“Quando eu tive o diagnóstico foi muito triste, porque eu nunca pensei que teria câncer de mama tão jovem”. Renata Lima (empresária), foi diagnosticada com câncer de mama aos 35 anos, após perceber uma fissura no mamilo direito.
“O sintoma que eu percebi foi que meu mamilo abriu uma ‘rachadurinha’. Eu achava que fosse alergia de algum amaciante de roupas. Eu fui em uma médica, ela falou que poderia ser uma mastite e me passou uma pomada e com o tempo cicatrizou. Após três meses, abriu novamente essa ‘rachadurinha’ e eu procurei uma outra ginecologista, e fazendo o exame físico, ela apalpou minha mama e com muito custo, ela encontrou um nódulo”, comentou.
Renata começou a investigar e foi diagnosticada com câncer de mama, Her2+, que é quando apresenta níveis elevados da proteína (Her2), localizada na membrana das células mamárias, promovendo o crescimento das células cancerosas. Natural de Barretos (SP), Renata iniciou o tratamento no Hospital de Amor há um pouco mais de um ano, e atualmente, além de realizar as consultas de manutenção, faz acompanhamento no departamento de Oncogenética do HA.
Câncer de início precoce
A formação do câncer no organismo de um indivíduo pode estar associada a diferentes fatores. A idade sempre foi um dos principais. Pessoas com mais de 50 anos estão há mais tempo sobre exposições ambientais que podem gerar mutações em suas células e causar o surgimento da doença. Porém, um levantamento publicado em 2023, na revista científica BMJ Oncology, vem preocupando especialistas.
Segundo o estudo, casos globais de câncer em pessoas com menos de 50 anos, aumentaram 79% nos últimos 30 anos. Outro fator preocupante, é o aumento da mortalidade pela doença, cerca de 27%, mais de 1 milhão de pessoas jovens morrendo devido ao câncer no mundo.
A conclusão do estudo foi que casos de cânceres no mundo aumentaram de 1,82 milhões em 1990, para 3,26 milhões em 2019, sendo o tumor de mama de maior incidência, seguido pelos tumores de intestino, próstata e esôfago.
Há aproximadamente três anos, Pedro L. Miguel Esposito (auxiliar de almoxarifado), de 23 anos, é paciente do HA. Pedro foi diagnosticado com câncer de intestino e o primeiro sintoma que ele sentiu foi dor na região do abdômen. “Meus primeiros sintomas foram dor, o intestino já não estava funcionando tão bem e apareceu tipo um abcesso na barriga, perto ao umbigo. Eu passei em um gastroenterologista que me pediu uma colonoscopia, e foi onde que deu o diagnóstico”, explicou Pedro.
Após diagnóstico, Pedro passou por uma cirurgia em sua cidade, São José do Rio Pardo (SP), e após dois meses de cirurgia, foi encaminhado para o HA. “Quando eu descobri o tumor no intestino e que eu tirei, eu não sabia que a situação estava tão delicada. Quando fui encaminhado ao Hospital de Amor, eu vi que eu estava com um carcinoma peritoneal, eu fiquei um pouco apavorado”, comentou Pedro sobre o seu diagnóstico.
Há mais de um ano, Pedro finalizou as quimioterapias, e passou a realizar acompanhamento nas consultas e por meio de exames de imagem.
Fatores responsáveis pelo aumento do câncer de início precoce
Mas como explicar a incidência da doença em pessoas com menos de 50 anos?
Para o médico oncologista clínico do Hospital de Amor, Dr. Gustavo Sanches, esse aumento está associado a diversos fatores. “Atribuo o aumento da incidência de câncer em indivíduos com menos de 50 anos a diversos fatores, pois não há somente uma causa. Mudanças na dieta, estilo de vida e fatores ambientais, desde a virada do século XX, vem resultando no aumento das taxas de obesidade, sedentarismo, dietas ocidentalizadas e poluição do meio ambiente podem ter afetado a incidência de câncer de início precoce. Além disso, álcool e tabaco podem também contribuir”, explicou o médico.
Como prevenir o câncer?
Alimentação saudável, prática de exercícios físicos, evitar bebida alcoólica, não se expor ao sol sem proteção solar e não fumar são algumas práticas que contribuem para a prevenção do câncer. Além disso, algumas medidas clínicas, como a vacina do HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), são ações de prevenção contra o câncer, como explica Dr. Gustavo Sanches.
“Medidas clínicas como a vacinação contra o HPV, hepatite B e realizar o tratamento da hepatite B e C (para os portadores), além da prevenção secundária, que é a tentativa de detectar a doença em um estágio inicial em indivíduos assintomáticos. No Brasil, há diretrizes e recomendações do Ministério da Saúde de rastreamento para alguns tipos de cânceres, como por exemplo: câncer de mama, câncer de intestino e câncer de colo de útero”, destacou o oncologista clínico.
Câncer de mama
O risco de desenvolver câncer de mama, também está associado a idade, sendo maior a partir dos 50 anos, porém os índices aumentaram em mulheres com menos de 50 anos, como publicado na revista científica BMJ Oncology.
No Brasil, não se tem um dado específico sobre a incidência de câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos, o que se tem, são dados gerais da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para o país, até 2025, é de 704 mil casos novos de câncer, sendo o de pele não melanoma o mais incidente, com 220 mil casos novos (31,3%), seguido pelo câncer de mama, com 74 mil (10,5%).
Para o médico mastologista do HA, Dr. Idam de Oliveira Junior, a primeira medida para controle do câncer de mama é a “conscientização da população sobre esse importante e crescente problema de saúde pública, bem como as suas medidas preventivas”. Além disso, o médico mastologista destaca as medidas preventivas como primárias e secundárias.
“A prevenção primária, por meio de hábitos de vida saudáveis, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode reduzir em até 30% as chances de se desenvolver a doença. Como prevenção secundária, o exame de mamografia consiste na melhor metodologia de diagnóstico precoce, capaz de detectar na fase assintomática, de forma a reduzir substancialmente a mortalidade causada pelo diagnóstico tardio. Neste sentido, o Hospital de Amor recomenda que o exame anualmente para mulheres entre 40 e 49 anos, e a cada dois anos para aquelas na faixa etária de 50 a 69 anos de idade”, explicou Dr. Idam.
Além da prevenção, em termos de tratamento, o HA apresentou significativos avanços nos últimos anos. “Nos últimos anos apresentamos significativos avanços tecnológicos nessas áreas, como a diversidade de formas para a reconstrução mamária, a melhoria nos equipamentos de radioterapia que tornaram o tratamento mais efetivo, com menores doses de radiação e menor frequência das aplicações e as novas drogas para o tratamento sistêmico – como a imunoterapia para o câncer de mama triplo negativo, os inibidores de ciclina para o tratamento dos tumores luminais (com receptores de hormônios) e as terapias-alvo para os tumores HER2+”, concluiu o especialista.
O Hospital de Amor é cheio de histórias bonitas de fé, superação e finais felizes! Em seus mais de 60 anos, o HA já transformou, reescreveu e salvou a vida de milhares de pessoas. E dentre inúmeros motivos, este é um dos que justifica tanto amor.
A história do João Borges da Silva Junior, o querido Johny Barreto, tem tudo isso e algo a mais: o sentimento de gratidão! Seu primeiro contato com a instituição se deu em 2002 e surgiu pela admiração. O locutor foi convidado para apresentar uma das edições do Leilão ‘Direito de Viver’ em Palmeira D’Oeste (SP), em prol do HA e, como grande admirador da causa, aceitou. “Aquele evento foi um sucesso, e ele foi só o primeiro. Depois disso, desde 2007, comecei a narrar rodeios por todo Brasil e a apresentar diversos ‘Desafios do Bem’ – ação de arrecadação do HA”.
Atuando como locutor desde 1997, o barretense (que traz no coração o orgulho de possuir no ‘quintal de casa’ um hospital que é referência em oncologia), teve anos depois um envolvimento mais profundo com a instituição: como paciente.
Johny paciente
No final do ano de 2017, uma reviravolta mudou o rumo e os planos de Johny. Após sentir fortes dores abdominais e passar por uma consulta com especialista, o locutor foi encaminhado ao Instituto de Prevenção do HA para fazer exames preventivos. “Fiz o exame e, quando acordei da anestesia, a médica me disse que havia feito uma cirurgia para retirar um pequeno tumor do meu intestino. Dali 30 dias saiu a biópsia e o resultado me assustou”, contou.
Apesar do tumor de Johny não ser considerado invasivo, ele sentiu medo ao se ver do outro lado – agora como paciente. “Senti muito medo, principalmente ao esperar pelo resultado da biopsia, mas sempre tive uma sensação de paz, de que Deus estava comigo. Fiz os procedimentos necessários, acompanhei por alguns anos e, graças a Deus, o tumor sumiu”, explicou.
Johny acompanhante
Seis anos depois, no início de 2023, o caminho de Johny se cruzou novamente com o do Hospital de Amor! Desta vez, ele precisou que a instituição cuidasse do seu pai, João Borges da Silva, de 92 anos. “Meu pai tinha uma ferida bem grande na cabeça. Ele dizia que tinha machucado, porém era uma lesão que não cicatrizava. Após a consulta com o médico, foi feita uma biopsia e, mais uma vez o medo tomou conta de mim, pois ela recebeu o diagnóstico de câncer”.
De acordo com o locutor, a princípio o tumor aparentava ser na pele, mas após realizar vários exames constatou-se que a doença tinha atingido os ossos da cabeça. Também no HA, o senhor João realizou todo o tratamento na instituição e sabe quem foi seu acompanhante? O filho, Johny Barreto.
“O meu carinho e admiração já existiam pelo Hospital, mas durante os dias que meu pai ficou internado e que eu fiquei o tempo todo com ele, pude acompanhar a enfermeira passando de manhã dando os medicamentos; a fonoaudióloga ajudando ele a mastigar; a nutricionista; os médicos que passavam e conversavam todas as manhãs; os fisioterapeutas; o pessoal da limpeza; sem contar a alimentação que era muito boa, tanto para o paciente quanto para mim, que era o acompanhante. Ali eu pude perceber com mais detalhes o quanto é caro manter o Hospital de portas abertas, e o quanto seria difícil para uma pessoa, não só pobre, mas também de classe média, conseguir pagar um tratamento de combate ao câncer. A partir daí, minha vontade de ajudar o HA aumentou e cresceu dentro de mim”, afirmou Johny.
O senhor João finalizou todo o tratamento e segue bem, firme e forte ao lado da família.
Johny voluntário
O desejo virou realidade! Virou ação! Virou locução! Com um dom nato, Johny – que há 27 anos atua profissionalmente em locuções de rodeios e já fazia trabalhos em prol do HA – tornou-se voluntário em um dos eventos mais especiais promovidos pela instituição: o “Rodeio Pela Vida”.
Realizado em Barretos (SP), o evento, que neste ano chegou em sua quarta edição sendo recorde de público e de solidariedade, contou com a voz, narração e talento de Johny durante as competições desde o primeiro ano. “Eu fico muito feliz em dar uma pequena contribuição para o Hospital de Amor e espero participar desses eventos como voluntário por muito tempo”.
E depois de conhecermos e contarmos uma história tão bonita quanto essa, quer saber o que deixa nosso coração mais feliz ainda?
– Johny, depois de ser paciente, filho de paciente e voluntário, o que você tem a dizer sobre o HA?
R.: O Hospital de Amor é uma instituição muito séria, onde todos os funcionários tratam os pacientes e familiares com muito amor e carinho. O profissionalismo é impressionante, os equipamentos são de última geração. Posso dizer que já presenciei tudo ali dentro e, com base nisto, peço que as pessoas façam suas doações! A despesa ali é muito grande, mas o que os pacientes recebem não tem preço. Se hoje você não tem dinheiro para doação, doe uma parte de seu tempo em algum projeto para ajudar, seja voluntário de alguma forma, convide amigos, familiares, pessoas a sua volta, e ajude o Hospital de Amor.
Se o Johny falou, tá falado!
Doe!
Quer ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas? Então, faça a sua doação! Existem diversas formas de contribuir com a instituição, dentre elas, três que são rápidas, fáceis e seguras:
• pela página de doação (ha.com.vc/doar)
• pelo PIX (chave: doar@hospitaldeamor.com.br)
• pela Central de Relacionamento (17 3321-6607)
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Fã de futebol, da Seleção Brasileira e do camisa 9, Richarlison, cujo autógrafo está tatuado na pele! Mateus Afonso Máximo, mineiro de Montes Claros (MG), teve a oportunidade de conhecer um dos seus ídolos do esporte, quando Richarlison visitou o Hospital de Amor, em junho de 2023. Na ocasião, Richarlison fez seu autógrafo no braço de Mateus que, sem pensar duas vezes, foi em um estúdio de tatuagem no mesmo dia, deixando o momento eternizado para sempre na sua memória e na sua pele!
Mateus é paciente do HA, desde 2019, e um dos momentos mais marcantes nesses quase seis anos em Barretos (SP), sem dúvidas foi esse, onde ele pode conhecer de perto um dos seus ídolos. “Essa tatuagem significa muita coisa, eu sempre tive um sonho de ser jogador de futebol, mas infelizmente não deu certo, então essa tatuagem significa muito para mim, significa algo realizado, de poder ter conhecido o Richarlison”, declara Mateus.
Infelizmente, o sonho de ser jogador de futebol foi adiado. Em 2019, com 14 anos, Mateus precisou se mudar para Barretos, para iniciar o tratamento de um osteossarcoma no Hospital de Amor, que foi descoberto após uma lesão do tornozelo esquerdo, durante uma partida de futebol. “Com 14 anos, eu gostava muito de jogar bola, sempre fui ativo, andava de bicicleta e fazia todo tipo de esporte. Aí, um dia eu estava jogando bola e machuquei o pé, o tornozelo esquerdo. A gente não sabia o que era, achava que era um lance de bola mesmo”, conta Mateus.
