O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo, sendo uma das principais causas de morte entre adultos, jovens e crianças. E os números seguem uma crescente por motivos diversos, incluindo fatores hereditários e ambientais.
Números estimados
O número de casos novos de câncer infantojuvenil estimado para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 7.930, o que corresponde a um risco estimado de 134,81 por milhão de crianças e adolescentes. Estimam-se 4.230 casos novos no sexo masculino e de 3.700 no sexo feminino. Esses valores correspondem a um risco estimado de 140,50 casos novos por milhão de crianças do sexo masculino e de 128,87 por milhão do sexo feminino. O câncer infantojuvenil no sexo masculino será mais frequente na Região Sul (153,29 por milhão), seguido pelas regiões Sudeste (145,61 por milhão), Centro-oeste (143,89 por milhão), Nordeste (138,10 por milhão) e Norte (111,10 por milhão). Para o sexo feminino, a Região Sul (151,19 por milhão) tem a maior incidência, seguida pelas Regiões Sudeste (144,11 por milhão), Centro-oeste (128,19 por milhão), Nordeste (114,23 por milhão) e Norte (87,56 por milhão).
Mortalidade
O câncer já é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, representando 8% do total de óbitos nessa faixa etária.
Desafios
A descoberta tardia da doença e a dificuldade de acesso a centros especializados são obstáculos significativos. Além disso, o diagnóstico preciso e as novas terapias são áreas que precisam de atenção contínua.
Diagnóstico precoce, uma janela de esperança
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas. Segundo o Dr. Luiz Fernando Lopes, diretor do Hospital de Amor Infantojuvenil, o diagnóstico precoce pode salvar a vida da criança. “A maioria dos tumores pediátricos iniciam-se com sinais muito parecidos com sinais de outras doenças que são comuns na criança e com isso podem muitas vezes confundir os pais. Se estes pais forem alertados, assim como os professores nas escolas e toda comunidade, aumenta a chance de alguma pessoa perceber algo na criança.” e ressalta, “A chegada tardia a um centro especializado pode tirar da criança a chance de cura ou diminuir bastante essa chance”.
Sintomas
Fique atento a sinais como perda de peso inexplicada, dores persistentes, febre prolongada, manchas na pele, inchaços e sangramentos anormais.
Papel dos pais e profissionais de saúde
Os pais devem estar atentos aos sintomas e buscar assistência médica imediatamente. Os profissionais de saúde têm um papel crucial na identificação precoce e encaminhamento para tratamento especializado.
Tipos de câncer infantojuvenil
O câncer na criança e no adolescente (entre 0 e 19 anos), ou câncer infantojuvenil, corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais, que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o infantojuvenil é predominantemente de natureza embrionária e, geralmente, afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Um dos tipos mais comuns de câncer infantojuvenil e que é o mais tratado na unidade do Hospital de Amor em Barretos (SP), é o cerebral, com taxas de curas acima da média nacional, ainda segundo o Dr. Luiz Fernando.
“Embora leucemias agudas sejam as mais prevalentes em quase todos os países e os tumores cerebrais os que estão em segundo lugar, em Barretos temos mais tumores cerebrais que chegam em aqui para tratamento. Estes tumores exigem sofisticação técnica para trata-los: equipe especializada que analisa em laboratório o componente genético (e o tratamento adequado depende destes estudos), exige neurocirurgiões habilitados em tumores cerebrais pediátricos, médicos e enfermeiros que cuidam exclusivamente destes tumores). As taxas de cura dos tumores cerebrais em Barretos é maior do que a média nacional”.
• Leucemia
A leucemia é caracterizada pela produção excessiva de células brancas anormais, superpovoando a medula óssea e impedindo que as células normais sejam produzidas, provocando infecções, palidez, sangramentos, dor nos ossos e articulações, fadiga, fraqueza, febre e perda de peso.
• Tumores do sistema nervoso central
Os tumores do sistema nervoso central, cérebro e cerebelo são os tumores sólidos mais frequentes na infância e representam aproximadamente 20% dos cânceres infantis. Podem causar dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva ou dupla, tontura e dificuldade para caminhar ou manipular objetos. O diagnóstico do tipo exato de tumor é feito durante a cirurgia. Entretanto, imagens feitas com ressonância magnética podem sugerir os diferentes tipos de tumores nestas regiões do sistema nervoso central.
• Linfoma não Hodgkin
Conhecido como câncer do sistema linfático, pode estar presente em qualquer parte do corpo, principalmente no tórax e abdômen. Na barriga, pode causar parada de evacuações e dor na região. Quando o linfoma é no tórax, pode causar tosse ou falta de ar. Ao ser diagnosticado precocemente, o índice de cura é de 80%.
• Doença de Hodgkin
É um tumor que acomete gânglios e baço, sendo mais frequente em adolescentes. A maioria dos casos se inicia com adenomegalias, que são ínguas com crescimento progressivo. A criança pode apresentar febre prolongada e perda de peso. O diagnóstico do linfoma é feito por meio de biópsia de um gânglio aumentado. O tratamento é realizado com quimioterapia e radioterapia. Atualmente, em cada 100 crianças tratadas, 85 ficam completamente curadas.
• Neuroblastoma
Na maioria dos casos, acomete lactentes (crianças que ainda se alimentam do leite materno) e menores de 10 anos. O tumor pode se iniciar em qualquer lugar, mas geralmente aparece na barriga, tórax, pescoço ou próximo à coluna vertebral. É notado como inchaço, podendo também causar dor óssea e febre. Os tumores que crescem próximos da coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina. Todos os tumores do abdômen podem ser confundidos com verminose. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, indica-se radioterapia e transplante de medula.
• Tumor de Wilms
Na maioria dos casos, acomete lactentes (crianças que ainda se alimentam do leite materno) e menores de 10 anos. O tumor pode se iniciar em qualquer lugar, mas geralmente aparece na barriga, tórax, pescoço ou próximo à coluna vertebral. É notado como inchaço, podendo também causar dor óssea e febre. Os tumores que crescem próximos da coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina. Todos os tumores do abdômen podem ser confundidos com verminose. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, indica-se radioterapia e transplante de medula.
• Tumores ósseos
Os tipos mais comuns são Sarcoma de Ewing e Osteossarcoma. O local mais frequente é acima ou abaixo do joelho. Provocam dor óssea, que piora à noite ou com atividade e inchaço na área ao redor do osso. A pele pode ficar vermelha e quente e, quando o tumor cresce, é possível ver inchaço no local. Podem ser confundidos principalmente com infecções ou dores de crescimento. Para diagnosticá-los, é necessário realizar raio X do local doloroso e biópsia com agulha sem cortar a pele. O tratamento é realizado com cirurgia e quimioterapia. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura para até 70%.
• Retinoblastoma
No retinoblastoma, um sinal importante é o chamado “reflexo do olho do gato”, que é o embranquecimento da pupila quando esta é exposta à luz. Geralmente, acomete crianças antes dos 3 anos. Atualmente, a pesquisa desse reflexo pode ser feita desde a fase de recém-nascido. Alguns retinoblastomas são hereditários. Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças devem ser examinadas por um oftalmologista experiente a partir do nascimento, para que o diagnóstico seja o mais precoce possível.
“Passos que Salvam”
A campanha Passos que Salvam tem como objetivo conscientizar a população de mais de 300 cidades em todo o Brasil, sobre a importância do diagnóstico precoce dos vários tipos de câncer infantojuvenil. Trata-se da maior mobilização simultânea de conscientização sobre o câncer do Brasil. A caminhada acontece anualmente no mês de novembro.
Mais informações
Para orientações sobre agendamento e atendimento na unidade Infantojuvenil no Hospital de Amor, entre em contato pelo WhatsApp: (17) 3321-5403.
Por ano, em média, 300 crianças são diagnosticadas com câncer apenas no Hospital de Amor Infantojuvenil, em Barretos (SP) – centro de referência em tratamento oncológico na América Latina. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer infantojuvenil já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Porém, o câncer também pode ser desenvolvido na fase inicial da vida. Nestes casos, há dois cenários: tumores em bebês intraúteros e tumores em bebês lactentes. Os intraúteros ocorrem quando a mulher está gravida e o bebê está com um tumor; já os lactentes acontecem quando o câncer se desenvolve em crianças recém-nascidas, sendo a leucemia o tipo mais comum nesses casos.
Quando se pensa em câncer, logo se pensa em prevenção também, mas em casos de câncer infantojuvenil, este é um assunto delicado. Em relação aos tumores intraúteros e em lactentes, existem fatores de risco que podem estar associados à exposição da mãe ou do pai a agentes cancerígenos, ou a alimentos ingeridos na gravidez que estejam associados à carcinogênese. Há também tumores que derivam de alterações que acontecem durante a embriogênese e não estão relacionados às exposições parentais, como por exemplo, os tumores de células germinativas – frequentes em intraúteros na região sacral ou de cabeça e pescoço.
De acordo com o diretor médico da unidade infantojuvenil do HA, Dr. Luiz Fernando Lopes, as células germinativas primordiais na quarta semana da gravidez devem migrar do cérebro até às gônadas, mas, por mecanismos ainda não totalmente identificados, podem parar sua migração e sofrer alteração genética, dando origem aos tumores de células germinativas que acontecem intraútero, na infância ou na adolescência.
De acordo com o Journal SAGE, os teratomas sacrococcígeos são os tumores de células germinativas mais comum em neonatos (crianças recém-nascidas), ocorrendo em, aproximadamente, 1 em 27.000 nascidos vivos, com prevalência no sexo feminino. Ao nascer, a grande maioria dos teratomas são benignos, porém, ele é capaz de manifestar degeneração maligna (e isso pode ocorrer em crianças com idade avançada também).
No caso das leucemias, mais comum entre os lactentes, o exame de sangue em recém-nascidos ou até 18 meses pode identificar facilmente as alterações; e o exame do mielograma irá confirmar se trata-se de um caso de leucemia de lactente.
No caso dos teratomas, o tratamento é cirúrgico. Importante destacar a necessidade do procedimento ser realizado por um cirurgião oncológico especialista, já que a retirada total do tumor e acompanhamento do paciente são essenciais. Isso porque poucos teratomas possuem componentes malignos, mas se os profissionais não conseguirem removê-lo completamente, há uma grande probabilidade de o tumor voltar maligno após um tempo.
Desfilar na passarela, atrair muitos olhares, brilhar e ser protagonista dos holofotes faz parte do sonho de muitas jovens. Com a Ingrid Assis não é diferente! Natural do Amapá (AP), a adolescente de 15 anos parece ser uma jovem comum, mas apenas parece, pois tem algo de realeza nesta história de superação. Cheia de sonhos, desenvolta e muito vaidosa, ela precisou se mudar para Barretos (SP) para dar início ao seu tratamento de osteossarcoma na tíbia direita, em março de 2022.
Elenita de Oliveira Silva, mãe da Ingrid e técnica em enfermagem, revela que a filha começou a apresentar dores no joelho. Após perceber que havia algo de errado com a jovem, ela então a levou para fazer exames e investigar o caso, foi quando receberam o diagnóstico de um tumor. Ao não ter recursos para um bom tratamento na sua cidade de origem e após receber o apoio de um parente que atua como médico ortopedista em Sorocaba (SP), e que conhece o HA, ele a ajudou nos tramites; foi quando a família da jovem decidiu se mudar para o interior de São Paulo.
“Eu conheci o HA por meio de um primo que me falou que o Hospital de Amor é um ótimo hospital e que tem um dos melhores tratamentos do Brasil. Vim para o estado de São Paulo ano passado e, na época, eu ainda não tinha certeza de que eu estava com câncer”, conta a jovem. Inicialmente, a esperança da família da garota é de que o tumor fosse benigno, mas infelizmente, a biópsia resultou em algo oposto ao desejo deles.“Na minha cabeça, era vir a Barretos, tirar o tumor e voltar para casa, achei que seria algo rápido, nada que mudasse a minha vida”, revela a adolescente. No entanto, após os exames foi constatado que o tumor era maligno e deste modo, a garota precisou passar pelo tratamento durante 31 semanas.
Ingrid explica que precisou fazer quimioterapia e que sofreu com a queda de cabelo e com tudo que os procedimentos oncológicos trazem aos pacientes. No meio desta jornada, a jovem precisou realizar uma operação na unidade infantojuvenil do HA. Ela fez a cirurgia, porém, devido à uma infecção, houve a necessidade da amputação da perna dela. “As pessoas aqui do hospital são muito acolhedoras e os médicos são atenciosos. No dia da minha amputação, meu pai me disse que o meu cirurgião quase chorou pela minha situação. Me sinto muito abraçada no Hospital de Amor”, relata a macapaense, sempre com um belo sorriso no rosto.
“Hoje ela é uma vencedora, graças a Deus e a este hospital. Eu estou muito feliz de ver como ela está e com a reabilitação dela. A fisioterapia aqui é maravilhosa. São processos e fases que ela tem vivido. Participar do concurso do rodeio trouxe mais ânimo e alegria para ela. Eu só tenho que agradecer a este local que nos acolheu tão bem”, conta Elenita ao ver a evolução de ver sua filha com a prótese.
Recomeço de uma nova história
Em abril deste ano, a jovem iniciou seu processo de reabilitação no HA, foi quando ela recebeu sua primeira prótese para poder voltar andar normalmente. A paciente conta com o apoio de uma equipe multiprofissional e da ‘Tia Deise’, como é carinhosamente conhecida a fisioterapeuta do HA, Deiseane Bonatelli. “A gente procura oferecer todo suporte necessário para que ela tenha uma maior independência na vida dela, para que ela possa fazer todas as necessidades possíveis”, conta Deise.
A profissional também revela a alegria de poder ajudar a garota a participar de um grande desafio. “Eu me sinto muito feliz de ver ela rainha do Rodeio pela Vida. Quando ela disse que iria entrar no concurso, eu combinei com ela para voltar aqui e treinar para andar bem bonito no dia da competição. Ela voltou, nós treinamos e ela venceu. Eu me sinto muito feliz por ela”, explica com os olhos marejados a ‘Tia’ que é muito querida por todos os pacientes, desde crianças, adultos e idosos.
Quando perguntada sobre o processo de aprendizado de voltar a andar, Ingrid, de imediato responde com um lindo sorriso no rosto: “Não tem limite. O seu limite é você mesmo, mas a prótese não te limita. Eu conheço um homem, pela internet, que escala com prótese”.
