O termo japonês ‘ikigai’ significa “uma razão para existir”. A palavra é composta pelo termo iki, que significa ‘vida’, e gai, que traduzido seria ‘efeito’. O caminho Ikigai, seria uma ferramenta de autoconhecimento que explana diversas áreas e intersecções da vida pessoal e profissional. Ou seja: ao encontrar algo que você ama, te pague bem, você realiza com esmero e faz a diferença no mundo, aí então, você terá alcançado o seu Ikigai, ao unir missão, paixão, profissão e vocação.
A freira Rita de Cassia de Jesus, de 40 anos, natural de Mogi das Cruzes (SP), faz parte da Congregação das Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada há 24 anos. “Deus me chamou para a vida religiosa para ser amor na vida dos doentes e dos mais necessitados. Escolhi servir a Deus no amor e na alegria de me doar”, conta Rita, sempre com um sorriso no rosto.
Há pouco mais de um ano, a irmã começou a trabalhar no alojamento Madre Paulina, em Barretos (SP) – o primeiro alojamento do Hospital de Amor. De acordo com a freira, trabalhar nesta casa assistencial é um privilégio, pois é possível conhecer um pouco de várias partes do Brasil e se aprofundar na arte de acolher e amar realidades, ao adentar na intimidade das pessoas no momento da fragilidade da dor, doença física e espiritual. “Penso que a missão do HA é o testemunho mais vivo e concreto de que é possível atender a saúde humana com dignidade e nobreza de espírito, sem distinção de cor, classe social, raça ou religião, atendendo assim, a pessoa humana como um todo”, afirma Rita.
Amor e dedicação pela causa onde trabalha, Rita tem de sobra, mas para dar conta de administrar o local que abriga 257 pessoas, a freira conta com algo que no início começou mais como recomendação, mas agora já vem ganhando gosto: praticar exercícios físicos na academia. “Começamos a treinar, pois sentíamos necessidade de fazer uma atividade para o bem-estar físico e psíquico, porque nossa rotina requer muito equilíbrio e disponibilidade de tempo”, explica a freira que treina com suas colegas de trabalho, as também freiras, irmã Raymunda, de 77 anos, e irmã Adriana, de 43 anos.
Vestida com seu fiel ‘hábito’ e um par de tênis, Rita recebe o auxílio do educador físico da academia do Hospital de Amor (exclusiva para os colaboradores da instituição), Gilmar Júnior, que revela que elas sãos as primeiras religiosas que ele ajuda a treinar. “O senhor Henrique Prata é adepto à atividade física, então, todos aqueles próximos a ele, nesse caso, os padres e as freiras, ele pede sempre para virem praticar a musculação comigo. Com isso eu já atendi o Pe. Constante, Pe. Túlio e outros padres que passaram pela cidade estudando e também vieram treinar na academia”, conta Juninho – como é conhecido pelos funcionários da instituição.
Gilmar explica que o treino é um meio de exercitar o corpo para gerar o bom funcionamento corporal e aumentar a resistência física para o trabalho tão árduo como o de cuidar de outras pessoas, algo este realizado pelas freiras. “Gosto muito de fazer os exercícios interagindo com todos os colaboradores que ali treinam, além de escutar no celular algumas orações e reflexões bíblicas para aproveitar bem o tempo”, revela o educador.
Júnior também conta que o maior desafio dos treinos é manter a frequência e a disposição, pois tem dias que o tempo é bem escasso e o cansaço dos atendimentos aos pacientes são bem intensos. Segundo a irmã Rita, as atividades físicas são importantes, já que viver harmoniosamente num local onde residem mais de 200 pessoas de várias situações, culturas e regiões, é um verdadeiro milagre do amor.
Irmã Rita também tem disposição para organizar eventos culturais no alojamento, inclusive, ela realiza até apresentações de dança, contribui com as atividades diárias no local, faz suas orações, doa sangue e está sempre pronta para ajudar a todos.
Mas engana-se quem pensa que malhar não é algo comum das freiras. Madonna Budder é uma famosa religiosa americana, de 92 anos, que já realizou mais de 400 provas de triatlo, sendo 50 delas na modalidade Ironman (uma das competições mais difíceis do mundo), no qual é necessário nadar 3,8 km, pedalar 180 km e finalizar com 42 km de corrida. Sister Madona, com é conhecida na América, teve seu primeiro contato com triatlo aos 48 anos, e aos 70 anos participou do Ironman pela primeira vez. Ela já alcançou o recorde mundial de mulher mais velha a finalizar a competição aos 82 anos. Isso prova que nunca é tarde para iniciar uma atividade física e mudar de hábito!
Praticar atividades físicas contribui para diversos benefícios, tais como: ajuda no combate ao excesso de peso, reduz a pressão arterial, ajuda a controlar a glicemia, fortalece ossos e articulações, aumenta a força e a resistência muscular, diminui o estresse, promove a sensação de bem-estar, aumenta a disposição, combate a ansiedade e a depressão, fortalece o sistema imunológico, além de contribuir para uma melhora da memória e da capacidade de aprendizado.
Atender, cuidar e sempre estar à disposição de milhares de pacientes diariamente, com carinho e bom humor, é uma função que exige muita dedicação, amor pelo que faz e a certeza de saber que seu trabalho está fazendo a diferença no mundo, sendo assim, podemos dizer que a irmã Rita encontrou o seu Ikigai.
Em abril de 2012, a colaboradora do Hospital de Amor Barretos (SP), Deize de Oliveira (43 anos), descobriu que estava com mais de mil pólipos no intestino (alterações que podem aparecer no intestino devido à proliferação excessiva de células presentes na mucosa no intestino grosso). Apesar do número impactar, a história dela e de sua família é muito mais impressionante!
Tudo começou quando Deize tinha apenas dois anos e seu pai foi diagnosticado com câncer colorretal. Ele não resistiu ao tratamento, mas a família não sabia que a doença tinha grandes chances de ser hereditária. Quando ela completou 31 anos, uma nova preocupação surgiu: seu irmão começou a sentir fortes dores na barriga e a ter sangramento nas fezes. Ao realizar alguns procedimentos, foi diagnosticado com câncer de intestino – o mesmo tipo que levou seu pai. E ele também não resistiu. Foi aí que uma médica do departamento de Oncogenética do HA orientou Deize a fazer exames preventivos, pois as chances dela também se tornar paciente oncológica eram altas.
Ainda que sem sintomas, ela cedeu ao rastreamento e, após uma colonoscopia, foram detectados mais de mil pólipos intestinais. “O caso era cirúrgico, mas o meu maior medo era precisar utilizar a bolsa de colostomia. Depois da cirurgia, na sala de recuperação, escutei a voz do médico me dando a notícia de que o procedimento tinha sido um sucesso e não seria necessário colocar bolsa”, afirmou.
Todo esse processo, tanto da Deize, quanto do irmão, foi realizado no Hospital de Amor. Na época, ela atuava no departamento de nutrição e, após o afastamento por conta da cirurgia, foi promovida a auxiliar no setor de radiologia. Animada com o sucesso do tratamento e com a promoção, ela começou um curso na área. “Graças a Deus e ao HA, hoje eu sou técnica em radiologia e estou viva”.
Ao ressaltar a importância da prevenção, ela se emociona! “É extremamente importante estar em dia com os exames preventivos. Se tivéssemos ido ao médico antes, meu irmão estaria aqui comigo hoje. Minha dica é: se você está sentindo qualquer sintoma, procure um médico de sua confiança. E se você tem casos de câncer na família, recorra ao setor de oncogenética, pois a doença pode ser hereditária”, declarou.
Atualmente, Deize atua como técnica de radiologia no Hospital de Amor e faz acompanhamento anual para ressecar os pólipos. Seus três filhos são saudáveis, porém, por conta do histórico familiar, o mais velho, Eduardo (24 anos), também já deu início aos exames preventivos na instituição.
Oncogenética no Hospital de Amor
A Oncogenética é a uma área médica que acompanha pacientes que possuem um maior risco de desenvolvimento de câncer por conta de fatores hereditários. Esse tipo de acompanhamento só é indicado em casos específicos e, nessas situações, pode ser um grande aliado para identificar a predisposição, a fim de realizar a detecção precoce de alguns tipos de tumores.
O Hospital de Amor oferece este tipo de acompanhamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), graças à sua estrutura voltada para pesquisa científica em oncologia. De acordo com o médico oncogeneticista da instituição, Augusto Antoniazzi, quando há a identificação de que a doença seja hereditária em um paciente da instituição, inicia-se também a investigação com seus familiares. “Por meio do paciente, nós conseguimos também identificar familiares com risco aumentado de câncer e propor estratégias de prevenção e redução de risco para eles”. Então, caso a equipe identifique um familiar saudável, sem o diagnóstico para câncer, é capaz fazer um programa de prevenção para ele. Com isso, é possível evitar que o câncer seja diagnosticado em estágios mais tardios, aumentando consideravelmente as chances de cura.
Em alguns tipos de tumores da doença é possível realizar um tratamento baseado na mutação genética, com medicações específicas que melhoram seu desfecho. Para a maioria dos genes que pré-dispõem ao câncer, o teste genético é realizado já na idade adulta. Mas, existem casos onde ele pode ser feito ainda infância.
A noite da última terça-feira, 4 de abril, ficará para sempre na memória de 60 adolescentes em tratamento no Hospital de Amor Infantojuvenil, que foram presenteados com um ‘Baile de Debutantes’ do projeto Fadas Madrinhas, idealizado há quase 20 anos pela empresária Liliane Barros Marty Caron, conhecida carinhosamente como Lili. O evento, que trouxe a magia do fantástico universo de ‘O Mágico de Oz’, foi digno dos sonhos dos príncipes e princesas, com direito a valsa, roupas de gala, madrinhas, padrinhos e muitos convidados especiais que se reuniram para comemorar a vida e as histórias de cada um dos pacientes.
Nesta edição, que foi a 5ª realizada com exclusividade aos pacientes do HA, as comemorações começaram um dia antes com um jantar de boas-vindas e teve um toque a mais de emoção, por ser a primeira grande festa do projeto após o período de pandemia. Lili conta que a intenção de realizar uma festa de 15 anos para adolescentes carentes, surgiu, literalmente, de um sonho. “Eu sonhei que fazia 15 anos em uma grande festa. Tinha vestido longo, valsa e as minhas convidadas eram as meninas que eu visitava e ajudava. Era realmente um sonho. No dia seguinte, comecei a tornar isso realidade, uma realidade que só é possível graças à união, parceria, doação e dedicação de tantos amigos e parceiros”.
Para a oncologista pediátrica da unidade infantojuvenil e madrinha do projeto, Dra. Erica Boldrini, momentos de felicidade e concretização de sonhos também precisam fazer parte da memória neste período da vida dos adolescentes em tratamento. “Não é porque eles estão dentro de um hospital, passando por momentos tão difíceis, que não existirão momentos incrivelmente bons e acredito que este seja um desses ápices”, ressaltou.
A hora mais aguardada da noite não poderia ter sido mais emocionante! A valsa, embalada pela canção ‘Lanterna dos Afogados’, foi especialmente escolhida e cantada ao vivo pelas irmãs e atrizes Antônia Morais e Cleo Pires. “Escolhemos essa música pelo significado pessoal que ela tem para nós, uma das músicas preferidas do nosso tio Alexandre, que nos deixou no final do ano passado e que também foi tratado no HA. Esse hospital e todo o trabalho é realmente um orgulho para o nosso país, a assistência aos pacientes e suas famílias, a forma que humanizam os tratamentos e pensam em cada detalhe para minimizar as dores e as dificuldades da doença. Eu só posso agradecer por ter feito parte disso”, se emocionou Antônia, que prometeu participar de todas a próximas edições a partir de agora. A atriz foi convidada a conhecer o projeto e a instituição pelo namorado e ator Paulo Dalagnoli, que se apaixonou pela causa e desde a primeira edição do baile participa como Príncipe.
Para tornar a experiência mais especial, tudo foi planejado para ser uma grande surpresa aos verdadeiros donos e donas da festa, desde os vestidos e decoração, até as atrações principais, como o show de Dennis DJ, que só foi revelado na abertura do palco. A noite também foi abrilhantada pelas apresentações da cantora Wina, do grupo ‘O Clã’ e da dupla ‘Augusto & Atílio’, além da presença do humorista Jonathan Nemer, que também foi um dos padrinhos.
Realizadores de sonhos
O projeto, que só é possível por meio das doações e solidariedade de grandes empresas e empresários(as), contou, neste ano, com a parceria da estilista Dani Messih, da loja Ouro Têxtil, do grupo de moda Carmen Steffens e da Casa da Beleza Cris Rozzini, que proporcionou um verdadeiro Dia de Princesa para as debutantes. A cerimonialista Ana Araújo e o decorador Roni Vieira trouxeram sua expertise para criar uma decoração deslumbrante, enquanto o buffet foi servido pela Doce Pimenta. O chef Picuí e outros chefs convidados foram responsáveis pelo cardápio do jantar, já o bolo artístico foi assinado por Andreia Bolos. Para completar, os drinks foram servidos pela Flairs Bartenders.
Sobre o projeto
O projeto é uma produção independente, de iniciativa privada e sem fins lucrativos, da empresária Liliane Barros Marty Caron, que há mais de 20 anos desenvolve ações sociais em todo o Brasil. Dentre as 10 edições, cinco foram realizadas no Hospital do Amor, uma declaração de carinho e admiração da empresária ao trabalho realizado pelo hospital, considerado referência no tratamento e prevenção do câncer na América Latina. A missão do Projeto Fadas Madrinhas ė realizar sonhos de jovens com histórias de vida marcantes, sem condições de realizar com recursos próprios ou familiares, o desejo de ter uma grande festa de debutantes.