Mas, com o passar do tempo, o tornozelo continuo com um inchaço. Após retornar de uma viagem à Belo Horizonte, a mãe de Mateus o levou ao médico para ser examinado. “Eu voltei para a minha cidade, fiz um raio x e no exame deu que tinha alguma coisa lá, mas o médico não sabia o que era. Aí, ele encaminhou a gente para um especialista na área para saber. O especialista falou que poderia ser algumas coisas pelo exame de imagem como uma inflamação, alguma coisinha básica ou até mesmo um câncer, um tumor, né? E aí assim, com a fé que a gente tem em Deus, a gente colocou que poderia ser alguma coisa básica”, comentou Mateus.
Mateus foi submetido a uma biópsia e infelizmente o resultado foi positivo para um osteossarcoma na fíbula. Em Montes Claros (MG) não havia especialista para realizar a cirurgia do Mateus, foi onde ele conseguiu encaminhamento para o HA.
Osteossarcoma
O osteossarcoma é um tumor ósseo que acomete, principalmente, ossos longos como fêmur, tíbia e região proximal do úmero (osso do braço). Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o osteossarcoma é a neoplasia óssea mais prevalente na população infantojuvenil, correspondendo de 3% a 5% de todas as neoplasias nesta faixa etária.
O tumor apresenta um pico de maior incidência em adolescentes (entre 10 e 19 anos), como comenta a médica oncologista pediátrica do HA Infantojuvenil, Dra. Erica Boldrini. “Apesar de raro, o osteossarcoma é o tipo de câncer ósseo mais comum, ocorrendo principalmente na adolescência, em jovens entre 10 e 19 anos. Esse tumor atinge principalmente os ossos longos, especialmente na região do joelho, e os sintomas variam de um jovem para o outro, mas geralmente, os primeiros sintomas são dor e inchaço, como no caso do Mateus”, explica a médica.
As formas de tratamento do osteossarcoma incluem a quimioterapia e cirurgia. O objetivo da quimioterapia é diminuir o tamanho do tumor e não deixar evoluir para metástase, e a cirurgia tem como principal função a ressecção.
Em alguns casos, é possível preservar o membro e utilizar uma endoprótese (prótese não convencional, utilizada para substituição de grandes ressecções articulares oncológicas). Em casos mais avançados, é realizado a amputação do membro. “Mateus passou por duas cirurgias, onde a primeira foi realizada a ressecção do osso atingido, a fíbula, sem necessidade de substituição (endoprótese), mas infelizmente, a doenças recidivou e foi necessário fazer a amputação, levando a perda de uma parte do membro inferior esquerdo”, explica Dra. Erica Boldrini.
“Na primeira cirurgia, eu não precisei amputar a perna, só fiz para conservar, aí conservei, curei, passei um ano curado, um ano e meio mais ou menos. Depois o tumor voltou um pouco mais para cima, foi onde eu precisei amputar, isso em 2022”, comenta Mateus.
Reabilitação
Após a cirurgia de amputação, Mateus realizou o tratamento de reabilitação no Centro de Reabilitação do HA. Passou por seções de fisioterapia, preparando o coto para receber a prótese. Mateus conta que no começo da reabilitação foi um processo difícil, mas que conseguiu desenvolver bem. “Assim, no começo é um processo meio difícil, não vou negar que foi difícil. Antes dessa prótese que eu estou hoje, eu peguei outras três, e os encaixes não deram certo. A tíbia estava um pouco grande ainda, e doía demais. Depois de um tempo na reabilitação, consegui colocar a prótese e andar”, explica o paciente.
Em 2023, Mateus pegou a prótese que utiliza hoje, e o sentimento foi de alívio, como ele comenta. “Quando eu peguei a prótese, foi um sentimento de alívio, antes eu não podia ser independente, tinha muita coisa que eu queria fazer e meus pais precisavam me ajudar, não podia sair sozinho, sempre precisava alguém para me acompanhar.
Então quando consegui usar a prótese, foi um momento bom, de alívio, pois eu estava precisando dessa liberdade.”
Mateus teve alta das sessões de fisioterapia e atualmente realiza a reabilitação na academia do HA, para fortalecer, ganhar massa muscular, funcionalidade e equilíbrio, como explica o profissional de educação física do HA, Daniel Gottardo de Souza. “O Mateus chegou aqui para ganhar força, funcionalidade e equilíbrio. Primeiro a gente restabeleceu os parâmetros de força e, combinado a isso, a gente começou a entrar com exercícios de estabilização e equilíbrio com a prótese. Agora nesse bloco de reabilitação, além de trabalhar a força e o equilíbrio, estamos trabalhando a funcionalidade também, para ele ter uma independência com a prótese, para fazer as atividades de vida diária e aumentar a qualidade de vida dele”, destaca Souza.
Oficina Ortopédica
A Oficina Ortopédica é uma extensão do projeto Bella Vita, que visa reabilitar e ampliar a assistência aos pacientes, amenizando e recuperando-os das sequelas geradas pelo câncer e seu tratamento.
O Hospital de Amor conta com três unidades da Oficina Ortopédica: em Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO), e confecciona órteses e prótese para pacientes oncológicos e não oncológicos. Em média, durante o mês, o HA confecciona nas três unidades da Oficina Ortopédica 30 próteses e 90 órteses. “A Oficina Ortopédica é parte integrante do processo de reabilitação e exerce uma função primordial durante todo esse processo. Nas unidades são fabricadas soluções, como órteses e próteses, que auxiliam no dia a dia de cada paciente, fazendo com que a reabilitação seja feita de modo otimizado e personalizado para cada um”, destaca o diretor de reabilitação do HA, Daniel Marconi.
Descobrir que um novo coraçãozinho está batendo dentro de si, promove uma emoção que inunda o peito de toda mãe. Saber que em breve um novo ser irá depender de você para tudo é algo incrível e, até mesmo, assustador. A jornada de ser mãe é algo transformador e libertador para a maioria das mulheres.
Uma mãe sabe que nunca mais estará sozinha, pois ela tem seu filho e seu filho a tem. Raquel Azevedo de Moraes recebeu esta emoção em dobro ao saber que sua gestação era de gêmeos.
Dois! Não era apenas um coraçãozinho, eram dois.
Logo foi decidido que as crianças se chamariam Maria e José, quase como uma singela homenagem ao casal mais conhecido do Cristianismo. O milagre do nascimento já permeava a vida desta família antes mesmo da chegada dos bebês. Mas, esta jornada que já traz tanto brilho se viu diante de um inesperado desafio para a família nordestina, natural de Recife, capital de Pernambuco. É que durante um ultrassom de rotina, a gêmea Maria Oliveira recebeu o diagnóstico intrauterino; ela tinha teratoma sacrococcigiana na região do cóccix. “Com 20 semanas de gestão eu soube sobre este tumor. A confirmação para saber se era um teratoma benigno seria feito após o parto depois cirurgia de ressecção, e em seguida a biópsia seria realizada”, explica Raquel.
Não bastasse a dificuldade de uma criança receber o diagnóstico de um tumor ainda no útero, a gravidez que já é considerada de risco por ser gemelar, tinha que receber mais cuidado, mas, a família acompanhou o crescimento de Maria e José para evitar um mal maior. “Não tinha como fazer nenhum procedimento intraútero por conta da gemelaridade, pois podia atrapalhar o outro bebê. Eles nasceram de 36 semanas, de parto cesariana, no qual Maria nasceu primeiro.
Raquel revela que José nasceu com um pouco de dificuldade respiratória por conta da prematuridade, mas nada grave. Com apenas dois dias de vida, a primogênita realizou a cirurgia de ressecção do tumor para tratar o teratoma sacrococcigiana benigno. O que foi um alívio para a família Moraes que acreditou que o tratamento estava concluído.
Raquel relata que após o procedimento foi necessário realizar acompanhamento durante 3 meses, por meio de exames de imagem e de sangue, e estava tudo bem. No entanto, quando a criança completou seis meses de vida, começou apresentar sinais de irritação e choro. “Pensamos que poderia ser alguma enfermidade relacionada à alergia ou algo gástrico. Foi quando nós começamos a investigação para identificar o que estava ocorrendo. Durante um banho, apalpei a região operada e senti uma massa, um tumor, foi quando fizemos um ultrassom de emergência e detectamos uma recidiva, quando fizemos a ressonância em 2023. Infelizmente, foi detectado um tumor do seio endodérmico – tipo de tumor germinativo, já estava com metástase na coluna, na região T10”, revela a mãe de Maria.
Como o tumor já estava em estágio avançado, ele já tinha crescido a ponto de comprimir a bexiga, e estava atrapalhando Maria fazer xixi e defecar, além das dores que a criança aparentava estar sentindo. “O crescimento estava muito rápido. Os médicos disseram que não era algo comum. Quando soubemos foi um grande baque, pois achávamos que o problema estava solucionado e a tempestade já tinha acabado quando foi feita a ressecção do tumor. Acreditávamos que o pior já tinha passado, foi tudo muito arriscado por ser uma cirurgia em uma recém-nascida. Quando senti este novo tumor, o chão se abriu novamente”, Raquel conta com um pesar na voz.
Quem conhece a pequena Maria rapidamente se encanta com seus lindos olhos, semelhantes a duas doces jabuticabas. Um sorriso fofo que contagia todos a sua volta. Esse bebê tão especial precisava receber tratamento e solucionar seu problema o quanto antes. “Eu não conhecia o Hospital de Amor. Eu nunca tinha ouvido falar sobre a instituição antes. Mas, quando a gente recebe o diagnóstico de um filho, meio que a gente se torna especialista na área, pois a gente passa a buscar tudo sobre a doença”, explica a mãe da garotinha.
A própria equipe médica do Hospital de Recife, achou melhor levar o caso até o diretor geral da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, Dr. Luiz Fernando Lopes, especialista no assunto. “A equipe médica acreditou que a minha filha iria se beneficiar do transplante, foi quando fomos encaminhados para iniciar o tratamento em Barretos (SP).
A luta pela vida
Apenas na unidade infantojuvenil do HA, em Barretos, por ano, em média, 300 crianças são diagnosticadas com câncer infantojuvenil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer infantojuvenil já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Os tipos mais comuns no início da vida são em dois contextos: os intraúteros e os lactentes – quando o câncer se desenvolve em crianças recém-nascidas, sendo a leucemia o tipo mais comum nestes casos.
No caso do câncer intraútero, os tipos mais frequentes são na região da cabeça e pescoço ou região sacral, como o caso da Maria. Segundo Dr. Luiz Fernando Lopes, as células germinativas primordiais na quarta semana da gravidez deve migrar do cérebro até as gônadas, porém, por mecanismos ainda não totalmente identificados, podem parar sua migração e sofrer alteração genética, ocasionando assim células germinativas que ocorrem intraútero, infância ou na adolescência.
Uma nova chance de tratamento
Maria precisou ficar sete meses em Barretos para realizar seu tratamento. Inicialmente, a garotinha precisou realizar o transplante autólogo (aquele qual as células precursoras da medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). Ou seja, as células da medula ou do sangue periférico do próprio paciente são coletadas e congeladas para uso posterior.
“Fiquei admirada e impressionada com o tratamento oferecido pelo Hospital de Amor, e por ser um centro de referência em pesquisa. Além do acolhimento de toda equipe e a estrutura da instituição, fiquei impressionada por ser um serviço público. Eu recomendo o Hospital de Amor”, relata Raquel.
A jornada de Maria é similar à de muitas crianças que precisam deixar as suas casas e viajar milhares de quilômetros em busca do tratamento oncológico. Felizmente, ela teve tempo realizar todos os procedimentos necessários, o que tranquilizou o coração desta destemida mãe. “Ser mãe da Maria é um grande presente e um desafio. Me aproximou de Deus. Pois o paciente oncológico não é só ele. Toda família fica envolvida neste desafio. Além disso, tem seu irmão gêmeo. Embora eu precisei me afastar dos meus outros filhos, agradeço à minha rede de apoio que me ajudou”, Raquel abre seu coração.
Quando questionada se ela tem algum conselho para famílias que acabaram de receber diagnóstico similar, ela não hesita e logo responde: “Tenha fé e se aproxime mais de Deus. O câncer nos mostra que nós não temos como controlar o que acontece em nossas vidas. Por isso, tenha fé, busque uma rede de apoio, acredite nos médicos e em Deus; creia que o melhor será feito. Aprendi que nem sempre o melhor é a cura. O que importa é que nossos filhos estejam livres da dor e sofrimento, seja aqui na terra ou em outro plano. Como profissional de saúde, achamos que a doença nunca vai chegar em nossas vidas. Foi bem difícil e tudo tomou uma proporção muito maior. Mas eu recebi todo acolhimento necessário. O hospital entende que a única coisa que a gente pode garantir para as pessoas aqui na terra é o amor, o resto a gente entrega nas mãos de Deus”.
Após o transplante, Maria precisou receber ao menos 20 transfusões, dentre hemácias e plaquetas. Além do desafio de ficar distante de toda sua família e amigos. Atualmente, a garotinha segue em acompanhamento médico, fora de tratamento, em casa.
São mais de 2.400 km que separam a residência de Maria do local onde ela recebeu uma nova oportunidade, mas o amor que a família deixou em Barretos e a gratidão que eles levaram para Recife não conhece a palavra distância. E como uma boa recifense, essa garotinha cheia de energia está dando um ‘cheiro’ em mãinha e em toda família, todos os dias.
Dhionatan Ferreira Nunes Teixeira, Elaine da Silva Santos e Mário Fontainha, o que eles têm em comum? Todos eles receberam os primeiros aparelhos auditivos dispensados pelas unidades de reabilitação do Hospital de Amor, em Barretos (SP) e Porto Velho (RO)!
