O Hospital de Amor recebeu do Paulo, do município de Ribeirão Preto (SP), uma entrega de produtos alimentícios.
A instituição foi presenteada com 46 fardos de arroz e 1 caixa de bolacha. Essa doação especial é de extrema importância para o HA.
Agradecemos a generosidade de todos os envolvidos e o carinho com o Hospital!
Anualmente, no mês de outubro, toda a atenção se volta para a saúde da mulher, especialmente para a saúde mamária. Isso porque, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum na população feminina mundial, com cerca de 74 mil novos casos/ano e uma incidência crescente ao longo dos anos. Apesar dos números serem alarmantes, fatores associados ao não conhecimento da doença e suas formas de prevenção resultam em um diagnóstico cada vez mais tardio, em fase avançada.
Para conscientizar, educar e promover saúde não apenas às mulheres, mas a todas as pessoas, além de mudar os desfechos dos casos de câncer de mama no país, criou-se a campanha internacionalmente conhecida: ‘Outubro Rosa’. “Infelizmente, boa parte das pacientes (40%) são diagnosticadas em fase avançada da doença, o que implica em tratamentos de maior morbidade e mortalidade”, afirma o mastologista do Hospital de Amor, Dr. Idam Jr.
De acordo com o médico, o fator preponderante para transformar o câncer de mama de incurável para curável, é o diagnóstico precoce. “Isso faz com que a paciente tenha um tratamento menos complexo e mais ágil, o que favorece o retorno dela o mais rápido para as suas atividades habituais, como: trabalho, família e amigos”, explica Dr. Idam.
A eficácia da mamografia
Por meio dos exames preventivos, é possível realizar o diagnóstico da doença em uma fase assintomática, ou seja, quando a mulher não sente nenhuma alteração nas mamas. E aí vem a pergunta: qual deles é mais o eficaz?
Há muito tempo, diversos estudos vêm sendo realizados na tentativa de investigar o melhor exame para a detecção precoce do câncer de mama. Assim, a mamografia foi consagrada como o método que consegue diagnosticar este tipo de tumor em fases iniciais, permitindo maiores taxas de cura. Dados atuais mostram que, quando realizada de forma regular, a mamografia pode reduzir a mortalidade por câncer de mama em até 30%.
“Para a mamografia de rastreamento, ou seja, em mulheres assintomáticas, a indicação é a partir dos 40 anos de idade. Porém, há situações em que o exame pode ser indicado antes, principalmente em mulheres com alterações genéticas que aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama. Assim como qualquer outro exame, ela possui limitações que podem diminuir a sua eficácia na detecção do câncer de mama – seja pela qualidade do exame, seja pela experiência do médico que lauda, ou seja por fatores da própria paciente, como as que possuem mamas densas, por exemplo, em que há uma maior concentração de glândula mamária. De qualquer maneira é importante lembrar que: a mamografia não faz nenhum diagnóstico, ela seleciona as pacientes que precisam ou não de uma investigação por meio da biópsia”, alerta o mastologista.
Transformando o câncer de mama no país
Sempre conscientes de que ‘prevenção é o ano todo e em todos os lugares do Brasil’, o Hospital de Amor – referência em tratamento oncológico gratuito de excelência – possui o maior serviço de prevenção de câncer do país e uma estrutura completa focada em ensino e pesquisa. Atualmente, a instituição conta com 27 unidades fixas de prevenção e 52 unidades móveis para levar atendimento humanizado e de alta qualidade a quem mais precisa, sobretudo nas regiões mais remotas do Brasil.
Em mais de 60 anos de história, sendo mais de 30 deles dedicados a realização de um projeto incrível de rastreamento mamográfico e busca ativa (o maior da América Latina), que visam reduzir as desigualdades de acesso à saúde e salvar milhares de vidas, a instituição vem transformando a realidade do câncer de mama no país. “Somos a única instituição do Brasil que desenvolve um projeto de rastreamento com todo o seguimento horizontal, ou seja: se a paciente tem alguma alteração na mamografia, todo o processo de diagnóstico e tratamento do câncer de mama é conduzido da melhor forma dentro do próprio HA. Além disso, por meio das unidades móveis, conseguimos garantir o acesso de milhares de mulheres ao exame, o que pode mudar a vida delas. Da mesma forma, ao expandir as unidades para a região norte e nordeste do país, estamos levando a possibilidade de diagnóstico precoce para essas regiões, que apresentam números reduzidos de mamógrafos disponíveis”, conta o Dr. Idam.
A jornada da mulher na prevenção do HA
No Hospital de Amor – e em todas as suas unidades de prevenção espalhadas pelo país – não há a necessidade de pedido médico para a realização do exame de mamografia (desde que a paciente possua os critérios para a realização dele). O processo é simples:
1) A mulher faz a mamografia.
2) Caso o exame não evidencie alterações, a paciente recebe o resultado e as recomendações para a próxima realização.
Caso seja identificado alguma alteração, a paciente é convocada para retornar à unidade e prosseguir com a complementação, seja ela uma nova mamografia ou uma ultrassonografia.
3) Se confirmada a alteração, a paciente passa em consulta com o mastologista, que a orienta sobre a necessidade ou não de uma biópsia.
4) Confirmado o câncer por meio da biópsia, a paciente é orientada sobre a individualização e personalização do tratamento, pois, apesar de ter nome único “câncer de mama”, nenhum caso se comporta igual ao outro.
Nesse processo de individualização, os profissionais avaliam o estadiamento da doença (tamanho e acometimento dos linfonodos), idade da paciente, status menopausal, subtipo do câncer de mama (tumores com receptores hormonais, tumores HER2+ e triplo negativo), outras doenças da paciente e suas preferências.
5) Com isso, a equipe desenhada a estratégia do melhor tratamento, seja iniciar com a cirurgia ou, em alguns casos, com a quimioterapia.
