Segundo estimativas para o triênio 2023-2025, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 32 mil casos de câncer de pulmão devem ser diagnosticados por ano no Brasil, o que coloca a doença como a quinta mais incidente entre todos os tipos de tumores malignos. No Hospital de Amor, de acordo com dados do departamento de Registro de Câncer, são aproximadamente 500 novos casos por ano, que muitas vezes chegam em estágios avançados, em decorrência da dificuldade no diagnóstico precoce, já que a doença, normalmente, não possui sintomas no estágio inicial. É o que reforça um levantamento do Instituto Oncoguia, que mostra que 86% dos pacientes recebem o diagnóstico tardiamente, quando a doença já não possui mais possibilidade de cura.
Apesar dos diversos fatores que favorecem a ocorrência do câncer de pulmão, como exposição a agentes cancerígenos químicos ou físicos, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e fatores genéticos, o tabagismo ainda é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, com até 85% dos casos diagnosticados associados ao consumo e exposição passiva aos derivados do tabaco.
“Nem todo indivíduo que fuma ou fumou desenvolverá câncer de pulmão, e isso ainda é realmente difícil de se prever, mas sabe-se que a chance de seu desenvolvimento está diretamente relacionada à carga de tabaco com a qual que se teve contato”, explica o médico radiologista do Hospital de Amor, Dr. Rodrigo Sampaio Chiarantano. Sabe-se também que a mortalidade em decorrência da doença entre os fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, já entre os ex-fumantes essa taxa chega a ser quatro vezes maior.
Especialistas explicam que o início do diagnóstico pode ser feito com um exame simples de raio-X de tórax. Mas, caso seja constato a presença de lesão pulmonar, é necessário a realização de exames complementares, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, broncoscopia e posteriormente, a biópsia da lesão. O oncologista clínico do HA, Dr. Carlos Eduardo Baston Silva, conta que as principais modalidades de tratamento são: cirurgia nos estádios iniciais, quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo e imunoterapia, isolados ou em combinação.
Visando colaborar com a mudança do histórico da doença no país, o HA possui diversas iniciativas voltadas para o diagnóstico precoce, tratamento, ensino e a pesquisa em câncer de pulmão. Conheça melhor:
Pioneirismo no diagnóstico precoce
Há 4 anos, com o intuito de reduzir as taxas de diagnóstico tardio, o HA lançou um programa de rastreamento ativo de câncer de pulmão, como parte de uma iniciativa mais ampla da instituição, que se destaca por incluir também atividades de prevenção primária e pesquisa científica de ponta com marcadores biomoleculares.
Em um formato pioneiro na América Latina, uma unidade móvel foi equipada com um tomógrafo computadorizado de baixa dose e direcionada a fazer o acompanhamento da população de risco. O programa é o único no Brasil que integra dados de diversas esferas da área da saúde e oferece gratuitamente esse exame aos usuários do Sistema Único de Saúde. Inicialmente, o projeto atendeu com exclusividade os encaminhamentos dos participantes dos grupos de cessação de tabagismo, mas, atualmente, o rastreamento está disponível para todos os indivíduos que fazem parte do grupo de risco e que residem em um dos 18 municípios que compõem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS-V).
O diferencial desta unidade móvel é o laudo, que foi elaborado para o programa, pensando em tornar a informação mais acessível ao paciente. O documento é composto por texto em linguagem mais simples e direta, acompanhado de um reforço visual que ilustra o significado dos achados. No laudo, são descritos os achados do exame potencialmente relacionados ao tabagismo e explicados os passos seguintes a partir dali. Ele foi desenvolvido pensando no melhor entendimento do indivíduo participante, estimulando o autocuidado e a vigilância de saúde. Os pacientes têm retornado com grande satisfação. Alguns deles relataram, inclusive, que o processo de rastreamento como um todo auxiliou na decisão de parar de fumar.
De acordo com Chiarantano, o projeto permanece como o único envolvendo esforços combinados de prevenção primária nos municípios (secretarias municipais de saúde) e rastreamento, sendo integralmente gratuito e utilizando uma unidade móvel. Até o momento 520 pessoas já passaram pela unidade, mas a meta é acelerar as atividades que ficaram estagnadas durante a pandemia de covid-19 e checar a 3 mil atendimentos até o final de 2024. Desde o início do projeto, cinco pacientes foram diagnosticados com a doença ainda no início.
Podem participar homens e mulheres, fumantes ou ex-fumantes de alto risco. Para verificar a situação de alto risco, basta acessar a calculadora online desenvolvida pela equipe e preencher os dados, que o aplicativo determina o risco e define a indicação ou não de se fazer o exame. Sendo de alto risco, basta entrar em contato pelo telefone 3321-6600, ramais 7010 ou 7080 e agendar o exame.
Avanços científicos
Consequência da seriedade e qualidade do programa de prevenção e rastreamento de câncer de pulmão, o Hospital de Amor foi aceito como colaborador em um grande consórcio de pesquisa internacional, o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), que possibilitará melhorar o entendimento da genética relacionada ao câncer de pulmão, a melhor caracterização de grupos de risco e de fatores de decisão em relação aos achados de exame. “Trata-se de pesquisa de ponta e de qualidade, com grande potencial de contribuição para a ciência e para a redução da mortalidade por câncer de pulmão. Com base em informações obtidas sob consentimento em amostras biológicas dos indivíduos participantes, diversas características genéticas e biomoleculares estão sendo investigadas, traçando um perfil particular da nossa população, que se somam aos dados já obtidos de outras populações ao redor do mundo”, ressalta o radiologista.
Além disso, o Instituto de Ensino e Pesquisa do HA possui, desde 2018, o Grupo Translacional de Oncologia Pulmonar, cadastrado e certificado pelo CNPq, com o objetivo de fortalecer a investigação a pesquisa translacional em câncer de pulmão, desde o paciente, passando pela patogênese molecular até a aplicação na prática clínica empregando tecnologias de ponta. “O nosso grupo tem um caráter totalmente multidisciplinar e essa multidisciplinaridade alavanca as pesquisas sobre o câncer de pulmão, tendo sempre como nosso foco principal o paciente. Atualmente, atuamos no desenvolvimento de novos painéis moleculares e na investigação de biomarcadores para auxiliar a equipe médica no manejo do paciente”, explica a pesquisadora Letícia Ferro Leal.
Avanços tecnológicos – cirurgias torácicas robóticas
Desde agosto de 2022, o Hospital de Amor realiza cirurgias torácicas com auxílio de robôs aos seus pacientes, gratuitamente. De acordo com o médico cirurgião do hospital, Dr. Luís Gustavo Romagnolo, esse tipo de procedimento é uma melhor opção para o paciente e os que realizam tratamento de neoplasia no pulmão são os principais beneficiados com o procedimento. “Com essa tecnologia, conseguimos contribuir com um melhor resultado estético, uma maior precisão, menos dor e desconforto durante o pós-operatório, menos riscos de infecções na ferida operatória e menos chances de hérnias incisionais a curto e médio prazo”, afirmou.
A iniciativa foi idealizada pelo grupo de cirurgiões do departamento de cirurgia torácica oncológica do HA, formado pelos médicos Dr. Wilson Chubassi de Aveiro, Dr. Maurício Cusmanich, Dr. Rachid Eduardo Noleto da Nóbrega Oliveira e o chefe do departamento, Dr. José Elias Abrão Miziara.
Avanços tecnológicos – alta tecnologia em radioterapia
O Hospital de Amor é uma das poucas instituições do Sistema Único de Saúde a oferecer radioterapia estereotáxica corporal (SBRT), uma técnica avançada e de alta tecnologia, não custeada pelo poder público. Em outubro de 2022, a revista científica The Lancet Regional Health – Americas publicou um artigo escrito por médicos e pesquisadores do HA, em parceria com profissionais da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que teve como objetivo avaliar se a SBRT é uma estratégia mais custo-efetiva do que a radioterapia fracionada convencional. O trabalho, teve como base pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas em estágio I inelegíveis cirurgicamente. O estudo traz resultados que provam que o uso da modalidade SBRT resulta em mais anos de vida para os pacientes.
“Hoje, o tratamento padrão curativo é a lobectomia — a remoção de um lobo pulmonar por meio cirúrgico. O problema é que boa parte dos que descobrem o tumor no estágio inicial é quem fuma, o idoso e quem tem o coração fraco ou outras doenças derivadas do cigarro, da vida e da idade”, explica um dos coordenadores do estudo, o radio-oncologista Alexandre Arthur Jacinto.
A SBRT age somente no nódulo e protege qualquer tecido ao redor, através de uma técnica com base em tomografias 4D. “Enquanto respiramos e falamos, o pulmão se movimenta e o nódulo também. Como faço um tratamento preciso numa região que se movimenta o tempo inteiro? A estereotaxia trata esse tumor rastreando seu movimento. Eu vejo o movimento do nódulo e consigo dar uma dose gigante de radioterapia com a possibilidade de controle desse nódulo de 90%, que é o mesmo que a cirurgia oferece”, destaca o especialista.
Educação – Projeto Inspirar
O Núcleo de Educação em Câncer do Hospital de Amor criou, em 2020, o Projeto Inspirar, mediante a necessidade de proporcionar aos adolescentes a reflexão e a conscientização dos malefícios do tabaco, tendo em vista que é durante o período entre o ensino médio e superior, que o número de usuários de tabaco cresce, tornando-se importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças na idade adulta, como o câncer de pulmão. Nesse contexto, o intuito é estimular os adolescentes a se conscientizarem sobre os malefícios do tabagismo, antes que possam se tornar usuários, além de incentivá-los a realizarem a divulgação científica sobre essa temática, junto à comunidade.
O projeto é iniciado por meio de uma capacitação proporcionada aos educadores da comunidade escolar, a fim de que estes conheçam de forma mais aprofundada as consequências do tabagismo, além de receberem orientações sobre como o projeto deverá ser desenvolvido com os alunos. Posteriormente, as inscrições para participar do projeto são abertas. Cada escola pode inscrever grupos de no máximo cinco estudantes do 9º ano acompanhados de um professor orientador, que devem cumprir as seguintes provas, dentro da plataforma virtual do projeto: 1 – Quiz de perguntas e respostas; 2 – Campanha nas Mídias Sociais Antitabagismo; 3 – InspirAção e Ciência (abrangendo a elaboração de apresentações criativas de divulgação científica sobre a temática do projeto). Todas as provas proporcionam uma quantidade de pontos para as equipes, que são indicadas por uma Comissão Avaliadora composta por profissionais do Hospital de Amor e das Secretarias Municipais de Educação.
Como culminância, o projeto finaliza-se por meio da apresentação das 10 equipes destaques na terceira prova em um evento. Após as apresentações, são divulgadas as colocações de cada grupo finalista que recebem junto de seu professor orientador e de sua escola os respectivos prêmios.
Pela primeira vez, o Hospital de Amor Jales realizou um procedimento cirúrgico utilizando recursos de Medicina Nuclear. A cirurgia, em uma paciente de 58 anos, empregou uma tecnologia que possibilitou maior precisão e menores sequelas.
O método de pesquisa de linfonodo sentinela foi aplicado em um caso de tumor de pele melanoma, como explica o cirurgião oncológico, Dr. Sávio Costa de Paula. “Esse tipo de tumor é mais agressivo e com alta possibilidade de metástase, atingindo os linfonodos. Com essa técnica avançada, conseguimos identificar com maior exatidão os gânglios afetados. Apesar de ser a primeiro, certamente o procedimento será expandido para outras áreas.”
O procedimento teve início na unidade do HA em Barretos (SP), com a aplicação do radiotraçador. “Um dia antes da cirurgia propriamente dita, foram aplicados no paciente radiofármacos que transitam pela via linfática, sendo que no momento do procedimento aqui em Jales (SP), utilizamos equipamentos de alta tecnologia para que o cirurgião pudesse identificar local do linfonodo”, detalhou a médica nuclear Dra. Emanuela Borges Oliveira.
“Na maioria das vezes quando realizamos procedimento de Medicina Nuclear, ainda não há a evidência de doenças. Com esse método conseguimos remover com exatidão, fazendo com que o procedimento seja menos invasivo e evitando realizar o esvaziamento linfonodal desnecessário, preservando o paciente das sequelas”, complementou Dr. Sávio.
Ainda em liberação junto aos órgãos competentes para a utilização total de suas funcionalidades, o departamento de Medicina Nuclear do HA Jales já está em fase avançada de implementação, com a maior parte dos equipamentos já instalados e toda a infraestrutura pronta, inclusive com todo mobiliário adquirido com o apoio da Associação de Voluntários de Combate ao Câncer da Região de Jales.
“Com o pleno funcionamento, poderemos atender a todos nossos pacientes com essas tecnologias aqui na unidade, sem precisar que ele se desloque para Barretos ou outros poucos centros que utilizam esta tecnologia, já que possui um custo elevado. Além do melanoma, casos como o de câncer de mama também serão beneficiados, ressaltou a Dra. Emanuela.
