Há mais de 20 anos, o Hospital de Amor atua levando a prevenção para homens e mulheres de todo o Brasil, desenvolvendo um trabalho pioneiro, com qualidade e excelência, em suas 11 unidades fixas de prevenção e 18 unidades móveis. Com o objetivo de difundir conhecimentos médicos e técnicos sobre o diagnóstico do câncer de mama em suas fases mais iniciais, o Instituto de Prevenção do HA promoveu o “III Simpósio Internacional de Rastreamento Mamográfico”.
O evento, que aconteceu nos dias 31 de agosto e 1 de setembro, no Centro de Convenções do Barretos Country Hotel, em Barretos (SP), em parceria com o instituto holandês The Dutch Nacional Expert and Training Center for Breast Cancer Screening (LRCB), contou com 300 participantes e 35 palestrantes, entre eles, o renomado radiologista mamário, presidente do LRCB e professor (que também atua no departamento de radiologia da University Medical Center Utrecht), da Holanda, Dr. Ruud Pijnappel; a epidemiologista holandesa, Meirelle Broeders; a instrutora coordenadora dos técnicos de radiologia do programa holandês de rastreamento mamográfico, Cary Van Landsveld-Verhoeven; e a radiologista mamária do Hospital de Mar, da Espanha, Ana Rodrigues Arana.
Durante os dois dias de intensa troca de conhecimentos, duas salas simultâneas foram montadas: uma médica, envolvendo as diversas especialidades relacionadas com o diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama, e uma técnica, onde os técnicos de radiologia puderam ter contato com renomados palestrantes, conceitos internacionais e as mais novas tecnologias disponíveis para o rastreamento mamográfico. Além disso, o curso foi disponibilizado, através de transmissões ao vivo, para mais de 100 pessoas remotamente nas unidades fixas de prevenção do Hospital de Amor.
De acordo com a médica radiologista do Instituto de Prevenção do HA, Dra. Sílvia Sabino, o simpósio foi um sucesso, pois possibilitou o compartilhamento de reflexões sobre o rastreamento mamográfico entre os pesquisadores e profissionais da área, nacionais e internacionais, abordando temas de diferentes aspectos que constituem lesões mamárias diferenciais e tumores precoces, além das lesões precoces diagnosticadas. Para ela, os programas de rastreamento do câncer de mama (doença mais frequente na população feminina) realizados no Brasil são essencialmente de cunho oportunístico, isto é, as mulheres realizam os exames se o desejarem, sem nenhum tipo de controle efetivo sobre a adesão, casos alterados ou seus desdobramentos. “A presença de pessoas que trabalham com um rastreamento organizado, em que absolutamente todos os dados são controlados, traz uma excelente oportunidade de incremento de qualidade ao serviço que prestamos à população e nos faz olhar de maneira mais crítica para o nosso trabalho”, afirmou Dra. Sílvia.
Segundo o presidente da LRCB, as palestras realizadas no evento foram muito proveitosas, pois envolveram os assuntos sobre rastreamento, diagnóstico e tratamento da doença de maneira muito bem estruturada. “Quando nós chegamos no Hospital de Amor pela primeira vez, a instituição ainda estava começando seu programa de rastreamento mamográfico. Agora, é impressionante como ela construiu um sistema tão organizado. Claro, que sempre há o que se aprimorar, mas é nítido que essa equipe sempre procura dar passos para alcançar a excelência e, com nossas orientações, eles têm conseguido ótimos resultados”, relatou.
Resultados positivos
Após promover um evento tão grandioso como este, é possível reconhecer que o Hospital de Amor, especialmente o Instituto de Prevenção da entidade, está intensamente alinhado com diretrizes internacionais da mais alta qualidade. “É gratificante perceber que estamos no caminho certo, mas, o caminho para a perfeição é longo e árduo. Somente com educação continuada e conscientização dos gestores de serviços médicos é que poderemos alcançar nosso objetivo: diagnóstico precoce do câncer de mama na tentativa de redução da morbidade dos tratamentos, devolvendo a mulher o quanto antes à sua vida habitual e, finalmente, redução da mortalidade das mulheres brasileiras”, contou Dr. Silvia Sabino.
O Dr. Ruud Pijnappel também reconheceu o crescimento da instituição na área da prevenção. “O trabalho realizado aqui é diferente do que fazemos na Holanda, mas isso não é um problema, afinal, são contextos e realidades diferentes, mas a qualidade da realização dos exames, a preocupação em treinar e qualificar cada profissional envolvido no processo e essa essência que norteia o projeto são exatamente as mesmas”, finalizou.
“Com o III Simpósio Internacional de Rastreamento Mamográfico, ganhamos notoriedade e consolidamos, cada vez mais, nosso papel de formadores de opinião e estimuladores da busca constante pela qualidade (em todas as áreas). Esta é a nossa marca, este é o legado que estamos deixando para todos que se aproximam do Hospital de Amor”, declarou a médica radiologista.
Auditoria Internacional do Programa de Rastreamento do Câncer de Mama
A segunda fase desse projeto foi a submissão do serviço de prevenção do Hospital de Amor à 3ª edição da ‘Auditoria Internacional do Programa de Rastreamento do Câncer de Mama’. Desta forma, os participantes do simpósio também aproveitaram para prestigiar esse outro momento, realizado na primeira semana do mês de setembro.
Este segundo processo conta com avaliação dos mamógrafos digitais da instituição, qualidade de imagem e treinamento dos técnicos de radiologia, performance dos médicos radiologistas e controle dos dados e resultados do Programa de Rastreamento – que culminou com a conquista da Certificação Internacional (única fora da Europa) por mais dois anos. “A certificação é o coroamento de um árduo e contínuo trabalho, de uma grande equipe multiprofissional. Gostaria de expressar os meus parabéns a todos que participaram, de alguma forma, destes momentos”, finalizou Dra. Sílvia.
Os milhares de pacientes que realizam tratamento no Hospital de Amor Barretos agora contam com uma nova alternativa de medicação para os tratamentos de cânceres de pulmão e melanoma (tipo mais grave de câncer de pele) em estágios avançados. Graças à parceria firmada com a farmacêutica MSD, a instituição poderá oferecer aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) o tratamento com a terapia anti-PD-1, conhecida como pembrolizumabe (Keytruda). O Hospital de Amor é a primeira entidade de saúde pública no Brasil a oferecer a imunoterapia.
A assinatura do termo aconteceu na última segunda-feira, dia 3 de setembro, reunindo médicos, o presidente do Hospital, Henrique Prata, e o diretor-geral do Centro Oncológico “Antônio Ermírio de Moraes” – Beneficência Portuguesa, de São Paulo, e membro do comitê de direção do Centro Oncológico do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Antônio Buzaid.
De acordo com Buzaid, o tratamento imunoterápico é uma nova alternativa para a quimioterapia, além de possuir efeitos colaterais menores. “Quando aplicamos o Anti-PD-1, estimulamos uma sobrevida no paciente. Por isso, é tão importante investir em pesquisas clínicas para aumentar a receita da instituição e melhorar o tratamento básico. Para nós, o Hospital de Amor é um motivo de muito orgulho”, afirmou.
Para a diretora médica de oncologia da MSD Brasil, Dra. Márcia Datz Abadi, “o pembrolizumabe representa um avanço importante no tratamento do câncer e é um orgulho poder oferecer essa inovação aos pacientes do SUS. Nos sentimos honrados pela parceria e pioneirismo do Hospital de Amor”.
Após essa conquista, o HA poderá facilitar o acesso ao medicamento, acelerar o tratamento e as chances de cura e sobrevida dos pacientes. A estimativa é de que em duas semanas essa alternativa já esteja sendo aplicada na instituição. Segundo Henrique Prata, a assinatura do convênio representa um marco histórico nos mais de 50 anos de trajetória do Hospital e também para a oncologia brasileira. “Todas as pessoas têm direito de ter um tratamento digno. Portanto, temos muito o que comemorar com essa conquista”, declarou.
Câncer de Pulmão
O câncer de pulmão é considerado o mais comum e letal entre todos os tumores malignos. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para este ano é de que 30 mil novos casos sejam diagnosticados no Brasil, sendo o de células não pequenas o mais comum – correspondente a 85% de todos os casos. Estimativas globais apontam que apenas 1% dos pacientes com câncer de pulmão avançado estão vivos, cinco anos após o diagnóstico.
Em junho, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a aprovar, baseado em um estudo de fase 3, o uso combinado de pembrolizumabe e quimioterapia para tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPNPC) em estágio avançado ou metastático. De acordo com o estudo KEYNOTE-189, publicado no New England Journal of Medicine, o uso de pembrolizumabe associado à quimioterapia (pemetrexede e cisplatina ou carboplatina), quando utilizado em primeira linha de tratamento, reduz em 51% o risco de morte.
Para o oncologista clínico do HA, Dr. Pedro de Marchi, poder oferecer esse medicamento gratuitamente aos pacientes é um motivo de grande alegria. “Sem dúvida, estamos falando de um marco na história do Brasil. Com essa nova alternativa, a sobrevida é de 8 meses a 3 anos”, ressaltou.
O oncologista explica ainda que o Hospital de Amor recebe cerca de 600 novos pacientes com câncer de pulmão, por ano. Desses, 450 irão precisar de tratamento sistêmico. Entre eles, 360 possuem doença metastática. Desses, 320 não têm mutações. “Isso quer dizer que, desses 320 pacientes, 17% apresenta PD-L1 maior que 50% e seriam candidatos a esse tipo de tratamento, o que resultaria em, aproximadamente, 54 pacientes novos por ano”, finalizou Dr. Pedro de Marchi.