Mas engana-se quem pensa que Ingrid não tinha pisado em solo barretense antes de seu tratamento. “Eu vim a Barretos em 2019, para participar de um evento da igreja no qual congrego e nunca imaginei que eu voltaria para cá por outro motivo. É difícil, mas quando a gente entrega tudo nas mãos de Deus, tudo fica mais leve. Eu não sei até hoje porque eu perdi a minha perna, mas eu confio em Deus e sei que tudo tem um propósito”.
A competição e seu reinado
No início do ano, o HA abriu as inscrições para a 3ª edição do Rodeio Pela Vida 2023 – evento que acontece em Barretos (SP) e é organizado pela instituição, com renda 100% em prol do Hospital de Amor. Incentivada pela ‘Tia Lili’, uma das organizadoras do evento ‘Fadas Madrinhas’, Ingrid tomou coragem e fez sua inscrição.
Inicialmente, ela disse acreditar que no máximo ficaria no 3º lugar, pois o páreo parecia duro. Ao ser revelado seu nome como a rainha do rodeio, ela não escondeu a surpresa e ficou em êxtase. “Estou muito feliz de ter sido eleita a rainha, se puder, eu quero muito conhecer o padre Fábio de Mello e dar um abraço nele”, explica a garota entusiasmada.
Ao lado de Ingrid, o concurso elegeu a princesa, Jamily Yasmin Peres do Nascimento, e a madrinha Raquel Galvão de Oliveira. A 3ª edição do “Rodeio Pela Vida” teve início no dia 7 de junho e termina no dia 11 de junho, no Recinto Paulo de Lima Correa. Quando questionada sobre um conselho que a rainha daria para pessoas que estão passando pelo mesmo enfrentamento que recentemente ela concluiu, ela não titubeia e logo responde: “Se você está passando por um problema, confie em Deus que vai dar tudo certo.”
Oferecer tratamento de qualidade e de maneira humanizada é rotina no Hospital de Amor, principalmente, porque é comum haver o aumento de ansiedade antes e durante qualquer procedimento realizado pelos pacientes, sobretudo quando esses pacientes são crianças e adolescentes. Segundo o médico cirurgião pediátrico do HA, Dr. Wilson Oliveira Junior, no Brasil, são mais de 12 mil casos por ano de crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, que passarão por procedimentos invasivos, como coletas de sangue, quimioterapias e cirurgias, apenas no tratamento oncológica.
Com o objetivo de poder oferecer mais conforto para esses pacientes da unidade infantojuvenil, em Barretos (SP), onde são diagnosticados cerca de 300 novos casos por ano, os profissionais do HA, em parceria com o estúdio Goblin e sob liderança do Dr. Wilson, desenvolveram o projeto ‘O chamado do Herói’, que, com o uso da realidade virtual, permite que o paciente esteja em outro ‘universo’ durante a realização do procedimento, possibilitando, assim, que ele sinta a sensação no mundo real, mas com um significado também no jogo.
O desenvolvedor de jogos e um dos fundadores da Goblin, Chris Silva, revela que o projeto ainda passa por adaptação e melhorias, mas o game que foi criado do zero especialmente para as crianças que tratam no HA já traz muitos benefícios. Além da felicidade que vem trazendo aos pequenos, ‘O chamado do Herói’ ficou em 2º lugar no programa Centelha, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Segundo o especialista do HA, nenhum outro hospital brasileiro (seja da rede particular ou SUS) oferece serviço semelhante ou equivalente às crianças com câncer. “A possibilidade de redução de dor e ansiedade das crianças e seus familiares traz efeitos benéficos a curto, médio e longo prazo, o que além de suavizar o tratamento e melhorar a dignidade dos indivíduos, traz redução de custos hospitalares, por exemplo, menos medicações para anestesia ou redução da dor, além do impacto extremamente positivo na vida social destes pacientes após o término do tratamento”, explica o médico. Ele conta, ainda, que todas as crianças acima de 3 anos, em tratamento para o câncer, podem ser beneficiadas com esta solução apresentada pelo programa.
“Até o momento, a aplicação foi oferecida a oito crianças que necessitaram de anestesia para realização de procedimento de quimioterapia intra-tecal”, conta o Dr. Wilson. O médico explica que a utilização dos óculos reduziu de forma expressiva a ansiedade da criança (e de seus pais) desde antes da entrada no Centro Cirúrgico, se mantendo e facilitando todo o processo”. Ao final, todas as crianças convidadas para participar da experiência relataram que o procedimento foi divertido e que em uma próxima vez que necessitassem de anestesia, elas iriam com muito mais tranquilidade ao Centro Cirúrgico do HA.
O enfrentamento da doença
O médico detalha que a trajetória da criança com câncer, de um modo geral, desde o diagnóstico até a cura (ou a paliação com dignidade) é um longo caminho, uma jornada hercúlea, digna de grandes heróis míticos. “O nosso projeto vem suavizar esta jornada. Esse programa nasceu por meio da observação do sofrimento diário das crianças com câncer diante dos inúmeros procedimentos que são submetidas todos os dias”, conta Wilson.
De acordo com o cirurgião, crianças com câncer, por realizarem inúmeros procedimentos invasivos que necessitam de anestesia, tendem a apresentar quadros ansiosos potencialmente exacerbados. Este quadro pode trazer inúmeros prejuízos para os pacientes, prejudicando a adesão e o tratamento em si. Desta forma, buscar métodos de redução de ansiedade é um desafio para a equipe envolvida no cuidado da criança, dentre estes métodos, aqueles que promovem distração antes e durante os procedimentos, especialmente, por meio de métodos audiovisuais, possuem um bom resultado.
Oliveira explica que o produto, ainda em desenvolvimento e validação, faz parte do projeto de Mestrado Profissional de Inovação em Saúde do HA da médica anestesiologista pediátrica do Hospital de Amor infantojuvenil, Dra. Leticia Bachette, e além de ser inovador por usar tecnologia de realidade virtual imersiva, será o pioneiro na sua aplicação em crianças oncológicas.
Em busca de uma solução para o alívio da dor e da ansiedade que a criança e seus familiares sofrem, sabe-se que atividades lúdicas são formas de ajudar as crianças a entender todo o procedimento que será submetida, ajudando-as a processar emoções, sentimentos e preocupações de uma forma mais fácil e menos ameaçadora. O médico comenta que dentro desse contexto, o uso da gamificação, que se utiliza da interação associada a um design de jogo num contexto que não seja de jogo, transforma procedimentos traumáticos, como uma punção venosa, por exemplo, em uma experiencia prazerosa e divertida. Para facilitar este processo, o uso de tecnologias imersas como a Realidade Virtual (RV) estende o ambiente sensorial da criança simulando a realidade física através da tecnologia.
Segundo o cirurgião, no “O Chamado do Herói”, a intenção é que a criança seja a protagonista da própria aventura. Quando for submetida a algum procedimento que envolva algo desconfortável, ela será transportada a um mundo de fantasia 3D, através do uso dos óculos VR, unindo as duas realidades, por meio da distração e da sensação tátil, visando transformar o que é sentido fisicamente em uma aventura no mundo virtual, a fim de combater os altos níveis de ansiedade e estresse relacionados a doença e seu tratamento. Por consequência também auxilia o círculo familiar mais próximo durante o processo.
Para o médico, a utilização de ferramentas de inovação tecnológica buscando transportar a criança em tratamento oncológico, no momento de seu sofrimento a um mundo de fantasia, fundindo animação em RV, com sensação tátil do tratamento, traz uma nova perspectiva de cuidado humanizado para a ‘Oncologia Pediátrica’, em todas as suas vertentes de cuidado. “De acordo com a filosofia do Hospital de Amor, a unidade infantojuvenil é o lugar ideal para esta ideia germinar e se desenvolver”, finaliza Dr. Wilson.
A importância do Harena Inovação
Para o Dr. Wilson, a participação do time do Harena (Centro de Inovação do HA), é essencial para a aceleração do projeto. “Com o auxílio gestor do Harena Inovação, Centro de Inovação Aberta do Hospital de Amor que seleciona, acelera e conecta startups inovadoras das áreas da saúde (atualmente com mais de 65 startups em seu portfólio), foi criado um Grupo de Trabalho em Realidade Virtual (RV) e o cuidado da criança com câncer, composto por médicos, desenvolvedores de games e pesquisadores, contribuem para a validação científica e uma comercialização posterior da ferramenta para diversos hospitais do país.
Por ano, em média, 300 crianças são diagnosticadas com câncer apenas no Hospital de Amor Infantojuvenil, em Barretos (SP) – centro de referência no tratamento oncológico na América Latina. Foi pensando neste atual cenário que o diretor médico da unidade do HA, Dr. Luiz Fernando Lopes, idealizou um projeto junto ao St. Jude Children´s Research Hospital: o programa ‘Aliança Amarte’.
Para apresentar os resultados desta união científica, que há dois anos busca as melhores estratégias para diagnóstico precoce e tratamento para pacientes infantojuvenis com câncer do mundo todo, aconteceu neste 2 de setembro, em Barretos (SP), o “II Encontro Aliança Amarte”, com os representantes dos 25 centros participantes (até então, eram apenas 13 centros envolvidos). Dentre eles, estiveram presentes o chefe do departamento Global de pediatria do St. Jude Children’s Research Hospital – hospital referência mundial no tratamento de câncer infantojuvenil – Dr. Carlos Rodriguez Galindo, além de representantes do Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba (PR), Hospital da Criança de Brasília José Alencar (DF), Hospital das Clínicas Porto Alegre (RS), GRAACC São Paulo (SP), entre outros centros oncológicos e de pesquisa importantes do país.
De acordo com o diretor médico do HA, o termo ‘Amarte’ significa: Apoio Maior, Aumentando Recursos e Treinamento Especializado. “A iniciativa representa a tentativa de aumentar a sobrevida de todas as crianças dos centros que estão envolvidos na Aliança, padronizando os protocolos de tratamento e diagnóstico de todas as entidades. Trata-se de um trabalho colaborativo entre vários segmentos, com profissionais da área jurídica, serviço social e todas as outras de saúde, que fazem reuniões mensalmente para desenvolver as melhorias”, afirmou Dr. Luiz Fernando Lopes.
Para o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, a parceria de longa data com o St. Jude é, assim como tantas outras, feita pela providência. “Nós compartilhamos os mesmos ideias e missão, e é por isso que nos orgulhamos de, hoje, dar um novo passo nessa história que trará os melhores tratamentos não apenas para os nossos pacientes, mas para pacientes de outros centros de referência de toda América Latina”, declarou.
Aliança Amarte
Dentre os pilares da ‘Aliança Amarte’, estão:
• Equalizar diagnósticos: disseminando, de forma colaborativa, as melhores práticas com base nas evidências científicas, para aprimorar a atenção em saúde de crianças e adolescentes com câncer mediante padronização de critérios diagnósticos; compartilhando tecnologias, processos, serviços e produtos que possam contribuir para a equalização do diagnóstico.
• Padronizar tratamento: ao desenvolver ações que levem inovação do modelo de gestão assistencial, visando a construção de diretrizes e protocolos clínicos baseados na melhor evidência científica disponível, aprimorando a qualidade da assistência e a segurança do paciente; além de desenvolver ações de formação, aprimoramento e capacitação de pessoal especializado na atenção pediátrica oncológica.
• Estudos epidemiológicos e de sobrevida: mantendo um banco de dados que permita o rastreamento do paciente com indicadores demográficos, de diagnóstico, estadiamento, tratamento e acompanhamento, entre outros, que possam mensurar a qualidade da assistência.
• Desenvolvimento científico e inovação: incentivando e/ou promovendo o desenvolvimento de pesquisa, visando a geração de novos conhecimentos e a transição para a assistência.
Lopes explicou, que quando sugeriu a criação do projeto ‘Aliança Amarte’, ele conversou diretamente com a diretoria do St. Jude, por meio do programa global deles, que tem o objetivo de chegar a todas as crianças de várias regiões do mundo, como a Ásia, Eurásia, África e América do Sul. “O alvo deste programa é ter todos os centros do Brasil dentro da aliança, a fim de contribuir com o trabalho que já desenvolve protocolos para cuidar de crianças que tratam de tumor cerebral, molecular e meduloblastoma. Além disso, os profissionais de cuidados paliativos da aliança criaram um grupo de orientação destinado aos pais desses pacientes, em um trabalho em conjunto. A expectativa, é de que todas as crianças e adolescentes que enfrentam câncer sejam tratados da mesma maneira no mundo inteiro, começando pelos pacientes que já fazem parte dos centros participantes do projeto”, contou o diretor médico.
A estimativa é de que mais de 2 mil pacientes infantojuvenis possam receber a oportunidade de chegar a um destes centros precocemente, oferecendo exames mais sofisticados, criando registros de dados e aumentando as chances de cura.
Aliança Global
Em setembro de 2021, o Hospital de Amor Infantojuvenil inaugurou um espaço exclusivo para os profissionais que atuam no centro de treinamento, ensino e pesquisa, em parceira com o Hospital St. Jude. O programa ‘Aliança Global’ é composto por sete regionais (México, América Sul, América Central, Eurásia, Oriente Médio, China e África) em prol da mesma causa: salvar vidas.
O espaço possui vários anfiteatros de diferentes tamanhos, salas para estudo, salas para reuniões (com a possibilidade de que todos visualizem as imagens obtidas nos microscópios) e salas de treinamentos – com microscopia anexada e bonecos simulando bebês e crianças em diferentes idades. O novo departamento também conta com uma enfermaria simulada para que enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e outros profissionais possam ser treinados com situações que possivelmente acontecerão na prática.
Cerimônia
Após o “II Encontro Aliança Amarte” (St. Jude Global), as entidades se reuniram para a assinatura do “Acordo de Cooperação entre instituições médicas de saúde para tratamento do câncer infantojuvenil”. Durante a cerimônia, o chefe do departamento Global de pediatria do St. Jude Children’s Research Hospital, Dr. Carlos Rodriguez Galindo, declarou que toda a equipe do centro americano sente-se realizada e gratificada com o sucesso dessa importante parceria!