A Inovação faz parte do DNA do Hospital de Amor, desde a sua inauguração, em 1962. Com o aumento e aplicação da tecnologia cada vez mais presente na rotina da instituição, foi necessário desenvolver seu próprio centro de inovação. Por isso, em 2021, o HA se colocou mais uma vez na vanguarda da saúde pública, ao criar o Harena Inovação, a fim de promover aceleração de ideias e promoção da ciência e da tecnologia, que teve seu espaço físico inaugurado no último dia 25 de abril. A cerimônia de ontem contou com a presença do coordenador de ambientes inovadores e startups do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Freitas; da Diretora técnica da coordenadoria de desenvolvimento regional e territorial do estado de São Paulo, representando o Governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, Eneida Gama; da Prefeita de Barretos (SP), Paula Lemos; do Head Sebrae for startups, Michel Porcino; da Assessora e representante do Senador Rodrigo Cunha, Maria Isabel Góes; do capelão do HA, Padre Tulio Gambarato; do Presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata; e do Diretor de Inovação do HA e do Harena, Dr. Luis Romagnolo. O evento surpreendeu a todos com uma dinâmica ‘futurista’ e divertida liderada por Marcelo Marcon.
Para o presidente do HA, Henrique Prata, todos os colaboradores compartilham o sonho de salvar vidas e fazer a diferença todos os dias. Até o momento, mais de 90 healthtechs estão conectadas ao ecossistema de inovação da instituição, sendo 45 delas participantes dos programas de aceleração, apenas em 2022. São 17 projetos de inovação executadas em parceria com startups para realização de provas de conceito de tecnologia e validação de novos produtos, mais de 500 pessoas impactadas e relevantes parcerias institucionais, como o Sebrae, o InovaBra Startups, a Associação Brasileira de Startups, o Instituto Federal de São Paulo e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do governo federal.
Para o diretor de inovação do Harena, Dr. Luis Romagnolo, “Desde 2021, nós estamos conectando pessoas e empresas capazes de impactar positivamente a vida dos pacientes da saúde pública do Brasil, dá muito orgulho em poder fazer parte desta revolução”, afirma o profissional.
Dentre alguns segmentos que fazem parte do portfólio de inovação, estão: gestão hospitalar, saúde digital, prevenção e acesso, diagnóstico inteligente, pesquisa científica, dispositivos médicos e humanização e qualidade de vida. Além de desenvolver iniciativas estruturadas em 3 estados brasileiros: Acre, Alagoas e São Paulo.
Com o novo espaço físico, além de proporcionar estrutura de trabalho para os parceiros e startups aceleradas, o Harena também ampliará a capacidade de atendimento com um novo programa em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e o Instituto Federal de São Paulo, o ConectaHealth. Nos próximos 2 anos, serão mais 120 healthtechs atendidas com o programa, que oferecerá capacitação empreendedora gratuita, mentorias especializadas e conexão com o ecossistema de inovação do Hospital de Amor, em Barretos.
O termo japonês ‘ikigai’ significa “uma razão para existir”. A palavra é composta pelo termo iki, que significa ‘vida’, e gai, que traduzido seria ‘efeito’. O caminho Ikigai, seria uma ferramenta de autoconhecimento que explana diversas áreas e intersecções da vida pessoal e profissional. Ou seja: ao encontrar algo que você ama, te pague bem, você realiza com esmero e faz a diferença no mundo, aí então, você terá alcançado o seu Ikigai, ao unir missão, paixão, profissão e vocação.
A freira Rita de Cassia de Jesus, de 40 anos, natural de Mogi das Cruzes (SP), faz parte da Congregação das Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada há 24 anos. “Deus me chamou para a vida religiosa para ser amor na vida dos doentes e dos mais necessitados. Escolhi servir a Deus no amor e na alegria de me doar”, conta Rita, sempre com um sorriso no rosto.
Há pouco mais de um ano, a irmã começou a trabalhar no alojamento Madre Paulina, em Barretos (SP) – o primeiro alojamento do Hospital de Amor. De acordo com a freira, trabalhar nesta casa assistencial é um privilégio, pois é possível conhecer um pouco de várias partes do Brasil e se aprofundar na arte de acolher e amar realidades, ao adentar na intimidade das pessoas no momento da fragilidade da dor, doença física e espiritual. “Penso que a missão do HA é o testemunho mais vivo e concreto de que é possível atender a saúde humana com dignidade e nobreza de espírito, sem distinção de cor, classe social, raça ou religião, atendendo assim, a pessoa humana como um todo”, afirma Rita.
Amor e dedicação pela causa onde trabalha, Rita tem de sobra, mas para dar conta de administrar o local que abriga 257 pessoas, a freira conta com algo que no início começou mais como recomendação, mas agora já vem ganhando gosto: praticar exercícios físicos na academia. “Começamos a treinar, pois sentíamos necessidade de fazer uma atividade para o bem-estar físico e psíquico, porque nossa rotina requer muito equilíbrio e disponibilidade de tempo”, explica a freira que treina com suas colegas de trabalho, as também freiras, irmã Raymunda, de 77 anos, e irmã Adriana, de 43 anos.
Vestida com seu fiel ‘hábito’ e um par de tênis, Rita recebe o auxílio do educador físico da academia do Hospital de Amor (exclusiva para os colaboradores da instituição), Gilmar Júnior, que revela que elas sãos as primeiras religiosas que ele ajuda a treinar. “O senhor Henrique Prata é adepto à atividade física, então, todos aqueles próximos a ele, nesse caso, os padres e as freiras, ele pede sempre para virem praticar a musculação comigo. Com isso eu já atendi o Pe. Constante, Pe. Túlio e outros padres que passaram pela cidade estudando e também vieram treinar na academia”, conta Juninho – como é conhecido pelos funcionários da instituição.
Gilmar explica que o treino é um meio de exercitar o corpo para gerar o bom funcionamento corporal e aumentar a resistência física para o trabalho tão árduo como o de cuidar de outras pessoas, algo este realizado pelas freiras. “Gosto muito de fazer os exercícios interagindo com todos os colaboradores que ali treinam, além de escutar no celular algumas orações e reflexões bíblicas para aproveitar bem o tempo”, revela o educador.
Júnior também conta que o maior desafio dos treinos é manter a frequência e a disposição, pois tem dias que o tempo é bem escasso e o cansaço dos atendimentos aos pacientes são bem intensos. Segundo a irmã Rita, as atividades físicas são importantes, já que viver harmoniosamente num local onde residem mais de 200 pessoas de várias situações, culturas e regiões, é um verdadeiro milagre do amor.
Irmã Rita também tem disposição para organizar eventos culturais no alojamento, inclusive, ela realiza até apresentações de dança, contribui com as atividades diárias no local, faz suas orações, doa sangue e está sempre pronta para ajudar a todos.
Mas engana-se quem pensa que malhar não é algo comum das freiras. Madonna Budder é uma famosa religiosa americana, de 92 anos, que já realizou mais de 400 provas de triatlo, sendo 50 delas na modalidade Ironman (uma das competições mais difíceis do mundo), no qual é necessário nadar 3,8 km, pedalar 180 km e finalizar com 42 km de corrida. Sister Madona, com é conhecida na América, teve seu primeiro contato com triatlo aos 48 anos, e aos 70 anos participou do Ironman pela primeira vez. Ela já alcançou o recorde mundial de mulher mais velha a finalizar a competição aos 82 anos. Isso prova que nunca é tarde para iniciar uma atividade física e mudar de hábito!
Praticar atividades físicas contribui para diversos benefícios, tais como: ajuda no combate ao excesso de peso, reduz a pressão arterial, ajuda a controlar a glicemia, fortalece ossos e articulações, aumenta a força e a resistência muscular, diminui o estresse, promove a sensação de bem-estar, aumenta a disposição, combate a ansiedade e a depressão, fortalece o sistema imunológico, além de contribuir para uma melhora da memória e da capacidade de aprendizado.
Atender, cuidar e sempre estar à disposição de milhares de pacientes diariamente, com carinho e bom humor, é uma função que exige muita dedicação, amor pelo que faz e a certeza de saber que seu trabalho está fazendo a diferença no mundo, sendo assim, podemos dizer que a irmã Rita encontrou o seu Ikigai.
Em abril de 2012, a colaboradora do Hospital de Amor Barretos (SP), Deize de Oliveira (43 anos), descobriu que estava com mais de mil pólipos no intestino (alterações que podem aparecer no intestino devido à proliferação excessiva de células presentes na mucosa no intestino grosso). Apesar do número impactar, a história dela e de sua família é muito mais impressionante!
Tudo começou quando Deize tinha apenas dois anos e seu pai foi diagnosticado com câncer colorretal. Ele não resistiu ao tratamento, mas a família não sabia que a doença tinha grandes chances de ser hereditária. Quando ela completou 31 anos, uma nova preocupação surgiu: seu irmão começou a sentir fortes dores na barriga e a ter sangramento nas fezes. Ao realizar alguns procedimentos, foi diagnosticado com câncer de intestino – o mesmo tipo que levou seu pai. E ele também não resistiu. Foi aí que uma médica do departamento de Oncogenética do HA orientou Deize a fazer exames preventivos, pois as chances dela também se tornar paciente oncológica eram altas.
Ainda que sem sintomas, ela cedeu ao rastreamento e, após uma colonoscopia, foram detectados mais de mil pólipos intestinais. “O caso era cirúrgico, mas o meu maior medo era precisar utilizar a bolsa de colostomia. Depois da cirurgia, na sala de recuperação, escutei a voz do médico me dando a notícia de que o procedimento tinha sido um sucesso e não seria necessário colocar bolsa”, afirmou.
Todo esse processo, tanto da Deize, quanto do irmão, foi realizado no Hospital de Amor. Na época, ela atuava no departamento de nutrição e, após o afastamento por conta da cirurgia, foi promovida a auxiliar no setor de radiologia. Animada com o sucesso do tratamento e com a promoção, ela começou um curso na área. “Graças a Deus e ao HA, hoje eu sou técnica em radiologia e estou viva”.
Ao ressaltar a importância da prevenção, ela se emociona! “É extremamente importante estar em dia com os exames preventivos. Se tivéssemos ido ao médico antes, meu irmão estaria aqui comigo hoje. Minha dica é: se você está sentindo qualquer sintoma, procure um médico de sua confiança. E se você tem casos de câncer na família, recorra ao setor de oncogenética, pois a doença pode ser hereditária”, declarou.
Atualmente, Deize atua como técnica de radiologia no Hospital de Amor e faz acompanhamento anual para ressecar os pólipos. Seus três filhos são saudáveis, porém, por conta do histórico familiar, o mais velho, Eduardo (24 anos), também já deu início aos exames preventivos na instituição.
Oncogenética no Hospital de Amor
A Oncogenética é a uma área médica que acompanha pacientes que possuem um maior risco de desenvolvimento de câncer por conta de fatores hereditários. Esse tipo de acompanhamento só é indicado em casos específicos e, nessas situações, pode ser um grande aliado para identificar a predisposição, a fim de realizar a detecção precoce de alguns tipos de tumores.
O Hospital de Amor oferece este tipo de acompanhamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), graças à sua estrutura voltada para pesquisa científica em oncologia. De acordo com o médico oncogeneticista da instituição, Augusto Antoniazzi, quando há a identificação de que a doença seja hereditária em um paciente da instituição, inicia-se também a investigação com seus familiares. “Por meio do paciente, nós conseguimos também identificar familiares com risco aumentado de câncer e propor estratégias de prevenção e redução de risco para eles”. Então, caso a equipe identifique um familiar saudável, sem o diagnóstico para câncer, é capaz fazer um programa de prevenção para ele. Com isso, é possível evitar que o câncer seja diagnosticado em estágios mais tardios, aumentando consideravelmente as chances de cura.
Em alguns tipos de tumores da doença é possível realizar um tratamento baseado na mutação genética, com medicações específicas que melhoram seu desfecho. Para a maioria dos genes que pré-dispõem ao câncer, o teste genético é realizado já na idade adulta. Mas, existem casos onde ele pode ser feito ainda infância.
A noite da última terça-feira, 4 de abril, ficará para sempre na memória de 60 adolescentes em tratamento no Hospital de Amor Infantojuvenil, que foram presenteados com um ‘Baile de Debutantes’ do projeto Fadas Madrinhas, idealizado há quase 20 anos pela empresária Liliane Barros Marty Caron, conhecida carinhosamente como Lili. O evento, que trouxe a magia do fantástico universo de ‘O Mágico de Oz’, foi digno dos sonhos dos príncipes e princesas, com direito a valsa, roupas de gala, madrinhas, padrinhos e muitos convidados especiais que se reuniram para comemorar a vida e as histórias de cada um dos pacientes.
