Os olhos do mundo inteiro estão fitados em Paris, capital francesa, por ser a cidade sede de um dos maiores eventos esportivos do mundo: as Olímpiadas de verão. Os jogos ocorrem de 26 de julho a 11 de agosto, e 10.714 atletas de diversos países disputam a tão sonhada medalha olímpica entre as 32 modalidades de esporte disputadas.
Durante a abertura oficial das Olímpiadas, 26/7, o Brasil todo se emocionou com a história de Raquel Kochhann, 31 anos, atleta do rugby do time brasileiro. A jovem que foi porta-bandeira do Brasil tornou-se uma imagem de superação por ter realizado cirurgia de mastectomia e passado pelo tratamento de quimioterapia. Natural de Saudades (SC), a capitã do time ‘brazuca’ descobriu o câncer há dois anos, após participar das Olímpiadas de Tóquio, no Japão, e hoje está bem, representando as cores verde e amarelo na competição.
Já a servidora pública municipal aposentada, moradora de Uberaba (MG) e paciente do Hospital de Amor, Fernanda Roqueti, descobriu o poder do esporte para ressignificar a vida após passar por um tratamento de câncer de mama, em Barretos (SP). “Descobri a doença após participar de uma campanha de prevenção realizada pelo HA. Na época, estávamos levando a minha mãe no local para fazer sessões de radioterapia. Recebi o diagnóstico de carcinoma ‘in situ’ na mama esquerda.
A vida de Fernanda começou a mudar em 2010 com a descoberta do primeiro câncer, porém, em 2017, ela recebeu a notificação da recidiva (caracterizada pelo reaparecimento da doença, que pode ser no mesmo local ou em outros órgãos), no qual seria necessário fazer a mastectomia total.
“Ao receber o diagnóstico, perdi o chão, chorei muito. Não sabia o que pensar mesmo sendo informada que o meu tipo de câncer tinha 95% de chances de obter a cura. A palavra câncer é muito pesada, é como uma ‘sentença de morte’ e eu ainda não estava preparada para morrer (como se na vida nós nos preparássemos para tal). Enfim, após o baque, eu comecei a rezar e uma passagem da oração do ‘Pai Nosso’ ficou muito clara para mim: “Seja feita a vossa vontade”. Após isso, eu me tranquilizei e me dispus a enfrentar esse momento. E assim foi feito nas duas etapas – tanto no período pós-quadrantectomia, onde passei pelas sessões de radioterapia (não houve a necessidade de quimioterapia), quanto no período pós mastectomia total da mama esquerda”, revela Fernanda.
Ela conta que a equipe médica do hospital a acolheu de maneira maravilhosa. “Uma equipe de excelência que se preocupa com o bem-estar de seus pacientes e acompanhantes. Sempre fui muito bem atendida”.
O esporte: uma nova paixão
Fernanda revela que começou a nadar aos 10 anos de idade, em Barretos (SP). Ela chegou a representar a cidade paulista em vários campeonatos regionais e estaduais durante muitos anos. “Parei de nadar quando precisei mudar de cidade para estudar em outro local. Em busca de uma melhor qualidade de vida, aceitei o convite de uma amiga para participar de alguns jogos feitos para pessoas acima dos 60 anos”, Fernanda explica que voltou treinar natação em Uberaba (MG), onde vive há 38 anos.
“O esporte representa, literalmente, todo o meu processo de superação. Fiquei afastada das piscinas por muito tempo – casamento, filhos e trabalho me afastaram da água. Depois, enfrentei o diagnóstico de câncer e então, essa retomada aos treinamentos e à participação nas competições significa que estar com saúde, feliz e de bem com a vida é o fator primordial nesse meu processo de convivência com a “sombra” do diagnóstico que recebi. Tenho o apoio e a torcida de toda a minha família: irmãs/irmãos, filhos, neta, genro e nora, que me acompanham nas competições – alguns presencialmente e outros por chamada de vídeo, e isso me abastece, me nutre, me dá forças”, conta Fernanda emocionada.
A paciente, que também se tornou atleta, disputa provas de nado crawl e do nado costas, na categoria Master 60+. Ela já ganhou vários prêmios, inclusive, ela foi campeão mineira na categoria, pois obteve o 1º lugar nas duas provas – 50 metros nado crawl e 50 metros nado livre.
Para Fernanda, o esporte é mágico, pois pode nos conectar com a vida, com pessoas, com lugares e nos impulsiona a nos superar. “Ganhar não é o que importa, o que vale é saber que conseguimos nos ultrapassar, é saber que conseguimos ir um pouco mais além. E assim é com essa doença, temos que ir sempre mais além”, conta Fernanda.
Quando questionada sobre qual conselho ela daria para alguém que recebeu o diagnóstico semelhante ao dela, ela logo diz: “levante a cabeça, respire fundo e enfrente a situação com todas as forças que tiver. Chorar é libertador, mas não podemos permanecer na tristeza, lembre do Pai Nosso, se entregue ao ‘Seja feita a vossa vontade’, reveja seus atos e a forma como lidamos com a vida.”
Atualmente, ela está em fase de acompanhamento no HA e realiza exames anualmente, sem uso de medicação. Ela é mais uma prova de que com superação, o esporte pode contribuir muito para escrever uma nova história.