Quanto vale uma declaração de amor? Para o Hospital de Amor, a sua vale muito! É com este tema que a instituição deu início a campanha “Declaração de Amor”, com objetivo de captar recursos obtidos por meio de incentivos fiscais – essenciais para que o hospital continue buscando excelência tecnológica e humana no tratamento oncológico e oferecendo aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, via Sistema Único de Saúde (SUS).
Se você tem o desejo de contribuir com a causa do HA de forma rápida, segura e sem gastar nada, as doações de Imposto de Renda são ótimas opções! A novidade deste ano é que, além da doação ao projeto Lei da Criança e Adolescente, também é possível dobrar o valor destinado à instituição, doando também para a pessoa idosa. Ou seja: você pode destinar 3% para as atividades da instituição com crianças e adolescentes e mais 3% ao atendimento da pessoa idosa.
Para esclarecer todas as dúvidas sobre as doações de IR e a importância delas para o Hospital de Amor, preparamos uma matéria especial com o gerente de Parcerias Corporativas da instituição, Cleber Delalibera. Confira!
• Como doar o Imposto de Renda para o Hospital de Amor?
R.: No momento de fazer a Declaração do Imposto de Renda, escolha a opção “Doações Diretamente da Declaração”. Após o preenchimento dos dados solicitados, o próprio sistema irá gerar as guias referentes ao IR e às doações escolhidas, podendo ser de 3% – a Lei da Criança e Adolescente, e 3% – a Lei do Idoso.
Resumidamente:
– Preencha sua declaração com todos os dados financeiros;
– Selecione o campo ‘Fichas da Declaração’ e escolha a opção ‘Doações Diretamente da Declaração’;
– Selecione a aba ‘Criança e Adolescente’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em UF, selecione ‘SP’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 19.011.652/0001-50’. Este é o Fundo Municipal da Criança de Barretos;
– Selecione a aba ‘Idoso’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 15.642.204/0001-01’. Este é o Fundo Municipal do Idoso de Barretos.
– Na hora de enviar a declaração para a Receita Federal, o sistema irá emitir até três DARF’s, sendo um referente ao Imposto de Renda e outros dois correspondentes aos fundos da Criança e Adolescente, e Idoso.
– Após enviar o pagamento, é fundamental direcionar o comprovante de para: ha.com.vc/ircomprovante.
• Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode doar?
R.: Toda pessoa física que fizer a declaração completa do Imposto de Renda e obter tributos a pagar, pode contribuir. Já pessoas jurídicas podem fazer a dedução fiscal desde que estejam na modalidade ‘Lucro Real’.
• De que maneira as doações incentivadas contribuem com o HA?
R.: As doações incentivadas pela Lei do Idoso garante atendimento integral aos pacientes de 60 anos ou mais, nas unidades do Hospital de Amor espalhadas por todo o Brasil. São contemplados os custos relacionados ao tratamento e às atividades multidisciplinares desenvolvidas continuamente, além de auxiliar no custeio do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção o idoso do HA).
Já as doações incentivadas pelo Fundo da Criança e Adolescente têm o objetivo de viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, em Barretos (SP), além contribuir com as ações de assistência, estruturadas para que o paciente e sua família possam estar juntos no enfrentamento da doença.
• Quanto foi arrecadado, no último ano, por meio dos projetos (Lei do Idoso e Lei da Criança e Adolescente)?
R.: O valor arrecadado no último ano com os dois fundos, foi de aproximadamente R$ 80.000.000,00. Embora expressiva, a quantia ficou muito abaixo da real necessidade do HA, onde o déficit operacional ultrapassou meio bilhão de reais em 2022.
• Doações de pessoas físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que façam modelo completo?
R.: Sim, podendo ser destinado 3% para a Lei do Idoso e 3% para a Lei da Criança e Adolescente.
• Qual é a data limite para realizar a declaração e ajudar o HA?
R.: Pessoa física pode doar em qualquer momento, no entanto, recomendamos que os prazos de entrega das declarações sejam respeitados para se evitar possíveis multas, ou seja, até 31/05/2023. Já as pessoas jurídicas têm até o dia 28/12/2023 para doar.
• Qual é a importância e o impacto destas doações para o Hospital de Amor?
R.: A contribuição fiscal é um ato que salva vidas. Por meio dela, o HA consegue custear grande parte dos seus procedimentos, oferecendo atendimento de qualidade e repleto de amor a pacientes de todo Brasil. São 61 anos ajudando os brasileiros de forma gratuita e integral.
IMPORTANTE: após concluir a doação do seu IR, não esqueça de enviar o comprovante para garantir que o Hospital de Amor receba os recursos. Sem essa etapa, a doação não chega!
Agora é com você! Declare seu amor para o HA e faça a diferença na vida de milhares de pacientes. E se ainda ficou alguma dúvida, acesse: ha.com.vc/irha e confira o passo a passo.
O dia 24 de março é sempre uma data muito especial e significativa para o Hospital de Amor. Ela representa o início de tudo, quando no ano de 1962 o casal de médicos visionários, Dr. Paulo Prata (in memoriam) e Dra. Scylla Duarte Prata, fundaram um dos maiores centros de tratamento oncológico da América Latina, responsável por atender pacientes de todo Brasil e de países vizinhos, de forma humanizada e 100% gratuita.
De lá para cá, em 61 anos de história, muita coisa aconteceu! A instituição ultrapassou limites, barreiras e fronteiras para levar saúde de qualidade a todas as pessoas. O seu programa de prevenção de câncer alcançou números de diagnósticos precoces inimagináveis, por meio de suas unidades fixas e móveis. Seus atendimentos de excelência (via Sistema Único de Saúde) em unidades de tratamento espalhadas pelo país, estruturas altamente tecnológicas, procedimentos avançados e resultados inovadores em ensino e pesquisa, fizeram a instituição ser reconhecida internacionalmente.
São 61 anos transformando a realidade da saúde pública do país, escrevendo novos capítulos na história de muitas famílias e salvando milhares de vidas! É claro que nada disse seria possível sem a contribuição de doadores, parceiros e voluntários, que ajudam a instituição a sanar seu déficit mensal milionário. Entretanto, muito além de oferecer acolhimento e um tratamento digno, o Hospital de Amor oferece: AMOR! E sabe o que é mais incrível e gratificante? Este sentimento que está enraizado em sua missão, é genuinamente recíproco!
Neste aniversário, quem ganha o presente é o HA! Confira alguns relatos emocionantes e repletos de amor (e que representam centenas de outros que recebemos diariamente) de pacientes que estão ou já estiveram em tratamento na instituição.
Alessandra Fernandes (Anápolis – GO)
Em janeiro de 2020, fui diagnosticada com câncer de mama HER2 invasivo infiltrante. Logo após a descoberta da doença, minha família, em especial meu irmão Hermes, se preocupou muito comigo e quis ele que eu tivesse o melhor atendimento possível. Dessa forma, ele e alguns amigos deram andamento ao encaminhamento para Barretos (SP). Mas Deus reservou algo muito especial para mim: Jales (SP). Lá eu recebi o amor, a humanização e o carinho de muitos que passaram pelos meus atendimentos. Recebi 16 aplicações de quimioterapia, 19 sessões de radioterapia, passei por duas cirurgias e por fim, 17 imunoterapias. Transpus a barreira de 1.400 km semanais de ônibus. Venci o processo e atingi o propósito! Quero aqui agradecer a todos por tudo e por tanto que recebi. Desejo ao Hospital de Amor o melhor deste mundo. Obrigada de coração. Que Deus sempre encaminhe pessoas maravilhosas e dispostas a lutar pelo ideal, hoje continuado pelo sr. Henrique Prata. Deus os abençoe sempre. Obrigada.
Ah! Transformei minha doença em militância. Hoje procuro levar informação através de palestras e bate-papos àquelas pessoas que precisam saber da importância do autocuidado, dos direitos de um paciente oncológico e que o câncer não é uma sentença de morte. Há vida após a turbulência. Hoje estou aqui contando a minha história a vocês. Orgulho do que conquistei. Obrigada, família e amigos que seguraram (financeiro e afetivo) minhas mãos durante todo esse período. Obrigada, equipe de Fernandópolis (SP). Vocês são demais. Obrigada, Dr. André, Rosa, Luana Xavier, Luciene, Denise, Nebling, Patrícia Estevo, William Ricardo, Sérgio, Michele, Tainá, Alessandro, Amanda, Priscila, Aniele, Liane…Amo vocês e o que representam para mim!
Geraldo Júnior (Goiânia – GO)
MUITO, MUITO, MUITO AMOR POR AQUI!
Quero parabenizar e enaltecer ao idealizador e todos que atuam juntos ao HA. O Hospital de Amor foi a melhor oportunidade de ver a vida com mais amor e acolhimento, vindo de Goiânia (GO), onde não consegui suporte quando fui diagnosticado com câncer colorretal e metástase no fígado. Foi um gigantesco susto de primeira, mas quando fui acolhido pelo Hospital de Amor, unidade de Jales (SP), minha esperança em continuar vivendo veio, através de muito amor de todos do Hospital, desde a recepção, pessoal do laboratório, equipe de exames de imagens, da limpeza, do lanche, enfermeiros e médicos. Sinto-me cada vez mais acolhido, não é fácil, mas aqui se torna mais leve. Gratidão eterna!
Ricarda Rodriguez (Venezuela – VE)
Sou Ricarda Solideiner Rodriguez Acevedo, uma venezuelana que chegou ao Brasil em fevereiro de 2019, com uma luz de esperança de poder me tratar do câncer que sofro. Graças ao nosso Pai Celestial, o Hospital de Amor abriu suas portas para mim! Até agora eles me deram todo o amor e ajuda, e eu sou sinceramente grata por ter esse privilégio. Mesmo sendo estrangeira não tive nenhuma diferença, pelo contrário, eles me trataram como uma brasileira! Sou eternamente grata ao Hospital de Amor e toda sua equipe. Vocês são os melhores do mundo!
Joyce Lustosa (Indaiatuba – SP)
Em 19/04/2005, com apenas 10 anos, dei início ao meu tratamento no HA. Por ser portadora de moléstia classificada no CID 10 sob o número C40, fui diagnosticada com Osteossarcoma Maligno. Fui submetida ao protocolo de tratamento com quimioterapia neo-adjuvante; cirurgia com ressecção tumoral e substituição com endoprótese em úmero direito; e quimioterapia adjuvante. Tive revisão da prótese em 16/12/2011. Evolui com soltura da endoprótese, onde foi realizado nova cirurgia para colocação de endoprótese de úmero total em braço direito. Hoje, faço acompanhamento oncológico e apresento diminuição de força e amplitude de movimento em membro superior direito, o que incapacita para atividade a qualquer esforço físico.
Sou imensamente grata a Deus e a TODOS que fazem parte dessa família maravilhosa que é esse hospital. Desde os faxineiros(as), enfermeiros(as), médicos(as), motoristas, cassa de acolhimento, todos, sem distinção de nível. Todos que fazem parte, que transmitem o bem, que são guiados por Deus. Sou imensamente grata por tudo que já passei, porque venci essa luta ao lado das pessoas que sempre estiveram ao meu lado, me ajudaram e me apoiaram.
Lívia Loami (Barretos – SP)
Era dezembro de 2018. Trabalhava no NAP (Núcleo de Apoio ao Pesquisador) da Prevenção do HA. Tive a oportunidade, nessa data, de realizar o sonho de defender o doutorado. Fazia mais de um ano que tinha uma coceira insuportável no corpo. Acordava a noite por causa dela. Acompanhava com especialista, fazia tratamento e nada. Março de 2019 tive sintomas de gripe: tosse e febre. Fui ao pronto socorro, fiz exames e me disseram que era pneumonia. Sete dias afastada. Dez dias de antibiótico. No 7º dia já estava ótima (mas continuava coçando). Uma semana depois, a tosse voltou. Repeti os exames (raio-X, tomografia, etc.) e veio o laudo: um monte de linfonodos aumentados, massa de 12cm entre os pulmões, veias invadidas pelo tumor. Achei que era o fim. O chão abriu. É sério! Senti tudo aquilo que já tinha ouvido e visto acontecer muitas vezes enquanto trabalhava na prevenção da instituição. Receber o diagnóstico de câncer é triste. Dói. Você olha para os filhos (na época eles tinham 3 e 6 anos) e só quer ter a chance de vê-los crescer. Fui de funcionária, em um dia, para paciente no dia seguinte. Estive do outro lado, deitada na cama para receber a quimioterapia. Colocando máscara para fazer radioterapia. Muitas punções. Fraqueza. Cansaço. E esperança. Muita vontade de viver. Foram 6 meses de tratamento. O dia em que eu pude voltar a comer o que gosto parecia ser o maior prêmio que recebi. Chorei. Vibrei! Tocar aquele sino da radioterapia, então… foi libertador!
Janeiro de 2020, voltei a ser colaboradora. Mas, dessa vez, dentro da radioterapia. Aliás, que equipe! Quando o desespero bateu em uma das sessões de radioterapia, não precisou palavras. O abraço daquelas meninas me salvou. No final, depois da onda ter abaixado e a tempestade passado, ganhei um presente de Deus. Meu milagrinho, minha Rebeca, que nasceu dia 22/12/2020. E continuamos firme, vivendo a cada dia, sem mais câncer, só sendo feliz. E glória a Deus por isso!
São depoimentos como estes que fazem o HA continuar! Que venham mais 61 anos pela frente, mais Alessandras, Geraldos, Ricardas, Joyces e Lívias com lindos relatos, muito mais vidas salvas! Obrigado, queridos pacientes. Vocês são nossos maiores presentes!
