir as desigualdades de acesso à saúde e oferecer tratamentos mais efetivos.
Esse tipo câncer é considerado o que apresenta condições mais promissoras para prevenção e controle, com possibilidades, inclusive, de eliminação. Fazem parte do arsenal de enfrentamento, a vacinação contra o vírus HPV (Papilomavírus Humano), cuja infecção persistente é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença. Além disso, outra estratégia, é a detecção precoce de lesões do colo uterino, classificadas como precursoras do câncer e que podem ser tratadas com procedimento simples e alcançar altas taxas de cura.
“Hoje nós temos instrumentos e possibilidades, tanto relacionados à prevenção primária, quanto à prevenção secundária. Eu estou dizendo sobre vacina contra o vírus HPV, que é o vírus que iminentemente causa o câncer do colo uterino entre as mulheres. E em segundo, a prevenção primária, que são os testes que fazem o diagnóstico e o rastreamento, sendo o mais conhecido, o exame de Papanicolaou”, destaca o coordenador médico do programa de prevenção de câncer ginecológico do Hospital de Amor, Dr. Júlio Possati.
• Pacientes portadores de Papilomatose Respiratória Recorrente/PRR a partir de 2 anos de idade.
De acordo com o Ministério da Saúde, o exame preventivo contra o HPV, o Papanicolau, é um exame ginecológico preventivo mais comum para identificar de lesões precursoras do câncer do colo do útero. Ele ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar a presença do vírus, no entanto, é considerado o melhor método para detectar câncer do colo do útero e suas lesões precursoras. Quando essas alterações, que antecedem o câncer, são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos, por isso é muito importante que as mulheres façam o exame regularmente.
Outra medida importante na prevenção do HPV, são os preservativos internos ou externos. Informações do Ministério de Saúde mostram que, “embora seja eficaz na redução do risco de infecções sexualmente transmissíveis (IST), seu uso não elimina completamente a possibilidade de transmissão do HPV. Isso ocorre porque as lesões podem estar presentes em áreas não cobertas pela camisinha, como a vulva, região pubiana, perineal e bolsa escrotal”. Apesar disso, o uso é extremamente importante parra prevenir possíveis doenças.
Em relação à distribuição geográfica, ele é o segundo mais incidente nas Regiões Norte (20,48 por 100 mil) e Nordeste (17,59 por 100 mil). Na Região Centro-oeste (16,66 por 100 mil) ocupa a terceira posição; na Região Sul (14,55 por 100 mil), a quarta; e na Região Sudeste (12,93 por 100 mil), a quinta posição.
O caso de sucesso
Ela explica que conheceu o HA quando foi convidada, junto a outras influenciadoras locais, para o lançamento de uma campanha de prevenção em Porto Velho, em 2019. “Fomos para este evento, que foi no Hospital de Amor, no qual a equipe do hospital apresentou dados alarmantes das mulheres da região Norte. Eu lembro que foi bem legal, saiu na mídia, nos jornais, etc. Durante o evento, foi feito uma dinâmica incentivando a gente a levar o maior número de mulheres para fazerem o exame de mamografia, quem levasse mais mulheres se tornaria uma das embaixadoras da unidade. Em seguida, veio a pandemia”, explicou.
“O sangue é insubstituível”, foi com esta frase que a enfermeira Lívia Oliveira, responsável pelo hemonúcleo do Hospital de Amor, em Barretos (SP), chamou a atenção dos voluntários que contribuem para a captação de sangue. Segundo o Ministério da Saúde, menos de 2% da população brasileira doa sangue regularmente.
Para agradecer e prestar contas dos números de doações, a equipe do hemonúcleo do HA realizou o ‘1º Encontro de Captadores de Doação de Sangue’, no dia 2 de novembro. Foi um momento de descontração e de muitos agradecimentos.
Se para cada mil brasileiros, apenas 14 são doadores, dona Luiza Ferreira, professora aposentada, de 77 anos, se destaca pelo seu empenho em conseguir voluntários para doar sangue. Ela e seus amigos viajam 109 km de Ituverava (SP) até Barretos, três vezes por ano. “A importância de conseguir mais doadores de sangue é poder estar ajudando a salvar vidas, pois uma bolsa, segundo os especialistas, salva até 4 vidas. Deus primeiro e amor ao próximo, sempre”, explica a doadora.