Nesta edição, que foi a 5ª realizada com exclusividade aos pacientes do HA, as comemorações começaram um dia antes com um jantar de boas-vindas e teve um toque a mais de emoção, por ser a primeira grande festa do projeto após o período de pandemia. Lili conta que a intenção de realizar uma festa de 15 anos para adolescentes carentes, surgiu, literalmente, de um sonho. “Eu sonhei que fazia 15 anos em uma grande festa. Tinha vestido longo, valsa e as minhas convidadas eram as meninas que eu visitava e ajudava. Era realmente um sonho. No dia seguinte, comecei a tornar isso realidade, uma realidade que só é possível graças à união, parceria, doação e dedicação de tantos amigos e parceiros”.
Para a oncologista pediátrica da unidade infantojuvenil e madrinha do projeto, Dra. Erica Boldrini, momentos de felicidade e concretização de sonhos também precisam fazer parte da memória neste período da vida dos adolescentes em tratamento. “Não é porque eles estão dentro de um hospital, passando por momentos tão difíceis, que não existirão momentos incrivelmente bons e acredito que este seja um desses ápices”, ressaltou.
A hora mais aguardada da noite não poderia ter sido mais emocionante! A valsa, embalada pela canção ‘Lanterna dos Afogados’, foi especialmente escolhida e cantada ao vivo pelas irmãs e atrizes Antônia Morais e Cleo Pires. “Escolhemos essa música pelo significado pessoal que ela tem para nós, uma das músicas preferidas do nosso tio Alexandre, que nos deixou no final do ano passado e que também foi tratado no HA. Esse hospital e todo o trabalho é realmente um orgulho para o nosso país, a assistência aos pacientes e suas famílias, a forma que humanizam os tratamentos e pensam em cada detalhe para minimizar as dores e as dificuldades da doença. Eu só posso agradecer por ter feito parte disso”, se emocionou Antônia, que prometeu participar de todas a próximas edições a partir de agora. A atriz foi convidada a conhecer o projeto e a instituição pelo namorado e ator Paulo Dalagnoli, que se apaixonou pela causa e desde a primeira edição do baile participa como Príncipe.
Para tornar a experiência mais especial, tudo foi planejado para ser uma grande surpresa aos verdadeiros donos e donas da festa, desde os vestidos e decoração, até as atrações principais, como o show de Dennis DJ, que só foi revelado na abertura do palco. A noite também foi abrilhantada pelas apresentações da cantora Wina, do grupo ‘O Clã’ e da dupla ‘Augusto & Atílio’, além da presença do humorista Jonathan Nemer, que também foi um dos padrinhos.
Realizadores de sonhos
O projeto, que só é possível por meio das doações e solidariedade de grandes empresas e empresários(as), contou, neste ano, com a parceria da estilista Dani Messih, da loja Ouro Têxtil, do grupo de moda Carmen Steffens e da Casa da Beleza Cris Rozzini, que proporcionou um verdadeiro Dia de Princesa para as debutantes. A cerimonialista Ana Araújo e o decorador Roni Vieira trouxeram sua expertise para criar uma decoração deslumbrante, enquanto o buffet foi servido pela Doce Pimenta. O chef Picuí e outros chefs convidados foram responsáveis pelo cardápio do jantar, já o bolo artístico foi assinado por Andreia Bolos. Para completar, os drinks foram servidos pela Flairs Bartenders.
Sobre o projeto
O projeto é uma produção independente, de iniciativa privada e sem fins lucrativos, da empresária Liliane Barros Marty Caron, que há mais de 20 anos desenvolve ações sociais em todo o Brasil. Dentre as 10 edições, cinco foram realizadas no Hospital do Amor, uma declaração de carinho e admiração da empresária ao trabalho realizado pelo hospital, considerado referência no tratamento e prevenção do câncer na América Latina. A missão do Projeto Fadas Madrinhas ė realizar sonhos de jovens com histórias de vida marcantes, sem condições de realizar com recursos próprios ou familiares, o desejo de ter uma grande festa de debutantes.
Quanto vale uma declaração de amor? Para o Hospital de Amor, a sua vale muito! É com este tema que a instituição deu início a campanha “Declaração de Amor”, com objetivo de captar recursos obtidos por meio de incentivos fiscais – essenciais para que o hospital continue buscando excelência tecnológica e humana no tratamento oncológico e oferecendo aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, via Sistema Único de Saúde (SUS).
Se você tem o desejo de contribuir com a causa do HA de forma rápida, segura e sem gastar nada, as doações de Imposto de Renda são ótimas opções! A novidade deste ano é que, além da doação ao projeto Lei da Criança e Adolescente, também é possível dobrar o valor destinado à instituição, doando também para a pessoa idosa. Ou seja: você pode destinar 3% para as atividades da instituição com crianças e adolescentes e mais 3% ao atendimento da pessoa idosa.
Para esclarecer todas as dúvidas sobre as doações de IR e a importância delas para o Hospital de Amor, preparamos uma matéria especial com o gerente de Parcerias Corporativas da instituição, Cleber Delalibera. Confira!
• Como doar o Imposto de Renda para o Hospital de Amor?
R.: No momento de fazer a Declaração do Imposto de Renda, escolha a opção “Doações Diretamente da Declaração”. Após o preenchimento dos dados solicitados, o próprio sistema irá gerar as guias referentes ao IR e às doações escolhidas, podendo ser de 3% – a Lei da Criança e Adolescente, e 3% – a Lei do Idoso.
Resumidamente:
– Preencha sua declaração com todos os dados financeiros;
– Selecione o campo ‘Fichas da Declaração’ e escolha a opção ‘Doações Diretamente da Declaração’;
– Selecione a aba ‘Criança e Adolescente’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em UF, selecione ‘SP’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 19.011.652/0001-50’. Este é o Fundo Municipal da Criança de Barretos;
– Selecione a aba ‘Idoso’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 15.642.204/0001-01’. Este é o Fundo Municipal do Idoso de Barretos.
– Na hora de enviar a declaração para a Receita Federal, o sistema irá emitir até três DARF’s, sendo um referente ao Imposto de Renda e outros dois correspondentes aos fundos da Criança e Adolescente, e Idoso.
– Após enviar o pagamento, é fundamental direcionar o comprovante de para: ha.com.vc/ircomprovante.
• Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode doar?
R.: Toda pessoa física que fizer a declaração completa do Imposto de Renda e obter tributos a pagar, pode contribuir. Já pessoas jurídicas podem fazer a dedução fiscal desde que estejam na modalidade ‘Lucro Real’.
• De que maneira as doações incentivadas contribuem com o HA?
R.: As doações incentivadas pela Lei do Idoso garante atendimento integral aos pacientes de 60 anos ou mais, nas unidades do Hospital de Amor espalhadas por todo o Brasil. São contemplados os custos relacionados ao tratamento e às atividades multidisciplinares desenvolvidas continuamente, além de auxiliar no custeio do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção o idoso do HA).
Já as doações incentivadas pelo Fundo da Criança e Adolescente têm o objetivo de viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, em Barretos (SP), além contribuir com as ações de assistência, estruturadas para que o paciente e sua família possam estar juntos no enfrentamento da doença.
• Quanto foi arrecadado, no último ano, por meio dos projetos (Lei do Idoso e Lei da Criança e Adolescente)?
R.: O valor arrecadado no último ano com os dois fundos, foi de aproximadamente R$ 80.000.000,00. Embora expressiva, a quantia ficou muito abaixo da real necessidade do HA, onde o déficit operacional ultrapassou meio bilhão de reais em 2022.
• Doações de pessoas físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que façam modelo completo?
R.: Sim, podendo ser destinado 3% para a Lei do Idoso e 3% para a Lei da Criança e Adolescente.
• Qual é a data limite para realizar a declaração e ajudar o HA?
R.: Pessoa física pode doar em qualquer momento, no entanto, recomendamos que os prazos de entrega das declarações sejam respeitados para se evitar possíveis multas, ou seja, até 31/05/2023. Já as pessoas jurídicas têm até o dia 28/12/2023 para doar.
• Qual é a importância e o impacto destas doações para o Hospital de Amor?
R.: A contribuição fiscal é um ato que salva vidas. Por meio dela, o HA consegue custear grande parte dos seus procedimentos, oferecendo atendimento de qualidade e repleto de amor a pacientes de todo Brasil. São 61 anos ajudando os brasileiros de forma gratuita e integral.
IMPORTANTE: após concluir a doação do seu IR, não esqueça de enviar o comprovante para garantir que o Hospital de Amor receba os recursos. Sem essa etapa, a doação não chega!
Agora é com você! Declare seu amor para o HA e faça a diferença na vida de milhares de pacientes. E se ainda ficou alguma dúvida, acesse: ha.com.vc/irha e confira o passo a passo.
O dia 24 de março é sempre uma data muito especial e significativa para o Hospital de Amor. Ela representa o início de tudo, quando no ano de 1962 o casal de médicos visionários, Dr. Paulo Prata (in memoriam) e Dra. Scylla Duarte Prata, fundaram um dos maiores centros de tratamento oncológico da América Latina, responsável por atender pacientes de todo Brasil e de países vizinhos, de forma humanizada e 100% gratuita.
De lá para cá, em 61 anos de história, muita coisa aconteceu! A instituição ultrapassou limites, barreiras e fronteiras para levar saúde de qualidade a todas as pessoas. O seu programa de prevenção de câncer alcançou números de diagnósticos precoces inimagináveis, por meio de suas unidades fixas e móveis. Seus atendimentos de excelência (via Sistema Único de Saúde) em unidades de tratamento espalhadas pelo país, estruturas altamente tecnológicas, procedimentos avançados e resultados inovadores em ensino e pesquisa, fizeram a instituição ser reconhecida internacionalmente.
São 61 anos transformando a realidade da saúde pública do país, escrevendo novos capítulos na história de muitas famílias e salvando milhares de vidas! É claro que nada disse seria possível sem a contribuição de doadores, parceiros e voluntários, que ajudam a instituição a sanar seu déficit mensal milionário. Entretanto, muito além de oferecer acolhimento e um tratamento digno, o Hospital de Amor oferece: AMOR! E sabe o que é mais incrível e gratificante? Este sentimento que está enraizado em sua missão, é genuinamente recíproco!
Neste aniversário, quem ganha o presente é o HA! Confira alguns relatos emocionantes e repletos de amor (e que representam centenas de outros que recebemos diariamente) de pacientes que estão ou já estiveram em tratamento na instituição.
Alessandra Fernandes (Anápolis – GO)
Em janeiro de 2020, fui diagnosticada com câncer de mama HER2 invasivo infiltrante. Logo após a descoberta da doença, minha família, em especial meu irmão Hermes, se preocupou muito comigo e quis ele que eu tivesse o melhor atendimento possível. Dessa forma, ele e alguns amigos deram andamento ao encaminhamento para Barretos (SP). Mas Deus reservou algo muito especial para mim: Jales (SP). Lá eu recebi o amor, a humanização e o carinho de muitos que passaram pelos meus atendimentos. Recebi 16 aplicações de quimioterapia, 19 sessões de radioterapia, passei por duas cirurgias e por fim, 17 imunoterapias. Transpus a barreira de 1.400 km semanais de ônibus. Venci o processo e atingi o propósito! Quero aqui agradecer a todos por tudo e por tanto que recebi. Desejo ao Hospital de Amor o melhor deste mundo. Obrigada de coração. Que Deus sempre encaminhe pessoas maravilhosas e dispostas a lutar pelo ideal, hoje continuado pelo sr. Henrique Prata. Deus os abençoe sempre. Obrigada.
Ah! Transformei minha doença em militância. Hoje procuro levar informação através de palestras e bate-papos àquelas pessoas que precisam saber da importância do autocuidado, dos direitos de um paciente oncológico e que o câncer não é uma sentença de morte. Há vida após a turbulência. Hoje estou aqui contando a minha história a vocês. Orgulho do que conquistei. Obrigada, família e amigos que seguraram (financeiro e afetivo) minhas mãos durante todo esse período. Obrigada, equipe de Fernandópolis (SP). Vocês são demais. Obrigada, Dr. André, Rosa, Luana Xavier, Luciene, Denise, Nebling, Patrícia Estevo, William Ricardo, Sérgio, Michele, Tainá, Alessandro, Amanda, Priscila, Aniele, Liane…Amo vocês e o que representam para mim!
Geraldo Júnior (Goiânia – GO)
MUITO, MUITO, MUITO AMOR POR AQUI!
Quero parabenizar e enaltecer ao idealizador e todos que atuam juntos ao HA. O Hospital de Amor foi a melhor oportunidade de ver a vida com mais amor e acolhimento, vindo de Goiânia (GO), onde não consegui suporte quando fui diagnosticado com câncer colorretal e metástase no fígado. Foi um gigantesco susto de primeira, mas quando fui acolhido pelo Hospital de Amor, unidade de Jales (SP), minha esperança em continuar vivendo veio, através de muito amor de todos do Hospital, desde a recepção, pessoal do laboratório, equipe de exames de imagens, da limpeza, do lanche, enfermeiros e médicos. Sinto-me cada vez mais acolhido, não é fácil, mas aqui se torna mais leve. Gratidão eterna!
