Atravessar o oceano Atlântico para poder aprimorar os conhecimentos em um centro oncológico que é referência na América Latina, foi uma grande conquista alcançada por duas enfermeiras de Moçambique, na África. Graças a uma parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as profissionais Esperança Fátima Carma A. Guambe, de 53 anos, e Mendriciana Xavier Guambe, de 28, iniciaram, em dezembro de 2018, um treinamento focado em técnicas de radioterapia, no departamento de Radioterapia do Hospital de Amor.
Moçambique, que está localizado no sudoeste da África, também já foi uma antiga colônia portuguesa. Atualmente, possui 29 milhões de habitantes e uma expectativa de vida inferior a 55 anos de idade. A taxa de pobreza do país é considerada alta: cerca de 54%, com Índice de Desenvolvimento Humano em 0.415. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população de Moçambique sofre com doenças transmissíveis, possui altos índices de mortalidade materna e acidentes que representam 66% de óbitos no país. O câncer é responsável por 4% das mortes, porém, embora o número seja baixo em relação às outras causas, ainda são precárias as condições de rastreio para diagnóstico precoce, atendimento e tratamento oncológico, dificultando as possibilidades de cura dos pacientes.
Segundo as enfermeiras moçambicanas, que atuam no maior hospital do país africano – o Hospital Central de Maputo, situado em Maputo (capital do país) – o tratamento radioterápico (uma das principais formas de terapia para combate ao câncer) ainda não é oferecido aos pacientes de lá. “Quando a equipe médica indica a radioterapia como uma parte do processo do tratamento, apenas os pacientes que possuem recursos financeiros conseguem fazer, pois é necessário realizar o deslocamento para outros países, como a África do Sul, por exemplo”, relatou Mendriciana.
As amigas, que nunca haviam saído do continente africano, ficaram extremamente surpresas ao se depararem com a estrutura e com os equipamentos altamente tecnológicos do Hospital de Amor. Desde dezembro do ano passado na instituição, as profissionais ficarão até o mês de julho, acompanhadas pela equipe de enfermagem do HA, atuando como enfermeiras observacionais e tendo a oportunidade de participar de treinamentos sobre procedimentos de radioterapia. “É nítida a diferença em quase todas as coisas por aqui. As pessoas são muito bacanas, a relação entre colaboradores é de muita gentileza e a relação entre médicos e pacientes é amigável e muito admirável. Fiquei muito surpresa! Espero aprender muito nesses 6 meses, para poder aplicar esse conhecimento lá em Moçambique”, declarou Esperança.
Para a enfermeira do departamento de radioterapia do Hospital, Franciele de Oliveira Gomes, essa troca de experiências é muito importante para ambas as partes. “É notável a falta de acessibilidade e tecnologia no local em que a Esperança e a Mendriciana atuam, por isso, o cronograma de atividades delas aqui no HA inclui o trabalho observacional no setor de radioterapia (por um período de 3 meses) e no de oncologia clínica (por mais 3 meses). Além disso, as moçambicanas conhecerão a cidade de Barretos e outros locais da região”, disse Franciele.
Esperança
A enfermeira, cujo nome reflete o motivo da vinda das duas profissionais africanas para o Brasil, não só realizou o sonho de conhecer o país latino-americano, como também está tendo a chance de aprimorar suas habilidades e levar aprendizado para sua terra natal. Para Esperança, essa experiência está ligada a uma grande responsabilidade, que ela pretende honrar na sua volta a Moçambique. “Creio que é um grande passo poder levar conhecimento ao nosso país. Minha esperança é de que esse discernimento possa ser compartilhado de uma maneira profissional, didática e, como aprendi aqui, com muito amor”, finalizou.
O Instituto de Ensino de Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor iniciou o ano com uma grande novidade para os colaboradores da instituição: o Mestrado Profissional. A nova modalidade de pós-graduação, que tem como tema ‘Inovação em Saúde’, traz outro diferencial muito importante: não é restrita apenas a profissionais da área da saúde, ou seja, é destinada a todos os segmentos assistenciais do HA, visando possibilitar ao pós-graduando condições para o desenvolvimento de estudos que demonstrem o domínio dos instrumentos conceituais, técnicos e metodológicos essenciais na sua área.