Referência em tratamento oncológico gratuito na América Latina e mais de 60 anos de história, o Hospital de Amor busca constantemente, por meio de suas estruturas tecnológicas e procedimentos avançados, pela melhor assistência ao paciente. Diante deste cenário, inúmeras são as conquistas da instituição! Uma delas é a realização, há mais de dez anos, de cirurgias cerebrais e vertebrais utilizando a neuronavegação – dispositivo que tem funcionamento semelhante ao GPS (Sistema de Posicionamento Global), responsável por mostrar ao cirurgião, através dos exames do paciente, a localização exata de onde um determinado instrumento encontra-se, em tempo real, no momento da cirurgia.
Este, por si só, já pode ser considerado um grande progresso cirúrgico, mas a novidade é ainda maior! No mês de fevereiro, o HA recebeu o robô CIRQ (desenvolvido pela empresa alemã BrainLab) e pôde realizar, junto a sua equipe composta por neurocirurgiões, anestesiologista, enfermeiros e engenheiros, duas cirurgias inéditas no Sistema Único de Saúde (SUS) e no estado de São Paulo.
De acordo com o neurocirurgião do Hospital de Amor, Dr. Ismael Lombardi, trata-se de um braço robótico que consegue determinar, no intra-operatório, a trajetória para que a agulha ou os parafusos alcancem os alvos marcados pelo cirurgião de maneira extremamente precisa. “Uma vez que o robô adquire as informações geradas pelo neuronavegador, de forma automatizada, é gerada a trajetória mais precisa para a inserção de implantes ou instrumentos. Todo processo tem a supervisão intra-operatória do cirurgião, aumentando ainda mais a segurança.
Sem a presença do robô, esta etapa do procedimento seria realizada de forma exclusivamente manual”, afirmou.
Atuando de forma integrada com o neuronavegador, o CIRQ pode ser utilizado em cirurgias que necessitam da implantação de parafusos na coluna vertebral, biópsias da coluna vertebral e biópsias de lesões cerebrais, independentemente do tipo de tumor. Cirurgias para doenças degenerativas da coluna vertebral também podem se beneficiar desta tecnologia, além de outros tipos de cirurgias não-oncológicas, como drenagem de hematomas e abscessos cerebrais, ou mesmo a colocação de estimuladores cerebrais que necessitem de alta precisão cirúrgica.
“Graças a parceria com a BrainLab, conseguimos manter o robô 10 dias na instituição e realizar três procedimentos de alta precisão e exatidão: uma cerebral e duas cirurgias para coluna vertebral. A neuronavegação faz parte da nossa rotina, mas contar com o auxílio do robô, foi pioneiro e extremamente gratificante”, explicou Lombardi.
Inúmeros benefícios
Não são apenas os profissionais do HA que ‘ganharam’ ao utilizar esta tecnologia durante as cirurgias. Os pacientes da instituição, com certeza, foram os maiores beneficiados! Segundo o neurocirurgião, a introdução da robótica nos procedimentos cirúrgicos possíveis, trouxe mais precisão e segurança aos cirurgiões, e muito menos complicações aos pacientes. “O nosso bom resultado é o bom resultado dos nossos pacientes. Com a introdução da navegação e robótica, pudemos ter redução no tempo cirúrgico e de internação, além de menor exposição da equipe e dos pacientes ao Raio-X, muito utilizados nestes procedimentos realizados de forma convencional”, declarou.
Os pacientes do Hospital de Amor que foram submetidos (gratuitamente, como todos os atendimentos realizados pela instituição) aos procedimentos cirúrgicos com o CIRQ, receberam alta em apenas dois dias de internação e tiveram evolução satisfatória, sem intercorrências ou contratempos.
Mais um motivo que marcou a história do HA e encheu seus profissionais e pacientes de orgulho!
O Hospital de Amor, maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, possui estruturas avançadas voltadas para prevenção, ensino e pesquisa, focadas na busca constante pela melhor assistência ao paciente. Com essa missão, a instituição acaba de divulgar o desenvolvimento de um novo painel genético para sarcoma, que, segundo a Dra. Flávia Escremim de Paula, biologista especialista líder do laboratório de diagnóstico molecular do HA, tem como finalidade detectar mais de 170 aberrações genéticas que definem esses tumores, permitindo avaliar mais de 20 tipos histológicos diferentes.
Inédito no Sistema Único de Saúde (SUS), o novo painel genético representa uma grande evolução no diagnóstico e tratamento do sarcoma, uma vez que esses tumores são conhecidos por serem altamente heterogêneos e terem uma variedade de alterações genéticas diferentes. O ensaio genético é fruto de uma parceria com pesquisadores holandeses e, de acordo com o pesquisador responsável pela sua implementação no HA, o Dr. Rui Manuel Reis, diretor científico do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA, será possível detectar uma ampla gama de fusões genéticas em um único ensaio, o que torna o diagnóstico mais preciso, rápido e eficiente.
O sarcoma é um tipo raro e agressivo de câncer que afeta os tecidos moles do corpo, como músculos, ossos, gordura, vasos sanguíneos e tecidos conjuntivos; e possui um diagnóstico ainda desafiador, pois os sintomas podem ser variados e muitas vezes vagos.
O teste, desenvolvido com base na plataforma NanoString nCounter, é realizado em uma única amostra, o que significa que não é necessário coletar múltiplas amostras de tecido para analisar diferentes alterações genéticas. Isso pode reduzir significativamente o tempo e o custo do diagnóstico, além de minimizar o desconforto do paciente. Além disso, o painel recém-desenvolvido é altamente sensível e específico, o que significa que pode detectar essas anomalias genéticas mesmo em amostras escassas e cuja preservação não tenha sido ideal. Isso é particularmente importante para o sarcoma, uma vez que esses tumores são frequentemente difíceis de biopsiar e podem produzir amostras de tecido de baixa qualidade.
Em resumo, o novo painel genético para sarcoma representa um grande avanço no diagnóstico desses tumores. Com esta tecnologia inovadora, será possível melhorar significativamente o diagnóstico e tratamento da doença, oferecendo uma abordagem mais personalizada e eficaz para cada paciente.
Diagnóstico Molecular
O diagnóstico molecular é um conjunto de métodos analíticos consagrados da biologia molecular, visando a investigação de alvos de interesse a partir da análise do material genético, o DNA e o RNA, para identificar mutações genéticas que, neste caso, podem estar associadas ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer.
Com o diagnóstico molecular, os médicos podem identificar as mutações específicas que estão presentes no câncer de um paciente e escolher o tratamento mais eficaz com base nos resultados. Isso pode incluir terapias direcionadas, que atacam diretamente as células cancerígenas com mutações específicas. O método também pode ajudar a identificar pacientes que têm um risco maior de desenvolver câncer, permitindo que medidas preventivas sejam tomadas antes que a doença se desenvolva.
Laboratório de Diagnóstico Molecular do HA
Inaugurado em 2011, o Laboratório de Diagnóstico Molecular do Hospital de Amor foi criado, incialmente, para atender de forma gratuita os pacientes da instituição. Os testes moleculares são fundamentais para um diagnóstico acurado, um prognóstico mais assertivo e uma precisão terapêutica.
Devido à grande procura de laboratórios, parceiros, médicos e pacientes de outras instituições, em 2013 o centro passou a oferecer comercialmente uma diversidade de testes genéticos, que são hoje fundamentais para uma medicina personalizada ao paciente oncológico. Os testes disponibilizados são aplicados para inúmeras neoplasias sólidas e hematológicas de pacientes infantojuvenis e adultos, com uso das mais clássicas às mais modernas e sofisticadas metodologias e tecnologia. O número de exames tem crescido anualmente, chegando em 2022 a mais de 12.000 testes genéticos realizados pelo Laboratório de Diagnóstico Molecular.
O laboratório possui uma moderna estrutura e conta com uma equipe multidisciplinar altamente especializada, com expertise técnica e científica, composta por patologistas, biólogos, biomédicos e tecnologistas, além do suporte administrativo e comercial. Essa estrutura também proporciona um canal aberto para comunicação e discussão de casos com os profissionais solicitantes, sendo necessário interação entre as equipes para o oferecimento de um resultado preciso, detalhado e em consonância com as boas práticas laboratoriais de excelência. Acesse o site e confira todos os testes genéticos disponíveis.
Câncer colorretal: segundo tipo de tumor mais comum em homens e mulheres (quando não consideramos o câncer de pele não melanoma) e o terceiro que mais mata no Brasil, com estimativa de 41 mil novos casos por ano no país, de acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Com números tão alarmantes e um mês especialmente dedicado à prevenção e detecção precoce deste tipo de câncer – o “Março Marinho” – é preciso falar mais sobre o assunto.
A neoplasia que acomete o trato digestivo (intestino grosso e reto), principalmente em pessoas com idade entre 60 e 70 anos, é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser diagnosticado precocemente. Sintomas como sangue oculto nas fezes e dor na barriga (geralmente cólica), seguido de alteração intestinal (como intestino preso), são comuns deste tipo de câncer. Além disso, podem ser vistos também anemia, fraqueza e perda de peso, mas, geralmente, esses sinais já indicam a doença em fase avançada.
Segundo o médico coordenador do departamento de endoscopia do Hospital de Amor, Dr. Claúdio Hashimoto, dentre os fatores de riscos relacionados ao desenvolvimento do câncer no intestino, estão o sedentarismo, sobrepeso, alimentação pobre em fibras e rica em carnes vermelhas e processadas, exposição à radiação, tabagismo e alcoolismo. “Na presença de qualquer um dos sintomas é muito importante procurar o médico especialista para iniciar a investigação. É fundamental e necessário manter hábitos de vida saudáveis para se evitar a doença”, afirma.
Sabe o que é mais importante? A prevenção do câncer colorretal, assim como em vários outros tipos da doença, salva vidas! E existem vários métodos eficientes para o diagnóstico precoce do tumor, como:
• Pesquisa de sangue oculto nas fezes – indicado para quem não apresenta sintomas, mas está na faixa etária (homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos);
• Colonoscopia – para quem já possui sintomas.
Teste FIT
Você sabia que é possível detectar o câncer colorretal sem que haja sintomas aparentes? Sim! Por meio do teste de imunoquímica fecal, também conhecido como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes, é possível identificar o sangramento presente nas fezes, na maioria das vezes não perceptível a olho nu, e uma análise qualitativa.
Indicado para homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos cinco anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais, o FIT é utilizado como um exame de pré-triagem e gratuitamente disponibilizado pelo Hospital de Amor, através do programa de rastreamento do Instituto de Prevenção – o único do país oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por se tratar de um procedimento não invasivo, sem necessidade de preparo e indolor, possui uma excelente aceitação pelos pacientes. “Se o paciente se enquadrar em todos os critérios, ele recebe o kit para coleta das fezes. Não é necessário fazer nenhuma dieta e ele pode realizar o exame quando preferir”, explica Hashimoto.
Como fazer o exame?
Para a efetividade do exame, são necessárias três amostras de fezes consecutivas. Dessa forma, ao defecar, o paciente utiliza o “coletor” (que recebe com o kit) e perfura as fezes em três locais diferentes. Em seguida, insere o coletor com a amostra no recipiente do exame, fecha-o adequadamente e armazena-o por até três dias em temperatura ambiente.
Depois, encaminha-o ao departamento de análise do HA e aguarda o resultado. “Caso o resultado seja positivo para sangue oculto nas fezes, não significa que o paciente esteja com câncer. É necessário prosseguir a investigação com o exame de colonoscopia”, afirma o médico.
Quando realizar a Colonoscopia?
A colonoscopia – exame de vídeo utilizado para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado – permite avaliar, tirar fotos e biópsias destas regiões por meio de um endoscópio (colonoscópio). É um procedimento indicado a pacientes que já possuem sintomas, que possuem casos de câncer colorretal ou pólipos na família e que estejam dentro da faixa etária permitida.
“É importante esclarecer que em alguns casos, neste tipo de câncer, principalmente quando detectado em fases iniciais, vários pólipos intestinais podem ser retirados e curados por meio da própria colonoscopia, sem a necessidade de se realizar as cirurgias convencionais”, finalizou Hashimoto.
Previna-se!
Se você tem entre 50 e 65 anos de idade, faça a prevenção do câncer colorretal mesmo não apresentando sinais, por meio do teste FIT. Em casos de sintomas, consulte seu médico de confiança ou vá até uma unidade básica de saúde para receber orientações. E lembre-se: a prevenção salva vidas e deve ser realizada o ano todo!
Saiba mais em: ha.com.vc/marcomarinho.
Quando começou a sentir dores na região das costas, José Benedito Costa, de 61 anos, não imaginava que o destino lhe proporcionaria uma viagem de cerca de 4 mil quilômetros de distância de sua casa. Atravessar o Brasil não estava em seus planos quando as coisas começaram a sair da rotina.
O roraimense de Boa Vista (RO) viu sua vida mudar completamente ao receber o diagnóstico de câncer em sua cidade de origem. Não bastasse o medo e a ansiedade natural que a doença lhe trazia, também era preciso largar tudo e ir para o interior de São Paulo, para dar início ao seu tratamento. Mas, até chegar ao diagnóstico final, foi uma longa jornada que ele trilhou ao lado de sua esposa, Eliani Amorim, 46 anos, que no mesmo período enfrentava os desafios de um aneurisma que tinha sido detectado em seu cérebro.
O início de uma nova vida
José conta que sentia muita dor no quadril (MarziniClinic), especificamente no cóccix, além de sentir dores ao urinar. “O médico disse que eu tinha uma fistula que precisava operar. Ele já havia realizado mais de 1.200 cirurgias, mas algo como o que eu tinha, ele nunca havia visto”. Durante o procedimento da fistula, o profissional constatou que a situação era mais difícil do que ele pensava.
