O nosso Mamu foi parar na capital do Brasil! Isso, mesmo! Brasília (DF) foi palco de uma intervenção inédita para marcar o início das atividades do “Outubro Rosa” 2025 – campanha que tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. De 4 a 10 de outubro, um inflável de 11 metros do Mamu (o elefantinho azul mais simpático e charmoso a internet, mascote do Hospital de Amor), foi instalado na cúpula do Congresso Nacional, vestindo a camiseta da campanha e chamando a atenção para o tema.
O gesto simbólico integra uma série de ações do HA – instituição que é considerada, atualmente, o maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, se destacando por oferecer atendimento humanizado e de alta tecnologia para pacientes do SUS de todo o Brasil – para alertar sobre uma doença que continua entre as mais incidentes nas mulheres em todo o mundo.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente em 2025 são estimados cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama no país, com uma taxa aproximada de 66 casos a cada 100 mil mulheres. O cenário reforça a urgência do rastreamento e do diagnóstico precoce, essencial para melhoras nas taxas de cura e sobrevivência, visto que a doença é a segunda principal causa de morte por câncer entre mulheres no país.
Além da instalação gigante, o Mamu também esteve presente em versão de pelúcia, com aproximadamente 2 metros de altura, circulando pelos espaços internos do Congresso e interagindo com parlamentares, servidores e visitantes que estavam por lá. Ele visitou o Senado, incluindo o gabinete do presidente Davi Alcolumbre, e a Câmara dos Deputados, onde também esteve com o presidente Hugo Motta.
Ao lado do Zé Gotinha (o mascote do Ministério da Saúde e símbolo nacional da vacinação no Brasil), do vice-presidente, Geraldo Alckmin, do ministro da saúde, Alexandre Padilha, e do ministro das comunicações, Frederico de Siqueira Filho (@fredsiqueirafilho), o Mamu distribuiu materiais informativos, reforçou o propósito da campanha e deixou seu recado: Prevenção é o ano todo e salva vidas!
“Queremos que o Mamu seja um convite carinhoso para que todas as mulheres priorizem sua saúde. O câncer de mama tem altas chances de cura quando diagnosticado cedo, e o ‘Outubro Rosa’ é um momento essencial para lembrar toda a sociedade disso”, afirmou o Diretor de Desenvolvimento Institucional e Parcerias Estratégicas do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata.
Sob o tema “Prevenção é o Ano Todo”, a iniciativa busca ampliar o acesso à informação e incentivar exames preventivos, como a mamografia, para um diagnóstico precoce e aumento das chances de cura. O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do câncer de pele não melanoma. De acordo com o INCA, a estimativa é que o Brasil registre cerca de 73.610 novos casos de câncer de mama apenas neste ano. Estudos mostram que quando o câncer de mama é diagnosticado nos estágios iniciais, as chances de cura podem chegar a 90%.
Mamografia salva vidas!
A campanha visa desmistificar o processo dos exames, mostrando que a prevenção é um ato de autocuidado e amor-próprio. Entre as ações planejadas está a realização de mamografias gratuitas nas unidades de Prevenção do Hospital de Amor espalhadas pelo país, bem como nas unidades móveis da instituição.
Segundo o médico mastologista do Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), Dr. Idam Oliveira Júnior: “Nosso objetivo é quebrar barreiras e mostrar que a prevenção é a melhor ferramenta que temos. O ‘Outubro Rosa’ não é apenas sobre o câncer de mama; é sobre cuidar da saúde como um todo e dar às mulheres o conhecimento e o apoio que precisam para viver vidas mais longas e saudáveis”, reforça o especialista.
Só em 2024, o HA realizou mais de 300 mil mamografias em todas as suas unidades. Mais de 25% das pacientes atendidas pela instituição estão na faixa etária de 40 a 49 anos. E mais de 12% têm idade acima de 70 anos.
O Hospital de Amor convida toda a sociedade a participar da campanha “Outubro Rosa”, seja compartilhando informações ou incentivando as mulheres de seu convívio a fazerem os exames. Lembrando que todas as mulheres de 40 a 74 anos devem realizar o rastreamento.
A iniciativa contou com apoio do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, e reforçou a importância de unir arte, informação e mobilização social. Em 2023, a cúpula do Congresso recebeu o coelho Sansão, da Turma da Mônica, e agora abre espaço para a causa da prevenção ao câncer de mama, tornando Brasília cenário de uma campanha que leva informação e esperança para todo o país.
Acesse: ha.com.vc/outubrorosa e confira mais informações.
O Hospital de Amor, referência em oncologia, está participando de um estudo de fase 3 multicêntrico sobre crioablação, uma técnica inovadora e minimamente invasiva para o tratamento do câncer de mama.
A crioablação consiste no uso de temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir as células tumorais, sem necessidade de retirada cirúrgica do tumor. O procedimento é guiado por imagem, realizado com anestesia local e apresenta vantagens como menor tempo de recuperação, menos efeitos colaterais, melhor resultado estético para as pacientes e retorno precoce às atividades diárias.
O estudo busca avaliar a eficácia e a segurança da crioablação em comparação aos métodos tradicionais, especialmente para mulheres com tumores iniciais, menores de 2cm, geralmente do subtipo mais comum de câncer de mama.
Para o mastologista do Hospital de Amor, Dr. Idam de Oliveira Junior, a participação no estudo reforça o compromisso da instituição com a ciência: “Estamos diante de uma possibilidade real de transformar o futuro do tratamento do câncer de mama. A crioablação pode trazer qualidade de vida e novas perspectivas para milhares de mulheres no Brasil e no mundo”, destaca.
É importante lembrar, que a técnica só é possível graças à prevenção e ao diagnóstico precoce. A prevenção salva vidas!
Perguntas e respostas sobre a Crioablação
1. O que é a crioablação?
A crioablação é uma técnica que utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir as células do câncer de mama. É feita de forma minimamente invasiva, com agulhas finas guiadas por imagem, sem necessidade de cirurgia extensa.
2. Quem pode se beneficiar desse tratamento?
No estudo atual, a crioablação é indicada para mulheres com tumores iniciais, menores de 2cm, que são os casos mais comuns de câncer de mama, e que possuam a indicação de cirurgia como primeiro tratamento. As pacientes interessadas podem entrar em contato com a equipe pelo e-mail: crioablacao@hospitaldeamor.com.br.
3. Quais são as vantagens da crioablação?
-Procedimento rápido e menos invasivo;
-Menos dor e efeitos colaterais;
-Recuperação mais curta;
-Preservação da mama com melhor resultado estético.
4. Já está disponível para todas as pacientes?
Ainda não. O Hospital de Amor participa de um estudo de fase 3 multicêntrico, que avalia segurança e eficácia da técnica. Isso significa que a crioablação ainda está em fase de pesquisa clínica antes de ser liberada como tratamento padrão.
5. É seguro?
Sim. Os estudos já realizados mostram que a crioablação é segura e eficaz para determinados grupos de pacientes. Agora, a fase 3 vai confirmar os resultados em larga escala.
6. Por que o Hospital de Amor está nesse estudo?
Porque o Hospital de Amor é referência mundial em oncologia e busca sempre trazer o que há de mais moderno e inovador para as pacientes no Brasil, garantindo ciência, cuidado e esperança.
Prevenção é o ano todo!
A maior arma o combate ao câncer de mama é a prevenção. No Brasil, a doença é um problema de saúde pública em ascensão, com cerca de 74 mil novos casos por ano e índices de mortalidade ainda crescentes.
Sabendo da importância do diagnostico precoce, há quase 30 anos, o Hospital de Amor desenvolve projetos que oferecem excelência e humanização na realização de exames preventivos gratuitos a população. São dezenas de unidades fixas e móveis espalhadas pelo país, realizando um trabalho completo de rastreamento, diagnóstico e tratamento da doença. Acesse: ha.com.vc/outubrorosa e saiba mais!
Recomendação
Se você é mulher, tem entre 40 e 74 anos, previna-se: faça sua mamografia e cuide da sua saúde!
A busca por educação, acessibilidade e inclusão é uma luta diária para as pessoas com deficiência. Segundo o “Censo Demográfico 2022: Pessoas com Deficiência e Pessoas Diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista – Resultados Preliminares da Amostra”, divulgado em maio deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil, em 2022, possuía cerca de 14,4 milhões de pessoas com deficiência, representando 7,3% da população com dois anos ou mais.
Os dados mostram ainda que 7,9 milhões de pessoas apresentaram dificuldade funcional para enxergar, mesmo utilizando óculos ou lentes de contato; seguidas da dificuldade motora de andar ou subir degraus, contabilizando 5,2 milhões de pessoas; da dificuldade funcional relacionada à destreza manual e às funções mentais, atingindo, cada uma, 2,7 milhões de pessoas; e da dificuldade para ouvir, mesmo com o uso de aparelhos auditivos, que afeta 2,6 milhões de pessoas.
Esses números evidenciam a necessidade urgente de se discutir o tema, promover o conhecimento e incentivar a transformação social. O ‘Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência’ é celebrado em 21 de setembro, conforme instituído pela Lei nº 11.133/2005. A data tem como propósito conscientizar a população e fomentar a criação de políticas públicas voltadas à inclusão.
Sabendo da importância dessa causa, as unidades de Reabilitação do Hospital de Amor, realizaram diversas atividades para pacientes oncológico e não oncológicos, familiares e população no geral, com o objetivo de conscientizar sobre a importância da inclusão da pessoa com deficiência na sociedade.
O fisiatra e coordenador médico do Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Barretos (SP), Dr. Henrique Buosi, falou sobre a importância da realização da “Semana da Inclusão”, principalmente para mostrar à sociedade o que é possível fazer quando todos se unem em prol da causa da pessoa com deficiência: “Essa semana é muito importante não só para mostrarmos aos usuários e famílias o que estamos fazendo, mas também para toda a população. Isso faz com que, de certa forma, nossa função, enquanto profissionais que trabalham com pessoas com deficiência, seja a de porta-vozes dessa luta por melhor acessibilidade, aquisição de equipamentos e acesso aos serviços. E não se trata apenas de acessibilidade arquitetônica como rampas ou a utilização do braile, mas também de mostrar à sociedade, como um todo, que a inclusão da pessoa com deficiência é possível e deve ser feita. A ‘Semana da Inclusão’ é muito importante porque abrimos as portas do Centro Especializado em Reabilitação para que as pessoas entendam o que podemos fazer quando todos se dão as mãos e caminham juntos”, declara o Dr. Henrique Buosi.
Desfile de moda, dinâmicas e palestras
Para abrir os trabalhos de conscientização, o Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Araguaína (TO), participou, junto a outras entidades do município, entre os dias 14 e 20 de setembro, de uma semana dedicada à conscientização dos direitos da pessoa com deficiência.
O CER abordou a temática: “Quais os desafios e oportunidades para a pessoa com deficiência.” Além de palestras, houve a apresentação de um coral composto por pacientes com deficiência visual. Também foram realizadas oficinas imersivas, permitindo que todo o público presente participasse das terapias oferecidas e observasse, na prática, como é realizada a reabilitação de uma pessoa com deficiência.
O Diretório de Reabilitação Moderna (DREAM), do HA Amazônia, em Porto Velho (RO), levou informação e conscientização a pacientes, familiares e à sociedade de forma lúdica. No dia 22 de setembro, a unidade promoveu um desfile de moda, no qual os pacientes desfilaram e emocionaram todo o público presente.
Além do desfile, o evento contou com depoimentos de pacientes e ex-pacientes com deficiência, bem como com a palestra do coordenador do centro de referência, Silvio Roberto Corsino, que também é presidente do Rondônia Clube Paralímpico (RCP), que falou sobre a inclusão no esporte.
O Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Barretos (SP), realizou, nos dias 23, 24 e 25, a “Semana da Inclusão.” No primeiro dia do evento, foi promovida uma imersão com convidados, que puderam vivenciar, na prática, como é ter uma deficiência.
Foram realizadas dinâmicas demonstrando, por exemplo, como uma pessoa com deficiência visual aprende a se locomover com o auxílio de guias e o movimento correto do uso da bengala; como uma pessoa com deficiência física se desloca utilizando cadeira de rodas; e como funciona o NIRVANA, um dispositivo que utiliza realidade virtual para auxiliar na reabilitação motora e cognitiva de pacientes que perderam funções (em grande parte, como consequência do tratamento oncológico), ou que foram diagnosticados com TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), dislexia e deficiência intelectual.
A médica neuropediatra do Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Barretos (SP), Dra. Ana Paula Serradela Marques, destacou a importância do pertencimento da pessoa com deficiência na sociedade: “A ‘Semana da Inclusão’ é extremamente importante porque possibilita que uma pessoa com deficiência, seja ela auditiva, intelectual, visual ou física interaja em condições de equidade e participação real na vida social, na escola, no trabalho e em qualquer ambiente. Isso é inclusão: quando a pessoa participa, de fato, da sociedade, e não quando simplesmente a colocam em um programa sem oferecer alternativas significativas. Muitas vezes, essas pessoas têm habilidades incríveis que não estão sendo vistas. E uma das formas de enxergar cada indivíduo é com o tratamento individualizado”, destaca a médica.