Câncer Melanoma
O melanoma é caracterizado pelo crescimento descontrolado de células que compõem a pele. A incidência deste tipo de câncer tem aumentado nas últimas quatro décadas. Só o Brasil registra, anualmente, cerca de 5.500 novos casos da doença e, aproximadamente, 1.547 óbitos, segundo o INCA. Esse tipo de câncer é considerado o mais comum entre jovens adultos, mas também pode ser diagnosticado em crianças, adolescentes e idosos.
De acordo com o estudo Keynote-001, em 655 pacientes com melanoma metastático, 34% de todos eles e 41% dos que não haviam tido qualquer tratamento prévio, permanecem vivos após 5 anos do uso de pembrolizumabe, em uma doença em que a quimioterapia oferecia apenas poucos meses de sobrevida. Já o estudo KEYNOTE-006 mostrou que 42% dos pacientes tratados com pembrolizumabe estavam vivos após quatro anos de diagnóstico.
“É trágico saber que somente pacientes que possuem convênios ou acesso aos atendimentos privados, conseguem ter acesso a esse tipo de tratamento. Agora, pela primeira vez, os pacientes do SUS, atendidos no Hospital de Amor, poderão contar com uma medicação inovadora. É uma luz de esperança para que, em pouco tempo, mais pacientes possam conseguir esta e todas as outras medicações que ainda não estão disponíveis gratuitamente”, declarou o oncologista clínico do HA, Dr. Sérgio Serrano.
O medicamento
O medicamento (pembrolizumabe) já pode ser utilizado no Brasil para o tratamento em primeira linha de melanoma avançado para pacientes com câncer de pulmão avançado, do tipo CPCNP, com expressão elevada ou moderada do biomarcador PD-L1 no tumor (expressão ≥50% ou 1%<49%) e tratamento de câncer urotelial (o mais comum é o câncer de bexiga). Ele também foi aprovado este ano para tratamento de câncer gástrico (o mais comum é o de estômago), após falha de duas terapias prévias.
A imunoterapia anti-PD-1 da MSD está sendo avaliada para mais de 30 tipos de tumores em 790 estudos clínicos. No Brasil, o medicamento está sendo pesquisado em mais de 29 ensaios clínicos, com cerca de 232 instituições envolvidas e mais de 500 pacientes em tratamento.
Apresentando um novo nome e formato, o Hospital de Amor realizou mais um evento de prestação de contas, desta vez, referente ao ano de 2017. O “Amigos pela Vida” aconteceu na última segunda-feira, dia 3 de setembro, e reuniu representantes de empresas parceiras da instituição e de companhias que possuem projetos para futuras colaborações, com o objetivo de fidelizar as entidades e mostrar a transparência no trabalho desenvolvido pelo Hospital.
Realizado no IRCAD América Latina, em Barretos (SP), e diferente dos eventos realizados em anos anteriores, o encontro trouxe uma experiência inesquecível aos participantes! Após as boas-vindas, eles se dividiram em grupos para visitar o Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção do idoso do HA), o Hospital de Amor Infantojuvenil e o Instituto de Ensino e Pesquisa. Durante o almoço, eles puderam conhecer os projetos de captação de recursos, discutir as ações e interagir com os profissionais da instituição.
Na emocionante cerimônia, algumas empresas foram premiadas em quatro categorias relacionadas a várias frentes de atuação.
1º prêmio – categoria “Parceria mais longeva e pioneira”: Evento Degustar;
2º prêmio – categoria “Projeto inovador”: Azul Linhas Aéreas;
3º prêmio – categoria “Projeto de grande impacto”: Marfrig;
4º prêmio – categoria “Consultoria de maior destaque”: Abrace Uma Causa.
Para o diretor de responsabilidade social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata, a intenção de transformar o evento em algo que ultrapassasse os limites do “prestar contas”, é fazer com que os doadores se reconheçam como parte dessa grande obra social, que possuí inúmeros desafios a serem superados todos os dias, e abracem essa causa para ajudar a vencer as dificuldades. “Queríamos que eles olhassem a instituição não apenas como doadores, mas que sentissem na pele que a motivação de todos os profissionais do HA é levar humanização, acolhimento e dignidade ao tratamento dos pacientes”.
De acordo com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, a instituição só consegue manter suas portas abertas, oferecendo o melhor, mais moderno e humanizado atendimento aos milhares de pacientes, graças ao grande apoio empresarial. “Nós, do Hospital de Amor, somos iguais a todos os outros grandes centros, porém, diferente deles, nós não temos recursos (apesar de nos igualarmos na renúncia fiscal). E como nós estamos sobrevivendo? Graças à importante contribuição de empresas que amam fazer o bem, assim como o HA. A nossa transparência é o que os motiva a abraçar essa causa”, afirmou.
Ao final de seu discurso, Prata se mostrou orgulhoso com as parcerias e enalteceu a atitude dos participantes. “Nossa intenção com esse evento é que vocês se sintam orgulhosos de ajudar o Hospital de Amor. Invistam no que puderem, pois nós estaremos fazendo a diferença na vida das pessoas, independentemente de qualquer custo. Agradeço, imensamente, e peço a Deus que continue protegendo vocês!”, finalizou.
Projetos de incentivos fiscais
O envolvimento de pessoas físicas e jurídicas através das renúncias fiscais incentiva diversos projetos do HA. Conheça alguns deles:
– Projeto de Amparo ao Idoso: centenas de milhares de pacientes com mais de 60 anos foram beneficiados com os recursos dessa lei. O Hospital São Judas Tadeu atende os pacientes que são encaminhados do Centro de Intercorrência, Centro Clínico – Cirúrgico e Médico, Radioterapia, Quimioterapia e Ambulatório do próprio Hospital de Amor. É composto por 50 leitos, exclusivos para cuidados paliativos, onde são atendidos 120 pacientes internados por mês.
– Projeto Cuidar: tem o intuito de arcar com o custeio para o tratamento, prevenção e pesquisa do câncer infantojuvenil. Em 2017, foram atendidos 27.610 pacientes pediátricos, vindos de todos os estados do país.
Há também várias outras iniciativas socioculturais apoiadas nesse contexto, que integram cultura, saúde e ciência, visando proporcionar momentos de entretenimento. São elas: Biblioteca Ambulante, Coral Acordes Vocais, Concerto da Esperança, Espetáculo de dança “A Bela e a Fera”, Espetáculo “O Mundo Encantado de Mila”, Arte para a Vida, Projeto Palhaços da Alegria e Bibliotecar.
Parceria de sucesso
Uma das grandes parceiras do Hospital de Amor é a Azul Linhas Aéreas. Há 2 anos contribuindo com a instituição, a empresa leva prevenção a mulheres da diagnosticadas com câncer de mama através do projeto “Conexão Azul Rosa”.
Entre outubro do ano passado e setembro de 2018, a parceria entre a companhia e o hospital tornou menos cansativo o tratamento de 30 mulheres da região de Petrolina, em Pernambuco, e de Juazeiro, na Bahia. Após o sucesso dessa 1ª etapa, a Azul anunciou uma novidade durante o evento “Amigos pela Vida”: o número de pacientes beneficiadas e de cidades atendidas pelo projeto será ampliado, e a empresa também apoiará a capacitação de técnicas em mamografia, transporte de cargas do hospital e eventuais mutirões de cirurgia.
“É com muita alegria e orgulho que a Azul Linhas Aéreas anuncia, em primeira mão, que a fatigante caminhada ao longo do tratamento do câncer de mama se tornará mais leve, menos dolorosa e mais digna para 60 mulheres diagnosticadas com a doença em Nova Andradina (MS), Campo Grande (MS), Juazeiro (BA), Lagarto (SE), Porto Velho (RO), Macapá (AM) e Ji-Paraná (RO) – cidades que contam com unidades fixas de prevenção do HA. São milhares de novos casos de câncer na mama, e a primeira etapa do Conexão Azul Rosa nos mostrou a força e o impacto de nossa atuação social em Juazeiro e Petrolina. Por isso, decidimos dobrar o número de mulheres e ampliar as cidades atendidas pelas unidades fixas dos Hospital, sinalizando que a causa abraçada no Outubro Rosa é trabalhada ao longo de todo o ano aqui na Azul. Cada vez mais temos percebido o poder que a aviação tem, promovendo mais dignidade àquelas que enfrentam esse momento delicado em suas vidas”, ressaltou a gerente de comunicação, cultura e responsabilidade da Azul, Carolina Constantino.
O evento de prestação de contas é realizado anualmente. Se você é doador do Hospital de Amor, empresário ou tem interesse em saber mais sobre a instituição, basta encaminhar um e-mail para escritoriosp@hcancerbarretos.com.br, ou acesse: www.hospitaldeamor.com.br.
De acordo com o DATASUS, o tabagismo é considerado a maior causa isolada evitável de adoecimento e mortes no mundo. Neste “Dia Nacional de Combate ao Fumo”, o Hospital de Amor traz uma entrevista completa abordando esse assunto com a pneumologista da instituição, Dra. Eliana Lourenço.
Qual a importância de considerarmos o “Dia Nacional de Combate ao Fumo” e qual o objetivo dessa data?
R.: Quando criamos uma discussão sobre esse importante assunto, toda mobilização é válida! Desta forma, conseguimos colocar em foco as consequências, malefícios e doenças que o cigarro pode causar. O objetivo principal dessa data é conscientizar a população sobre os danos que o tabaco pode acarretar na vida e na saúde das pessoas, na tentativa de parar esse consumo tóxico o quanto antes.
Quais os malefícios causados pelo cigarro?
R.: Costumo dizer para os pacientes que o cigarro não tem nenhum componente que faz bem à saúde. Desde do seu papel, até a liberação das substâncias tóxicas, tudo traz prejuízo ao organismo. Para se ter uma ideia, quando uma pessoa inala o cigarro, aproximadamente 5 mil componentes são liberados. Desses, temos a certeza de que 800 causam câncer. Além disso, o calor da fumaça chega até a 800º C e, ao entrar no organismo, queima a mucosa, agredindo-a consideravelmente.