Ao ficar muito tempo sentado enquanto trabalhava, o ex-técnico em finanças sentia muitas dores. “Descobri que tinha uma fistula que era ocasionada pelo câncer, e foi aí que eu ouvi pela primeira vez a palavra ‘cordoma’. Era necessário fazer uma biopsia para saber qual tipo era”, afirmou. Em abril de 2017, José recebeu o diagnóstico de cordoma (lesão maligna da medula espinhal), em Boa Vista. Seu novo desafio era começar o tratamento contra o câncer.
Por meio da ajuda de uma amiga, foi possível a transferência para o Hospital de Amor, em Barretos (SP). “Vim de voo com o auxílio de um jatinho, direto para o CIA (Centro de Intercorrência Ambulatorial)”, lembra. Após refazer os exames no HA, foi constatado que o ‘cordoma’, na verdade, já estava em metástase.
Após 20 meses, nove ciclos de quimioterapia e uma semana de radioterapia (feitos para conter o crescimento da neoplasia), José realizou a cirurgia para retirar o tumor, em abril de 2019. “Cheguei a ficar dez meses deitado, pois eu já não andava mais, algo que os médicos disseram que nunca mais iria acontecer após o procedimento. Quando cheguei em Barretos, o tumor que inicialmente tinha 5 cm, estava com 10,73 cm”, conta.
De acordo com a sua esposa, o oncologista disse que, após operar, o paciente ficaria um mês no hospital para aprender seu novo estilo de vida, já que ele não iria andar novamente. Ela conta, porém, que de forma surpreendente ele ficou apenas um dia na UTI e, depois de três dias, já estava em casa andando com ajuda do andador.
José revela que os médicos ficaram admirados ao vê-lo caminhar. “Acabei surpreendendo a medicina, porque eles também disseram que eu iria usar a bolsinha de colostomia, além de não caminhar. Eu pedi a Deus para me ajudar e ele me ouviu. Cheguei a criar calo nos joelhos de tanto orar e pedir essa graça”. Após sair do hospital, o paciente precisou usar o andador e em seguida a bengala, mas saiu andando, o que era uma grande conquista para ele, mesmo diante das dores.
“Eu perguntei por que eles não colocaram alguma prótese, pois eles tinham removido meu cóccix todo”, relata José ao lembrar como foi seu diálogo com a equipe médica. Os médicos explicaram que não foi feito este procedimento, pois não era esperado que ele voltasse a andar. Com esse cenário, as dores ao dar seus passos não eram esperadas também.
Posteriormente, a equipe de fisiatras do Centro de Reabilitação do HA identificou que em relação à dor não se podia fazer mais pelo paciente, foi quando entrou em cena a Dra. Margareth Lucca, médica anestesiologista, especializada em dor e em medicina tradicional chinesa, que atua no Hospital de Amor há cinco anos. Nascia assim a esperança de aliviar as sequelas deixadas pela cirurgia.
Arte milenar que combate à dor
A terapia milenar chinesa que consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo do paciente, a fim de tratar enfermidades e promover bem-estar e melhorar a qualidade de vida, é conhecida como acupuntura. Este procedimento é realizado pela médica que diariamente atende, em média, 18 pacientes, dentre eles, adultos e crianças, no centro de reabilitação do HA. “As pessoas chegam irritadas, desanimadas, tristes, sem esperança e com dor. Ao oferecer um trabalho com muito amor e carinho, algo acontece”, revela a Dra. Margareth.
A especialista que iniciou o projeto ‘FADA’ no ambiente de trabalho, explica o nome da ação: Fazendo o Acolhimento da Dor com Aromaterapia – uma outra prática integrativa já reconhecida pelo SUS. Ou seja, por meio de um spray perfumado, ela consegue aromatizar o local, oferecendo bem-estar aos pacientes assim que chegam ao centro. “Como o cheirinho chega até o sistema nervoso central, em um lugar chamado límbico, modifica a reação do corpo, traz um relaxamento, alivia a tensão, a pessoa se sente mais bem acolhida e já muda”, disse a profissional, que também aplica cromoterapia no ambiente, oferendo um tratamento holístico a todos os pacientes que são atendidos por ela.
Ao falar sobre os atendimentos que realiza em José, a médica fica emocionada: “Só de ver o tamanho da cicatriz e conhecer toda história dele, é claro que existe um sofrimento intenso, um bloqueio de ficar restrito pela dor, mas me alegro ao saber que ele jamais perdeu a esperança”.
A terapeuta explica que já realizou infiltrações no paciente em pontos específicos que geram o gatilho da dor. Em seguida, é feito o procedimento da acupuntura. “Este serviço é oferecido via SUS em outros hospitais, mas a maneira com que o Hospital de Amor conduz é única, não somente pelo uso da tecnologia e aparelhos maravilhosos que há no Centro de Reabilitação, mas também pelo carinho e acolhimento que todos os colaboradores oferecem aos pacientes. Isso faz toda a diferença”, afirma a especialista, que tem sua fala validada por José.
“Deus colocou pessoas escolhidas por Ele no meu caminho, no tempo certo e durante todo meu tratamento. Eu costumo dizer que este é o melhor hospital de América Latina. Já fui em vários lugares do Brasil, mas não existe outro igual. Aqui, as pessoas respeitam o paciente e nos tratam com muita dignidade. Somos todos seres humanos e se eu preciso ser bem tratado, eu devo tratar todos bem, e no Hospital de Amor eu recebo o melhor”, conta o paciente que revela não ter medo das agulhas que recebe uma vez por mês, durantes os 25 minutos de sessão.
Com quase dois anos de tratamento terapêutico de acupuntura, José não precisa mais do auxílio do andador e da bengala para caminhar. Aliado à acupuntura e atividades físicas prescritas pelo time do Centro de Reabilitação, ele decidiu se mudar para Barretos, onde pode receber um tratamento de qualidade, gratuitamente, o que não ocorre em seu estado de origem. Ao lado de sua fiel companheira, sua esposa Eliani, ele vive com seus oito filhos.
Picadas de Amor
“Costumo dizer que ganhar um beijo é melhor do que ganhar uma picada, porém, eu já tive crianças de 5 anos que pediram acupuntura e já tive idosos que tem um maior estresse, então é uma coisa muito pessoal. Tem pessoas que trazem medos, porque nós ocidentais, muitas vezes, achamos que a agulha significa punição e sofrimento, mas neste caso não, são agulhas do bem que trazem bem-estar”, conclui a Dra. Margareth.
Assim como no relato acima, existem diversas comprovações de que a acupuntura de fato funciona. Contudo, no Brasil essa terapia só dever ser utilizada de maneira complementar ao tratamento clínico orientado pelo médico, contribuindo para a qualidade de vida do paciente. É claro que também não pode faltar carinho, amor e empatia!
A tecnologia tem sido cada vez mais fundamental para revolucionar a medicina em diferentes aspectos, possibilitando diagnósticos mais precisos, tratamentos mais eficazes e melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes, contribuindo também para o seu bem-estar. Projetos inovadores permitem a criação de novas soluções para antigos desafios médicos, além de garantir a oferta de novos recursos, seja de estrutura, atendimento ou financeiro.
O hub Harena Inovação do Hospital de Amor nasceu com o objetivo de identificar novas formas de levar tecnologia à saúde pública, contribuindo assim para o bem dos pacientes, acompanhantes e da instituição, ou seja, todos são beneficiados. Por meio do programa ‘HealthTech Barretos’ ministrado pelo time Harena em parceria com o Sebrae, 61 startups já foram aceleradas pela incubadora que trabalha, exclusivamente, com projetos do nicho de saúde. Dentre elas, duas startups se destacam pelo trabalho realizado e pelos frutos já galgados ao longo desta jornada em parceira com os profissionais do HA.
Segundo o gerente de inovação do Harena, Guilherme Sanchez, “O programa ‘Healthtech Barretos’ conecta startups com soluções inovadoras de todo Brasil, com os desafios reais vivenciados pelo HA. As startups selecionadas passam por uma trilha de validação e desenvolvimento com duração de três meses e, após a aceleração, podem construir um projeto em cooperação técnica com o HA. Em quatro edições do programa, já foram 61 startups aceleradas de 8 estados do país”, explica Sanchez.
A startup Comsentimento, que foi acelerada na 1ª edição do programa, foi criada para ajudar organizações de saúde a gerarem mais valor com seus dados. Por meio da criação de repositórios clínicos normalizados e conectados em rede, a empresa auxilia a acelerar a inovação, gerar novas evidências, melhorar a prática clínica de todos os agentes da cadeia, desde startups até as empresas farmacêuticas. De acordo Guilherme Sakajiri, fundador da startup, após o programa de aceleração foi construído um acordo de cooperação técnica com o Hospital de Amor para aplicação dos algoritmos de identificação de pacientes com câncer de próstata para três estudos clínicos.
Ao todo, a parceria entre a startup e o Hospital rendeu 27.872 notas clínicas processadas e estruturadas pelo pipeline de NLP da Comsentimento; e 221 pacientes foram identificados para estudos clínicos de câncer de próstata, aumentando assim a eficiência no recrutamento de pacientes em 140%. Com mais de 29 mil notas clínicas processadas, aproximadamente 3 mil pacientes foram beneficiados com este trabalho de inteligência artificial.
“Para a Comsentimento, essa experiência foi extremamente importante, pois nos permitiu desenvolver habilidades essenciais para o crescimento de nossa empresa. Além de ajudar no desenvolvimento e melhoria do produto, pudemos nos conectar com uma rede valiosa de mentores e profissionais que vivem a realidade da pesquisa clínica no dia a dia. Além disso, tivemos a oportunidade de trabalhar ao lado de outras startups incríveis, o que nos proporcionou uma troca de experiências e aprendizados enriquecedora. Além de todo o ganho de desenvolvimento de negócio, é especialmente gratificante para nós trabalharmos com o Hospital de Amor, uma instituição que se renova a cada dia para conseguir levar um atendimento de excelência e um impacto positivo na vida de muitas pessoas”, destacou Sakajiri.
De acordo com a gerente da Unidade de Pesquisa Clínica do Hospital de Amor, Mariana Fabro Mengatto, este perfil de empresa acelera o desenvolvimento tecnológico com objetivo de otimizar processos em parceria com as equipes de saúde e o time da Comsentimento consegue fazer a leitura de notas clínicas. “Atualmente, já são mais de 27.000 notas no projeto, algo que humanamente seria impossível realizar em pouco tempo”.
Mariana explica, ainda, que a Inteligência Artificial consegue rastrear por meio de um banco de dados potenciais candidatos aos estudos clínicos, utilizando critérios precisos para sinalização. Após a análise e validação da equipe da pesquisa, os pacientes são convidados para participar dos estudos, tendo como opção realizar tratamento de última geração. “Até o ano de 2022, estávamos com 308 pacientes participantes de pesquisa, todos em tratamento. Com o auxílio da startup, foram identificados 221 pacientes, sendo que 13 entraram nos estudos”, revela a profissional.
Com o processo de aceleração do recrutamento de pacientes nas pesquisas, mais estudos podem ser alocados para o Brasil e, por meio do uso de medicações já aprovadas em diversos países, será possível proporcionar melhores opções de tratamento aos pacientes, que hoje não estão disponíveis no sistema SUS. De acordo com o gerente de inovação do Harena, já existe um o acordo com previsão de aplicação da IA em novos estudos clínicos para câncer de mama e pulmão, o que aumentará o número de pacientes beneficiados.
A tecnologia chegou às farmácias
Outra startup que também vem fazendo a diferença e gerando resultados positivos é a Norharm.ai. Trata-se de uma plataforma que ajuda a farmácia clínica dos hospitais nas tomadas de decisões, também por meio da Inteligência Artificial.
A startup desenvolveu dois algoritmos para automação da triagem farmacêutica. Ou seja, enquanto um faz a priorização das prescrições fora do padrão, o outro trabalha na identificação de pacientes críticos. Com o auxílio da IA, o sistema indica onde estão os possíveis erros de prescrição, o que possibilita na melhora da qualidade assistencial e eficiência hospitalar.
A supervisora de farmácia do HA, Priscila Moi e Silva, conta que o sistema começou a ser implantado em maio do ano passado. “Fizemos alguns treinamentos, foi parametrizado o sistema e então começamos a utilização. Em outubro, tecnologia passou a ser utilizada pelos farmacêuticos clínicos do Hospital São Judas Tadeu, nossa unidade de cuidados paliativos, e da unidade adulta do Hospital de Amor, ambos em Barretos (SP)”, diz a supervisora.
Priscila revela que ao todo, 192 leitos são beneficiados atualmente no HA. A ferramenta auxilia na análise de prescrição e prevenção de erros de medicação. Através da tela de priorização o farmacêutico consegue verificar e priorizar as análises de prescrição de pacientes críticos, com exames alterados, por exemplo. O sistema possui alertas de medicamentos com interação, medicamentos com contraindicação de sonda, entre vários outros. Mostra os medicamentos diferentes que foram incluídos na prescrição após análise, entre várias outras vantagens que auxiliam no dia a dia do farmacêutico clínico, otimizando o tempo dos profissionais.
Por meio dos indicadores que a plataforma gera é possível, ainda, quantificar a economia gerada através das intervenções farmacêuticas. Até o final de dezembro de 2022, foram realizadas 857 intervenções que geraram uma economia estimada de R$157.620,89. Segundo o cofundador da Norharm.ai, Henrique Dias, o apoio e condução do projeto pelo time do hub Harena Inovação foi fundamental para o sucesso da implantação da plataforma no HA, principalmente, por ajudar no engajamento junto à farmácia da instituição.