Para abrilhantar o evento, a cantora lírica, apresentadora, ex-paciente oncológica e grande parceira do HA, Giovanna Maira, contou sua história e cantou músicas clássicas de sucesso, ao lado do coral “Acordes Vocais” – do Instituto Sociocultural do Hospital de Amor – emocionando todos os participantes.
Confira o nome das instituições envolvidas:
Bahia
Hospital Santa Casa de Misericórdia de Itabuna – Hospital Manoel Novaes
Hospital Martagão Gesteira
Hospital Santa Isabel
Ceará
Hospital Infantil Albert Sabin
Distrito Federal
Hospital da Criança de Brasília José Alencar
Minas Gerais
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Geras
Hospital Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia
Pernambuco
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP
Hospital Universitário Oswaldo Cruz
Paraná
União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer – UOPECCAN
Hospital Erastinho
Hospital Pequeno Príncipe
Rio Grande do Norte
Liga Norteriograndense contra o câncer
Rondônia
Hospital de Amor Amazonia
Rio Grande do Sul
Hospital São Vicente de Paulo – Passo Fundo
Hospital das Clínicas Porto Alegre
Santa Catarina
Hospital Joana de Gusmão
Hospital Regional do Oeste – Chapecó
São Paulo
Hospital de Amor Infantojuvenil
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu
Hospital Amaral Carvalho
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
GACC – Grupo de assistência à Criança com Câncer
GRAACC
Neste dia 24 de setembro, o Hospital de Amor, em Barretos (SP), deu mais um grande passo para o atendimento de excelência aos pacientes oncológicos infantojuvenis ao inaugurar seu novo centro de treinamento, ensino e pesquisa: o ‘Aliança Global em Pediatria’. Junto ao Hospital St. Jude – instituição americana referência em tratamento oncológico de crianças e adolescentes no mundo e parceira de longa data do HA – o programa ‘Aliança Global’ foi criado composto por sete regionais (México, América Sul, América Central, Eurásia, Oriente Médio, China e África) em prol de uma causa.
De acordo com o diretor do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, o HA (regional América do Sul) e o St. Jude desenvolveram a ‘Aliança Amarte’, que é a união entre 13 entidades do Brasil, das cinco regiões brasileiras, com objetivo de encontrar ferramentas para equalizar diagnóstico e tratamento, oferecer oportunidade para que mais de 2.000 novas crianças cheguem, por ano, em um desses centros. “A palavra Amarte é um acrônimo, que significa: Apoio Maior, Aumentando Recursos e Tratamento Especializado. Nesse contexto, o ‘Aliança Global’ que inauguramos será utilizado para o treinamento dessas instituições e, futuramente, para outras de toda América do Sul”, afirmou.
O avançado centro do HA contará com a atuação de médicos e pesquisadores, de diversas áreas, e de outros profissionais da saúde, que se dedicarão para capacitar colaboradores, sejam eles enfermeiros, técnicos em enfermagem, analistas de banco de dados, médicos patologistas, radiologistas, entre outros, dependendo da necessidade de cada instituição. “Melhorando a qualidade de diagnóstico (seja na patologia, radiologia ou morfologia) e criando protocolos clínicos e de assistência, conseguiremos cuidar das crianças e adolescentes com câncer”, contou.
Estrutura
Com vários anfiteatros de diferentes tamanhos, salas para estudo, salas para reuniões (com a possibilidade de que todos visualizem as imagens obtidas nos microscópios) e salas de treinamentos – com microscopia anexada e bonecos simulando bebês e crianças em diferentes idades – o novo departamento também conta com uma enfermaria simulada para que enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e outros profissionais possam ser treinados com situações que possivelmente acontecerão na prática.
Pioneirismo
O Hospital de Amor é a primeira instituição oncológica do Brasil a contar com o ‘Aliança Global em Pediatria’! “Desde 2012, quando o a unidade infantojuvenil foi inaugurada, já tínhamos o desejo de criar um centro que, no futuro, tivesse condições de somar esforços com outras instituições. Esse futuro chegou!”, declarou Lopes.
A expectativa é de que nas próximas semanas, as aulas de microscopia, leucemias, mielodisplasias e patologias, além de discussão de casos junto aos outros centros, se iniciem para receber profissionais de saúde de toda a América Latina.
Cerimônia
A concretização desse projeto só foi possível graças à generosidade do produtor rural de Campina Verde (MG), Sandoval Nunes Franco, e toda sua família, que abraçou a causa e destinou uma quantia significativa para a construção do departamento. Para celebrar essa grande conquista, uma cerimônia de inauguração foi realizada com a presença de diretores e colaboradores do hospital, do presidente da HA, Henrique Prata, e toda a família do benemérito. Durante a apresentação, Prata se emocionou ao agradecer a doação. “É raro, em nosso meio, encontrar alguém com um olhar como o Sandoval teve em oferecer o dinheiro dele para a nossa causa. Ele não tem ideia do tamanho da importância dessa doação para o Hospital de Amor e para a história da saúde pública, que mudará a realidade de atendimento de crianças e jovens do mundo inteiro! O que chega por amor e honestidade para nós, chega pela providência. Estamos muito felizes com essa conquista, pois ela chegou como um presente de Deus!”, declarou o presidente.
“Para mim, que tenho 40 anos de oncologia pediátrica, inaugurar o ‘Aliança Global’ é conseguir colocar em prática os ideais para tratar crianças e adolescentes, baseados nos três grandes pilares: clínica, ensino e pesquisa. Agora, temos um espaço para que isso fique cada vez mais forte e beneficie mais pessoas”, concluiu Lopes.
No final do evento, os Palhaços da Alegria do Instituto Sociocultural do Hospital de Amor fizeram uma apresentação emocionante e o capelão da HA, Pe. Tulio Gambarato, finalizou com uma bênção.
Você sabia que seu imposto de renda pode salvar vidas? Os recursos obtidos através de incentivos fiscais são essenciais para que o Hospital de Amor possa continuar a buscar excelência tecnológica e humana no tratamento de câncer e oferecê-las aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, mais do nunca, é preciso unir forças. O difícil momento que o país está vivendo é repleto de inseguranças e incertezas, por isso, precisamos contar com a solidariedade uns dos outros. Se você tem o desejo de realizar uma boa ação, existe uma maneira simples, sem precisar sair de casa de fazê-la: através das doações incentivadas!
A “Lei do Idoso” e a “Lei da Criança e Adolescente” são alguns dos projetos que podem ser direcionados para o HA. Graças às renúncias fiscais (que é quando o Governo abre mão de parte dos impostos devidos por pessoas físicas e jurídicas para que sejam doados diretamente às entidades), o hospital consegue custear e manter as operações regulares de suas unidades e também as ações de combate ao COVID-19.
Para se ter uma ideia, só em 2019, a instituição, que é o maior polo de tratamento oncológico gratuito da América Latina, captou, por meio do ‘Fundo da Criança e do Adolescente’, mais de R$ 11 milhões, beneficiando 29.200 pacientes. “Os recursos obtidos através dos incentivos fiscais são muito importantes para o Hospital de Amor e nós ficamos muito gratos com o crescimento das doações via imposto de renda. O valor arrecadado é destinado ao diagnóstico e tratamento dessas crianças e adolescentes”, afirmou o diretor de desenvolvimento social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata. Já o projeto ‘Fundo do Idoso’ arrecadou, no último ano, R$ 57.080.299,95, o que auxiliou 122.573 pacientes.
Conheça mais sobre os projetos do ‘Fundo do Idoso’ e ‘Fundo da Criança e do Adolescente’:
Projeto Amparo ao Idoso
No último ano, centenas de milhares de pacientes com mais de 60 anos foram beneficiados com os resultados dessa lei. As doações incentivadas pela Lei do Idoso têm o objetivo de viabilizar o custeio do Hospital São Judas Tadeu – a unidade de cuidados paliativos e de atenção do idoso do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal do Idoso: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Amparo’. Com a doação concluída, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Projeto Cuidar
O intuito deste projeto é arcar com o custeio para o tratamento, prevenção e pesquisa do câncer infantojuvenil, uma vez que os custos subsidiados pelo SUS são insuficientes para o atendimento, na totalidade, da população carente. As doações incentivadas pelo Fundo da Criança e do Adolescente busca viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade pediátrica do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Cuidar’. Com a doação concluída, também é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para p e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Afinal, o que diferencia uma doação ‘convencional’ (feita com um cartão de crédito ou pagamento do boleto gerado pela plataforma do site do Hospital) de uma doação por meio de incentivo fiscal? A resposta é simples: quando as doações são realizadas diretamente a projetos sociais, elas não são enquadradas em leis de incentivos fiscais e não podem ser deduzidas. Por isso, serão declaradas na ficha ‘Doações Efetuadas’ – código 80 – ‘Doações em Espécie’ (dinheiro ou espécie) ou código 81 – ‘Doações em bens e direitos’ (na forma de bens). Na descrição, é necessário informar os dados do beneficiário.
Doações de Pessoas Jurídicas podem ser deduzidas em até 9% no Imposto de Renda, desde que façam apuração no lucro real. Os percentuais de destinação são distribuídos nas seguintes leis:
• 1% – Lei do Idoso;
• 1% – Fumcad (Criança e Adolscente);
• 4% – Lei Rouanet (Cultura) e Audiovisual (limitada em até 3%);
• 1% – Lei do Pronon (Câncer);
• 1% – Lei do Pronas (Pessoa com Deficiência);
• 1% – Lei do Esporte.
Doações de Pessoas Físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que feita a declaração anual de ajuste no modelo completo até o dia 30/12/2020. (Neste caso, o contribuinte pode escolher doar todo esse percentual por meio de uma só lei das listadas acima, exceto as leis do PRONON – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica’ e PRONAS/PCD – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência’, ou dividi-la entre elas). Poderão doar tanto as pessoas que possuem imposto a restituir, quanto as pessoas que possuem imposto a pagar.
O roteiro para a doação no ato do preenchimento da Declaração Anual de Ajuste Completa é relativamente simples, pois o valor disponível para doação é automaticamente informado pelo sistema da Receita Federal e, uma vez paga a DARF da doação, o próprio sistema a processa. É importante estar atento, portanto, ao fato de que é gerada uma DARF específica para a doação que também deve ser paga com a DARF do I.R., quando devida. Se tiver imposto a restituir, o valor de sua DARF será somado e acrescido de sua restituição.
Mas atenção: após concluir a doação, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail: ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’. Essa etapa do processo é essencial, pois é com esse comprovante que a equipe do Hospital de Amor consegue confirmar o recebimento da doação nos fundos.
COVID-19
Devido à atual situação de pandemia causa pelo novo coronavírus (COVID-19), o secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, prorrogou o prazo da entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2020 por 60 dias. A partir dessa decisão, a entrega final passa de 30 de abri (30/4) para 30 de junho (30/6).
Confira os passos a serem seguidos durante o preenchimento da Declaração de I. R.:
1º- Após preencher todos os seus dados e informações financeiras, clique em “Resumo da Declaração” no menu da esquerda;
2º– Em seguida, clique em “Doações diretamente na declaração – ECA”;
3º– Clique em “Incluir novo”;
4º– Selecione as opções “Municipal/SP/Barretos – 19.011.652/0001-50”;
5º– O valor disponível para doação é informado pelo próprio sistema, que elabora os cálculos e informa o montante equivalente aos 3% disponíveis para serem doados. Este valor que aparece é, assim, o máximo que poderá ser doado;
6º– Após indicar o valor a ser doado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Barretos, conforme explicado acima, clique em “Envie sua Declaração”;
7º– Após o envio, localize no menu do lado esquerdo o local onde está a DARF referente à sua doação (“Imprimir DARF – Doações Diretamente na Declaração – ECA”);
8º– Pague a DARF da doação e também a do I.R. devido, quando for o caso. Em seguida, envie a DARF de doação com o respectivo comprovante de pagamento para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’ para que a equipe do Hospital de Amor possa apresentá-lo ao FUMDICAD de Barretos e solicitar o repasse à instituição.
Pessoas físicas também podem doar através da plataforma de doação online do Hospital de Amor: o IR do Amor. Confira o vídeo com o passo a passo completo.
Agora, se você ainda tem alguma outra dúvida sobre como ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas através da doação do seu imposto de renda devido, é só acessar www.hospitaldeamor.com.br/incentivofiscal para mais informações. Escolha a forma que preferir e contribua!
Com o objetivo de conscientizar a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil e a importância do diagnóstico precoce da doença, o Hospital de Amor realizou, no último domingo, 24 de novembro, a 8ª edição da “Caminhada Passos que Salvam”. Criada em 2012, a ação acontece todos os anos, simultaneamente em centenas de municípios brasileiros e também em cidades do exterior, durante o último domingo do mês de novembro. A escolha da data está relacionada à proximidade com o “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, celebrado no dia 23/11.
Em apenas 8 anos, o projeto já ajudou a aumentar a taxa de cura do câncer infantojuvenil de 55% para 70%, alcançando milhares de crianças e adolescentes. Este ano, mais de 650 cidades do país foram mobilizadas, superando o número das edições anteriores.
Entre os sinais e sintomas mais comuns da doença, estão manchas roxas pelo corpo, dores de cabeça, vômito, perda de peso, fraqueza e dores nos ossos, sintomas que parecem comuns da infância e podem ser confundidos com doenças que acometem crianças e adolescentes, mas também podem ser o primeiro sinal de que há algo errado acontecendo.
De acordo com o diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Luiz Fernando Lopes, a unidade infantojuvenil do HA tem todas as condições de tratar as crianças com a mesma qualidade dos países com alto nível de desenvolvimento (especialistas experientes, medicamentos adequados e uma excelente estrutura), mas nada disso impacta na vida das crianças se elas não chegarem precocemente para o tratamento. “A Passos que Salvam possui três grandes focos: o primeiro é conscientizar a população sobre a existência do câncer em crianças e adolescentes, ressaltando a importância deles chegarem precocemente ao Hospital para tratamento e alertando sobre os principais sinais e sintomas; o segundo é voltado para a captação de recursos com a venda dos kits, ajudando a custear exames e procedimentos que não são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS); e o terceiro é o mais importante: a partir da caminhada, cada município participante tem a chance de enviar um médico para realizar uma capacitação no Hospital de Amor. Eles passam a reconhecer os tumores precocemente e ficam em contato direto com os profissionais do HA, permitindo que as crianças e adolescentes cheguem o quanto antes para tratamento, aumentando suas chances de cura. Ou seja, graças à Passos que Salvam nós conseguimos reduzir em 20% o diagnóstico tardio e, com as próximas edições, acreditamos que vamos conseguir ainda mais! É uma mobilização que só nos traz ganhos!”, declarou.