A programação da “Semana da Inclusão” contou ainda com palestras de profissionais da instituição, voltadas para pacientes e familiares, além de depoimentos de pacientes e ex-pacientes, que compartilharam as dificuldades enfrentadas no dia a dia por pessoas com deficiência.
Depoimentos que inspiram
Durante a “Semana da Inclusão”, as três unidades contaram com depoimentos de pessoas com deficiência, que compartilharam suas dificuldades, aprendizados e histórias. Cada uma dessas pessoas contribuiu com o principal objetivo do evento: conscientizar e ser uma voz nessa luta.
“O evento da ‘Semana da Inclusão’ foi muito enriquecedor e importante, porque trouxe visibilidade para a inclusão e mostrou como cada pessoa pode contribuir para uma sociedade mais acessível. Momentos como esse são essenciais para dar visibilidade às nossas lutas e conquistas, além de fortalecer a importância da acessibilidade. Para mim, como pessoa com deficiência, foi um espaço de aprendizado, troca de experiências, reconhecimento e valorização, que me fez sentir acolhida e representada”, declarou a paciente do Hospital de Amor, em Barretos (SP), Maria Luiza Gama, que precisou amputar a perna direita em decorrência de um câncer.
Um dos temas colocados em pauta na “Semana da Inclusão” foi o esporte. O atleta de crossfit, palestrante e personal trainer, Fabricio Taveira, falou sobre como o esporte mudou sua vida após sofrer um acidente em 2019, que o deixou em uma cadeira de rodas. Fabricio realizou sua reabilitação no CER do HA, em Barretos (SP), e destacou a importância da reabilitação para sua recuperação.
“Foi uma oportunidade única para a sociedade entender a importância que o HA e o Centro de Reabilitação têm para pessoas com vários tipos de lesões e deficiências. Eu já viajei para vários lugares do mundo e acredito que nunca vi uma estrutura com tanta tecnologia e desempenho como aqui. O esporte é uma ferramenta muito importante na reabilitação, e hoje percebo que minha evolução foi enorme e começou com a fisioterapia aqui no CER do HA”, declarou Taveira.
O esporte também transformou a vida do ex-paciente do DREAM do HA Amazônia, o atleta paralímpico Nelito Cezar Teixeira Neto. “Uma das coisas mais importantes que aprendi aqui foi que a maior limitação física, que muitas vezes nos impede de fazer algo, não é maior do que a limitação mental, que pode até nos impedir de viver. Foi através do DREAM que conheci o esporte, participei da minha primeira competição em Goiânia (GO), fui campeão paralímpico com duas medalhas de ouro e comecei a conquistar coisas que jamais imaginei. O DREAM trouxe mais esperança de viver e de acreditar que somos capazes de vencer”, declarou o ex-paciente.
Sobre as unidades de Reabilitação do HA
Reabilitar a saúde física, mental, intelectual, auditiva e visual, promovendo qualidade de vida e autonomia, são os principais objetivos das unidades de Reabilitação do Hospital de Amor. O sucesso da reabilitação se deve à utilização da tecnologia, mas, principalmente, à expertise, ao amor e ao carinho que os profissionais têm com os pacientes.
O HA conta com três Unidades de Reabilitação: Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO). Em 2024, foram realizados 116.195 atendimentos, somando os atendimentos médicos (neuropediatra, oftalmologista, fisiatra, pediatra, entre outras especialidades) e os atendimentos com a equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista, entre outros).
Com uma proposta de atendimento integrado, o HA também conta com unidades de Oficinas Ortopédicas próprias, em Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO), onde são produzidas órteses e próteses sob medida, garantindo praticidade e agilidade para os pacientes, tudo em um só lugar.
Em 2024, foram confeccionados e dispensados 3.861 dispositivos (órteses e próteses) nas três unidades:
• Barretos (SP): 1.765 dispositivos;
• Araguaína (TO): 1.616 dispositivos;
• Porto Velho (RO): 480 dispositivos.
De 12 de setembro a 12 de outubro, instituições de saúde de todo o país – incluindo o Hospital de Amor – se unem para apoiar mais uma edição de uma campanha muito especial: a “De Olho nos Olhinhos” – que tem o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da detecção precoce do retinoblastoma (fator indispensável para garantir bons resultados no tratamento).
O “Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma”, celebrado em 18 de setembro, ganhou força e uma visibilidade ainda maior após o casal Tiago Leifert e Diana Garbin revelarem (no ano de 2022) que sua filha, Lua (na época com apenas 1 ano e 3 meses), tinha sido diagnosticada com um tipo raro de câncer na retina, o retinoblastoma bilateral, os jornalistas assumiram a missão de alertar outros pais para os perigos da doença, enquanto a filha segue em tratamento.
Neste ano, só no dia 13/9, mais de mil médicos, alunos de medicina, profissionais da saúde e voluntários por todo o Brasil organizaram eventos para conscientizar sobre a importância da saúde ocular na infância e explicar como identificar o retinoblastoma. Foram 53 eventos pelo Brasil que aconteceram em hospitais, parques, praças e shoppings. Os eventos contaram com totens, personagens, explicações sobre a doença, distribuição de cartilhas e brindes para as crianças.
No Hospital de Amor Infantojuvenil e no Centro Especializado em Reabilitação da unidade, mais de 30 crianças, de Barretos (SP) e cidades da região, estiveram na instituição para realizar o ‘teste do olhinho’ e passar por consultas oftalmológicas com os especialistas altamente capacitados do HA.
Foi graças a campanhas como esta, que a Cheyla de Souza, mãe do pequeno Heitor Miguel de Souza Galiano, percebeu, quando ele tinha apenas 3 meses de vida, um reflexo no olho dele após tirar uma foto. Naturais de Cuiabá (MT), ela ficou intrigada com aquilo e o levou a uma consulta com o pediatra. A profissional tranquilizou a mãe, afirmando que aquilo ‘não era nada significativo’. Ele foi crescendo, mas a mancha não desaparecia, ela ficava ainda mais evidente. E sabendo dos sinais específicos de retinoblastoma, ela não parou por aí: continuou sua busca por profissionais que diagnosticassem o que o filho realmente tinha.
A família veio para Barretos em busca de um diagnóstico preciso e de um tratamento de excelência. Aqui, no HA Infantojuvenil, a Cheyla e o Heitor encontraram muito mais do que isso: descobriram um diagnóstico de retinoblastoma bilateral, iniciaram tratamento na instituição e ainda receberam muito, muito, muito amor!
Sobre o retinoblastoma
O retinoblastoma é o câncer ocular mais comum entre crianças de 0 a 5 anos. É um tumor maligno que se desenvolve na retina, a parte interna dos olhos. A doença pode se apresentar em um olho, o chamado retinoblastoma unilateral, ou nos dois olhos, retinoblastoma bilateral. Os sintomas mais comuns do retinoblastoma são a leucocoria, ou “olho de gato”, em que a pupila pode apresentar uma área branca e opaca no contato com o reflexo da luz, sendo visível em fotos tiradas com flash. Tremor nos olhos e alteração na posição dos olhos, como o desvio ocular (estrabismo) também são sinais que costumam aparecer.
Em todos esses casos, a recomendação dos médicos é que a criança seja levada ao oftalmologista para a realização de exames completos. A realização do Teste do Reflexo Vermelho (TRV), conhecido como o teste do olhinho, e as consultas oftalmológicas frequentes na primeira infância podem ajudar no diagnóstico da doença precocemente. O Hospital de Amor oferece tratamento e acompanhamento dos casos de retinoblastoma, de forma integral e 100% gratuita via Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar do grande alcance da campanha em 2024, Tiago e Daiana querem ir mais longe, uma vez que casos avançados seguem aparecendo nos centros de referência.
Esteja sempre “De Olho no Olhinhos”!
Se você é pai, mãe, avó, professora ou convive com crianças, fique atento aos sintomas de alerta para o retinoblastoma. Com a presença de qualquer um dos sinais, é imprescindível levar os pequenos para uma avaliação médica.
Independente da situação, o exame oftalmológico deve ser feito mesmo sem qualquer suspeita de comprometimento visual. Ao nascer: teste do olhinho; entre 6 meses e 1 ano de vida: primeiro exame oftalmológico completo; em torno de 3 anos de idade: segundo exame oftalmológico completo; entre 5 e 6 anos: novo exame oftalmológico; a partir daí: o exame oftalmológico terá a frequência dependendo da saúde visual da criança e o histórico familiar.
Oferecer excelência no tratamento oncológico, com amor, acolhimento e respeito, de forma 100% gratuita, é a principal missão do Hospital de Amor – o que torna a instituição reconhecida internacionalmente. Graças a uma parceria recente com a Fundação Oncidium (organização independente e sem fins lucrativos dedicada a ampliar e democratizar o acesso dos pacientes às terapias com radiofármacos no tratamento do câncer), o departamento de Medicina Nuclear do HA deu mais um grande passo.
De acordo com o médico nuclear do HA, Dr. Wilson Furlan Matos Alves, a medicina nuclear tem um papel fundamental tanto no estadiamento, quanto no seguimento evolutivo de vários tipos de neoplasias, além de conseguir oferecer (em algumas situações) tratamentos que o Sistema Único de Saúde não disponibiliza. É um setor que vem ganhando destaque crescente com o surgimento de novos radiofármacos, cada vez mais específicos para determinados tumores, que têm se mostrado eficientes para aumentar a sobrevida e promover qualidade de vida aos pacientes. “Outro ponto importante da especialidade é que ela também pode ser útil na avaliação de efeitos indesejáveis causados pelos tratamentos oncológicos, auxiliando o oncologista a oferecer um tratamento eficaz e com menor risco de sequelas”, afirmou.
Diante deste cenário, o HA se une a Fundação Oncidium para expandir o acesso a terapias com radiofármacos, possibilitando tratamentos inovadores e com eficácia comprovada para pacientes com câncer. “A parceria irá fortalecer a missão de ambas as instituições de oferecer aos pacientes tratamentos inovadores e eficazes, que infelizmente não estão disponíveis no contexto SUS, como é o caso dos tratamentos em Medicina Nuclear. Além disso, a Fundação Oncidium promove educação e treinamento de profissionais da área, e considerando que o Hospital de Amor é um centro de excelência em educação em saúde, acreditamos que a parceria também fortalece a formação de médicos e da equipe multidisciplinar do setor, que já conta com uma residência médica bem-conceituada em nosso país”, explicou Dr. Wilson.
Segundo o diretor de desenvolvimento da Oncidium, Efrain Perini, o objetivo da Fundação é garantir a introdução de novas terapias com radiofármacos já utilizadas no exterior, e expandir o acesso dos que já estão disponíveis no Brasil, mas ainda possuem alto custo e, portanto, são inacessíveis para muitos pacientes.
Essa colaboração se baseia em quatro pilares:
1) Educação e capacitação: desenvolvimento de iniciativas conjuntas voltadas a pacientes, oncologistas, médicos nucleares e outros profissionais da saúde, promovendo a difusão do conhecimento em teranóstico aplicado ao diagnóstico e tratamento do câncer.
2) Promoção da equidade: compromisso em levar terapias inovadoras com radiofármacos a regiões e populações menos favorecidas.
3) Expansão do acesso: promoção de parcerias estratégicas para ampliar infraestrutura, logística e conscientização sobre os benefícios das terapias com radioligantes.
4) Mobilização de investimentos: esta parceria visa também atrair parceiros públicos e privados, nacionais e internacionais, para financiar programas sustentáveis e de impacto nacional, garantindo a ampliação do acesso às terapias com radiofármacos.
“A união entre a Oncidium e o Hospital de Amor é um marco no Brasil! Juntas, as instituições unem conhecimento científico, tecnologia e compromisso social para transformar a vida de pacientes e famílias que enfrentam o câncer. Esperamos que esta parceria contribua para sensibilizar autoridades públicas sobre a importância da incorporação das terapias com radiofármacos ao SUS. Queremos que o Brasil deixe de depender de doações individuais e passe a oferecer esse tratamento de forma sistemática e sustentável. O futuro que vislumbramos é de mais acesso, mais capacitação profissional, mais investimentos e mais esperança, impactando positivamente milhares de vidas”, declarou Efrain.
Medicina Nuclear e o uso de radiofármacos no tratamento oncológico
O departamento de Medicina Nuclear do Hospital de Amor possui uma excelente estrutura física, com equipamentos modernos, sendo um PET-CT e quatro aparelhos de cintilografia (com um SPECT-CT). Conta com uma equipe altamente qualificada composta por cinco médicos, dois enfermeiros, além de biomédicos, radiofarmacêuticos, físicos, técnicos em enfermagem e em radiologia. Além disso, o setor está credenciado para utilizar os principais radiofármacos, tanto para diagnóstico, quanto para terapia da doença.