O trabalho de rastreamento do Hospital de Amor tem início com a educação, destinada ao público feminino e aos profissionais de saúde das mais diversas cidades atendidas pela instituição. Além disso, em algumas localidades, a equipe do HA faz visita as mulheres resistentes à realização do exame, para esclarecer sobre os seus benefícios e aumentar a adesão. “Em todas as fases da jornada da mulher na prevenção, o Hospital de Amor oferece o que há de melhor e mais moderno, assegurando que, ao realizar um exame de mamografia, ela esteja com o melhor mamógrafo disponível, as técnicas de radiologia mais atualizadas e os médicos mais especializados. Todos dedicados para garantir que essa mulher tenha um diagnóstico precoce”, declara o mastologista.
Recomendação
Se você é mulher e tem entre 40 e 49 anos, faça sua mamografia anualmente. Se você é mulher e tem entre 50 e 69 anos, faça sua mamografia a cada dois anos. Consulte seu médico regulamente e esteja em dia com sua saúde!
Para saber mais, acesse: ha.com.vc/outubrorosa.
População: 10.885 habitantes – Atendimentos: 1.589
O 25º Leilão “Direito de Viver” de Pirangi (SP), realizado no dia 30/09/2024, sob a coordenação de José Antônio dos Santos, contou com 46 cabeças de gados e prendas, arrecadando R$319.965,39.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
Eles são responsáveis por tratar, analisar e estudar a mente humana, seus processos e comportamentos. Dentro de uma instituição oncológica, eles desempenham um papel fundamental junto ao paciente e seu familiar, cuidando da saúde mental de cada um, trazendo acolhimento e suporte para promover a melhora no enfrentamento da doença. Estamos falando sobre a atuação dos psicólogos!
Como neste mês celebra-se o ‘Setembro Amarelo’ – campanha de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio, que surgiu com o objetivo de quebrar tabus, reduzir estigmas, estimular que as pessoas busquem e ofereçam ajuda – o Hospital de Amor ressalta a importância do acompanhamento psicológico no tratamento de câncer.
Por ano, mais de 300 crianças são diagnosticadas com câncer apenas no Hospital de Amor Infantojuvenil, em Barretos (SP) – centro de referência no tratamento oncológico na América Latina. Foi pensando neste cenário que o diretor médico da unidade do HA, Dr. Luiz Fernando Lopes, idealizou um projeto junto ao St. Jude Children´s Research Hospital: o programa ‘Aliança Amarte’.
Para apresentar os resultados desta união científica, que há quatro anos busca as melhores estratégias para diagnóstico precoce e tratamento para pacientes infantojuvenis com câncer do mundo todo, aconteceu nos últimos dias 29 e 30 de agosto, na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata – FACISB – em Barretos (SP), o ‘IV Encontro Aliança Amarte’, com os representantes dos 30 centros participantes. “Nós começamos a Aliança em 2020 com 13 centros. Dois anos depois, passamos a contar com 25 centros e agora estamos finalizamos o biênio com esses mesmos 25 centros, mas já sabemos que a partir deste mês de setembro serão 33 centros começando a trabalhar junto conosco!”, afirmou o diretor.
O encontro contou com a presença de representantes do St. Jude Children’s Research Hospital – instituição localizada em Memphis (estado do Tennessee, nos Estados Unidos), referência mundial no tratamento de câncer infantojuvenil – além de profissionais de outros centros oncológicos e de pesquisa importantes do país.
De acordo com Dr. Luiz Fernando Lopes, o termo ‘Amarte’ significa: Apoio Maior, Aumentando Recursos e Treinamento Especializado. “O projeto representa a tentativa de aumentar a sobrevida de todas as crianças dos centros que estão envolvidos na Aliança, padronizando os protocolos de tratamento e diagnóstico de todas as entidades. Trata-se de um trabalho colaborativo entre vários segmentos, com profissionais de todas as áreas de saúde, que fazem reuniões para desenvolver as melhorias”, afirmou Dr. Luiz Fernando Lopes.
Para Paola Friedrich (membro do St. Jude Global), o apoio e a colaboração da instituição americana junto ao Hospital de Amor são fundamentais. “Essa colaboração é uma forma de transmitir tudo o que ensinamos e aprendemos. Podemos ler em um livro, em um artigo ou por meio de uma informação médica, mas se não conseguirmos ver na prática, se não conversamos e entendemos como tudo isso se aplica, não podemos realmente atender bem o paciente. E é isso que registramos com esse encontro, compartilhando ideias, aprendendo e ensinando para o melhor cuidado com o paciente”, declarou.
O oncologista pediátrico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Lauro Gregianin, esteve pelo segundo ano consecutivo no encontro Amarte. “Estou participando do meu segundo encontro Amarte, com a satisfação de poder dividir e compartilhar experiências com as maiores instituições em oncologia pediátrica do Brasil. Isso objetiva aumentar as chances de cura das nossas crianças com câncer”, explicou.
A estimativa é de que mais de 2 mil pacientes infantojuvenis possam receber a oportunidade de chegar a um destes centros precocemente, oferecendo exames mais sofisticados, criando registros de dados e aumentando as chances de cura.
Aliança Amarte
Dentre os pilares da ‘Aliança Amarte’, estão:
• Equalizar diagnósticos: disseminando, de forma colaborativa, as melhores práticas com base nas evidências científicas, para aprimorar a atenção em saúde de crianças e adolescentes com câncer mediante padronização de critérios diagnósticos; compartilhando tecnologias, processos, serviços e produtos que possam contribuir para a equalização do diagnóstico.
• Padronizar tratamento: ao desenvolver ações que levem inovação do modelo de gestão assistencial, visando a construção de diretrizes e protocolos clínicos baseados na melhor evidência científica disponível, aprimorando a qualidade da assistência e a segurança do paciente; além de desenvolver ações de formação, aprimoramento e capacitação de pessoal especializado na atenção pediátrica oncológica.
• Estudos epidemiológicos e de sobrevida: mantendo um banco de dados que permita o rastreamento do paciente com indicadores demográficos, de diagnóstico, estadiamento, tratamento e acompanhamento, entre outros, que possam mensurar a qualidade da assistência.
• Desenvolvimento científico e inovação: incentivando e/ou promovendo o desenvolvimento de pesquisa, visando a geração de novos conhecimentos e a transição para a assistência.
Aliança Global
Em setembro de 2021, o Hospital de Amor Infantojuvenil inaugurou um espaço exclusivo para os profissionais que atuam no centro de treinamento, ensino e pesquisa, em parceira com o Hospital St. Jude. O programa ‘Aliança Global’ é composto por sete regionais (México, América Sul, América Central, Eurásia, Oriente Médio, China e África) em prol da mesma causa: salvar vidas.