Desde que uma pessoa começa a fumar, quanto tempo ela leva para desenvolver uma doença causada pelo tabaco?
R.: Isso pode variar de um indivíduo para o outro, pois existem pessoas que possuem o organismo mais suscetível para desenvolver doenças do que outras. O que observamos na prática é que elas podem demorar de 10 até 20 anos para se manifestar. É importante entendemos que, a partir do momento que em o cigarro entra no organismo, imediatamente ele já começa a causar alterações perceptíveis, tais como: surgimento de rinite (inflamação na mucosa nasal), espirros e tosses. Já as doenças mais estabelecidas levam de 5 a 10 anos para surgir.
Quais são as doenças mais frequentes causadas por esse vício?
R.: As principais doenças ocasionadas pelo cigarro são as que estão diretamente relacionadas com a fumaça: rinite, bronquite, faringite e várias outras na área da garganta. Sem contar as alterações nas pregas vocais, na voz (onde as pessoas vão ficando roucas), aparecimento de nódulos nessa região, etc.
Existe ainda o aumento da incidência de doenças pulmonares, como o câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva crônica e enfisemas; e as doenças venosas (já que o cigarro aumenta a viscosidade do sangue), como insuficiência venosa, arterial, aumento das chances de infarto e acidentes vasculares.
No Hospital de Amor, é possível encontrar muitos pacientes que desenvolveram câncer por conta do cigarro?
R.: Em relação aos pacientes atendidos pela equipe de pneumologia do hospital, nós temos uma estimativa de que aproximadamente 90% deles têm uma doença relacionada ao uso do cigarro, seja no passado ou no presente.
Ao inalarmos um cigarro, o que acontece com nosso organismo?
R.: Geralmente, a fumaça entra e as substâncias tóxicas são absorvidas. O grande problema é que existem vários compostos no tabaco, como por exemplo: o tolueno, benzeno, cádmio, níquel, fósforo, arsênio e várias outras substâncias que estão presentes em outros produtos, como: tintas, solventes, chumbo e tíner, que são altamente tóxicos para nosso organismo. Além disso, os gases e metais que compõem o cigarro, entram no organismo causando lesões, alterações nas células, irritações e inflamações, principalmente no trato respiratório. Apesar de serem consumidas doses pequenas, são doses diárias. Quando a célula é agredida, ela se regenera, mas, chega um ponto em que essa regeneração começa a ser defeituosa. Inicia-se a produção de células alteradas e o câncer é desenvolvido.
O fumante passivo também tem grandes chances de desenvolver doenças causadas pelo cigarro?
R.: O fumante passivo (aquele não-fumante que convive com fumantes em ambientes fechados, ficando assim, expostos aos componentes tóxicos) é tão prejudicado quanto o fumante ativo. Ao inalar essa fumaça, ele pode absorver uma quantidade maior do que o próprio fumante. Em alguns casos, dependendo do contato, o fumante passivo absorve 2/3 da carga que está sendo exalada. Por exemplo: se uma pessoa fumar 20 cigarros dentro de um quarto, o não-fumante que está ali tem uma absorção de 15 cigarros. É assustador!
Por que é tão fácil viciar-se no cigarro?
R.: A razão do cigarro ser tão atraente está numa substância chamada “nicotina”. A partir do momento em que a fumaça do tabaco é inalada, ela demora 7 segundos para chegar ao cérebro, e lá ela é absorvida. A explicação é simples: a nicotina chega e se liga aos receptores do cérebro que estão relacionados ao sentimento de prazer. Essa sensação (deliciosa para os fumantes) possui um grau de tolerância, ou seja, vai chegar um momento em que essa mesma quantidade de cigarro não proporciona o mesmo prazer, e aí é necessário aumentar o volume de tabaco. É onde nasce o vício.
Quantos cigarros são necessários para uma pessoa ficar viciada?
R.: Um único cigarro já é suficiente. Dependente muito da vulnerabilidade da pessoa, pois existem aquelas que tendem a se viciar muito rapidamente e outras que fazem isso em um grau menor. Mas, no geral, basta um cigarro.
É possível parar de fumar?
R.: Com certeza é possível parar de fumar, porém, não é uma tarefa fácil. As pessoas com maior nível de dependência, ou seja, as consideradas viciadas, possuem mais dificuldade, pois o prazer que elas sentem com o ato é maior. Quando tiramos a nicotina da rotina das pessoas, elas desenvolvem sintomas de abstinência – assim como acontece com outras drogas: dores de cabeça, suores, febre, tristeza, nervosismo intenso, depressão, entre outros. A dificuldade em parar está na dificuldade em se ver livre daquele círculo vicioso do prazer da nicotina.
É justamente por esse motivo, que consideramos o cigarro como uma das piores drogas que existem, pois, além da dependência da substância, há também a dependência de hábito (aquele prazer oral de colocar o cigarro na boca) e a dependência psicológica (momento que em a pessoa enxerga-o com um bom companheiro). Esses indivíduos veem o cigarro como um apoio, uma válvula de escape e, em uma situação de estresse, elas recorrem a ele como forma de se acalmar.
Existem tratamentos para acabar com esse vício?
R.: Uma das principais formas de tratamento está relacionada à tentativa de evitar esse prazer. Para isso, utilizamos duas medicações que atuam na tentativa de bloquear a ação da nicotina no cérebro, diminuindo ou até evitando a sensação prazerosa. Ao ingerir esses remédios, a pessoa passa a sentir um amargor ao fumar, ajudando na diminuição do consumo. Além disso, existe também uma terapia de reposição: tenta-se oferecer a nicotina em um período inicial (através de adesivos, gomas e pastilhas), para que o paciente não sinta tanta falta do cigarro, até ele ir se libertando do vício.
É claro que esses tratamentos não dão tanto prazer como o uso do cigarro. Isso significa que, mesmo usando as medicações, o fumante acaba passando por alguns sintomas da abstinência. Um tratamento completo é o medicamentoso e o psicológico. No HA, são realizados encontros em grupos para que o paciente veja que não está vivendo aquela fase difícil sozinho e encontre mais força para combater o vício.
Em quanto tempo o paciente começa a sentir os benefícios de largar o cigarro?
R.: Geralmente, em 24 horas, a pessoa já sente a diferença! Ela passa a respirar melhor; em 3 dias, a frequência e a pressão cardíacas já se normalizam; em 1 mês, a coloração da pele melhora e o paladar volta ao normal, aumentando o apetite. Em alguns casos, como a comida fica muito saborosa, a pessoa come mais ou acaba substituindo a ansiedade (antes depositada no uso do cigarro) para a comida. Dessa forma, é comum que essas pessoas engordem, em média, de 5 a 6 kg.
O ‘narguilé’ é tão perigoso quanto o cigarro?
R.: A maioria dos narguilés possui nicotina em sua essência. Consideramos que cada 1 hora de uso do narguilé equivale ao uso de 100 cigarros. O malefício é tão grande que o usuário pode passar mal, ter uma parada cardíaca, entre outras complicações, principalmente os que são muito jovens. Esse é o primeiro contato com a nicotina, ou seja, o cérebro começa a se familiarizar com aquela sensação de prazer e, em um segundo momento, o indivíduo vai procurar por uma dose maior daquele sentimento, acabando no cigarro. Isso sem contar outras questões que devemos levar em consideração: em um grupo, o usuário do narguilé passa o mesmo bocal para outra pessoa e acaba disseminando outras doenças infecciosas transmitidas pela saliva, como herpes, mononucleose (conhecida como a ‘doença do beijo’) e hepatites.
Como médica pneumologista, qual é o recado que você deixa para os fumantes nesta data de conscientização?
R.: O ideal seria nunca ter entrado nesse vício, mas, independente disso, não se deixe abater. Não diga frases como: “Eu já estou fumando há muitos anos. Não adianta parar agora, pois meu organismo não vai se recuperar”. Sabemos que existem compostos do cigarro que demoram até 30 anos para sair do organismo, porém, trata-se de uma dose acumulativa, ou seja, a partir do primeiro momento em que você inala o cigarro, aquela dose vai se acumulando. Independentemente da idade, o ideal é parar de fumar, pois é importante não acumular essas substâncias tóxicas dentro do seu organismo.
No último dia 17 de agosto, o Hospital de Amor obteve uma grande conquista: a inauguração de sua Oficina Ortopédica. Além de beneficiar os pacientes da instituição, a concretização também representa a realização do sonho do Dr. Daniel Marconi – coordenador do departamento de Radioterapia e do projeto de reabilitação do HA, o Bella Vita.
Com o objetivo de confeccionar e reparar órteses e próteses para pacientes amputados em decorrência do câncer, o Hospital passa a ser o primeiro e único centro oncológico do país a ter um núcleo específico dedicado a esse trabalho. De acordo com dados da entidade, em média, o hospital conta com uma cirurgia de amputação por semana, devido a sequelas ocasionadas pelo câncer, e estima produzir ao menos uma prótese por dia. Além da confecção dos materiais ortopédicos, a fábrica irá otimizar recursos financeiros e tempo.
A produção e o reparo dessas peças serão destinados aos pacientes com déficit de locomoção e com restrições motoras e funcionais, e aos amputados. Outra novidade é que o local está habilitado para iniciar, em breve, a produção e manutenção de acessórios de locomoção como cadeiras de rodas, muletas, andadores, cadeiras para banho, entre outros, o que ampliará ainda mais o número de pacientes beneficiados pelo projeto.