“Atualmente, os radiofármacos utilizados para terapia de pacientes oncológicos são indicados para complementar o tratamento cirúrgico (como no caso do iodo-131 para câncer de tireoide) ou para pacientes para os quais não há mais linhas de tratamento disponíveis para sua doença. Essa última indicação é a mais frequente para a maioria dos radiofármacos disponíveis, que trazem para o paciente aumento da sobrevida e melhora na qualidade de vida. Para alguns tumores, como é o caso de tumores neuroendócrinos e o câncer de próstata, novos estudos clínicos tem mostrado que o tratamento com radiofármacos, específicos para cada um desses tumores, pode ser utilizado em estágios mais iniciais da doença com a mesma eficácia que o tratamento padrão estabelecido. Isso mostra o potencial de crescimento do uso dos radiofármacos para terapias na oncologia”, explica o médico nuclear.
Apesar de todos esses benefícios, nem todos os pacientes são candidatos aos tratamentos de Medicina Nuclear. Como os radiofármacos são específicos para cada tipo de neoplasia, antes de indicar o tratamento, o paciente é submetido a um exame de imagem (como uma cintilografia ou um PET scan) para avaliar se o tumor consegue captar o radiofármaco. Se isso acontecer, ou seja, se o tumor captar, o paciente passa a ser um candidato para o tratamento.
“Infelizmente, no contexto do SUS, somente o iodo-131, utilizado para tratamento de câncer de tireoide e para casos de hipertireoidismo, está disponível. Outros radiofármacos, tais como DOTATATE-177Lu, PSMA-177Lu, microesferas marcadas com ítrio-90, mIBG marcado com iodo-131, não são garantidos na saúde pública”, afirma Dr. Wilson.
E é por esse e muito outros motivos que o HA celebra essa parceria tão importante! Para Efrain, a união entre o HA e a Oncidium é um passo fundamental nessa jornada e mostra como a cooperação internacional e o amor podem gerar impacto real e transformador na vida de pacientes com câncer. “As expectativas é de que em breve cada vez mais pacientes sejam beneficiados com o acesso às terapias com radiofármacos no nosso país”, finaliza Dr. Wilson.
Sobre a Fundação Oncidium
A Fundação Oncidium é uma organização sem fins lucrativos dedicada a ampliar o acesso global às terapias radioteranósticas para o cuidado do câncer. Sua missão se concentra em educação,conscientização e defesa do acesso equitativo ao tratamento. Por meio de iniciativas como o RLTConnect, a Fundação constrói um ecossistema que apoia pacientes oncológicos, independentementede barreiras geográficas ou financeiras, oferecendo esperança de uma melhor qualidade de vida.
O câncer de pulmão continua sendo o tipo de câncer mais letal do mundo. Em 2022, foram registrados cerca de 2,48 milhões de novos casos e 1,8 milhão de mortes em todo o mundo, segundo o GLOBOCAN. No Brasil, estima-se que aproximadamente 32 mil pessoas recebam anualmente o diagnóstico da doença, que tem o tabagismo como o principal fator de risco, embora alguns estudos mostrem que até um quarto dos casos têm ocorrido em não fumantes, alertando que sua ocorrência também pode estar associada à poluição do ar e exposição a carcinógenos, que podem provocar mutações no DNA, conforme aponta pesquisa publicada recentemente na Nature.
No Hospital de Amor, uma das instituições de maior referência em oncologia na América Latina, cerca de 500 novos casos chegam por ano, sendo a maioria em estágio avançado. “O câncer de pulmão, na fase inicial, costuma ser silencioso. Por isso, 86% dos pacientes no Brasil recebem o diagnóstico tardiamente, quando a chance de cura já é reduzida”, explica o radiologista do HA, Dr. Rodrigo Sampaio Chiarantano.
Diante desse cenário, a instituição deu um passo importante: o rastreamento ativo de câncer de pulmão em uma população de alto risco, como é o caso de fumantes e ex-fumantes. A iniciativa, que teve início oficialmente em 2019, traz de forma concreta a importância desse trabalho. “Nós já atendemos mais de 1.500 pessoas e conseguimos diagnosticar mais de 30 casos positivos, a maioria ainda em estágio inicial, uma condição que aumenta significativamente as chances de cura e sobrevida desses pacientes”, detalha o radiologista.
O exame utilizado é a tomografia computadorizada de baixa dose, capaz de detectar nódulos pulmonares muito antes de surgirem os primeiros sintomas. Tecnologia que já possui grandes estudos internacionais, como o NLST (National Lung Screening Trial, EUA) e o NELSON (Nederlands-Leuvens Longkanker Screenings Onderzoek, Europa), que comprovam a redução da mortalidade específica por câncer de pulmão em até 24% e reforçam a importância de um rastreamento organizado para a doença.
O público-alvo do programa pioneiro inclui fumantes e ex-fumantes que acumularam muitos anos de tabagismo, mesmo que tenham abandonado o hábito há tempo. Um ponto importante, segundo o Dr. Rodrigo Sampaio Chiarantano, coordenador do projeto, é que não é necessário parar de fumar para participar. “Queremos aproximar essas pessoas do cuidado, sem julgamentos, e detectar o câncer antes que ele apareça. Rastrear já é uma forma de cuidar da saúde”, afirma.
Outro aspecto que diferencia a ação é que o SUS ainda não oferece rastreamento ativo para o câncer de pulmão, ao contrário do que ocorre com o câncer de mama, por exemplo. Isso torna o Hospital de Amor a primeira e uma das únicas instituições brasileira a oferecer, de forma gratuita e estruturada, um programa contínuo de detecção precoce da doença.
A meta agora é ampliar a visibilidade da iniciativa. Além dos números positivos já obtidos, a equipe quer alcançar mais pessoas do grupo de risco que vivem na região de Barretos. Para participar do programa, é preciso ter entre 50 e 80 anos, ser fumante ou ex-fumante, os interessados podem checar a elegibilidade para o rastreamento pelo site https://tcbd.hospitaldeamor.com.br/ e marcar a realização do exame pelo telefone (17) 3321-6600, ramais 7010 e 7080. O atendimento é gratuito e pode ser o primeiro passo para salvar uma vida.
Ciência que cruza fronteiras
O sucesso do programa rendeu ao HA um convite para integrar o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), consórcio global de pesquisa sobre câncer de pulmão. Isso permitirá mapear características genéticas e biomoleculares da população brasileira, ampliando a precisão no diagnóstico e no tratamento.
Paralelamente, o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA mantém, desde 2018, o Grupo Translacional de Oncologia Pulmonar, certificado pelo CNPq. O grupo desenvolve novos painéis moleculares e investiga biomarcadores para auxiliar médicos na escolha do tratamento mais eficaz.
Tecnologia a serviço da vida
Desde 2022, o hospital realiza cirurgias torácicas com auxílio de robôs, oferecendo maior precisão, menos dor no pós-operatório e melhor resultado estético, tudo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa tecnologia é especialmente benéfica para pacientes com câncer de pulmão, que muitas vezes já têm um quadro de saúde fragilizado.
Outra frente inovadora é a radioterapia estereotáxica corporal (SBRT), capaz de atingir o tumor com alta precisão, poupando tecidos saudáveis e oferecendo taxas de controle semelhantes às da cirurgia. Publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas, um estudo do HA comprovou que a SBRT é mais custo-efetiva e proporciona mais anos de vida para determinados pacientes.
Um futuro mais promissor
Seja no rastreamento precoce, na cirurgia robótica, na radioterapia de ponta ou nas pesquisas de alcance internacional, o Hospital de Amor demonstra que é possível aliar tecnologia e humanização para enfrentar o câncer de pulmão. “Nosso foco é salvar vidas e oferecer o melhor cuidado possível, sempre com base em ciência de qualidade”, resume o radiologista.
Fazer uma cirurgia com implante mamário de silicone pode ser um desejo de muitas pessoas ou mesmo necessário, já que ele pode ser utilizado para fins estéticos ou em casos de reconstrução mamária devido à mastectomia. O Brasil se destaca como um dos países que mais realizam cirurgias de mamoplastias de aumento (implante de silicone), com um número elevado de cirurgiões reconhecidos internacionalmente pela qualidade no trabalho.
Neste mês, veio a público o primeiro caso raro de carcinoma espinocelular associado ao implante mamário de silicone no Brasil – tipo de câncer extremamente raro que se junta a pouco mais de 20 ocorrências em todo o mundo. A ocorrência foi documentada em um estudo de pesquisadores brasileiros liderado pelo mastologista do Hospital de Amor e sócio titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Dr. Idam de Oliveira Junior, em Barretos (SP), reforçando a necessidade de atenção, mas sem motivo para alarde, destaca o especialista.
O caso brasileiro foi publicado no renomado periódico científico Annals of Surgical Oncology (ASO) e o estudo se destaca por propor uma nova forma de classificar a doença, buscando padronizar o diagnóstico e o tratamento. “Nosso estudo reuniu todos os casos já publicados no mundo sobre esse tipo raro de câncer ligado ao implante de silicone e acrescentou o primeiro caso brasileiro,” explica o Dr. Idam de Oliveira Junior. “Percebemos que muitas pacientes tiveram um diagnóstico tardio ou passaram por cirurgias que, sem querer, espalharam células do tumor. O que propomos é um novo modelo de classificação que ajuda o médico a avaliar a gravidade da doença e padronizar a cirurgia mais adequada, aumentando as chances de controle.”
Entendendo o caso
O carcinoma de células escamosas associado ao implante mamário de silicone (BIA-SCC) é uma neoplasia rara, com o primeiro caso descrito na literatura médica em 1992. No caso brasileiro, o tumor foi diagnosticado em uma jovem de 38 anos que possuía implantes estéticos de longa data. Ela foi submetida a uma cirurgia para tratar um seroma, que é o acúmulo de líquido ao redor da prótese. A cápsula (tecido que se forma ao redor do implante) apresentava sinais incomuns e a biópsia revelou a malignidade.
O tumor é considerado agressivo e muitas vezes é diagnosticado tardiamente porque seus sintomas, como inchaço, dor ou nódulos podem ser confundidos com complicações comuns das próteses. A principal hipótese para o seu desenvolvimento é a de que a cápsula, com o passar dos anos, sofra um processo de inflamação crônica, que pode levar à formação do tumor. No entanto, os fatores de risco para o desenvolvimento do BIA-SCC ainda são desconhecidos.
Proporção e segurança
Apesar do crescimento no número de explantes (retirada do implante de silicone) no Brasil, muitas vezes por medo infundado, especialistas reforçam que o silicone continua sendo um material seguro para uso estético e reconstrutivo. Milhares de mulheres realizaram cirurgias com implantes de silicone e a ocorrência desse tipo de câncer é extremamente rara.
“Os procedimentos com implantes mamários de silicone são seguros e eficazes, e o caso brasileiro não é motivo para alarde. Trata-se de uma situação muito rara que, por sua raridade, requer atenção dos especialistas para um diagnóstico precoce e tratamento adequado”, reforça o especialista.
O mastologista refirma a importância de que mulheres com implantes, especialmente aqueles de longa data, fiquem atentas a sinais como inchaço repentino, dor ou presença de líquido ao redor da prótese. Sintomas que, mesmo anos após a cirurgia, devem ser investigados por um especialista.
De acordo com o médico do HA, um dos intuitos do estudo é propor um novo modelo de classificação que ajuda o médico a avaliar melhor a gravidade da doença e padronizar a cirurgia mais adequada, aumentando as chances de controle da doença. O trabalho também contou com a participação dos pesquisadores Marina Ignácio Gonzaga, Chrissie Casella Amirati, Natachia Moreira Vilela, Durval Renato Wohnrath e René Aloisio da Costa Vieira.
O Hospital de Amor tem fortalecido sua parceria com instituições de ensino e pesquisa de alto nível de todo o mundo. Recentemente, dois estudantes de mestrado em bioengenharia da Rice University e da Baylor Medical School, ambas de Houston, nos Estados Unidos, participaram de um intercâmbio de nove semanas no Brasil, com o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas de baixo custo para problemas de saúde enfrentados pela população.
A colaboração, que existe há um bom tempo, mas foi reativada com mais impacto em 2024, já resultou em projetos de pesquisa conjuntos. A mais recente iniciativa é patrocinada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA. Durante o período entre 2 de junho e 9 de agosto, em Barretos (SP), os estudantes Luisanny Del Orbe e Malcolm Williams imergiram na rotina do Hospital de Amor, circulando por diversas áreas para identificar os principais desafios.
O principal foco do projeto desenvolvido pela dupla foi criar uma máquina automática e de baixo custo para coloração de lâminas em H&E, voltada para as unidades móveis de saúde bucal do hospital. O objetivo é reduzir o longo tempo de espera entre a biópsia e o diagnóstico final, um problema logístico relevante, especialmente para pacientes em regiões distantes.