O espaço possui vários anfiteatros de diferentes tamanhos, salas para estudo, salas para reuniões (com a possibilidade de que todos visualizem as imagens obtidas nos microscópios) e salas de treinamentos – com microscopia anexada e bonecos simulando bebês e crianças em diferentes idades. O departamento também conta com uma enfermaria simulada para que enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e outros profissionais possam ser treinados com situações que possivelmente acontecerão na prática.
“O nosso centro de treinamento foi construído para se tornar um centro de excelência! Ali, a gente consegue oferecer treinamento para enfermeiros; treinamento para médicos da terapia intensiva; enfermaria simulada, onde nós temos bonecos que simulam pacientes graves; treinamento e morfologia com microscópio de 10 cabeças; e um auditório para dar ensino e capacitações”, finalizou o diretor médico da unidade infantojuvenil do HA.
População: 4.380 habitantes – Atendimentos: 448
O 14º Leilão “Direito de Viver” de Itajá (GO), realizado no dia 29/06/2024, sob a coordenação de Paulo Marcos da Silva e Jose Carlos Queiroz de Frutas, contou com 117 cabeças de gados, carneiro e prendas, arrecadando R$400,000.00.
Curiosidade: foi feito a corrente de um bezerro que rendeu mais de 20,000.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 7.782 habitantes – Atendimentos: 8
O 8º Leilão “Direito de Viver” de Gaúcha do Norte (MT), realizado no dia 1/9/2024, sob a coordenação de Izaias Lodi Rissini, contou com 82 cabeças de gados, carneiro e prendas, arrecadando R$151.041,00.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 1,669 Habitantes – Atendimentos: 71
O 21º Leilão “Direito de Viver” de Turmalina (SP), realizado no dia 28/04/2024, sob a coordenação de Aparecido Braz Rodrigues, contou com 46 cabeças de gados, arrecadando R$ 159,050.00.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 4,537 Habitantes – Atendimentos: 690
O 12º Leilão “Direito de Viver” de Alcinópolis (MS), realizado no dia 27/07/2024, sob a coordenação de Ildomar Carneiro Fernandes, contou com 400 cabeças de gados, arrecadando R$ 1.606.593,55.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
“Eu nunca ouvi o choro da Mariana depois da cirurgia. Um choro, algo tão simples! Foram cinco meses de absoluto silêncio, e isso foi muito difícil”, conta emocionada Fernanda Zeferino, mãe de Mariana Zeferino Silva, paciente do Hospital de Amor Infantojuvenil.
Receber um diagnóstico de câncer é muito difícil e abala toda a estrutura familiar, principalmente quando o diagnóstico é em uma criança de um ano e sete meses, como foi o caso de Mariana, carinhosamente chamada de ‘Maricota’. Fernanda e seu marido, Wagner do Nascimento Silva, receberam o diagnóstico de sua filha durante uma viagem em família. Foram 25 dias de internação em dois hospitais diferentes, em uma cidade onde estavam a passeio.
“Ela era um bebê, de um ano e sete meses, e tinha um tumor já de seis centímetros. Durante a viagem, ela começou a vomitar e sentir náuseas e o que mais nos estranhou foi quando ela andou apenas um metro e meio, desequilibrou e caiu. Na hora, pensei que era fraqueza. Foram 25 dias internada em dois hospitais diferentes, até que fizeram uma ressonância que revelou um tumor de seis centímetros e hidrocefalia (acúmulo de líquido nos ventrículos do cérebro)”, explica Fernanda.
Com o resultado da ressonância, foi solicitado o encaminhamento para o HA Infantojuvenil, que em dois dias recebeu a família em Barretos (SP).
Tratamento oncológico
No mesmo dia em que deu entrada no HA Infantojuvenil, em dezembro de 2022, Maricota foi submetida à primeira cirurgia. O tumor localizado na região do 4º ventrículo, uma cavidade com líquido entre o cerebelo e o tronco cerebral, comprimia essa cavidade, gerando hidrocefalia, causando uma pressão intracraniana elevada, uma condição que necessitava de tratamento urgente.
“Quando ela deu entrada no hospital, encaminhamos Mariana imediatamente para cirurgia. Colocamos um dreno externo provisório, chamado derivação ventricular externa, para aliviar a pressão intracraniana. Assim, ela pôde realizar exames adicionais e foi operada quatro dias depois para a retirada da lesão. Foi uma retirada completa e o resultado da biópsia foi ependimoma do grupo A, grau 2. Um tumor maligno, cujo principal tratamento é a cirurgia”, explica o coordenador da neurocirurgia pediátrica do HA Infantojuvenil, Dr. Carlos Roberto de Almeida Jr.
Devido ao quadro clínico, ‘Maricota’ ficou bastante debilitada e esse foi um dos momentos mais difíceis do tratamento, como conta Fernanda. “Foram cinco meses de absoluto silêncio e isso foi muito difícil. Ela voltou muito debilitada, não falava, não caminhava mais, não tinha expressão facial”.
Essas sequelas que ‘Maricota’ apresentou após a cirurgia de ressecção do tumor, eram provenientes dos sintomas que ela já sentia antes do diagnóstico, como explica o neurocirurgião pediátrico da unidade, Dr. Lucas Caetano Dias Lourenço. “As alterações e sequelas começaram antes do tratamento. Quanto maior o tempo entre o início dos sintomas neurológicos e o diagnóstico, maiores são as chances de danos ao sistema nervoso. Outro fator é a região em que o tumor se encontrava, próximo ao tronco cerebral. Esse tipo de cirurgia é extremamente difícil (as grandes séries mundiais indicam 40% a 50% de chances de remoção completa do ependimoma). Ela apresentou alterações de marcha, atraso no desenvolvimento da linguagem e paralisia facial periférica como sequelas”, afirma.