Para a coordenadora da ação, Naima Khatib, o objetivo da Caminhada é trazer à discussão a importância dessa conscientização, de maneira lúdica, envolvendo assim toda a sociedade, de modo que permita com que mais diagnósticos precoces aconteçam, consequentemente, haverá maior chances de cura, sendo ampliadas para até 95%.
Caminhando a caráter
Heverton Felipe Soares Costa, de 12 anos, foi a caráter para a caminhada e encantou a todos. Vindo de uma tribo indígena de Boa Vista, capital do estado de Roraima, ele faz tratamento no Hospital de Amor e, pela primeira vez, pôde receber alta médica para participar da ação. O pai, Laersio Matias Mendes, que acompanha o filho em Barretos (SP), reconhece a importância dessa mobilização para as crianças como o Heverton, que lutam contra o câncer. “Essa caminhada nos mostra o quanto existem pessoas especiais que ajudam o Hospital. Nós, indígenas, precisamos muito dessa ajuda, e eu fico muito feliz em saber que meu filho está aqui. Adoramos a caminhada e tenho certeza de que o povo de Roraima também abraçou essa causa”, finalizou.
Voluntariado
E não foram apenas os profissionais e pacientes do Hospital de Amor que acordaram cedinho no domingo para dar os ‘passos que salvam vidas’. Há 15 anos atuando como voluntária, a assistente social Vera Lucia Ribeiro Pena participou, pelo terceiro ano, da “Caminhada Passos que Salvam”. O motivo? “Por conta da importância da caminhada e, principalmente, da conscientização sobre a prevenção do câncer infantojuvenil. A prevenção é o único caminho para a cura. Eu pretendo estar aqui por mais muito outros anos, pois não há dinheiro que pague poder fazer parte disso!”, esclareceu a voluntária.
Números que salvam
Em 2012, ocorreu a primeira mobilização, 19 municípios do Estado de São Paulo e dois de Rondônia caminharam, levando a população, empresas e entidades para participar do evento. Já no ano seguinte, o número mais que quadruplicou: 80 municípios participaram da caminhada em oito estados. A terceira edição foi ainda melhor: 201 cidades em 11 estados brasileiros caminharam juntas, no mesmo dia e horário, levando mais de 150 mil pessoas às ruas. Em 2015, foram 306 cidades de 12 estados que caminharam, comprometidos na luta contra o câncer infantojuvenil. Em 2017 a caminhada mobilizou 300 mil pessoas em cerca de 500 cidades de todo o Brasil. No ano passado, cerca de 600 cidades, em 19 estados do país, além de um grupo de brasileiros que reside em Londres, no Reino Unido, se uniram em favor dessa causa.
Captação de Recursos
Além de disseminar essas importantes informações, a “Caminhada Passos que Salvam” também possui uma ação para arrecadar fundos para o tratamento dos pacientes no Hospital de Amor Infantojuvenil. Ao adquirir um kit com camiseta, boné e ‘sacochila’, cada participante contribuiu com o valor de R$ 35,00, que foi direcionado à instituição.
Confira mais fotos da 8ª “Caminhada Passos que Salvam”, realizada em Barretos (SP), em nosso flickr oficial. Clique aqui.
Na tarde desta sexta-feira, 5 de abril, o Hospital de Amor realizou mais um importante evento: a cerimônia de apresentação do Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico. O novo prédio conta com uma estrutura moderna e humanizada, quartos individuais para os acompanhantes, junto aos leitos dos pacientes, sistema de filtragem de ar em todos os espaços, além de uma unidade de terapia intensiva (UTI) dedicada. O centro, localizado em Barretos (SP) – anexo a unidade infantojuvenil do HA – atenderá crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, e terá capacidade de transplantar 70 pacientes por ano, reduzindo assim, o tempo de espera na fila do transplante do hospital, que hoje, chega a aproximadamente 10 meses.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, no Brasil, o número de centros de transplantes de medula óssea (TMO) especializados na população pediátrica é pequeno. “Desde 2012, a nossa unidade infantojuvenil é a sede do Grupo Cooperativo Brasileiro de Síndromes Mielodisplásicas em Pediatria. Por conta disso, crianças e adolescentes de todo o país com suspeita de síndromes mielodisplásicas (SMD) – grupos raros de doenças pré-malignas, com risco de transformação para leucemia – ou leucemia mielomonocítica juvenil (LMMJ) – também uma doença rara, com características mieloproliferativas e displásicas, próprias da população pediátricas – são encaminhadas para o Hospital de Amor para a realização do diagnóstico e tratamento, que inclui o transplante de medula óssea”, explicou.
Antes da conquista do novo centro, a unidade contava com apenas 3 leitos para a realização do procedimento, sendo capaz de executar menos de 30 transplantes por ano. Com a inauguração do espaço, a unidade ganha 13 leitos, sendo 8 destinados para os transplantes e 5 para a terapia intensiva, além de serem utilizados também para o tratamento clínico dos pacientes com SMD e LMMJ. “Essa conquista, com certeza, irá salvar muitas vidas! Poderemos receber também para o transplante um número maior de crianças com leucemias e outras patologias, que muitas vezes falecem sem a oportunidade de tratamento em um serviço especializado, considerando-se o déficit de leitos de TMO no país”, afirmou Lopes.
A realização deste projeto, que irá beneficiar tantas famílias, só foi possível graças a generosa doação de alguns beneméritos e parceiros do Hospital de Amor, entre eles, a família Riscali, que também prestigiou a apresentação.
Segundo a coordenadora do Centro de Transplante de Medula Óssea, Dra. Neysimelia Costa Villela, carinhosamente conhecida como Dra. Neysi, a concretização desse sonho tem um impacto muito grande na vida de todos os pacientes, mas, especialmente, para os profissionais que atuam no Hospital de Amor Infantojuvenil e que, a partir de agora, poderão tratar crianças e adolescentes em tempo hábil, permitindo que elas consigam a reabilitação e a cura, e sigam uma vida feliz. “Esse era o nosso maior sonho, e hoje ele se realizou. Não tenho palavras para agradecer a todos que contribuíram”, declarou a médica.
Cerimônia
Quem também esteve presente na cerimônia de apresentação do Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico, foi: o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata; a presidente emérita da instituição, Dra. Scylla Duarte Prata; o Ministro de Estado da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; o Deputado Federal, Geninho; o Prefeito de Barretos, Guilherme de Ávila; o Procurador do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região de Campinas, Dr. Ronaldo Lira (representando o Dr. Ronaldo Fleury); representantes da ALSAC (organização de arrecadação e conscientização do Hospital de Pesquisas St. Jude Children); médicos renomados vindos de países como Estados Unidos, Alemanha e Dinamarca; além de autoridades, diretores, médicos e colaboradores do HA e de demais instituições.
Para o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, é uma honra muito grande conseguir realizar esse projeto em um país tão injusto quando o assunto é saúde pública. “Hoje, nossos convidados, em especial o Ministro da Saúde, pôde ver as crianças e os adolescentes, vindos dos 26 estados do Brasil, em busca de um tratamento digno. Ele percebeu as dificuldades que a gente tem e o quanto nós queremos ajudar esse país. Por isso estamos aqui, comemorando mais esse êxito. É um motivo de muito orgulho ter uma equipe igual a que nós temos aqui, que acredita que vale a pena trabalhar por amor e nada mais do que amor. Todos com vocação de servir a Deus e ao nosso próximo, fazendo o melhor por ele”, finalizou Prata.
Após conhecer a estrutura moderna e humanizada do novo centro de transplante e ver de perto o trabalho desenvolvido pelo Hospital de Amor, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ficou encantado com o tratamento de excelência, via Sistema Único de Saúde (SUS), oferecido pela instituição. “Nosso país luta e sempre lutou pelo desafio de se construir um Sistema Único de Saúde universal, para atender os brasileiros. Todo esse complexo apresentando aqui hoje, e que futuramente será inaugurado, possui custos extremamente elevados e é destinado para todas as pessoas. Viemos para assinar o termo de compromisso, para que consigamos estar prontos em relação aos orçamentos necessários. A intenção, é que as crianças diagnosticadas com câncer cheguem aos centros de excelência para seus tratamentos e que, ao entrarem, não encontrem o ‘gargalo’ da burocracia”, afirmou.
No evento, o Ministro Luiz Henrique e o presidente do HA, Henrique Prata, assinaram o termo de compromisso que firmou a união do Ministério da Saúde e do Hospital de Amor, com a finalidade de estipular metas para a concretização do plano de expansão da radioterapia do SUS, junto à Portaria que estabelece recursos do Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde a serem incorporados ao Grupo de Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar – MAC, do Estado de São Paulo e do município de Barretos (SP), cujo valor é R$ 3.164.666,27.
Para abrilhantar ainda mais esse marco na trajetória do Hospital de Amor, o coral “Acordes Vocais” (grupo composto por pacientes, colaboradores do HA, além de barretenses), apresentou-se sob a regência da maestrina Angélica Amêndola de Oliveira Silva, e participação especial do trio “A Bela e os Tenores” (formado pelos cantores líricos Giovanna Maira, Jorge Durian e Armando Valsani).
Ao final, os participantes foram convidados para uma visita ao Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico.
Sobre o Hospital de Amor:
Excelência em oncologia, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) assumiu a liderança do ranking 2018 da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre todos os centros de saúde do Brasil e da América Latina. O levantamento é uma ferramenta de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
A instituição é historicamente reconhecida. Foi escolhida, em 2000, pelo Ministério da Saúde, como o melhor hospital público do país. Em 2011, tornou-se “instituição irmã” do MD Anderson Cancer Center (EUA), o maior centro de tratamento e pesquisa de câncer do mundo, e ainda recebeu um prêmio da AVON como “Campeão Mundial em Avanço na Área Médica no Combate ao Câncer de Mama”. Em 2012, assinou acordo com o Saint Jude Children´s Research Hospital e tornou-se “instituição gêmea”.
O Hospital de Amor foi o grande destaque da 4ª Edição do Prêmio “Melhores Hospitais”, projeto realizado pela Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, realizado em dezembro de 2014. A entidade ganhou em três categorias: melhor hospital, internação e ambulatório. O principal objetivo da premiação é monitorar a qualidade de atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Na categoria “Internação”, o Hospital de Amor liderou o ranking interior, com mais de 97% de aprovação. A instituição também teve um alto índice no quesito “Ambulatório” – 96,5% dos usuários disseram estar satisfeitos com o trabalho realizado.
A cada ano que passa, a Caminhada “Passos que Salvam” – uma das principais campanhas de conscientização promovidas pelo Hospital de Amor – ganha espaço e conquista municípios que abraçam a causa em favor do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Após o sucesso da 7ª edição, que aconteceu no dia 25 de novembro de 2018, e para que o projeto continue ajudando ainda mais pessoas a descobrir os sinais e sintomas da doença, o HA deu mais um passo e realizou, pelo sexto ano consecutivo, a ‘Capacitação de Médicos em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’.
O encontro aconteceu nos dias 22 e 23 de março, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos (SP). Das 650 cidades participantes na última caminhada, 140 médicos (que prestam atendimento a crianças e adolescentes na rede pública de saúde), vindos de 11 estados do Brasil, participaram do evento.
As palestras, ministradas por colaboradores da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, tiveram como objetivo orientar e capacitar esses profissionais para que possam colaborar no diagnóstico precoce do câncer e enviar esses pacientes com mais rapidez para tratamento na instituição. Graças ao treinamento, os participantes poderão se tornar referência na cidade onde atuam, criando um acesso direto com os médicos do Hospital, facilitando o envio de exames e a discussão de casos.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, metade das crianças que chegam a Barretos para o tratamento da doença já se encontra em estágio muito avançado, sendo difícil oferecer taxas elevadas de cura. “Nós temos que mostrar para o pediatra como detectar o câncer precocemente, pois se os pacientes continuarem chegando à instituição tarde demais, não conseguiremos melhorar”, afirmou.
Os dois dias de programação contaram com discussões sobre os seguintes temas: Epidemiologia do Câncer Infantil; Aplicação dos Estudos Moleculares e Genéticos no Diagnóstico Precoce; Os Sinais de Alerta no Hemograma do Diagnóstico Precoce; Estudos de Peregrinação das famílias e pacientes até a chegada a Barretos; Indicação de exames de imagem do Diagnóstico Precoce; Aspectos Importantes da Cirurgia Pediátrica; Vacinação no Imunossuprimido; Abordagem teórica e apresentação de casos: Tumores Abdominais, Retinoblastoma, Leucemias, Tumores Cerebrais, Tumores Ósseos e Linfomas.
Segundo o médico, é possível perceber resultados positivos em decorrência dos eventos anteriores. “Já estamos medindo isso. Temos dados estatísticos das crianças que foram encaminhadas para cá antes do treinamento e depois dele. E estamos reduzindo, significativamente, o número de pacientes que chegaram com tumor avançado, e agora chegam com a doença em estágios mais iniciais, permitindo que se curem”, finalizou Lopes.
Para a coordenadora da Caminhada “Passos que Salvam”, Naima Kathib, esse é um dos projetos mais importantes desenvolvidos pelo Hospital. “Desde de 2014, quando começamos a capacitar os médicos de todo o Brasil, já foi possível perceber a mudança no olhar desses profissionais em relação aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Mais de 1.200 médicos já se tornaram referência em seus municípios para o envio de pacientes ao HA e nós não vamos parar por aí!”, relatou a coordenadora.
O câncer infantojuvenil
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), atualmente, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos com câncer podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. Para o Dr. Luiz Fernando Lopes, 12.500 novos casos são diagnosticados todos os anos no Brasil, e a expectativa é de que até 2020 este número aumente em 30%.
Capacitação de Enfermeiros
Os municípios que realizaram a caminhada também poderão enviar seus enfermeiros para participar da ‘Capacitação de Enfermeiros em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’. O treinamento destes profissionais acontecerá nos dias 24 e 25 de maio de 2019. Para mais informações, basta entrar em contato com o departamento responsável pela Caminhada “Passos que Salvam” através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7169, ou e-mail: ‘passosquesalvam@hcancerbarretos.com.br’.