As unidades de reabilitação do HA realizaram, no mês de março e abril, as primeiras entregas de aparelhos auditivos para pacientes oncológicos e não oncológicos. Foram dispensados mais de 30 aparelhos auditivos (unilaterais e bilaterais) para as pessoas que já estavam na fila do SUS (Sistema Único de Saúde), aguardando os dispositivos.
Perda auditiva
A perda auditiva nada mais é do que a redução da capacidade de ouvir sons, podendo ser temporária ou permanente. Elas podem ocorrer por diversos fatores, como infecções, idade, lesões, exposição e ruídos. Além disso, também existe a possibilidade de pessoas que realizaram tratamento oncológico perderem a audição, como destacou o médico otorrinolaringologista do HA, Dr. Rafael Baston.
“Esses pacientes tiveram perda de audição (muitas vezes esperada), devido ao tratamento oncológico e, após o sucesso no tratamento, vem a segunda parte: que é a reabilitação. Além dos pacientes oncológicos, nós temos pacientes não oncológicos, como crianças – que possuem alterações congênitas que vem de um histórico familiar; e adultos – que acabam manifestando a perda auditiva um pouco mais tarde por conta de fatores como idade e excesso de exposição ao ruído”, explicou o médico.
Dispensação de aparelhos auditivos
“O que importa é eu estar ouvindo bem”, declarou Elaine da Silva Santos (46), de Barretos (SP), paciente do HA desde 2019 – quando foi diagnosticada com meningioma na cabeça e teve perda de audição. “Em 2019 eu fui diagnosticada com um meningioma na cabeça e iniciei meu tratamento no Hospital de Amor. Precisei passar por cirurgia, onde fiquei 21 dias em coma, e tive algumas sequelas. Fiquei sem andar, precisei fazer traqueostomia, tenho dificuldade na fala, tive perda de audição. Fui encaminhada para o Centro de Reabilitação do HA, em Barretos (SP), onde fiz todo o tratamento para conseguir voltar a ter uma vida normal. Tive alta da reabilitação da parte física e motora, e iniciei um novo processo, dessa vez a auditiva”, comentou a paciente.
No mês de março, Elaine recebeu dois aparelhos auditivos e, durante a entrega, a felicidade e a surpresa em seu rosto eram visíveis, pois quando os dispositivos foram ligados, ela começou a escutar sons que ela já não escutava há muito tempo, como os passos de pessoas andando no corredor do HA.
Dhionatan Ferreira Nunes Teixeira nasceu com hidrocefalia e, com 12 anos, foi diagnosticado com meduloblastoma. Ele iniciou o tratamento oncológico na sua cidade natal, Machadinho do Oeste (RO), e posteriormente, quando o Hospital de Amor Amazônia foi inaugurado, conseguiu transferência. Atualmente com 19 anos, Dhionatan finalizou o tratamento e, a cada seis meses, passa por consultas e realiza exames de acompanhamento.
Além disso, ele também realiza sessões na unidade de reabilitação do HA em Porto Velho (RO), o ‘DREAM Amazônia’. Porém, há dois anos, a família de Dhionatan percebeu que ele não estava ouvindo direito. “Sempre quando a gente conversava, a gente via que ele perguntava muito: ‘O que foi, pai?’ O que foi, mãe? Não estou escutando direito.’ E sempre que ele ia fazer os exames no hospital, a médica ia notando esse problema também. Foi aí que ela pediu o exame e o diagnostico aconteceu: perda de audição”, contou o pai de Dhionatan, Leucimar Nunes Teixeira.
Assim como Elaine, Dhionatan recebeu os aparelhos auditivos! “Eu me sinto muito feliz, a sensação de ouvir novamente é incrível”, comentou.
Em 2007, com oito anos, Mário Fontainha foi diagnosticado com meduloblastoma com hidrocefalia. Ele veio de Ji-Paraná (RO) para realizar o tratamento no HA, em Barretos (SP), e há mais de 15 anos teve alta, realizando o acompanhamento anual. Atualmente, com 25 anos, Mário reside na cidade de Valentim Gentil (SP) e, de uns anos para cá, percebeu uma perda significativa na audição.
Ele também foi encaminhado para o Centro de Reabilitação do HA, em Barretos (SP), onde passou por consultas com a equipe multidisciplinar (com otorrinolaringologista e fonoaudiologia) e realizou diversos exames para se ter um diagnóstico. No resultado foi constatada a perda auditiva, e o tratamento de reabilitação indicado para o Mário foram os aparelhos auditivos.
“Receber os aparelhos está sendo um verdadeiro presente. Com os aparelhos minha vida vai mudar muito, tanto pessoal quanto profissionalmente. Sem o aparelho eu sofria muito, principalmente no meu emprego, pois eu trabalho virado de costas para a equipe e, toda vez que uma pessoa precisa falar comigo, eu não conseguia escutar eles chamarem, era necessário que eles viessem até mim.”
A importância do diagnóstico
Ao dar entrada nas unidades de reabilitação do HA, os pacientes passam por avaliações e uma série de exames. Com o diagnóstico, é possível identificar como a perda vai evoluir com o passar dos anos e qual o tratamento é indicado para o paciente. “Quando eu tenho um diagnóstico, eu sei como essa perda vai evoluir, eu sei quais as dificuldades que o paciente vai ter no processo de reabilitação e, sabendo também o nível da perda de audição, eu consigo entender a dificuldade do paciente no dia a dia. É muito importante eu caracterizar e saber o grau e o porquê o paciente teve aquela perda de audição, para ser tratado de maneira adequada. Nem todo caso é de aparelho auditivo, nós temos casos em que é possível corrigir com cirurgia ou com tratamento clínico. Nós temos um leque de opções a partir de cada perda, mas, na maioria das vezes, o aparelho auditivo é o recurso que irá beneficiar esse paciente”, explicou Dr. Baston.
A perda da audição influencia diretamente na vida de uma pessoa, sendo o primeiro ponto o isolamento social. Indo mais além, a surdez interfere diretamente no desenvolvimento de doenças nos adultos e no atraso de aprendizagem em crianças, como destaca o médico otorrinolaringologista. “A privação sensorial está relacionada, por exemplo, em um adulto, diretamente com o desenvolvimento de doenças da cognição, como Alzheimer e demência, então nós sabemos que realizando a reabilitação desses pacientes, é possível frear ou até barrar esse processo. E falando de crianças, quando elas são submetidas ao tratamento oncológico e tem algum grau de acometimento auditivo, elas precisam ser reabilitadas o quanto antes, de uma maneira eficiente e muito bem-feita, pois isso influencia na escola, no nível de aprendizagem, no desenvolvimento cognitivo e nas relações sociais”, comentou o médico.
Unidades de reabilitação
Acolher com humanização, tratar com dignidade, salvar vidas e reabilitar! Estas são algumas das maiores diretrizes do Hospital de Amor. Em mais de 60 anos de história, a instituição vai muito além do tratamento oncológico: ela reabilita seu paciente, capacita-o após o tratamento para que ele volte para sua rotina com qualidade de vida.
Sempre atuando em direção ao atendimento integral em saúde, o Hospital de Amor conta com três unidades de reabilitação – em Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO) – com foco na recuperação das funções motoras, auditivas, intelectuais e visuais de pacientes oncológicos e não oncológicos.
O Centro Especializado em Reabilitação de Araguaína (TO) realiza, desde novembro de 2022, a reabilitação auditiva de pacientes. A unidade já fez a dispensação de mais de 441 aparelhos auditivos (unilaterais e bilaterais), para 234 pacientes (aproximadamente).
Muito se ouve sobre desnutrição, principalmente sobre desnutrição hospitalar, mas você sabia que de 15% a 40% deste problema tem prevalência no diagnóstico de câncer? Dados da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN) informam que a desnutrição hospitalar está associada diretamente ao aumento significativo de morbidade e mortalidade, com taxas que variam entre 20% e 60% em adultos hospitalizados – condição que piora, progressivamente, em idosos e pacientes críticos durante a hospitalização.
Este estado de deficiência nutricional – que pode afetar todas as funções do corpo humano, incluindo a força muscular, a capacidade de recuperação e a capacidade de resistir a infecções – é um problema de saúde pública que requer atenção. O cenário se torna ainda mais preocupante quando a desnutrição está relacionada a pacientes em tratamento de câncer, devido à uma combinação de fatores associados tanto à doença, quanto ao próprio tratamento.
De acordo com uma pesquisa da ESPEN Fact-Sheet (The European Society for Clinical Nutrition and Metabolism), a incidência de desnutrição aumenta de 40% a 80% durante tratamentos oncológicos. E mais do que isso: alguns tipos específicos de câncer, como pâncreas, pulmão e digestivo, estão associados a um maior risco.
Para você entender melhor o assunto, o médico intensivista do Hospital de Amor, Dr. Luís Henrique Simões Covello, esclareceu as principais dúvidas sobre o tema. Confira a entrevista completa, cuide da sua saúde e da saúde de seus familiares!
1) O que é desnutrição e o que causa este distúrbio no paciente oncológico?
R: A desnutrição é um estado patológico resultante da ingestão insuficiente de calorias, proteínas e outros nutrientes. Este estado de deficiência nutricional pode afetar todas as funções do corpo humano, incluindo a força muscular, a capacidade de recuperação e a capacidade de resistir a infecções. Em pacientes oncológicos, a desnutrição é comum devido a uma combinação de fatores associados tanto à doença, quanto ao seu tratamento.
2) Quando ela é identificada?
R: A desnutrição é normalmente identificada pelo índice de massa corporal (IMC) reduzido. No entanto, é necessária uma avaliação mais ampla envolvendo a história clínica e alimentar dos pacientes, principalmente os oncológicos.
3) É um quadro preocupante? Por quê?
R: A desnutrição é particularmente preocupante em pacientes oncológicos devido a razões relacionadas ao impacto negativo tanto no tratamento, quanto nos resultados de saúde gerais. Ela causa:
– Comprometimento da função imunológica;
– Redução da tolerância ao tratamento;
– Piora na qualidade de vida;
– Atraso na recuperação e cicatrização;
– Aumento da toxicidade do tratamento;
– Impacto na efetividade do tratamento;
– Aumento da mortalidade.
4) Em quais tipos de câncer a incidência de desnutrição é maior?
R: A incidência de desnutrição é particularmente alta em certos tipos de câncer, especialmente aqueles que afetam o trato gastrointestinal ou aqueles que são metabólica e fisicamente mais agressivos, como por exemplo os cânceres de pâncreas, pulmão e cabeça e pescoço.
5) Existe alguma diferença deste distúrbio entre homens e mulheres?
R: Dados mostram que, dos pacientes desnutridos, 60% são homens e 40% são mulheres.
6) Durante o tratamento oncológico, como a desnutrição pode ser evitada?
R: Algumas estratégias podem ser utilizadas para prevenção e cuidado com a desnutrição nos pacientes oncológicos em qualquer fase do seu tratamento. São elas:
7) A família pode contribuir neste caso? Como?
R: O apoio da família é crucial no manejo da desnutrição em pacientes oncológicos, ajudando não só a preservar o estado nutricional do paciente, mas também a melhorar sua qualidade de vida durante um período desafiador. Aqui estão algumas formas como a família pode contribuir efetivamente:
O Hospital de Amor deu mais um importante passo no tratamento de reabilitação de pacientes oncológicos e não oncológicos. O HA colocou na estrada a sua primeira unidade móvel, com foco em reabilitação de pessoas com deficiências físicas, a “Oficina Ortopédica Itinerante Terrestre”. A nova carreta percorrerá 14 municípios do estado de Alagoas, realizando os serviços de ajustes, confecções, e dispensações de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção – OPM.
De maneira geral, a unidade móvel realizará manutenção simples de cadeiras de rodas e de banho, avaliação de equipamentos, moldes gessados e por scanner, além de todo atendimento para prova e ajustes dos equipamentos para os pacientes, que possuem limitações ao acesso a este tipo de serviço.
Com tratamento humanizado e tecnológico, a unidade móvel conta com o auxílio da mais alta tecnologia, para proporcionar maior qualidade de vida para pacientes que necessitam de reabilitação com órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção – OPM.
“As tecnologias que foram adquiridas pelo Hospital de Amor, notadamente o robô francês chamado Victor, que é um robô de sete eixos instalado na cidade de Barretos, permite à unidade móvel, que ela contenha um sistema muito enxuto de equipamentos, basicamente um scanner de alta resolução e um laptop. Desse modo, conseguimos escanear o corpo do paciente, para que as imagens sejam enviadas pela internet para a central de fabricação em Barretos (SP), onde o robô pode imprimir o molde para fabricação do produto final, que depois é enviado para a casa do paciente, através dessa unidade móvel”, ressalta o Dr. Marconi.
A projeção do HA é que sejam dispensadas por mês com a “Oficina Ortopédica Itinerante Terrestre”, aproximadamente, entre 5 e 10 próteses, e dispensados cerca de, 30 órteses e meios auxiliares de locomoção – OPM.
O diretor de Reabilitação do HA ressalta ainda a importância das unidades itinerantes para o sistema de saúde. “A ideia da unidade itinerante, que já é uma modalidade estabelecida aqui no Brasil, onde inclusive existe um recurso federal para isso, é justamente o fato dela poder ir até a casa do paciente ou em uma unidade de saúde mais próxima, e avaliar a necessidade de dispensação de uma órtese, prótese ou de um meio auxiliar de locomoção. Então, o fato dela se aproximar de um paciente que já tem como condição inerente à dificuldade de locomoção é uma benéfica muito grande dentro do nosso sistema de saúde”.