De acordo com a coordenadora de captação de doadores de sangue do hemonúcleo do HA, Ana Paula Borges, o intuito do evento foi mostrar aos coordenadores o quanto as campanhas são importantes e, por meio deles, quantas vidas podem ser salvas. A ação contou com voluntários de várias cidades da região, como as mineiras: Planura e Frutal, e outras do estado de São Paulo, como Guaíra, Taquaritinga, Igarapava, Ituverava, entre outras. A turma de 60 pessoas também visitou a unidade infantojuvenil do HA, onde ficaram encantados com a estrutura e o trabalho realizado pela equipe do Hospital de Amor.
Já a voluntária barretense, Ana Cláudia de Souza, 49 anos, que coordena o Grupo da Saúde da Igreja Universal de Barretos, atua na captação de doadores de sangue desde 2017. “É um prazer estar aqui, fiquei muito feliz de ter sido convidada para este evento. Percebo que em todas as campanhas que a gente agenda, tem gente que tem muito medo de doar, pois muitos acabam acreditando em ‘fake news’, então a minha missão é conscientizá-los sobre a importância da doação e que é indolor. Me senti muito valorizada hoje”, fala Ana com um belo sorriso no rosto.
O dia ficou mais divertido com a participação especial do grupo dos ‘Palhaços da Alegria’ do Instituto Sociocultural, que cantaram uma paródia relacionada à importância da doação de sangue, bem como conversaram com o público e entreteram a todos. Para finalizar este dia especial, Lívia Machado, de 38 anos, mãe da pequena paciente Alice, que realiza tratamento de síndrome mielodisplásica (grupo de doenças que se caracteriza pela produção de células sanguíneas anormais na medula óssea) no HA desde 2021, de São Bernardo do Campo (SP), doou a medula para sua filha realizar transplante e após isso passou a doar sangue assiduamente. Ela falou sobre a sua experiência como mãe de uma paciente no HA para os voluntários.
“Eu não tenho nem como dizer o tamanho da importância da doação de sangue, porque minha filha passou pelo transplante de medula óssea e no pós-transplante eles precisam muito, principalmente plaquetas. Acho que é muito importante esta prestação de contas que houve hoje, porque ao mostrar os números das doações e demandas, acaba incentivando outras pessoas”, relata Lívia.
Para doar sangue, os voluntários precisam ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50kg, estar bem de saúde e ir ao hemonúcleo mais próximo de casa. Um gesto simples que pode mudar a histórias de muitas vidas!
Cada vez mais a pesquisa translacional vem se tornando fundamental no mundo, por ser uma área da ciência que gera conexão entre a pesquisa biomédica básica, a inovação em saúde e a sua aplicabilidade, tendo como principal objetivo criar ou complementar protocolos e produtos já como vacinas e fármacos, em benefício da população.
A expansão dessa área é visível na oncologia e muito do sucesso disso se deve à presença de biobancos espalhados pelo mundo, como é o caso do Biobanco do Hospital de Amor, inaugurado em 2006, em Barretos (SP), e considerado atualmente como um dos maiores da América Latina.
De modo simples, um biobanco se caracteriza pelo armazenamento de amostras biológicas de forma organizada, para uso em pesquisa científica. Dando início ao processo de ampliação dessa estrutura na instituição, a equipe do HA recebeu em sua sede um treinamento ministrado pelas pesquisadoras e gerentes operacionais de processos do biobanco IARC-França (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer), Dra. Elodie Caboux e Dra. Stephanie Villar.
Intercâmbio do conhecimento
Networking, troca de experiências e expansão de conhecimento, foram alguns dos objetivos do treinamento, além de gerar uma integração entre pesquisadores de países diferentes, como comentou a pesquisadora e coordenadora do Biobanco do HA, Dra. Márcia M. C. Marques Silveira.