Ricarda Rodriguez (Venezuela – VE)
Sou Ricarda Solideiner Rodriguez Acevedo, uma venezuelana que chegou ao Brasil em fevereiro de 2019, com uma luz de esperança de poder me tratar do câncer que sofro. Graças ao nosso Pai Celestial, o Hospital de Amor abriu suas portas para mim! Até agora eles me deram todo o amor e ajuda, e eu sou sinceramente grata por ter esse privilégio. Mesmo sendo estrangeira não tive nenhuma diferença, pelo contrário, eles me trataram como uma brasileira! Sou eternamente grata ao Hospital de Amor e toda sua equipe. Vocês são os melhores do mundo!
Joyce Lustosa (Indaiatuba – SP)
Em 19/04/2005, com apenas 10 anos, dei início ao meu tratamento no HA. Por ser portadora de moléstia classificada no CID 10 sob o número C40, fui diagnosticada com Osteossarcoma Maligno. Fui submetida ao protocolo de tratamento com quimioterapia neo-adjuvante; cirurgia com ressecção tumoral e substituição com endoprótese em úmero direito; e quimioterapia adjuvante. Tive revisão da prótese em 16/12/2011. Evolui com soltura da endoprótese, onde foi realizado nova cirurgia para colocação de endoprótese de úmero total em braço direito. Hoje, faço acompanhamento oncológico e apresento diminuição de força e amplitude de movimento em membro superior direito, o que incapacita para atividade a qualquer esforço físico.
Sou imensamente grata a Deus e a TODOS que fazem parte dessa família maravilhosa que é esse hospital. Desde os faxineiros(as), enfermeiros(as), médicos(as), motoristas, cassa de acolhimento, todos, sem distinção de nível. Todos que fazem parte, que transmitem o bem, que são guiados por Deus. Sou imensamente grata por tudo que já passei, porque venci essa luta ao lado das pessoas que sempre estiveram ao meu lado, me ajudaram e me apoiaram.
Lívia Loami (Barretos – SP)
Era dezembro de 2018. Trabalhava no NAP (Núcleo de Apoio ao Pesquisador) da Prevenção do HA. Tive a oportunidade, nessa data, de realizar o sonho de defender o doutorado. Fazia mais de um ano que tinha uma coceira insuportável no corpo. Acordava a noite por causa dela. Acompanhava com especialista, fazia tratamento e nada. Março de 2019 tive sintomas de gripe: tosse e febre. Fui ao pronto socorro, fiz exames e me disseram que era pneumonia. Sete dias afastada. Dez dias de antibiótico. No 7º dia já estava ótima (mas continuava coçando). Uma semana depois, a tosse voltou. Repeti os exames (raio-X, tomografia, etc.) e veio o laudo: um monte de linfonodos aumentados, massa de 12cm entre os pulmões, veias invadidas pelo tumor. Achei que era o fim. O chão abriu. É sério! Senti tudo aquilo que já tinha ouvido e visto acontecer muitas vezes enquanto trabalhava na prevenção da instituição. Receber o diagnóstico de câncer é triste. Dói. Você olha para os filhos (na época eles tinham 3 e 6 anos) e só quer ter a chance de vê-los crescer. Fui de funcionária, em um dia, para paciente no dia seguinte. Estive do outro lado, deitada na cama para receber a quimioterapia. Colocando máscara para fazer radioterapia. Muitas punções. Fraqueza. Cansaço. E esperança. Muita vontade de viver. Foram 6 meses de tratamento. O dia em que eu pude voltar a comer o que gosto parecia ser o maior prêmio que recebi. Chorei. Vibrei! Tocar aquele sino da radioterapia, então… foi libertador!
Janeiro de 2020, voltei a ser colaboradora. Mas, dessa vez, dentro da radioterapia. Aliás, que equipe! Quando o desespero bateu em uma das sessões de radioterapia, não precisou palavras. O abraço daquelas meninas me salvou. No final, depois da onda ter abaixado e a tempestade passado, ganhei um presente de Deus. Meu milagrinho, minha Rebeca, que nasceu dia 22/12/2020. E continuamos firme, vivendo a cada dia, sem mais câncer, só sendo feliz. E glória a Deus por isso!
São depoimentos como estes que fazem o HA continuar! Que venham mais 61 anos pela frente, mais Alessandras, Geraldos, Ricardas, Joyces e Lívias com lindos relatos, muito mais vidas salvas! Obrigado, queridos pacientes. Vocês são nossos maiores presentes!
Referência em tratamento oncológico gratuito na América Latina e mais de 60 anos de história, o Hospital de Amor busca constantemente, por meio de suas estruturas tecnológicas e procedimentos avançados, pela melhor assistência ao paciente. Diante deste cenário, inúmeras são as conquistas da instituição! Uma delas é a realização, há mais de dez anos, de cirurgias cerebrais e vertebrais utilizando a neuronavegação – dispositivo que tem funcionamento semelhante ao GPS (Sistema de Posicionamento Global), responsável por mostrar ao cirurgião, através dos exames do paciente, a localização exata de onde um determinado instrumento encontra-se, em tempo real, no momento da cirurgia.
Este, por si só, já pode ser considerado um grande progresso cirúrgico, mas a novidade é ainda maior! No mês de fevereiro, o HA recebeu o robô CIRQ (desenvolvido pela empresa alemã BrainLab) e pôde realizar, junto a sua equipe composta por neurocirurgiões, anestesiologista, enfermeiros e engenheiros, duas cirurgias inéditas no Sistema Único de Saúde (SUS) e no estado de São Paulo.
De acordo com o neurocirurgião do Hospital de Amor, Dr. Ismael Lombardi, trata-se de um braço robótico que consegue determinar, no intra-operatório, a trajetória para que a agulha ou os parafusos alcancem os alvos marcados pelo cirurgião de maneira extremamente precisa. “Uma vez que o robô adquire as informações geradas pelo neuronavegador, de forma automatizada, é gerada a trajetória mais precisa para a inserção de implantes ou instrumentos. Todo processo tem a supervisão intra-operatória do cirurgião, aumentando ainda mais a segurança.
Sem a presença do robô, esta etapa do procedimento seria realizada de forma exclusivamente manual”, afirmou.
Atuando de forma integrada com o neuronavegador, o CIRQ pode ser utilizado em cirurgias que necessitam da implantação de parafusos na coluna vertebral, biópsias da coluna vertebral e biópsias de lesões cerebrais, independentemente do tipo de tumor. Cirurgias para doenças degenerativas da coluna vertebral também podem se beneficiar desta tecnologia, além de outros tipos de cirurgias não-oncológicas, como drenagem de hematomas e abscessos cerebrais, ou mesmo a colocação de estimuladores cerebrais que necessitem de alta precisão cirúrgica.
“Graças a parceria com a BrainLab, conseguimos manter o robô 10 dias na instituição e realizar três procedimentos de alta precisão e exatidão: uma cerebral e duas cirurgias para coluna vertebral. A neuronavegação faz parte da nossa rotina, mas contar com o auxílio do robô, foi pioneiro e extremamente gratificante”, explicou Lombardi.
Inúmeros benefícios
Não são apenas os profissionais do HA que ‘ganharam’ ao utilizar esta tecnologia durante as cirurgias. Os pacientes da instituição, com certeza, foram os maiores beneficiados! Segundo o neurocirurgião, a introdução da robótica nos procedimentos cirúrgicos possíveis, trouxe mais precisão e segurança aos cirurgiões, e muito menos complicações aos pacientes. “O nosso bom resultado é o bom resultado dos nossos pacientes. Com a introdução da navegação e robótica, pudemos ter redução no tempo cirúrgico e de internação, além de menor exposição da equipe e dos pacientes ao Raio-X, muito utilizados nestes procedimentos realizados de forma convencional”, declarou.
Os pacientes do Hospital de Amor que foram submetidos (gratuitamente, como todos os atendimentos realizados pela instituição) aos procedimentos cirúrgicos com o CIRQ, receberam alta em apenas dois dias de internação e tiveram evolução satisfatória, sem intercorrências ou contratempos.
Mais um motivo que marcou a história do HA e encheu seus profissionais e pacientes de orgulho!
O Hospital de Amor, maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, possui estruturas avançadas voltadas para prevenção, ensino e pesquisa, focadas na busca constante pela melhor assistência ao paciente. Com essa missão, a instituição acaba de divulgar o desenvolvimento de um novo painel genético para sarcoma, que, segundo a Dra. Flávia Escremim de Paula, biologista especialista líder do laboratório de diagnóstico molecular do HA, tem como finalidade detectar mais de 170 aberrações genéticas que definem esses tumores, permitindo avaliar mais de 20 tipos histológicos diferentes.
Inédito no Sistema Único de Saúde (SUS), o novo painel genético representa uma grande evolução no diagnóstico e tratamento do sarcoma, uma vez que esses tumores são conhecidos por serem altamente heterogêneos e terem uma variedade de alterações genéticas diferentes. O ensaio genético é fruto de uma parceria com pesquisadores holandeses e, de acordo com o pesquisador responsável pela sua implementação no HA, o Dr. Rui Manuel Reis, diretor científico do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA, será possível detectar uma ampla gama de fusões genéticas em um único ensaio, o que torna o diagnóstico mais preciso, rápido e eficiente.
O sarcoma é um tipo raro e agressivo de câncer que afeta os tecidos moles do corpo, como músculos, ossos, gordura, vasos sanguíneos e tecidos conjuntivos; e possui um diagnóstico ainda desafiador, pois os sintomas podem ser variados e muitas vezes vagos.
O teste, desenvolvido com base na plataforma NanoString nCounter, é realizado em uma única amostra, o que significa que não é necessário coletar múltiplas amostras de tecido para analisar diferentes alterações genéticas. Isso pode reduzir significativamente o tempo e o custo do diagnóstico, além de minimizar o desconforto do paciente. Além disso, o painel recém-desenvolvido é altamente sensível e específico, o que significa que pode detectar essas anomalias genéticas mesmo em amostras escassas e cuja preservação não tenha sido ideal. Isso é particularmente importante para o sarcoma, uma vez que esses tumores são frequentemente difíceis de biopsiar e podem produzir amostras de tecido de baixa qualidade.
Em resumo, o novo painel genético para sarcoma representa um grande avanço no diagnóstico desses tumores. Com esta tecnologia inovadora, será possível melhorar significativamente o diagnóstico e tratamento da doença, oferecendo uma abordagem mais personalizada e eficaz para cada paciente.
Diagnóstico Molecular
O diagnóstico molecular é um conjunto de métodos analíticos consagrados da biologia molecular, visando a investigação de alvos de interesse a partir da análise do material genético, o DNA e o RNA, para identificar mutações genéticas que, neste caso, podem estar associadas ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer.
Com o diagnóstico molecular, os médicos podem identificar as mutações específicas que estão presentes no câncer de um paciente e escolher o tratamento mais eficaz com base nos resultados. Isso pode incluir terapias direcionadas, que atacam diretamente as células cancerígenas com mutações específicas. O método também pode ajudar a identificar pacientes que têm um risco maior de desenvolver câncer, permitindo que medidas preventivas sejam tomadas antes que a doença se desenvolva.
Laboratório de Diagnóstico Molecular do HA
Inaugurado em 2011, o Laboratório de Diagnóstico Molecular do Hospital de Amor foi criado, incialmente, para atender de forma gratuita os pacientes da instituição. Os testes moleculares são fundamentais para um diagnóstico acurado, um prognóstico mais assertivo e uma precisão terapêutica.
Devido à grande procura de laboratórios, parceiros, médicos e pacientes de outras instituições, em 2013 o centro passou a oferecer comercialmente uma diversidade de testes genéticos, que são hoje fundamentais para uma medicina personalizada ao paciente oncológico. Os testes disponibilizados são aplicados para inúmeras neoplasias sólidas e hematológicas de pacientes infantojuvenis e adultos, com uso das mais clássicas às mais modernas e sofisticadas metodologias e tecnologia. O número de exames tem crescido anualmente, chegando em 2022 a mais de 12.000 testes genéticos realizados pelo Laboratório de Diagnóstico Molecular.
O laboratório possui uma moderna estrutura e conta com uma equipe multidisciplinar altamente especializada, com expertise técnica e científica, composta por patologistas, biólogos, biomédicos e tecnologistas, além do suporte administrativo e comercial. Essa estrutura também proporciona um canal aberto para comunicação e discussão de casos com os profissionais solicitantes, sendo necessário interação entre as equipes para o oferecimento de um resultado preciso, detalhado e em consonância com as boas práticas laboratoriais de excelência. Acesse o site e confira todos os testes genéticos disponíveis.