Para o coordenador do departamento de Radioterapia e idealizador do projeto, Dr. Daniel Marconi, o objetivo é que o paciente deixe o hospital não só curado, mas também reabilitado. “Nosso grande diferencial está em facilitar a logística e a funcionalidade de implantação das próteses, uma vez que a oficina ortopédica está inserida no Hospital de Amor, onde os pacientes já estão internados ou circulam com frequência para a realização dos tratamentos”, afirmou.
Projeto Bella Vita
A oficina ortopédica é uma extensão do projeto Bella Vita, que visa reabilitar e ampliar a assistência aos pacientes, amenizando e recuperando-os das sequelas geradas pela doença e seu tratamento. Dentre outras atividades, os pacientes inseridos no projeto Bella Vita participam de sessões de equoterapia, um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar. Além disso, há a disponibilidade da terapia robótica, com a utilização de profissionais especializados e equipamentos de última geração. “Os tratamentos de combate ao câncer resultam, muitas vezes, em sequelas temporárias ou permanentes, e que acabam por limitar a funcionalidade e a qualidade de vida dos pacientes, provocando grandes repercussões físicas e psicossociais. Por meio de um programa de reabilitação interdisciplinar, o Bella Vita proporciona um melhor retorno às atividades cotidianas, independência e reinserção no mercado de trabalho”, comentou o coordenador.
Foram investidos cerca de R$ 8 milhões, originários do PRONAS/PCD (Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência) para o desenvolvimento do Projeto Bella Vita. Já os recursos extras para a construção física da oficina ortopédica vieram da própria instituição. Este núcleo contará com uma equipe formada por um técnico protético com formação pela Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC), dois auxiliares técnicos em órteses e próteses, um fisiatra, um fisioterapeuta e um terapeuta ocupacional.
Sonho realizado
Após nascer com uma deficiência física no pé, Dr. Daniel Marconi se viu obrigado a utilizar uma prótese (o que o motivou a trabalhar com as pessoas carentes que são atendidas no Hospital de Amor). “Eu só soube na faculdade que poderia usar uma meia de silicone, que custa R$ 20,00, e não me causaria problemas com a prótese. Imagine as pessoas que não têm acesso a esse tipo de informação”, declarou.
Segundo ele, o hospital tem um indicador de preservação de membros de 71%, o que significa que os outros pacientes já chegam para tratamento sem perspectiva da cirurgia preservadora. O fornecimento de próteses e órteses por convênios médicos não é obrigatório. Assim, na grande maioria das vezes, o paciente fica desassistido. “Inaugurar a oficina ortopédica é um sonho meu que se realiza. A partir dessa minha realização, eu conseguirei devolver, parcialmente, o sonho dos pacientes de fazer uma faculdade, um esporte e seguir uma vida normal. Estou extremamente feliz!”, finalizou Marconi.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, não só aprovou a iniciativa do médico como o comparou ao seu pai, Dr. Paulo Prata (fundador da instituição). “A minha primeira reação foi contestar o projeto do Dr. Daniel, mas, quando ele mostrou a importância disso para ele e, principalmente para os pacientes do hospital, eu vi um sentimento de coragem e amor nele. Aprovei e apoiei a ideia. Vi que ele “saiu da curva” como médico e senti uma admiração imensa pelo profissional que ele é. Para mim, é muito importante ver que outras pessoas têm a mesma luz que tinha meu pai. Todos nós podemos ser o Dr. Daniel!”, declarou Prata.
Cerimônia
A emocionante cerimônia de inauguração contou com a presença de diretores, equipe médica e colaboradores do Hospital de Amor, parceiros, familiares do médico rádio-oncologista, população barretense e veículos de comunicação. Após a celebração, os participantes conheceram a estrutura da nova unidade (que carinhosamente leva o nome da mãe do médico: Gricia Maria Grossi Marconi) e assistiram a apresentações de dança de pacientes amputados e de capoeira com Edson Dantas (também amputado).
O Hospital de Amor Barretos recebeu uma grande notícia na última semana! A instituição conquistou a primeira colocação no levantamento da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre os centros de saúde que atuam na área de pesquisa na América Latina. O SIR é um recurso internacional de avaliação científica para classificar universidades e instituições (públicas ou privadas), que revela algumas das principais dimensões (pesquisa, inovação e impacto social) do desempenho de pesquisa de instituições dedicadas à área em todo o mundo. O objetivo do ranking é fornecer uma ferramenta métrica útil para as entidades, formuladores de políticas e gerentes de pesquisa para a análise, avaliação e melhoria de suas atividades, produtos e resultados.
Na edição 2018, o SIR classificou 5.637 instituições, sendo 903 do setor de saúde. Na América Latina, 355 centros de todos os setores foram incluídos, dos quais 33 são da saúde. No Brasil, foram listadas 144 instituições de todos os setores, sendo 11 da área em questão. Neste ano, nacionalmente, o Hospital de Amor (HA) ficou em oitavo lugar, considerando todos os setores, e em primeiro no levantamento que diz respeito à saúde. Já na América Latina, está em 13º – considerando todos os setores – e também lidera a colocação na área da saúde.
De acordo com o diretor executivo e científico do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, Dr. Rui Reis, para conquistar esse importante reconhecimento não é necessário realizar inscrições, pois as instituições são selecionadas de acordo com o critério único de ter mais de 100 artigos publicados e incluídos no banco de dados ‘Scopus’. As categorias avaliadas são: “Governo”, “Saúde”, “Ensino Superior”, “Setor Privado”, “Outros” e “Todos”.
Critérios de avaliação
Os indicadores do SIR são divididos em três grupos: “Pesquisa”, “Inovação” e “Impacto Social”, medido pela visibilidade na web, fornecendo estatísticas gerais de publicação científica, entre outros resultados. Para fins de classificação, o cálculo é gerado anualmente, a partir dos resultados obtidos ao longo de um período de cinco anos, finalizando dois anos antes da edição do ranking. Desta forma, a classificação de 2018 foi baseado em resultados do período de 2012-2016.
Mérito
Em 2015, o Hospital de Amor esteve na 10ª posição nacional na área da saúde e, neste ano, saltou para a primeira colocação graças a evolução do profissionalismo, dedicação, trabalho árduo e paixão de todos que nestes anos atuaram no Instituto de Ensino e Pesquisa e em outros departamentos do HA. “O ranking de 2018 é também reflexo da cultura meritocrática instituída no apoio e suporte aos alunos de pós-graduação, docentes, médicos e pesquisadores, na aposta de pesquisa de padrão internacional e, frequentemente, em consórcios mundiais”, afirmou o diretor do IEP.
O Hospital de Amor é instituição irmã de dois dos mais importantes centros oncológicos no mundo, o MD Anderson Cancer Center (Texas – EUA) e o St. Jude (Memphis – EUA), desenvolvendo protocolos clínicos, pesquisas e múltiplas parcerias com outros grandes centros internacionais. “Contribuíram também para este resultado a excelente infraestrutura e organização implementada há aproximadamente 10 anos, com o objetivo de fomentar o Ensino e a Pesquisa, e que está constantemente sendo avaliada e aprimorada. A posição alcançada pelo Hospital de Amor no ranking é um sinal de que a aposta da diretoria da instituição na política de ensino e pesquisa foi ganhadora”, declarou Reis.
Apesar de não serem medições absolutas, os rankings são considerados importantes ‘termômetros’ da situação e evolução das entidades. Sendo assim, representam uma importante avaliação externa e comparativa, evidenciando uma grande evolução e sinalizando que o Hospital está caminhando no sentido correto. Para o gestor, essa evolução se dá em um momento de crise e estagnação no panorama científico nacional. Segundo ele, o HA está melhorando seu posicionamento não apenas nacional, mas também internacionalmente. “Este resultado é, sem dúvida, um sinal para toda a sociedade de que o dinheiro investido no hospital e, particularmente em Ensino e Pesquisa, é um investimento de retorno garantido para o paciente. É também um sinal claro de seriedade e competência do trabalho desenvolvido no departamento, junto do Instituto de Prevenção e da área de assistência, formando uma base de excelência. O Hospital de Amor é, também, o ‘Hospital de Ciência’, finalizou.
De acordo com o presidente do HA, Henrique Prata, este é o último selo que faltava no escopo da instituição. “Através dessa transparência no mundo da ciência, um hospital que é praticamente excluído (por estar localizado no interior e não ter medicina privada) e que vive com a falta de recursos, aparecer nesta colocação em uma pesquisa como essa, é praticamente inacreditável. Essa equipe tem uma única missão: fazer o que é justo, sério e certo. Fazer o que é correto para todos! No Brasil, não há cultura de investimento e doação de dinheiro para pesquisa. O melhor caminho que aconteceu foi apresentar quem somos para o país e para a América Latina, para que todas as pessoas nos ajudem a crescer ainda mais”, destacou Prata.
Instituto de Ensino e Pesquisa do HA
Há 10 anos, o hospital teve a iniciativa de construir um Instituto de Ensino e Pesquisa, cujo objetivo era estimular o ensino pós-graduado (formando mestres e doutores), formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de oferecer as melhores condições para a realização de projetos de pesquisa, sempre voltados para uma questão clínica e de relevância para o paciente oncológico.
Atualmente, o HA possui cerca de 200 projetos em andamento, que estão divididos em quatro grandes áreas e que constituem as linhas de pesquisa da pós-graduação acadêmica (stricto sensu) em oncologia, sendo elas: “cuidados paliativos e qualidade de vida”, “epidemiologia e prevenção do câncer”, “oncologia clínica e cirúrgica” e “oncologia e patologia molecular”. “Uma parte significativa desses projetos é realizada pelos nossos alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Um número relevante desses projetos está sendo realizado em colaboração com outros centros, nacionais e internacionais. Além disso, temos mais de 100 ensaios clínicos em andamento, todos patrocinados pela indústria farmacêutica”, afirmou Reis.