“Este intercâmbio representa uma iniciativa única no Brasil, que possibilita a realização de capacitações e treinamentos dos profissionais que atuam no biobanco do HA como patologistas, biólogos moleculares e pesquisadores. Por meio da visita in loco de pesquisadoras que coordenam a Rede Internacional de Biobancos BCNet, liderado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) e sob supervisão da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explicou Dra. Márcia.
Durante o treinamento foram abordados diferentes tópicos, como a parceria do HA com o IARC-França. “Nós estamos aqui para representar a rede IARC de Biobancos e falar sobre a parceira com o Hospital de Amor, em relação ao projeto do PRONON que é ‘tocado’ pelo time do biobanco do HA”, afirmou a gerente operacional de processos, do biobanco IARC-França, Dra. Elodie Caboux.
Esse intercâmbio faz parte de diversas atividades que serão desenvolvidas em um projeto, recentemente financiado pelo Ministério da Saúde – PRONON (Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica), que visa a implementação da Rede de Biobancos do Hospital de Amor em outras unidades da instituição, localizadas em regiões remotas, normalmente fora do cenário científico nacional e com baixa representatividade de pacientes no contexto oncológico brasileiro.
“É muito importante para nós o trabalho entre as duas instituições, pois este networking entre nós contribui para diminuir as possíveis dificuldades e promove maior visibilidade para o trabalho. Com essa parceria, podemos ser capazes de aumentar a riqueza de dados de pacientes, tornado o projeto no mesmo nível em todos os lugares”, contou gerente operacional de processos, do biobanco IARC-França, Dra. Stephanie Villar.
Para a pós-doutoranda e fellow do HA, Ana Julia Freitas, essa troca de experiências entre as duas entidades foi fundamental para ter o conhecimento de como são realizados os processos de pesquisas científicas em outro país. “O treinamento foi fundamental, uma vez que a gente conseguiu esse networking com pesquisadores de um biobanco que é referência no mundo, e isso fez com que aprimorasse nossos conhecimentos e, as perspectivas de como funciona tanto a parte de biossegurança, a parte de pesquisa fora do país”, destacou.
Rede Biobanco do HA
O Hospital de Amor inaugurou seu biobanco em 2006, em Barretos (SP), para estocar material biológico de pacientes oncológicos e não-oncológicos, com a finalidade de pesquisa, e está, cada vez mais, expandido e caminhando para se tornar uma rede robusta.
O biobanco do HA é um dos maiores da América Latina, possuindo mais de 365 mil amostras de materiais biológicos, e está integrado à Rede Internacional de Biobancos BCNet (Biobank and Cohort Building Network), liderado pela Agência Internacional de Pesquisa no Câncer (IARC) e sob supervisão da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Rede de Biobancos do HA já começou a ser formatada e está presente nas unidades de Barretos (SP) e Jales (SP), e em implementação no HA Amazônia, em Porto Velho (RO).
Essa expansão é fundamental para que mais pesquisas sejam desenvolvidas de forma mais assertiva, visando o tratamento de câncer, uma vez que a estimativa até 2025 é de mais de 700 mil novos casos ao ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
“Concebemos que este desta forma será possível expandir as atividades desenvolvidas no Biobanco em Barretos em outras unidades do Hospital de Amor, permitindo o melhor conhecimento das diferentes etnias, sendo um representativo importante das áreas geográficas do país. Esta é uma iniciativa pioneira nestas regiões e tem por objetivo aumentar a capacidade do desenvolvimento da pesquisa translacional oncológica, contribuindo ainda mais para o avanço científico na área em um contexto nacional e internacional”, finalizou a pesquisadora e coordenadora do Biobanco do HA, Dra. Márcia M. C. Marques Silveira.
Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde emitido no início da semana, o Brasil ultrapassou os 700 mil casos possíveis de dengue apenas em 2024, uma alta superior a 300% em comparação ao mesmo período de 2023. Os dados mostram, ainda, que o número supera o total de casos registrados nos anos de 2017, 2018 e 2021.
São informações que acendem um importante alerta, principalmente, para pacientes em tratamento oncológico.