Segundo estimativas para o triênio 2023-2025, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 32 mil casos de câncer de pulmão devem ser diagnosticados por ano no Brasil, o que coloca a doença como a quinta mais incidente entre todos os tipos de tumores malignos. No Hospital de Amor, de acordo com dados do departamento de Registro de Câncer, são aproximadamente 500 novos casos por ano, que muitas vezes chegam em estágios avançados, em decorrência da dificuldade no diagnóstico precoce, já que a doença, normalmente, não possui sintomas no estágio inicial. É o que reforça um levantamento do Instituto Oncoguia, que mostra que 86% dos pacientes recebem o diagnóstico tardiamente, quando a doença já não possui mais possibilidade de cura.
Apesar dos diversos fatores que favorecem a ocorrência do câncer de pulmão, como exposição a agentes cancerígenos químicos ou físicos, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e fatores genéticos, o tabagismo ainda é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, com até 85% dos casos diagnosticados associados ao consumo e exposição passiva aos derivados do tabaco.
“Nem todo indivíduo que fuma ou fumou desenvolverá câncer de pulmão, e isso ainda é realmente difícil de se prever, mas sabe-se que a chance de seu desenvolvimento está diretamente relacionada à carga de tabaco com a qual que se teve contato”, explica o médico radiologista do Hospital de Amor, Dr. Rodrigo Sampaio Chiarantano. Sabe-se também que a mortalidade em decorrência da doença entre os fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, já entre os ex-fumantes essa taxa chega a ser quatro vezes maior.
Especialistas explicam que o início do diagnóstico pode ser feito com um exame simples de raio-X de tórax. Mas, caso seja constato a presença de lesão pulmonar, é necessário a realização de exames complementares, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, broncoscopia e posteriormente, a biópsia da lesão. O oncologista clínico do HA, Dr. Carlos Eduardo Baston Silva, conta que as principais modalidades de tratamento são: cirurgia nos estádios iniciais, quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo e imunoterapia, isolados ou em combinação.
Visando colaborar com a mudança do histórico da doença no país, o HA possui diversas iniciativas voltadas para o diagnóstico precoce, tratamento, ensino e a pesquisa em câncer de pulmão. Conheça melhor:
Pioneirismo no diagnóstico precoce
Há 4 anos, com o intuito de reduzir as taxas de diagnóstico tardio, o HA lançou um programa de rastreamento ativo de câncer de pulmão, como parte de uma iniciativa mais ampla da instituição, que se destaca por incluir também atividades de prevenção primária e pesquisa científica de ponta com marcadores biomoleculares.
Em um formato pioneiro na América Latina, uma unidade móvel foi equipada com um tomógrafo computadorizado de baixa dose e direcionada a fazer o acompanhamento da população de risco. O programa é o único no Brasil que integra dados de diversas esferas da área da saúde e oferece gratuitamente esse exame aos usuários do Sistema Único de Saúde. Inicialmente, o projeto atendeu com exclusividade os encaminhamentos dos participantes dos grupos de cessação de tabagismo, mas, atualmente, o rastreamento está disponível para todos os indivíduos que fazem parte do grupo de risco e que residem em um dos 18 municípios que compõem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS-V).
O diferencial desta unidade móvel é o laudo, que foi elaborado para o programa, pensando em tornar a informação mais acessível ao paciente. O documento é composto por texto em linguagem mais simples e direta, acompanhado de um reforço visual que ilustra o significado dos achados. No laudo, são descritos os achados do exame potencialmente relacionados ao tabagismo e explicados os passos seguintes a partir dali. Ele foi desenvolvido pensando no melhor entendimento do indivíduo participante, estimulando o autocuidado e a vigilância de saúde. Os pacientes têm retornado com grande satisfação. Alguns deles relataram, inclusive, que o processo de rastreamento como um todo auxiliou na decisão de parar de fumar.
De acordo com Chiarantano, o projeto permanece como o único envolvendo esforços combinados de prevenção primária nos municípios (secretarias municipais de saúde) e rastreamento, sendo integralmente gratuito e utilizando uma unidade móvel. Até o momento 520 pessoas já passaram pela unidade, mas a meta é acelerar as atividades que ficaram estagnadas durante a pandemia de covid-19 e checar a 3 mil atendimentos até o final de 2024. Desde o início do projeto, cinco pacientes foram diagnosticados com a doença ainda no início.
Podem participar homens e mulheres, fumantes ou ex-fumantes de alto risco. Para verificar a situação de alto risco, basta acessar a calculadora online desenvolvida pela equipe e preencher os dados, que o aplicativo determina o risco e define a indicação ou não de se fazer o exame. Sendo de alto risco, basta entrar em contato pelo telefone 3321-6600, ramais 7010 ou 7080 e agendar o exame.
Avanços científicos
Consequência da seriedade e qualidade do programa de prevenção e rastreamento de câncer de pulmão, o Hospital de Amor foi aceito como colaborador em um grande consórcio de pesquisa internacional, o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), que possibilitará melhorar o entendimento da genética relacionada ao câncer de pulmão, a melhor caracterização de grupos de risco e de fatores de decisão em relação aos achados de exame. “Trata-se de pesquisa de ponta e de qualidade, com grande potencial de contribuição para a ciência e para a redução da mortalidade por câncer de pulmão. Com base em informações obtidas sob consentimento em amostras biológicas dos indivíduos participantes, diversas características genéticas e biomoleculares estão sendo investigadas, traçando um perfil particular da nossa população, que se somam aos dados já obtidos de outras populações ao redor do mundo”, ressalta o radiologista.
Além disso, o Instituto de Ensino e Pesquisa do HA possui, desde 2018, o Grupo Translacional de Oncologia Pulmonar, cadastrado e certificado pelo CNPq, com o objetivo de fortalecer a investigação a pesquisa translacional em câncer de pulmão, desde o paciente, passando pela patogênese molecular até a aplicação na prática clínica empregando tecnologias de ponta. “O nosso grupo tem um caráter totalmente multidisciplinar e essa multidisciplinaridade alavanca as pesquisas sobre o câncer de pulmão, tendo sempre como nosso foco principal o paciente. Atualmente, atuamos no desenvolvimento de novos painéis moleculares e na investigação de biomarcadores para auxiliar a equipe médica no manejo do paciente”, explica a pesquisadora Letícia Ferro Leal.
Avanços tecnológicos – cirurgias torácicas robóticas
Desde agosto de 2022, o Hospital de Amor realiza cirurgias torácicas com auxílio de robôs aos seus pacientes, gratuitamente. De acordo com o médico cirurgião do hospital, Dr. Luís Gustavo Romagnolo, esse tipo de procedimento é uma melhor opção para o paciente e os que realizam tratamento de neoplasia no pulmão são os principais beneficiados com o procedimento. “Com essa tecnologia, conseguimos contribuir com um melhor resultado estético, uma maior precisão, menos dor e desconforto durante o pós-operatório, menos riscos de infecções na ferida operatória e menos chances de hérnias incisionais a curto e médio prazo”, afirmou.
A iniciativa foi idealizada pelo grupo de cirurgiões do departamento de cirurgia torácica oncológica do HA, formado pelos médicos Dr. Wilson Chubassi de Aveiro, Dr. Maurício Cusmanich, Dr. Rachid Eduardo Noleto da Nóbrega Oliveira e o chefe do departamento, Dr. José Elias Abrão Miziara.
Avanços tecnológicos – alta tecnologia em radioterapia
O Hospital de Amor é uma das poucas instituições do Sistema Único de Saúde a oferecer radioterapia estereotáxica corporal (SBRT), uma técnica avançada e de alta tecnologia, não custeada pelo poder público. Em outubro de 2022, a revista científica The Lancet Regional Health – Americas publicou um artigo escrito por médicos e pesquisadores do HA, em parceria com profissionais da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que teve como objetivo avaliar se a SBRT é uma estratégia mais custo-efetiva do que a radioterapia fracionada convencional. O trabalho, teve como base pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas em estágio I inelegíveis cirurgicamente. O estudo traz resultados que provam que o uso da modalidade SBRT resulta em mais anos de vida para os pacientes.
“Hoje, o tratamento padrão curativo é a lobectomia — a remoção de um lobo pulmonar por meio cirúrgico. O problema é que boa parte dos que descobrem o tumor no estágio inicial é quem fuma, o idoso e quem tem o coração fraco ou outras doenças derivadas do cigarro, da vida e da idade”, explica um dos coordenadores do estudo, o radio-oncologista Alexandre Arthur Jacinto.
A SBRT age somente no nódulo e protege qualquer tecido ao redor, através de uma técnica com base em tomografias 4D. “Enquanto respiramos e falamos, o pulmão se movimenta e o nódulo também. Como faço um tratamento preciso numa região que se movimenta o tempo inteiro? A estereotaxia trata esse tumor rastreando seu movimento. Eu vejo o movimento do nódulo e consigo dar uma dose gigante de radioterapia com a possibilidade de controle desse nódulo de 90%, que é o mesmo que a cirurgia oferece”, destaca o especialista.
Educação – Projeto Inspirar
O Núcleo de Educação em Câncer do Hospital de Amor criou, em 2020, o Projeto Inspirar, mediante a necessidade de proporcionar aos adolescentes a reflexão e a conscientização dos malefícios do tabaco, tendo em vista que é durante o período entre o ensino médio e superior, que o número de usuários de tabaco cresce, tornando-se importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças na idade adulta, como o câncer de pulmão. Nesse contexto, o intuito é estimular os adolescentes a se conscientizarem sobre os malefícios do tabagismo, antes que possam se tornar usuários, além de incentivá-los a realizarem a divulgação científica sobre essa temática, junto à comunidade.
O projeto é iniciado por meio de uma capacitação proporcionada aos educadores da comunidade escolar, a fim de que estes conheçam de forma mais aprofundada as consequências do tabagismo, além de receberem orientações sobre como o projeto deverá ser desenvolvido com os alunos. Posteriormente, as inscrições para participar do projeto são abertas. Cada escola pode inscrever grupos de no máximo cinco estudantes do 9º ano acompanhados de um professor orientador, que devem cumprir as seguintes provas, dentro da plataforma virtual do projeto: 1 – Quiz de perguntas e respostas; 2 – Campanha nas Mídias Sociais Antitabagismo; 3 – InspirAção e Ciência (abrangendo a elaboração de apresentações criativas de divulgação científica sobre a temática do projeto). Todas as provas proporcionam uma quantidade de pontos para as equipes, que são indicadas por uma Comissão Avaliadora composta por profissionais do Hospital de Amor e das Secretarias Municipais de Educação.
Como culminância, o projeto finaliza-se por meio da apresentação das 10 equipes destaques na terceira prova em um evento. Após as apresentações, são divulgadas as colocações de cada grupo finalista que recebem junto de seu professor orientador e de sua escola os respectivos prêmios.
Pela primeira vez, o Hospital de Amor Jales realizou um procedimento cirúrgico utilizando recursos de Medicina Nuclear. A cirurgia, em uma paciente de 58 anos, empregou uma tecnologia que possibilitou maior precisão e menores sequelas.
O método de pesquisa de linfonodo sentinela foi aplicado em um caso de tumor de pele melanoma, como explica o cirurgião oncológico, Dr. Sávio Costa de Paula. “Esse tipo de tumor é mais agressivo e com alta possibilidade de metástase, atingindo os linfonodos. Com essa técnica avançada, conseguimos identificar com maior exatidão os gânglios afetados. Apesar de ser a primeiro, certamente o procedimento será expandido para outras áreas.”
O procedimento teve início na unidade do HA em Barretos (SP), com a aplicação do radiotraçador. “Um dia antes da cirurgia propriamente dita, foram aplicados no paciente radiofármacos que transitam pela via linfática, sendo que no momento do procedimento aqui em Jales (SP), utilizamos equipamentos de alta tecnologia para que o cirurgião pudesse identificar local do linfonodo”, detalhou a médica nuclear Dra. Emanuela Borges Oliveira.
“Na maioria das vezes quando realizamos procedimento de Medicina Nuclear, ainda não há a evidência de doenças. Com esse método conseguimos remover com exatidão, fazendo com que o procedimento seja menos invasivo e evitando realizar o esvaziamento linfonodal desnecessário, preservando o paciente das sequelas”, complementou Dr. Sávio.
Ainda em liberação junto aos órgãos competentes para a utilização total de suas funcionalidades, o departamento de Medicina Nuclear do HA Jales já está em fase avançada de implementação, com a maior parte dos equipamentos já instalados e toda a infraestrutura pronta, inclusive com todo mobiliário adquirido com o apoio da Associação de Voluntários de Combate ao Câncer da Região de Jales.
“Com o pleno funcionamento, poderemos atender a todos nossos pacientes com essas tecnologias aqui na unidade, sem precisar que ele se desloque para Barretos ou outros poucos centros que utilizam esta tecnologia, já que possui um custo elevado. Além do melanoma, casos como o de câncer de mama também serão beneficiados, ressaltou a Dra. Emanuela.