Após a recuperação da cirurgia, ‘Maricota’ iniciou o processo de reabilitação no Centro de Reabilitação do HA. Fisioterapia, equoterapia e fonoaudiologia foram fundamentais, promovendo um grande avanço em suas funções motoras. “Começamos a reabilitação com ela. No começo, era acompanhada pela tia Deise, depois passou para o tio Everton e Dilene, na equoterapia e fonoaudiologia. Todo esse tratamento foi um divisor de águas. Todo o apoio e a equipe multidisciplinar que o hospital nos ofereceu foram maravilhosos”, acrescenta a mãe Fernanda.
Recidiva
O principal medo dos pais da pequena ‘Maricota’ era a recidiva da doença e, infelizmente, nove meses depois da primeira ressecção, o mesmo tumor voltou. Durante esse período, além do tratamento de reabilitação, ela também realizava acompanhamento periódico no HA Infantojuvenil e, em um dos exames de rotina, foi identificada uma nova lesão no mesmo local.
“Durante quase um ano, Mariana ficou em acompanhamento, realizando exames de imagens periodicamente. Em um desses exames, descobrimos que a lesão havia voltado e estava crescendo. Ela foi reoperada, com a retirada completa da lesão e, para controlar a doença, foi submetida a sessões de radioterapia”, declara Dr. Lucas.
Fernanda conta que uma das preocupações com esse novo tumor era uma possível regressão de tudo que a filha havia evoluído com a reabilitação, mas a garotinha saiu da cirurgia melhor do que entrou. “A gente já tinha conseguido grandes avanços com ela na reabilitação e quando veio a recidiva, ficamos muito temerosos de uma regressão. Mas, novamente, com a intervenção de Deus, por meio do Dr. Carlos e do Dr. Lucas, foi realizada a ressecção completa do tumor e fomos encaminhados para radioterapia. Foram 30 sessões e, na idade dela, é necessário sedá-la. No entanto, ela foi sedada apenas nas duas primeiras sessões, nas outras, passou louvando a Deus, cantando e não teve nenhum sintoma. Para a honra e glória do Senhor, não houve nenhuma perda e ela saiu da cirurgia melhor do que entrou”, conta a mãe, emocionada ao relembrar os desafios enfrentados durante o tratamento da filha.
Os milagres da vida
No dicionário, a palavra milagre significa “acontecimento extraordinário, incomum ou formidável que não pode ser explicado pelas leis naturais”. Para Fernanda, o significado de milagre é a sua filha.
Após a recidiva, ‘Maricota’ retornou à reabilitação e, depois de alguns meses, tem surpreendido a todos ao seu redor. Recentemente, ela olhou nos olhos de seus pais, no sofá de casa, e disse: “Eu quero andar”, conta a mãe emocionada.
No início dessa história, mencionamos que ‘’Maricota’ teve algumas sequelas e, ao iniciar o tratamento de reabilitação, estava muito fraca, com dificuldade para se sustentar em pé, realizar os exercícios e andar. Lembra? Hoje, com três anos, ela evolui a cada sessão e voltar a andar foi um passo importante para sua recuperação.
A surpresa de voltar a andar não ficou restrita apenas aos pais, mas também à equipe de reabilitação da instituição. Pouco mais de uma semana após ‘Maricota’ ter levantado do sofá e começado a andar, ela tinha uma sessão de fisioterapia com Dr. Everton Horiquini, fisioterapeuta do Centro de Reabilitação do HA. Pois ela andou, sozinha, até o encontro dele, que declarou: “foi uma surpresa linda”!
“Ser fisioterapeuta é um presente de Deus. Estamos com os pacientes quase o tempo todo durante o tratamento e acompanhamos todos os processos. Assim, nos tornamos amigos da família, torcemos juntos, choramos juntos e colocamos as crianças do hospital em nossas orações. Quando podemos participar ativamente do processo de recuperação e não apenas como espectadores, é um sentimento incrível. ‘Maricota´ me presenteou com essa surpresa! Foi lindo!”, declara.
O processo de reabilitação é árduo, mas a pequena está se saindo muito bem. “Os passos ainda estão inseguros, mas ela é valente, é forte, e com certeza vai se desenvolver ainda mais ao longo do processo de reabilitação. ‘Maricota’, mais uma vez, mostrou o quanto é forte e se superou; agora ninguém segura, está andando para todo lado”, comenta Dr. Everton Horiquini.
Futuro brilhante
Além do tratamento de reabilitação, ‘Maricota’ continua seu acompanhamento no HA Infantojuvenil. “Os exames mais recentes não mostram tumor, ou seja, não há tumor remanescente. Ela está atualmente em fase de acompanhamento para vigilância, com imagens periodicamente, a cada 6 meses. Ela está em reabilitação, então o foco agora é esse: seguimento e reabilitação”, declara o coordenador da neurocirurgia pediátrica da unidade infantojuvenil, Dr. Carlos Roberto de Almeida Jr.
Fernanda e Wagner sabem que a filha ainda tem um longo caminho na reabilitação, mas mantêm a esperança e a fé de ver a pequena com um futuro brilhante. “Eu espero vê-la correr, formar, casar. Espero ver meus netos. Espero um futuro brilhante para ela. Espero que ela sempre se lembre do que Deus fez na vida dela, o milagre que ela é. Mariana é o milagre que o Senhor nos presenteou, e que ela leve para onde for o nome desse hospital que tanto nos amou. Porque aqui, realmente, encontramos amor”, declara Fernanda.
Ependimoma
O ependimoma é um tumor cerebral que normalmente se desenvolve a partir das células dos ventrículos ou da medula espinhal. Esse tipo de tumor é o terceiro mais comum em pediatria e, geralmente, as crianças diagnosticadas com ependimoma têm cerca de seis anos de idade. No entanto, em alguns casos, pode ocorrer em crianças com menos de três anos, como no caso de ‘Maricota’.
Os principais sintomas são:
– Dores de cabeça seguidas de vômitos, que costumam acordar as crianças à noite devido à dor.
– Alterações na marcha, com dificuldade para andar e perda de equilíbrio.
– Alterações visuais (visão dupla ou embaçamento da visão).
Dr. Carlos Roberto de Almeida Jr. ressalta que “todos esses sintomas devem levantar a suspeita de tumor cerebral em crianças. Quando são muito pequenas, com menos de dois anos, os principais sintomas são vômitos, dificuldades para andar ou atraso no desenvolvimento”.