Atualmente, o processo de envio de amostras para Barretos (SP) é demorado e com várias dificuldades. A solução proposta pela dupla de estudantes americanos visa eliminar essa etapa, permitindo que a biópsia seja processada diretamente na unidade móvel. O equipamento, que seria operado por um patologista local, enviaria imagens da lâmina, obtidas com um microscópio 3D, diretamente para os especialistas no hospital em Barretos, agilizando drasticamente o diagnóstico. A iniciativa tem o potencial de impactar positivamente a vida dos pacientes, oferecendo mais agilidade e precisão.
Além do projeto de biópsia bucal, Luisanny e Malcolm também contribuíram com sugestões para solucionar desafios nos programas de rastreamento de câncer de pele e mama, e no ‘Projeto Retrate’. De acordo com a pesquisadora do Projeto Retrate, Dra. Raquel Descie, eles contribuíram com uma visão importante para a consolidação de projetos que visam o desenvolvimento de dispositivos mais acessíveis e eficientes voltados para a detecção precoce do câncer de pele do grupo de pesquisa. Ela também destaca como este tipo de intercâmbio é importante para a equipe de Barretos, fortalecendo o estabelecimento de parcerias estratégicas para projetos futuros e proporcionando aos alunos de pós-graduação uma experiência enriquecedora de troca de conhecimento, colaboração e contato direto com pesquisadores internacionais.
Já para o médico, pesquisador e também Diretor Executivo de Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, Dr. Vinicius Vazquez, esta visita significa principalmente um ganho intelectual. A parceria com uma instituição da qualidade da Rice em uma área do conhecimento complementar que é a bioengenharia, é de muita sinergia de ideias e um motor para novos projetos.
A parceria com as instituições de Houston oferece uma nova perspectiva para o enfrentamento dos problemas de saúde. “O intercâmbio de estudantes de bioengenharia de um centro de ensino de alto nível, traz uma visão diferente para o enfrentamento de problemas e desafios dos nossos pacientes. Creio firmemente que muitas soluções originais surgirão em breve,” afirma Dr. Vinicius.
Para os estudantes, a experiência foi transformadora. Luisanny Del Orbe, mestre em bioengenharia pela Rice University, relata: “Esta experiência tem sido uma verdadeira honra. Este é meu primeiro contato com a vida de um engenheiro e tem sido incrível ver como engenharia e a medicina podem ser combinadas de uma forma que beneficia não apenas hospitais como o HA, mas também os pacientes”.
Malcolm Williams, que também está no mestrado de bioengenharia na Rice University, compartilha o sentimento. “Foi minha primeira vez na América do Sul e me diverti muito. Foi uma ótima oportunidade para aplicar todas as habilidades que aprendi durante minha graduação. A experiência não apenas avançou minhas habilidades de carreira, mas também me ensinou muito sobre a cultura brasileira. Foi muito reconfortante trabalhar em um lugar onde eles se importam tanto com a experiência do paciente. As pessoas que conheci em Barretos foram muito gentis e acolhedoras. Elas tornaram esta experiência verdadeiramente transformadora”, disse o jovem norte-americano.
A parceria e o intercâmbio demonstram o compromisso do Hospital de Amor com a inovação e a busca por soluções que possam melhorar a qualidade de vida e o atendimento de seus pacientes, consolidando a instituição como um centro de referência também em pesquisa e desenvolvimento.
“A única coisa que eu perguntei aos médicos foi se o Heitor ia sobreviver, se ele ia ficar comigo. Não teria problema fazer a amputação se ele fosse permanecer nos meus braços”, conta emocionada Fabiana C. Araújo, mãe de Heitor Araújo dos Santos, paciente do Centro Especializado em Reabilitação e do Hospital de Amor Infantojuvenil.
Heitor nasceu com miofibromatose infantil generalizada e, com apenas quatro dias de vida, se preparou para enfrentar uma cirurgia de amputação transfemoral da perna esquerda — remoção cirúrgica de um membro inferior acima do joelho.
Segundo dados do National Cancer Institute, um em cada 150.000 bebês nasce com miofibromatose infantil, um tumor benigno raro que pode crescer na pele, nos músculos, nos ossos e, às vezes, nos órgãos do tórax ou abdômen. “A miofibromatose infantil generalizada é um tumor silencioso que não causa muitos sintomas. A criança pode nascer com alguns tipos de tumores visíveis desde o nascimento ou, conforme o desenvolvimento, podem surgir nódulos subcutâneos ou lesões ósseas que crescem dependendo do tipo da doença”, explica a médica oncologista pediátrica do HA Infantojuvenil, Dra. Nádia Secchieri Rocha.
Diagnóstico
O tumor de Heitor só foi percebido após seu nascimento. Durante o pré-natal, Fabiana realizou todos os exames e ultrassons, mas nenhum indicou a doença. “Poucos casos são diagnosticados intrauterinamente, às vezes pela posição da criança, pelo tamanho ou pela localização do tumor, gerando surpresa no nascimento”, esclarece Dra. Nádia.
“Quando ele nasceu, os médicos já viram que ele tinha vários tumores espalhados pelo corpo. Eu nem pude pegá-lo no colo, só me deixaram dar uma olhadinha no rostinho. Não pude ver o corpo todo”, lembra Fabiana.
Natural de Monte Azul Paulista (SP), Heitor foi inicialmente encaminhado para Bebedouro (SP) e, por se tratar de um caso complexo, transferido para a Santa Casa de Misericórdia de Barretos (SP), onde passou uma noite antes de ser levado ao Hospital de Amor Infantojuvenil.
“Foi um caso bastante desafiador pegar uma criança tão pequena com um tumor tão avançado. Ele chegou com um tumor sangrante na perna. Tentamos salvar a perna, mas sabíamos que as chances eram pequenas. Decidimos pela amputação, e hoje vemos que foi a melhor decisão para a vida do Heitor”, comenta Dra. Nádia.
Tratamento
Por se tratar de um tumor generalizado no subcutâneo, Heitor, além da amputação, precisou passar por sessões de quimioterapia de baixa dose para eliminar os nódulos. “O Heitor realizou 12 meses de quimioterapia semanalmente. Ele foi muito tranquilo durante o tratamento e se desenvolveu bem, com acompanhamento constante da equipe multidisciplinar. A mãe estava muito confiante, e isso fez toda a diferença”, destaca Dra. Nádia.
Hoje, aos seis anos, Heitor continua em acompanhamento no HA Infantojuvenil e realiza sessões de fisioterapia no Centro Especializado em Reabilitação do HA.
Reabilitação
Heitor iniciou fisioterapia aos quatro meses, com a primeira avaliação e o enfaixamento do coto. A fisioterapeuta Deiseane Bonatelli, conhecida como Tia Deise, acompanha o processo de reabilitação desde então. “O Heitor chegou com quatro meses. Nunca tinha me deparado com um caso igual em 21 anos no Hospital de Amor. O coto era muito pequeno, o que dificultava o enfaixamento, mas conseguimos avançar com ele”, explica Tia Deise.
Outro desafio foi a adaptação à prótese. Aos 10 meses, o HA confeccionou a primeira prótese, mas Heitor não se adaptou. “Ele chorava e não aceitava. Decidimos respeitar o tempo dele, e ele conseguiu ter uma vida ativa sem a prótese. Quanto menores, mais difícil a adaptação, pois limita a movimentação. Conforme crescem, entendem que a prótese oferece maior liberdade, como foi o caso do Heitor quando começou a frequentar a escola”, explica Tia Deise.
O sonho dos pais se tornou realidade…
“Era meu sonho ver meu filho andar, acho que é o sonho de toda mãe e pai”, conta emocionada Fabiana, quando o Heitor chegou um dia nos pais e falou que gostaria de andar e colocar uma prótese.
Fabiana acredita que essa vontade surgiu por conta da escola. Ela e o marido sempre incentivaram o Heitor a colocar a prótese, mas a vontade veio mesmo quando ele iniciou na escola. Heitor foi encaminhado para a Oficina Ortopédica do HA Barretos, onde recebeu uma prótese novinha, e a emoção tomou conta dos pais, quando viram o filho com a prótese pela primeira vez.
“A primeira vez que eu vi ele com a prótese foi emocionante. O meu marido começou a chorar e eu comecei a chorar, porque eu estava esperando por aquele dia. Foi um dos dias mais felizes da minha vida”, conta Fabiana. E a conquista do Heitor, assim como de todos os pacientes, é uma conquista para a equipe médica e multidisciplinar, como destaca Dra. Nádia. “Hoje, o sentimento é de gratidão! Eu acompanho diariamente a evolução nas redes sociais da mãe, e vejo o desenvolvimento dele a cada dia, desde pequenininho andando na sua motoquinha com uma perninha só, engatinhando e agora aí com a prótese”, conta a médica.
“É uma realização profissional, como ser humano, de trabalhar com uma criança como o Heitor, extremamente amorosa”, destaca Tia Deise.
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, acreditava o ilustre e respeitado educador brasileiro Paulo Freire. Assim como ele, o Hospital de Amor também acredita que a educação é fundamental para o desenvolvimento de qualquer pessoa, independentemente de estar enfrentado um tratamento duro com o câncer.
Em meio aos desafios da doença, um refrigério de conhecimento e afeto floresce dentro do Hospital de Amor, em Barretos. É na classe hospitalar, localizada no Lar de Amor (alojamento do HA) que a educação se encontra com a humanização, oferecendo a crianças e jovens em tratamento oncológico a oportunidade de sonhar e aprender, longe das quatro paredes de um quarto de hospital. Na liderança desta iniciativa está Leane Carvalho Oliveira, uma educadora dedicada que há 10 anos atua como professora nessa missão tão especial.
Com 54 anos e uma rica formação que inclui graduações em História e Geografia, e pós-graduações em Pedagogia Hospitalar e Psicopedagogia, Leane é a prova viva de que a paixão por ensinar pode mover montanhas. “Atuar como professora na classe hospitalar do HA tem sido uma experiência transformadora”, revela a experiente professora. “Estou feliz e me sinto realizada com um propósito que vai além do simples ato de ensinar”, fala Leane.
A ‘escola do Lar de Amor’, como é carinhosamente chamada, conta com três classes que abrangem desde o Ensino Inicial (1º ao 5º ano) até os anos finais e Ensino Médio (6º ano ao 3º EM). Atualmente, 30 alunos estudam nesse espaço que também é considerado um refúgio para eles, diante de uma rotina de exames e tratamentos, a escola acalenta, já que são intercaladas por aulas dinâmicas e repletas de carinho e diversão.
Leane, ao lado das professoras Zilda Reducino e Tania Serapião, forma uma equipe que se dedica a oferecer um currículo completo, adaptado às necessidades de cada estudante que também é paciente oncológico. A professora Leane ensina todas as disciplinas para os alunos do 6º ano ao Ensino Médio, enquanto Zilda se dedica aos estudantes do 3º ao 5º ano, e Tania, aos pequenos do 1º e 2º ano. “Seguimos o plano de ação do estado, com sala do futuro, Centro de Mídias da Educação de São Paulo (CMSP), apostilas usando aplicativos, robótica e tecnologia”, explica Leane, destacando a modernidade da abordagem. A colaboração de voluntários, como a professora Rosalinda em Matemática, e parceiros como o Instituto Federal, que oferece aulas de Química, Física e Biologia com laboratório, complementa o aprendizado e enriquece a experiência dos alunos.
A grande diferença da classe hospitalar em relação a uma escola convencional é o fato de haver atendimento humanizado e individualizado. “Nossos alunos com suas devidas especificidades recebem atividades adaptadas a cada um”, ressalta Leane. Além do currículo tradicional, os alunos participam de atividades especiais, como aulas de jornalismo com a jornalista Glaucia Chiarelli, onde desenvolvem reportagens para o “jornalzinho HA”, que é um grande sucesso.
A jornada de Leane na classe hospitalar é cheia de histórias que marcam a alma. “Em cada encontro com meus alunos, vivi momentos de intensa alegria, aprendizado e afeto genuíno”, compartilha. Entre tantas lembranças, a história de Éder é a que mais toca seu coração. “Incentivá-lo a estudar, a manter a esperança acesa e a não desistir do sonho de se tornar médico foi uma missão que abracei com amor e dedicação”, recorda Leane. A partida precoce de Éder deixou uma lacuna, mas também a certeza de que a educação, quando feita com amor, tem o poder de inspirar e dar propósito, mesmo diante das maiores dificuldades.
Tia Leane como também é conhecida pelos alunos, se orgulha de ter ajudado no processo de ensino de pacientes indígenas que recebem tratamento no Hospital de Amor. Para ela, a vocação de educadora na classe hospitalar vai muito além do ensino de matérias. É um gesto de amor, esperança e humanidade. É a certeza de que, mesmo em tempos difíceis, o conhecimento pode ser uma ferramenta de transformação e um caminho para a realização de sonhos, por mais distantes que eles pareçam.