A Inovação faz parte do DNA do Hospital de Amor, desde a sua inauguração, em 1962. Com o aumento e aplicação da tecnologia cada vez mais presente na rotina da instituição, foi necessário desenvolver seu próprio centro de inovação. Por isso, em 2021, o HA se colocou mais uma vez na vanguarda da saúde pública, ao criar o Harena Inovação, a fim de promover aceleração de ideias e promoção da ciência e da tecnologia, que teve seu espaço físico inaugurado no último dia 25 de abril. A cerimônia de ontem contou com a presença do coordenador de ambientes inovadores e startups do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Freitas; da Diretora técnica da coordenadoria de desenvolvimento regional e territorial do estado de São Paulo, representando o Governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, Eneida Gama; da Prefeita de Barretos (SP), Paula Lemos; do Head Sebrae for startups, Michel Porcino; da Assessora e representante do Senador Rodrigo Cunha, Maria Isabel Góes; do capelão do HA, Padre Tulio Gambarato; do Presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata; e do Diretor de Inovação do HA e do Harena, Dr. Luis Romagnolo. O evento surpreendeu a todos com uma dinâmica ‘futurista’ e divertida liderada por Marcelo Marcon.
Para o presidente do HA, Henrique Prata, todos os colaboradores compartilham o sonho de salvar vidas e fazer a diferença todos os dias. Até o momento, mais de 90 healthtechs estão conectadas ao ecossistema de inovação da instituição, sendo 45 delas participantes dos programas de aceleração, apenas em 2022. São 17 projetos de inovação executadas em parceria com startups para realização de provas de conceito de tecnologia e validação de novos produtos, mais de 500 pessoas impactadas e relevantes parcerias institucionais, como o Sebrae, o InovaBra Startups, a Associação Brasileira de Startups, o Instituto Federal de São Paulo e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do governo federal.
Para o diretor de inovação do Harena, Dr. Luis Romagnolo, “Desde 2021, nós estamos conectando pessoas e empresas capazes de impactar positivamente a vida dos pacientes da saúde pública do Brasil, dá muito orgulho em poder fazer parte desta revolução”, afirma o profissional.
Dentre alguns segmentos que fazem parte do portfólio de inovação, estão: gestão hospitalar, saúde digital, prevenção e acesso, diagnóstico inteligente, pesquisa científica, dispositivos médicos e humanização e qualidade de vida. Além de desenvolver iniciativas estruturadas em 3 estados brasileiros: Acre, Alagoas e São Paulo.
Com o novo espaço físico, além de proporcionar estrutura de trabalho para os parceiros e startups aceleradas, o Harena também ampliará a capacidade de atendimento com um novo programa em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e o Instituto Federal de São Paulo, o ConectaHealth. Nos próximos 2 anos, serão mais 120 healthtechs atendidas com o programa, que oferecerá capacitação empreendedora gratuita, mentorias especializadas e conexão com o ecossistema de inovação do Hospital de Amor, em Barretos.
O termo japonês ‘ikigai’ significa “uma razão para existir”. A palavra é composta pelo termo iki, que significa ‘vida’, e gai, que traduzido seria ‘efeito’. O caminho Ikigai, seria uma ferramenta de autoconhecimento que explana diversas áreas e intersecções da vida pessoal e profissional. Ou seja: ao encontrar algo que você ama, te pague bem, você realiza com esmero e faz a diferença no mundo, aí então, você terá alcançado o seu Ikigai, ao unir missão, paixão, profissão e vocação.
A freira Rita de Cassia de Jesus, de 40 anos, natural de Mogi das Cruzes (SP), faz parte da Congregação das Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada há 24 anos. “Deus me chamou para a vida religiosa para ser amor na vida dos doentes e dos mais necessitados. Escolhi servir a Deus no amor e na alegria de me doar”, conta Rita, sempre com um sorriso no rosto.
Há pouco mais de um ano, a irmã começou a trabalhar no alojamento Madre Paulina, em Barretos (SP) – o primeiro alojamento do Hospital de Amor. De acordo com a freira, trabalhar nesta casa assistencial é um privilégio, pois é possível conhecer um pouco de várias partes do Brasil e se aprofundar na arte de acolher e amar realidades, ao adentar na intimidade das pessoas no momento da fragilidade da dor, doença física e espiritual. “Penso que a missão do HA é o testemunho mais vivo e concreto de que é possível atender a saúde humana com dignidade e nobreza de espírito, sem distinção de cor, classe social, raça ou religião, atendendo assim, a pessoa humana como um todo”, afirma Rita.
Amor e dedicação pela causa onde trabalha, Rita tem de sobra, mas para dar conta de administrar o local que abriga 257 pessoas, a freira conta com algo que no início começou mais como recomendação, mas agora já vem ganhando gosto: praticar exercícios físicos na academia. “Começamos a treinar, pois sentíamos necessidade de fazer uma atividade para o bem-estar físico e psíquico, porque nossa rotina requer muito equilíbrio e disponibilidade de tempo”, explica a freira que treina com suas colegas de trabalho, as também freiras, irmã Raymunda, de 77 anos, e irmã Adriana, de 43 anos.
Vestida com seu fiel ‘hábito’ e um par de tênis, Rita recebe o auxílio do educador físico da academia do Hospital de Amor (exclusiva para os colaboradores da instituição), Gilmar Júnior, que revela que elas sãos as primeiras religiosas que ele ajuda a treinar. “O senhor Henrique Prata é adepto à atividade física, então, todos aqueles próximos a ele, nesse caso, os padres e as freiras, ele pede sempre para virem praticar a musculação comigo. Com isso eu já atendi o Pe. Constante, Pe. Túlio e outros padres que passaram pela cidade estudando e também vieram treinar na academia”, conta Juninho – como é conhecido pelos funcionários da instituição.
Gilmar explica que o treino é um meio de exercitar o corpo para gerar o bom funcionamento corporal e aumentar a resistência física para o trabalho tão árduo como o de cuidar de outras pessoas, algo este realizado pelas freiras. “Gosto muito de fazer os exercícios interagindo com todos os colaboradores que ali treinam, além de escutar no celular algumas orações e reflexões bíblicas para aproveitar bem o tempo”, revela o educador.
Júnior também conta que o maior desafio dos treinos é manter a frequência e a disposição, pois tem dias que o tempo é bem escasso e o cansaço dos atendimentos aos pacientes são bem intensos. Segundo a irmã Rita, as atividades físicas são importantes, já que viver harmoniosamente num local onde residem mais de 200 pessoas de várias situações, culturas e regiões, é um verdadeiro milagre do amor.
Irmã Rita também tem disposição para organizar eventos culturais no alojamento, inclusive, ela realiza até apresentações de dança, contribui com as atividades diárias no local, faz suas orações, doa sangue e está sempre pronta para ajudar a todos.
Mas engana-se quem pensa que malhar não é algo comum das freiras. Madonna Budder é uma famosa religiosa americana, de 92 anos, que já realizou mais de 400 provas de triatlo, sendo 50 delas na modalidade Ironman (uma das competições mais difíceis do mundo), no qual é necessário nadar 3,8 km, pedalar 180 km e finalizar com 42 km de corrida. Sister Madona, com é conhecida na América, teve seu primeiro contato com triatlo aos 48 anos, e aos 70 anos participou do Ironman pela primeira vez. Ela já alcançou o recorde mundial de mulher mais velha a finalizar a competição aos 82 anos. Isso prova que nunca é tarde para iniciar uma atividade física e mudar de hábito!
Praticar atividades físicas contribui para diversos benefícios, tais como: ajuda no combate ao excesso de peso, reduz a pressão arterial, ajuda a controlar a glicemia, fortalece ossos e articulações, aumenta a força e a resistência muscular, diminui o estresse, promove a sensação de bem-estar, aumenta a disposição, combate a ansiedade e a depressão, fortalece o sistema imunológico, além de contribuir para uma melhora da memória e da capacidade de aprendizado.
Atender, cuidar e sempre estar à disposição de milhares de pacientes diariamente, com carinho e bom humor, é uma função que exige muita dedicação, amor pelo que faz e a certeza de saber que seu trabalho está fazendo a diferença no mundo, sendo assim, podemos dizer que a irmã Rita encontrou o seu Ikigai.
Em abril de 2012, a colaboradora do Hospital de Amor Barretos (SP), Deize de Oliveira (43 anos), descobriu que estava com mais de mil pólipos no intestino (alterações que podem aparecer no intestino devido à proliferação excessiva de células presentes na mucosa no intestino grosso). Apesar do número impactar, a história dela e de sua família é muito mais impressionante!
Tudo começou quando Deize tinha apenas dois anos e seu pai foi diagnosticado com câncer colorretal. Ele não resistiu ao tratamento, mas a família não sabia que a doença tinha grandes chances de ser hereditária. Quando ela completou 31 anos, uma nova preocupação surgiu: seu irmão começou a sentir fortes dores na barriga e a ter sangramento nas fezes. Ao realizar alguns procedimentos, foi diagnosticado com câncer de intestino – o mesmo tipo que levou seu pai. E ele também não resistiu. Foi aí que uma médica do departamento de Oncogenética do HA orientou Deize a fazer exames preventivos, pois as chances dela também se tornar paciente oncológica eram altas.
Ainda que sem sintomas, ela cedeu ao rastreamento e, após uma colonoscopia, foram detectados mais de mil pólipos intestinais. “O caso era cirúrgico, mas o meu maior medo era precisar utilizar a bolsa de colostomia. Depois da cirurgia, na sala de recuperação, escutei a voz do médico me dando a notícia de que o procedimento tinha sido um sucesso e não seria necessário colocar bolsa”, afirmou.
Todo esse processo, tanto da Deize, quanto do irmão, foi realizado no Hospital de Amor. Na época, ela atuava no departamento de nutrição e, após o afastamento por conta da cirurgia, foi promovida a auxiliar no setor de radiologia. Animada com o sucesso do tratamento e com a promoção, ela começou um curso na área. “Graças a Deus e ao HA, hoje eu sou técnica em radiologia e estou viva”.
Ao ressaltar a importância da prevenção, ela se emociona! “É extremamente importante estar em dia com os exames preventivos. Se tivéssemos ido ao médico antes, meu irmão estaria aqui comigo hoje. Minha dica é: se você está sentindo qualquer sintoma, procure um médico de sua confiança. E se você tem casos de câncer na família, recorra ao setor de oncogenética, pois a doença pode ser hereditária”, declarou.
Atualmente, Deize atua como técnica de radiologia no Hospital de Amor e faz acompanhamento anual para ressecar os pólipos. Seus três filhos são saudáveis, porém, por conta do histórico familiar, o mais velho, Eduardo (24 anos), também já deu início aos exames preventivos na instituição.
Oncogenética no Hospital de Amor
A Oncogenética é a uma área médica que acompanha pacientes que possuem um maior risco de desenvolvimento de câncer por conta de fatores hereditários. Esse tipo de acompanhamento só é indicado em casos específicos e, nessas situações, pode ser um grande aliado para identificar a predisposição, a fim de realizar a detecção precoce de alguns tipos de tumores.
O Hospital de Amor oferece este tipo de acompanhamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), graças à sua estrutura voltada para pesquisa científica em oncologia. De acordo com o médico oncogeneticista da instituição, Augusto Antoniazzi, quando há a identificação de que a doença seja hereditária em um paciente da instituição, inicia-se também a investigação com seus familiares. “Por meio do paciente, nós conseguimos também identificar familiares com risco aumentado de câncer e propor estratégias de prevenção e redução de risco para eles”. Então, caso a equipe identifique um familiar saudável, sem o diagnóstico para câncer, é capaz fazer um programa de prevenção para ele. Com isso, é possível evitar que o câncer seja diagnosticado em estágios mais tardios, aumentando consideravelmente as chances de cura.
Em alguns tipos de tumores da doença é possível realizar um tratamento baseado na mutação genética, com medicações específicas que melhoram seu desfecho. Para a maioria dos genes que pré-dispõem ao câncer, o teste genético é realizado já na idade adulta. Mas, existem casos onde ele pode ser feito ainda infância.
A noite da última terça-feira, 4 de abril, ficará para sempre na memória de 60 adolescentes em tratamento no Hospital de Amor Infantojuvenil, que foram presenteados com um ‘Baile de Debutantes’ do projeto Fadas Madrinhas, idealizado há quase 20 anos pela empresária Liliane Barros Marty Caron, conhecida carinhosamente como Lili. O evento, que trouxe a magia do fantástico universo de ‘O Mágico de Oz’, foi digno dos sonhos dos príncipes e princesas, com direito a valsa, roupas de gala, madrinhas, padrinhos e muitos convidados especiais que se reuniram para comemorar a vida e as histórias de cada um dos pacientes.