Unidades móveis de prevenção
Atualmente, o Hospital de Amor conta com 56 unidades móveis de prevenção, equipadas com a mais alta tecnologia, que rodam todo o Brasil, encurtando essa distância e proporcionando atendimento de boa qualidade, saúde e bem-estar para os pacientes.
Em 2023, foram realizados mais de 200 mil, entre atendimentos e procedimentos, nas unidades móveis de prevenção do HA como mamografia, Papanicolaou, consultas oncológicas e odontológicas, procedimentos de boca, teste FIT (este de imunoquímica fecal), entre outros.
Reabilitação
Buscando sempre o atendimento integral em saúde, o Hospital de Amor além de promover saúde por meio de atendimento médico hospitalar qualificado em oncologia, de forma humanizada, em âmbito nacional para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), vem buscando cada vez mais integrar os seus atendimentos, principalmente com a reabilitação de seus pacientes oncológicos, e de pacientes não oncológicos.
O HA Barretos conta um Centro de Reabilitação completo, com equipamentos e tecnologia de ponta, que visa recuperar as funções perdidas pelos pacientes e diminuir o risco de sequelas (causadas, em grande maioria, pelo próprio tratamento), mas vai muito além disso. Além da reabilitação motora, também trabalha a reabilitação física, auditiva, visual e cognitiva.
Além de Barretos, o HA conta com mais duas unidades especializadas em reabilitação (não apenas oncológica), em Araguaína (TO) e Porto Velho (RO).
De acordo com o Ministério de Saúde, são estimados cerca de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero de 2023 a 2025, no Brasil. Ao menos 6 mil brasileiras perderam a vida, apenas em 2020, em decurso da doença, um problema que desperta cada vez mais o interesse de pesquisadores na busca por melhores tratamentos. De modo assustador, até 30-40% dos recursos investidos no tratamento do câncer são perdidos devido à ineficiência de alguns processos desnecessários, segundo a startup Hi!
O Harena, como centro de inovação do Hospital de Amor, busca atuar no apoio de desenvolvimento e otimização de empreendimentos que focam em resolução de problemas da área da saúde, como o aumento de tipos de câncer. De acordo como coordenador de projetos do Harena Inovação, Mateus Frederico de Paula, “Nossa equipe vem desempenhando um papel muito importante no apoio de diversas startups, dentre elas, a ‘Hi! Healthcare Intelligence’ – plataforma de Health Analytics que auxilia sistemas de saúde na gestão de desperdícios de tratamentos de alto custo. Nós também oferecemos acesso a recursos, conhecimentos e infraestrutura do Hospital de Amor. Dessa forma, é facilitado o desenvolvimento de networking, parcerias estratégicas, aconselhamento e mentoria”, explica.
Mateus revela otimismo ao participar de modo efetivo no projeto desta startup, principalmente, porque ela foi contemplada com o valor de R$ 350 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP), a fim de desenvolver seu projeto em parceria com o time de oncologia ginecológica no Hospital de Amor, em Barretos (SP).
A cooperação entre a Hi! e o HA visa proporcionar decisões baseadas em oferecer análises de dados que orientam médicos e gestores em escolhas informadas, levando em consideração tanto os resultados clínicos quanto os custos associados. Além disso, também busca gerar a redução de desperdícios, identificando e eliminando processos desnecessários. Ou seja, o projeto é interdisciplinar, pois é desenvolvido por uma equipe formada por médicos, gestores, pesquisadores e especialistas.
Segundo Mateus, “Isso proporciona uma gestão mais eficiente, reduzindo custos e melhorando a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes do Hospital de Amor. Além do mais, a plataforma contribui para o avanço da pesquisa em oncologia, fortalecendo a posição do HA como uma instituição líder no tratamento do câncer”, finaliza.
Após a validação deste projeto, há expectativa de ambas as partes sobre uma possível expansão para a segunda fase, quando poderá ser implementado em todos os setores do Hospital, com aporte de fomento de até R$ 1,5 milhão. Ou seja, a plataforma possibilitará o fornecimento de dados valiosos sobre o custo-benefício de diferentes tratamentos, linhas de cuidado e procedimentos em pacientes oncológicos, otimizando ainda mais o tratamento para os pacientes do HA, que recebem o que há de melhor em tecnologia, gratuitamente.
O projeto e sua aplicabilidade para a saúde
O coordenador do Harena explica que a iniciativa é de suma importância para a saúde pública no país, pois visa otimizar o valor entregue aos pacientes nos tratamentos de câncer, que é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. “Ao desenvolver uma plataforma de coleta de desfechos clínicos, avaliações econômicas e gestão de desperdícios para tratamentos de alto custo, o projeto busca melhorar a eficiência operacional dos serviços de saúde, garantindo uma utilização mais efetiva dos recursos disponíveis. Isso pode resultar em uma redução significativa dos custos associados ao tratamento do câncer, tornando-o mais acessível para a população e, consequentemente, melhorando os resultados de saúde e a qualidade de vida dos pacientes”, conta Mateus.
Além disso, ao promover uma abordagem baseada em valor e evidências, o projeto da Hi! contribui para o avanço da prática clínica e para a tomada de decisões mais informadas e assertivas pelos profissionais de saúde. Deste modo, o impacto positivo desta iniciativa pode se estender além do âmbito da saúde, influenciando políticas públicas, diretrizes clínicas e o sistema de saúde como um todo.
A importância de startups no apoio da saúde pública
Fundada em 2019, em São José dos Campos (SP), a Hi! é uma plataforma de Health Analytics que ajuda sistemas de saúde na gestão de desperdícios de tratamentos de alto custo. Uma plataforma que, além de coletar desfechos em saúde (PROMs e PREMs), também é capaz de realizar diagnósticos de desperdício, custo-efetividade e gerar algoritmos personalizados para o desenvolvimento de estratégias para prevenção e predição de novos eventos de alto custo. Ou seja, visa empoderar a estratégia, times de gestão e liderança de sistemas de saúde na gestão baseada em dados relevantes de acordo com a jornada do tratamento de alto custo.
Mateus diz se sentir privilegiado por poder fazer parte de projetos de alto impacto como este, pois maior eficiência pode ser traduzida em maior acesso da população. “É sobre salvar mais vidas!”.
Em 2020, o Brasil registrou 6.650 novos casos de câncer de ovário, o que representa 3% das neoplasias detectadas em mulheres no país. Mas, segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer), no triênio que contempla o período de 2023 a 2025, o número previsto já é superior, ultrapassando os 7 mil novos casos por ano. Ainda segundo a instituição, a região com maior incidência é a Sudeste.
A doença ocupa o sétimo lugar no ranking nacional de mortalidade entre as brasileiras, isso porque o câncer de ovário ainda é frequentemente diagnosticado em estágios avançados, diminuindo as possibilidades de tratamentos com fins curativos e a taxa de sobrevida. No mundo, dados mostram que apenas 45% das mulheres diagnosticadas possuem uma taxa de sobrevida de cinco anos, uma taxa que é de 89% nos casos de mulheres com câncer de mama.
Por isso, o cirurgião oncológico do Hospital de Amor, Dr. Carlos Andrade, ressalta a importância da observação de alguns sinais e sintomas da doença. “Os sintomas do câncer de ovário em estádios iniciais são muito fracos e podem facilmente serem confundidos com uma má digestão, dor muscular ou sintomas urinários. É importante alertar que mulheres com sintomas urinários ou intestinais que persistem por mais de uma semana, e que não tenham nenhum diagnóstico que justifique, devem ser investigadas para câncer de ovário. Pode ser uma sensação de empachamento, uma constipação, um aumento do volume abdominal ou um aumento da frequência urinária”.
Fatores de risco
Segundo a World Ovarian Cancer Coalition, uma organização global sem fins lucrativos focada não apenas na conscientização, mas no avanço de pesquisas e novos tratamentos da doença, ainda não há um teste simples ou exame de rotina preciso para o diagnóstico precoce, mas alguns fatores de risco devem ser levados em consideração no acompanhamento clínico padrão.
Idade: a maioria dos casos de câncer de ovário ocorre em mulheres com mais de 55 anos, pois a doença também está relacionada ao grau de atividade hormonal feminina. Mas alguns tipos de câncer de ovário podem aparecer em mulheres jovens;
Genética: mulheres portadoras de mutações genéticas nos genes BRCA1 ou BRCA2 (genes que ajudam a reparar os danos nas células), também relacionadas ao surgimento do câncer de mama, estão mais propensas ao desenvolvimento da doença. As portadoras de mutações no primeiro gene apresentam 45% de possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer durante a vida, enquanto mutações no segundo gene oferecem risco de 25%.
Histórico familiar: dados mostram que as mulheres com maior o risco de desenvolverem câncer de ovário são as que possuem dois ou mais parentes que tiveram câncer de ovário, da mama, do cólon ou do útero, independente da ascendência de origem materna ou paterna. Cerca de 15% dos casos de câncer de ovário têm antecedentes familiares.
Outros fatores: por ser uma doença ligada à atividade hormonal, especialistas destacam que o risco de desenvolvimento do câncer de ovário é maior nas mulheres que não tiveram filhos, que nunca tomaram a pílula anticoncepcional, que iniciaram o período menstrual muito cedo ou cuja menopausa começou mais tarde do que a média e em mulheres que já tiveram endometriose.
Prevenção
– Conheça seu corpo: esteja atenta a qualquer mudança incomum;
– Consultas médicas regulares: realize exames ginecológicos regularmente;
– Histórico familiar: se houver casos de câncer de ovário na família, informe seu médico;
– Uso de anticoncepcionais: alguns estudos sugerem que o uso prolongado de anticoncepcionais pode reduzir o risco, porém, o uso do anticoncepcional também pode ser um fator de risco para o surgimento do câncer de mama. Assim, é de extrema importância a consulta com o médico especialista para avaliação e indicação caso a caso.
Diagnóstico
A ecografia pélvica transvaginal e transabdominal são exames que permitem o diagnóstico e a avaliação em casos suspeitos de tumores nos ovários, mas o acompanhamento clínico é imprescindível para resultados positivos quando o assunto é diagnóstico precoce! Atualmente, a medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125 também tem sido uma ferramenta importante, visto que cerca de 80% das mulheres com câncer de ovário possuem esse marcador elevado.
Tratamento
Em casos aonde há suspeita de tumor de ovário, a cirurgia exploratória é recomendada para avaliação e definição de estadiamento da doença, podendo acontecer apenas a remoção do tumor ou ainda a necessidade da retirada do útero e dos ovários. A depender do estágio, tratamentos adjuvantes de quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo podem ser utilizados.
Lembre-se sempre de consultar seu médico e seguir as orientações para um diagnóstico precoce e tratamento adequado. A prevenção e a conscientização são essenciais na luta contra o câncer de ovário.
Tratamento humanizado associado à tecnologia! Atualmente, o Hospital de Amor conta com três unidades especializadas em Reabilitação: em Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO), com equipamentos altamente tecnológicos, que auxiliam pacientes oncológicos e não oncológicos na recuperação das funções motoras, auditivas, intelectuais e visuais.
Imagina um videogame com uma tela grande, projetada na parede da sua casa, onde você consegue movimentar coisas apenas com um toque? Essa tecnologia é chamada de realidade virtual, que está presente no NIRVANA, equipamento utilizado nos atendimentos de pacientes dos Centros de Reabilitação do Hospital de Amor, em Barretos e em Araguaína.
Trata-se de um dispositivo que auxilia na reabilitação motora e cognitiva de pacientes que tiveram suas funções perdidas (causadas, em grande maioria, pelo próprio tratamento oncológico) ou diagnosticados com TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), dislexia e deficiência intelectual. Além disso, o NIRVANA proporciona ao usuário uma experiência imersiva, por meio do seu sistema, criando um ambiente realista de acordo com o que ele vive, possibilitando trabalhar coordenação motora, equilíbrio, destreza manual, amplitude de movimento, estimulação cognitiva e baixa visão.
Uma das principais funções do equipamento é a estimulação neurossensorial, como destaca a educadora intelectual e psicopedagoga do Centro de Reabilitação do HA, Maria Laura de Barros Pedro. “Após uma avaliação do paciente, é realizado um estudo e traçado um plano de tratamento, onde já iniciamos a reabilitação com o NIRVANA. Todos os nossos pacientes, sejam eles oncológicos ou não, passam pelo dispositivo, pois além de acelerar o processo de recuperação e desenvolvimento, é possível trabalhar estimulação, comunicação e cognição através dos exercícios”, explica Maria Laura.
Os exercícios são todos adaptados, o que possibilita atender pacientes de diferentes faixas etárias, condições físicas, motoras e intelectuais. “Durante o processo de reabilitação, aproximadamente 30 pacientes passam por dia no NIRVANA e nós conseguimos adaptar os exercícios em tempo real, aproximando ao máximo da realidade em que o paciente está inserido, seja em sua casa, escola e trabalho. Conforme sua evolução, o próprio sistema vai ajustando os níveis de dificuldade”, destaca a psicopedagoga.
A reabilitação com o NIRVANA, associado a outras estratégias de tratamento, faz com que o paciente seja proativo na realização das tarefas, se tornando cada vez mais independente.
Parceria com Alok
O equipamento está sendo utilizado na reabilitação de pacientes do HA desde 2022, e foi adquirido por meio de uma doação realizada pelo Instituto Alok. O artista doou o cachê de um show realizado durante a Festa do Peão de Americana.
No dia 24 de agosto de 2022, em uma visita ao Hospital de Amor Barretos, o DJ conheceu de perto o dispositivo. Na ocasião, o presidente do HA, Henrique Prata, recebeu o artista e o homenageou com uma placa em seu nome. Em 2023, Alok repetiu o gesto de amor e solidariedade, e doou novamente seu cachê para a instituição, dessa vez o do show realizado durante a Festa do Peão de Barretos.