O médico infectologista do Hospital de Amor, Dr. José Carlos Ignácio Jr., explica que a dengue, a zika ou a chikungunya, doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, assim como qualquer outra infecção, atrapalham o tratamento oncológico porque podem atrasar, adiar ou interromper temporariamente a quimioterapia e/ou a radioterapia. Além disso, o paciente com câncer tem um risco maior de ter dengue grave. “Esse risco é maior nos pacientes com câncer acima de 60 anos, que também apresentam comorbidades como diabetes, hipertensão arterial, cardiopatia, doença renal ou pulmonar crônica”, destaca.
Para alguns tipos de câncer, o quadro também pode exigir cuidados extras. Pacientes adultos com leucemia, linfoma, mieloma e tumor de fígado apresentam maior risco de complicações hemorrágicas pela dengue e, assim, um maior risco de evoluir com dengue grave, necessidade de internação e maior risco de óbito. Já entre as crianças, as leucemias e os linfomas são de maior risco para dengue grave, assim como o tratamento de alguns tumores sólidos que são tratados com altas doses de quimioterapia.
O infectologista do HA frisa que, caso um paciente oncológico apresente sintomas típicos da infecção por dengue, é importante procurar imediatamente o centro de referência no qual o tratamento está sendo realizado, para avaliação médica e laboratorial, com seguimento para que se evite o agravamento da doença.
Vacina
Recentemente o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS), colocando o Brasil como pioneiro em todo o mundo a disponibilizar o imunizante no sistema público de saúde. A vacina, conhecida como Qdenga, que possui indicação para prevenção da doença causada por qualquer sorotipo do vírus e foi aprovada pela Anvisa para a faixa etária de 4 anos a 60 anos de idade, não será utilizada em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório fabricante afirmou ter uma capacidade restrita para o fornecimento de doses. Por isso, a vacinação ainda será focada em público e regiões prioritárias, conforme definição do órgão.
Apesar de ser um grande e importante avanço para esse problema de saúde pública, o Dr. José Ignácio explica que essa vacina é composta por vírus vivo atenuado, sendo assim, ela possui contraindicação de ser administrada em pacientes com imunidade comprometida, que é o caso dos pacientes em tratamento oncológico em uso de quimioterapia e/ou radioterapia. “A contraindicação vai até 6 meses após o término da quimioterapia e/ou radioterapia. Dessa forma, orienta-se que os pacientes oncológicos consultem seu médico para avaliar se podem receber a vacina contra dengue, quando ela estiver disponível”.
Prevenção
Para prevenção da dengue, além das medidas já conhecidas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar um possível criadouro, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas, o uso de repelente é um importante aliado.
Os repelentes com icaridina são recomendados por comprovação de eficácia e proteção, havendo diversas marcas disponíveis no mercado. Porém, caso não sejam tolerados, também podem ser aqueles à base de DEET, IR3535 e óleo de citronela. Segundo os especialistas, os repelentes caseiros não devem ser utilizados.
Algumas regras para a aplicação correta do repelente:
• Cuidado para não passar o repelente na região dos olhos, mucosas e áreas com feridas;
• O repelente spray deve ser aplicado sobre a roupa e não na pele que será coberta. Exemplo: se for colocar uma calça, vista essa peça de roupa e somente depois aplique o repelente sobre a calça. Nas áreas que não serão cobertas pelas roupas, basta aplicar o repelente sobre a pele descoberta;
• Raramente o uso de repelente causa alergia, mas pode acontecer. Caso apresente prurido (coceira) e urticária (placas vermelhas pelo corpo), suspenda o uso do repelente e fale com o seu médico.
Além do uso do repelente outras medidas podem auxiliar:
• Roupas: sempre usar camisas/blusas de mangas longas, calças longas, dar preferência para cores claras;
• Se possível colocar telas nas portas e janelas;
• Sempre permitir a entrada na casa do pessoal do controle de vetores, a fim de avaliar a existência de possíveis criadouros e orientações de prevenção.
Doar medula óssea é um gesto de solidariedade que pode ajudar pacientes que têm o transplante como a única chance de cura. E você sabia que, em função das características genéticas do sistema HLA (Human Leucocyte Antigen: que significa Antígeno Leucocitário Humano), esta chance é de 30% entre irmãos e muito menor quando buscamos doadores não-aparentados?