Há mais de 20 anos, o Hospital de Amor atua levando a prevenção para homens e mulheres de todo o Brasil, desenvolvendo um trabalho pioneiro, com qualidade e excelência, em suas 11 unidades fixas de prevenção e 18 unidades móveis. Com o objetivo de difundir conhecimentos médicos e técnicos sobre o diagnóstico do câncer de mama em suas fases mais iniciais, o Instituto de Prevenção do HA promoveu o “III Simpósio Internacional de Rastreamento Mamográfico”.
O evento, que aconteceu nos dias 31 de agosto e 1 de setembro, no Centro de Convenções do Barretos Country Hotel, em Barretos (SP), em parceria com o instituto holandês The Dutch Nacional Expert and Training Center for Breast Cancer Screening (LRCB), contou com 300 participantes e 35 palestrantes, entre eles, o renomado radiologista mamário, presidente do LRCB e professor (que também atua no departamento de radiologia da University Medical Center Utrecht), da Holanda, Dr. Ruud Pijnappel; a epidemiologista holandesa, Meirelle Broeders; a instrutora coordenadora dos técnicos de radiologia do programa holandês de rastreamento mamográfico, Cary Van Landsveld-Verhoeven; e a radiologista mamária do Hospital de Mar, da Espanha, Ana Rodrigues Arana.
Durante os dois dias de intensa troca de conhecimentos, duas salas simultâneas foram montadas: uma médica, envolvendo as diversas especialidades relacionadas com o diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama, e uma técnica, onde os técnicos de radiologia puderam ter contato com renomados palestrantes, conceitos internacionais e as mais novas tecnologias disponíveis para o rastreamento mamográfico. Além disso, o curso foi disponibilizado, através de transmissões ao vivo, para mais de 100 pessoas remotamente nas unidades fixas de prevenção do Hospital de Amor.
De acordo com a médica radiologista do Instituto de Prevenção do HA, Dra. Sílvia Sabino, o simpósio foi um sucesso, pois possibilitou o compartilhamento de reflexões sobre o rastreamento mamográfico entre os pesquisadores e profissionais da área, nacionais e internacionais, abordando temas de diferentes aspectos que constituem lesões mamárias diferenciais e tumores precoces, além das lesões precoces diagnosticadas. Para ela, os programas de rastreamento do câncer de mama (doença mais frequente na população feminina) realizados no Brasil são essencialmente de cunho oportunístico, isto é, as mulheres realizam os exames se o desejarem, sem nenhum tipo de controle efetivo sobre a adesão, casos alterados ou seus desdobramentos. “A presença de pessoas que trabalham com um rastreamento organizado, em que absolutamente todos os dados são controlados, traz uma excelente oportunidade de incremento de qualidade ao serviço que prestamos à população e nos faz olhar de maneira mais crítica para o nosso trabalho”, afirmou Dra. Sílvia.
Segundo o presidente da LRCB, as palestras realizadas no evento foram muito proveitosas, pois envolveram os assuntos sobre rastreamento, diagnóstico e tratamento da doença de maneira muito bem estruturada. “Quando nós chegamos no Hospital de Amor pela primeira vez, a instituição ainda estava começando seu programa de rastreamento mamográfico. Agora, é impressionante como ela construiu um sistema tão organizado. Claro, que sempre há o que se aprimorar, mas é nítido que essa equipe sempre procura dar passos para alcançar a excelência e, com nossas orientações, eles têm conseguido ótimos resultados”, relatou.
Resultados positivos
Após promover um evento tão grandioso como este, é possível reconhecer que o Hospital de Amor, especialmente o Instituto de Prevenção da entidade, está intensamente alinhado com diretrizes internacionais da mais alta qualidade. “É gratificante perceber que estamos no caminho certo, mas, o caminho para a perfeição é longo e árduo. Somente com educação continuada e conscientização dos gestores de serviços médicos é que poderemos alcançar nosso objetivo: diagnóstico precoce do câncer de mama na tentativa de redução da morbidade dos tratamentos, devolvendo a mulher o quanto antes à sua vida habitual e, finalmente, redução da mortalidade das mulheres brasileiras”, contou Dr. Silvia Sabino.
O Dr. Ruud Pijnappel também reconheceu o crescimento da instituição na área da prevenção. “O trabalho realizado aqui é diferente do que fazemos na Holanda, mas isso não é um problema, afinal, são contextos e realidades diferentes, mas a qualidade da realização dos exames, a preocupação em treinar e qualificar cada profissional envolvido no processo e essa essência que norteia o projeto são exatamente as mesmas”, finalizou.
“Com o III Simpósio Internacional de Rastreamento Mamográfico, ganhamos notoriedade e consolidamos, cada vez mais, nosso papel de formadores de opinião e estimuladores da busca constante pela qualidade (em todas as áreas). Esta é a nossa marca, este é o legado que estamos deixando para todos que se aproximam do Hospital de Amor”, declarou a médica radiologista.
Auditoria Internacional do Programa de Rastreamento do Câncer de Mama
A segunda fase desse projeto foi a submissão do serviço de prevenção do Hospital de Amor à 3ª edição da ‘Auditoria Internacional do Programa de Rastreamento do Câncer de Mama’. Desta forma, os participantes do simpósio também aproveitaram para prestigiar esse outro momento, realizado na primeira semana do mês de setembro.
Este segundo processo conta com avaliação dos mamógrafos digitais da instituição, qualidade de imagem e treinamento dos técnicos de radiologia, performance dos médicos radiologistas e controle dos dados e resultados do Programa de Rastreamento – que culminou com a conquista da Certificação Internacional (única fora da Europa) por mais dois anos. “A certificação é o coroamento de um árduo e contínuo trabalho, de uma grande equipe multiprofissional. Gostaria de expressar os meus parabéns a todos que participaram, de alguma forma, destes momentos”, finalizou Dra. Sílvia.
Os milhares de pacientes que realizam tratamento no Hospital de Amor Barretos agora contam com uma nova alternativa de medicação para os tratamentos de cânceres de pulmão e melanoma (tipo mais grave de câncer de pele) em estágios avançados. Graças à parceria firmada com a farmacêutica MSD, a instituição poderá oferecer aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) o tratamento com a terapia anti-PD-1, conhecida como pembrolizumabe (Keytruda). O Hospital de Amor é a primeira entidade de saúde pública no Brasil a oferecer a imunoterapia.
A assinatura do termo aconteceu na última segunda-feira, dia 3 de setembro, reunindo médicos, o presidente do Hospital, Henrique Prata, e o diretor-geral do Centro Oncológico “Antônio Ermírio de Moraes” – Beneficência Portuguesa, de São Paulo, e membro do comitê de direção do Centro Oncológico do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Antônio Buzaid.
De acordo com Buzaid, o tratamento imunoterápico é uma nova alternativa para a quimioterapia, além de possuir efeitos colaterais menores. “Quando aplicamos o Anti-PD-1, estimulamos uma sobrevida no paciente. Por isso, é tão importante investir em pesquisas clínicas para aumentar a receita da instituição e melhorar o tratamento básico. Para nós, o Hospital de Amor é um motivo de muito orgulho”, afirmou.
Para a diretora médica de oncologia da MSD Brasil, Dra. Márcia Datz Abadi, “o pembrolizumabe representa um avanço importante no tratamento do câncer e é um orgulho poder oferecer essa inovação aos pacientes do SUS. Nos sentimos honrados pela parceria e pioneirismo do Hospital de Amor”.
Após essa conquista, o HA poderá facilitar o acesso ao medicamento, acelerar o tratamento e as chances de cura e sobrevida dos pacientes. A estimativa é de que em duas semanas essa alternativa já esteja sendo aplicada na instituição. Segundo Henrique Prata, a assinatura do convênio representa um marco histórico nos mais de 50 anos de trajetória do Hospital e também para a oncologia brasileira. “Todas as pessoas têm direito de ter um tratamento digno. Portanto, temos muito o que comemorar com essa conquista”, declarou.
Câncer de Pulmão
O câncer de pulmão é considerado o mais comum e letal entre todos os tumores malignos. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para este ano é de que 30 mil novos casos sejam diagnosticados no Brasil, sendo o de células não pequenas o mais comum – correspondente a 85% de todos os casos. Estimativas globais apontam que apenas 1% dos pacientes com câncer de pulmão avançado estão vivos, cinco anos após o diagnóstico.
Em junho, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a aprovar, baseado em um estudo de fase 3, o uso combinado de pembrolizumabe e quimioterapia para tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPNPC) em estágio avançado ou metastático. De acordo com o estudo KEYNOTE-189, publicado no New England Journal of Medicine, o uso de pembrolizumabe associado à quimioterapia (pemetrexede e cisplatina ou carboplatina), quando utilizado em primeira linha de tratamento, reduz em 51% o risco de morte.
Para o oncologista clínico do HA, Dr. Pedro de Marchi, poder oferecer esse medicamento gratuitamente aos pacientes é um motivo de grande alegria. “Sem dúvida, estamos falando de um marco na história do Brasil. Com essa nova alternativa, a sobrevida é de 8 meses a 3 anos”, ressaltou.
O oncologista explica ainda que o Hospital de Amor recebe cerca de 600 novos pacientes com câncer de pulmão, por ano. Desses, 450 irão precisar de tratamento sistêmico. Entre eles, 360 possuem doença metastática. Desses, 320 não têm mutações. “Isso quer dizer que, desses 320 pacientes, 17% apresenta PD-L1 maior que 50% e seriam candidatos a esse tipo de tratamento, o que resultaria em, aproximadamente, 54 pacientes novos por ano”, finalizou Dr. Pedro de Marchi.