“Quando eu tive o diagnóstico foi muito triste, porque eu nunca pensei que teria câncer de mama tão jovem”. Renata Lima (empresária), foi diagnosticada com câncer de mama aos 35 anos, após perceber uma fissura no mamilo direito.
“O sintoma que eu percebi foi que meu mamilo abriu uma ‘rachadurinha’. Eu achava que fosse alergia de algum amaciante de roupas. Eu fui em uma médica, ela falou que poderia ser uma mastite e me passou uma pomada e com o tempo cicatrizou. Após três meses, abriu novamente essa ‘rachadurinha’ e eu procurei uma outra ginecologista, e fazendo o exame físico, ela apalpou minha mama e com muito custo, ela encontrou um nódulo”, comentou.
Renata começou a investigar e foi diagnosticada com câncer de mama, Her2+, que é quando apresenta níveis elevados da proteína (Her2), localizada na membrana das células mamárias, promovendo o crescimento das células cancerosas. Natural de Barretos (SP), Renata iniciou o tratamento no Hospital de Amor há um pouco mais de um ano, e atualmente, além de realizar as consultas de manutenção, faz acompanhamento no departamento de Oncogenética do HA.
Câncer de início precoce
A formação do câncer no organismo de um indivíduo pode estar associada a diferentes fatores. A idade sempre foi um dos principais. Pessoas com mais de 50 anos estão há mais tempo sobre exposições ambientais que podem gerar mutações em suas células e causar o surgimento da doença. Porém, um levantamento publicado em 2023, na revista científica BMJ Oncology, vem preocupando especialistas.
Segundo o estudo, casos globais de câncer em pessoas com menos de 50 anos, aumentaram 79% nos últimos 30 anos. Outro fator preocupante, é o aumento da mortalidade pela doença, cerca de 27%, mais de 1 milhão de pessoas jovens morrendo devido ao câncer no mundo.
A conclusão do estudo foi que casos de cânceres no mundo aumentaram de 1,82 milhões em 1990, para 3,26 milhões em 2019, sendo o tumor de mama de maior incidência, seguido pelos tumores de intestino, próstata e esôfago.
Há aproximadamente três anos, Pedro L. Miguel Esposito (auxiliar de almoxarifado), de 23 anos, é paciente do HA. Pedro foi diagnosticado com câncer de intestino e o primeiro sintoma que ele sentiu foi dor na região do abdômen. “Meus primeiros sintomas foram dor, o intestino já não estava funcionando tão bem e apareceu tipo um abcesso na barriga, perto ao umbigo. Eu passei em um gastroenterologista que me pediu uma colonoscopia, e foi onde que deu o diagnóstico”, explicou Pedro.
Após diagnóstico, Pedro passou por uma cirurgia em sua cidade, São José do Rio Pardo (SP), e após dois meses de cirurgia, foi encaminhado para o HA. “Quando eu descobri o tumor no intestino e que eu tirei, eu não sabia que a situação estava tão delicada. Quando fui encaminhado ao Hospital de Amor, eu vi que eu estava com um carcinoma peritoneal, eu fiquei um pouco apavorado”, comentou Pedro sobre o seu diagnóstico.
Há mais de um ano, Pedro finalizou as quimioterapias, e passou a realizar acompanhamento nas consultas e por meio de exames de imagem.
Fatores responsáveis pelo aumento do câncer de início precoce
Mas como explicar a incidência da doença em pessoas com menos de 50 anos?
Para o médico oncologista clínico do Hospital de Amor, Dr. Gustavo Sanches, esse aumento está associado a diversos fatores. “Atribuo o aumento da incidência de câncer em indivíduos com menos de 50 anos a diversos fatores, pois não há somente uma causa. Mudanças na dieta, estilo de vida e fatores ambientais, desde a virada do século XX, vem resultando no aumento das taxas de obesidade, sedentarismo, dietas ocidentalizadas e poluição do meio ambiente podem ter afetado a incidência de câncer de início precoce. Além disso, álcool e tabaco podem também contribuir”, explicou o médico.
Como prevenir o câncer?
Alimentação saudável, prática de exercícios físicos, evitar bebida alcoólica, não se expor ao sol sem proteção solar e não fumar são algumas práticas que contribuem para a prevenção do câncer. Além disso, algumas medidas clínicas, como a vacina do HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), são ações de prevenção contra o câncer, como explica Dr. Gustavo Sanches.
“Medidas clínicas como a vacinação contra o HPV, hepatite B e realizar o tratamento da hepatite B e C (para os portadores), além da prevenção secundária, que é a tentativa de detectar a doença em um estágio inicial em indivíduos assintomáticos. No Brasil, há diretrizes e recomendações do Ministério da Saúde de rastreamento para alguns tipos de cânceres, como por exemplo: câncer de mama, câncer de intestino e câncer de colo de útero”, destacou o oncologista clínico.
Câncer de mama
O risco de desenvolver câncer de mama, também está associado a idade, sendo maior a partir dos 50 anos, porém os índices aumentaram em mulheres com menos de 50 anos, como publicado na revista científica BMJ Oncology.
No Brasil, não se tem um dado específico sobre a incidência de câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos, o que se tem, são dados gerais da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para o país, até 2025, é de 704 mil casos novos de câncer, sendo o de pele não melanoma o mais incidente, com 220 mil casos novos (31,3%), seguido pelo câncer de mama, com 74 mil (10,5%).
Para o médico mastologista do HA, Dr. Idam de Oliveira Junior, a primeira medida para controle do câncer de mama é a “conscientização da população sobre esse importante e crescente problema de saúde pública, bem como as suas medidas preventivas”. Além disso, o médico mastologista destaca as medidas preventivas como primárias e secundárias.
“A prevenção primária, por meio de hábitos de vida saudáveis, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode reduzir em até 30% as chances de se desenvolver a doença. Como prevenção secundária, o exame de mamografia consiste na melhor metodologia de diagnóstico precoce, capaz de detectar na fase assintomática, de forma a reduzir substancialmente a mortalidade causada pelo diagnóstico tardio. Neste sentido, o Hospital de Amor recomenda que o exame anualmente para mulheres entre 40 e 49 anos, e a cada dois anos para aquelas na faixa etária de 50 a 69 anos de idade”, explicou Dr. Idam.
Além da prevenção, em termos de tratamento, o HA apresentou significativos avanços nos últimos anos. “Nos últimos anos apresentamos significativos avanços tecnológicos nessas áreas, como a diversidade de formas para a reconstrução mamária, a melhoria nos equipamentos de radioterapia que tornaram o tratamento mais efetivo, com menores doses de radiação e menor frequência das aplicações e as novas drogas para o tratamento sistêmico – como a imunoterapia para o câncer de mama triplo negativo, os inibidores de ciclina para o tratamento dos tumores luminais (com receptores de hormônios) e as terapias-alvo para os tumores HER2+”, concluiu o especialista.
O Hospital de Amor é cheio de histórias bonitas de fé, superação e finais felizes! Em seus mais de 60 anos, o HA já transformou, reescreveu e salvou a vida de milhares de pessoas. E dentre inúmeros motivos, este é um dos que justifica tanto amor.
A história do João Borges da Silva Junior, o querido Johny Barreto, tem tudo isso e algo a mais: o sentimento de gratidão! Seu primeiro contato com a instituição se deu em 2002 e surgiu pela admiração. O locutor foi convidado para apresentar uma das edições do Leilão ‘Direito de Viver’ em Palmeira D’Oeste (SP), em prol do HA e, como grande admirador da causa, aceitou. “Aquele evento foi um sucesso, e ele foi só o primeiro. Depois disso, desde 2007, comecei a narrar rodeios por todo Brasil e a apresentar diversos ‘Desafios do Bem’ – ação de arrecadação do HA”.
Atuando como locutor desde 1997, o barretense (que traz no coração o orgulho de possuir no ‘quintal de casa’ um hospital que é referência em oncologia), teve anos depois um envolvimento mais profundo com a instituição: como paciente.
Johny paciente
No final do ano de 2017, uma reviravolta mudou o rumo e os planos de Johny. Após sentir fortes dores abdominais e passar por uma consulta com especialista, o locutor foi encaminhado ao Instituto de Prevenção do HA para fazer exames preventivos. “Fiz o exame e, quando acordei da anestesia, a médica me disse que havia feito uma cirurgia para retirar um pequeno tumor do meu intestino. Dali 30 dias saiu a biópsia e o resultado me assustou”, contou.
Apesar do tumor de Johny não ser considerado invasivo, ele sentiu medo ao se ver do outro lado – agora como paciente. “Senti muito medo, principalmente ao esperar pelo resultado da biopsia, mas sempre tive uma sensação de paz, de que Deus estava comigo. Fiz os procedimentos necessários, acompanhei por alguns anos e, graças a Deus, o tumor sumiu”, explicou.
Johny acompanhante
Seis anos depois, no início de 2023, o caminho de Johny se cruzou novamente com o do Hospital de Amor! Desta vez, ele precisou que a instituição cuidasse do seu pai, João Borges da Silva, de 92 anos. “Meu pai tinha uma ferida bem grande na cabeça. Ele dizia que tinha machucado, porém era uma lesão que não cicatrizava. Após a consulta com o médico, foi feita uma biopsia e, mais uma vez o medo tomou conta de mim, pois ela recebeu o diagnóstico de câncer”.
De acordo com o locutor, a princípio o tumor aparentava ser na pele, mas após realizar vários exames constatou-se que a doença tinha atingido os ossos da cabeça. Também no HA, o senhor João realizou todo o tratamento na instituição e sabe quem foi seu acompanhante? O filho, Johny Barreto.
“O meu carinho e admiração já existiam pelo Hospital, mas durante os dias que meu pai ficou internado e que eu fiquei o tempo todo com ele, pude acompanhar a enfermeira passando de manhã dando os medicamentos; a fonoaudióloga ajudando ele a mastigar; a nutricionista; os médicos que passavam e conversavam todas as manhãs; os fisioterapeutas; o pessoal da limpeza; sem contar a alimentação que era muito boa, tanto para o paciente quanto para mim, que era o acompanhante. Ali eu pude perceber com mais detalhes o quanto é caro manter o Hospital de portas abertas, e o quanto seria difícil para uma pessoa, não só pobre, mas também de classe média, conseguir pagar um tratamento de combate ao câncer. A partir daí, minha vontade de ajudar o HA aumentou e cresceu dentro de mim”, afirmou Johny.
O senhor João finalizou todo o tratamento e segue bem, firme e forte ao lado da família.
Johny voluntário
O desejo virou realidade! Virou ação! Virou locução! Com um dom nato, Johny – que há 27 anos atua profissionalmente em locuções de rodeios e já fazia trabalhos em prol do HA – tornou-se voluntário em um dos eventos mais especiais promovidos pela instituição: o “Rodeio Pela Vida”.
Realizado em Barretos (SP), o evento, que neste ano chegou em sua quarta edição sendo recorde de público e de solidariedade, contou com a voz, narração e talento de Johny durante as competições desde o primeiro ano. “Eu fico muito feliz em dar uma pequena contribuição para o Hospital de Amor e espero participar desses eventos como voluntário por muito tempo”.
E depois de conhecermos e contarmos uma história tão bonita quanto essa, quer saber o que deixa nosso coração mais feliz ainda?
– Johny, depois de ser paciente, filho de paciente e voluntário, o que você tem a dizer sobre o HA?
R.: O Hospital de Amor é uma instituição muito séria, onde todos os funcionários tratam os pacientes e familiares com muito amor e carinho. O profissionalismo é impressionante, os equipamentos são de última geração. Posso dizer que já presenciei tudo ali dentro e, com base nisto, peço que as pessoas façam suas doações! A despesa ali é muito grande, mas o que os pacientes recebem não tem preço. Se hoje você não tem dinheiro para doação, doe uma parte de seu tempo em algum projeto para ajudar, seja voluntário de alguma forma, convide amigos, familiares, pessoas a sua volta, e ajude o Hospital de Amor.
Se o Johny falou, tá falado!
Doe!
Quer ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas? Então, faça a sua doação! Existem diversas formas de contribuir com a instituição, dentre elas, três que são rápidas, fáceis e seguras:
• pela página de doação (ha.com.vc/doar)
• pelo PIX (chave: doar@hospitaldeamor.com.br)
• pela Central de Relacionamento (17 3321-6607)
Independente de onde estiver, basta ter seu celular em mãos e doar qualquer quantia para ajudar o maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina. Faça parte dessa missão que salva milhares de vidas.
Fã de futebol, da Seleção Brasileira e do camisa 9, Richarlison, cujo autógrafo está tatuado na pele! Mateus Afonso Máximo, mineiro de Montes Claros (MG), teve a oportunidade de conhecer um dos seus ídolos do esporte, quando Richarlison visitou o Hospital de Amor, em junho de 2023. Na ocasião, Richarlison fez seu autógrafo no braço de Mateus que, sem pensar duas vezes, foi em um estúdio de tatuagem no mesmo dia, deixando o momento eternizado para sempre na sua memória e na sua pele!
Mateus é paciente do HA, desde 2019, e um dos momentos mais marcantes nesses quase seis anos em Barretos (SP), sem dúvidas foi esse, onde ele pode conhecer de perto um dos seus ídolos. “Essa tatuagem significa muita coisa, eu sempre tive um sonho de ser jogador de futebol, mas infelizmente não deu certo, então essa tatuagem significa muito para mim, significa algo realizado, de poder ter conhecido o Richarlison”, declara Mateus.
Infelizmente, o sonho de ser jogador de futebol foi adiado. Em 2019, com 14 anos, Mateus precisou se mudar para Barretos, para iniciar o tratamento de um osteossarcoma no Hospital de Amor, que foi descoberto após uma lesão do tornozelo esquerdo, durante uma partida de futebol. “Com 14 anos, eu gostava muito de jogar bola, sempre fui ativo, andava de bicicleta e fazia todo tipo de esporte. Aí, um dia eu estava jogando bola e machuquei o pé, o tornozelo esquerdo. A gente não sabia o que era, achava que era um lance de bola mesmo”, conta Mateus.