Por este motivo, existem os Registros de Doadores Voluntários em diferentes países, totalizando mais de 38 milhões de doadores no mundo. Dentre eles está o REDOME – terceiro maior registro, responsável pela manutenção das informações de todos os doadores voluntários de medula óssea cadastrados no Brasil e pela identificação de possíveis doadores. Atualmente, ele tem suas atividades coordenadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e representa, para os pacientes brasileiros, a maior chance de encontrar um doador não-aparentado.
Mas afinal, como se tornar um doador voluntário de medula óssea? Entenda o assunto e saiba como você pode salvar vidas!
O que é medula óssea?
A medula óssea é um tecido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecido popularmente por “tutano”. Nela, são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. O transplante de medula óssea é recomendado a pacientes com doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias, por exemplo, e também para os casos de anemia aplástica, linfomas, entre outras.
O transplante é a substituição da medula óssea doente por uma saudável. Com isso, o organismo do paciente transplantado passa a produzir novas células da medula óssea e do sangue.
Quem pode doar?
Para se tornar um doador de medula óssea é necessário:
– Ter entre 18 e 35 anos de idade;
– Estar em bom estado de saúde;
– Não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite);
– Não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).
Se você estiver dentro de todos esses requisitos, basta fazer um cadastro no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
Como funciona o cadastramento?
Para fazer o cadastro, o doador deve apresentar um documento original de identidade e preencher um formulário com suas informações pessoais. Além disso, será necessária a coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para testes de tipificação HLA – fundamental para a compatibilidade do transplante e para identificar suas características
genéticas. Estes dados serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
A partir disso, todas as informações genéticas do doador e dos pacientes são cruzadas. Uma vez identificado um potencial doador compatível, ele é contatado e convidado a realizar novos testes de compatibilidade e uma avaliação clínica e laboratorial. Confirmada a compatibilidade com o paciente e o bom estado-de-saúde do doador, a doação é agendada. Este processo costuma levar 60 dias e não é necessária nenhuma mudança de hábitos de vida, de trabalho ou de alimentação.
Como é feita a doação?
A coleta das células-tronco hematopoéticas é realizada em centros de transplante ou hemocentros públicos ou privados de todo o país autorizados pelo Ministério da Saúde. Existem duas formas de doar (por punção ou aférese) e a decisão do procedimento mais adequado é feita pelo médico.
1) No primeiro caso, o doador é anestesiado em centro cirúrgico e requer internação de 24 horas. Uma porção da medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções com agulhas, com duração de cerca de 90 minutos. O doador retorna às suas atividades habituais uma semana após a doação.
2) No segundo procedimento, chamado aférese, o doador toma um medicamento por cinco dias, que faz com que as células da medula óssea circulem na corrente sanguínea. Estas células são retiradas diretamente pelas veias do braço do doador, com uso da máquina de aférese, com duração de cerca de 3 a 4 horas.
• Nos dois casos, a medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias.
Como fica o paciente pós transplante?
Depois de um tratamento que destrói sua própria medula óssea com quimioterapia e/ou radioterapia, o paciente receberá a nova medula por meio de uma transfusão. Em três semanas, a medula transplantada já estará produzindo células novas.
Onde é possível fazer o cadastro para ser um doador voluntário de medula?
O cadastro de doadores voluntários no REDOME é realizado nos hemocentros de todo o país, portanto, procure o mais próximo de você para obter mais informações. Em Barretos (SP), vá até o Hemonúcleo do Hospital de Amor e nos ajude nessa missão!
• Vale lembrar que: o cadastro permanecerá ativo no REDOME até a pessoa completar 60 anos de idade, ou seja, ela poderá ser selecionada para um paciente ao longo de toda a sua vida. Por este motivo, é muito importante que o doador mantenha seus dados pessoais atualizados – o que pode ser feito por meio do site do próprio REDOME.
Informações:
Em caso de dúvidas, entre em contato com o hemonúcleo do HA pelo telefone: (17) 3321-6600 (ramal: 6941 ou 6753).
Com a sua ajuda podemos aumentar as chances de encontrar doadores compatíveis com nossos pacientes. Seja o herói de alguém! Cadastre-se e seja doador de medula óssea!