Câncer Melanoma
O melanoma é caracterizado pelo crescimento descontrolado de células que compõem a pele. A incidência deste tipo de câncer tem aumentado nas últimas quatro décadas. Só o Brasil registra, anualmente, cerca de 5.500 novos casos da doença e, aproximadamente, 1.547 óbitos, segundo o INCA. Esse tipo de câncer é considerado o mais comum entre jovens adultos, mas também pode ser diagnosticado em crianças, adolescentes e idosos.
De acordo com o estudo Keynote-001, em 655 pacientes com melanoma metastático, 34% de todos eles e 41% dos que não haviam tido qualquer tratamento prévio, permanecem vivos após 5 anos do uso de pembrolizumabe, em uma doença em que a quimioterapia oferecia apenas poucos meses de sobrevida. Já o estudo KEYNOTE-006 mostrou que 42% dos pacientes tratados com pembrolizumabe estavam vivos após quatro anos de diagnóstico.
“É trágico saber que somente pacientes que possuem convênios ou acesso aos atendimentos privados, conseguem ter acesso a esse tipo de tratamento. Agora, pela primeira vez, os pacientes do SUS, atendidos no Hospital de Amor, poderão contar com uma medicação inovadora. É uma luz de esperança para que, em pouco tempo, mais pacientes possam conseguir esta e todas as outras medicações que ainda não estão disponíveis gratuitamente”, declarou o oncologista clínico do HA, Dr. Sérgio Serrano.
O medicamento
O medicamento (pembrolizumabe) já pode ser utilizado no Brasil para o tratamento em primeira linha de melanoma avançado para pacientes com câncer de pulmão avançado, do tipo CPCNP, com expressão elevada ou moderada do biomarcador PD-L1 no tumor (expressão ≥50% ou 1%<49%) e tratamento de câncer urotelial (o mais comum é o câncer de bexiga). Ele também foi aprovado este ano para tratamento de câncer gástrico (o mais comum é o de estômago), após falha de duas terapias prévias.
A imunoterapia anti-PD-1 da MSD está sendo avaliada para mais de 30 tipos de tumores em 790 estudos clínicos. No Brasil, o medicamento está sendo pesquisado em mais de 29 ensaios clínicos, com cerca de 232 instituições envolvidas e mais de 500 pacientes em tratamento.
Apresentando um novo nome e formato, o Hospital de Amor realizou mais um evento de prestação de contas, desta vez, referente ao ano de 2017. O “Amigos pela Vida” aconteceu na última segunda-feira, dia 3 de setembro, e reuniu representantes de empresas parceiras da instituição e de companhias que possuem projetos para futuras colaborações, com o objetivo de fidelizar as entidades e mostrar a transparência no trabalho desenvolvido pelo Hospital.
Realizado no IRCAD América Latina, em Barretos (SP), e diferente dos eventos realizados em anos anteriores, o encontro trouxe uma experiência inesquecível aos participantes! Após as boas-vindas, eles se dividiram em grupos para visitar o Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção do idoso do HA), o Hospital de Amor Infantojuvenil e o Instituto de Ensino e Pesquisa. Durante o almoço, eles puderam conhecer os projetos de captação de recursos, discutir as ações e interagir com os profissionais da instituição.
Na emocionante cerimônia, algumas empresas foram premiadas em quatro categorias relacionadas a várias frentes de atuação.
1º prêmio – categoria “Parceria mais longeva e pioneira”: Evento Degustar;
2º prêmio – categoria “Projeto inovador”: Azul Linhas Aéreas;
3º prêmio – categoria “Projeto de grande impacto”: Marfrig;
4º prêmio – categoria “Consultoria de maior destaque”: Abrace Uma Causa.
Para o diretor de responsabilidade social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata, a intenção de transformar o evento em algo que ultrapassasse os limites do “prestar contas”, é fazer com que os doadores se reconheçam como parte dessa grande obra social, que possuí inúmeros desafios a serem superados todos os dias, e abracem essa causa para ajudar a vencer as dificuldades. “Queríamos que eles olhassem a instituição não apenas como doadores, mas que sentissem na pele que a motivação de todos os profissionais do HA é levar humanização, acolhimento e dignidade ao tratamento dos pacientes”.
De acordo com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, a instituição só consegue manter suas portas abertas, oferecendo o melhor, mais moderno e humanizado atendimento aos milhares de pacientes, graças ao grande apoio empresarial. “Nós, do Hospital de Amor, somos iguais a todos os outros grandes centros, porém, diferente deles, nós não temos recursos (apesar de nos igualarmos na renúncia fiscal). E como nós estamos sobrevivendo? Graças à importante contribuição de empresas que amam fazer o bem, assim como o HA. A nossa transparência é o que os motiva a abraçar essa causa”, afirmou.
Ao final de seu discurso, Prata se mostrou orgulhoso com as parcerias e enalteceu a atitude dos participantes. “Nossa intenção com esse evento é que vocês se sintam orgulhosos de ajudar o Hospital de Amor. Invistam no que puderem, pois nós estaremos fazendo a diferença na vida das pessoas, independentemente de qualquer custo. Agradeço, imensamente, e peço a Deus que continue protegendo vocês!”, finalizou.
Projetos de incentivos fiscais
O envolvimento de pessoas físicas e jurídicas através das renúncias fiscais incentiva diversos projetos do HA. Conheça alguns deles:
– Projeto de Amparo ao Idoso: centenas de milhares de pacientes com mais de 60 anos foram beneficiados com os recursos dessa lei. O Hospital São Judas Tadeu atende os pacientes que são encaminhados do Centro de Intercorrência, Centro Clínico – Cirúrgico e Médico, Radioterapia, Quimioterapia e Ambulatório do próprio Hospital de Amor. É composto por 50 leitos, exclusivos para cuidados paliativos, onde são atendidos 120 pacientes internados por mês.
– Projeto Cuidar: tem o intuito de arcar com o custeio para o tratamento, prevenção e pesquisa do câncer infantojuvenil. Em 2017, foram atendidos 27.610 pacientes pediátricos, vindos de todos os estados do país.
Há também várias outras iniciativas socioculturais apoiadas nesse contexto, que integram cultura, saúde e ciência, visando proporcionar momentos de entretenimento. São elas: Biblioteca Ambulante, Coral Acordes Vocais, Concerto da Esperança, Espetáculo de dança “A Bela e a Fera”, Espetáculo “O Mundo Encantado de Mila”, Arte para a Vida, Projeto Palhaços da Alegria e Bibliotecar.
Parceria de sucesso
Uma das grandes parceiras do Hospital de Amor é a Azul Linhas Aéreas. Há 2 anos contribuindo com a instituição, a empresa leva prevenção a mulheres da diagnosticadas com câncer de mama através do projeto “Conexão Azul Rosa”.
Entre outubro do ano passado e setembro de 2018, a parceria entre a companhia e o hospital tornou menos cansativo o tratamento de 30 mulheres da região de Petrolina, em Pernambuco, e de Juazeiro, na Bahia. Após o sucesso dessa 1ª etapa, a Azul anunciou uma novidade durante o evento “Amigos pela Vida”: o número de pacientes beneficiadas e de cidades atendidas pelo projeto será ampliado, e a empresa também apoiará a capacitação de técnicas em mamografia, transporte de cargas do hospital e eventuais mutirões de cirurgia.
“É com muita alegria e orgulho que a Azul Linhas Aéreas anuncia, em primeira mão, que a fatigante caminhada ao longo do tratamento do câncer de mama se tornará mais leve, menos dolorosa e mais digna para 60 mulheres diagnosticadas com a doença em Nova Andradina (MS), Campo Grande (MS), Juazeiro (BA), Lagarto (SE), Porto Velho (RO), Macapá (AM) e Ji-Paraná (RO) – cidades que contam com unidades fixas de prevenção do HA. São milhares de novos casos de câncer na mama, e a primeira etapa do Conexão Azul Rosa nos mostrou a força e o impacto de nossa atuação social em Juazeiro e Petrolina. Por isso, decidimos dobrar o número de mulheres e ampliar as cidades atendidas pelas unidades fixas dos Hospital, sinalizando que a causa abraçada no Outubro Rosa é trabalhada ao longo de todo o ano aqui na Azul. Cada vez mais temos percebido o poder que a aviação tem, promovendo mais dignidade àquelas que enfrentam esse momento delicado em suas vidas”, ressaltou a gerente de comunicação, cultura e responsabilidade da Azul, Carolina Constantino.
O evento de prestação de contas é realizado anualmente. Se você é doador do Hospital de Amor, empresário ou tem interesse em saber mais sobre a instituição, basta encaminhar um e-mail para escritoriosp@hcancerbarretos.com.br, ou acesse: www.hospitaldeamor.com.br.
De acordo com o DATASUS, o tabagismo é considerado a maior causa isolada evitável de adoecimento e mortes no mundo. Neste “Dia Nacional de Combate ao Fumo”, o Hospital de Amor traz uma entrevista completa abordando esse assunto com a pneumologista da instituição, Dra. Eliana Lourenço.
Qual a importância de considerarmos o “Dia Nacional de Combate ao Fumo” e qual o objetivo dessa data?
R.: Quando criamos uma discussão sobre esse importante assunto, toda mobilização é válida! Desta forma, conseguimos colocar em foco as consequências, malefícios e doenças que o cigarro pode causar. O objetivo principal dessa data é conscientizar a população sobre os danos que o tabaco pode acarretar na vida e na saúde das pessoas, na tentativa de parar esse consumo tóxico o quanto antes.
Quais os malefícios causados pelo cigarro?
R.: Costumo dizer para os pacientes que o cigarro não tem nenhum componente que faz bem à saúde. Desde do seu papel, até a liberação das substâncias tóxicas, tudo traz prejuízo ao organismo. Para se ter uma ideia, quando uma pessoa inala o cigarro, aproximadamente 5 mil componentes são liberados. Desses, temos a certeza de que 800 causam câncer. Além disso, o calor da fumaça chega até a 800º C e, ao entrar no organismo, queima a mucosa, agredindo-a consideravelmente.