De acordo com o diretor de ensino do IEP, Dr. Ricardo Reis, a nova modalidade foi aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (CAPES) no dia 27 de dezembro do último ano e possui a mesma validação e titulação que o mestrado acadêmico. “Apesar de títulos semelhantes, os mestrados possuem objetivos diferentes. O acadêmico tem a função de explicar algum estudo ou pesquisa; já o profissional, é responsável por explicar e, o mais importante, aplicar um determinado tema de pesquisa. Por isso, a ideia é abranger todas as áreas de atuação do Hospital de Amor”, relatou Reis.
Os alunos do mestrado serão estimulados a desenvolver estudos, protocolos, aplicativos e técnicas voltadas para a melhora dos seus desempenhos, com o intuito de atingir altos níveis profissionais. Durante o curso, serão valorizadas as produções artísticas, desenvolvimento de aplicativos para saúde, revisões sistemáticas, artigos científicos, patentes, registros de propriedade intelectual, projetos de elaboração de técnicas, elaboração de protocolos e fluxogramas, publicações de inovações tecnológicas, desenvolvimento de materiais didáticos, educacionais e de instrução, elaboração de processos, produção de programas de mídia, elaboração de softwares, estudos de casos, criação de manuais para operações técnicas, desenvolvimento de protocolo experimental ou de aplicação em serviços, proposta de criação de dispositivos para melhorar procedimentos clínicos ou de serviço e projetos para desenvolvimento ou produção de instrumentos.
“A nossa intenção é despertar no aluno um tipo especial de interesse pela pesquisa e desenvolvimento de produtos, ao ponto que ele possa incluí-la, naturalmente, em sua rotina de trabalho como um elo entre as diferentes etapas de ganho constante de conhecimento e a aplicação dele na prática diária. Dessa forma, um colaborador dos departamentos de engenharia, enfermagem, tecnologia da informação, comunicação, entre tantos outros, pode iniciar a modalidade de mestrado profissional. Basta ter um estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do HA e, a partir de então, com o auxílio de um orientador, iniciar a especialização stricto sensu.
Linhas de Pesquisa
O programa de ‘Mestrado Profissional – Inovação em Saúde’ está estruturado em torno de cinco linhas de pesquisa que abrangem a saúde da comunidade. São elas:
I – Redes em Saúde: Criação, Disseminação e Integração;
II – Informática e Tecnologia;
III – Políticas em Saúde Assistencial;
IV – Prevenção e Políticas de Promoção a Saúde;
V – Reabilitação, Qualidade de Vida e Medicina Integrativa.
Para participar do curso de especialização, os candidatos devem ser colaboradores contratados do Hospital de Amor, Santa Casa de Misericórdia de Barretos, Unidades Básicas de Saúde subordinadas ao HA, serem bolsistas ou terem dedicação exclusiva ao programa de pós-graduação da instituição. “A nossa dica para aqueles que estão interessados em cursar o mestrado é para que desenvolvam seus projetos de pesquisa junto aos seus orientadores (todos eles vinculados à nova modalidade) e enviem para a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Assim, no momento em que abrirem as inscrições, os candidatos já estão com o processo aprovado e preparados para cursar”, explicou o diretor de ensino.
Expectativas
Apesar de, inicialmente, o curso ser destinado aos colaboradores do Hospital de Amor, a expectativa é de que seja aberto ao público e possa abranger o Brasil inteiro, como já acontece com o mestrado acadêmico da instituição. “Nós já temos mais de 30 professores/orientadores dentro do mestrado profissional e diversos centros querendo enviar alunos para a especialização. O plano é de que, nos próximos dois meses, a equipe organize a estrutura do programa (secretariado, disciplinas, professores, locais onde as aulas serão ministradas, etc.) para que em abril a 1ª turma (com aproximadamente 40 alunos) seja aberta”, declarou Reis.
Os interessados podem entrar em contato com o departamento de Pós-Graduação do Hospital de Amor, através do e-mail ‘posgrad@hcancerbarretos.com.br’, além de ficarem atentos às informações do site www.hospitaldeamor.com.br.
“Estamos todos muito felizes com essa fantástica inovação, que irá contribuir com o aprimoramento dos profissionais e dos serviços prestados pela instituição”, finalizou o Dr. Ricardo Reis.