Assim como acontece em outros meses do ano, setembro também conta com uma importante campanha de conscientização: a do retinoblastoma – o câncer dos olhos mais comum na infância. O “Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma”, celebrado em 18 de setembro, tem o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da detecção precoce da doença, fator indispensável para garantir bons resultados no tratamento.
A iniciativa ganhou força e uma visibilidade ainda maior! Após o casal Tiago Leifert e Diana Garbin revelarem (no ano de 2022) que sua filha, Lua (na época com apenas 1 ano e 3 meses), tinha sido diagnosticada com um tipo raro de câncer na retina, o retinoblastoma bilateral, os jornalistas assumiram a missão de alertar outros pais para os perigos da doença, enquanto a filha segue em tratamento.
Neste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), além de outras entidades médicas, promoveram a mobilização “De olho nos olhinhos”. E o Hospital de Amor – referência em tratamento oncológico gratuito de excelência, com o maior serviço de prevenção de câncer do país – é uma das instituições que apoia esta grande ação.
Confira!
– O que é retinoblastoma?
R.: O retinoblastoma é o câncer dos olhos mais comum na infância e representa cerca de 2,5 a 4% de todas as neoplasias pediátricas.
– Qual é a incidência deste câncer?
R.: O retinoblastoma é um tumor raro, com cerca de 400 casos novos por ano no Brasil. Trata-se de uma doença da primeira infância, com maior incidência nas crianças abaixo de 5 anos de vida. De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria dos casos – entre 60% e 75% – é unilateral (quando afeta um olho). Destes, 85% são esporádicos, e os demais são casos hereditários. Já o bilateral (quando os dois olhos são afetados), são quase sempre casos hereditários.
– Quais são os principais sintomas de retinoblastoma?
Outros sintomas que podem aparecer são: vermelhidão, deformação do globo ocular, baixa visão, conjuntivite, inflamações e dor ocular.
– Quais sãos os perigos da doença quando se trata de perder a visão?
Nos casos bilaterais, frequentemente apenas um dos olhos tem uma doença avançada, que evolui com sequelas visuais mais importantes. Nesses casos, o olho com doença menos avançada costuma ter um ótimo resultado visual e permite que a criança realize a maioria das atividades diárias normalmente, inclusive participar de esportes e dirigir na vida adulta.
– Existe prevenção ou cura para a doença?
Todas as crianças devem passar por uma primeira avaliação oftalmológica completa, que inclua o exame de fundo de olho com a pupila dilatada, entre 6 meses e 1 ano de vida. Por ser uma doença que frequentemente envolve mutações genéticas herdadas em famílias com casos de retinoblastoma, as crianças devem ser avaliadas e acompanhadas desde o nascimento.
– Quais são os tipos de tratamento para o retinoblastoma?
Já em casos de doença avançada, pode ser necessário fazer a remoção do globo ocular afetado, com reconstrução da órbita e adaptação de uma prótese para um bom resultado estético.
– E como funciona a quimioterapia intra-arterial?
R.: A quimioterapia intra-arterial é um procedimento multidisciplinar de alta complexidade. Envolve o radiologista intervencionista, oncologista pediátrico, anestesista, oftalmologista, farmacêutico e uma grande equipe de suporte. Nela, um micro cateter é introduzido desde a artéria femoral até a artéria oftálmica, responsável pela nutrição do globo ocular.
– Qual é o grande diferencial deste tipo de tratamento em relação as quimioterapias convencionais?
Mas é importante lembrar que: o tratamento do retinoblastoma é feito de forma personalizada, ou seja, cada caso é um caso e necessita de avaliação médica.
– O Hospital de Amor oferece, gratuitamente, o que há de mais avançado aos pacientes, inclusive nos tratamentos de retinoblastoma?
Ação “De olho nos olhinhos”
Além de publicações semanais nos perfis oficiais da instituição durante todo o mês de setembro, trazendo conteúdos informativos sobre o tema, o Hospital de Amor também realiza uma ação especial para a população de Barretos (SP) e região. Nos dias 15 e 16/9, uma equipe de profissionais da unidade infantojuvenil do HA estará no North Shopping Barretos alertando, informando e conscientizando as pessoas para a importância do diagnóstico precoce do retinoblastoma. Cartazes e cartilhas serão entregues em todas as unidades de saúde administradas pela rede HA. Prestigie, apoie esta campanha e nos ajude nessa missão!