O termo japonês ‘ikigai’ significa “uma razão para existir”. A palavra é composta pelo termo iki, que significa ‘vida’, e gai, que traduzido seria ‘efeito’. O caminho Ikigai, seria uma ferramenta de autoconhecimento que explana diversas áreas e intersecções da vida pessoal e profissional. Ou seja: ao encontrar algo que você ama, te pague bem, você realiza com esmero e faz a diferença no mundo, aí então, você terá alcançado o seu Ikigai, ao unir missão, paixão, profissão e vocação.
A freira Rita de Cassia de Jesus, de 40 anos, natural de Mogi das Cruzes (SP), faz parte da Congregação das Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada há 24 anos. “Deus me chamou para a vida religiosa para ser amor na vida dos doentes e dos mais necessitados. Escolhi servir a Deus no amor e na alegria de me doar”, conta Rita, sempre com um sorriso no rosto.
Há pouco mais de um ano, a irmã começou a trabalhar no alojamento Madre Paulina, em Barretos (SP) – o primeiro alojamento do Hospital de Amor. De acordo com a freira, trabalhar nesta casa assistencial é um privilégio, pois é possível conhecer um pouco de várias partes do Brasil e se aprofundar na arte de acolher e amar realidades, ao adentar na intimidade das pessoas no momento da fragilidade da dor, doença física e espiritual. “Penso que a missão do HA é o testemunho mais vivo e concreto de que é possível atender a saúde humana com dignidade e nobreza de espírito, sem distinção de cor, classe social, raça ou religião, atendendo assim, a pessoa humana como um todo”, afirma Rita.
Amor e dedicação pela causa onde trabalha, Rita tem de sobra, mas para dar conta de administrar o local que abriga 257 pessoas, a freira conta com algo que no início começou mais como recomendação, mas agora já vem ganhando gosto: praticar exercícios físicos na academia. “Começamos a treinar, pois sentíamos necessidade de fazer uma atividade para o bem-estar físico e psíquico, porque nossa rotina requer muito equilíbrio e disponibilidade de tempo”, explica a freira que treina com suas colegas de trabalho, as também freiras, irmã Raymunda, de 77 anos, e irmã Adriana, de 43 anos.
Vestida com seu fiel ‘hábito’ e um par de tênis, Rita recebe o auxílio do educador físico da academia do Hospital de Amor (exclusiva para os colaboradores da instituição), Gilmar Júnior, que revela que elas sãos as primeiras religiosas que ele ajuda a treinar. “O senhor Henrique Prata é adepto à atividade física, então, todos aqueles próximos a ele, nesse caso, os padres e as freiras, ele pede sempre para virem praticar a musculação comigo. Com isso eu já atendi o Pe. Constante, Pe. Túlio e outros padres que passaram pela cidade estudando e também vieram treinar na academia”, conta Juninho – como é conhecido pelos funcionários da instituição.
Gilmar explica que o treino é um meio de exercitar o corpo para gerar o bom funcionamento corporal e aumentar a resistência física para o trabalho tão árduo como o de cuidar de outras pessoas, algo este realizado pelas freiras. “Gosto muito de fazer os exercícios interagindo com todos os colaboradores que ali treinam, além de escutar no celular algumas orações e reflexões bíblicas para aproveitar bem o tempo”, revela o educador.
Júnior também conta que o maior desafio dos treinos é manter a frequência e a disposição, pois tem dias que o tempo é bem escasso e o cansaço dos atendimentos aos pacientes são bem intensos. Segundo a irmã Rita, as atividades físicas são importantes, já que viver harmoniosamente num local onde residem mais de 200 pessoas de várias situações, culturas e regiões, é um verdadeiro milagre do amor.
Irmã Rita também tem disposição para organizar eventos culturais no alojamento, inclusive, ela realiza até apresentações de dança, contribui com as atividades diárias no local, faz suas orações, doa sangue e está sempre pronta para ajudar a todos.
Mas engana-se quem pensa que malhar não é algo comum das freiras. Madonna Budder é uma famosa religiosa americana, de 92 anos, que já realizou mais de 400 provas de triatlo, sendo 50 delas na modalidade Ironman (uma das competições mais difíceis do mundo), no qual é necessário nadar 3,8 km, pedalar 180 km e finalizar com 42 km de corrida. Sister Madona, com é conhecida na América, teve seu primeiro contato com triatlo aos 48 anos, e aos 70 anos participou do Ironman pela primeira vez. Ela já alcançou o recorde mundial de mulher mais velha a finalizar a competição aos 82 anos. Isso prova que nunca é tarde para iniciar uma atividade física e mudar de hábito!
Praticar atividades físicas contribui para diversos benefícios, tais como: ajuda no combate ao excesso de peso, reduz a pressão arterial, ajuda a controlar a glicemia, fortalece ossos e articulações, aumenta a força e a resistência muscular, diminui o estresse, promove a sensação de bem-estar, aumenta a disposição, combate a ansiedade e a depressão, fortalece o sistema imunológico, além de contribuir para uma melhora da memória e da capacidade de aprendizado.
Atender, cuidar e sempre estar à disposição de milhares de pacientes diariamente, com carinho e bom humor, é uma função que exige muita dedicação, amor pelo que faz e a certeza de saber que seu trabalho está fazendo a diferença no mundo, sendo assim, podemos dizer que a irmã Rita encontrou o seu Ikigai.
Em abril de 2012, a colaboradora do Hospital de Amor Barretos (SP), Deize de Oliveira (43 anos), descobriu que estava com mais de mil pólipos no intestino (alterações que podem aparecer no intestino devido à proliferação excessiva de células presentes na mucosa no intestino grosso). Apesar do número impactar, a história dela e de sua família é muito mais impressionante!
Tudo começou quando Deize tinha apenas dois anos e seu pai foi diagnosticado com câncer colorretal. Ele não resistiu ao tratamento, mas a família não sabia que a doença tinha grandes chances de ser hereditária. Quando ela completou 31 anos, uma nova preocupação surgiu: seu irmão começou a sentir fortes dores na barriga e a ter sangramento nas fezes. Ao realizar alguns procedimentos, foi diagnosticado com câncer de intestino – o mesmo tipo que levou seu pai. E ele também não resistiu. Foi aí que uma médica do departamento de Oncogenética do HA orientou Deize a fazer exames preventivos, pois as chances dela também se tornar paciente oncológica eram altas.
Ainda que sem sintomas, ela cedeu ao rastreamento e, após uma colonoscopia, foram detectados mais de mil pólipos intestinais. “O caso era cirúrgico, mas o meu maior medo era precisar utilizar a bolsa de colostomia. Depois da cirurgia, na sala de recuperação, escutei a voz do médico me dando a notícia de que o procedimento tinha sido um sucesso e não seria necessário colocar bolsa”, afirmou.
Todo esse processo, tanto da Deize, quanto do irmão, foi realizado no Hospital de Amor. Na época, ela atuava no departamento de nutrição e, após o afastamento por conta da cirurgia, foi promovida a auxiliar no setor de radiologia. Animada com o sucesso do tratamento e com a promoção, ela começou um curso na área. “Graças a Deus e ao HA, hoje eu sou técnica em radiologia e estou viva”.
Ao ressaltar a importância da prevenção, ela se emociona! “É extremamente importante estar em dia com os exames preventivos. Se tivéssemos ido ao médico antes, meu irmão estaria aqui comigo hoje. Minha dica é: se você está sentindo qualquer sintoma, procure um médico de sua confiança. E se você tem casos de câncer na família, recorra ao setor de oncogenética, pois a doença pode ser hereditária”, declarou.
Atualmente, Deize atua como técnica de radiologia no Hospital de Amor e faz acompanhamento anual para ressecar os pólipos. Seus três filhos são saudáveis, porém, por conta do histórico familiar, o mais velho, Eduardo (24 anos), também já deu início aos exames preventivos na instituição.
Oncogenética no Hospital de Amor
A Oncogenética é a uma área médica que acompanha pacientes que possuem um maior risco de desenvolvimento de câncer por conta de fatores hereditários. Esse tipo de acompanhamento só é indicado em casos específicos e, nessas situações, pode ser um grande aliado para identificar a predisposição, a fim de realizar a detecção precoce de alguns tipos de tumores.
O Hospital de Amor oferece este tipo de acompanhamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), graças à sua estrutura voltada para pesquisa científica em oncologia. De acordo com o médico oncogeneticista da instituição, Augusto Antoniazzi, quando há a identificação de que a doença seja hereditária em um paciente da instituição, inicia-se também a investigação com seus familiares. “Por meio do paciente, nós conseguimos também identificar familiares com risco aumentado de câncer e propor estratégias de prevenção e redução de risco para eles”. Então, caso a equipe identifique um familiar saudável, sem o diagnóstico para câncer, é capaz fazer um programa de prevenção para ele. Com isso, é possível evitar que o câncer seja diagnosticado em estágios mais tardios, aumentando consideravelmente as chances de cura.
Em alguns tipos de tumores da doença é possível realizar um tratamento baseado na mutação genética, com medicações específicas que melhoram seu desfecho. Para a maioria dos genes que pré-dispõem ao câncer, o teste genético é realizado já na idade adulta. Mas, existem casos onde ele pode ser feito ainda infância.
A noite da última terça-feira, 4 de abril, ficará para sempre na memória de 60 adolescentes em tratamento no Hospital de Amor Infantojuvenil, que foram presenteados com um ‘Baile de Debutantes’ do projeto Fadas Madrinhas, idealizado há quase 20 anos pela empresária Liliane Barros Marty Caron, conhecida carinhosamente como Lili. O evento, que trouxe a magia do fantástico universo de ‘O Mágico de Oz’, foi digno dos sonhos dos príncipes e princesas, com direito a valsa, roupas de gala, madrinhas, padrinhos e muitos convidados especiais que se reuniram para comemorar a vida e as histórias de cada um dos pacientes.
Nesta edição, que foi a 5ª realizada com exclusividade aos pacientes do HA, as comemorações começaram um dia antes com um jantar de boas-vindas e teve um toque a mais de emoção, por ser a primeira grande festa do projeto após o período de pandemia. Lili conta que a intenção de realizar uma festa de 15 anos para adolescentes carentes, surgiu, literalmente, de um sonho. “Eu sonhei que fazia 15 anos em uma grande festa. Tinha vestido longo, valsa e as minhas convidadas eram as meninas que eu visitava e ajudava. Era realmente um sonho. No dia seguinte, comecei a tornar isso realidade, uma realidade que só é possível graças à união, parceria, doação e dedicação de tantos amigos e parceiros”.
Para a oncologista pediátrica da unidade infantojuvenil e madrinha do projeto, Dra. Erica Boldrini, momentos de felicidade e concretização de sonhos também precisam fazer parte da memória neste período da vida dos adolescentes em tratamento. “Não é porque eles estão dentro de um hospital, passando por momentos tão difíceis, que não existirão momentos incrivelmente bons e acredito que este seja um desses ápices”, ressaltou.
A hora mais aguardada da noite não poderia ter sido mais emocionante! A valsa, embalada pela canção ‘Lanterna dos Afogados’, foi especialmente escolhida e cantada ao vivo pelas irmãs e atrizes Antônia Morais e Cleo Pires. “Escolhemos essa música pelo significado pessoal que ela tem para nós, uma das músicas preferidas do nosso tio Alexandre, que nos deixou no final do ano passado e que também foi tratado no HA. Esse hospital e todo o trabalho é realmente um orgulho para o nosso país, a assistência aos pacientes e suas famílias, a forma que humanizam os tratamentos e pensam em cada detalhe para minimizar as dores e as dificuldades da doença. Eu só posso agradecer por ter feito parte disso”, se emocionou Antônia, que prometeu participar de todas a próximas edições a partir de agora. A atriz foi convidada a conhecer o projeto e a instituição pelo namorado e ator Paulo Dalagnoli, que se apaixonou pela causa e desde a primeira edição do baile participa como Príncipe.
Para tornar a experiência mais especial, tudo foi planejado para ser uma grande surpresa aos verdadeiros donos e donas da festa, desde os vestidos e decoração, até as atrações principais, como o show de Dennis DJ, que só foi revelado na abertura do palco. A noite também foi abrilhantada pelas apresentações da cantora Wina, do grupo ‘O Clã’ e da dupla ‘Augusto & Atílio’, além da presença do humorista Jonathan Nemer, que também foi um dos padrinhos.
Realizadores de sonhos
O projeto, que só é possível por meio das doações e solidariedade de grandes empresas e empresários(as), contou, neste ano, com a parceria da estilista Dani Messih, da loja Ouro Têxtil, do grupo de moda Carmen Steffens e da Casa da Beleza Cris Rozzini, que proporcionou um verdadeiro Dia de Princesa para as debutantes. A cerimonialista Ana Araújo e o decorador Roni Vieira trouxeram sua expertise para criar uma decoração deslumbrante, enquanto o buffet foi servido pela Doce Pimenta. O chef Picuí e outros chefs convidados foram responsáveis pelo cardápio do jantar, já o bolo artístico foi assinado por Andreia Bolos. Para completar, os drinks foram servidos pela Flairs Bartenders.
Sobre o projeto
O projeto é uma produção independente, de iniciativa privada e sem fins lucrativos, da empresária Liliane Barros Marty Caron, que há mais de 20 anos desenvolve ações sociais em todo o Brasil. Dentre as 10 edições, cinco foram realizadas no Hospital do Amor, uma declaração de carinho e admiração da empresária ao trabalho realizado pelo hospital, considerado referência no tratamento e prevenção do câncer na América Latina. A missão do Projeto Fadas Madrinhas ė realizar sonhos de jovens com histórias de vida marcantes, sem condições de realizar com recursos próprios ou familiares, o desejo de ter uma grande festa de debutantes.
