Um menino e mil sonhos, mas o principal deles: ser jogador profissional de futebol. Mateus Afonso Máximo, 19 anos, natural de Montes Claros (MG), foi diagnosticado com osteossarcoma aos 14 anos e precisou fazer a amputação da perna direita.
“Com 14 anos, eu gostava muito de jogar bola, sempre fui ativo, andava de bicicleta e fazia todo tipo de esporte. Aí, um dia eu estava jogando bola e machuquei o pé, o tornozelo esquerdo. A gente não sabia o que era, achava que era um lance de bola mesmo”, conta Mateus. Mas, com o passar do tempo, o tornozelo continuo com um inchaço. Após retornar de uma viagem à Belo Horizonte, a mãe de Mateus o levou ao médico para ser examinado. “Eu voltei para a minha cidade, fiz um raio-x e no exame deu que tinha alguma coisa lá, mas o médico não sabia o que era. Aí, ele encaminhou a gente para um especialista na área para saber”, relatou o paciente.
Mateus foi submetido a uma biópsia e infelizmente o resultado foi positivo para um osteossarcoma na fíbula. Em Montes Claros (MG) não havia especialista para realizar a cirurgia de amputação do Mateus, foi onde ele conseguiu encaminhamento para o Hospital de Amor, em Barretos (SP), e colocou uma prótese.
Em tratamento paliativo desde 2024, Mateus ressignificou o seu maior sonho e definiu um novo propósito para a vida: levar leveza para as pessoas que estão em tratamento oncológico por meio da risada.
Numa consulta de rotina com a psicóloga da unidade infantojuvenil do HA, Jéssica Estay, durante um exercício que aflora os sentimentos, o paciente contou que gostava de fazer as pessoas sorrirem. Pensando nisso e na importância de realizar sonhos, a profissional entrou em contato com o Instituto Sociocultural e fez uma proposta: uma imersão de dois dias com os Palhaços da Alegria. O pedido foi atendido e assim aconteceu!
Ao questionar a profissional sobre a importância de realizar esses atos, ela destaca que se dispõe a ajudar todos os pacientes, de maneira individual e humanizada. “Eu busco, no meu trabalho, proporcionar memórias afetivas para os pacientes para que eles não tenham somente lembranças de momentos difíceis, procedimentos e internações”, relatou Jéssica.
De acordo com o coordenador do projeto ‘Palhaços da Alegria’ e idealizador do Palhaço ‘Figuerino’, Guilherme Figueiredo, foi a primeira vez que essa imersão com o paciente aconteceu. “Nós temos uma relação legal com a equipe do infantojuvenil e isso faz com que possamos tornar possível algumas ações que visam beneficiar o paciente”.
Mateus, realizou a imersão em dois dias. No primeiro dia, ele aprendeu sobre as técnicas, no segundo, ele fez uma interação na unidade infantojuvenil com o time dos Palhaços da Alegria. “O Mateus sempre se colocou disponível, então, no primeiro dia nós fizemos uma roda de apresentação e falamos para ele a importância de se conhecer para realizarmos os trabalhos em dupla e criar uma confiança com o parceiro de cena”, destacou o coordenador.
Nesse dia, o paciente também aprendeu as experiências da palhaçaria, incluindo a ‘palhaçaria hospitalar’. Nessa dinâmica, Guilherme Figueiredo e os demais participantes do grupo explicaram ao Mateus o que era permitido no meio hospitalar e quais brincadeiras e técnicas eles utilizavam antes de iniciar a interação com os pacientes. Além disso, eles fizeram testes de figurinos, ensaiaram cenas e músicas, e criaram um nome para o novo bobologista do dia: ‘Dr. Teteu’.
No segundo dia, Mateus, acompanhado dos doutores bobologistas – Dr. Figuerino, Dra. Alavanka e Dr. Grilo – fez a intervenção na unidade infantojuvenil do Hospital de Amor. Para isso, eles levaram o figurino que o Dr. Teteu escolheu e, juntos, fizeram as cenas ensaiadas, além de uma música exclusiva para o paciente.