Atravessar o oceano Atlântico para poder aprimorar os conhecimentos em um centro oncológico que é referência na América Latina, foi uma grande conquista alcançada por duas enfermeiras de Moçambique, na África. Graças a uma parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as profissionais Esperança Fátima Carma A. Guambe, de 53 anos, e Mendriciana Xavier Guambe, de 28, iniciaram, em dezembro de 2018, um treinamento focado em técnicas de radioterapia, no departamento de Radioterapia do Hospital de Amor.
Moçambique, que está localizado no sudoeste da África, também já foi uma antiga colônia portuguesa. Atualmente, possui 29 milhões de habitantes e uma expectativa de vida inferior a 55 anos de idade. A taxa de pobreza do país é considerada alta: cerca de 54%, com Índice de Desenvolvimento Humano em 0.415. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população de Moçambique sofre com doenças transmissíveis, possui altos índices de mortalidade materna e acidentes que representam 66% de óbitos no país. O câncer é responsável por 4% das mortes, porém, embora o número seja baixo em relação às outras causas, ainda são precárias as condições de rastreio para diagnóstico precoce, atendimento e tratamento oncológico, dificultando as possibilidades de cura dos pacientes.
Segundo as enfermeiras moçambicanas, que atuam no maior hospital do país africano – o Hospital Central de Maputo, situado em Maputo (capital do país) – o tratamento radioterápico (uma das principais formas de terapia para combate ao câncer) ainda não é oferecido aos pacientes de lá. “Quando a equipe médica indica a radioterapia como uma parte do processo do tratamento, apenas os pacientes que possuem recursos financeiros conseguem fazer, pois é necessário realizar o deslocamento para outros países, como a África do Sul, por exemplo”, relatou Mendriciana.
As amigas, que nunca haviam saído do continente africano, ficaram extremamente surpresas ao se depararem com a estrutura e com os equipamentos altamente tecnológicos do Hospital de Amor. Desde dezembro do ano passado na instituição, as profissionais ficarão até o mês de julho, acompanhadas pela equipe de enfermagem do HA, atuando como enfermeiras observacionais e tendo a oportunidade de participar de treinamentos sobre procedimentos de radioterapia. “É nítida a diferença em quase todas as coisas por aqui. As pessoas são muito bacanas, a relação entre colaboradores é de muita gentileza e a relação entre médicos e pacientes é amigável e muito admirável. Fiquei muito surpresa! Espero aprender muito nesses 6 meses, para poder aplicar esse conhecimento lá em Moçambique”, declarou Esperança.
Para a enfermeira do departamento de radioterapia do Hospital, Franciele de Oliveira Gomes, essa troca de experiências é muito importante para ambas as partes. “É notável a falta de acessibilidade e tecnologia no local em que a Esperança e a Mendriciana atuam, por isso, o cronograma de atividades delas aqui no HA inclui o trabalho observacional no setor de radioterapia (por um período de 3 meses) e no de oncologia clínica (por mais 3 meses). Além disso, as moçambicanas conhecerão a cidade de Barretos e outros locais da região”, disse Franciele.
Esperança
A enfermeira, cujo nome reflete o motivo da vinda das duas profissionais africanas para o Brasil, não só realizou o sonho de conhecer o país latino-americano, como também está tendo a chance de aprimorar suas habilidades e levar aprendizado para sua terra natal. Para Esperança, essa experiência está ligada a uma grande responsabilidade, que ela pretende honrar na sua volta a Moçambique. “Creio que é um grande passo poder levar conhecimento ao nosso país. Minha esperança é de que esse discernimento possa ser compartilhado de uma maneira profissional, didática e, como aprendi aqui, com muito amor”, finalizou.
O Instituto de Ensino de Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor iniciou o ano com uma grande novidade para os colaboradores da instituição: o Mestrado Profissional. A nova modalidade de pós-graduação, que tem como tema ‘Inovação em Saúde’, traz outro diferencial muito importante: não é restrita apenas a profissionais da área da saúde, ou seja, é destinada a todos os segmentos assistenciais do HA, visando possibilitar ao pós-graduando condições para o desenvolvimento de estudos que demonstrem o domínio dos instrumentos conceituais, técnicos e metodológicos essenciais na sua área.