O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo, sendo uma das principais causas de morte entre adultos, jovens e crianças. E os números seguem uma crescente por motivos diversos, incluindo fatores hereditários e ambientais.
Números estimados
O número de casos novos de câncer infantojuvenil estimado para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 7.930, o que corresponde a um risco estimado de 134,81 por milhão de crianças e adolescentes. Estimam-se 4.230 casos novos no sexo masculino e de 3.700 no sexo feminino. Esses valores correspondem a um risco estimado de 140,50 casos novos por milhão de crianças do sexo masculino e de 128,87 por milhão do sexo feminino. O câncer infantojuvenil no sexo masculino será mais frequente na Região Sul (153,29 por milhão), seguido pelas regiões Sudeste (145,61 por milhão), Centro-oeste (143,89 por milhão), Nordeste (138,10 por milhão) e Norte (111,10 por milhão). Para o sexo feminino, a Região Sul (151,19 por milhão) tem a maior incidência, seguida pelas Regiões Sudeste (144,11 por milhão), Centro-oeste (128,19 por milhão), Nordeste (114,23 por milhão) e Norte (87,56 por milhão).
Mortalidade
O câncer já é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, representando 8% do total de óbitos nessa faixa etária.
Desafios
A descoberta tardia da doença e a dificuldade de acesso a centros especializados são obstáculos significativos. Além disso, o diagnóstico preciso e as novas terapias são áreas que precisam de atenção contínua.
Diagnóstico precoce, uma janela de esperança
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas. Segundo o Dr. Luiz Fernando Lopes, diretor do Hospital de Amor Infantojuvenil, o diagnóstico precoce pode salvar a vida da criança. “A maioria dos tumores pediátricos iniciam-se com sinais muito parecidos com sinais de outras doenças que são comuns na criança e com isso podem muitas vezes confundir os pais. Se estes pais forem alertados, assim como os professores nas escolas e toda comunidade, aumenta a chance de alguma pessoa perceber algo na criança.” e ressalta, “A chegada tardia a um centro especializado pode tirar da criança a chance de cura ou diminuir bastante essa chance”.
Sintomas
Fique atento a sinais como perda de peso inexplicada, dores persistentes, febre prolongada, manchas na pele, inchaços e sangramentos anormais.
Papel dos pais e profissionais de saúde
Os pais devem estar atentos aos sintomas e buscar assistência médica imediatamente. Os profissionais de saúde têm um papel crucial na identificação precoce e encaminhamento para tratamento especializado.
Tipos de câncer infantojuvenil
O câncer na criança e no adolescente (entre 0 e 19 anos), ou câncer infantojuvenil, corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais, que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o infantojuvenil é predominantemente de natureza embrionária e, geralmente, afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Um dos tipos mais comuns de câncer infantojuvenil e que é o mais tratado na unidade do Hospital de Amor em Barretos (SP), é o cerebral, com taxas de curas acima da média nacional, ainda segundo o Dr. Luiz Fernando.
“Embora leucemias agudas sejam as mais prevalentes em quase todos os países e os tumores cerebrais os que estão em segundo lugar, em Barretos temos mais tumores cerebrais que chegam em aqui para tratamento. Estes tumores exigem sofisticação técnica para trata-los: equipe especializada que analisa em laboratório o componente genético (e o tratamento adequado depende destes estudos), exige neurocirurgiões habilitados em tumores cerebrais pediátricos, médicos e enfermeiros que cuidam exclusivamente destes tumores). As taxas de cura dos tumores cerebrais em Barretos é maior do que a média nacional”.
• Leucemia
A leucemia é caracterizada pela produção excessiva de células brancas anormais, superpovoando a medula óssea e impedindo que as células normais sejam produzidas, provocando infecções, palidez, sangramentos, dor nos ossos e articulações, fadiga, fraqueza, febre e perda de peso.
• Tumores do sistema nervoso central
Os tumores do sistema nervoso central, cérebro e cerebelo são os tumores sólidos mais frequentes na infância e representam aproximadamente 20% dos cânceres infantis. Podem causar dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva ou dupla, tontura e dificuldade para caminhar ou manipular objetos. O diagnóstico do tipo exato de tumor é feito durante a cirurgia. Entretanto, imagens feitas com ressonância magnética podem sugerir os diferentes tipos de tumores nestas regiões do sistema nervoso central.
• Linfoma não Hodgkin
Conhecido como câncer do sistema linfático, pode estar presente em qualquer parte do corpo, principalmente no tórax e abdômen. Na barriga, pode causar parada de evacuações e dor na região. Quando o linfoma é no tórax, pode causar tosse ou falta de ar. Ao ser diagnosticado precocemente, o índice de cura é de 80%.
• Doença de Hodgkin
É um tumor que acomete gânglios e baço, sendo mais frequente em adolescentes. A maioria dos casos se inicia com adenomegalias, que são ínguas com crescimento progressivo. A criança pode apresentar febre prolongada e perda de peso. O diagnóstico do linfoma é feito por meio de biópsia de um gânglio aumentado. O tratamento é realizado com quimioterapia e radioterapia. Atualmente, em cada 100 crianças tratadas, 85 ficam completamente curadas.
• Neuroblastoma
Na maioria dos casos, acomete lactentes (crianças que ainda se alimentam do leite materno) e menores de 10 anos. O tumor pode se iniciar em qualquer lugar, mas geralmente aparece na barriga, tórax, pescoço ou próximo à coluna vertebral. É notado como inchaço, podendo também causar dor óssea e febre. Os tumores que crescem próximos da coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina. Todos os tumores do abdômen podem ser confundidos com verminose. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, indica-se radioterapia e transplante de medula.
• Tumor de Wilms
Na maioria dos casos, acomete lactentes (crianças que ainda se alimentam do leite materno) e menores de 10 anos. O tumor pode se iniciar em qualquer lugar, mas geralmente aparece na barriga, tórax, pescoço ou próximo à coluna vertebral. É notado como inchaço, podendo também causar dor óssea e febre. Os tumores que crescem próximos da coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina. Todos os tumores do abdômen podem ser confundidos com verminose. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, indica-se radioterapia e transplante de medula.
• Tumores ósseos
Os tipos mais comuns são Sarcoma de Ewing e Osteossarcoma. O local mais frequente é acima ou abaixo do joelho. Provocam dor óssea, que piora à noite ou com atividade e inchaço na área ao redor do osso. A pele pode ficar vermelha e quente e, quando o tumor cresce, é possível ver inchaço no local. Podem ser confundidos principalmente com infecções ou dores de crescimento. Para diagnosticá-los, é necessário realizar raio X do local doloroso e biópsia com agulha sem cortar a pele. O tratamento é realizado com cirurgia e quimioterapia. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura para até 70%.
• Retinoblastoma
No retinoblastoma, um sinal importante é o chamado “reflexo do olho do gato”, que é o embranquecimento da pupila quando esta é exposta à luz. Geralmente, acomete crianças antes dos 3 anos. Atualmente, a pesquisa desse reflexo pode ser feita desde a fase de recém-nascido. Alguns retinoblastomas são hereditários. Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças devem ser examinadas por um oftalmologista experiente a partir do nascimento, para que o diagnóstico seja o mais precoce possível.
“Passos que Salvam”
A campanha Passos que Salvam tem como objetivo conscientizar a população de mais de 300 cidades em todo o Brasil, sobre a importância do diagnóstico precoce dos vários tipos de câncer infantojuvenil. Trata-se da maior mobilização simultânea de conscientização sobre o câncer do Brasil. A caminhada acontece anualmente no mês de novembro.
Mais informações
Para orientações sobre agendamento e atendimento na unidade Infantojuvenil no Hospital de Amor, entre em contato pelo WhatsApp: (17) 3321-5403.
Por ano, em média, 300 crianças são diagnosticadas com câncer apenas no Hospital de Amor Infantojuvenil, em Barretos (SP) – centro de referência em tratamento oncológico na América Latina. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer infantojuvenil já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Porém, o câncer também pode ser desenvolvido na fase inicial da vida. Nestes casos, há dois cenários: tumores em bebês intraúteros e tumores em bebês lactentes. Os intraúteros ocorrem quando a mulher está gravida e o bebê está com um tumor; já os lactentes acontecem quando o câncer se desenvolve em crianças recém-nascidas, sendo a leucemia o tipo mais comum nesses casos.
Quando se pensa em câncer, logo se pensa em prevenção também, mas em casos de câncer infantojuvenil, este é um assunto delicado. Em relação aos tumores intraúteros e em lactentes, existem fatores de risco que podem estar associados à exposição da mãe ou do pai a agentes cancerígenos, ou a alimentos ingeridos na gravidez que estejam associados à carcinogênese. Há também tumores que derivam de alterações que acontecem durante a embriogênese e não estão relacionados às exposições parentais, como por exemplo, os tumores de células germinativas – frequentes em intraúteros na região sacral ou de cabeça e pescoço.
De acordo com o diretor médico da unidade infantojuvenil do HA, Dr. Luiz Fernando Lopes, as células germinativas primordiais na quarta semana da gravidez devem migrar do cérebro até às gônadas, mas, por mecanismos ainda não totalmente identificados, podem parar sua migração e sofrer alteração genética, dando origem aos tumores de células germinativas que acontecem intraútero, na infância ou na adolescência.
De acordo com o Journal SAGE, os teratomas sacrococcígeos são os tumores de células germinativas mais comum em neonatos (crianças recém-nascidas), ocorrendo em, aproximadamente, 1 em 27.000 nascidos vivos, com prevalência no sexo feminino. Ao nascer, a grande maioria dos teratomas são benignos, porém, ele é capaz de manifestar degeneração maligna (e isso pode ocorrer em crianças com idade avançada também).
No caso das leucemias, mais comum entre os lactentes, o exame de sangue em recém-nascidos ou até 18 meses pode identificar facilmente as alterações; e o exame do mielograma irá confirmar se trata-se de um caso de leucemia de lactente.
No caso dos teratomas, o tratamento é cirúrgico. Importante destacar a necessidade do procedimento ser realizado por um cirurgião oncológico especialista, já que a retirada total do tumor e acompanhamento do paciente são essenciais. Isso porque poucos teratomas possuem componentes malignos, mas se os profissionais não conseguirem removê-lo completamente, há uma grande probabilidade de o tumor voltar maligno após um tempo.
Desfilar na passarela, atrair muitos olhares, brilhar e ser protagonista dos holofotes faz parte do sonho de muitas jovens. Com a Ingrid Assis não é diferente! Natural do Amapá (AP), a adolescente de 15 anos parece ser uma jovem comum, mas apenas parece, pois tem algo de realeza nesta história de superação. Cheia de sonhos, desenvolta e muito vaidosa, ela precisou se mudar para Barretos (SP) para dar início ao seu tratamento de osteossarcoma na tíbia direita, em março de 2022.
Elenita de Oliveira Silva, mãe da Ingrid e técnica em enfermagem, revela que a filha começou a apresentar dores no joelho. Após perceber que havia algo de errado com a jovem, ela então a levou para fazer exames e investigar o caso, foi quando receberam o diagnóstico de um tumor. Ao não ter recursos para um bom tratamento na sua cidade de origem e após receber o apoio de um parente que atua como médico ortopedista em Sorocaba (SP), e que conhece o HA, ele a ajudou nos tramites; foi quando a família da jovem decidiu se mudar para o interior de São Paulo.
“Eu conheci o HA por meio de um primo que me falou que o Hospital de Amor é um ótimo hospital e que tem um dos melhores tratamentos do Brasil. Vim para o estado de São Paulo ano passado e, na época, eu ainda não tinha certeza de que eu estava com câncer”, conta a jovem. Inicialmente, a esperança da família da garota é de que o tumor fosse benigno, mas infelizmente, a biópsia resultou em algo oposto ao desejo deles.“Na minha cabeça, era vir a Barretos, tirar o tumor e voltar para casa, achei que seria algo rápido, nada que mudasse a minha vida”, revela a adolescente. No entanto, após os exames foi constatado que o tumor era maligno e deste modo, a garota precisou passar pelo tratamento durante 31 semanas.
Ingrid explica que precisou fazer quimioterapia e que sofreu com a queda de cabelo e com tudo que os procedimentos oncológicos trazem aos pacientes. No meio desta jornada, a jovem precisou realizar uma operação na unidade infantojuvenil do HA. Ela fez a cirurgia, porém, devido à uma infecção, houve a necessidade da amputação da perna dela. “As pessoas aqui do hospital são muito acolhedoras e os médicos são atenciosos. No dia da minha amputação, meu pai me disse que o meu cirurgião quase chorou pela minha situação. Me sinto muito abraçada no Hospital de Amor”, relata a macapaense, sempre com um belo sorriso no rosto.
“Hoje ela é uma vencedora, graças a Deus e a este hospital. Eu estou muito feliz de ver como ela está e com a reabilitação dela. A fisioterapia aqui é maravilhosa. São processos e fases que ela tem vivido. Participar do concurso do rodeio trouxe mais ânimo e alegria para ela. Eu só tenho que agradecer a este local que nos acolheu tão bem”, conta Elenita ao ver a evolução de ver sua filha com a prótese.
Recomeço de uma nova história
Em abril deste ano, a jovem iniciou seu processo de reabilitação no HA, foi quando ela recebeu sua primeira prótese para poder voltar andar normalmente. A paciente conta com o apoio de uma equipe multiprofissional e da ‘Tia Deise’, como é carinhosamente conhecida a fisioterapeuta do HA, Deiseane Bonatelli. “A gente procura oferecer todo suporte necessário para que ela tenha uma maior independência na vida dela, para que ela possa fazer todas as necessidades possíveis”, conta Deise.
A profissional também revela a alegria de poder ajudar a garota a participar de um grande desafio. “Eu me sinto muito feliz de ver ela rainha do Rodeio pela Vida. Quando ela disse que iria entrar no concurso, eu combinei com ela para voltar aqui e treinar para andar bem bonito no dia da competição. Ela voltou, nós treinamos e ela venceu. Eu me sinto muito feliz por ela”, explica com os olhos marejados a ‘Tia’ que é muito querida por todos os pacientes, desde crianças, adultos e idosos.