Para que a experiência da intervenção ficasse ainda mais especial, Mateus escolheu alguns lugares, que marcam a sua trajetória na unidade infantojuvenil, para visitar, brincar e se sentir mais à vontade e acolhido.
Ao relembrar a sua trajetória no HA e falar a respeito do seu interesse pela palhaçaria, Mateus Afonso, defende que aprendeu muita coisa desde quando chegou na instituição. “Independentemente da situação que a gente está, acho que a gente nunca pode perder a nossa essência e isso foi uma coisa que me marcou muito e vem me marcando até hoje, porque todo mundo que me vê bem, fala: “nem parece que você está doente, você vive sorrindo”. Então, acho que o motivo é esse. Eu procuro brincar para sair um pouco do clima, né? Sair um pouco do contexto do hospital, porque, querendo ou não, a gente sabe que é uma coisa muito difícil de lidar. Acredito que a essência é o essencial, a gente não pode perder a essência porque isso é o que a gente é”, declara o paciente.
Para o coordenador do projeto Palhaços da Alegria, essa imersão foi um acontecimento especial. “Passa um filme na minha cabeça, então, a sensação que me vem ao acompanhar este desejo é de nostalgia. Quando eu vejo alguém se interessando pela palhaçaria, eu me vejo nessa pessoa porque eu lembro de como foi o meu processo de inicialização nessa arte. A palhaçaria faz a gente se conectar com as pessoas, traz empatia e um olhar cuidadoso. A arte mudou a forma como eu vejo o mundo e ver alguém desejando ter essa experiência, é inspirador. Então, é um sentimento de gratidão”, destaca Guilherme.
Essa imersão não foi apenas uma experiência para o paciente. Essa ação, fez com que Mateus visse novos sentidos na vida e reformulasse o seu propósito. “Eu sou para frente, sempre assim, de cabeça erguida. Nunca sou de abaixar a cabeça. Então, acho que o meu legado é continuar sendo feliz, sorridente e brincalhão. Acredito que o meu propósito seja fazer as pessoas sorrirem”, completa Mateus.
Um menino e mil sonhos, mas o principal deles: ser jogador profissional de futebol. Mateus Afonso Máximo, 19 anos, natural de Montes Claros (MG), foi diagnosticado com osteossarcoma aos 14 anos e precisou fazer a amputação da perna direita.
“Com 14 anos, eu gostava muito de jogar bola, sempre fui ativo, andava de bicicleta e fazia todo tipo de esporte. Aí, um dia eu estava jogando bola e machuquei o pé, o tornozelo esquerdo. A gente não sabia o que era, achava que era um lance de bola mesmo”, conta Mateus. Mas, com o passar do tempo, o tornozelo continuo com um inchaço. Após retornar de uma viagem à Belo Horizonte, a mãe de Mateus o levou ao médico para ser examinado. “Eu voltei para a minha cidade, fiz um raio-x e no exame deu que tinha alguma coisa lá, mas o médico não sabia o que era. Aí, ele encaminhou a gente para um especialista na área para saber”, relatou o paciente.
Mateus foi submetido a uma biópsia e infelizmente o resultado foi positivo para um osteossarcoma na fíbula. Em Montes Claros (MG) não havia especialista para realizar a cirurgia de amputação do Mateus, foi onde ele conseguiu encaminhamento para o Hospital de Amor, em Barretos (SP), e colocou uma prótese.
Em tratamento paliativo desde 2024, Mateus ressignificou o seu maior sonho e definiu um novo propósito para a vida: levar leveza para as pessoas que estão em tratamento oncológico por meio da risada.
Numa consulta de rotina com a psicóloga da unidade infantojuvenil do HA, Jéssica Estay, durante um exercício que aflora os sentimentos, o paciente contou que gostava de fazer as pessoas sorrirem. Pensando nisso e na importância de realizar sonhos, a profissional entrou em contato com o Instituto Sociocultural e fez uma proposta: uma imersão de dois dias com os Palhaços da Alegria. O pedido foi atendido e assim aconteceu!