Quanto vale uma declaração de amor? Para o Hospital de Amor, a sua vale muito! É com este tema que a instituição deu início a campanha “Declaração de Amor”, com objetivo de captar recursos obtidos por meio de incentivos fiscais – essenciais para que o hospital continue buscando excelência tecnológica e humana no tratamento oncológico e oferecendo aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, via Sistema Único de Saúde (SUS).
Se você tem o desejo de contribuir com a causa do HA de forma rápida, segura e sem gastar nada, as doações de Imposto de Renda são ótimas opções! A novidade deste ano é que, além da doação ao projeto Lei da Criança e Adolescente, também é possível dobrar o valor destinado à instituição, doando também para a pessoa idosa. Ou seja: você pode destinar 3% para as atividades da instituição com crianças e adolescentes e mais 3% ao atendimento da pessoa idosa.
Para esclarecer todas as dúvidas sobre as doações de IR e a importância delas para o Hospital de Amor, preparamos uma matéria especial com o gerente de Parcerias Corporativas da instituição, Cleber Delalibera. Confira!
• Como doar o Imposto de Renda para o Hospital de Amor?
R.: No momento de fazer a Declaração do Imposto de Renda, escolha a opção “Doações Diretamente da Declaração”. Após o preenchimento dos dados solicitados, o próprio sistema irá gerar as guias referentes ao IR e às doações escolhidas, podendo ser de 3% – a Lei da Criança e Adolescente, e 3% – a Lei do Idoso.
Resumidamente:
– Preencha sua declaração com todos os dados financeiros;
– Selecione o campo ‘Fichas da Declaração’ e escolha a opção ‘Doações Diretamente da Declaração’;
– Selecione a aba ‘Criança e Adolescente’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em UF, selecione ‘SP’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 19.011.652/0001-50’. Este é o Fundo Municipal da Criança de Barretos;
– Selecione a aba ‘Idoso’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 15.642.204/0001-01’. Este é o Fundo Municipal do Idoso de Barretos.
– Na hora de enviar a declaração para a Receita Federal, o sistema irá emitir até três DARF’s, sendo um referente ao Imposto de Renda e outros dois correspondentes aos fundos da Criança e Adolescente, e Idoso.
– Após enviar o pagamento, é fundamental direcionar o comprovante de para: ha.com.vc/ircomprovante.
• Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode doar?
R.: Toda pessoa física que fizer a declaração completa do Imposto de Renda e obter tributos a pagar, pode contribuir. Já pessoas jurídicas podem fazer a dedução fiscal desde que estejam na modalidade ‘Lucro Real’.
• De que maneira as doações incentivadas contribuem com o HA?
R.: As doações incentivadas pela Lei do Idoso garante atendimento integral aos pacientes de 60 anos ou mais, nas unidades do Hospital de Amor espalhadas por todo o Brasil. São contemplados os custos relacionados ao tratamento e às atividades multidisciplinares desenvolvidas continuamente, além de auxiliar no custeio do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção o idoso do HA).
Já as doações incentivadas pelo Fundo da Criança e Adolescente têm o objetivo de viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, em Barretos (SP), além contribuir com as ações de assistência, estruturadas para que o paciente e sua família possam estar juntos no enfrentamento da doença.
• Quanto foi arrecadado, no último ano, por meio dos projetos (Lei do Idoso e Lei da Criança e Adolescente)?
R.: O valor arrecadado no último ano com os dois fundos, foi de aproximadamente R$ 80.000.000,00. Embora expressiva, a quantia ficou muito abaixo da real necessidade do HA, onde o déficit operacional ultrapassou meio bilhão de reais em 2022.
• Doações de pessoas físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que façam modelo completo?
R.: Sim, podendo ser destinado 3% para a Lei do Idoso e 3% para a Lei da Criança e Adolescente.
• Qual é a data limite para realizar a declaração e ajudar o HA?
R.: Pessoa física pode doar em qualquer momento, no entanto, recomendamos que os prazos de entrega das declarações sejam respeitados para se evitar possíveis multas, ou seja, até 31/05/2023. Já as pessoas jurídicas têm até o dia 28/12/2023 para doar.
• Qual é a importância e o impacto destas doações para o Hospital de Amor?
R.: A contribuição fiscal é um ato que salva vidas. Por meio dela, o HA consegue custear grande parte dos seus procedimentos, oferecendo atendimento de qualidade e repleto de amor a pacientes de todo Brasil. São 61 anos ajudando os brasileiros de forma gratuita e integral.
IMPORTANTE: após concluir a doação do seu IR, não esqueça de enviar o comprovante para garantir que o Hospital de Amor receba os recursos. Sem essa etapa, a doação não chega!
Agora é com você! Declare seu amor para o HA e faça a diferença na vida de milhares de pacientes. E se ainda ficou alguma dúvida, acesse: ha.com.vc/irha e confira o passo a passo.
O dia 24 de março é sempre uma data muito especial e significativa para o Hospital de Amor. Ela representa o início de tudo, quando no ano de 1962 o casal de médicos visionários, Dr. Paulo Prata (in memoriam) e Dra. Scylla Duarte Prata, fundaram um dos maiores centros de tratamento oncológico da América Latina, responsável por atender pacientes de todo Brasil e de países vizinhos, de forma humanizada e 100% gratuita.
De lá para cá, em 61 anos de história, muita coisa aconteceu! A instituição ultrapassou limites, barreiras e fronteiras para levar saúde de qualidade a todas as pessoas. O seu programa de prevenção de câncer alcançou números de diagnósticos precoces inimagináveis, por meio de suas unidades fixas e móveis. Seus atendimentos de excelência (via Sistema Único de Saúde) em unidades de tratamento espalhadas pelo país, estruturas altamente tecnológicas, procedimentos avançados e resultados inovadores em ensino e pesquisa, fizeram a instituição ser reconhecida internacionalmente.
São 61 anos transformando a realidade da saúde pública do país, escrevendo novos capítulos na história de muitas famílias e salvando milhares de vidas! É claro que nada disse seria possível sem a contribuição de doadores, parceiros e voluntários, que ajudam a instituição a sanar seu déficit mensal milionário. Entretanto, muito além de oferecer acolhimento e um tratamento digno, o Hospital de Amor oferece: AMOR! E sabe o que é mais incrível e gratificante? Este sentimento que está enraizado em sua missão, é genuinamente recíproco!
Neste aniversário, quem ganha o presente é o HA! Confira alguns relatos emocionantes e repletos de amor (e que representam centenas de outros que recebemos diariamente) de pacientes que estão ou já estiveram em tratamento na instituição.
Alessandra Fernandes (Anápolis – GO)
Em janeiro de 2020, fui diagnosticada com câncer de mama HER2 invasivo infiltrante. Logo após a descoberta da doença, minha família, em especial meu irmão Hermes, se preocupou muito comigo e quis ele que eu tivesse o melhor atendimento possível. Dessa forma, ele e alguns amigos deram andamento ao encaminhamento para Barretos (SP). Mas Deus reservou algo muito especial para mim: Jales (SP). Lá eu recebi o amor, a humanização e o carinho de muitos que passaram pelos meus atendimentos. Recebi 16 aplicações de quimioterapia, 19 sessões de radioterapia, passei por duas cirurgias e por fim, 17 imunoterapias. Transpus a barreira de 1.400 km semanais de ônibus. Venci o processo e atingi o propósito! Quero aqui agradecer a todos por tudo e por tanto que recebi. Desejo ao Hospital de Amor o melhor deste mundo. Obrigada de coração. Que Deus sempre encaminhe pessoas maravilhosas e dispostas a lutar pelo ideal, hoje continuado pelo sr. Henrique Prata. Deus os abençoe sempre. Obrigada.
Ah! Transformei minha doença em militância. Hoje procuro levar informação através de palestras e bate-papos àquelas pessoas que precisam saber da importância do autocuidado, dos direitos de um paciente oncológico e que o câncer não é uma sentença de morte. Há vida após a turbulência. Hoje estou aqui contando a minha história a vocês. Orgulho do que conquistei. Obrigada, família e amigos que seguraram (financeiro e afetivo) minhas mãos durante todo esse período. Obrigada, equipe de Fernandópolis (SP). Vocês são demais. Obrigada, Dr. André, Rosa, Luana Xavier, Luciene, Denise, Nebling, Patrícia Estevo, William Ricardo, Sérgio, Michele, Tainá, Alessandro, Amanda, Priscila, Aniele, Liane…Amo vocês e o que representam para mim!
Geraldo Júnior (Goiânia – GO)
MUITO, MUITO, MUITO AMOR POR AQUI!
Quero parabenizar e enaltecer ao idealizador e todos que atuam juntos ao HA. O Hospital de Amor foi a melhor oportunidade de ver a vida com mais amor e acolhimento, vindo de Goiânia (GO), onde não consegui suporte quando fui diagnosticado com câncer colorretal e metástase no fígado. Foi um gigantesco susto de primeira, mas quando fui acolhido pelo Hospital de Amor, unidade de Jales (SP), minha esperança em continuar vivendo veio, através de muito amor de todos do Hospital, desde a recepção, pessoal do laboratório, equipe de exames de imagens, da limpeza, do lanche, enfermeiros e médicos. Sinto-me cada vez mais acolhido, não é fácil, mas aqui se torna mais leve. Gratidão eterna!
Ricarda Rodriguez (Venezuela – VE)
Sou Ricarda Solideiner Rodriguez Acevedo, uma venezuelana que chegou ao Brasil em fevereiro de 2019, com uma luz de esperança de poder me tratar do câncer que sofro. Graças ao nosso Pai Celestial, o Hospital de Amor abriu suas portas para mim! Até agora eles me deram todo o amor e ajuda, e eu sou sinceramente grata por ter esse privilégio. Mesmo sendo estrangeira não tive nenhuma diferença, pelo contrário, eles me trataram como uma brasileira! Sou eternamente grata ao Hospital de Amor e toda sua equipe. Vocês são os melhores do mundo!
Joyce Lustosa (Indaiatuba – SP)
Em 19/04/2005, com apenas 10 anos, dei início ao meu tratamento no HA. Por ser portadora de moléstia classificada no CID 10 sob o número C40, fui diagnosticada com Osteossarcoma Maligno. Fui submetida ao protocolo de tratamento com quimioterapia neo-adjuvante; cirurgia com ressecção tumoral e substituição com endoprótese em úmero direito; e quimioterapia adjuvante. Tive revisão da prótese em 16/12/2011. Evolui com soltura da endoprótese, onde foi realizado nova cirurgia para colocação de endoprótese de úmero total em braço direito. Hoje, faço acompanhamento oncológico e apresento diminuição de força e amplitude de movimento em membro superior direito, o que incapacita para atividade a qualquer esforço físico.
Sou imensamente grata a Deus e a TODOS que fazem parte dessa família maravilhosa que é esse hospital. Desde os faxineiros(as), enfermeiros(as), médicos(as), motoristas, cassa de acolhimento, todos, sem distinção de nível. Todos que fazem parte, que transmitem o bem, que são guiados por Deus. Sou imensamente grata por tudo que já passei, porque venci essa luta ao lado das pessoas que sempre estiveram ao meu lado, me ajudaram e me apoiaram.
Lívia Loami (Barretos – SP)
Era dezembro de 2018. Trabalhava no NAP (Núcleo de Apoio ao Pesquisador) da Prevenção do HA. Tive a oportunidade, nessa data, de realizar o sonho de defender o doutorado. Fazia mais de um ano que tinha uma coceira insuportável no corpo. Acordava a noite por causa dela. Acompanhava com especialista, fazia tratamento e nada. Março de 2019 tive sintomas de gripe: tosse e febre. Fui ao pronto socorro, fiz exames e me disseram que era pneumonia. Sete dias afastada. Dez dias de antibiótico. No 7º dia já estava ótima (mas continuava coçando). Uma semana depois, a tosse voltou. Repeti os exames (raio-X, tomografia, etc.) e veio o laudo: um monte de linfonodos aumentados, massa de 12cm entre os pulmões, veias invadidas pelo tumor. Achei que era o fim. O chão abriu. É sério! Senti tudo aquilo que já tinha ouvido e visto acontecer muitas vezes enquanto trabalhava na prevenção da instituição. Receber o diagnóstico de câncer é triste. Dói. Você olha para os filhos (na época eles tinham 3 e 6 anos) e só quer ter a chance de vê-los crescer. Fui de funcionária, em um dia, para paciente no dia seguinte. Estive do outro lado, deitada na cama para receber a quimioterapia. Colocando máscara para fazer radioterapia. Muitas punções. Fraqueza. Cansaço. E esperança. Muita vontade de viver. Foram 6 meses de tratamento. O dia em que eu pude voltar a comer o que gosto parecia ser o maior prêmio que recebi. Chorei. Vibrei! Tocar aquele sino da radioterapia, então… foi libertador!
Janeiro de 2020, voltei a ser colaboradora. Mas, dessa vez, dentro da radioterapia. Aliás, que equipe! Quando o desespero bateu em uma das sessões de radioterapia, não precisou palavras. O abraço daquelas meninas me salvou. No final, depois da onda ter abaixado e a tempestade passado, ganhei um presente de Deus. Meu milagrinho, minha Rebeca, que nasceu dia 22/12/2020. E continuamos firme, vivendo a cada dia, sem mais câncer, só sendo feliz. E glória a Deus por isso!
São depoimentos como estes que fazem o HA continuar! Que venham mais 61 anos pela frente, mais Alessandras, Geraldos, Ricardas, Joyces e Lívias com lindos relatos, muito mais vidas salvas! Obrigado, queridos pacientes. Vocês são nossos maiores presentes!