Mas, com o passar do tempo, o tornozelo continuo com um inchaço. Após retornar de uma viagem à Belo Horizonte, a mãe de Mateus o levou ao médico para ser examinado. “Eu voltei para a minha cidade, fiz um raio x e no exame deu que tinha alguma coisa lá, mas o médico não sabia o que era. Aí, ele encaminhou a gente para um especialista na área para saber. O especialista falou que poderia ser algumas coisas pelo exame de imagem como uma inflamação, alguma coisinha básica ou até mesmo um câncer, um tumor, né? E aí assim, com a fé que a gente tem em Deus, a gente colocou que poderia ser alguma coisa básica”, comentou Mateus.
Mateus foi submetido a uma biópsia e infelizmente o resultado foi positivo para um osteossarcoma na fíbula. Em Montes Claros (MG) não havia especialista para realizar a cirurgia do Mateus, foi onde ele conseguiu encaminhamento para o HA.
Osteossarcoma
O osteossarcoma é um tumor ósseo que acomete, principalmente, ossos longos como fêmur, tíbia e região proximal do úmero (osso do braço). Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o osteossarcoma é a neoplasia óssea mais prevalente na população infantojuvenil, correspondendo de 3% a 5% de todas as neoplasias nesta faixa etária.
O tumor apresenta um pico de maior incidência em adolescentes (entre 10 e 19 anos), como comenta a médica oncologista pediátrica do HA Infantojuvenil, Dra. Erica Boldrini. “Apesar de raro, o osteossarcoma é o tipo de câncer ósseo mais comum, ocorrendo principalmente na adolescência, em jovens entre 10 e 19 anos. Esse tumor atinge principalmente os ossos longos, especialmente na região do joelho, e os sintomas variam de um jovem para o outro, mas geralmente, os primeiros sintomas são dor e inchaço, como no caso do Mateus”, explica a médica.
As formas de tratamento do osteossarcoma incluem a quimioterapia e cirurgia. O objetivo da quimioterapia é diminuir o tamanho do tumor e não deixar evoluir para metástase, e a cirurgia tem como principal função a ressecção.
Em alguns casos, é possível preservar o membro e utilizar uma endoprótese (prótese não convencional, utilizada para substituição de grandes ressecções articulares oncológicas). Em casos mais avançados, é realizado a amputação do membro. “Mateus passou por duas cirurgias, onde a primeira foi realizada a ressecção do osso atingido, a fíbula, sem necessidade de substituição (endoprótese), mas infelizmente, a doenças recidivou e foi necessário fazer a amputação, levando a perda de uma parte do membro inferior esquerdo”, explica Dra. Erica Boldrini.
“Na primeira cirurgia, eu não precisei amputar a perna, só fiz para conservar, aí conservei, curei, passei um ano curado, um ano e meio mais ou menos. Depois o tumor voltou um pouco mais para cima, foi onde eu precisei amputar, isso em 2022”, comenta Mateus.
Reabilitação
Após a cirurgia de amputação, Mateus realizou o tratamento de reabilitação no Centro de Reabilitação do HA. Passou por seções de fisioterapia, preparando o coto para receber a prótese. Mateus conta que no começo da reabilitação foi um processo difícil, mas que conseguiu desenvolver bem. “Assim, no começo é um processo meio difícil, não vou negar que foi difícil. Antes dessa prótese que eu estou hoje, eu peguei outras três, e os encaixes não deram certo. A tíbia estava um pouco grande ainda, e doía demais. Depois de um tempo na reabilitação, consegui colocar a prótese e andar”, explica o paciente.
Em 2023, Mateus pegou a prótese que utiliza hoje, e o sentimento foi de alívio, como ele comenta. “Quando eu peguei a prótese, foi um sentimento de alívio, antes eu não podia ser independente, tinha muita coisa que eu queria fazer e meus pais precisavam me ajudar, não podia sair sozinho, sempre precisava alguém para me acompanhar.
Então quando consegui usar a prótese, foi um momento bom, de alívio, pois eu estava precisando dessa liberdade.”
Mateus teve alta das sessões de fisioterapia e atualmente realiza a reabilitação na academia do HA, para fortalecer, ganhar massa muscular, funcionalidade e equilíbrio, como explica o profissional de educação física do HA, Daniel Gottardo de Souza. “O Mateus chegou aqui para ganhar força, funcionalidade e equilíbrio. Primeiro a gente restabeleceu os parâmetros de força e, combinado a isso, a gente começou a entrar com exercícios de estabilização e equilíbrio com a prótese. Agora nesse bloco de reabilitação, além de trabalhar a força e o equilíbrio, estamos trabalhando a funcionalidade também, para ele ter uma independência com a prótese, para fazer as atividades de vida diária e aumentar a qualidade de vida dele”, destaca Souza.
Oficina Ortopédica
A Oficina Ortopédica é uma extensão do projeto Bella Vita, que visa reabilitar e ampliar a assistência aos pacientes, amenizando e recuperando-os das sequelas geradas pelo câncer e seu tratamento.
O Hospital de Amor conta com três unidades da Oficina Ortopédica: em Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO), e confecciona órteses e prótese para pacientes oncológicos e não oncológicos. Em média, durante o mês, o HA confecciona nas três unidades da Oficina Ortopédica 30 próteses e 90 órteses. “A Oficina Ortopédica é parte integrante do processo de reabilitação e exerce uma função primordial durante todo esse processo. Nas unidades são fabricadas soluções, como órteses e próteses, que auxiliam no dia a dia de cada paciente, fazendo com que a reabilitação seja feita de modo otimizado e personalizado para cada um”, destaca o diretor de reabilitação do HA, Daniel Marconi.
Descobrir que um novo coraçãozinho está batendo dentro de si, promove uma emoção que inunda o peito de toda mãe. Saber que em breve um novo ser irá depender de você para tudo é algo incrível e, até mesmo, assustador. A jornada de ser mãe é algo transformador e libertador para a maioria das mulheres.
Uma mãe sabe que nunca mais estará sozinha, pois ela tem seu filho e seu filho a tem. Raquel Azevedo de Moraes recebeu esta emoção em dobro ao saber que sua gestação era de gêmeos.
Dois! Não era apenas um coraçãozinho, eram dois.
Logo foi decidido que as crianças se chamariam Maria e José, quase como uma singela homenagem ao casal mais conhecido do Cristianismo. O milagre do nascimento já permeava a vida desta família antes mesmo da chegada dos bebês. Mas, esta jornada que já traz tanto brilho se viu diante de um inesperado desafio para a família nordestina, natural de Recife, capital de Pernambuco. É que durante um ultrassom de rotina, a gêmea Maria Oliveira recebeu o diagnóstico intrauterino; ela tinha teratoma sacrococcigiana na região do cóccix. “Com 20 semanas de gestão eu soube sobre este tumor. A confirmação para saber se era um teratoma benigno seria feito após o parto depois cirurgia de ressecção, e em seguida a biópsia seria realizada”, explica Raquel.
Não bastasse a dificuldade de uma criança receber o diagnóstico de um tumor ainda no útero, a gravidez que já é considerada de risco por ser gemelar, tinha que receber mais cuidado, mas, a família acompanhou o crescimento de Maria e José para evitar um mal maior. “Não tinha como fazer nenhum procedimento intraútero por conta da gemelaridade, pois podia atrapalhar o outro bebê. Eles nasceram de 36 semanas, de parto cesariana, no qual Maria nasceu primeiro.
Raquel revela que José nasceu com um pouco de dificuldade respiratória por conta da prematuridade, mas nada grave. Com apenas dois dias de vida, a primogênita realizou a cirurgia de ressecção do tumor para tratar o teratoma sacrococcigiana benigno. O que foi um alívio para a família Moraes que acreditou que o tratamento estava concluído.
Raquel relata que após o procedimento foi necessário realizar acompanhamento durante 3 meses, por meio de exames de imagem e de sangue, e estava tudo bem. No entanto, quando a criança completou seis meses de vida, começou apresentar sinais de irritação e choro. “Pensamos que poderia ser alguma enfermidade relacionada à alergia ou algo gástrico. Foi quando nós começamos a investigação para identificar o que estava ocorrendo. Durante um banho, apalpei a região operada e senti uma massa, um tumor, foi quando fizemos um ultrassom de emergência e detectamos uma recidiva, quando fizemos a ressonância em 2023. Infelizmente, foi detectado um tumor do seio endodérmico – tipo de tumor germinativo, já estava com metástase na coluna, na região T10”, revela a mãe de Maria.
Como o tumor já estava em estágio avançado, ele já tinha crescido a ponto de comprimir a bexiga, e estava atrapalhando Maria fazer xixi e defecar, além das dores que a criança aparentava estar sentindo. “O crescimento estava muito rápido. Os médicos disseram que não era algo comum. Quando soubemos foi um grande baque, pois achávamos que o problema estava solucionado e a tempestade já tinha acabado quando foi feita a ressecção do tumor. Acreditávamos que o pior já tinha passado, foi tudo muito arriscado por ser uma cirurgia em uma recém-nascida. Quando senti este novo tumor, o chão se abriu novamente”, Raquel conta com um pesar na voz.
Quem conhece a pequena Maria rapidamente se encanta com seus lindos olhos, semelhantes a duas doces jabuticabas. Um sorriso fofo que contagia todos a sua volta. Esse bebê tão especial precisava receber tratamento e solucionar seu problema o quanto antes. “Eu não conhecia o Hospital de Amor. Eu nunca tinha ouvido falar sobre a instituição antes. Mas, quando a gente recebe o diagnóstico de um filho, meio que a gente se torna especialista na área, pois a gente passa a buscar tudo sobre a doença”, explica a mãe da garotinha.
A própria equipe médica do Hospital de Recife, achou melhor levar o caso até o diretor geral da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, Dr. Luiz Fernando Lopes, especialista no assunto. “A equipe médica acreditou que a minha filha iria se beneficiar do transplante, foi quando fomos encaminhados para iniciar o tratamento em Barretos (SP).
A luta pela vida
Apenas na unidade infantojuvenil do HA, em Barretos, por ano, em média, 300 crianças são diagnosticadas com câncer infantojuvenil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer infantojuvenil já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Os tipos mais comuns no início da vida são em dois contextos: os intraúteros e os lactentes – quando o câncer se desenvolve em crianças recém-nascidas, sendo a leucemia o tipo mais comum nestes casos.
No caso do câncer intraútero, os tipos mais frequentes são na região da cabeça e pescoço ou região sacral, como o caso da Maria. Segundo Dr. Luiz Fernando Lopes, as células germinativas primordiais na quarta semana da gravidez deve migrar do cérebro até as gônadas, porém, por mecanismos ainda não totalmente identificados, podem parar sua migração e sofrer alteração genética, ocasionando assim células germinativas que ocorrem intraútero, infância ou na adolescência.
Uma nova chance de tratamento
Maria precisou ficar sete meses em Barretos para realizar seu tratamento. Inicialmente, a garotinha precisou realizar o transplante autólogo (aquele qual as células precursoras da medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). Ou seja, as células da medula ou do sangue periférico do próprio paciente são coletadas e congeladas para uso posterior.
“Fiquei admirada e impressionada com o tratamento oferecido pelo Hospital de Amor, e por ser um centro de referência em pesquisa. Além do acolhimento de toda equipe e a estrutura da instituição, fiquei impressionada por ser um serviço público. Eu recomendo o Hospital de Amor”, relata Raquel.
A jornada de Maria é similar à de muitas crianças que precisam deixar as suas casas e viajar milhares de quilômetros em busca do tratamento oncológico. Felizmente, ela teve tempo realizar todos os procedimentos necessários, o que tranquilizou o coração desta destemida mãe. “Ser mãe da Maria é um grande presente e um desafio. Me aproximou de Deus. Pois o paciente oncológico não é só ele. Toda família fica envolvida neste desafio. Além disso, tem seu irmão gêmeo. Embora eu precisei me afastar dos meus outros filhos, agradeço à minha rede de apoio que me ajudou”, Raquel abre seu coração.
Quando questionada se ela tem algum conselho para famílias que acabaram de receber diagnóstico similar, ela não hesita e logo responde: “Tenha fé e se aproxime mais de Deus. O câncer nos mostra que nós não temos como controlar o que acontece em nossas vidas. Por isso, tenha fé, busque uma rede de apoio, acredite nos médicos e em Deus; creia que o melhor será feito. Aprendi que nem sempre o melhor é a cura. O que importa é que nossos filhos estejam livres da dor e sofrimento, seja aqui na terra ou em outro plano. Como profissional de saúde, achamos que a doença nunca vai chegar em nossas vidas. Foi bem difícil e tudo tomou uma proporção muito maior. Mas eu recebi todo acolhimento necessário. O hospital entende que a única coisa que a gente pode garantir para as pessoas aqui na terra é o amor, o resto a gente entrega nas mãos de Deus”.
Após o transplante, Maria precisou receber ao menos 20 transfusões, dentre hemácias e plaquetas. Além do desafio de ficar distante de toda sua família e amigos. Atualmente, a garotinha segue em acompanhamento médico, fora de tratamento, em casa.
São mais de 2.400 km que separam a residência de Maria do local onde ela recebeu uma nova oportunidade, mas o amor que a família deixou em Barretos e a gratidão que eles levaram para Recife não conhece a palavra distância. E como uma boa recifense, essa garotinha cheia de energia está dando um ‘cheiro’ em mãinha e em toda família, todos os dias.