De acordo com o diretor de ensino do IEP, Dr. Ricardo Reis, a nova modalidade foi aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (CAPES) no dia 27 de dezembro do último ano e possui a mesma validação e titulação que o mestrado acadêmico. “Apesar de títulos semelhantes, os mestrados possuem objetivos diferentes. O acadêmico tem a função de explicar algum estudo ou pesquisa; já o profissional, é responsável por explicar e, o mais importante, aplicar um determinado tema de pesquisa. Por isso, a ideia é abranger todas as áreas de atuação do Hospital de Amor”, relatou Reis.
Os alunos do mestrado serão estimulados a desenvolver estudos, protocolos, aplicativos e técnicas voltadas para a melhora dos seus desempenhos, com o intuito de atingir altos níveis profissionais. Durante o curso, serão valorizadas as produções artísticas, desenvolvimento de aplicativos para saúde, revisões sistemáticas, artigos científicos, patentes, registros de propriedade intelectual, projetos de elaboração de técnicas, elaboração de protocolos e fluxogramas, publicações de inovações tecnológicas, desenvolvimento de materiais didáticos, educacionais e de instrução, elaboração de processos, produção de programas de mídia, elaboração de softwares, estudos de casos, criação de manuais para operações técnicas, desenvolvimento de protocolo experimental ou de aplicação em serviços, proposta de criação de dispositivos para melhorar procedimentos clínicos ou de serviço e projetos para desenvolvimento ou produção de instrumentos.
“A nossa intenção é despertar no aluno um tipo especial de interesse pela pesquisa e desenvolvimento de produtos, ao ponto que ele possa incluí-la, naturalmente, em sua rotina de trabalho como um elo entre as diferentes etapas de ganho constante de conhecimento e a aplicação dele na prática diária. Dessa forma, um colaborador dos departamentos de engenharia, enfermagem, tecnologia da informação, comunicação, entre tantos outros, pode iniciar a modalidade de mestrado profissional. Basta ter um estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do HA e, a partir de então, com o auxílio de um orientador, iniciar a especialização stricto sensu.
Linhas de Pesquisa
O programa de ‘Mestrado Profissional – Inovação em Saúde’ está estruturado em torno de cinco linhas de pesquisa que abrangem a saúde da comunidade. São elas:
I – Redes em Saúde: Criação, Disseminação e Integração;
II – Informática e Tecnologia;
III – Políticas em Saúde Assistencial;
IV – Prevenção e Políticas de Promoção a Saúde;
V – Reabilitação, Qualidade de Vida e Medicina Integrativa.
Para participar do curso de especialização, os candidatos devem ser colaboradores contratados do Hospital de Amor, Santa Casa de Misericórdia de Barretos, Unidades Básicas de Saúde subordinadas ao HA, serem bolsistas ou terem dedicação exclusiva ao programa de pós-graduação da instituição. “A nossa dica para aqueles que estão interessados em cursar o mestrado é para que desenvolvam seus projetos de pesquisa junto aos seus orientadores (todos eles vinculados à nova modalidade) e enviem para a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Assim, no momento em que abrirem as inscrições, os candidatos já estão com o processo aprovado e preparados para cursar”, explicou o diretor de ensino.
Expectativas
Apesar de, inicialmente, o curso ser destinado aos colaboradores do Hospital de Amor, a expectativa é de que seja aberto ao público e possa abranger o Brasil inteiro, como já acontece com o mestrado acadêmico da instituição. “Nós já temos mais de 30 professores/orientadores dentro do mestrado profissional e diversos centros querendo enviar alunos para a especialização. O plano é de que, nos próximos dois meses, a equipe organize a estrutura do programa (secretariado, disciplinas, professores, locais onde as aulas serão ministradas, etc.) para que em abril a 1ª turma (com aproximadamente 40 alunos) seja aberta”, declarou Reis.
Os interessados podem entrar em contato com o departamento de Pós-Graduação do Hospital de Amor, através do e-mail ‘posgrad@hcancerbarretos.com.br’, além de ficarem atentos às informações do site www.hospitaldeamor.com.br.
“Estamos todos muito felizes com essa fantástica inovação, que irá contribuir com o aprimoramento dos profissionais e dos serviços prestados pela instituição”, finalizou o Dr. Ricardo Reis.