Quando perguntada sobre o processo de aprendizado de voltar a andar, Ingrid, de imediato responde com um lindo sorriso no rosto: “Não tem limite. O seu limite é você mesmo, mas a prótese não te limita. Eu conheço um homem, pela internet, que escala com prótese”.
Mas engana-se quem pensa que Ingrid não tinha pisado em solo barretense antes de seu tratamento. “Eu vim a Barretos em 2019, para participar de um evento da igreja no qual congrego e nunca imaginei que eu voltaria para cá por outro motivo. É difícil, mas quando a gente entrega tudo nas mãos de Deus, tudo fica mais leve. Eu não sei até hoje porque eu perdi a minha perna, mas eu confio em Deus e sei que tudo tem um propósito”.
A competição e seu reinado
No início do ano, o HA abriu as inscrições para a 3ª edição do Rodeio Pela Vida 2023 – evento que acontece em Barretos (SP) e é organizado pela instituição, com renda 100% em prol do Hospital de Amor. Incentivada pela ‘Tia Lili’, uma das organizadoras do evento ‘Fadas Madrinhas’, Ingrid tomou coragem e fez sua inscrição.
Inicialmente, ela disse acreditar que no máximo ficaria no 3º lugar, pois o páreo parecia duro. Ao ser revelado seu nome como a rainha do rodeio, ela não escondeu a surpresa e ficou em êxtase. “Estou muito feliz de ter sido eleita a rainha, se puder, eu quero muito conhecer o padre Fábio de Mello e dar um abraço nele”, explica a garota entusiasmada.
Ao lado de Ingrid, o concurso elegeu a princesa, Jamily Yasmin Peres do Nascimento, e a madrinha Raquel Galvão de Oliveira. A 3ª edição do “Rodeio Pela Vida” teve início no dia 7 de junho e termina no dia 11 de junho, no Recinto Paulo de Lima Correa. Quando questionada sobre um conselho que a rainha daria para pessoas que estão passando pelo mesmo enfrentamento que recentemente ela concluiu, ela não titubeia e logo responde: “Se você está passando por um problema, confie em Deus que vai dar tudo certo.”
Oferecer tratamento de qualidade e de maneira humanizada é rotina no Hospital de Amor, principalmente, porque é comum haver o aumento de ansiedade antes e durante qualquer procedimento realizado pelos pacientes, sobretudo quando esses pacientes são crianças e adolescentes. Segundo o médico cirurgião pediátrico do HA, Dr. Wilson Oliveira Junior, no Brasil, são mais de 12 mil casos por ano de crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, que passarão por procedimentos invasivos, como coletas de sangue, quimioterapias e cirurgias, apenas no tratamento oncológica.
Com o objetivo de poder oferecer mais conforto para esses pacientes da unidade infantojuvenil, em Barretos (SP), onde são diagnosticados cerca de 300 novos casos por ano, os profissionais do HA, em parceria com o estúdio Goblin e sob liderança do Dr. Wilson, desenvolveram o projeto ‘O chamado do Herói’, que, com o uso da realidade virtual, permite que o paciente esteja em outro ‘universo’ durante a realização do procedimento, possibilitando, assim, que ele sinta a sensação no mundo real, mas com um significado também no jogo.
O desenvolvedor de jogos e um dos fundadores da Goblin, Chris Silva, revela que o projeto ainda passa por adaptação e melhorias, mas o game que foi criado do zero especialmente para as crianças que tratam no HA já traz muitos benefícios. Além da felicidade que vem trazendo aos pequenos, ‘O chamado do Herói’ ficou em 2º lugar no programa Centelha, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Segundo o especialista do HA, nenhum outro hospital brasileiro (seja da rede particular ou SUS) oferece serviço semelhante ou equivalente às crianças com câncer. “A possibilidade de redução de dor e ansiedade das crianças e seus familiares traz efeitos benéficos a curto, médio e longo prazo, o que além de suavizar o tratamento e melhorar a dignidade dos indivíduos, traz redução de custos hospitalares, por exemplo, menos medicações para anestesia ou redução da dor, além do impacto extremamente positivo na vida social destes pacientes após o término do tratamento”, explica o médico. Ele conta, ainda, que todas as crianças acima de 3 anos, em tratamento para o câncer, podem ser beneficiadas com esta solução apresentada pelo programa.
“Até o momento, a aplicação foi oferecida a oito crianças que necessitaram de anestesia para realização de procedimento de quimioterapia intra-tecal”, conta o Dr. Wilson. O médico explica que a utilização dos óculos reduziu de forma expressiva a ansiedade da criança (e de seus pais) desde antes da entrada no Centro Cirúrgico, se mantendo e facilitando todo o processo”. Ao final, todas as crianças convidadas para participar da experiência relataram que o procedimento foi divertido e que em uma próxima vez que necessitassem de anestesia, elas iriam com muito mais tranquilidade ao Centro Cirúrgico do HA.
O enfrentamento da doença
O médico detalha que a trajetória da criança com câncer, de um modo geral, desde o diagnóstico até a cura (ou a paliação com dignidade) é um longo caminho, uma jornada hercúlea, digna de grandes heróis míticos. “O nosso projeto vem suavizar esta jornada. Esse programa nasceu por meio da observação do sofrimento diário das crianças com câncer diante dos inúmeros procedimentos que são submetidas todos os dias”, conta Wilson.
De acordo com o cirurgião, crianças com câncer, por realizarem inúmeros procedimentos invasivos que necessitam de anestesia, tendem a apresentar quadros ansiosos potencialmente exacerbados. Este quadro pode trazer inúmeros prejuízos para os pacientes, prejudicando a adesão e o tratamento em si. Desta forma, buscar métodos de redução de ansiedade é um desafio para a equipe envolvida no cuidado da criança, dentre estes métodos, aqueles que promovem distração antes e durante os procedimentos, especialmente, por meio de métodos audiovisuais, possuem um bom resultado.
Oliveira explica que o produto, ainda em desenvolvimento e validação, faz parte do projeto de Mestrado Profissional de Inovação em Saúde do HA da médica anestesiologista pediátrica do Hospital de Amor infantojuvenil, Dra. Leticia Bachette, e além de ser inovador por usar tecnologia de realidade virtual imersiva, será o pioneiro na sua aplicação em crianças oncológicas.
Em busca de uma solução para o alívio da dor e da ansiedade que a criança e seus familiares sofrem, sabe-se que atividades lúdicas são formas de ajudar as crianças a entender todo o procedimento que será submetida, ajudando-as a processar emoções, sentimentos e preocupações de uma forma mais fácil e menos ameaçadora. O médico comenta que dentro desse contexto, o uso da gamificação, que se utiliza da interação associada a um design de jogo num contexto que não seja de jogo, transforma procedimentos traumáticos, como uma punção venosa, por exemplo, em uma experiencia prazerosa e divertida. Para facilitar este processo, o uso de tecnologias imersas como a Realidade Virtual (RV) estende o ambiente sensorial da criança simulando a realidade física através da tecnologia.
Segundo o cirurgião, no “O Chamado do Herói”, a intenção é que a criança seja a protagonista da própria aventura. Quando for submetida a algum procedimento que envolva algo desconfortável, ela será transportada a um mundo de fantasia 3D, através do uso dos óculos VR, unindo as duas realidades, por meio da distração e da sensação tátil, visando transformar o que é sentido fisicamente em uma aventura no mundo virtual, a fim de combater os altos níveis de ansiedade e estresse relacionados a doença e seu tratamento. Por consequência também auxilia o círculo familiar mais próximo durante o processo.
Para o médico, a utilização de ferramentas de inovação tecnológica buscando transportar a criança em tratamento oncológico, no momento de seu sofrimento a um mundo de fantasia, fundindo animação em RV, com sensação tátil do tratamento, traz uma nova perspectiva de cuidado humanizado para a ‘Oncologia Pediátrica’, em todas as suas vertentes de cuidado. “De acordo com a filosofia do Hospital de Amor, a unidade infantojuvenil é o lugar ideal para esta ideia germinar e se desenvolver”, finaliza Dr. Wilson.
A importância do Harena Inovação
Para o Dr. Wilson, a participação do time do Harena (Centro de Inovação do HA), é essencial para a aceleração do projeto. “Com o auxílio gestor do Harena Inovação, Centro de Inovação Aberta do Hospital de Amor que seleciona, acelera e conecta startups inovadoras das áreas da saúde (atualmente com mais de 65 startups em seu portfólio), foi criado um Grupo de Trabalho em Realidade Virtual (RV) e o cuidado da criança com câncer, composto por médicos, desenvolvedores de games e pesquisadores, contribuem para a validação científica e uma comercialização posterior da ferramenta para diversos hospitais do país.
Por ano, em média, 300 crianças são diagnosticadas com câncer apenas no Hospital de Amor Infantojuvenil, em Barretos (SP) – centro de referência no tratamento oncológico na América Latina. Foi pensando neste atual cenário que o diretor médico da unidade do HA, Dr. Luiz Fernando Lopes, idealizou um projeto junto ao St. Jude Children´s Research Hospital: o programa ‘Aliança Amarte’.
Para apresentar os resultados desta união científica, que há dois anos busca as melhores estratégias para diagnóstico precoce e tratamento para pacientes infantojuvenis com câncer do mundo todo, aconteceu neste 2 de setembro, em Barretos (SP), o “II Encontro Aliança Amarte”, com os representantes dos 25 centros participantes (até então, eram apenas 13 centros envolvidos). Dentre eles, estiveram presentes o chefe do departamento Global de pediatria do St. Jude Children’s Research Hospital – hospital referência mundial no tratamento de câncer infantojuvenil – Dr. Carlos Rodriguez Galindo, além de representantes do Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba (PR), Hospital da Criança de Brasília José Alencar (DF), Hospital das Clínicas Porto Alegre (RS), GRAACC São Paulo (SP), entre outros centros oncológicos e de pesquisa importantes do país.
De acordo com o diretor médico do HA, o termo ‘Amarte’ significa: Apoio Maior, Aumentando Recursos e Treinamento Especializado. “A iniciativa representa a tentativa de aumentar a sobrevida de todas as crianças dos centros que estão envolvidos na Aliança, padronizando os protocolos de tratamento e diagnóstico de todas as entidades. Trata-se de um trabalho colaborativo entre vários segmentos, com profissionais da área jurídica, serviço social e todas as outras de saúde, que fazem reuniões mensalmente para desenvolver as melhorias”, afirmou Dr. Luiz Fernando Lopes.
Para o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, a parceria de longa data com o St. Jude é, assim como tantas outras, feita pela providência. “Nós compartilhamos os mesmos ideias e missão, e é por isso que nos orgulhamos de, hoje, dar um novo passo nessa história que trará os melhores tratamentos não apenas para os nossos pacientes, mas para pacientes de outros centros de referência de toda América Latina”, declarou.
Aliança Amarte
Dentre os pilares da ‘Aliança Amarte’, estão:
• Equalizar diagnósticos: disseminando, de forma colaborativa, as melhores práticas com base nas evidências científicas, para aprimorar a atenção em saúde de crianças e adolescentes com câncer mediante padronização de critérios diagnósticos; compartilhando tecnologias, processos, serviços e produtos que possam contribuir para a equalização do diagnóstico.
• Padronizar tratamento: ao desenvolver ações que levem inovação do modelo de gestão assistencial, visando a construção de diretrizes e protocolos clínicos baseados na melhor evidência científica disponível, aprimorando a qualidade da assistência e a segurança do paciente; além de desenvolver ações de formação, aprimoramento e capacitação de pessoal especializado na atenção pediátrica oncológica.
• Estudos epidemiológicos e de sobrevida: mantendo um banco de dados que permita o rastreamento do paciente com indicadores demográficos, de diagnóstico, estadiamento, tratamento e acompanhamento, entre outros, que possam mensurar a qualidade da assistência.
• Desenvolvimento científico e inovação: incentivando e/ou promovendo o desenvolvimento de pesquisa, visando a geração de novos conhecimentos e a transição para a assistência.
Lopes explicou, que quando sugeriu a criação do projeto ‘Aliança Amarte’, ele conversou diretamente com a diretoria do St. Jude, por meio do programa global deles, que tem o objetivo de chegar a todas as crianças de várias regiões do mundo, como a Ásia, Eurásia, África e América do Sul. “O alvo deste programa é ter todos os centros do Brasil dentro da aliança, a fim de contribuir com o trabalho que já desenvolve protocolos para cuidar de crianças que tratam de tumor cerebral, molecular e meduloblastoma. Além disso, os profissionais de cuidados paliativos da aliança criaram um grupo de orientação destinado aos pais desses pacientes, em um trabalho em conjunto. A expectativa, é de que todas as crianças e adolescentes que enfrentam câncer sejam tratados da mesma maneira no mundo inteiro, começando pelos pacientes que já fazem parte dos centros participantes do projeto”, contou o diretor médico.
A estimativa é de que mais de 2 mil pacientes infantojuvenis possam receber a oportunidade de chegar a um destes centros precocemente, oferecendo exames mais sofisticados, criando registros de dados e aumentando as chances de cura.
Aliança Global
Em setembro de 2021, o Hospital de Amor Infantojuvenil inaugurou um espaço exclusivo para os profissionais que atuam no centro de treinamento, ensino e pesquisa, em parceira com o Hospital St. Jude. O programa ‘Aliança Global’ é composto por sete regionais (México, América Sul, América Central, Eurásia, Oriente Médio, China e África) em prol da mesma causa: salvar vidas.
O espaço possui vários anfiteatros de diferentes tamanhos, salas para estudo, salas para reuniões (com a possibilidade de que todos visualizem as imagens obtidas nos microscópios) e salas de treinamentos – com microscopia anexada e bonecos simulando bebês e crianças em diferentes idades. O novo departamento também conta com uma enfermaria simulada para que enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e outros profissionais possam ser treinados com situações que possivelmente acontecerão na prática.
Cerimônia
Após o “II Encontro Aliança Amarte” (St. Jude Global), as entidades se reuniram para a assinatura do “Acordo de Cooperação entre instituições médicas de saúde para tratamento do câncer infantojuvenil”. Durante a cerimônia, o chefe do departamento Global de pediatria do St. Jude Children’s Research Hospital, Dr. Carlos Rodriguez Galindo, declarou que toda a equipe do centro americano sente-se realizada e gratificada com o sucesso dessa importante parceria!