Nesta edição, que foi a 5ª realizada com exclusividade aos pacientes do HA, as comemorações começaram um dia antes com um jantar de boas-vindas e teve um toque a mais de emoção, por ser a primeira grande festa do projeto após o período de pandemia. Lili conta que a intenção de realizar uma festa de 15 anos para adolescentes carentes, surgiu, literalmente, de um sonho. “Eu sonhei que fazia 15 anos em uma grande festa. Tinha vestido longo, valsa e as minhas convidadas eram as meninas que eu visitava e ajudava. Era realmente um sonho. No dia seguinte, comecei a tornar isso realidade, uma realidade que só é possível graças à união, parceria, doação e dedicação de tantos amigos e parceiros”.
Para a oncologista pediátrica da unidade infantojuvenil e madrinha do projeto, Dra. Erica Boldrini, momentos de felicidade e concretização de sonhos também precisam fazer parte da memória neste período da vida dos adolescentes em tratamento. “Não é porque eles estão dentro de um hospital, passando por momentos tão difíceis, que não existirão momentos incrivelmente bons e acredito que este seja um desses ápices”, ressaltou.
A hora mais aguardada da noite não poderia ter sido mais emocionante! A valsa, embalada pela canção ‘Lanterna dos Afogados’, foi especialmente escolhida e cantada ao vivo pelas irmãs e atrizes Antônia Morais e Cleo Pires. “Escolhemos essa música pelo significado pessoal que ela tem para nós, uma das músicas preferidas do nosso tio Alexandre, que nos deixou no final do ano passado e que também foi tratado no HA. Esse hospital e todo o trabalho é realmente um orgulho para o nosso país, a assistência aos pacientes e suas famílias, a forma que humanizam os tratamentos e pensam em cada detalhe para minimizar as dores e as dificuldades da doença. Eu só posso agradecer por ter feito parte disso”, se emocionou Antônia, que prometeu participar de todas a próximas edições a partir de agora. A atriz foi convidada a conhecer o projeto e a instituição pelo namorado e ator Paulo Dalagnoli, que se apaixonou pela causa e desde a primeira edição do baile participa como Príncipe.
Para tornar a experiência mais especial, tudo foi planejado para ser uma grande surpresa aos verdadeiros donos e donas da festa, desde os vestidos e decoração, até as atrações principais, como o show de Dennis DJ, que só foi revelado na abertura do palco. A noite também foi abrilhantada pelas apresentações da cantora Wina, do grupo ‘O Clã’ e da dupla ‘Augusto & Atílio’, além da presença do humorista Jonathan Nemer, que também foi um dos padrinhos.
Realizadores de sonhos
O projeto, que só é possível por meio das doações e solidariedade de grandes empresas e empresários(as), contou, neste ano, com a parceria da estilista Dani Messih, da loja Ouro Têxtil, do grupo de moda Carmen Steffens e da Casa da Beleza Cris Rozzini, que proporcionou um verdadeiro Dia de Princesa para as debutantes. A cerimonialista Ana Araújo e o decorador Roni Vieira trouxeram sua expertise para criar uma decoração deslumbrante, enquanto o buffet foi servido pela Doce Pimenta. O chef Picuí e outros chefs convidados foram responsáveis pelo cardápio do jantar, já o bolo artístico foi assinado por Andreia Bolos. Para completar, os drinks foram servidos pela Flairs Bartenders.
Sobre o projeto
O projeto é uma produção independente, de iniciativa privada e sem fins lucrativos, da empresária Liliane Barros Marty Caron, que há mais de 20 anos desenvolve ações sociais em todo o Brasil. Dentre as 10 edições, cinco foram realizadas no Hospital do Amor, uma declaração de carinho e admiração da empresária ao trabalho realizado pelo hospital, considerado referência no tratamento e prevenção do câncer na América Latina. A missão do Projeto Fadas Madrinhas ė realizar sonhos de jovens com histórias de vida marcantes, sem condições de realizar com recursos próprios ou familiares, o desejo de ter uma grande festa de debutantes.
Quanto vale uma declaração de amor? Para o Hospital de Amor, a sua vale muito! É com este tema que a instituição deu início a campanha “Declaração de Amor”, com objetivo de captar recursos obtidos por meio de incentivos fiscais – essenciais para que o hospital continue buscando excelência tecnológica e humana no tratamento oncológico e oferecendo aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, via Sistema Único de Saúde (SUS).
Se você tem o desejo de contribuir com a causa do HA de forma rápida, segura e sem gastar nada, as doações de Imposto de Renda são ótimas opções! A novidade deste ano é que, além da doação ao projeto Lei da Criança e Adolescente, também é possível dobrar o valor destinado à instituição, doando também para a pessoa idosa. Ou seja: você pode destinar 3% para as atividades da instituição com crianças e adolescentes e mais 3% ao atendimento da pessoa idosa.
Para esclarecer todas as dúvidas sobre as doações de IR e a importância delas para o Hospital de Amor, preparamos uma matéria especial com o gerente de Parcerias Corporativas da instituição, Cleber Delalibera. Confira!
• Como doar o Imposto de Renda para o Hospital de Amor?
R.: No momento de fazer a Declaração do Imposto de Renda, escolha a opção “Doações Diretamente da Declaração”. Após o preenchimento dos dados solicitados, o próprio sistema irá gerar as guias referentes ao IR e às doações escolhidas, podendo ser de 3% – a Lei da Criança e Adolescente, e 3% – a Lei do Idoso.
Resumidamente:
– Preencha sua declaração com todos os dados financeiros;
– Selecione o campo ‘Fichas da Declaração’ e escolha a opção ‘Doações Diretamente da Declaração’;
– Selecione a aba ‘Criança e Adolescente’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em UF, selecione ‘SP’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 19.011.652/0001-50’. Este é o Fundo Municipal da Criança de Barretos;
– Selecione a aba ‘Idoso’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 15.642.204/0001-01’. Este é o Fundo Municipal do Idoso de Barretos.
– Na hora de enviar a declaração para a Receita Federal, o sistema irá emitir até três DARF’s, sendo um referente ao Imposto de Renda e outros dois correspondentes aos fundos da Criança e Adolescente, e Idoso.
– Após enviar o pagamento, é fundamental direcionar o comprovante de para: ha.com.vc/ircomprovante.
• Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode doar?
R.: Toda pessoa física que fizer a declaração completa do Imposto de Renda e obter tributos a pagar, pode contribuir. Já pessoas jurídicas podem fazer a dedução fiscal desde que estejam na modalidade ‘Lucro Real’.
• De que maneira as doações incentivadas contribuem com o HA?
R.: As doações incentivadas pela Lei do Idoso garante atendimento integral aos pacientes de 60 anos ou mais, nas unidades do Hospital de Amor espalhadas por todo o Brasil. São contemplados os custos relacionados ao tratamento e às atividades multidisciplinares desenvolvidas continuamente, além de auxiliar no custeio do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção o idoso do HA).
Já as doações incentivadas pelo Fundo da Criança e Adolescente têm o objetivo de viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, em Barretos (SP), além contribuir com as ações de assistência, estruturadas para que o paciente e sua família possam estar juntos no enfrentamento da doença.
• Quanto foi arrecadado, no último ano, por meio dos projetos (Lei do Idoso e Lei da Criança e Adolescente)?
R.: O valor arrecadado no último ano com os dois fundos, foi de aproximadamente R$ 80.000.000,00. Embora expressiva, a quantia ficou muito abaixo da real necessidade do HA, onde o déficit operacional ultrapassou meio bilhão de reais em 2022.
• Doações de pessoas físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que façam modelo completo?
R.: Sim, podendo ser destinado 3% para a Lei do Idoso e 3% para a Lei da Criança e Adolescente.
• Qual é a data limite para realizar a declaração e ajudar o HA?
R.: Pessoa física pode doar em qualquer momento, no entanto, recomendamos que os prazos de entrega das declarações sejam respeitados para se evitar possíveis multas, ou seja, até 31/05/2023. Já as pessoas jurídicas têm até o dia 28/12/2023 para doar.
• Qual é a importância e o impacto destas doações para o Hospital de Amor?
R.: A contribuição fiscal é um ato que salva vidas. Por meio dela, o HA consegue custear grande parte dos seus procedimentos, oferecendo atendimento de qualidade e repleto de amor a pacientes de todo Brasil. São 61 anos ajudando os brasileiros de forma gratuita e integral.
IMPORTANTE: após concluir a doação do seu IR, não esqueça de enviar o comprovante para garantir que o Hospital de Amor receba os recursos. Sem essa etapa, a doação não chega!
Agora é com você! Declare seu amor para o HA e faça a diferença na vida de milhares de pacientes. E se ainda ficou alguma dúvida, acesse: ha.com.vc/irha e confira o passo a passo.
O dia 24 de março é sempre uma data muito especial e significativa para o Hospital de Amor. Ela representa o início de tudo, quando no ano de 1962 o casal de médicos visionários, Dr. Paulo Prata (in memoriam) e Dra. Scylla Duarte Prata, fundaram um dos maiores centros de tratamento oncológico da América Latina, responsável por atender pacientes de todo Brasil e de países vizinhos, de forma humanizada e 100% gratuita.
De lá para cá, em 61 anos de história, muita coisa aconteceu! A instituição ultrapassou limites, barreiras e fronteiras para levar saúde de qualidade a todas as pessoas. O seu programa de prevenção de câncer alcançou números de diagnósticos precoces inimagináveis, por meio de suas unidades fixas e móveis. Seus atendimentos de excelência (via Sistema Único de Saúde) em unidades de tratamento espalhadas pelo país, estruturas altamente tecnológicas, procedimentos avançados e resultados inovadores em ensino e pesquisa, fizeram a instituição ser reconhecida internacionalmente.
São 61 anos transformando a realidade da saúde pública do país, escrevendo novos capítulos na história de muitas famílias e salvando milhares de vidas! É claro que nada disse seria possível sem a contribuição de doadores, parceiros e voluntários, que ajudam a instituição a sanar seu déficit mensal milionário. Entretanto, muito além de oferecer acolhimento e um tratamento digno, o Hospital de Amor oferece: AMOR! E sabe o que é mais incrível e gratificante? Este sentimento que está enraizado em sua missão, é genuinamente recíproco!
Neste aniversário, quem ganha o presente é o HA! Confira alguns relatos emocionantes e repletos de amor (e que representam centenas de outros que recebemos diariamente) de pacientes que estão ou já estiveram em tratamento na instituição.
Alessandra Fernandes (Anápolis – GO)
Em janeiro de 2020, fui diagnosticada com câncer de mama HER2 invasivo infiltrante. Logo após a descoberta da doença, minha família, em especial meu irmão Hermes, se preocupou muito comigo e quis ele que eu tivesse o melhor atendimento possível. Dessa forma, ele e alguns amigos deram andamento ao encaminhamento para Barretos (SP). Mas Deus reservou algo muito especial para mim: Jales (SP). Lá eu recebi o amor, a humanização e o carinho de muitos que passaram pelos meus atendimentos. Recebi 16 aplicações de quimioterapia, 19 sessões de radioterapia, passei por duas cirurgias e por fim, 17 imunoterapias. Transpus a barreira de 1.400 km semanais de ônibus. Venci o processo e atingi o propósito! Quero aqui agradecer a todos por tudo e por tanto que recebi. Desejo ao Hospital de Amor o melhor deste mundo. Obrigada de coração. Que Deus sempre encaminhe pessoas maravilhosas e dispostas a lutar pelo ideal, hoje continuado pelo sr. Henrique Prata. Deus os abençoe sempre. Obrigada.
Ah! Transformei minha doença em militância. Hoje procuro levar informação através de palestras e bate-papos àquelas pessoas que precisam saber da importância do autocuidado, dos direitos de um paciente oncológico e que o câncer não é uma sentença de morte. Há vida após a turbulência. Hoje estou aqui contando a minha história a vocês. Orgulho do que conquistei. Obrigada, família e amigos que seguraram (financeiro e afetivo) minhas mãos durante todo esse período. Obrigada, equipe de Fernandópolis (SP). Vocês são demais. Obrigada, Dr. André, Rosa, Luana Xavier, Luciene, Denise, Nebling, Patrícia Estevo, William Ricardo, Sérgio, Michele, Tainá, Alessandro, Amanda, Priscila, Aniele, Liane…Amo vocês e o que representam para mim!
Geraldo Júnior (Goiânia – GO)
MUITO, MUITO, MUITO AMOR POR AQUI!
Quero parabenizar e enaltecer ao idealizador e todos que atuam juntos ao HA. O Hospital de Amor foi a melhor oportunidade de ver a vida com mais amor e acolhimento, vindo de Goiânia (GO), onde não consegui suporte quando fui diagnosticado com câncer colorretal e metástase no fígado. Foi um gigantesco susto de primeira, mas quando fui acolhido pelo Hospital de Amor, unidade de Jales (SP), minha esperança em continuar vivendo veio, através de muito amor de todos do Hospital, desde a recepção, pessoal do laboratório, equipe de exames de imagens, da limpeza, do lanche, enfermeiros e médicos. Sinto-me cada vez mais acolhido, não é fácil, mas aqui se torna mais leve. Gratidão eterna!