Dhionatan Ferreira Nunes Teixeira, Elaine da Silva Santos e Mário Fontainha, o que eles têm em comum? Todos eles receberam os primeiros aparelhos auditivos dispensados pelas unidades de reabilitação do Hospital de Amor, em Barretos (SP) e Porto Velho (RO)!
As unidades de reabilitação do HA realizaram, no mês de março e abril, as primeiras entregas de aparelhos auditivos para pacientes oncológicos e não oncológicos. Foram dispensados mais de 30 aparelhos auditivos (unilaterais e bilaterais) para as pessoas que já estavam na fila do SUS (Sistema Único de Saúde), aguardando os dispositivos.
Perda auditiva
A perda auditiva nada mais é do que a redução da capacidade de ouvir sons, podendo ser temporária ou permanente. Elas podem ocorrer por diversos fatores, como infecções, idade, lesões, exposição e ruídos. Além disso, também existe a possibilidade de pessoas que realizaram tratamento oncológico perderem a audição, como destacou o médico otorrinolaringologista do HA, Dr. Rafael Baston.
“Esses pacientes tiveram perda de audição (muitas vezes esperada), devido ao tratamento oncológico e, após o sucesso no tratamento, vem a segunda parte: que é a reabilitação. Além dos pacientes oncológicos, nós temos pacientes não oncológicos, como crianças – que possuem alterações congênitas que vem de um histórico familiar; e adultos – que acabam manifestando a perda auditiva um pouco mais tarde por conta de fatores como idade e excesso de exposição ao ruído”, explicou o médico.
Dispensação de aparelhos auditivos
“O que importa é eu estar ouvindo bem”, declarou Elaine da Silva Santos (46), de Barretos (SP), paciente do HA desde 2019 – quando foi diagnosticada com meningioma na cabeça e teve perda de audição. “Em 2019 eu fui diagnosticada com um meningioma na cabeça e iniciei meu tratamento no Hospital de Amor. Precisei passar por cirurgia, onde fiquei 21 dias em coma, e tive algumas sequelas. Fiquei sem andar, precisei fazer traqueostomia, tenho dificuldade na fala, tive perda de audição. Fui encaminhada para o Centro de Reabilitação do HA, em Barretos (SP), onde fiz todo o tratamento para conseguir voltar a ter uma vida normal. Tive alta da reabilitação da parte física e motora, e iniciei um novo processo, dessa vez a auditiva”, comentou a paciente.
No mês de março, Elaine recebeu dois aparelhos auditivos e, durante a entrega, a felicidade e a surpresa em seu rosto eram visíveis, pois quando os dispositivos foram ligados, ela começou a escutar sons que ela já não escutava há muito tempo, como os passos de pessoas andando no corredor do HA.
Dhionatan Ferreira Nunes Teixeira nasceu com hidrocefalia e, com 12 anos, foi diagnosticado com meduloblastoma. Ele iniciou o tratamento oncológico na sua cidade natal, Machadinho do Oeste (RO), e posteriormente, quando o Hospital de Amor Amazônia foi inaugurado, conseguiu transferência. Atualmente com 19 anos, Dhionatan finalizou o tratamento e, a cada seis meses, passa por consultas e realiza exames de acompanhamento.
Além disso, ele também realiza sessões na unidade de reabilitação do HA em Porto Velho (RO), o ‘DREAM Amazônia’. Porém, há dois anos, a família de Dhionatan percebeu que ele não estava ouvindo direito. “Sempre quando a gente conversava, a gente via que ele perguntava muito: ‘O que foi, pai?’ O que foi, mãe? Não estou escutando direito.’ E sempre que ele ia fazer os exames no hospital, a médica ia notando esse problema também. Foi aí que ela pediu o exame e o diagnostico aconteceu: perda de audição”, contou o pai de Dhionatan, Leucimar Nunes Teixeira.
Assim como Elaine, Dhionatan recebeu os aparelhos auditivos! “Eu me sinto muito feliz, a sensação de ouvir novamente é incrível”, comentou.
Em 2007, com oito anos, Mário Fontainha foi diagnosticado com meduloblastoma com hidrocefalia. Ele veio de Ji-Paraná (RO) para realizar o tratamento no HA, em Barretos (SP), e há mais de 15 anos teve alta, realizando o acompanhamento anual. Atualmente, com 25 anos, Mário reside na cidade de Valentim Gentil (SP) e, de uns anos para cá, percebeu uma perda significativa na audição.
Ele também foi encaminhado para o Centro de Reabilitação do HA, em Barretos (SP), onde passou por consultas com a equipe multidisciplinar (com otorrinolaringologista e fonoaudiologia) e realizou diversos exames para se ter um diagnóstico. No resultado foi constatada a perda auditiva, e o tratamento de reabilitação indicado para o Mário foram os aparelhos auditivos.
“Receber os aparelhos está sendo um verdadeiro presente. Com os aparelhos minha vida vai mudar muito, tanto pessoal quanto profissionalmente. Sem o aparelho eu sofria muito, principalmente no meu emprego, pois eu trabalho virado de costas para a equipe e, toda vez que uma pessoa precisa falar comigo, eu não conseguia escutar eles chamarem, era necessário que eles viessem até mim.”
A importância do diagnóstico
Ao dar entrada nas unidades de reabilitação do HA, os pacientes passam por avaliações e uma série de exames. Com o diagnóstico, é possível identificar como a perda vai evoluir com o passar dos anos e qual o tratamento é indicado para o paciente. “Quando eu tenho um diagnóstico, eu sei como essa perda vai evoluir, eu sei quais as dificuldades que o paciente vai ter no processo de reabilitação e, sabendo também o nível da perda de audição, eu consigo entender a dificuldade do paciente no dia a dia. É muito importante eu caracterizar e saber o grau e o porquê o paciente teve aquela perda de audição, para ser tratado de maneira adequada. Nem todo caso é de aparelho auditivo, nós temos casos em que é possível corrigir com cirurgia ou com tratamento clínico. Nós temos um leque de opções a partir de cada perda, mas, na maioria das vezes, o aparelho auditivo é o recurso que irá beneficiar esse paciente”, explicou Dr. Baston.
A perda da audição influencia diretamente na vida de uma pessoa, sendo o primeiro ponto o isolamento social. Indo mais além, a surdez interfere diretamente no desenvolvimento de doenças nos adultos e no atraso de aprendizagem em crianças, como destaca o médico otorrinolaringologista. “A privação sensorial está relacionada, por exemplo, em um adulto, diretamente com o desenvolvimento de doenças da cognição, como Alzheimer e demência, então nós sabemos que realizando a reabilitação desses pacientes, é possível frear ou até barrar esse processo. E falando de crianças, quando elas são submetidas ao tratamento oncológico e tem algum grau de acometimento auditivo, elas precisam ser reabilitadas o quanto antes, de uma maneira eficiente e muito bem-feita, pois isso influencia na escola, no nível de aprendizagem, no desenvolvimento cognitivo e nas relações sociais”, comentou o médico.
Unidades de reabilitação
Acolher com humanização, tratar com dignidade, salvar vidas e reabilitar! Estas são algumas das maiores diretrizes do Hospital de Amor. Em mais de 60 anos de história, a instituição vai muito além do tratamento oncológico: ela reabilita seu paciente, capacita-o após o tratamento para que ele volte para sua rotina com qualidade de vida.
Sempre atuando em direção ao atendimento integral em saúde, o Hospital de Amor conta com três unidades de reabilitação – em Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO) – com foco na recuperação das funções motoras, auditivas, intelectuais e visuais de pacientes oncológicos e não oncológicos.
O Centro Especializado em Reabilitação de Araguaína (TO) realiza, desde novembro de 2022, a reabilitação auditiva de pacientes. A unidade já fez a dispensação de mais de 441 aparelhos auditivos (unilaterais e bilaterais), para 234 pacientes (aproximadamente).
Muito se ouve sobre desnutrição, principalmente sobre desnutrição hospitalar, mas você sabia que de 15% a 40% deste problema tem prevalência no diagnóstico de câncer? Dados da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN) informam que a desnutrição hospitalar está associada diretamente ao aumento significativo de morbidade e mortalidade, com taxas que variam entre 20% e 60% em adultos hospitalizados – condição que piora, progressivamente, em idosos e pacientes críticos durante a hospitalização.
Este estado de deficiência nutricional – que pode afetar todas as funções do corpo humano, incluindo a força muscular, a capacidade de recuperação e a capacidade de resistir a infecções – é um problema de saúde pública que requer atenção. O cenário se torna ainda mais preocupante quando a desnutrição está relacionada a pacientes em tratamento de câncer, devido à uma combinação de fatores associados tanto à doença, quanto ao próprio tratamento.
De acordo com uma pesquisa da ESPEN Fact-Sheet (The European Society for Clinical Nutrition and Metabolism), a incidência de desnutrição aumenta de 40% a 80% durante tratamentos oncológicos. E mais do que isso: alguns tipos específicos de câncer, como pâncreas, pulmão e digestivo, estão associados a um maior risco.
Para você entender melhor o assunto, o médico intensivista do Hospital de Amor, Dr. Luís Henrique Simões Covello, esclareceu as principais dúvidas sobre o tema. Confira a entrevista completa, cuide da sua saúde e da saúde de seus familiares!
1) O que é desnutrição e o que causa este distúrbio no paciente oncológico?
R: A desnutrição é um estado patológico resultante da ingestão insuficiente de calorias, proteínas e outros nutrientes. Este estado de deficiência nutricional pode afetar todas as funções do corpo humano, incluindo a força muscular, a capacidade de recuperação e a capacidade de resistir a infecções. Em pacientes oncológicos, a desnutrição é comum devido a uma combinação de fatores associados tanto à doença, quanto ao seu tratamento.
2) Quando ela é identificada?
R: A desnutrição é normalmente identificada pelo índice de massa corporal (IMC) reduzido. No entanto, é necessária uma avaliação mais ampla envolvendo a história clínica e alimentar dos pacientes, principalmente os oncológicos.
3) É um quadro preocupante? Por quê?
R: A desnutrição é particularmente preocupante em pacientes oncológicos devido a razões relacionadas ao impacto negativo tanto no tratamento, quanto nos resultados de saúde gerais. Ela causa:
– Comprometimento da função imunológica;
– Redução da tolerância ao tratamento;
– Piora na qualidade de vida;
– Atraso na recuperação e cicatrização;
– Aumento da toxicidade do tratamento;
– Impacto na efetividade do tratamento;
– Aumento da mortalidade.
4) Em quais tipos de câncer a incidência de desnutrição é maior?
R: A incidência de desnutrição é particularmente alta em certos tipos de câncer, especialmente aqueles que afetam o trato gastrointestinal ou aqueles que são metabólica e fisicamente mais agressivos, como por exemplo os cânceres de pâncreas, pulmão e cabeça e pescoço.
5) Existe alguma diferença deste distúrbio entre homens e mulheres?
R: Dados mostram que, dos pacientes desnutridos, 60% são homens e 40% são mulheres.
6) Durante o tratamento oncológico, como a desnutrição pode ser evitada?
R: Algumas estratégias podem ser utilizadas para prevenção e cuidado com a desnutrição nos pacientes oncológicos em qualquer fase do seu tratamento. São elas:
7) A família pode contribuir neste caso? Como?
R: O apoio da família é crucial no manejo da desnutrição em pacientes oncológicos, ajudando não só a preservar o estado nutricional do paciente, mas também a melhorar sua qualidade de vida durante um período desafiador. Aqui estão algumas formas como a família pode contribuir efetivamente:
O Hospital de Amor deu mais um importante passo no tratamento de reabilitação de pacientes oncológicos e não oncológicos. O HA colocou na estrada a sua primeira unidade móvel, com foco em reabilitação de pessoas com deficiências físicas, a “Oficina Ortopédica Itinerante Terrestre”. A nova carreta percorrerá 14 municípios do estado de Alagoas, realizando os serviços de ajustes, confecções, e dispensações de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção – OPM.
De maneira geral, a unidade móvel realizará manutenção simples de cadeiras de rodas e de banho, avaliação de equipamentos, moldes gessados e por scanner, além de todo atendimento para prova e ajustes dos equipamentos para os pacientes, que possuem limitações ao acesso a este tipo de serviço.
Com tratamento humanizado e tecnológico, a unidade móvel conta com o auxílio da mais alta tecnologia, para proporcionar maior qualidade de vida para pacientes que necessitam de reabilitação com órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção – OPM.
“As tecnologias que foram adquiridas pelo Hospital de Amor, notadamente o robô francês chamado Victor, que é um robô de sete eixos instalado na cidade de Barretos, permite à unidade móvel, que ela contenha um sistema muito enxuto de equipamentos, basicamente um scanner de alta resolução e um laptop. Desse modo, conseguimos escanear o corpo do paciente, para que as imagens sejam enviadas pela internet para a central de fabricação em Barretos (SP), onde o robô pode imprimir o molde para fabricação do produto final, que depois é enviado para a casa do paciente, através dessa unidade móvel”, ressalta o Dr. Marconi.
A projeção do HA é que sejam dispensadas por mês com a “Oficina Ortopédica Itinerante Terrestre”, aproximadamente, entre 5 e 10 próteses, e dispensados cerca de, 30 órteses e meios auxiliares de locomoção – OPM.
O diretor de Reabilitação do HA ressalta ainda a importância das unidades itinerantes para o sistema de saúde. “A ideia da unidade itinerante, que já é uma modalidade estabelecida aqui no Brasil, onde inclusive existe um recurso federal para isso, é justamente o fato dela poder ir até a casa do paciente ou em uma unidade de saúde mais próxima, e avaliar a necessidade de dispensação de uma órtese, prótese ou de um meio auxiliar de locomoção. Então, o fato dela se aproximar de um paciente que já tem como condição inerente à dificuldade de locomoção é uma benéfica muito grande dentro do nosso sistema de saúde”.