Para abrilhantar o evento, a cantora lírica, apresentadora, ex-paciente oncológica e grande parceira do HA, Giovanna Maira, contou sua história e cantou músicas clássicas de sucesso, ao lado do coral “Acordes Vocais” – do Instituto Sociocultural do Hospital de Amor – emocionando todos os participantes.
Confira o nome das instituições envolvidas:
Bahia
Hospital Santa Casa de Misericórdia de Itabuna – Hospital Manoel Novaes
Hospital Martagão Gesteira
Hospital Santa Isabel
Ceará
Hospital Infantil Albert Sabin
Distrito Federal
Hospital da Criança de Brasília José Alencar
Minas Gerais
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Geras
Hospital Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia
Pernambuco
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP
Hospital Universitário Oswaldo Cruz
Paraná
União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer – UOPECCAN
Hospital Erastinho
Hospital Pequeno Príncipe
Rio Grande do Norte
Liga Norteriograndense contra o câncer
Rondônia
Hospital de Amor Amazonia
Rio Grande do Sul
Hospital São Vicente de Paulo – Passo Fundo
Hospital das Clínicas Porto Alegre
Santa Catarina
Hospital Joana de Gusmão
Hospital Regional do Oeste – Chapecó
São Paulo
Hospital de Amor Infantojuvenil
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu
Hospital Amaral Carvalho
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
GACC – Grupo de assistência à Criança com Câncer
GRAACC
Neste dia 24 de setembro, o Hospital de Amor, em Barretos (SP), deu mais um grande passo para o atendimento de excelência aos pacientes oncológicos infantojuvenis ao inaugurar seu novo centro de treinamento, ensino e pesquisa: o ‘Aliança Global em Pediatria’. Junto ao Hospital St. Jude – instituição americana referência em tratamento oncológico de crianças e adolescentes no mundo e parceira de longa data do HA – o programa ‘Aliança Global’ foi criado composto por sete regionais (México, América Sul, América Central, Eurásia, Oriente Médio, China e África) em prol de uma causa.
De acordo com o diretor do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, o HA (regional América do Sul) e o St. Jude desenvolveram a ‘Aliança Amarte’, que é a união entre 13 entidades do Brasil, das cinco regiões brasileiras, com objetivo de encontrar ferramentas para equalizar diagnóstico e tratamento, oferecer oportunidade para que mais de 2.000 novas crianças cheguem, por ano, em um desses centros. “A palavra Amarte é um acrônimo, que significa: Apoio Maior, Aumentando Recursos e Tratamento Especializado. Nesse contexto, o ‘Aliança Global’ que inauguramos será utilizado para o treinamento dessas instituições e, futuramente, para outras de toda América do Sul”, afirmou.
O avançado centro do HA contará com a atuação de médicos e pesquisadores, de diversas áreas, e de outros profissionais da saúde, que se dedicarão para capacitar colaboradores, sejam eles enfermeiros, técnicos em enfermagem, analistas de banco de dados, médicos patologistas, radiologistas, entre outros, dependendo da necessidade de cada instituição. “Melhorando a qualidade de diagnóstico (seja na patologia, radiologia ou morfologia) e criando protocolos clínicos e de assistência, conseguiremos cuidar das crianças e adolescentes com câncer”, contou.
Estrutura
Com vários anfiteatros de diferentes tamanhos, salas para estudo, salas para reuniões (com a possibilidade de que todos visualizem as imagens obtidas nos microscópios) e salas de treinamentos – com microscopia anexada e bonecos simulando bebês e crianças em diferentes idades – o novo departamento também conta com uma enfermaria simulada para que enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e outros profissionais possam ser treinados com situações que possivelmente acontecerão na prática.
Pioneirismo
O Hospital de Amor é a primeira instituição oncológica do Brasil a contar com o ‘Aliança Global em Pediatria’! “Desde 2012, quando o a unidade infantojuvenil foi inaugurada, já tínhamos o desejo de criar um centro que, no futuro, tivesse condições de somar esforços com outras instituições. Esse futuro chegou!”, declarou Lopes.
A expectativa é de que nas próximas semanas, as aulas de microscopia, leucemias, mielodisplasias e patologias, além de discussão de casos junto aos outros centros, se iniciem para receber profissionais de saúde de toda a América Latina.
Cerimônia
A concretização desse projeto só foi possível graças à generosidade do produtor rural de Campina Verde (MG), Sandoval Nunes Franco, e toda sua família, que abraçou a causa e destinou uma quantia significativa para a construção do departamento. Para celebrar essa grande conquista, uma cerimônia de inauguração foi realizada com a presença de diretores e colaboradores do hospital, do presidente da HA, Henrique Prata, e toda a família do benemérito. Durante a apresentação, Prata se emocionou ao agradecer a doação. “É raro, em nosso meio, encontrar alguém com um olhar como o Sandoval teve em oferecer o dinheiro dele para a nossa causa. Ele não tem ideia do tamanho da importância dessa doação para o Hospital de Amor e para a história da saúde pública, que mudará a realidade de atendimento de crianças e jovens do mundo inteiro! O que chega por amor e honestidade para nós, chega pela providência. Estamos muito felizes com essa conquista, pois ela chegou como um presente de Deus!”, declarou o presidente.
“Para mim, que tenho 40 anos de oncologia pediátrica, inaugurar o ‘Aliança Global’ é conseguir colocar em prática os ideais para tratar crianças e adolescentes, baseados nos três grandes pilares: clínica, ensino e pesquisa. Agora, temos um espaço para que isso fique cada vez mais forte e beneficie mais pessoas”, concluiu Lopes.
No final do evento, os Palhaços da Alegria do Instituto Sociocultural do Hospital de Amor fizeram uma apresentação emocionante e o capelão da HA, Pe. Tulio Gambarato, finalizou com uma bênção.
Você sabia que seu imposto de renda pode salvar vidas? Os recursos obtidos através de incentivos fiscais são essenciais para que o Hospital de Amor possa continuar a buscar excelência tecnológica e humana no tratamento de câncer e oferecê-las aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, mais do nunca, é preciso unir forças. O difícil momento que o país está vivendo é repleto de inseguranças e incertezas, por isso, precisamos contar com a solidariedade uns dos outros. Se você tem o desejo de realizar uma boa ação, existe uma maneira simples, sem precisar sair de casa de fazê-la: através das doações incentivadas!
A “Lei do Idoso” e a “Lei da Criança e Adolescente” são alguns dos projetos que podem ser direcionados para o HA. Graças às renúncias fiscais (que é quando o Governo abre mão de parte dos impostos devidos por pessoas físicas e jurídicas para que sejam doados diretamente às entidades), o hospital consegue custear e manter as operações regulares de suas unidades e também as ações de combate ao COVID-19.
Para se ter uma ideia, só em 2019, a instituição, que é o maior polo de tratamento oncológico gratuito da América Latina, captou, por meio do ‘Fundo da Criança e do Adolescente’, mais de R$ 11 milhões, beneficiando 29.200 pacientes. “Os recursos obtidos através dos incentivos fiscais são muito importantes para o Hospital de Amor e nós ficamos muito gratos com o crescimento das doações via imposto de renda. O valor arrecadado é destinado ao diagnóstico e tratamento dessas crianças e adolescentes”, afirmou o diretor de desenvolvimento social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata. Já o projeto ‘Fundo do Idoso’ arrecadou, no último ano, R$ 57.080.299,95, o que auxiliou 122.573 pacientes.
Conheça mais sobre os projetos do ‘Fundo do Idoso’ e ‘Fundo da Criança e do Adolescente’:
Projeto Amparo ao Idoso
No último ano, centenas de milhares de pacientes com mais de 60 anos foram beneficiados com os resultados dessa lei. As doações incentivadas pela Lei do Idoso têm o objetivo de viabilizar o custeio do Hospital São Judas Tadeu – a unidade de cuidados paliativos e de atenção do idoso do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal do Idoso: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Amparo’. Com a doação concluída, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Projeto Cuidar
O intuito deste projeto é arcar com o custeio para o tratamento, prevenção e pesquisa do câncer infantojuvenil, uma vez que os custos subsidiados pelo SUS são insuficientes para o atendimento, na totalidade, da população carente. As doações incentivadas pelo Fundo da Criança e do Adolescente busca viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade pediátrica do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Cuidar’. Com a doação concluída, também é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para p e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Afinal, o que diferencia uma doação ‘convencional’ (feita com um cartão de crédito ou pagamento do boleto gerado pela plataforma do site do Hospital) de uma doação por meio de incentivo fiscal? A resposta é simples: quando as doações são realizadas diretamente a projetos sociais, elas não são enquadradas em leis de incentivos fiscais e não podem ser deduzidas. Por isso, serão declaradas na ficha ‘Doações Efetuadas’ – código 80 – ‘Doações em Espécie’ (dinheiro ou espécie) ou código 81 – ‘Doações em bens e direitos’ (na forma de bens). Na descrição, é necessário informar os dados do beneficiário.
Doações de Pessoas Jurídicas podem ser deduzidas em até 9% no Imposto de Renda, desde que façam apuração no lucro real. Os percentuais de destinação são distribuídos nas seguintes leis:
• 1% – Lei do Idoso;
• 1% – Fumcad (Criança e Adolscente);
• 4% – Lei Rouanet (Cultura) e Audiovisual (limitada em até 3%);
• 1% – Lei do Pronon (Câncer);
• 1% – Lei do Pronas (Pessoa com Deficiência);
• 1% – Lei do Esporte.
Doações de Pessoas Físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que feita a declaração anual de ajuste no modelo completo até o dia 30/12/2020. (Neste caso, o contribuinte pode escolher doar todo esse percentual por meio de uma só lei das listadas acima, exceto as leis do PRONON – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica’ e PRONAS/PCD – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência’, ou dividi-la entre elas). Poderão doar tanto as pessoas que possuem imposto a restituir, quanto as pessoas que possuem imposto a pagar.
O roteiro para a doação no ato do preenchimento da Declaração Anual de Ajuste Completa é relativamente simples, pois o valor disponível para doação é automaticamente informado pelo sistema da Receita Federal e, uma vez paga a DARF da doação, o próprio sistema a processa. É importante estar atento, portanto, ao fato de que é gerada uma DARF específica para a doação que também deve ser paga com a DARF do I.R., quando devida. Se tiver imposto a restituir, o valor de sua DARF será somado e acrescido de sua restituição.
Mas atenção: após concluir a doação, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail: ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’. Essa etapa do processo é essencial, pois é com esse comprovante que a equipe do Hospital de Amor consegue confirmar o recebimento da doação nos fundos.
COVID-19
Devido à atual situação de pandemia causa pelo novo coronavírus (COVID-19), o secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, prorrogou o prazo da entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2020 por 60 dias. A partir dessa decisão, a entrega final passa de 30 de abri (30/4) para 30 de junho (30/6).
Confira os passos a serem seguidos durante o preenchimento da Declaração de I. R.:
1º- Após preencher todos os seus dados e informações financeiras, clique em “Resumo da Declaração” no menu da esquerda;
2º– Em seguida, clique em “Doações diretamente na declaração – ECA”;
3º– Clique em “Incluir novo”;
4º– Selecione as opções “Municipal/SP/Barretos – 19.011.652/0001-50”;
5º– O valor disponível para doação é informado pelo próprio sistema, que elabora os cálculos e informa o montante equivalente aos 3% disponíveis para serem doados. Este valor que aparece é, assim, o máximo que poderá ser doado;
6º– Após indicar o valor a ser doado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Barretos, conforme explicado acima, clique em “Envie sua Declaração”;
7º– Após o envio, localize no menu do lado esquerdo o local onde está a DARF referente à sua doação (“Imprimir DARF – Doações Diretamente na Declaração – ECA”);
8º– Pague a DARF da doação e também a do I.R. devido, quando for o caso. Em seguida, envie a DARF de doação com o respectivo comprovante de pagamento para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’ para que a equipe do Hospital de Amor possa apresentá-lo ao FUMDICAD de Barretos e solicitar o repasse à instituição.
Pessoas físicas também podem doar através da plataforma de doação online do Hospital de Amor: o IR do Amor. Confira o vídeo com o passo a passo completo.
Agora, se você ainda tem alguma outra dúvida sobre como ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas através da doação do seu imposto de renda devido, é só acessar www.hospitaldeamor.com.br/incentivofiscal para mais informações. Escolha a forma que preferir e contribua!
Com o objetivo de conscientizar a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil e a importância do diagnóstico precoce da doença, o Hospital de Amor realizou, no último domingo, 24 de novembro, a 8ª edição da “Caminhada Passos que Salvam”. Criada em 2012, a ação acontece todos os anos, simultaneamente em centenas de municípios brasileiros e também em cidades do exterior, durante o último domingo do mês de novembro. A escolha da data está relacionada à proximidade com o “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, celebrado no dia 23/11.
Em apenas 8 anos, o projeto já ajudou a aumentar a taxa de cura do câncer infantojuvenil de 55% para 70%, alcançando milhares de crianças e adolescentes. Este ano, mais de 650 cidades do país foram mobilizadas, superando o número das edições anteriores.
Entre os sinais e sintomas mais comuns da doença, estão manchas roxas pelo corpo, dores de cabeça, vômito, perda de peso, fraqueza e dores nos ossos, sintomas que parecem comuns da infância e podem ser confundidos com doenças que acometem crianças e adolescentes, mas também podem ser o primeiro sinal de que há algo errado acontecendo.
De acordo com o diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Luiz Fernando Lopes, a unidade infantojuvenil do HA tem todas as condições de tratar as crianças com a mesma qualidade dos países com alto nível de desenvolvimento (especialistas experientes, medicamentos adequados e uma excelente estrutura), mas nada disso impacta na vida das crianças se elas não chegarem precocemente para o tratamento. “A Passos que Salvam possui três grandes focos: o primeiro é conscientizar a população sobre a existência do câncer em crianças e adolescentes, ressaltando a importância deles chegarem precocemente ao Hospital para tratamento e alertando sobre os principais sinais e sintomas; o segundo é voltado para a captação de recursos com a venda dos kits, ajudando a custear exames e procedimentos que não são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS); e o terceiro é o mais importante: a partir da caminhada, cada município participante tem a chance de enviar um médico para realizar uma capacitação no Hospital de Amor. Eles passam a reconhecer os tumores precocemente e ficam em contato direto com os profissionais do HA, permitindo que as crianças e adolescentes cheguem o quanto antes para tratamento, aumentando suas chances de cura. Ou seja, graças à Passos que Salvam nós conseguimos reduzir em 20% o diagnóstico tardio e, com as próximas edições, acreditamos que vamos conseguir ainda mais! É uma mobilização que só nos traz ganhos!”, declarou.