O Hospital de Amor recebeu do Paulo, do município de Ribeirão Preto (SP), uma entrega de produtos alimentícios.
A instituição foi presenteada com 46 fardos de arroz e 1 caixa de bolacha. Essa doação especial é de extrema importância para o HA.
Agradecemos a generosidade de todos os envolvidos e o carinho com o Hospital!
Anualmente, no mês de outubro, toda a atenção se volta para a saúde da mulher, especialmente para a saúde mamária. Isso porque, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum na população feminina mundial, com cerca de 74 mil novos casos/ano e uma incidência crescente ao longo dos anos. Apesar dos números serem alarmantes, fatores associados ao não conhecimento da doença e suas formas de prevenção resultam em um diagnóstico cada vez mais tardio, em fase avançada.
Para conscientizar, educar e promover saúde não apenas às mulheres, mas a todas as pessoas, além de mudar os desfechos dos casos de câncer de mama no país, criou-se a campanha internacionalmente conhecida: ‘Outubro Rosa’. “Infelizmente, boa parte das pacientes (40%) são diagnosticadas em fase avançada da doença, o que implica em tratamentos de maior morbidade e mortalidade”, afirma o mastologista do Hospital de Amor, Dr. Idam Jr.
De acordo com o médico, o fator preponderante para transformar o câncer de mama de incurável para curável, é o diagnóstico precoce. “Isso faz com que a paciente tenha um tratamento menos complexo e mais ágil, o que favorece o retorno dela o mais rápido para as suas atividades habituais, como: trabalho, família e amigos”, explica Dr. Idam.
A eficácia da mamografia
Por meio dos exames preventivos, é possível realizar o diagnóstico da doença em uma fase assintomática, ou seja, quando a mulher não sente nenhuma alteração nas mamas. E aí vem a pergunta: qual deles é mais o eficaz?
Há muito tempo, diversos estudos vêm sendo realizados na tentativa de investigar o melhor exame para a detecção precoce do câncer de mama. Assim, a mamografia foi consagrada como o método que consegue diagnosticar este tipo de tumor em fases iniciais, permitindo maiores taxas de cura. Dados atuais mostram que, quando realizada de forma regular, a mamografia pode reduzir a mortalidade por câncer de mama em até 30%.
“Para a mamografia de rastreamento, ou seja, em mulheres assintomáticas, a indicação é a partir dos 40 anos de idade. Porém, há situações em que o exame pode ser indicado antes, principalmente em mulheres com alterações genéticas que aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama. Assim como qualquer outro exame, ela possui limitações que podem diminuir a sua eficácia na detecção do câncer de mama – seja pela qualidade do exame, seja pela experiência do médico que lauda, ou seja por fatores da própria paciente, como as que possuem mamas densas, por exemplo, em que há uma maior concentração de glândula mamária. De qualquer maneira é importante lembrar que: a mamografia não faz nenhum diagnóstico, ela seleciona as pacientes que precisam ou não de uma investigação por meio da biópsia”, alerta o mastologista.
Transformando o câncer de mama no país
Sempre conscientes de que ‘prevenção é o ano todo e em todos os lugares do Brasil’, o Hospital de Amor – referência em tratamento oncológico gratuito de excelência – possui o maior serviço de prevenção de câncer do país e uma estrutura completa focada em ensino e pesquisa. Atualmente, a instituição conta com 27 unidades fixas de prevenção e 52 unidades móveis para levar atendimento humanizado e de alta qualidade a quem mais precisa, sobretudo nas regiões mais remotas do Brasil.
Em mais de 60 anos de história, sendo mais de 30 deles dedicados a realização de um projeto incrível de rastreamento mamográfico e busca ativa (o maior da América Latina), que visam reduzir as desigualdades de acesso à saúde e salvar milhares de vidas, a instituição vem transformando a realidade do câncer de mama no país. “Somos a única instituição do Brasil que desenvolve um projeto de rastreamento com todo o seguimento horizontal, ou seja: se a paciente tem alguma alteração na mamografia, todo o processo de diagnóstico e tratamento do câncer de mama é conduzido da melhor forma dentro do próprio HA. Além disso, por meio das unidades móveis, conseguimos garantir o acesso de milhares de mulheres ao exame, o que pode mudar a vida delas. Da mesma forma, ao expandir as unidades para a região norte e nordeste do país, estamos levando a possibilidade de diagnóstico precoce para essas regiões, que apresentam números reduzidos de mamógrafos disponíveis”, conta o Dr. Idam.
A jornada da mulher na prevenção do HA
No Hospital de Amor – e em todas as suas unidades de prevenção espalhadas pelo país – não há a necessidade de pedido médico para a realização do exame de mamografia (desde que a paciente possua os critérios para a realização dele). O processo é simples:
1) A mulher faz a mamografia.
2) Caso o exame não evidencie alterações, a paciente recebe o resultado e as recomendações para a próxima realização.
Caso seja identificado alguma alteração, a paciente é convocada para retornar à unidade e prosseguir com a complementação, seja ela uma nova mamografia ou uma ultrassonografia.
3) Se confirmada a alteração, a paciente passa em consulta com o mastologista, que a orienta sobre a necessidade ou não de uma biópsia.
4) Confirmado o câncer por meio da biópsia, a paciente é orientada sobre a individualização e personalização do tratamento, pois, apesar de ter nome único “câncer de mama”, nenhum caso se comporta igual ao outro.
Nesse processo de individualização, os profissionais avaliam o estadiamento da doença (tamanho e acometimento dos linfonodos), idade da paciente, status menopausal, subtipo do câncer de mama (tumores com receptores hormonais, tumores HER2+ e triplo negativo), outras doenças da paciente e suas preferências.
5) Com isso, a equipe desenhada a estratégia do melhor tratamento, seja iniciar com a cirurgia ou, em alguns casos, com a quimioterapia.