Os olhos do mundo inteiro estão fitados em Paris, capital francesa, por ser a cidade sede de um dos maiores eventos esportivos do mundo: as Olímpiadas de verão. Os jogos ocorrem de 26 de julho a 11 de agosto, e 10.714 atletas de diversos países disputam a tão sonhada medalha olímpica entre as 32 modalidades de esporte disputadas.
Durante a abertura oficial das Olímpiadas, 26/7, o Brasil todo se emocionou com a história de Raquel Kochhann, 31 anos, atleta do rugby do time brasileiro. A jovem que foi porta-bandeira do Brasil tornou-se uma imagem de superação por ter realizado cirurgia de mastectomia e passado pelo tratamento de quimioterapia. Natural de Saudades (SC), a capitã do time ‘brazuca’ descobriu o câncer há dois anos, após participar das Olímpiadas de Tóquio, no Japão, e hoje está bem, representando as cores verde e amarelo na competição.
Já a servidora pública municipal aposentada, moradora de Uberaba (MG) e paciente do Hospital de Amor, Fernanda Roqueti, descobriu o poder do esporte para ressignificar a vida após passar por um tratamento de câncer de mama, em Barretos (SP). “Descobri a doença após participar de uma campanha de prevenção realizada pelo HA. Na época, estávamos levando a minha mãe no local para fazer sessões de radioterapia. Recebi o diagnóstico de carcinoma ‘in situ’ na mama esquerda.
A vida de Fernanda começou a mudar em 2010 com a descoberta do primeiro câncer, porém, em 2017, ela recebeu a notificação da recidiva (caracterizada pelo reaparecimento da doença, que pode ser no mesmo local ou em outros órgãos), no qual seria necessário fazer a mastectomia total.
“Ao receber o diagnóstico, perdi o chão, chorei muito. Não sabia o que pensar mesmo sendo informada que o meu tipo de câncer tinha 95% de chances de obter a cura. A palavra câncer é muito pesada, é como uma ‘sentença de morte’ e eu ainda não estava preparada para morrer (como se na vida nós nos preparássemos para tal). Enfim, após o baque, eu comecei a rezar e uma passagem da oração do ‘Pai Nosso’ ficou muito clara para mim: “Seja feita a vossa vontade”. Após isso, eu me tranquilizei e me dispus a enfrentar esse momento. E assim foi feito nas duas etapas – tanto no período pós-quadrantectomia, onde passei pelas sessões de radioterapia (não houve a necessidade de quimioterapia), quanto no período pós mastectomia total da mama esquerda”, revela Fernanda.
Ela conta que a equipe médica do hospital a acolheu de maneira maravilhosa. “Uma equipe de excelência que se preocupa com o bem-estar de seus pacientes e acompanhantes. Sempre fui muito bem atendida”.
O esporte: uma nova paixão
Fernanda revela que começou a nadar aos 10 anos de idade, em Barretos (SP). Ela chegou a representar a cidade paulista em vários campeonatos regionais e estaduais durante muitos anos. “Parei de nadar quando precisei mudar de cidade para estudar em outro local. Em busca de uma melhor qualidade de vida, aceitei o convite de uma amiga para participar de alguns jogos feitos para pessoas acima dos 60 anos”, Fernanda explica que voltou treinar natação em Uberaba (MG), onde vive há 38 anos.
“O esporte representa, literalmente, todo o meu processo de superação. Fiquei afastada das piscinas por muito tempo – casamento, filhos e trabalho me afastaram da água. Depois, enfrentei o diagnóstico de câncer e então, essa retomada aos treinamentos e à participação nas competições significa que estar com saúde, feliz e de bem com a vida é o fator primordial nesse meu processo de convivência com a “sombra” do diagnóstico que recebi. Tenho o apoio e a torcida de toda a minha família: irmãs/irmãos, filhos, neta, genro e nora, que me acompanham nas competições – alguns presencialmente e outros por chamada de vídeo, e isso me abastece, me nutre, me dá forças”, conta Fernanda emocionada.
A paciente, que também se tornou atleta, disputa provas de nado crawl e do nado costas, na categoria Master 60+. Ela já ganhou vários prêmios, inclusive, ela foi campeão mineira na categoria, pois obteve o 1º lugar nas duas provas – 50 metros nado crawl e 50 metros nado livre.
Para Fernanda, o esporte é mágico, pois pode nos conectar com a vida, com pessoas, com lugares e nos impulsiona a nos superar. “Ganhar não é o que importa, o que vale é saber que conseguimos nos ultrapassar, é saber que conseguimos ir um pouco mais além. E assim é com essa doença, temos que ir sempre mais além”, conta Fernanda.
Quando questionada sobre qual conselho ela daria para alguém que recebeu o diagnóstico semelhante ao dela, ela logo diz: “levante a cabeça, respire fundo e enfrente a situação com todas as forças que tiver. Chorar é libertador, mas não podemos permanecer na tristeza, lembre do Pai Nosso, se entregue ao ‘Seja feita a vossa vontade’, reveja seus atos e a forma como lidamos com a vida.”
Atualmente, ela está em fase de acompanhamento no HA e realiza exames anualmente, sem uso de medicação. Ela é mais uma prova de que com superação, o esporte pode contribuir muito para escrever uma nova história.