O nosso Mamu foi parar na capital do Brasil! Isso, mesmo! Brasília (DF) foi palco de uma intervenção inédita para marcar o início das atividades do “Outubro Rosa” 2025 – campanha que tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. De 4 a 10 de outubro, um inflável de 11 metros do Mamu (o elefantinho azul mais simpático e charmoso a internet, mascote do Hospital de Amor), foi instalado na cúpula do Congresso Nacional, vestindo a camiseta da campanha e chamando a atenção para o tema.
O gesto simbólico integra uma série de ações do HA – instituição que é considerada, atualmente, o maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, se destacando por oferecer atendimento humanizado e de alta tecnologia para pacientes do SUS de todo o Brasil – para alertar sobre uma doença que continua entre as mais incidentes nas mulheres em todo o mundo.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente em 2025 são estimados cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama no país, com uma taxa aproximada de 66 casos a cada 100 mil mulheres. O cenário reforça a urgência do rastreamento e do diagnóstico precoce, essencial para melhoras nas taxas de cura e sobrevivência, visto que a doença é a segunda principal causa de morte por câncer entre mulheres no país.
Além da instalação gigante, o Mamu também esteve presente em versão de pelúcia, com aproximadamente 2 metros de altura, circulando pelos espaços internos do Congresso e interagindo com parlamentares, servidores e visitantes que estavam por lá. Ele visitou o Senado, incluindo o gabinete do presidente Davi Alcolumbre, e a Câmara dos Deputados, onde também esteve com o presidente Hugo Motta.
Ao lado do Zé Gotinha (o mascote do Ministério da Saúde e símbolo nacional da vacinação no Brasil), do vice-presidente, Geraldo Alckmin, do ministro da saúde, Alexandre Padilha, e do ministro das comunicações, Frederico de Siqueira Filho (@fredsiqueirafilho), o Mamu distribuiu materiais informativos, reforçou o propósito da campanha e deixou seu recado: Prevenção é o ano todo e salva vidas!
“Queremos que o Mamu seja um convite carinhoso para que todas as mulheres priorizem sua saúde. O câncer de mama tem altas chances de cura quando diagnosticado cedo, e o ‘Outubro Rosa’ é um momento essencial para lembrar toda a sociedade disso”, afirmou o Diretor de Desenvolvimento Institucional e Parcerias Estratégicas do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata.
Sob o tema “Prevenção é o Ano Todo”, a iniciativa busca ampliar o acesso à informação e incentivar exames preventivos, como a mamografia, para um diagnóstico precoce e aumento das chances de cura. O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do câncer de pele não melanoma. De acordo com o INCA, a estimativa é que o Brasil registre cerca de 73.610 novos casos de câncer de mama apenas neste ano. Estudos mostram que quando o câncer de mama é diagnosticado nos estágios iniciais, as chances de cura podem chegar a 90%.
Mamografia salva vidas!
A campanha visa desmistificar o processo dos exames, mostrando que a prevenção é um ato de autocuidado e amor-próprio. Entre as ações planejadas está a realização de mamografias gratuitas nas unidades de Prevenção do Hospital de Amor espalhadas pelo país, bem como nas unidades móveis da instituição.
Segundo o médico mastologista do Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), Dr. Idam Oliveira Júnior: “Nosso objetivo é quebrar barreiras e mostrar que a prevenção é a melhor ferramenta que temos. O ‘Outubro Rosa’ não é apenas sobre o câncer de mama; é sobre cuidar da saúde como um todo e dar às mulheres o conhecimento e o apoio que precisam para viver vidas mais longas e saudáveis”, reforça o especialista.
Só em 2024, o HA realizou mais de 300 mil mamografias em todas as suas unidades. Mais de 25% das pacientes atendidas pela instituição estão na faixa etária de 40 a 49 anos. E mais de 12% têm idade acima de 70 anos.
O Hospital de Amor convida toda a sociedade a participar da campanha “Outubro Rosa”, seja compartilhando informações ou incentivando as mulheres de seu convívio a fazerem os exames. Lembrando que todas as mulheres de 40 a 74 anos devem realizar o rastreamento.
A iniciativa contou com apoio do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, e reforçou a importância de unir arte, informação e mobilização social. Em 2023, a cúpula do Congresso recebeu o coelho Sansão, da Turma da Mônica, e agora abre espaço para a causa da prevenção ao câncer de mama, tornando Brasília cenário de uma campanha que leva informação e esperança para todo o país.
Acesse: ha.com.vc/outubrorosa e confira mais informações.
O Hospital de Amor, referência em oncologia, está participando de um estudo de fase 3 multicêntrico sobre crioablação, uma técnica inovadora e minimamente invasiva para o tratamento do câncer de mama.
A crioablação consiste no uso de temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir as células tumorais, sem necessidade de retirada cirúrgica do tumor. O procedimento é guiado por imagem, realizado com anestesia local e apresenta vantagens como menor tempo de recuperação, menos efeitos colaterais, melhor resultado estético para as pacientes e retorno precoce às atividades diárias.
O estudo busca avaliar a eficácia e a segurança da crioablação em comparação aos métodos tradicionais, especialmente para mulheres com tumores iniciais, menores de 2cm, geralmente do subtipo mais comum de câncer de mama.
Para o mastologista do Hospital de Amor, Dr. Idam de Oliveira Junior, a participação no estudo reforça o compromisso da instituição com a ciência: “Estamos diante de uma possibilidade real de transformar o futuro do tratamento do câncer de mama. A crioablação pode trazer qualidade de vida e novas perspectivas para milhares de mulheres no Brasil e no mundo”, destaca.
É importante lembrar, que a técnica só é possível graças à prevenção e ao diagnóstico precoce. A prevenção salva vidas!
Perguntas e respostas sobre a Crioablação
1. O que é a crioablação?
A crioablação é uma técnica que utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir as células do câncer de mama. É feita de forma minimamente invasiva, com agulhas finas guiadas por imagem, sem necessidade de cirurgia extensa.
2. Quem pode se beneficiar desse tratamento?
No estudo atual, a crioablação é indicada para mulheres com tumores iniciais, menores de 2cm, que são os casos mais comuns de câncer de mama, e que possuam a indicação de cirurgia como primeiro tratamento. As pacientes interessadas podem entrar em contato com a equipe pelo e-mail: crioablacao@hospitaldeamor.com.br.
3. Quais são as vantagens da crioablação?
-Procedimento rápido e menos invasivo;
-Menos dor e efeitos colaterais;
-Recuperação mais curta;
-Preservação da mama com melhor resultado estético.
4. Já está disponível para todas as pacientes?
Ainda não. O Hospital de Amor participa de um estudo de fase 3 multicêntrico, que avalia segurança e eficácia da técnica. Isso significa que a crioablação ainda está em fase de pesquisa clínica antes de ser liberada como tratamento padrão.
5. É seguro?
Sim. Os estudos já realizados mostram que a crioablação é segura e eficaz para determinados grupos de pacientes. Agora, a fase 3 vai confirmar os resultados em larga escala.
6. Por que o Hospital de Amor está nesse estudo?
Porque o Hospital de Amor é referência mundial em oncologia e busca sempre trazer o que há de mais moderno e inovador para as pacientes no Brasil, garantindo ciência, cuidado e esperança.
Prevenção é o ano todo!
A maior arma o combate ao câncer de mama é a prevenção. No Brasil, a doença é um problema de saúde pública em ascensão, com cerca de 74 mil novos casos por ano e índices de mortalidade ainda crescentes.
Sabendo da importância do diagnostico precoce, há quase 30 anos, o Hospital de Amor desenvolve projetos que oferecem excelência e humanização na realização de exames preventivos gratuitos a população. São dezenas de unidades fixas e móveis espalhadas pelo país, realizando um trabalho completo de rastreamento, diagnóstico e tratamento da doença. Acesse: ha.com.vc/outubrorosa e saiba mais!
Recomendação
Se você é mulher, tem entre 40 e 74 anos, previna-se: faça sua mamografia e cuide da sua saúde!
A busca por educação, acessibilidade e inclusão é uma luta diária para as pessoas com deficiência. Segundo o “Censo Demográfico 2022: Pessoas com Deficiência e Pessoas Diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista – Resultados Preliminares da Amostra”, divulgado em maio deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil, em 2022, possuía cerca de 14,4 milhões de pessoas com deficiência, representando 7,3% da população com dois anos ou mais.
Os dados mostram ainda que 7,9 milhões de pessoas apresentaram dificuldade funcional para enxergar, mesmo utilizando óculos ou lentes de contato; seguidas da dificuldade motora de andar ou subir degraus, contabilizando 5,2 milhões de pessoas; da dificuldade funcional relacionada à destreza manual e às funções mentais, atingindo, cada uma, 2,7 milhões de pessoas; e da dificuldade para ouvir, mesmo com o uso de aparelhos auditivos, que afeta 2,6 milhões de pessoas.
Esses números evidenciam a necessidade urgente de se discutir o tema, promover o conhecimento e incentivar a transformação social. O ‘Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência’ é celebrado em 21 de setembro, conforme instituído pela Lei nº 11.133/2005. A data tem como propósito conscientizar a população e fomentar a criação de políticas públicas voltadas à inclusão.
Sabendo da importância dessa causa, as unidades de Reabilitação do Hospital de Amor, realizaram diversas atividades para pacientes oncológico e não oncológicos, familiares e população no geral, com o objetivo de conscientizar sobre a importância da inclusão da pessoa com deficiência na sociedade.
O fisiatra e coordenador médico do Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Barretos (SP), Dr. Henrique Buosi, falou sobre a importância da realização da “Semana da Inclusão”, principalmente para mostrar à sociedade o que é possível fazer quando todos se unem em prol da causa da pessoa com deficiência: “Essa semana é muito importante não só para mostrarmos aos usuários e famílias o que estamos fazendo, mas também para toda a população. Isso faz com que, de certa forma, nossa função, enquanto profissionais que trabalham com pessoas com deficiência, seja a de porta-vozes dessa luta por melhor acessibilidade, aquisição de equipamentos e acesso aos serviços. E não se trata apenas de acessibilidade arquitetônica como rampas ou a utilização do braile, mas também de mostrar à sociedade, como um todo, que a inclusão da pessoa com deficiência é possível e deve ser feita. A ‘Semana da Inclusão’ é muito importante porque abrimos as portas do Centro Especializado em Reabilitação para que as pessoas entendam o que podemos fazer quando todos se dão as mãos e caminham juntos”, declara o Dr. Henrique Buosi.
Desfile de moda, dinâmicas e palestras
Para abrir os trabalhos de conscientização, o Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Araguaína (TO), participou, junto a outras entidades do município, entre os dias 14 e 20 de setembro, de uma semana dedicada à conscientização dos direitos da pessoa com deficiência.
O CER abordou a temática: “Quais os desafios e oportunidades para a pessoa com deficiência.” Além de palestras, houve a apresentação de um coral composto por pacientes com deficiência visual. Também foram realizadas oficinas imersivas, permitindo que todo o público presente participasse das terapias oferecidas e observasse, na prática, como é realizada a reabilitação de uma pessoa com deficiência.
O Diretório de Reabilitação Moderna (DREAM), do HA Amazônia, em Porto Velho (RO), levou informação e conscientização a pacientes, familiares e à sociedade de forma lúdica. No dia 22 de setembro, a unidade promoveu um desfile de moda, no qual os pacientes desfilaram e emocionaram todo o público presente.
Além do desfile, o evento contou com depoimentos de pacientes e ex-pacientes com deficiência, bem como com a palestra do coordenador do centro de referência, Silvio Roberto Corsino, que também é presidente do Rondônia Clube Paralímpico (RCP), que falou sobre a inclusão no esporte.
O Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Barretos (SP), realizou, nos dias 23, 24 e 25, a “Semana da Inclusão.” No primeiro dia do evento, foi promovida uma imersão com convidados, que puderam vivenciar, na prática, como é ter uma deficiência.
Foram realizadas dinâmicas demonstrando, por exemplo, como uma pessoa com deficiência visual aprende a se locomover com o auxílio de guias e o movimento correto do uso da bengala; como uma pessoa com deficiência física se desloca utilizando cadeira de rodas; e como funciona o NIRVANA, um dispositivo que utiliza realidade virtual para auxiliar na reabilitação motora e cognitiva de pacientes que perderam funções (em grande parte, como consequência do tratamento oncológico), ou que foram diagnosticados com TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), dislexia e deficiência intelectual.
A médica neuropediatra do Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Barretos (SP), Dra. Ana Paula Serradela Marques, destacou a importância do pertencimento da pessoa com deficiência na sociedade: “A ‘Semana da Inclusão’ é extremamente importante porque possibilita que uma pessoa com deficiência, seja ela auditiva, intelectual, visual ou física interaja em condições de equidade e participação real na vida social, na escola, no trabalho e em qualquer ambiente. Isso é inclusão: quando a pessoa participa, de fato, da sociedade, e não quando simplesmente a colocam em um programa sem oferecer alternativas significativas. Muitas vezes, essas pessoas têm habilidades incríveis que não estão sendo vistas. E uma das formas de enxergar cada indivíduo é com o tratamento individualizado”, destaca a médica.