Referência em tratamento oncológico gratuito na América Latina e mais de 60 anos de história, o Hospital de Amor busca constantemente, por meio de suas estruturas tecnológicas e procedimentos avançados, pela melhor assistência ao paciente. Diante deste cenário, inúmeras são as conquistas da instituição! Uma delas é a realização, há mais de dez anos, de cirurgias cerebrais e vertebrais utilizando a neuronavegação – dispositivo que tem funcionamento semelhante ao GPS (Sistema de Posicionamento Global), responsável por mostrar ao cirurgião, através dos exames do paciente, a localização exata de onde um determinado instrumento encontra-se, em tempo real, no momento da cirurgia.
Este, por si só, já pode ser considerado um grande progresso cirúrgico, mas a novidade é ainda maior! No mês de fevereiro, o HA recebeu o robô CIRQ (desenvolvido pela empresa alemã BrainLab) e pôde realizar, junto a sua equipe composta por neurocirurgiões, anestesiologista, enfermeiros e engenheiros, duas cirurgias inéditas no Sistema Único de Saúde (SUS) e no estado de São Paulo.
De acordo com o neurocirurgião do Hospital de Amor, Dr. Ismael Lombardi, trata-se de um braço robótico que consegue determinar, no intra-operatório, a trajetória para que a agulha ou os parafusos alcancem os alvos marcados pelo cirurgião de maneira extremamente precisa. “Uma vez que o robô adquire as informações geradas pelo neuronavegador, de forma automatizada, é gerada a trajetória mais precisa para a inserção de implantes ou instrumentos. Todo processo tem a supervisão intra-operatória do cirurgião, aumentando ainda mais a segurança.
Sem a presença do robô, esta etapa do procedimento seria realizada de forma exclusivamente manual”, afirmou.
Atuando de forma integrada com o neuronavegador, o CIRQ pode ser utilizado em cirurgias que necessitam da implantação de parafusos na coluna vertebral, biópsias da coluna vertebral e biópsias de lesões cerebrais, independentemente do tipo de tumor. Cirurgias para doenças degenerativas da coluna vertebral também podem se beneficiar desta tecnologia, além de outros tipos de cirurgias não-oncológicas, como drenagem de hematomas e abscessos cerebrais, ou mesmo a colocação de estimuladores cerebrais que necessitem de alta precisão cirúrgica.
“Graças a parceria com a BrainLab, conseguimos manter o robô 10 dias na instituição e realizar três procedimentos de alta precisão e exatidão: uma cerebral e duas cirurgias para coluna vertebral. A neuronavegação faz parte da nossa rotina, mas contar com o auxílio do robô, foi pioneiro e extremamente gratificante”, explicou Lombardi.
Inúmeros benefícios
Não são apenas os profissionais do HA que ‘ganharam’ ao utilizar esta tecnologia durante as cirurgias. Os pacientes da instituição, com certeza, foram os maiores beneficiados! Segundo o neurocirurgião, a introdução da robótica nos procedimentos cirúrgicos possíveis, trouxe mais precisão e segurança aos cirurgiões, e muito menos complicações aos pacientes. “O nosso bom resultado é o bom resultado dos nossos pacientes. Com a introdução da navegação e robótica, pudemos ter redução no tempo cirúrgico e de internação, além de menor exposição da equipe e dos pacientes ao Raio-X, muito utilizados nestes procedimentos realizados de forma convencional”, declarou.
Os pacientes do Hospital de Amor que foram submetidos (gratuitamente, como todos os atendimentos realizados pela instituição) aos procedimentos cirúrgicos com o CIRQ, receberam alta em apenas dois dias de internação e tiveram evolução satisfatória, sem intercorrências ou contratempos.
Mais um motivo que marcou a história do HA e encheu seus profissionais e pacientes de orgulho!
O Hospital de Amor, maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, possui estruturas avançadas voltadas para prevenção, ensino e pesquisa, focadas na busca constante pela melhor assistência ao paciente. Com essa missão, a instituição acaba de divulgar o desenvolvimento de um novo painel genético para sarcoma, que, segundo a Dra. Flávia Escremim de Paula, biologista especialista líder do laboratório de diagnóstico molecular do HA, tem como finalidade detectar mais de 170 aberrações genéticas que definem esses tumores, permitindo avaliar mais de 20 tipos histológicos diferentes.
Inédito no Sistema Único de Saúde (SUS), o novo painel genético representa uma grande evolução no diagnóstico e tratamento do sarcoma, uma vez que esses tumores são conhecidos por serem altamente heterogêneos e terem uma variedade de alterações genéticas diferentes. O ensaio genético é fruto de uma parceria com pesquisadores holandeses e, de acordo com o pesquisador responsável pela sua implementação no HA, o Dr. Rui Manuel Reis, diretor científico do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA, será possível detectar uma ampla gama de fusões genéticas em um único ensaio, o que torna o diagnóstico mais preciso, rápido e eficiente.
O sarcoma é um tipo raro e agressivo de câncer que afeta os tecidos moles do corpo, como músculos, ossos, gordura, vasos sanguíneos e tecidos conjuntivos; e possui um diagnóstico ainda desafiador, pois os sintomas podem ser variados e muitas vezes vagos.
O teste, desenvolvido com base na plataforma NanoString nCounter, é realizado em uma única amostra, o que significa que não é necessário coletar múltiplas amostras de tecido para analisar diferentes alterações genéticas. Isso pode reduzir significativamente o tempo e o custo do diagnóstico, além de minimizar o desconforto do paciente. Além disso, o painel recém-desenvolvido é altamente sensível e específico, o que significa que pode detectar essas anomalias genéticas mesmo em amostras escassas e cuja preservação não tenha sido ideal. Isso é particularmente importante para o sarcoma, uma vez que esses tumores são frequentemente difíceis de biopsiar e podem produzir amostras de tecido de baixa qualidade.
Em resumo, o novo painel genético para sarcoma representa um grande avanço no diagnóstico desses tumores. Com esta tecnologia inovadora, será possível melhorar significativamente o diagnóstico e tratamento da doença, oferecendo uma abordagem mais personalizada e eficaz para cada paciente.
Diagnóstico Molecular
O diagnóstico molecular é um conjunto de métodos analíticos consagrados da biologia molecular, visando a investigação de alvos de interesse a partir da análise do material genético, o DNA e o RNA, para identificar mutações genéticas que, neste caso, podem estar associadas ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer.
Com o diagnóstico molecular, os médicos podem identificar as mutações específicas que estão presentes no câncer de um paciente e escolher o tratamento mais eficaz com base nos resultados. Isso pode incluir terapias direcionadas, que atacam diretamente as células cancerígenas com mutações específicas. O método também pode ajudar a identificar pacientes que têm um risco maior de desenvolver câncer, permitindo que medidas preventivas sejam tomadas antes que a doença se desenvolva.
Laboratório de Diagnóstico Molecular do HA
Inaugurado em 2011, o Laboratório de Diagnóstico Molecular do Hospital de Amor foi criado, incialmente, para atender de forma gratuita os pacientes da instituição. Os testes moleculares são fundamentais para um diagnóstico acurado, um prognóstico mais assertivo e uma precisão terapêutica.
Devido à grande procura de laboratórios, parceiros, médicos e pacientes de outras instituições, em 2013 o centro passou a oferecer comercialmente uma diversidade de testes genéticos, que são hoje fundamentais para uma medicina personalizada ao paciente oncológico. Os testes disponibilizados são aplicados para inúmeras neoplasias sólidas e hematológicas de pacientes infantojuvenis e adultos, com uso das mais clássicas às mais modernas e sofisticadas metodologias e tecnologia. O número de exames tem crescido anualmente, chegando em 2022 a mais de 12.000 testes genéticos realizados pelo Laboratório de Diagnóstico Molecular.
O laboratório possui uma moderna estrutura e conta com uma equipe multidisciplinar altamente especializada, com expertise técnica e científica, composta por patologistas, biólogos, biomédicos e tecnologistas, além do suporte administrativo e comercial. Essa estrutura também proporciona um canal aberto para comunicação e discussão de casos com os profissionais solicitantes, sendo necessário interação entre as equipes para o oferecimento de um resultado preciso, detalhado e em consonância com as boas práticas laboratoriais de excelência. Acesse o site e confira todos os testes genéticos disponíveis.
Câncer colorretal: segundo tipo de tumor mais comum em homens e mulheres (quando não consideramos o câncer de pele não melanoma) e o terceiro que mais mata no Brasil, com estimativa de 41 mil novos casos por ano no país, de acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Com números tão alarmantes e um mês especialmente dedicado à prevenção e detecção precoce deste tipo de câncer – o “Março Marinho” – é preciso falar mais sobre o assunto.
A neoplasia que acomete o trato digestivo (intestino grosso e reto), principalmente em pessoas com idade entre 60 e 70 anos, é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser diagnosticado precocemente. Sintomas como sangue oculto nas fezes e dor na barriga (geralmente cólica), seguido de alteração intestinal (como intestino preso), são comuns deste tipo de câncer. Além disso, podem ser vistos também anemia, fraqueza e perda de peso, mas, geralmente, esses sinais já indicam a doença em fase avançada.
Segundo o médico coordenador do departamento de endoscopia do Hospital de Amor, Dr. Claúdio Hashimoto, dentre os fatores de riscos relacionados ao desenvolvimento do câncer no intestino, estão o sedentarismo, sobrepeso, alimentação pobre em fibras e rica em carnes vermelhas e processadas, exposição à radiação, tabagismo e alcoolismo. “Na presença de qualquer um dos sintomas é muito importante procurar o médico especialista para iniciar a investigação. É fundamental e necessário manter hábitos de vida saudáveis para se evitar a doença”, afirma.
Sabe o que é mais importante? A prevenção do câncer colorretal, assim como em vários outros tipos da doença, salva vidas! E existem vários métodos eficientes para o diagnóstico precoce do tumor, como:
• Pesquisa de sangue oculto nas fezes – indicado para quem não apresenta sintomas, mas está na faixa etária (homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos);
• Colonoscopia – para quem já possui sintomas.
Teste FIT
Você sabia que é possível detectar o câncer colorretal sem que haja sintomas aparentes? Sim! Por meio do teste de imunoquímica fecal, também conhecido como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes, é possível identificar o sangramento presente nas fezes, na maioria das vezes não perceptível a olho nu, e uma análise qualitativa.
Indicado para homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos cinco anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais, o FIT é utilizado como um exame de pré-triagem e gratuitamente disponibilizado pelo Hospital de Amor, através do programa de rastreamento do Instituto de Prevenção – o único do país oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por se tratar de um procedimento não invasivo, sem necessidade de preparo e indolor, possui uma excelente aceitação pelos pacientes. “Se o paciente se enquadrar em todos os critérios, ele recebe o kit para coleta das fezes. Não é necessário fazer nenhuma dieta e ele pode realizar o exame quando preferir”, explica Hashimoto.
Como fazer o exame?
Para a efetividade do exame, são necessárias três amostras de fezes consecutivas. Dessa forma, ao defecar, o paciente utiliza o “coletor” (que recebe com o kit) e perfura as fezes em três locais diferentes. Em seguida, insere o coletor com a amostra no recipiente do exame, fecha-o adequadamente e armazena-o por até três dias em temperatura ambiente.
Depois, encaminha-o ao departamento de análise do HA e aguarda o resultado. “Caso o resultado seja positivo para sangue oculto nas fezes, não significa que o paciente esteja com câncer. É necessário prosseguir a investigação com o exame de colonoscopia”, afirma o médico.
Quando realizar a Colonoscopia?
A colonoscopia – exame de vídeo utilizado para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado – permite avaliar, tirar fotos e biópsias destas regiões por meio de um endoscópio (colonoscópio). É um procedimento indicado a pacientes que já possuem sintomas, que possuem casos de câncer colorretal ou pólipos na família e que estejam dentro da faixa etária permitida.
“É importante esclarecer que em alguns casos, neste tipo de câncer, principalmente quando detectado em fases iniciais, vários pólipos intestinais podem ser retirados e curados por meio da própria colonoscopia, sem a necessidade de se realizar as cirurgias convencionais”, finalizou Hashimoto.
Previna-se!
Se você tem entre 50 e 65 anos de idade, faça a prevenção do câncer colorretal mesmo não apresentando sinais, por meio do teste FIT. Em casos de sintomas, consulte seu médico de confiança ou vá até uma unidade básica de saúde para receber orientações. E lembre-se: a prevenção salva vidas e deve ser realizada o ano todo!
Saiba mais em: ha.com.vc/marcomarinho.
Quando começou a sentir dores na região das costas, José Benedito Costa, de 61 anos, não imaginava que o destino lhe proporcionaria uma viagem de cerca de 4 mil quilômetros de distância de sua casa. Atravessar o Brasil não estava em seus planos quando as coisas começaram a sair da rotina.
O roraimense de Boa Vista (RO) viu sua vida mudar completamente ao receber o diagnóstico de câncer em sua cidade de origem. Não bastasse o medo e a ansiedade natural que a doença lhe trazia, também era preciso largar tudo e ir para o interior de São Paulo, para dar início ao seu tratamento. Mas, até chegar ao diagnóstico final, foi uma longa jornada que ele trilhou ao lado de sua esposa, Eliani Amorim, 46 anos, que no mesmo período enfrentava os desafios de um aneurisma que tinha sido detectado em seu cérebro.
O início de uma nova vida
José conta que sentia muita dor no quadril (MarziniClinic), especificamente no cóccix, além de sentir dores ao urinar. “O médico disse que eu tinha uma fistula que precisava operar. Ele já havia realizado mais de 1.200 cirurgias, mas algo como o que eu tinha, ele nunca havia visto”. Durante o procedimento da fistula, o profissional constatou que a situação era mais difícil do que ele pensava.