E se você é pai, mãe, avó, professora ou convive com crianças, fique atento aos sintomas de alerta para o retinoblastoma. Com a presença de qualquer um dos sinais, é imprescindível levar os pequenos para uma avaliação médica.
Independente da situação, o exame oftalmológico deve ser feito mesmo sem qualquer suspeita de comprometimento visual. Ao nascer: teste do olhinho; entre 6 meses e 1 ano de vida: primeiro exame oftalmológico completo; em torno de 3 anos de idade: segundo exame oftalmológico completo; entre 5 e 6 anos: novo exame oftalmológico; a partir daí: o exame oftalmológico terá a frequência dependendo da saúde visual da criança e o histórico familiar.
Uma ação do Hospital de Amor na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), realizou, no período de 23 a 26 de maio, cerca 1 mil exames preventivos. O evento ocorreu paralelamente às atividades da “Semana Nacional de Combate ao Câncer”, realizada pela Comissão Especial de Combate ao Câncer da Câmara dos Deputados.
Com a finalidade de promover a conscientização e prevenção contra o câncer junto a parlamentares, assessores, servidores do Congresso, Planalto e Ministérios, além da população em geral, as unidades móveis de prevenção do HA ofereceram gratuitamente ultrassons, exames de próstata, avaliação de câncer de pele, mamografia, Papanicolaou e testes de COVID-19. A unidade móvel de educação da instituição – Missão Gênese – também marcou presença no evento para demonstrar aos parlamentares o trabalho de prevenção primária que a entidade realiza, voltado ao público infantojuvenil.
“A participação das carretas na Semana de Combate ao Câncer, foi uma forma de agradecer a receptividade do Congresso Nacional, Palácio do planalto e Ministério da Saúde pelo apoio dado às unidades do Hospital de Amor, com sede em Barretos, mas que hoje tem unidades espalhadas por todo o Brasil, levando prevenção em forma de carinho aos servidores e terceirizados”, salientou a diretora de Relações Governamentais do Hospital, Adriana Mariano.
Durante os quatro dias de evento, foram 991 atendimentos realizados, sendo 220 avaliações sobre câncer de pele, 247 exames de Papanicolaou, 177 testes de PSA, 211 mamografias e 136 testes de COVID-19. Para a realização da ação, o Hospital de Amor recebeu o apoio da Varian Medical Systems e da Siemens Healthineers.
Semana Nacional de Combate ao Câncer
A abertura da “Semana Nacional de Combate ao Câncer”, na Câmara dos Deputados, contou também com a participação do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, que palestrou sobre os resultados do hospital e das necessidades da saúde pública no financiamento dos procedimentos oncológicos.
Participaram ainda dos trabalhos da Comissão Especial de Combate ao Câncer, durante toda a semana, o Prof. Me. Carlos Eduardo Goulart Silveira (Médico Departamento de Prevenção do Hospital de Amor), Ricardo dos Reis (Médico, Diretor de Ensino do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA e Pró-reitor do Programa de Pós-graduação do HA), Prof. D.r Vinicius de Lima Vazquez (Médico, Pesquisador, Professor e Diretor Executivo do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA) e Prof. Me. Gerson Lucio Vieira (Biomédico, Pedagogo, Mestre em Educação e Coordenador do Núcleo de Educação em Câncer do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA).
60 anos de Hospital de Amor
No último dia 24 de março, o Hospital de Amor completou 60 anos de fundação. Sua história teve início em 1962, na cidade de Barretos, interior do Estado de São Paulo, onde foi fundado com o objetivo de oferecer medicina de qualidade e humanizada.