O trabalho de rastreamento do Hospital de Amor tem início com a educação, destinada ao público feminino e aos profissionais de saúde das mais diversas cidades atendidas pela instituição. Além disso, em algumas localidades, a equipe do HA faz visita as mulheres resistentes à realização do exame, para esclarecer sobre os seus benefícios e aumentar a adesão. “Em todas as fases da jornada da mulher na prevenção, o Hospital de Amor oferece o que há de melhor e mais moderno, assegurando que, ao realizar um exame de mamografia, ela esteja com o melhor mamógrafo disponível, as técnicas de radiologia mais atualizadas e os médicos mais especializados. Todos dedicados para garantir que essa mulher tenha um diagnóstico precoce”, declara o mastologista.
Recomendação
Se você é mulher e tem entre 40 e 49 anos, faça sua mamografia anualmente. Se você é mulher e tem entre 50 e 69 anos, faça sua mamografia a cada dois anos. Consulte seu médico regulamente e esteja em dia com sua saúde!
Para saber mais, acesse: ha.com.vc/outubrorosa.
População: 10.885 habitantes – Atendimentos: 1.589
O 25º Leilão “Direito de Viver” de Pirangi (SP), realizado no dia 30/09/2024, sob a coordenação de José Antônio dos Santos, contou com 46 cabeças de gados e prendas, arrecadando R$319.965,39.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
Eles são responsáveis por tratar, analisar e estudar a mente humana, seus processos e comportamentos. Dentro de uma instituição oncológica, eles desempenham um papel fundamental junto ao paciente e seu familiar, cuidando da saúde mental de cada um, trazendo acolhimento e suporte para promover a melhora no enfrentamento da doença. Estamos falando sobre a atuação dos psicólogos!
Como neste mês celebra-se o ‘Setembro Amarelo’ – campanha de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio, que surgiu com o objetivo de quebrar tabus, reduzir estigmas, estimular que as pessoas busquem e ofereçam ajuda – o Hospital de Amor ressalta a importância do acompanhamento psicológico no tratamento de câncer.
Por ano, mais de 300 crianças são diagnosticadas com câncer apenas no Hospital de Amor Infantojuvenil, em Barretos (SP) – centro de referência no tratamento oncológico na América Latina. Foi pensando neste cenário que o diretor médico da unidade do HA, Dr. Luiz Fernando Lopes, idealizou um projeto junto ao St. Jude Children´s Research Hospital: o programa ‘Aliança Amarte’.
Para apresentar os resultados desta união científica, que há quatro anos busca as melhores estratégias para diagnóstico precoce e tratamento para pacientes infantojuvenis com câncer do mundo todo, aconteceu nos últimos dias 29 e 30 de agosto, na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata – FACISB – em Barretos (SP), o ‘IV Encontro Aliança Amarte’, com os representantes dos 30 centros participantes. “Nós começamos a Aliança em 2020 com 13 centros. Dois anos depois, passamos a contar com 25 centros e agora estamos finalizamos o biênio com esses mesmos 25 centros, mas já sabemos que a partir deste mês de setembro serão 33 centros começando a trabalhar junto conosco!”, afirmou o diretor.
O encontro contou com a presença de representantes do St. Jude Children’s Research Hospital – instituição localizada em Memphis (estado do Tennessee, nos Estados Unidos), referência mundial no tratamento de câncer infantojuvenil – além de profissionais de outros centros oncológicos e de pesquisa importantes do país.
De acordo com Dr. Luiz Fernando Lopes, o termo ‘Amarte’ significa: Apoio Maior, Aumentando Recursos e Treinamento Especializado. “O projeto representa a tentativa de aumentar a sobrevida de todas as crianças dos centros que estão envolvidos na Aliança, padronizando os protocolos de tratamento e diagnóstico de todas as entidades. Trata-se de um trabalho colaborativo entre vários segmentos, com profissionais de todas as áreas de saúde, que fazem reuniões para desenvolver as melhorias”, afirmou Dr. Luiz Fernando Lopes.
Para Paola Friedrich (membro do St. Jude Global), o apoio e a colaboração da instituição americana junto ao Hospital de Amor são fundamentais. “Essa colaboração é uma forma de transmitir tudo o que ensinamos e aprendemos. Podemos ler em um livro, em um artigo ou por meio de uma informação médica, mas se não conseguirmos ver na prática, se não conversamos e entendemos como tudo isso se aplica, não podemos realmente atender bem o paciente. E é isso que registramos com esse encontro, compartilhando ideias, aprendendo e ensinando para o melhor cuidado com o paciente”, declarou.
O oncologista pediátrico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Lauro Gregianin, esteve pelo segundo ano consecutivo no encontro Amarte. “Estou participando do meu segundo encontro Amarte, com a satisfação de poder dividir e compartilhar experiências com as maiores instituições em oncologia pediátrica do Brasil. Isso objetiva aumentar as chances de cura das nossas crianças com câncer”, explicou.
A estimativa é de que mais de 2 mil pacientes infantojuvenis possam receber a oportunidade de chegar a um destes centros precocemente, oferecendo exames mais sofisticados, criando registros de dados e aumentando as chances de cura.
Aliança Amarte
Dentre os pilares da ‘Aliança Amarte’, estão:
• Equalizar diagnósticos: disseminando, de forma colaborativa, as melhores práticas com base nas evidências científicas, para aprimorar a atenção em saúde de crianças e adolescentes com câncer mediante padronização de critérios diagnósticos; compartilhando tecnologias, processos, serviços e produtos que possam contribuir para a equalização do diagnóstico.
• Padronizar tratamento: ao desenvolver ações que levem inovação do modelo de gestão assistencial, visando a construção de diretrizes e protocolos clínicos baseados na melhor evidência científica disponível, aprimorando a qualidade da assistência e a segurança do paciente; além de desenvolver ações de formação, aprimoramento e capacitação de pessoal especializado na atenção pediátrica oncológica.
• Estudos epidemiológicos e de sobrevida: mantendo um banco de dados que permita o rastreamento do paciente com indicadores demográficos, de diagnóstico, estadiamento, tratamento e acompanhamento, entre outros, que possam mensurar a qualidade da assistência.
• Desenvolvimento científico e inovação: incentivando e/ou promovendo o desenvolvimento de pesquisa, visando a geração de novos conhecimentos e a transição para a assistência.
Aliança Global
Em setembro de 2021, o Hospital de Amor Infantojuvenil inaugurou um espaço exclusivo para os profissionais que atuam no centro de treinamento, ensino e pesquisa, em parceira com o Hospital St. Jude. O programa ‘Aliança Global’ é composto por sete regionais (México, América Sul, América Central, Eurásia, Oriente Médio, China e África) em prol da mesma causa: salvar vidas.