Desde que uma pessoa começa a fumar, quanto tempo ela leva para desenvolver uma doença causada pelo tabaco?
R.: Isso pode variar de um indivíduo para o outro, pois existem pessoas que possuem o organismo mais suscetível para desenvolver doenças do que outras. O que observamos na prática é que elas podem demorar de 10 até 20 anos para se manifestar. É importante entendemos que, a partir do momento que em o cigarro entra no organismo, imediatamente ele já começa a causar alterações perceptíveis, tais como: surgimento de rinite (inflamação na mucosa nasal), espirros e tosses. Já as doenças mais estabelecidas levam de 5 a 10 anos para surgir.
Quais são as doenças mais frequentes causadas por esse vício?
R.: As principais doenças ocasionadas pelo cigarro são as que estão diretamente relacionadas com a fumaça: rinite, bronquite, faringite e várias outras na área da garganta. Sem contar as alterações nas pregas vocais, na voz (onde as pessoas vão ficando roucas), aparecimento de nódulos nessa região, etc.
Existe ainda o aumento da incidência de doenças pulmonares, como o câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva crônica e enfisemas; e as doenças venosas (já que o cigarro aumenta a viscosidade do sangue), como insuficiência venosa, arterial, aumento das chances de infarto e acidentes vasculares.
No Hospital de Amor, é possível encontrar muitos pacientes que desenvolveram câncer por conta do cigarro?
R.: Em relação aos pacientes atendidos pela equipe de pneumologia do hospital, nós temos uma estimativa de que aproximadamente 90% deles têm uma doença relacionada ao uso do cigarro, seja no passado ou no presente.
Ao inalarmos um cigarro, o que acontece com nosso organismo?
R.: Geralmente, a fumaça entra e as substâncias tóxicas são absorvidas. O grande problema é que existem vários compostos no tabaco, como por exemplo: o tolueno, benzeno, cádmio, níquel, fósforo, arsênio e várias outras substâncias que estão presentes em outros produtos, como: tintas, solventes, chumbo e tíner, que são altamente tóxicos para nosso organismo. Além disso, os gases e metais que compõem o cigarro, entram no organismo causando lesões, alterações nas células, irritações e inflamações, principalmente no trato respiratório. Apesar de serem consumidas doses pequenas, são doses diárias. Quando a célula é agredida, ela se regenera, mas, chega um ponto em que essa regeneração começa a ser defeituosa. Inicia-se a produção de células alteradas e o câncer é desenvolvido.
O fumante passivo também tem grandes chances de desenvolver doenças causadas pelo cigarro?
R.: O fumante passivo (aquele não-fumante que convive com fumantes em ambientes fechados, ficando assim, expostos aos componentes tóxicos) é tão prejudicado quanto o fumante ativo. Ao inalar essa fumaça, ele pode absorver uma quantidade maior do que o próprio fumante. Em alguns casos, dependendo do contato, o fumante passivo absorve 2/3 da carga que está sendo exalada. Por exemplo: se uma pessoa fumar 20 cigarros dentro de um quarto, o não-fumante que está ali tem uma absorção de 15 cigarros. É assustador!
Por que é tão fácil viciar-se no cigarro?
R.: A razão do cigarro ser tão atraente está numa substância chamada “nicotina”. A partir do momento em que a fumaça do tabaco é inalada, ela demora 7 segundos para chegar ao cérebro, e lá ela é absorvida. A explicação é simples: a nicotina chega e se liga aos receptores do cérebro que estão relacionados ao sentimento de prazer. Essa sensação (deliciosa para os fumantes) possui um grau de tolerância, ou seja, vai chegar um momento em que essa mesma quantidade de cigarro não proporciona o mesmo prazer, e aí é necessário aumentar o volume de tabaco. É onde nasce o vício.
Quantos cigarros são necessários para uma pessoa ficar viciada?
R.: Um único cigarro já é suficiente. Dependente muito da vulnerabilidade da pessoa, pois existem aquelas que tendem a se viciar muito rapidamente e outras que fazem isso em um grau menor. Mas, no geral, basta um cigarro.
É possível parar de fumar?
R.: Com certeza é possível parar de fumar, porém, não é uma tarefa fácil. As pessoas com maior nível de dependência, ou seja, as consideradas viciadas, possuem mais dificuldade, pois o prazer que elas sentem com o ato é maior. Quando tiramos a nicotina da rotina das pessoas, elas desenvolvem sintomas de abstinência – assim como acontece com outras drogas: dores de cabeça, suores, febre, tristeza, nervosismo intenso, depressão, entre outros. A dificuldade em parar está na dificuldade em se ver livre daquele círculo vicioso do prazer da nicotina.
É justamente por esse motivo, que consideramos o cigarro como uma das piores drogas que existem, pois, além da dependência da substância, há também a dependência de hábito (aquele prazer oral de colocar o cigarro na boca) e a dependência psicológica (momento que em a pessoa enxerga-o com um bom companheiro). Esses indivíduos veem o cigarro como um apoio, uma válvula de escape e, em uma situação de estresse, elas recorrem a ele como forma de se acalmar.
Existem tratamentos para acabar com esse vício?
R.: Uma das principais formas de tratamento está relacionada à tentativa de evitar esse prazer. Para isso, utilizamos duas medicações que atuam na tentativa de bloquear a ação da nicotina no cérebro, diminuindo ou até evitando a sensação prazerosa. Ao ingerir esses remédios, a pessoa passa a sentir um amargor ao fumar, ajudando na diminuição do consumo. Além disso, existe também uma terapia de reposição: tenta-se oferecer a nicotina em um período inicial (através de adesivos, gomas e pastilhas), para que o paciente não sinta tanta falta do cigarro, até ele ir se libertando do vício.
É claro que esses tratamentos não dão tanto prazer como o uso do cigarro. Isso significa que, mesmo usando as medicações, o fumante acaba passando por alguns sintomas da abstinência. Um tratamento completo é o medicamentoso e o psicológico. No HA, são realizados encontros em grupos para que o paciente veja que não está vivendo aquela fase difícil sozinho e encontre mais força para combater o vício.
Em quanto tempo o paciente começa a sentir os benefícios de largar o cigarro?
R.: Geralmente, em 24 horas, a pessoa já sente a diferença! Ela passa a respirar melhor; em 3 dias, a frequência e a pressão cardíacas já se normalizam; em 1 mês, a coloração da pele melhora e o paladar volta ao normal, aumentando o apetite. Em alguns casos, como a comida fica muito saborosa, a pessoa come mais ou acaba substituindo a ansiedade (antes depositada no uso do cigarro) para a comida. Dessa forma, é comum que essas pessoas engordem, em média, de 5 a 6 kg.
O ‘narguilé’ é tão perigoso quanto o cigarro?
R.: A maioria dos narguilés possui nicotina em sua essência. Consideramos que cada 1 hora de uso do narguilé equivale ao uso de 100 cigarros. O malefício é tão grande que o usuário pode passar mal, ter uma parada cardíaca, entre outras complicações, principalmente os que são muito jovens. Esse é o primeiro contato com a nicotina, ou seja, o cérebro começa a se familiarizar com aquela sensação de prazer e, em um segundo momento, o indivíduo vai procurar por uma dose maior daquele sentimento, acabando no cigarro. Isso sem contar outras questões que devemos levar em consideração: em um grupo, o usuário do narguilé passa o mesmo bocal para outra pessoa e acaba disseminando outras doenças infecciosas transmitidas pela saliva, como herpes, mononucleose (conhecida como a ‘doença do beijo’) e hepatites.
Como médica pneumologista, qual é o recado que você deixa para os fumantes nesta data de conscientização?
R.: O ideal seria nunca ter entrado nesse vício, mas, independente disso, não se deixe abater. Não diga frases como: “Eu já estou fumando há muitos anos. Não adianta parar agora, pois meu organismo não vai se recuperar”. Sabemos que existem compostos do cigarro que demoram até 30 anos para sair do organismo, porém, trata-se de uma dose acumulativa, ou seja, a partir do primeiro momento em que você inala o cigarro, aquela dose vai se acumulando. Independentemente da idade, o ideal é parar de fumar, pois é importante não acumular essas substâncias tóxicas dentro do seu organismo.
No último dia 17 de agosto, o Hospital de Amor obteve uma grande conquista: a inauguração de sua Oficina Ortopédica. Além de beneficiar os pacientes da instituição, a concretização também representa a realização do sonho do Dr. Daniel Marconi – coordenador do departamento de Radioterapia e do projeto de reabilitação do HA, o Bella Vita.
Com o objetivo de confeccionar e reparar órteses e próteses para pacientes amputados em decorrência do câncer, o Hospital passa a ser o primeiro e único centro oncológico do país a ter um núcleo específico dedicado a esse trabalho. De acordo com dados da entidade, em média, o hospital conta com uma cirurgia de amputação por semana, devido a sequelas ocasionadas pelo câncer, e estima produzir ao menos uma prótese por dia. Além da confecção dos materiais ortopédicos, a fábrica irá otimizar recursos financeiros e tempo.
A produção e o reparo dessas peças serão destinados aos pacientes com déficit de locomoção e com restrições motoras e funcionais, e aos amputados. Outra novidade é que o local está habilitado para iniciar, em breve, a produção e manutenção de acessórios de locomoção como cadeiras de rodas, muletas, andadores, cadeiras para banho, entre outros, o que ampliará ainda mais o número de pacientes beneficiados pelo projeto.