Em 2021, o hospital manteve a liderança do ranking da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre todos os centros de saúde da América Latina, e ocupou o segundo lugar entre as instituições que realizam pesquisas na área da saúde. O levantamento é uma ferramenta de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
A instituição é historicamente reconhecida. Foi escolhida, em 2000, pelo Ministério da Saúde, como o melhor hospital público do país. Desde 2011 é considerada “instituição irmã” do MD Anderson Cancer Center, o maior centro de tratamento e pesquisa de câncer do mundo. Já com o Saint Jude Children´s Research Hospital, o Hospital de Amor tornou-se “instituição gêmea” em 2012.
Atualmente, o HA está presente em 15 estados brasileiros, com uma rede composta por 26 unidades de prevenção, sete hospitais e três unidades de reabilitação que, juntas, prestaram mais de 1 milhão de atendimentos em 2021, no diagnóstico e tratamento contra o câncer. Tudo oferecido 100% por meio do SUS com a qualidade e humanização dos mais altos centros internacionais.
1 – INFORMAÇÕES GERAIS
Encontra-se aberto edital para contratação de 1 (uma) vaga com bolsa de pós-doutorado no âmbito do projeto “Câncer e trabalhadores rurais: um estudo de coorte (RUCAN study)”, sob a coordenação do Prof. Dr. Henrique César S. Silveira, financiado pelo Departamento de Saúde Ambiental do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde.
Confira abaixo o edital e a ficha de inscrição do processo seletivo:
Edital completo;
Ficha de inscrição.
Retificação I do Edital N.008/2021 – IEP/HCB – Pós-graduação.
Edital com retificação;
Ficha de inscrição;
Retificação.
Retificação II do Edital N.008/2021 – IEP/HCB – Pós-graduação.
Edital com retificação;
Retificação.
Retificação III do Edital N.008/2021 – IEP/HCB – Pós-graduação.
Edital com retificação;
Ficha de Inscrição;
Retificação.
Retificação IV do Edital N.008/2021 – IEP/HCB – Pós-graduação.
Edital com retificação;
Ficha de Inscrição;
Retificação.
Resultado do Edital N.008/2021 – IEP/HCB – Pós-graduação
Confira o resultado do processo seletivo de bolsa de pós-doutorado no âmbito do projeto “Câncer e trabalhadores rurais: um estudo de coorte (RUCAN study)”.
Em maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria dos votos, decidiu como inconstitucionais as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde que impunham restrições para a doação de sangue por parte de homens homossexuais. Em julho, a Anvisa revogou oficialmente a restrição que, até aquele momento, orientava que todos os hemocentros do Brasil devessem rejeitar a doação de homens homossexuais que tivessem tido relação sexual com outros homens nos 12 meses anteriores.
A pandemia pela Covid-19, acompanhada da brusca queda nas doações e dos estoques de sangue ainda mais baixos, pressionou pela retomada do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade, que começou a ser julgada em 2017, mas havia sido interrompida. A discussão também teve grande apelo popular e ganhou o suporte de especialistas em Saúde de todo o país que, há anos, entendiam a proibição como incoerente do ponto de vista científico e pautada apenas pelo preconceito, visto que nenhuma orientação sexual ou identidade de gênero deve ser enquadrada como grupo de risco.
Campanha “Cada Gota Conta”
Com a decisão, o Hospital de Amor, com o suporte do seu Comitê de Humanização, lançou a campanha “Cada Gota Conta”, para lembrar e destacar a importância do gesto carregado de solidariedade e amor ao próximo. Durante as últimas 5 semanas, o HA levou para as redes sociais depoimentos e histórias de pessoas para quem as doações fizeram a diferença, além de outras publicações destacando o tema. Atualmente, hemonúcleo da instituição é responsável por atender não só os pacientes oncológicos, mas também outros hospitais de Barretos (SP) e região.
Segundo a coordenadora de captação de doadores do hemonúcleo, Ana Paula Borges, a campanha gerou um aumento nas doações de aproximadamente 70% nos finais de semana, quando também aumentou o número de agendamentos de grupos que se mobilizam em ações voluntárias externas.
Os vários vídeos da campanha podem ser conferidos nas mídias sociais do Hospital de Amor ou na playlist a seguir. Confira, compartilhe, faça sua doação e não se esqueça: “Cada gota conta”!
Assista aos depoimentos:
Como fazer sua doação de sangue?