O espaço possui vários anfiteatros de diferentes tamanhos, salas para estudo, salas para reuniões (com a possibilidade de que todos visualizem as imagens obtidas nos microscópios) e salas de treinamentos – com microscopia anexada e bonecos simulando bebês e crianças em diferentes idades. O departamento também conta com uma enfermaria simulada para que enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e outros profissionais possam ser treinados com situações que possivelmente acontecerão na prática.
“O nosso centro de treinamento foi construído para se tornar um centro de excelência! Ali, a gente consegue oferecer treinamento para enfermeiros; treinamento para médicos da terapia intensiva; enfermaria simulada, onde nós temos bonecos que simulam pacientes graves; treinamento e morfologia com microscópio de 10 cabeças; e um auditório para dar ensino e capacitações”, finalizou o diretor médico da unidade infantojuvenil do HA.
População: 4.380 habitantes – Atendimentos: 448
O 14º Leilão “Direito de Viver” de Itajá (GO), realizado no dia 29/06/2024, sob a coordenação de Paulo Marcos da Silva e Jose Carlos Queiroz de Frutas, contou com 117 cabeças de gados, carneiro e prendas, arrecadando R$400,000.00.
Curiosidade: foi feito a corrente de um bezerro que rendeu mais de 20,000.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 7.782 habitantes – Atendimentos: 8
O 8º Leilão “Direito de Viver” de Gaúcha do Norte (MT), realizado no dia 1/9/2024, sob a coordenação de Izaias Lodi Rissini, contou com 82 cabeças de gados, carneiro e prendas, arrecadando R$151.041,00.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 1,669 Habitantes – Atendimentos: 71
O 21º Leilão “Direito de Viver” de Turmalina (SP), realizado no dia 28/04/2024, sob a coordenação de Aparecido Braz Rodrigues, contou com 46 cabeças de gados, arrecadando R$ 159,050.00.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 4,537 Habitantes – Atendimentos: 690
O 12º Leilão “Direito de Viver” de Alcinópolis (MS), realizado no dia 27/07/2024, sob a coordenação de Ildomar Carneiro Fernandes, contou com 400 cabeças de gados, arrecadando R$ 1.606.593,55.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
“Eu nunca ouvi o choro da Mariana depois da cirurgia. Um choro, algo tão simples! Foram cinco meses de absoluto silêncio, e isso foi muito difícil”, conta emocionada Fernanda Zeferino, mãe de Mariana Zeferino Silva, paciente do Hospital de Amor Infantojuvenil.
Receber um diagnóstico de câncer é muito difícil e abala toda a estrutura familiar, principalmente quando o diagnóstico é em uma criança de um ano e sete meses, como foi o caso de Mariana, carinhosamente chamada de ‘Maricota’. Fernanda e seu marido, Wagner do Nascimento Silva, receberam o diagnóstico de sua filha durante uma viagem em família. Foram 25 dias de internação em dois hospitais diferentes, em uma cidade onde estavam a passeio.
“Ela era um bebê, de um ano e sete meses, e tinha um tumor já de seis centímetros. Durante a viagem, ela começou a vomitar e sentir náuseas e o que mais nos estranhou foi quando ela andou apenas um metro e meio, desequilibrou e caiu. Na hora, pensei que era fraqueza. Foram 25 dias internada em dois hospitais diferentes, até que fizeram uma ressonância que revelou um tumor de seis centímetros e hidrocefalia (acúmulo de líquido nos ventrículos do cérebro)”, explica Fernanda.
Com o resultado da ressonância, foi solicitado o encaminhamento para o HA Infantojuvenil, que em dois dias recebeu a família em Barretos (SP).
Tratamento oncológico
No mesmo dia em que deu entrada no HA Infantojuvenil, em dezembro de 2022, Maricota foi submetida à primeira cirurgia. O tumor localizado na região do 4º ventrículo, uma cavidade com líquido entre o cerebelo e o tronco cerebral, comprimia essa cavidade, gerando hidrocefalia, causando uma pressão intracraniana elevada, uma condição que necessitava de tratamento urgente.
“Quando ela deu entrada no hospital, encaminhamos Mariana imediatamente para cirurgia. Colocamos um dreno externo provisório, chamado derivação ventricular externa, para aliviar a pressão intracraniana. Assim, ela pôde realizar exames adicionais e foi operada quatro dias depois para a retirada da lesão. Foi uma retirada completa e o resultado da biópsia foi ependimoma do grupo A, grau 2. Um tumor maligno, cujo principal tratamento é a cirurgia”, explica o coordenador da neurocirurgia pediátrica do HA Infantojuvenil, Dr. Carlos Roberto de Almeida Jr.
Devido ao quadro clínico, ‘Maricota’ ficou bastante debilitada e esse foi um dos momentos mais difíceis do tratamento, como conta Fernanda. “Foram cinco meses de absoluto silêncio e isso foi muito difícil. Ela voltou muito debilitada, não falava, não caminhava mais, não tinha expressão facial”.
Essas sequelas que ‘Maricota’ apresentou após a cirurgia de ressecção do tumor, eram provenientes dos sintomas que ela já sentia antes do diagnóstico, como explica o neurocirurgião pediátrico da unidade, Dr. Lucas Caetano Dias Lourenço. “As alterações e sequelas começaram antes do tratamento. Quanto maior o tempo entre o início dos sintomas neurológicos e o diagnóstico, maiores são as chances de danos ao sistema nervoso. Outro fator é a região em que o tumor se encontrava, próximo ao tronco cerebral. Esse tipo de cirurgia é extremamente difícil (as grandes séries mundiais indicam 40% a 50% de chances de remoção completa do ependimoma). Ela apresentou alterações de marcha, atraso no desenvolvimento da linguagem e paralisia facial periférica como sequelas”, afirma.