A programação da “Semana da Inclusão” contou ainda com palestras de profissionais da instituição, voltadas para pacientes e familiares, além de depoimentos de pacientes e ex-pacientes, que compartilharam as dificuldades enfrentadas no dia a dia por pessoas com deficiência.
Depoimentos que inspiram
Durante a “Semana da Inclusão”, as três unidades contaram com depoimentos de pessoas com deficiência, que compartilharam suas dificuldades, aprendizados e histórias. Cada uma dessas pessoas contribuiu com o principal objetivo do evento: conscientizar e ser uma voz nessa luta.
“O evento da ‘Semana da Inclusão’ foi muito enriquecedor e importante, porque trouxe visibilidade para a inclusão e mostrou como cada pessoa pode contribuir para uma sociedade mais acessível. Momentos como esse são essenciais para dar visibilidade às nossas lutas e conquistas, além de fortalecer a importância da acessibilidade. Para mim, como pessoa com deficiência, foi um espaço de aprendizado, troca de experiências, reconhecimento e valorização, que me fez sentir acolhida e representada”, declarou a paciente do Hospital de Amor, em Barretos (SP), Maria Luiza Gama, que precisou amputar a perna direita em decorrência de um câncer.
Um dos temas colocados em pauta na “Semana da Inclusão” foi o esporte. O atleta de crossfit, palestrante e personal trainer, Fabricio Taveira, falou sobre como o esporte mudou sua vida após sofrer um acidente em 2019, que o deixou em uma cadeira de rodas. Fabricio realizou sua reabilitação no CER do HA, em Barretos (SP), e destacou a importância da reabilitação para sua recuperação.
“Foi uma oportunidade única para a sociedade entender a importância que o HA e o Centro de Reabilitação têm para pessoas com vários tipos de lesões e deficiências. Eu já viajei para vários lugares do mundo e acredito que nunca vi uma estrutura com tanta tecnologia e desempenho como aqui. O esporte é uma ferramenta muito importante na reabilitação, e hoje percebo que minha evolução foi enorme e começou com a fisioterapia aqui no CER do HA”, declarou Taveira.
O esporte também transformou a vida do ex-paciente do DREAM do HA Amazônia, o atleta paralímpico Nelito Cezar Teixeira Neto. “Uma das coisas mais importantes que aprendi aqui foi que a maior limitação física, que muitas vezes nos impede de fazer algo, não é maior do que a limitação mental, que pode até nos impedir de viver. Foi através do DREAM que conheci o esporte, participei da minha primeira competição em Goiânia (GO), fui campeão paralímpico com duas medalhas de ouro e comecei a conquistar coisas que jamais imaginei. O DREAM trouxe mais esperança de viver e de acreditar que somos capazes de vencer”, declarou o ex-paciente.
Sobre as unidades de Reabilitação do HA
Reabilitar a saúde física, mental, intelectual, auditiva e visual, promovendo qualidade de vida e autonomia, são os principais objetivos das unidades de Reabilitação do Hospital de Amor. O sucesso da reabilitação se deve à utilização da tecnologia, mas, principalmente, à expertise, ao amor e ao carinho que os profissionais têm com os pacientes.
O HA conta com três Unidades de Reabilitação: Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO). Em 2024, foram realizados 116.195 atendimentos, somando os atendimentos médicos (neuropediatra, oftalmologista, fisiatra, pediatra, entre outras especialidades) e os atendimentos com a equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista, entre outros).
Com uma proposta de atendimento integrado, o HA também conta com unidades de Oficinas Ortopédicas próprias, em Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO), onde são produzidas órteses e próteses sob medida, garantindo praticidade e agilidade para os pacientes, tudo em um só lugar.
Em 2024, foram confeccionados e dispensados 3.861 dispositivos (órteses e próteses) nas três unidades:
• Barretos (SP): 1.765 dispositivos;
• Araguaína (TO): 1.616 dispositivos;
• Porto Velho (RO): 480 dispositivos.
De 12 de setembro a 12 de outubro, instituições de saúde de todo o país – incluindo o Hospital de Amor – se unem para apoiar mais uma edição de uma campanha muito especial: a “De Olho nos Olhinhos” – que tem o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da detecção precoce do retinoblastoma (fator indispensável para garantir bons resultados no tratamento).
O “Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma”, celebrado em 18 de setembro, ganhou força e uma visibilidade ainda maior após o casal Tiago Leifert e Diana Garbin revelarem (no ano de 2022) que sua filha, Lua (na época com apenas 1 ano e 3 meses), tinha sido diagnosticada com um tipo raro de câncer na retina, o retinoblastoma bilateral, os jornalistas assumiram a missão de alertar outros pais para os perigos da doença, enquanto a filha segue em tratamento.
Neste ano, só no dia 13/9, mais de mil médicos, alunos de medicina, profissionais da saúde e voluntários por todo o Brasil organizaram eventos para conscientizar sobre a importância da saúde ocular na infância e explicar como identificar o retinoblastoma. Foram 53 eventos pelo Brasil que aconteceram em hospitais, parques, praças e shoppings. Os eventos contaram com totens, personagens, explicações sobre a doença, distribuição de cartilhas e brindes para as crianças.
No Hospital de Amor Infantojuvenil e no Centro Especializado em Reabilitação da unidade, mais de 30 crianças, de Barretos (SP) e cidades da região, estiveram na instituição para realizar o ‘teste do olhinho’ e passar por consultas oftalmológicas com os especialistas altamente capacitados do HA.
Foi graças a campanhas como esta, que a Cheyla de Souza, mãe do pequeno Heitor Miguel de Souza Galiano, percebeu, quando ele tinha apenas 3 meses de vida, um reflexo no olho dele após tirar uma foto. Naturais de Cuiabá (MT), ela ficou intrigada com aquilo e o levou a uma consulta com o pediatra. A profissional tranquilizou a mãe, afirmando que aquilo ‘não era nada significativo’. Ele foi crescendo, mas a mancha não desaparecia, ela ficava ainda mais evidente. E sabendo dos sinais específicos de retinoblastoma, ela não parou por aí: continuou sua busca por profissionais que diagnosticassem o que o filho realmente tinha.
A família veio para Barretos em busca de um diagnóstico preciso e de um tratamento de excelência. Aqui, no HA Infantojuvenil, a Cheyla e o Heitor encontraram muito mais do que isso: descobriram um diagnóstico de retinoblastoma bilateral, iniciaram tratamento na instituição e ainda receberam muito, muito, muito amor!
Sobre o retinoblastoma
O retinoblastoma é o câncer ocular mais comum entre crianças de 0 a 5 anos. É um tumor maligno que se desenvolve na retina, a parte interna dos olhos. A doença pode se apresentar em um olho, o chamado retinoblastoma unilateral, ou nos dois olhos, retinoblastoma bilateral. Os sintomas mais comuns do retinoblastoma são a leucocoria, ou “olho de gato”, em que a pupila pode apresentar uma área branca e opaca no contato com o reflexo da luz, sendo visível em fotos tiradas com flash. Tremor nos olhos e alteração na posição dos olhos, como o desvio ocular (estrabismo) também são sinais que costumam aparecer.
Em todos esses casos, a recomendação dos médicos é que a criança seja levada ao oftalmologista para a realização de exames completos. A realização do Teste do Reflexo Vermelho (TRV), conhecido como o teste do olhinho, e as consultas oftalmológicas frequentes na primeira infância podem ajudar no diagnóstico da doença precocemente. O Hospital de Amor oferece tratamento e acompanhamento dos casos de retinoblastoma, de forma integral e 100% gratuita via Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar do grande alcance da campanha em 2024, Tiago e Daiana querem ir mais longe, uma vez que casos avançados seguem aparecendo nos centros de referência.
Esteja sempre “De Olho no Olhinhos”!
Se você é pai, mãe, avó, professora ou convive com crianças, fique atento aos sintomas de alerta para o retinoblastoma. Com a presença de qualquer um dos sinais, é imprescindível levar os pequenos para uma avaliação médica.
Independente da situação, o exame oftalmológico deve ser feito mesmo sem qualquer suspeita de comprometimento visual. Ao nascer: teste do olhinho; entre 6 meses e 1 ano de vida: primeiro exame oftalmológico completo; em torno de 3 anos de idade: segundo exame oftalmológico completo; entre 5 e 6 anos: novo exame oftalmológico; a partir daí: o exame oftalmológico terá a frequência dependendo da saúde visual da criança e o histórico familiar.
Oferecer excelência no tratamento oncológico, com amor, acolhimento e respeito, de forma 100% gratuita, é a principal missão do Hospital de Amor – o que torna a instituição reconhecida internacionalmente. Graças a uma parceria recente com a Fundação Oncidium (organização independente e sem fins lucrativos dedicada a ampliar e democratizar o acesso dos pacientes às terapias com radiofármacos no tratamento do câncer), o departamento de Medicina Nuclear do HA deu mais um grande passo.
De acordo com o médico nuclear do HA, Dr. Wilson Furlan Matos Alves, a medicina nuclear tem um papel fundamental tanto no estadiamento, quanto no seguimento evolutivo de vários tipos de neoplasias, além de conseguir oferecer (em algumas situações) tratamentos que o Sistema Único de Saúde não disponibiliza. É um setor que vem ganhando destaque crescente com o surgimento de novos radiofármacos, cada vez mais específicos para determinados tumores, que têm se mostrado eficientes para aumentar a sobrevida e promover qualidade de vida aos pacientes. “Outro ponto importante da especialidade é que ela também pode ser útil na avaliação de efeitos indesejáveis causados pelos tratamentos oncológicos, auxiliando o oncologista a oferecer um tratamento eficaz e com menor risco de sequelas”, afirmou.
Diante deste cenário, o HA se une a Fundação Oncidium para expandir o acesso a terapias com radiofármacos, possibilitando tratamentos inovadores e com eficácia comprovada para pacientes com câncer. “A parceria irá fortalecer a missão de ambas as instituições de oferecer aos pacientes tratamentos inovadores e eficazes, que infelizmente não estão disponíveis no contexto SUS, como é o caso dos tratamentos em Medicina Nuclear. Além disso, a Fundação Oncidium promove educação e treinamento de profissionais da área, e considerando que o Hospital de Amor é um centro de excelência em educação em saúde, acreditamos que a parceria também fortalece a formação de médicos e da equipe multidisciplinar do setor, que já conta com uma residência médica bem-conceituada em nosso país”, explicou Dr. Wilson.
Segundo o diretor de desenvolvimento da Oncidium, Efrain Perini, o objetivo da Fundação é garantir a introdução de novas terapias com radiofármacos já utilizadas no exterior, e expandir o acesso dos que já estão disponíveis no Brasil, mas ainda possuem alto custo e, portanto, são inacessíveis para muitos pacientes.
Essa colaboração se baseia em quatro pilares:
1) Educação e capacitação: desenvolvimento de iniciativas conjuntas voltadas a pacientes, oncologistas, médicos nucleares e outros profissionais da saúde, promovendo a difusão do conhecimento em teranóstico aplicado ao diagnóstico e tratamento do câncer.
2) Promoção da equidade: compromisso em levar terapias inovadoras com radiofármacos a regiões e populações menos favorecidas.
3) Expansão do acesso: promoção de parcerias estratégicas para ampliar infraestrutura, logística e conscientização sobre os benefícios das terapias com radioligantes.
4) Mobilização de investimentos: esta parceria visa também atrair parceiros públicos e privados, nacionais e internacionais, para financiar programas sustentáveis e de impacto nacional, garantindo a ampliação do acesso às terapias com radiofármacos.
“A união entre a Oncidium e o Hospital de Amor é um marco no Brasil! Juntas, as instituições unem conhecimento científico, tecnologia e compromisso social para transformar a vida de pacientes e famílias que enfrentam o câncer. Esperamos que esta parceria contribua para sensibilizar autoridades públicas sobre a importância da incorporação das terapias com radiofármacos ao SUS. Queremos que o Brasil deixe de depender de doações individuais e passe a oferecer esse tratamento de forma sistemática e sustentável. O futuro que vislumbramos é de mais acesso, mais capacitação profissional, mais investimentos e mais esperança, impactando positivamente milhares de vidas”, declarou Efrain.
Medicina Nuclear e o uso de radiofármacos no tratamento oncológico
O departamento de Medicina Nuclear do Hospital de Amor possui uma excelente estrutura física, com equipamentos modernos, sendo um PET-CT e quatro aparelhos de cintilografia (com um SPECT-CT). Conta com uma equipe altamente qualificada composta por cinco médicos, dois enfermeiros, além de biomédicos, radiofarmacêuticos, físicos, técnicos em enfermagem e em radiologia. Além disso, o setor está credenciado para utilizar os principais radiofármacos, tanto para diagnóstico, quanto para terapia da doença.