Para o coordenador do departamento de Radioterapia e idealizador do projeto, Dr. Daniel Marconi, o objetivo é que o paciente deixe o hospital não só curado, mas também reabilitado. “Nosso grande diferencial está em facilitar a logística e a funcionalidade de implantação das próteses, uma vez que a oficina ortopédica está inserida no Hospital de Amor, onde os pacientes já estão internados ou circulam com frequência para a realização dos tratamentos”, afirmou.
Projeto Bella Vita
A oficina ortopédica é uma extensão do projeto Bella Vita, que visa reabilitar e ampliar a assistência aos pacientes, amenizando e recuperando-os das sequelas geradas pela doença e seu tratamento. Dentre outras atividades, os pacientes inseridos no projeto Bella Vita participam de sessões de equoterapia, um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar. Além disso, há a disponibilidade da terapia robótica, com a utilização de profissionais especializados e equipamentos de última geração. “Os tratamentos de combate ao câncer resultam, muitas vezes, em sequelas temporárias ou permanentes, e que acabam por limitar a funcionalidade e a qualidade de vida dos pacientes, provocando grandes repercussões físicas e psicossociais. Por meio de um programa de reabilitação interdisciplinar, o Bella Vita proporciona um melhor retorno às atividades cotidianas, independência e reinserção no mercado de trabalho”, comentou o coordenador.
Foram investidos cerca de R$ 8 milhões, originários do PRONAS/PCD (Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência) para o desenvolvimento do Projeto Bella Vita. Já os recursos extras para a construção física da oficina ortopédica vieram da própria instituição. Este núcleo contará com uma equipe formada por um técnico protético com formação pela Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC), dois auxiliares técnicos em órteses e próteses, um fisiatra, um fisioterapeuta e um terapeuta ocupacional.
Sonho realizado
Após nascer com uma deficiência física no pé, Dr. Daniel Marconi se viu obrigado a utilizar uma prótese (o que o motivou a trabalhar com as pessoas carentes que são atendidas no Hospital de Amor). “Eu só soube na faculdade que poderia usar uma meia de silicone, que custa R$ 20,00, e não me causaria problemas com a prótese. Imagine as pessoas que não têm acesso a esse tipo de informação”, declarou.
Segundo ele, o hospital tem um indicador de preservação de membros de 71%, o que significa que os outros pacientes já chegam para tratamento sem perspectiva da cirurgia preservadora. O fornecimento de próteses e órteses por convênios médicos não é obrigatório. Assim, na grande maioria das vezes, o paciente fica desassistido. “Inaugurar a oficina ortopédica é um sonho meu que se realiza. A partir dessa minha realização, eu conseguirei devolver, parcialmente, o sonho dos pacientes de fazer uma faculdade, um esporte e seguir uma vida normal. Estou extremamente feliz!”, finalizou Marconi.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, não só aprovou a iniciativa do médico como o comparou ao seu pai, Dr. Paulo Prata (fundador da instituição). “A minha primeira reação foi contestar o projeto do Dr. Daniel, mas, quando ele mostrou a importância disso para ele e, principalmente para os pacientes do hospital, eu vi um sentimento de coragem e amor nele. Aprovei e apoiei a ideia. Vi que ele “saiu da curva” como médico e senti uma admiração imensa pelo profissional que ele é. Para mim, é muito importante ver que outras pessoas têm a mesma luz que tinha meu pai. Todos nós podemos ser o Dr. Daniel!”, declarou Prata.
Cerimônia
A emocionante cerimônia de inauguração contou com a presença de diretores, equipe médica e colaboradores do Hospital de Amor, parceiros, familiares do médico rádio-oncologista, população barretense e veículos de comunicação. Após a celebração, os participantes conheceram a estrutura da nova unidade (que carinhosamente leva o nome da mãe do médico: Gricia Maria Grossi Marconi) e assistiram a apresentações de dança de pacientes amputados e de capoeira com Edson Dantas (também amputado).
O Hospital de Amor Barretos recebeu uma grande notícia na última semana! A instituição conquistou a primeira colocação no levantamento da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre os centros de saúde que atuam na área de pesquisa na América Latina. O SIR é um recurso internacional de avaliação científica para classificar universidades e instituições (públicas ou privadas), que revela algumas das principais dimensões (pesquisa, inovação e impacto social) do desempenho de pesquisa de instituições dedicadas à área em todo o mundo. O objetivo do ranking é fornecer uma ferramenta métrica útil para as entidades, formuladores de políticas e gerentes de pesquisa para a análise, avaliação e melhoria de suas atividades, produtos e resultados.
Na edição 2018, o SIR classificou 5.637 instituições, sendo 903 do setor de saúde. Na América Latina, 355 centros de todos os setores foram incluídos, dos quais 33 são da saúde. No Brasil, foram listadas 144 instituições de todos os setores, sendo 11 da área em questão. Neste ano, nacionalmente, o Hospital de Amor (HA) ficou em oitavo lugar, considerando todos os setores, e em primeiro no levantamento que diz respeito à saúde. Já na América Latina, está em 13º – considerando todos os setores – e também lidera a colocação na área da saúde.
De acordo com o diretor executivo e científico do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, Dr. Rui Reis, para conquistar esse importante reconhecimento não é necessário realizar inscrições, pois as instituições são selecionadas de acordo com o critério único de ter mais de 100 artigos publicados e incluídos no banco de dados ‘Scopus’. As categorias avaliadas são: “Governo”, “Saúde”, “Ensino Superior”, “Setor Privado”, “Outros” e “Todos”.
Critérios de avaliação
Os indicadores do SIR são divididos em três grupos: “Pesquisa”, “Inovação” e “Impacto Social”, medido pela visibilidade na web, fornecendo estatísticas gerais de publicação científica, entre outros resultados. Para fins de classificação, o cálculo é gerado anualmente, a partir dos resultados obtidos ao longo de um período de cinco anos, finalizando dois anos antes da edição do ranking. Desta forma, a classificação de 2018 foi baseado em resultados do período de 2012-2016.
Mérito
Em 2015, o Hospital de Amor esteve na 10ª posição nacional na área da saúde e, neste ano, saltou para a primeira colocação graças a evolução do profissionalismo, dedicação, trabalho árduo e paixão de todos que nestes anos atuaram no Instituto de Ensino e Pesquisa e em outros departamentos do HA. “O ranking de 2018 é também reflexo da cultura meritocrática instituída no apoio e suporte aos alunos de pós-graduação, docentes, médicos e pesquisadores, na aposta de pesquisa de padrão internacional e, frequentemente, em consórcios mundiais”, afirmou o diretor do IEP.
O Hospital de Amor é instituição irmã de dois dos mais importantes centros oncológicos no mundo, o MD Anderson Cancer Center (Texas – EUA) e o St. Jude (Memphis – EUA), desenvolvendo protocolos clínicos, pesquisas e múltiplas parcerias com outros grandes centros internacionais. “Contribuíram também para este resultado a excelente infraestrutura e organização implementada há aproximadamente 10 anos, com o objetivo de fomentar o Ensino e a Pesquisa, e que está constantemente sendo avaliada e aprimorada. A posição alcançada pelo Hospital de Amor no ranking é um sinal de que a aposta da diretoria da instituição na política de ensino e pesquisa foi ganhadora”, declarou Reis.
Apesar de não serem medições absolutas, os rankings são considerados importantes ‘termômetros’ da situação e evolução das entidades. Sendo assim, representam uma importante avaliação externa e comparativa, evidenciando uma grande evolução e sinalizando que o Hospital está caminhando no sentido correto. Para o gestor, essa evolução se dá em um momento de crise e estagnação no panorama científico nacional. Segundo ele, o HA está melhorando seu posicionamento não apenas nacional, mas também internacionalmente. “Este resultado é, sem dúvida, um sinal para toda a sociedade de que o dinheiro investido no hospital e, particularmente em Ensino e Pesquisa, é um investimento de retorno garantido para o paciente. É também um sinal claro de seriedade e competência do trabalho desenvolvido no departamento, junto do Instituto de Prevenção e da área de assistência, formando uma base de excelência. O Hospital de Amor é, também, o ‘Hospital de Ciência’, finalizou.
De acordo com o presidente do HA, Henrique Prata, este é o último selo que faltava no escopo da instituição. “Através dessa transparência no mundo da ciência, um hospital que é praticamente excluído (por estar localizado no interior e não ter medicina privada) e que vive com a falta de recursos, aparecer nesta colocação em uma pesquisa como essa, é praticamente inacreditável. Essa equipe tem uma única missão: fazer o que é justo, sério e certo. Fazer o que é correto para todos! No Brasil, não há cultura de investimento e doação de dinheiro para pesquisa. O melhor caminho que aconteceu foi apresentar quem somos para o país e para a América Latina, para que todas as pessoas nos ajudem a crescer ainda mais”, destacou Prata.
Instituto de Ensino e Pesquisa do HA
Há 10 anos, o hospital teve a iniciativa de construir um Instituto de Ensino e Pesquisa, cujo objetivo era estimular o ensino pós-graduado (formando mestres e doutores), formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de oferecer as melhores condições para a realização de projetos de pesquisa, sempre voltados para uma questão clínica e de relevância para o paciente oncológico.
Atualmente, o HA possui cerca de 200 projetos em andamento, que estão divididos em quatro grandes áreas e que constituem as linhas de pesquisa da pós-graduação acadêmica (stricto sensu) em oncologia, sendo elas: “cuidados paliativos e qualidade de vida”, “epidemiologia e prevenção do câncer”, “oncologia clínica e cirúrgica” e “oncologia e patologia molecular”. “Uma parte significativa desses projetos é realizada pelos nossos alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Um número relevante desses projetos está sendo realizado em colaboração com outros centros, nacionais e internacionais. Além disso, temos mais de 100 ensaios clínicos em andamento, todos patrocinados pela indústria farmacêutica”, afirmou Reis.