Após a recuperação da cirurgia, ‘Maricota’ iniciou o processo de reabilitação no Centro de Reabilitação do HA. Fisioterapia, equoterapia e fonoaudiologia foram fundamentais, promovendo um grande avanço em suas funções motoras. “Começamos a reabilitação com ela. No começo, era acompanhada pela tia Deise, depois passou para o tio Everton e Dilene, na equoterapia e fonoaudiologia. Todo esse tratamento foi um divisor de águas. Todo o apoio e a equipe multidisciplinar que o hospital nos ofereceu foram maravilhosos”, acrescenta a mãe Fernanda.
Recidiva
O principal medo dos pais da pequena ‘Maricota’ era a recidiva da doença e, infelizmente, nove meses depois da primeira ressecção, o mesmo tumor voltou. Durante esse período, além do tratamento de reabilitação, ela também realizava acompanhamento periódico no HA Infantojuvenil e, em um dos exames de rotina, foi identificada uma nova lesão no mesmo local.
“Durante quase um ano, Mariana ficou em acompanhamento, realizando exames de imagens periodicamente. Em um desses exames, descobrimos que a lesão havia voltado e estava crescendo. Ela foi reoperada, com a retirada completa da lesão e, para controlar a doença, foi submetida a sessões de radioterapia”, declara Dr. Lucas.
Fernanda conta que uma das preocupações com esse novo tumor era uma possível regressão de tudo que a filha havia evoluído com a reabilitação, mas a garotinha saiu da cirurgia melhor do que entrou. “A gente já tinha conseguido grandes avanços com ela na reabilitação e quando veio a recidiva, ficamos muito temerosos de uma regressão. Mas, novamente, com a intervenção de Deus, por meio do Dr. Carlos e do Dr. Lucas, foi realizada a ressecção completa do tumor e fomos encaminhados para radioterapia. Foram 30 sessões e, na idade dela, é necessário sedá-la. No entanto, ela foi sedada apenas nas duas primeiras sessões, nas outras, passou louvando a Deus, cantando e não teve nenhum sintoma. Para a honra e glória do Senhor, não houve nenhuma perda e ela saiu da cirurgia melhor do que entrou”, conta a mãe, emocionada ao relembrar os desafios enfrentados durante o tratamento da filha.
Os milagres da vida
No dicionário, a palavra milagre significa “acontecimento extraordinário, incomum ou formidável que não pode ser explicado pelas leis naturais”. Para Fernanda, o significado de milagre é a sua filha.
Após a recidiva, ‘Maricota’ retornou à reabilitação e, depois de alguns meses, tem surpreendido a todos ao seu redor. Recentemente, ela olhou nos olhos de seus pais, no sofá de casa, e disse: “Eu quero andar”, conta a mãe emocionada.
No início dessa história, mencionamos que ‘’Maricota’ teve algumas sequelas e, ao iniciar o tratamento de reabilitação, estava muito fraca, com dificuldade para se sustentar em pé, realizar os exercícios e andar. Lembra? Hoje, com três anos, ela evolui a cada sessão e voltar a andar foi um passo importante para sua recuperação.
A surpresa de voltar a andar não ficou restrita apenas aos pais, mas também à equipe de reabilitação da instituição. Pouco mais de uma semana após ‘Maricota’ ter levantado do sofá e começado a andar, ela tinha uma sessão de fisioterapia com Dr. Everton Horiquini, fisioterapeuta do Centro de Reabilitação do HA. Pois ela andou, sozinha, até o encontro dele, que declarou: “foi uma surpresa linda”!
“Ser fisioterapeuta é um presente de Deus. Estamos com os pacientes quase o tempo todo durante o tratamento e acompanhamos todos os processos. Assim, nos tornamos amigos da família, torcemos juntos, choramos juntos e colocamos as crianças do hospital em nossas orações. Quando podemos participar ativamente do processo de recuperação e não apenas como espectadores, é um sentimento incrível. ‘Maricota´ me presenteou com essa surpresa! Foi lindo!”, declara.
O processo de reabilitação é árduo, mas a pequena está se saindo muito bem. “Os passos ainda estão inseguros, mas ela é valente, é forte, e com certeza vai se desenvolver ainda mais ao longo do processo de reabilitação. ‘Maricota’, mais uma vez, mostrou o quanto é forte e se superou; agora ninguém segura, está andando para todo lado”, comenta Dr. Everton Horiquini.
Futuro brilhante
Além do tratamento de reabilitação, ‘Maricota’ continua seu acompanhamento no HA Infantojuvenil. “Os exames mais recentes não mostram tumor, ou seja, não há tumor remanescente. Ela está atualmente em fase de acompanhamento para vigilância, com imagens periodicamente, a cada 6 meses. Ela está em reabilitação, então o foco agora é esse: seguimento e reabilitação”, declara o coordenador da neurocirurgia pediátrica da unidade infantojuvenil, Dr. Carlos Roberto de Almeida Jr.
Fernanda e Wagner sabem que a filha ainda tem um longo caminho na reabilitação, mas mantêm a esperança e a fé de ver a pequena com um futuro brilhante. “Eu espero vê-la correr, formar, casar. Espero ver meus netos. Espero um futuro brilhante para ela. Espero que ela sempre se lembre do que Deus fez na vida dela, o milagre que ela é. Mariana é o milagre que o Senhor nos presenteou, e que ela leve para onde for o nome desse hospital que tanto nos amou. Porque aqui, realmente, encontramos amor”, declara Fernanda.
Ependimoma
O ependimoma é um tumor cerebral que normalmente se desenvolve a partir das células dos ventrículos ou da medula espinhal. Esse tipo de tumor é o terceiro mais comum em pediatria e, geralmente, as crianças diagnosticadas com ependimoma têm cerca de seis anos de idade. No entanto, em alguns casos, pode ocorrer em crianças com menos de três anos, como no caso de ‘Maricota’.
Os principais sintomas são:
– Dores de cabeça seguidas de vômitos, que costumam acordar as crianças à noite devido à dor.
– Alterações na marcha, com dificuldade para andar e perda de equilíbrio.
– Alterações visuais (visão dupla ou embaçamento da visão).
Dr. Carlos Roberto de Almeida Jr. ressalta que “todos esses sintomas devem levantar a suspeita de tumor cerebral em crianças. Quando são muito pequenas, com menos de dois anos, os principais sintomas são vômitos, dificuldades para andar ou atraso no desenvolvimento”.