Unidades móveis de prevenção
Atualmente, o Hospital de Amor conta com 56 unidades móveis de prevenção, equipadas com a mais alta tecnologia, que rodam todo o Brasil, encurtando essa distância e proporcionando atendimento de boa qualidade, saúde e bem-estar para os pacientes.
Em 2023, foram realizados mais de 200 mil, entre atendimentos e procedimentos, nas unidades móveis de prevenção do HA como mamografia, Papanicolaou, consultas oncológicas e odontológicas, procedimentos de boca, teste FIT (este de imunoquímica fecal), entre outros.
Reabilitação
Buscando sempre o atendimento integral em saúde, o Hospital de Amor além de promover saúde por meio de atendimento médico hospitalar qualificado em oncologia, de forma humanizada, em âmbito nacional para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), vem buscando cada vez mais integrar os seus atendimentos, principalmente com a reabilitação de seus pacientes oncológicos, e de pacientes não oncológicos.
O HA Barretos conta um Centro de Reabilitação completo, com equipamentos e tecnologia de ponta, que visa recuperar as funções perdidas pelos pacientes e diminuir o risco de sequelas (causadas, em grande maioria, pelo próprio tratamento), mas vai muito além disso. Além da reabilitação motora, também trabalha a reabilitação física, auditiva, visual e cognitiva.
Além de Barretos, o HA conta com mais duas unidades especializadas em reabilitação (não apenas oncológica), em Araguaína (TO) e Porto Velho (RO).
De acordo com o Ministério de Saúde, são estimados cerca de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero de 2023 a 2025, no Brasil. Ao menos 6 mil brasileiras perderam a vida, apenas em 2020, em decurso da doença, um problema que desperta cada vez mais o interesse de pesquisadores na busca por melhores tratamentos. De modo assustador, até 30-40% dos recursos investidos no tratamento do câncer são perdidos devido à ineficiência de alguns processos desnecessários, segundo a startup Hi!
O Harena, como centro de inovação do Hospital de Amor, busca atuar no apoio de desenvolvimento e otimização de empreendimentos que focam em resolução de problemas da área da saúde, como o aumento de tipos de câncer. De acordo como coordenador de projetos do Harena Inovação, Mateus Frederico de Paula, “Nossa equipe vem desempenhando um papel muito importante no apoio de diversas startups, dentre elas, a ‘Hi! Healthcare Intelligence’ – plataforma de Health Analytics que auxilia sistemas de saúde na gestão de desperdícios de tratamentos de alto custo. Nós também oferecemos acesso a recursos, conhecimentos e infraestrutura do Hospital de Amor. Dessa forma, é facilitado o desenvolvimento de networking, parcerias estratégicas, aconselhamento e mentoria”, explica.
Mateus revela otimismo ao participar de modo efetivo no projeto desta startup, principalmente, porque ela foi contemplada com o valor de R$ 350 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP), a fim de desenvolver seu projeto em parceria com o time de oncologia ginecológica no Hospital de Amor, em Barretos (SP).
A cooperação entre a Hi! e o HA visa proporcionar decisões baseadas em oferecer análises de dados que orientam médicos e gestores em escolhas informadas, levando em consideração tanto os resultados clínicos quanto os custos associados. Além disso, também busca gerar a redução de desperdícios, identificando e eliminando processos desnecessários. Ou seja, o projeto é interdisciplinar, pois é desenvolvido por uma equipe formada por médicos, gestores, pesquisadores e especialistas.
Segundo Mateus, “Isso proporciona uma gestão mais eficiente, reduzindo custos e melhorando a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes do Hospital de Amor. Além do mais, a plataforma contribui para o avanço da pesquisa em oncologia, fortalecendo a posição do HA como uma instituição líder no tratamento do câncer”, finaliza.
Após a validação deste projeto, há expectativa de ambas as partes sobre uma possível expansão para a segunda fase, quando poderá ser implementado em todos os setores do Hospital, com aporte de fomento de até R$ 1,5 milhão. Ou seja, a plataforma possibilitará o fornecimento de dados valiosos sobre o custo-benefício de diferentes tratamentos, linhas de cuidado e procedimentos em pacientes oncológicos, otimizando ainda mais o tratamento para os pacientes do HA, que recebem o que há de melhor em tecnologia, gratuitamente.
O projeto e sua aplicabilidade para a saúde
O coordenador do Harena explica que a iniciativa é de suma importância para a saúde pública no país, pois visa otimizar o valor entregue aos pacientes nos tratamentos de câncer, que é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. “Ao desenvolver uma plataforma de coleta de desfechos clínicos, avaliações econômicas e gestão de desperdícios para tratamentos de alto custo, o projeto busca melhorar a eficiência operacional dos serviços de saúde, garantindo uma utilização mais efetiva dos recursos disponíveis. Isso pode resultar em uma redução significativa dos custos associados ao tratamento do câncer, tornando-o mais acessível para a população e, consequentemente, melhorando os resultados de saúde e a qualidade de vida dos pacientes”, conta Mateus.
Além disso, ao promover uma abordagem baseada em valor e evidências, o projeto da Hi! contribui para o avanço da prática clínica e para a tomada de decisões mais informadas e assertivas pelos profissionais de saúde. Deste modo, o impacto positivo desta iniciativa pode se estender além do âmbito da saúde, influenciando políticas públicas, diretrizes clínicas e o sistema de saúde como um todo.
A importância de startups no apoio da saúde pública
Fundada em 2019, em São José dos Campos (SP), a Hi! é uma plataforma de Health Analytics que ajuda sistemas de saúde na gestão de desperdícios de tratamentos de alto custo. Uma plataforma que, além de coletar desfechos em saúde (PROMs e PREMs), também é capaz de realizar diagnósticos de desperdício, custo-efetividade e gerar algoritmos personalizados para o desenvolvimento de estratégias para prevenção e predição de novos eventos de alto custo. Ou seja, visa empoderar a estratégia, times de gestão e liderança de sistemas de saúde na gestão baseada em dados relevantes de acordo com a jornada do tratamento de alto custo.
Mateus diz se sentir privilegiado por poder fazer parte de projetos de alto impacto como este, pois maior eficiência pode ser traduzida em maior acesso da população. “É sobre salvar mais vidas!”.
Em 2020, o Brasil registrou 6.650 novos casos de câncer de ovário, o que representa 3% das neoplasias detectadas em mulheres no país. Mas, segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer), no triênio que contempla o período de 2023 a 2025, o número previsto já é superior, ultrapassando os 7 mil novos casos por ano. Ainda segundo a instituição, a região com maior incidência é a Sudeste.
A doença ocupa o sétimo lugar no ranking nacional de mortalidade entre as brasileiras, isso porque o câncer de ovário ainda é frequentemente diagnosticado em estágios avançados, diminuindo as possibilidades de tratamentos com fins curativos e a taxa de sobrevida. No mundo, dados mostram que apenas 45% das mulheres diagnosticadas possuem uma taxa de sobrevida de cinco anos, uma taxa que é de 89% nos casos de mulheres com câncer de mama.
Por isso, o cirurgião oncológico do Hospital de Amor, Dr. Carlos Andrade, ressalta a importância da observação de alguns sinais e sintomas da doença. “Os sintomas do câncer de ovário em estádios iniciais são muito fracos e podem facilmente serem confundidos com uma má digestão, dor muscular ou sintomas urinários. É importante alertar que mulheres com sintomas urinários ou intestinais que persistem por mais de uma semana, e que não tenham nenhum diagnóstico que justifique, devem ser investigadas para câncer de ovário. Pode ser uma sensação de empachamento, uma constipação, um aumento do volume abdominal ou um aumento da frequência urinária”.
Fatores de risco
Segundo a World Ovarian Cancer Coalition, uma organização global sem fins lucrativos focada não apenas na conscientização, mas no avanço de pesquisas e novos tratamentos da doença, ainda não há um teste simples ou exame de rotina preciso para o diagnóstico precoce, mas alguns fatores de risco devem ser levados em consideração no acompanhamento clínico padrão.
Idade: a maioria dos casos de câncer de ovário ocorre em mulheres com mais de 55 anos, pois a doença também está relacionada ao grau de atividade hormonal feminina. Mas alguns tipos de câncer de ovário podem aparecer em mulheres jovens;
Genética: mulheres portadoras de mutações genéticas nos genes BRCA1 ou BRCA2 (genes que ajudam a reparar os danos nas células), também relacionadas ao surgimento do câncer de mama, estão mais propensas ao desenvolvimento da doença. As portadoras de mutações no primeiro gene apresentam 45% de possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer durante a vida, enquanto mutações no segundo gene oferecem risco de 25%.
Histórico familiar: dados mostram que as mulheres com maior o risco de desenvolverem câncer de ovário são as que possuem dois ou mais parentes que tiveram câncer de ovário, da mama, do cólon ou do útero, independente da ascendência de origem materna ou paterna. Cerca de 15% dos casos de câncer de ovário têm antecedentes familiares.
Outros fatores: por ser uma doença ligada à atividade hormonal, especialistas destacam que o risco de desenvolvimento do câncer de ovário é maior nas mulheres que não tiveram filhos, que nunca tomaram a pílula anticoncepcional, que iniciaram o período menstrual muito cedo ou cuja menopausa começou mais tarde do que a média e em mulheres que já tiveram endometriose.
Prevenção
– Conheça seu corpo: esteja atenta a qualquer mudança incomum;
– Consultas médicas regulares: realize exames ginecológicos regularmente;
– Histórico familiar: se houver casos de câncer de ovário na família, informe seu médico;
– Uso de anticoncepcionais: alguns estudos sugerem que o uso prolongado de anticoncepcionais pode reduzir o risco, porém, o uso do anticoncepcional também pode ser um fator de risco para o surgimento do câncer de mama. Assim, é de extrema importância a consulta com o médico especialista para avaliação e indicação caso a caso.
Diagnóstico
A ecografia pélvica transvaginal e transabdominal são exames que permitem o diagnóstico e a avaliação em casos suspeitos de tumores nos ovários, mas o acompanhamento clínico é imprescindível para resultados positivos quando o assunto é diagnóstico precoce! Atualmente, a medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125 também tem sido uma ferramenta importante, visto que cerca de 80% das mulheres com câncer de ovário possuem esse marcador elevado.
Tratamento
Em casos aonde há suspeita de tumor de ovário, a cirurgia exploratória é recomendada para avaliação e definição de estadiamento da doença, podendo acontecer apenas a remoção do tumor ou ainda a necessidade da retirada do útero e dos ovários. A depender do estágio, tratamentos adjuvantes de quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo podem ser utilizados.
Lembre-se sempre de consultar seu médico e seguir as orientações para um diagnóstico precoce e tratamento adequado. A prevenção e a conscientização são essenciais na luta contra o câncer de ovário.
Tratamento humanizado associado à tecnologia! Atualmente, o Hospital de Amor conta com três unidades especializadas em Reabilitação: em Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO), com equipamentos altamente tecnológicos, que auxiliam pacientes oncológicos e não oncológicos na recuperação das funções motoras, auditivas, intelectuais e visuais.
Imagina um videogame com uma tela grande, projetada na parede da sua casa, onde você consegue movimentar coisas apenas com um toque? Essa tecnologia é chamada de realidade virtual, que está presente no NIRVANA, equipamento utilizado nos atendimentos de pacientes dos Centros de Reabilitação do Hospital de Amor, em Barretos e em Araguaína.
Trata-se de um dispositivo que auxilia na reabilitação motora e cognitiva de pacientes que tiveram suas funções perdidas (causadas, em grande maioria, pelo próprio tratamento oncológico) ou diagnosticados com TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), dislexia e deficiência intelectual. Além disso, o NIRVANA proporciona ao usuário uma experiência imersiva, por meio do seu sistema, criando um ambiente realista de acordo com o que ele vive, possibilitando trabalhar coordenação motora, equilíbrio, destreza manual, amplitude de movimento, estimulação cognitiva e baixa visão.
Uma das principais funções do equipamento é a estimulação neurossensorial, como destaca a educadora intelectual e psicopedagoga do Centro de Reabilitação do HA, Maria Laura de Barros Pedro. “Após uma avaliação do paciente, é realizado um estudo e traçado um plano de tratamento, onde já iniciamos a reabilitação com o NIRVANA. Todos os nossos pacientes, sejam eles oncológicos ou não, passam pelo dispositivo, pois além de acelerar o processo de recuperação e desenvolvimento, é possível trabalhar estimulação, comunicação e cognição através dos exercícios”, explica Maria Laura.
Os exercícios são todos adaptados, o que possibilita atender pacientes de diferentes faixas etárias, condições físicas, motoras e intelectuais. “Durante o processo de reabilitação, aproximadamente 30 pacientes passam por dia no NIRVANA e nós conseguimos adaptar os exercícios em tempo real, aproximando ao máximo da realidade em que o paciente está inserido, seja em sua casa, escola e trabalho. Conforme sua evolução, o próprio sistema vai ajustando os níveis de dificuldade”, destaca a psicopedagoga.
A reabilitação com o NIRVANA, associado a outras estratégias de tratamento, faz com que o paciente seja proativo na realização das tarefas, se tornando cada vez mais independente.
Parceria com Alok
O equipamento está sendo utilizado na reabilitação de pacientes do HA desde 2022, e foi adquirido por meio de uma doação realizada pelo Instituto Alok. O artista doou o cachê de um show realizado durante a Festa do Peão de Americana.
No dia 24 de agosto de 2022, em uma visita ao Hospital de Amor Barretos, o DJ conheceu de perto o dispositivo. Na ocasião, o presidente do HA, Henrique Prata, recebeu o artista e o homenageou com uma placa em seu nome. Em 2023, Alok repetiu o gesto de amor e solidariedade, e doou novamente seu cachê para a instituição, dessa vez o do show realizado durante a Festa do Peão de Barretos.