“Atualmente, os radiofármacos utilizados para terapia de pacientes oncológicos são indicados para complementar o tratamento cirúrgico (como no caso do iodo-131 para câncer de tireoide) ou para pacientes para os quais não há mais linhas de tratamento disponíveis para sua doença. Essa última indicação é a mais frequente para a maioria dos radiofármacos disponíveis, que trazem para o paciente aumento da sobrevida e melhora na qualidade de vida. Para alguns tumores, como é o caso de tumores neuroendócrinos e o câncer de próstata, novos estudos clínicos tem mostrado que o tratamento com radiofármacos, específicos para cada um desses tumores, pode ser utilizado em estágios mais iniciais da doença com a mesma eficácia que o tratamento padrão estabelecido. Isso mostra o potencial de crescimento do uso dos radiofármacos para terapias na oncologia”, explica o médico nuclear.
Apesar de todos esses benefícios, nem todos os pacientes são candidatos aos tratamentos de Medicina Nuclear. Como os radiofármacos são específicos para cada tipo de neoplasia, antes de indicar o tratamento, o paciente é submetido a um exame de imagem (como uma cintilografia ou um PET scan) para avaliar se o tumor consegue captar o radiofármaco. Se isso acontecer, ou seja, se o tumor captar, o paciente passa a ser um candidato para o tratamento.
“Infelizmente, no contexto do SUS, somente o iodo-131, utilizado para tratamento de câncer de tireoide e para casos de hipertireoidismo, está disponível. Outros radiofármacos, tais como DOTATATE-177Lu, PSMA-177Lu, microesferas marcadas com ítrio-90, mIBG marcado com iodo-131, não são garantidos na saúde pública”, afirma Dr. Wilson.
E é por esse e muito outros motivos que o HA celebra essa parceria tão importante! Para Efrain, a união entre o HA e a Oncidium é um passo fundamental nessa jornada e mostra como a cooperação internacional e o amor podem gerar impacto real e transformador na vida de pacientes com câncer. “As expectativas é de que em breve cada vez mais pacientes sejam beneficiados com o acesso às terapias com radiofármacos no nosso país”, finaliza Dr. Wilson.
Sobre a Fundação Oncidium
A Fundação Oncidium é uma organização sem fins lucrativos dedicada a ampliar o acesso global às terapias radioteranósticas para o cuidado do câncer. Sua missão se concentra em educação,conscientização e defesa do acesso equitativo ao tratamento. Por meio de iniciativas como o RLTConnect, a Fundação constrói um ecossistema que apoia pacientes oncológicos, independentementede barreiras geográficas ou financeiras, oferecendo esperança de uma melhor qualidade de vida.
O câncer de pulmão continua sendo o tipo de câncer mais letal do mundo. Em 2022, foram registrados cerca de 2,48 milhões de novos casos e 1,8 milhão de mortes em todo o mundo, segundo o GLOBOCAN. No Brasil, estima-se que aproximadamente 32 mil pessoas recebam anualmente o diagnóstico da doença, que tem o tabagismo como o principal fator de risco, embora alguns estudos mostrem que até um quarto dos casos têm ocorrido em não fumantes, alertando que sua ocorrência também pode estar associada à poluição do ar e exposição a carcinógenos, que podem provocar mutações no DNA, conforme aponta pesquisa publicada recentemente na Nature.
No Hospital de Amor, uma das instituições de maior referência em oncologia na América Latina, cerca de 500 novos casos chegam por ano, sendo a maioria em estágio avançado. “O câncer de pulmão, na fase inicial, costuma ser silencioso. Por isso, 86% dos pacientes no Brasil recebem o diagnóstico tardiamente, quando a chance de cura já é reduzida”, explica o radiologista do HA, Dr. Rodrigo Sampaio Chiarantano.
Diante desse cenário, a instituição deu um passo importante: o rastreamento ativo de câncer de pulmão em uma população de alto risco, como é o caso de fumantes e ex-fumantes. A iniciativa, que teve início oficialmente em 2019, traz de forma concreta a importância desse trabalho. “Nós já atendemos mais de 1.500 pessoas e conseguimos diagnosticar mais de 30 casos positivos, a maioria ainda em estágio inicial, uma condição que aumenta significativamente as chances de cura e sobrevida desses pacientes”, detalha o radiologista.
O exame utilizado é a tomografia computadorizada de baixa dose, capaz de detectar nódulos pulmonares muito antes de surgirem os primeiros sintomas. Tecnologia que já possui grandes estudos internacionais, como o NLST (National Lung Screening Trial, EUA) e o NELSON (Nederlands-Leuvens Longkanker Screenings Onderzoek, Europa), que comprovam a redução da mortalidade específica por câncer de pulmão em até 24% e reforçam a importância de um rastreamento organizado para a doença.
O público-alvo do programa pioneiro inclui fumantes e ex-fumantes que acumularam muitos anos de tabagismo, mesmo que tenham abandonado o hábito há tempo. Um ponto importante, segundo o Dr. Rodrigo Sampaio Chiarantano, coordenador do projeto, é que não é necessário parar de fumar para participar. “Queremos aproximar essas pessoas do cuidado, sem julgamentos, e detectar o câncer antes que ele apareça. Rastrear já é uma forma de cuidar da saúde”, afirma.
Outro aspecto que diferencia a ação é que o SUS ainda não oferece rastreamento ativo para o câncer de pulmão, ao contrário do que ocorre com o câncer de mama, por exemplo. Isso torna o Hospital de Amor a primeira e uma das únicas instituições brasileira a oferecer, de forma gratuita e estruturada, um programa contínuo de detecção precoce da doença.
A meta agora é ampliar a visibilidade da iniciativa. Além dos números positivos já obtidos, a equipe quer alcançar mais pessoas do grupo de risco que vivem na região de Barretos. Para participar do programa, é preciso ter entre 50 e 80 anos, ser fumante ou ex-fumante, os interessados podem checar a elegibilidade para o rastreamento pelo site https://tcbd.hospitaldeamor.com.br/ e marcar a realização do exame pelo telefone (17) 3321-6600, ramais 7010 e 7080. O atendimento é gratuito e pode ser o primeiro passo para salvar uma vida.
Ciência que cruza fronteiras
O sucesso do programa rendeu ao HA um convite para integrar o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), consórcio global de pesquisa sobre câncer de pulmão. Isso permitirá mapear características genéticas e biomoleculares da população brasileira, ampliando a precisão no diagnóstico e no tratamento.
Paralelamente, o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA mantém, desde 2018, o Grupo Translacional de Oncologia Pulmonar, certificado pelo CNPq. O grupo desenvolve novos painéis moleculares e investiga biomarcadores para auxiliar médicos na escolha do tratamento mais eficaz.
Tecnologia a serviço da vida
Desde 2022, o hospital realiza cirurgias torácicas com auxílio de robôs, oferecendo maior precisão, menos dor no pós-operatório e melhor resultado estético, tudo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa tecnologia é especialmente benéfica para pacientes com câncer de pulmão, que muitas vezes já têm um quadro de saúde fragilizado.
Outra frente inovadora é a radioterapia estereotáxica corporal (SBRT), capaz de atingir o tumor com alta precisão, poupando tecidos saudáveis e oferecendo taxas de controle semelhantes às da cirurgia. Publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas, um estudo do HA comprovou que a SBRT é mais custo-efetiva e proporciona mais anos de vida para determinados pacientes.
Um futuro mais promissor
Seja no rastreamento precoce, na cirurgia robótica, na radioterapia de ponta ou nas pesquisas de alcance internacional, o Hospital de Amor demonstra que é possível aliar tecnologia e humanização para enfrentar o câncer de pulmão. “Nosso foco é salvar vidas e oferecer o melhor cuidado possível, sempre com base em ciência de qualidade”, resume o radiologista.
Fazer uma cirurgia com implante mamário de silicone pode ser um desejo de muitas pessoas ou mesmo necessário, já que ele pode ser utilizado para fins estéticos ou em casos de reconstrução mamária devido à mastectomia. O Brasil se destaca como um dos países que mais realizam cirurgias de mamoplastias de aumento (implante de silicone), com um número elevado de cirurgiões reconhecidos internacionalmente pela qualidade no trabalho.
Neste mês, veio a público o primeiro caso raro de carcinoma espinocelular associado ao implante mamário de silicone no Brasil – tipo de câncer extremamente raro que se junta a pouco mais de 20 ocorrências em todo o mundo. A ocorrência foi documentada em um estudo de pesquisadores brasileiros liderado pelo mastologista do Hospital de Amor e sócio titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Dr. Idam de Oliveira Junior, em Barretos (SP), reforçando a necessidade de atenção, mas sem motivo para alarde, destaca o especialista.
O caso brasileiro foi publicado no renomado periódico científico Annals of Surgical Oncology (ASO) e o estudo se destaca por propor uma nova forma de classificar a doença, buscando padronizar o diagnóstico e o tratamento. “Nosso estudo reuniu todos os casos já publicados no mundo sobre esse tipo raro de câncer ligado ao implante de silicone e acrescentou o primeiro caso brasileiro,” explica o Dr. Idam de Oliveira Junior. “Percebemos que muitas pacientes tiveram um diagnóstico tardio ou passaram por cirurgias que, sem querer, espalharam células do tumor. O que propomos é um novo modelo de classificação que ajuda o médico a avaliar a gravidade da doença e padronizar a cirurgia mais adequada, aumentando as chances de controle.”
Entendendo o caso
O carcinoma de células escamosas associado ao implante mamário de silicone (BIA-SCC) é uma neoplasia rara, com o primeiro caso descrito na literatura médica em 1992. No caso brasileiro, o tumor foi diagnosticado em uma jovem de 38 anos que possuía implantes estéticos de longa data. Ela foi submetida a uma cirurgia para tratar um seroma, que é o acúmulo de líquido ao redor da prótese. A cápsula (tecido que se forma ao redor do implante) apresentava sinais incomuns e a biópsia revelou a malignidade.
O tumor é considerado agressivo e muitas vezes é diagnosticado tardiamente porque seus sintomas, como inchaço, dor ou nódulos podem ser confundidos com complicações comuns das próteses. A principal hipótese para o seu desenvolvimento é a de que a cápsula, com o passar dos anos, sofra um processo de inflamação crônica, que pode levar à formação do tumor. No entanto, os fatores de risco para o desenvolvimento do BIA-SCC ainda são desconhecidos.
Proporção e segurança
Apesar do crescimento no número de explantes (retirada do implante de silicone) no Brasil, muitas vezes por medo infundado, especialistas reforçam que o silicone continua sendo um material seguro para uso estético e reconstrutivo. Milhares de mulheres realizaram cirurgias com implantes de silicone e a ocorrência desse tipo de câncer é extremamente rara.
“Os procedimentos com implantes mamários de silicone são seguros e eficazes, e o caso brasileiro não é motivo para alarde. Trata-se de uma situação muito rara que, por sua raridade, requer atenção dos especialistas para um diagnóstico precoce e tratamento adequado”, reforça o especialista.
O mastologista refirma a importância de que mulheres com implantes, especialmente aqueles de longa data, fiquem atentas a sinais como inchaço repentino, dor ou presença de líquido ao redor da prótese. Sintomas que, mesmo anos após a cirurgia, devem ser investigados por um especialista.
De acordo com o médico do HA, um dos intuitos do estudo é propor um novo modelo de classificação que ajuda o médico a avaliar melhor a gravidade da doença e padronizar a cirurgia mais adequada, aumentando as chances de controle da doença. O trabalho também contou com a participação dos pesquisadores Marina Ignácio Gonzaga, Chrissie Casella Amirati, Natachia Moreira Vilela, Durval Renato Wohnrath e René Aloisio da Costa Vieira.
O Hospital de Amor tem fortalecido sua parceria com instituições de ensino e pesquisa de alto nível de todo o mundo. Recentemente, dois estudantes de mestrado em bioengenharia da Rice University e da Baylor Medical School, ambas de Houston, nos Estados Unidos, participaram de um intercâmbio de nove semanas no Brasil, com o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas de baixo custo para problemas de saúde enfrentados pela população.
A colaboração, que existe há um bom tempo, mas foi reativada com mais impacto em 2024, já resultou em projetos de pesquisa conjuntos. A mais recente iniciativa é patrocinada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA. Durante o período entre 2 de junho e 9 de agosto, em Barretos (SP), os estudantes Luisanny Del Orbe e Malcolm Williams imergiram na rotina do Hospital de Amor, circulando por diversas áreas para identificar os principais desafios.
O principal foco do projeto desenvolvido pela dupla foi criar uma máquina automática e de baixo custo para coloração de lâminas em H&E, voltada para as unidades móveis de saúde bucal do hospital. O objetivo é reduzir o longo tempo de espera entre a biópsia e o diagnóstico final, um problema logístico relevante, especialmente para pacientes em regiões distantes.