Ao ficar muito tempo sentado enquanto trabalhava, o ex-técnico em finanças sentia muitas dores. “Descobri que tinha uma fistula que era ocasionada pelo câncer, e foi aí que eu ouvi pela primeira vez a palavra ‘cordoma’. Era necessário fazer uma biopsia para saber qual tipo era”, afirmou. Em abril de 2017, José recebeu o diagnóstico de cordoma (lesão maligna da medula espinhal), em Boa Vista. Seu novo desafio era começar o tratamento contra o câncer.
Por meio da ajuda de uma amiga, foi possível a transferência para o Hospital de Amor, em Barretos (SP). “Vim de voo com o auxílio de um jatinho, direto para o CIA (Centro de Intercorrência Ambulatorial)”, lembra. Após refazer os exames no HA, foi constatado que o ‘cordoma’, na verdade, já estava em metástase.
Após 20 meses, nove ciclos de quimioterapia e uma semana de radioterapia (feitos para conter o crescimento da neoplasia), José realizou a cirurgia para retirar o tumor, em abril de 2019. “Cheguei a ficar dez meses deitado, pois eu já não andava mais, algo que os médicos disseram que nunca mais iria acontecer após o procedimento. Quando cheguei em Barretos, o tumor que inicialmente tinha 5 cm, estava com 10,73 cm”, conta.
De acordo com a sua esposa, o oncologista disse que, após operar, o paciente ficaria um mês no hospital para aprender seu novo estilo de vida, já que ele não iria andar novamente. Ela conta, porém, que de forma surpreendente ele ficou apenas um dia na UTI e, depois de três dias, já estava em casa andando com ajuda do andador.
José revela que os médicos ficaram admirados ao vê-lo caminhar. “Acabei surpreendendo a medicina, porque eles também disseram que eu iria usar a bolsinha de colostomia, além de não caminhar. Eu pedi a Deus para me ajudar e ele me ouviu. Cheguei a criar calo nos joelhos de tanto orar e pedir essa graça”. Após sair do hospital, o paciente precisou usar o andador e em seguida a bengala, mas saiu andando, o que era uma grande conquista para ele, mesmo diante das dores.
“Eu perguntei por que eles não colocaram alguma prótese, pois eles tinham removido meu cóccix todo”, relata José ao lembrar como foi seu diálogo com a equipe médica. Os médicos explicaram que não foi feito este procedimento, pois não era esperado que ele voltasse a andar. Com esse cenário, as dores ao dar seus passos não eram esperadas também.
Posteriormente, a equipe de fisiatras do Centro de Reabilitação do HA identificou que em relação à dor não se podia fazer mais pelo paciente, foi quando entrou em cena a Dra. Margareth Lucca, médica anestesiologista, especializada em dor e em medicina tradicional chinesa, que atua no Hospital de Amor há cinco anos. Nascia assim a esperança de aliviar as sequelas deixadas pela cirurgia.
Arte milenar que combate à dor
A terapia milenar chinesa que consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo do paciente, a fim de tratar enfermidades e promover bem-estar e melhorar a qualidade de vida, é conhecida como acupuntura. Este procedimento é realizado pela médica que diariamente atende, em média, 18 pacientes, dentre eles, adultos e crianças, no centro de reabilitação do HA. “As pessoas chegam irritadas, desanimadas, tristes, sem esperança e com dor. Ao oferecer um trabalho com muito amor e carinho, algo acontece”, revela a Dra. Margareth.
A especialista que iniciou o projeto ‘FADA’ no ambiente de trabalho, explica o nome da ação: Fazendo o Acolhimento da Dor com Aromaterapia – uma outra prática integrativa já reconhecida pelo SUS. Ou seja, por meio de um spray perfumado, ela consegue aromatizar o local, oferecendo bem-estar aos pacientes assim que chegam ao centro. “Como o cheirinho chega até o sistema nervoso central, em um lugar chamado límbico, modifica a reação do corpo, traz um relaxamento, alivia a tensão, a pessoa se sente mais bem acolhida e já muda”, disse a profissional, que também aplica cromoterapia no ambiente, oferendo um tratamento holístico a todos os pacientes que são atendidos por ela.
Ao falar sobre os atendimentos que realiza em José, a médica fica emocionada: “Só de ver o tamanho da cicatriz e conhecer toda história dele, é claro que existe um sofrimento intenso, um bloqueio de ficar restrito pela dor, mas me alegro ao saber que ele jamais perdeu a esperança”.
A terapeuta explica que já realizou infiltrações no paciente em pontos específicos que geram o gatilho da dor. Em seguida, é feito o procedimento da acupuntura. “Este serviço é oferecido via SUS em outros hospitais, mas a maneira com que o Hospital de Amor conduz é única, não somente pelo uso da tecnologia e aparelhos maravilhosos que há no Centro de Reabilitação, mas também pelo carinho e acolhimento que todos os colaboradores oferecem aos pacientes. Isso faz toda a diferença”, afirma a especialista, que tem sua fala validada por José.
“Deus colocou pessoas escolhidas por Ele no meu caminho, no tempo certo e durante todo meu tratamento. Eu costumo dizer que este é o melhor hospital de América Latina. Já fui em vários lugares do Brasil, mas não existe outro igual. Aqui, as pessoas respeitam o paciente e nos tratam com muita dignidade. Somos todos seres humanos e se eu preciso ser bem tratado, eu devo tratar todos bem, e no Hospital de Amor eu recebo o melhor”, conta o paciente que revela não ter medo das agulhas que recebe uma vez por mês, durantes os 25 minutos de sessão.
Com quase dois anos de tratamento terapêutico de acupuntura, José não precisa mais do auxílio do andador e da bengala para caminhar. Aliado à acupuntura e atividades físicas prescritas pelo time do Centro de Reabilitação, ele decidiu se mudar para Barretos, onde pode receber um tratamento de qualidade, gratuitamente, o que não ocorre em seu estado de origem. Ao lado de sua fiel companheira, sua esposa Eliani, ele vive com seus oito filhos.
Picadas de Amor
“Costumo dizer que ganhar um beijo é melhor do que ganhar uma picada, porém, eu já tive crianças de 5 anos que pediram acupuntura e já tive idosos que tem um maior estresse, então é uma coisa muito pessoal. Tem pessoas que trazem medos, porque nós ocidentais, muitas vezes, achamos que a agulha significa punição e sofrimento, mas neste caso não, são agulhas do bem que trazem bem-estar”, conclui a Dra. Margareth.
Assim como no relato acima, existem diversas comprovações de que a acupuntura de fato funciona. Contudo, no Brasil essa terapia só dever ser utilizada de maneira complementar ao tratamento clínico orientado pelo médico, contribuindo para a qualidade de vida do paciente. É claro que também não pode faltar carinho, amor e empatia!
A tecnologia tem sido cada vez mais fundamental para revolucionar a medicina em diferentes aspectos, possibilitando diagnósticos mais precisos, tratamentos mais eficazes e melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes, contribuindo também para o seu bem-estar. Projetos inovadores permitem a criação de novas soluções para antigos desafios médicos, além de garantir a oferta de novos recursos, seja de estrutura, atendimento ou financeiro.
O hub Harena Inovação do Hospital de Amor nasceu com o objetivo de identificar novas formas de levar tecnologia à saúde pública, contribuindo assim para o bem dos pacientes, acompanhantes e da instituição, ou seja, todos são beneficiados. Por meio do programa ‘HealthTech Barretos’ ministrado pelo time Harena em parceria com o Sebrae, 61 startups já foram aceleradas pela incubadora que trabalha, exclusivamente, com projetos do nicho de saúde. Dentre elas, duas startups se destacam pelo trabalho realizado e pelos frutos já galgados ao longo desta jornada em parceira com os profissionais do HA.
Segundo o gerente de inovação do Harena, Guilherme Sanchez, “O programa ‘Healthtech Barretos’ conecta startups com soluções inovadoras de todo Brasil, com os desafios reais vivenciados pelo HA. As startups selecionadas passam por uma trilha de validação e desenvolvimento com duração de três meses e, após a aceleração, podem construir um projeto em cooperação técnica com o HA. Em quatro edições do programa, já foram 61 startups aceleradas de 8 estados do país”, explica Sanchez.
A startup Comsentimento, que foi acelerada na 1ª edição do programa, foi criada para ajudar organizações de saúde a gerarem mais valor com seus dados. Por meio da criação de repositórios clínicos normalizados e conectados em rede, a empresa auxilia a acelerar a inovação, gerar novas evidências, melhorar a prática clínica de todos os agentes da cadeia, desde startups até as empresas farmacêuticas. De acordo Guilherme Sakajiri, fundador da startup, após o programa de aceleração foi construído um acordo de cooperação técnica com o Hospital de Amor para aplicação dos algoritmos de identificação de pacientes com câncer de próstata para três estudos clínicos.
Ao todo, a parceria entre a startup e o Hospital rendeu 27.872 notas clínicas processadas e estruturadas pelo pipeline de NLP da Comsentimento; e 221 pacientes foram identificados para estudos clínicos de câncer de próstata, aumentando assim a eficiência no recrutamento de pacientes em 140%. Com mais de 29 mil notas clínicas processadas, aproximadamente 3 mil pacientes foram beneficiados com este trabalho de inteligência artificial.
“Para a Comsentimento, essa experiência foi extremamente importante, pois nos permitiu desenvolver habilidades essenciais para o crescimento de nossa empresa. Além de ajudar no desenvolvimento e melhoria do produto, pudemos nos conectar com uma rede valiosa de mentores e profissionais que vivem a realidade da pesquisa clínica no dia a dia. Além disso, tivemos a oportunidade de trabalhar ao lado de outras startups incríveis, o que nos proporcionou uma troca de experiências e aprendizados enriquecedora. Além de todo o ganho de desenvolvimento de negócio, é especialmente gratificante para nós trabalharmos com o Hospital de Amor, uma instituição que se renova a cada dia para conseguir levar um atendimento de excelência e um impacto positivo na vida de muitas pessoas”, destacou Sakajiri.
De acordo com a gerente da Unidade de Pesquisa Clínica do Hospital de Amor, Mariana Fabro Mengatto, este perfil de empresa acelera o desenvolvimento tecnológico com objetivo de otimizar processos em parceria com as equipes de saúde e o time da Comsentimento consegue fazer a leitura de notas clínicas. “Atualmente, já são mais de 27.000 notas no projeto, algo que humanamente seria impossível realizar em pouco tempo”.
Mariana explica, ainda, que a Inteligência Artificial consegue rastrear por meio de um banco de dados potenciais candidatos aos estudos clínicos, utilizando critérios precisos para sinalização. Após a análise e validação da equipe da pesquisa, os pacientes são convidados para participar dos estudos, tendo como opção realizar tratamento de última geração. “Até o ano de 2022, estávamos com 308 pacientes participantes de pesquisa, todos em tratamento. Com o auxílio da startup, foram identificados 221 pacientes, sendo que 13 entraram nos estudos”, revela a profissional.
Com o processo de aceleração do recrutamento de pacientes nas pesquisas, mais estudos podem ser alocados para o Brasil e, por meio do uso de medicações já aprovadas em diversos países, será possível proporcionar melhores opções de tratamento aos pacientes, que hoje não estão disponíveis no sistema SUS. De acordo com o gerente de inovação do Harena, já existe um o acordo com previsão de aplicação da IA em novos estudos clínicos para câncer de mama e pulmão, o que aumentará o número de pacientes beneficiados.
A tecnologia chegou às farmácias
Outra startup que também vem fazendo a diferença e gerando resultados positivos é a Norharm.ai. Trata-se de uma plataforma que ajuda a farmácia clínica dos hospitais nas tomadas de decisões, também por meio da Inteligência Artificial.
A startup desenvolveu dois algoritmos para automação da triagem farmacêutica. Ou seja, enquanto um faz a priorização das prescrições fora do padrão, o outro trabalha na identificação de pacientes críticos. Com o auxílio da IA, o sistema indica onde estão os possíveis erros de prescrição, o que possibilita na melhora da qualidade assistencial e eficiência hospitalar.
A supervisora de farmácia do HA, Priscila Moi e Silva, conta que o sistema começou a ser implantado em maio do ano passado. “Fizemos alguns treinamentos, foi parametrizado o sistema e então começamos a utilização. Em outubro, tecnologia passou a ser utilizada pelos farmacêuticos clínicos do Hospital São Judas Tadeu, nossa unidade de cuidados paliativos, e da unidade adulta do Hospital de Amor, ambos em Barretos (SP)”, diz a supervisora.
Priscila revela que ao todo, 192 leitos são beneficiados atualmente no HA. A ferramenta auxilia na análise de prescrição e prevenção de erros de medicação. Através da tela de priorização o farmacêutico consegue verificar e priorizar as análises de prescrição de pacientes críticos, com exames alterados, por exemplo. O sistema possui alertas de medicamentos com interação, medicamentos com contraindicação de sonda, entre vários outros. Mostra os medicamentos diferentes que foram incluídos na prescrição após análise, entre várias outras vantagens que auxiliam no dia a dia do farmacêutico clínico, otimizando o tempo dos profissionais.
Por meio dos indicadores que a plataforma gera é possível, ainda, quantificar a economia gerada através das intervenções farmacêuticas. Até o final de dezembro de 2022, foram realizadas 857 intervenções que geraram uma economia estimada de R$157.620,89. Segundo o cofundador da Norharm.ai, Henrique Dias, o apoio e condução do projeto pelo time do hub Harena Inovação foi fundamental para o sucesso da implantação da plataforma no HA, principalmente, por ajudar no engajamento junto à farmácia da instituição.