Ricarda Rodriguez (Venezuela – VE)
Sou Ricarda Solideiner Rodriguez Acevedo, uma venezuelana que chegou ao Brasil em fevereiro de 2019, com uma luz de esperança de poder me tratar do câncer que sofro. Graças ao nosso Pai Celestial, o Hospital de Amor abriu suas portas para mim! Até agora eles me deram todo o amor e ajuda, e eu sou sinceramente grata por ter esse privilégio. Mesmo sendo estrangeira não tive nenhuma diferença, pelo contrário, eles me trataram como uma brasileira! Sou eternamente grata ao Hospital de Amor e toda sua equipe. Vocês são os melhores do mundo!
Joyce Lustosa (Indaiatuba – SP)
Em 19/04/2005, com apenas 10 anos, dei início ao meu tratamento no HA. Por ser portadora de moléstia classificada no CID 10 sob o número C40, fui diagnosticada com Osteossarcoma Maligno. Fui submetida ao protocolo de tratamento com quimioterapia neo-adjuvante; cirurgia com ressecção tumoral e substituição com endoprótese em úmero direito; e quimioterapia adjuvante. Tive revisão da prótese em 16/12/2011. Evolui com soltura da endoprótese, onde foi realizado nova cirurgia para colocação de endoprótese de úmero total em braço direito. Hoje, faço acompanhamento oncológico e apresento diminuição de força e amplitude de movimento em membro superior direito, o que incapacita para atividade a qualquer esforço físico.
Sou imensamente grata a Deus e a TODOS que fazem parte dessa família maravilhosa que é esse hospital. Desde os faxineiros(as), enfermeiros(as), médicos(as), motoristas, cassa de acolhimento, todos, sem distinção de nível. Todos que fazem parte, que transmitem o bem, que são guiados por Deus. Sou imensamente grata por tudo que já passei, porque venci essa luta ao lado das pessoas que sempre estiveram ao meu lado, me ajudaram e me apoiaram.
Lívia Loami (Barretos – SP)
Era dezembro de 2018. Trabalhava no NAP (Núcleo de Apoio ao Pesquisador) da Prevenção do HA. Tive a oportunidade, nessa data, de realizar o sonho de defender o doutorado. Fazia mais de um ano que tinha uma coceira insuportável no corpo. Acordava a noite por causa dela. Acompanhava com especialista, fazia tratamento e nada. Março de 2019 tive sintomas de gripe: tosse e febre. Fui ao pronto socorro, fiz exames e me disseram que era pneumonia. Sete dias afastada. Dez dias de antibiótico. No 7º dia já estava ótima (mas continuava coçando). Uma semana depois, a tosse voltou. Repeti os exames (raio-X, tomografia, etc.) e veio o laudo: um monte de linfonodos aumentados, massa de 12cm entre os pulmões, veias invadidas pelo tumor. Achei que era o fim. O chão abriu. É sério! Senti tudo aquilo que já tinha ouvido e visto acontecer muitas vezes enquanto trabalhava na prevenção da instituição. Receber o diagnóstico de câncer é triste. Dói. Você olha para os filhos (na época eles tinham 3 e 6 anos) e só quer ter a chance de vê-los crescer. Fui de funcionária, em um dia, para paciente no dia seguinte. Estive do outro lado, deitada na cama para receber a quimioterapia. Colocando máscara para fazer radioterapia. Muitas punções. Fraqueza. Cansaço. E esperança. Muita vontade de viver. Foram 6 meses de tratamento. O dia em que eu pude voltar a comer o que gosto parecia ser o maior prêmio que recebi. Chorei. Vibrei! Tocar aquele sino da radioterapia, então… foi libertador!
Janeiro de 2020, voltei a ser colaboradora. Mas, dessa vez, dentro da radioterapia. Aliás, que equipe! Quando o desespero bateu em uma das sessões de radioterapia, não precisou palavras. O abraço daquelas meninas me salvou. No final, depois da onda ter abaixado e a tempestade passado, ganhei um presente de Deus. Meu milagrinho, minha Rebeca, que nasceu dia 22/12/2020. E continuamos firme, vivendo a cada dia, sem mais câncer, só sendo feliz. E glória a Deus por isso!
São depoimentos como estes que fazem o HA continuar! Que venham mais 61 anos pela frente, mais Alessandras, Geraldos, Ricardas, Joyces e Lívias com lindos relatos, muito mais vidas salvas! Obrigado, queridos pacientes. Vocês são nossos maiores presentes!
Referência em tratamento oncológico gratuito na América Latina e mais de 60 anos de história, o Hospital de Amor busca constantemente, por meio de suas estruturas tecnológicas e procedimentos avançados, pela melhor assistência ao paciente. Diante deste cenário, inúmeras são as conquistas da instituição! Uma delas é a realização, há mais de dez anos, de cirurgias cerebrais e vertebrais utilizando a neuronavegação – dispositivo que tem funcionamento semelhante ao GPS (Sistema de Posicionamento Global), responsável por mostrar ao cirurgião, através dos exames do paciente, a localização exata de onde um determinado instrumento encontra-se, em tempo real, no momento da cirurgia.
Este, por si só, já pode ser considerado um grande progresso cirúrgico, mas a novidade é ainda maior! No mês de fevereiro, o HA recebeu o robô CIRQ (desenvolvido pela empresa alemã BrainLab) e pôde realizar, junto a sua equipe composta por neurocirurgiões, anestesiologista, enfermeiros e engenheiros, duas cirurgias inéditas no Sistema Único de Saúde (SUS) e no estado de São Paulo.
De acordo com o neurocirurgião do Hospital de Amor, Dr. Ismael Lombardi, trata-se de um braço robótico que consegue determinar, no intra-operatório, a trajetória para que a agulha ou os parafusos alcancem os alvos marcados pelo cirurgião de maneira extremamente precisa. “Uma vez que o robô adquire as informações geradas pelo neuronavegador, de forma automatizada, é gerada a trajetória mais precisa para a inserção de implantes ou instrumentos. Todo processo tem a supervisão intra-operatória do cirurgião, aumentando ainda mais a segurança.
Sem a presença do robô, esta etapa do procedimento seria realizada de forma exclusivamente manual”, afirmou.
Atuando de forma integrada com o neuronavegador, o CIRQ pode ser utilizado em cirurgias que necessitam da implantação de parafusos na coluna vertebral, biópsias da coluna vertebral e biópsias de lesões cerebrais, independentemente do tipo de tumor. Cirurgias para doenças degenerativas da coluna vertebral também podem se beneficiar desta tecnologia, além de outros tipos de cirurgias não-oncológicas, como drenagem de hematomas e abscessos cerebrais, ou mesmo a colocação de estimuladores cerebrais que necessitem de alta precisão cirúrgica.
“Graças a parceria com a BrainLab, conseguimos manter o robô 10 dias na instituição e realizar três procedimentos de alta precisão e exatidão: uma cerebral e duas cirurgias para coluna vertebral. A neuronavegação faz parte da nossa rotina, mas contar com o auxílio do robô, foi pioneiro e extremamente gratificante”, explicou Lombardi.
Inúmeros benefícios
Não são apenas os profissionais do HA que ‘ganharam’ ao utilizar esta tecnologia durante as cirurgias. Os pacientes da instituição, com certeza, foram os maiores beneficiados! Segundo o neurocirurgião, a introdução da robótica nos procedimentos cirúrgicos possíveis, trouxe mais precisão e segurança aos cirurgiões, e muito menos complicações aos pacientes. “O nosso bom resultado é o bom resultado dos nossos pacientes. Com a introdução da navegação e robótica, pudemos ter redução no tempo cirúrgico e de internação, além de menor exposição da equipe e dos pacientes ao Raio-X, muito utilizados nestes procedimentos realizados de forma convencional”, declarou.
Os pacientes do Hospital de Amor que foram submetidos (gratuitamente, como todos os atendimentos realizados pela instituição) aos procedimentos cirúrgicos com o CIRQ, receberam alta em apenas dois dias de internação e tiveram evolução satisfatória, sem intercorrências ou contratempos.
Mais um motivo que marcou a história do HA e encheu seus profissionais e pacientes de orgulho!
O Hospital de Amor, maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, possui estruturas avançadas voltadas para prevenção, ensino e pesquisa, focadas na busca constante pela melhor assistência ao paciente. Com essa missão, a instituição acaba de divulgar o desenvolvimento de um novo painel genético para sarcoma, que, segundo a Dra. Flávia Escremim de Paula, biologista especialista líder do laboratório de diagnóstico molecular do HA, tem como finalidade detectar mais de 170 aberrações genéticas que definem esses tumores, permitindo avaliar mais de 20 tipos histológicos diferentes.
Inédito no Sistema Único de Saúde (SUS), o novo painel genético representa uma grande evolução no diagnóstico e tratamento do sarcoma, uma vez que esses tumores são conhecidos por serem altamente heterogêneos e terem uma variedade de alterações genéticas diferentes. O ensaio genético é fruto de uma parceria com pesquisadores holandeses e, de acordo com o pesquisador responsável pela sua implementação no HA, o Dr. Rui Manuel Reis, diretor científico do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA, será possível detectar uma ampla gama de fusões genéticas em um único ensaio, o que torna o diagnóstico mais preciso, rápido e eficiente.
O sarcoma é um tipo raro e agressivo de câncer que afeta os tecidos moles do corpo, como músculos, ossos, gordura, vasos sanguíneos e tecidos conjuntivos; e possui um diagnóstico ainda desafiador, pois os sintomas podem ser variados e muitas vezes vagos.
O teste, desenvolvido com base na plataforma NanoString nCounter, é realizado em uma única amostra, o que significa que não é necessário coletar múltiplas amostras de tecido para analisar diferentes alterações genéticas. Isso pode reduzir significativamente o tempo e o custo do diagnóstico, além de minimizar o desconforto do paciente. Além disso, o painel recém-desenvolvido é altamente sensível e específico, o que significa que pode detectar essas anomalias genéticas mesmo em amostras escassas e cuja preservação não tenha sido ideal. Isso é particularmente importante para o sarcoma, uma vez que esses tumores são frequentemente difíceis de biopsiar e podem produzir amostras de tecido de baixa qualidade.
Em resumo, o novo painel genético para sarcoma representa um grande avanço no diagnóstico desses tumores. Com esta tecnologia inovadora, será possível melhorar significativamente o diagnóstico e tratamento da doença, oferecendo uma abordagem mais personalizada e eficaz para cada paciente.
Diagnóstico Molecular
O diagnóstico molecular é um conjunto de métodos analíticos consagrados da biologia molecular, visando a investigação de alvos de interesse a partir da análise do material genético, o DNA e o RNA, para identificar mutações genéticas que, neste caso, podem estar associadas ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer.
Com o diagnóstico molecular, os médicos podem identificar as mutações específicas que estão presentes no câncer de um paciente e escolher o tratamento mais eficaz com base nos resultados. Isso pode incluir terapias direcionadas, que atacam diretamente as células cancerígenas com mutações específicas. O método também pode ajudar a identificar pacientes que têm um risco maior de desenvolver câncer, permitindo que medidas preventivas sejam tomadas antes que a doença se desenvolva.
Laboratório de Diagnóstico Molecular do HA
Inaugurado em 2011, o Laboratório de Diagnóstico Molecular do Hospital de Amor foi criado, incialmente, para atender de forma gratuita os pacientes da instituição. Os testes moleculares são fundamentais para um diagnóstico acurado, um prognóstico mais assertivo e uma precisão terapêutica.
Devido à grande procura de laboratórios, parceiros, médicos e pacientes de outras instituições, em 2013 o centro passou a oferecer comercialmente uma diversidade de testes genéticos, que são hoje fundamentais para uma medicina personalizada ao paciente oncológico. Os testes disponibilizados são aplicados para inúmeras neoplasias sólidas e hematológicas de pacientes infantojuvenis e adultos, com uso das mais clássicas às mais modernas e sofisticadas metodologias e tecnologia. O número de exames tem crescido anualmente, chegando em 2022 a mais de 12.000 testes genéticos realizados pelo Laboratório de Diagnóstico Molecular.
O laboratório possui uma moderna estrutura e conta com uma equipe multidisciplinar altamente especializada, com expertise técnica e científica, composta por patologistas, biólogos, biomédicos e tecnologistas, além do suporte administrativo e comercial. Essa estrutura também proporciona um canal aberto para comunicação e discussão de casos com os profissionais solicitantes, sendo necessário interação entre as equipes para o oferecimento de um resultado preciso, detalhado e em consonância com as boas práticas laboratoriais de excelência. Acesse o site e confira todos os testes genéticos disponíveis.