Atualmente, o processo de envio de amostras para Barretos (SP) é demorado e com várias dificuldades. A solução proposta pela dupla de estudantes americanos visa eliminar essa etapa, permitindo que a biópsia seja processada diretamente na unidade móvel. O equipamento, que seria operado por um patologista local, enviaria imagens da lâmina, obtidas com um microscópio 3D, diretamente para os especialistas no hospital em Barretos, agilizando drasticamente o diagnóstico. A iniciativa tem o potencial de impactar positivamente a vida dos pacientes, oferecendo mais agilidade e precisão.
Além do projeto de biópsia bucal, Luisanny e Malcolm também contribuíram com sugestões para solucionar desafios nos programas de rastreamento de câncer de pele e mama, e no ‘Projeto Retrate’. De acordo com a pesquisadora do Projeto Retrate, Dra. Raquel Descie, eles contribuíram com uma visão importante para a consolidação de projetos que visam o desenvolvimento de dispositivos mais acessíveis e eficientes voltados para a detecção precoce do câncer de pele do grupo de pesquisa. Ela também destaca como este tipo de intercâmbio é importante para a equipe de Barretos, fortalecendo o estabelecimento de parcerias estratégicas para projetos futuros e proporcionando aos alunos de pós-graduação uma experiência enriquecedora de troca de conhecimento, colaboração e contato direto com pesquisadores internacionais.
Já para o médico, pesquisador e também Diretor Executivo de Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, Dr. Vinicius Vazquez, esta visita significa principalmente um ganho intelectual. A parceria com uma instituição da qualidade da Rice em uma área do conhecimento complementar que é a bioengenharia, é de muita sinergia de ideias e um motor para novos projetos.
A parceria com as instituições de Houston oferece uma nova perspectiva para o enfrentamento dos problemas de saúde. “O intercâmbio de estudantes de bioengenharia de um centro de ensino de alto nível, traz uma visão diferente para o enfrentamento de problemas e desafios dos nossos pacientes. Creio firmemente que muitas soluções originais surgirão em breve,” afirma Dr. Vinicius.
Para os estudantes, a experiência foi transformadora. Luisanny Del Orbe, mestre em bioengenharia pela Rice University, relata: “Esta experiência tem sido uma verdadeira honra. Este é meu primeiro contato com a vida de um engenheiro e tem sido incrível ver como engenharia e a medicina podem ser combinadas de uma forma que beneficia não apenas hospitais como o HA, mas também os pacientes”.
Malcolm Williams, que também está no mestrado de bioengenharia na Rice University, compartilha o sentimento. “Foi minha primeira vez na América do Sul e me diverti muito. Foi uma ótima oportunidade para aplicar todas as habilidades que aprendi durante minha graduação. A experiência não apenas avançou minhas habilidades de carreira, mas também me ensinou muito sobre a cultura brasileira. Foi muito reconfortante trabalhar em um lugar onde eles se importam tanto com a experiência do paciente. As pessoas que conheci em Barretos foram muito gentis e acolhedoras. Elas tornaram esta experiência verdadeiramente transformadora”, disse o jovem norte-americano.
A parceria e o intercâmbio demonstram o compromisso do Hospital de Amor com a inovação e a busca por soluções que possam melhorar a qualidade de vida e o atendimento de seus pacientes, consolidando a instituição como um centro de referência também em pesquisa e desenvolvimento.
“A única coisa que eu perguntei aos médicos foi se o Heitor ia sobreviver, se ele ia ficar comigo. Não teria problema fazer a amputação se ele fosse permanecer nos meus braços”, conta emocionada Fabiana C. Araújo, mãe de Heitor Araújo dos Santos, paciente do Centro Especializado em Reabilitação e do Hospital de Amor Infantojuvenil.
Heitor nasceu com miofibromatose infantil generalizada e, com apenas quatro dias de vida, se preparou para enfrentar uma cirurgia de amputação transfemoral da perna esquerda — remoção cirúrgica de um membro inferior acima do joelho.
Segundo dados do National Cancer Institute, um em cada 150.000 bebês nasce com miofibromatose infantil, um tumor benigno raro que pode crescer na pele, nos músculos, nos ossos e, às vezes, nos órgãos do tórax ou abdômen. “A miofibromatose infantil generalizada é um tumor silencioso que não causa muitos sintomas. A criança pode nascer com alguns tipos de tumores visíveis desde o nascimento ou, conforme o desenvolvimento, podem surgir nódulos subcutâneos ou lesões ósseas que crescem dependendo do tipo da doença”, explica a médica oncologista pediátrica do HA Infantojuvenil, Dra. Nádia Secchieri Rocha.
Diagnóstico
O tumor de Heitor só foi percebido após seu nascimento. Durante o pré-natal, Fabiana realizou todos os exames e ultrassons, mas nenhum indicou a doença. “Poucos casos são diagnosticados intrauterinamente, às vezes pela posição da criança, pelo tamanho ou pela localização do tumor, gerando surpresa no nascimento”, esclarece Dra. Nádia.
“Quando ele nasceu, os médicos já viram que ele tinha vários tumores espalhados pelo corpo. Eu nem pude pegá-lo no colo, só me deixaram dar uma olhadinha no rostinho. Não pude ver o corpo todo”, lembra Fabiana.
Natural de Monte Azul Paulista (SP), Heitor foi inicialmente encaminhado para Bebedouro (SP) e, por se tratar de um caso complexo, transferido para a Santa Casa de Misericórdia de Barretos (SP), onde passou uma noite antes de ser levado ao Hospital de Amor Infantojuvenil.
“Foi um caso bastante desafiador pegar uma criança tão pequena com um tumor tão avançado. Ele chegou com um tumor sangrante na perna. Tentamos salvar a perna, mas sabíamos que as chances eram pequenas. Decidimos pela amputação, e hoje vemos que foi a melhor decisão para a vida do Heitor”, comenta Dra. Nádia.
Tratamento
Por se tratar de um tumor generalizado no subcutâneo, Heitor, além da amputação, precisou passar por sessões de quimioterapia de baixa dose para eliminar os nódulos. “O Heitor realizou 12 meses de quimioterapia semanalmente. Ele foi muito tranquilo durante o tratamento e se desenvolveu bem, com acompanhamento constante da equipe multidisciplinar. A mãe estava muito confiante, e isso fez toda a diferença”, destaca Dra. Nádia.
Hoje, aos seis anos, Heitor continua em acompanhamento no HA Infantojuvenil e realiza sessões de fisioterapia no Centro Especializado em Reabilitação do HA.
Reabilitação
Heitor iniciou fisioterapia aos quatro meses, com a primeira avaliação e o enfaixamento do coto. A fisioterapeuta Deiseane Bonatelli, conhecida como Tia Deise, acompanha o processo de reabilitação desde então. “O Heitor chegou com quatro meses. Nunca tinha me deparado com um caso igual em 21 anos no Hospital de Amor. O coto era muito pequeno, o que dificultava o enfaixamento, mas conseguimos avançar com ele”, explica Tia Deise.
Outro desafio foi a adaptação à prótese. Aos 10 meses, o HA confeccionou a primeira prótese, mas Heitor não se adaptou. “Ele chorava e não aceitava. Decidimos respeitar o tempo dele, e ele conseguiu ter uma vida ativa sem a prótese. Quanto menores, mais difícil a adaptação, pois limita a movimentação. Conforme crescem, entendem que a prótese oferece maior liberdade, como foi o caso do Heitor quando começou a frequentar a escola”, explica Tia Deise.
O sonho dos pais se tornou realidade…
“Era meu sonho ver meu filho andar, acho que é o sonho de toda mãe e pai”, conta emocionada Fabiana, quando o Heitor chegou um dia nos pais e falou que gostaria de andar e colocar uma prótese.
Fabiana acredita que essa vontade surgiu por conta da escola. Ela e o marido sempre incentivaram o Heitor a colocar a prótese, mas a vontade veio mesmo quando ele iniciou na escola. Heitor foi encaminhado para a Oficina Ortopédica do HA Barretos, onde recebeu uma prótese novinha, e a emoção tomou conta dos pais, quando viram o filho com a prótese pela primeira vez.
“A primeira vez que eu vi ele com a prótese foi emocionante. O meu marido começou a chorar e eu comecei a chorar, porque eu estava esperando por aquele dia. Foi um dos dias mais felizes da minha vida”, conta Fabiana. E a conquista do Heitor, assim como de todos os pacientes, é uma conquista para a equipe médica e multidisciplinar, como destaca Dra. Nádia. “Hoje, o sentimento é de gratidão! Eu acompanho diariamente a evolução nas redes sociais da mãe, e vejo o desenvolvimento dele a cada dia, desde pequenininho andando na sua motoquinha com uma perninha só, engatinhando e agora aí com a prótese”, conta a médica.
“É uma realização profissional, como ser humano, de trabalhar com uma criança como o Heitor, extremamente amorosa”, destaca Tia Deise.
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, acreditava o ilustre e respeitado educador brasileiro Paulo Freire. Assim como ele, o Hospital de Amor também acredita que a educação é fundamental para o desenvolvimento de qualquer pessoa, independentemente de estar enfrentado um tratamento duro com o câncer.
Em meio aos desafios da doença, um refrigério de conhecimento e afeto floresce dentro do Hospital de Amor, em Barretos. É na classe hospitalar, localizada no Lar de Amor (alojamento do HA) que a educação se encontra com a humanização, oferecendo a crianças e jovens em tratamento oncológico a oportunidade de sonhar e aprender, longe das quatro paredes de um quarto de hospital. Na liderança desta iniciativa está Leane Carvalho Oliveira, uma educadora dedicada que há 10 anos atua como professora nessa missão tão especial.
Com 54 anos e uma rica formação que inclui graduações em História e Geografia, e pós-graduações em Pedagogia Hospitalar e Psicopedagogia, Leane é a prova viva de que a paixão por ensinar pode mover montanhas. “Atuar como professora na classe hospitalar do HA tem sido uma experiência transformadora”, revela a experiente professora. “Estou feliz e me sinto realizada com um propósito que vai além do simples ato de ensinar”, fala Leane.
A ‘escola do Lar de Amor’, como é carinhosamente chamada, conta com três classes que abrangem desde o Ensino Inicial (1º ao 5º ano) até os anos finais e Ensino Médio (6º ano ao 3º EM). Atualmente, 30 alunos estudam nesse espaço que também é considerado um refúgio para eles, diante de uma rotina de exames e tratamentos, a escola acalenta, já que são intercaladas por aulas dinâmicas e repletas de carinho e diversão.
Leane, ao lado das professoras Zilda Reducino e Tania Serapião, forma uma equipe que se dedica a oferecer um currículo completo, adaptado às necessidades de cada estudante que também é paciente oncológico. A professora Leane ensina todas as disciplinas para os alunos do 6º ano ao Ensino Médio, enquanto Zilda se dedica aos estudantes do 3º ao 5º ano, e Tania, aos pequenos do 1º e 2º ano. “Seguimos o plano de ação do estado, com sala do futuro, Centro de Mídias da Educação de São Paulo (CMSP), apostilas usando aplicativos, robótica e tecnologia”, explica Leane, destacando a modernidade da abordagem. A colaboração de voluntários, como a professora Rosalinda em Matemática, e parceiros como o Instituto Federal, que oferece aulas de Química, Física e Biologia com laboratório, complementa o aprendizado e enriquece a experiência dos alunos.
A grande diferença da classe hospitalar em relação a uma escola convencional é o fato de haver atendimento humanizado e individualizado. “Nossos alunos com suas devidas especificidades recebem atividades adaptadas a cada um”, ressalta Leane. Além do currículo tradicional, os alunos participam de atividades especiais, como aulas de jornalismo com a jornalista Glaucia Chiarelli, onde desenvolvem reportagens para o “jornalzinho HA”, que é um grande sucesso.
A jornada de Leane na classe hospitalar é cheia de histórias que marcam a alma. “Em cada encontro com meus alunos, vivi momentos de intensa alegria, aprendizado e afeto genuíno”, compartilha. Entre tantas lembranças, a história de Éder é a que mais toca seu coração. “Incentivá-lo a estudar, a manter a esperança acesa e a não desistir do sonho de se tornar médico foi uma missão que abracei com amor e dedicação”, recorda Leane. A partida precoce de Éder deixou uma lacuna, mas também a certeza de que a educação, quando feita com amor, tem o poder de inspirar e dar propósito, mesmo diante das maiores dificuldades.
Tia Leane como também é conhecida pelos alunos, se orgulha de ter ajudado no processo de ensino de pacientes indígenas que recebem tratamento no Hospital de Amor. Para ela, a vocação de educadora na classe hospitalar vai muito além do ensino de matérias. É um gesto de amor, esperança e humanidade. É a certeza de que, mesmo em tempos difíceis, o conhecimento pode ser uma ferramenta de transformação e um caminho para a realização de sonhos, por mais distantes que eles pareçam.