Ao questionar a profissional sobre a importância de realizar esses atos, ela destaca que se dispõe a ajudar todos os pacientes, de maneira individual e humanizada. “Eu busco, no meu trabalho, proporcionar memórias afetivas para os pacientes para que eles não tenham somente lembranças de momentos difíceis, procedimentos e internações”, relatou Jéssica.
De acordo com o coordenador do projeto ‘Palhaços da Alegria’ e idealizador do Palhaço ‘Figuerino’, Guilherme Figueiredo, foi a primeira vez que essa imersão com o paciente aconteceu. “Nós temos uma relação legal com a equipe do infantojuvenil e isso faz com que possamos tornar possível algumas ações que visam beneficiar o paciente”.
Mateus, realizou a imersão em dois dias. No primeiro dia, ele aprendeu sobre as técnicas, no segundo, ele fez uma interação na unidade infantojuvenil com o time dos Palhaços da Alegria. “O Mateus sempre se colocou disponível, então, no primeiro dia nós fizemos uma roda de apresentação e falamos para ele a importância de se conhecer para realizarmos os trabalhos em dupla e criar uma confiança com o parceiro de cena”, destacou o coordenador.
Nesse dia, o paciente também aprendeu as experiências da palhaçaria, incluindo a ‘palhaçaria hospitalar’. Nessa dinâmica, Guilherme Figueiredo e os demais participantes do grupo explicaram ao Mateus o que era permitido no meio hospitalar e quais brincadeiras e técnicas eles utilizavam antes de iniciar a interação com os pacientes. Além disso, eles fizeram testes de figurinos, ensaiaram cenas e músicas, e criaram um nome para o novo bobologista do dia: ‘Dr. Teteu’.
No segundo dia, Mateus, acompanhado dos doutores bobologistas – Dr. Figuerino, Dra. Alavanka e Dr. Grilo – fez a intervenção na unidade infantojuvenil do Hospital de Amor. Para isso, eles levaram o figurino que o Dr. Teteu escolheu e, juntos, fizeram as cenas ensaiadas, além de uma música exclusiva para o paciente.
Para que a experiência da intervenção ficasse ainda mais especial, Mateus escolheu alguns lugares, que marcam a sua trajetória na unidade infantojuvenil, para visitar, brincar e se sentir mais à vontade e acolhido.
Ao relembrar a sua trajetória no HA e falar a respeito do seu interesse pela palhaçaria, Mateus Afonso, defende que aprendeu muita coisa desde quando chegou na instituição. “Independentemente da situação que a gente está, acho que a gente nunca pode perder a nossa essência e isso foi uma coisa que me marcou muito e vem me marcando até hoje, porque todo mundo que me vê bem, fala: “nem parece que você está doente, você vive sorrindo”. Então, acho que o motivo é esse. Eu procuro brincar para sair um pouco do clima, né? Sair um pouco do contexto do hospital, porque, querendo ou não, a gente sabe que é uma coisa muito difícil de lidar. Acredito que a essência é o essencial, a gente não pode perder a essência porque isso é o que a gente é”, declara o paciente.
Para o coordenador do projeto Palhaços da Alegria, essa imersão foi um acontecimento especial. “Passa um filme na minha cabeça, então, a sensação que me vem ao acompanhar este desejo é de nostalgia. Quando eu vejo alguém se interessando pela palhaçaria, eu me vejo nessa pessoa porque eu lembro de como foi o meu processo de inicialização nessa arte. A palhaçaria faz a gente se conectar com as pessoas, traz empatia e um olhar cuidadoso. A arte mudou a forma como eu vejo o mundo e ver alguém desejando ter essa experiência, é inspirador. Então, é um sentimento de gratidão”, destaca Guilherme.
Essa imersão não foi apenas uma experiência para o paciente. Essa ação, fez com que Mateus visse novos sentidos na vida e reformulasse o seu propósito. “Eu sou para frente, sempre assim, de cabeça erguida. Nunca sou de abaixar a cabeça. Então, acho que o meu legado é continuar sendo feliz, sorridente e brincalhão. Acredito que o meu propósito seja fazer as pessoas sorrirem”, completa Mateus.