Para a coordenadora da ação, Naima Khatib, o objetivo da Caminhada é trazer à discussão a importância dessa conscientização, de maneira lúdica, envolvendo assim toda a sociedade, de modo que permita com que mais diagnósticos precoces aconteçam, consequentemente, haverá maior chances de cura, sendo ampliadas para até 95%.
Caminhando a caráter
Heverton Felipe Soares Costa, de 12 anos, foi a caráter para a caminhada e encantou a todos. Vindo de uma tribo indígena de Boa Vista, capital do estado de Roraima, ele faz tratamento no Hospital de Amor e, pela primeira vez, pôde receber alta médica para participar da ação. O pai, Laersio Matias Mendes, que acompanha o filho em Barretos (SP), reconhece a importância dessa mobilização para as crianças como o Heverton, que lutam contra o câncer. “Essa caminhada nos mostra o quanto existem pessoas especiais que ajudam o Hospital. Nós, indígenas, precisamos muito dessa ajuda, e eu fico muito feliz em saber que meu filho está aqui. Adoramos a caminhada e tenho certeza de que o povo de Roraima também abraçou essa causa”, finalizou.
Voluntariado
E não foram apenas os profissionais e pacientes do Hospital de Amor que acordaram cedinho no domingo para dar os ‘passos que salvam vidas’. Há 15 anos atuando como voluntária, a assistente social Vera Lucia Ribeiro Pena participou, pelo terceiro ano, da “Caminhada Passos que Salvam”. O motivo? “Por conta da importância da caminhada e, principalmente, da conscientização sobre a prevenção do câncer infantojuvenil. A prevenção é o único caminho para a cura. Eu pretendo estar aqui por mais muito outros anos, pois não há dinheiro que pague poder fazer parte disso!”, esclareceu a voluntária.
Números que salvam
Em 2012, ocorreu a primeira mobilização, 19 municípios do Estado de São Paulo e dois de Rondônia caminharam, levando a população, empresas e entidades para participar do evento. Já no ano seguinte, o número mais que quadruplicou: 80 municípios participaram da caminhada em oito estados. A terceira edição foi ainda melhor: 201 cidades em 11 estados brasileiros caminharam juntas, no mesmo dia e horário, levando mais de 150 mil pessoas às ruas. Em 2015, foram 306 cidades de 12 estados que caminharam, comprometidos na luta contra o câncer infantojuvenil. Em 2017 a caminhada mobilizou 300 mil pessoas em cerca de 500 cidades de todo o Brasil. No ano passado, cerca de 600 cidades, em 19 estados do país, além de um grupo de brasileiros que reside em Londres, no Reino Unido, se uniram em favor dessa causa.
Captação de Recursos
Além de disseminar essas importantes informações, a “Caminhada Passos que Salvam” também possui uma ação para arrecadar fundos para o tratamento dos pacientes no Hospital de Amor Infantojuvenil. Ao adquirir um kit com camiseta, boné e ‘sacochila’, cada participante contribuiu com o valor de R$ 35,00, que foi direcionado à instituição.
Confira mais fotos da 8ª “Caminhada Passos que Salvam”, realizada em Barretos (SP), em nosso flickr oficial. Clique aqui.
Na tarde desta sexta-feira, 5 de abril, o Hospital de Amor realizou mais um importante evento: a cerimônia de apresentação do Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico. O novo prédio conta com uma estrutura moderna e humanizada, quartos individuais para os acompanhantes, junto aos leitos dos pacientes, sistema de filtragem de ar em todos os espaços, além de uma unidade de terapia intensiva (UTI) dedicada. O centro, localizado em Barretos (SP) – anexo a unidade infantojuvenil do HA – atenderá crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, e terá capacidade de transplantar 70 pacientes por ano, reduzindo assim, o tempo de espera na fila do transplante do hospital, que hoje, chega a aproximadamente 10 meses.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, no Brasil, o número de centros de transplantes de medula óssea (TMO) especializados na população pediátrica é pequeno. “Desde 2012, a nossa unidade infantojuvenil é a sede do Grupo Cooperativo Brasileiro de Síndromes Mielodisplásicas em Pediatria. Por conta disso, crianças e adolescentes de todo o país com suspeita de síndromes mielodisplásicas (SMD) – grupos raros de doenças pré-malignas, com risco de transformação para leucemia – ou leucemia mielomonocítica juvenil (LMMJ) – também uma doença rara, com características mieloproliferativas e displásicas, próprias da população pediátricas – são encaminhadas para o Hospital de Amor para a realização do diagnóstico e tratamento, que inclui o transplante de medula óssea”, explicou.
Antes da conquista do novo centro, a unidade contava com apenas 3 leitos para a realização do procedimento, sendo capaz de executar menos de 30 transplantes por ano. Com a inauguração do espaço, a unidade ganha 13 leitos, sendo 8 destinados para os transplantes e 5 para a terapia intensiva, além de serem utilizados também para o tratamento clínico dos pacientes com SMD e LMMJ. “Essa conquista, com certeza, irá salvar muitas vidas! Poderemos receber também para o transplante um número maior de crianças com leucemias e outras patologias, que muitas vezes falecem sem a oportunidade de tratamento em um serviço especializado, considerando-se o déficit de leitos de TMO no país”, afirmou Lopes.
A realização deste projeto, que irá beneficiar tantas famílias, só foi possível graças a generosa doação de alguns beneméritos e parceiros do Hospital de Amor, entre eles, a família Riscali, que também prestigiou a apresentação.
Segundo a coordenadora do Centro de Transplante de Medula Óssea, Dra. Neysimelia Costa Villela, carinhosamente conhecida como Dra. Neysi, a concretização desse sonho tem um impacto muito grande na vida de todos os pacientes, mas, especialmente, para os profissionais que atuam no Hospital de Amor Infantojuvenil e que, a partir de agora, poderão tratar crianças e adolescentes em tempo hábil, permitindo que elas consigam a reabilitação e a cura, e sigam uma vida feliz. “Esse era o nosso maior sonho, e hoje ele se realizou. Não tenho palavras para agradecer a todos que contribuíram”, declarou a médica.
Cerimônia
Quem também esteve presente na cerimônia de apresentação do Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico, foi: o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata; a presidente emérita da instituição, Dra. Scylla Duarte Prata; o Ministro de Estado da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; o Deputado Federal, Geninho; o Prefeito de Barretos, Guilherme de Ávila; o Procurador do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região de Campinas, Dr. Ronaldo Lira (representando o Dr. Ronaldo Fleury); representantes da ALSAC (organização de arrecadação e conscientização do Hospital de Pesquisas St. Jude Children); médicos renomados vindos de países como Estados Unidos, Alemanha e Dinamarca; além de autoridades, diretores, médicos e colaboradores do HA e de demais instituições.
Para o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, é uma honra muito grande conseguir realizar esse projeto em um país tão injusto quando o assunto é saúde pública. “Hoje, nossos convidados, em especial o Ministro da Saúde, pôde ver as crianças e os adolescentes, vindos dos 26 estados do Brasil, em busca de um tratamento digno. Ele percebeu as dificuldades que a gente tem e o quanto nós queremos ajudar esse país. Por isso estamos aqui, comemorando mais esse êxito. É um motivo de muito orgulho ter uma equipe igual a que nós temos aqui, que acredita que vale a pena trabalhar por amor e nada mais do que amor. Todos com vocação de servir a Deus e ao nosso próximo, fazendo o melhor por ele”, finalizou Prata.
Após conhecer a estrutura moderna e humanizada do novo centro de transplante e ver de perto o trabalho desenvolvido pelo Hospital de Amor, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ficou encantado com o tratamento de excelência, via Sistema Único de Saúde (SUS), oferecido pela instituição. “Nosso país luta e sempre lutou pelo desafio de se construir um Sistema Único de Saúde universal, para atender os brasileiros. Todo esse complexo apresentando aqui hoje, e que futuramente será inaugurado, possui custos extremamente elevados e é destinado para todas as pessoas. Viemos para assinar o termo de compromisso, para que consigamos estar prontos em relação aos orçamentos necessários. A intenção, é que as crianças diagnosticadas com câncer cheguem aos centros de excelência para seus tratamentos e que, ao entrarem, não encontrem o ‘gargalo’ da burocracia”, afirmou.
No evento, o Ministro Luiz Henrique e o presidente do HA, Henrique Prata, assinaram o termo de compromisso que firmou a união do Ministério da Saúde e do Hospital de Amor, com a finalidade de estipular metas para a concretização do plano de expansão da radioterapia do SUS, junto à Portaria que estabelece recursos do Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde a serem incorporados ao Grupo de Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar – MAC, do Estado de São Paulo e do município de Barretos (SP), cujo valor é R$ 3.164.666,27.
Para abrilhantar ainda mais esse marco na trajetória do Hospital de Amor, o coral “Acordes Vocais” (grupo composto por pacientes, colaboradores do HA, além de barretenses), apresentou-se sob a regência da maestrina Angélica Amêndola de Oliveira Silva, e participação especial do trio “A Bela e os Tenores” (formado pelos cantores líricos Giovanna Maira, Jorge Durian e Armando Valsani).
Ao final, os participantes foram convidados para uma visita ao Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico.
Sobre o Hospital de Amor:
Excelência em oncologia, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) assumiu a liderança do ranking 2018 da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre todos os centros de saúde do Brasil e da América Latina. O levantamento é uma ferramenta de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
A instituição é historicamente reconhecida. Foi escolhida, em 2000, pelo Ministério da Saúde, como o melhor hospital público do país. Em 2011, tornou-se “instituição irmã” do MD Anderson Cancer Center (EUA), o maior centro de tratamento e pesquisa de câncer do mundo, e ainda recebeu um prêmio da AVON como “Campeão Mundial em Avanço na Área Médica no Combate ao Câncer de Mama”. Em 2012, assinou acordo com o Saint Jude Children´s Research Hospital e tornou-se “instituição gêmea”.
O Hospital de Amor foi o grande destaque da 4ª Edição do Prêmio “Melhores Hospitais”, projeto realizado pela Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, realizado em dezembro de 2014. A entidade ganhou em três categorias: melhor hospital, internação e ambulatório. O principal objetivo da premiação é monitorar a qualidade de atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Na categoria “Internação”, o Hospital de Amor liderou o ranking interior, com mais de 97% de aprovação. A instituição também teve um alto índice no quesito “Ambulatório” – 96,5% dos usuários disseram estar satisfeitos com o trabalho realizado.
A cada ano que passa, a Caminhada “Passos que Salvam” – uma das principais campanhas de conscientização promovidas pelo Hospital de Amor – ganha espaço e conquista municípios que abraçam a causa em favor do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Após o sucesso da 7ª edição, que aconteceu no dia 25 de novembro de 2018, e para que o projeto continue ajudando ainda mais pessoas a descobrir os sinais e sintomas da doença, o HA deu mais um passo e realizou, pelo sexto ano consecutivo, a ‘Capacitação de Médicos em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’.
O encontro aconteceu nos dias 22 e 23 de março, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos (SP). Das 650 cidades participantes na última caminhada, 140 médicos (que prestam atendimento a crianças e adolescentes na rede pública de saúde), vindos de 11 estados do Brasil, participaram do evento.
As palestras, ministradas por colaboradores da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, tiveram como objetivo orientar e capacitar esses profissionais para que possam colaborar no diagnóstico precoce do câncer e enviar esses pacientes com mais rapidez para tratamento na instituição. Graças ao treinamento, os participantes poderão se tornar referência na cidade onde atuam, criando um acesso direto com os médicos do Hospital, facilitando o envio de exames e a discussão de casos.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, metade das crianças que chegam a Barretos para o tratamento da doença já se encontra em estágio muito avançado, sendo difícil oferecer taxas elevadas de cura. “Nós temos que mostrar para o pediatra como detectar o câncer precocemente, pois se os pacientes continuarem chegando à instituição tarde demais, não conseguiremos melhorar”, afirmou.
Os dois dias de programação contaram com discussões sobre os seguintes temas: Epidemiologia do Câncer Infantil; Aplicação dos Estudos Moleculares e Genéticos no Diagnóstico Precoce; Os Sinais de Alerta no Hemograma do Diagnóstico Precoce; Estudos de Peregrinação das famílias e pacientes até a chegada a Barretos; Indicação de exames de imagem do Diagnóstico Precoce; Aspectos Importantes da Cirurgia Pediátrica; Vacinação no Imunossuprimido; Abordagem teórica e apresentação de casos: Tumores Abdominais, Retinoblastoma, Leucemias, Tumores Cerebrais, Tumores Ósseos e Linfomas.
Segundo o médico, é possível perceber resultados positivos em decorrência dos eventos anteriores. “Já estamos medindo isso. Temos dados estatísticos das crianças que foram encaminhadas para cá antes do treinamento e depois dele. E estamos reduzindo, significativamente, o número de pacientes que chegaram com tumor avançado, e agora chegam com a doença em estágios mais iniciais, permitindo que se curem”, finalizou Lopes.
Para a coordenadora da Caminhada “Passos que Salvam”, Naima Kathib, esse é um dos projetos mais importantes desenvolvidos pelo Hospital. “Desde de 2014, quando começamos a capacitar os médicos de todo o Brasil, já foi possível perceber a mudança no olhar desses profissionais em relação aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Mais de 1.200 médicos já se tornaram referência em seus municípios para o envio de pacientes ao HA e nós não vamos parar por aí!”, relatou a coordenadora.
O câncer infantojuvenil
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), atualmente, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos com câncer podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. Para o Dr. Luiz Fernando Lopes, 12.500 novos casos são diagnosticados todos os anos no Brasil, e a expectativa é de que até 2020 este número aumente em 30%.
Capacitação de Enfermeiros
Os municípios que realizaram a caminhada também poderão enviar seus enfermeiros para participar da ‘Capacitação de Enfermeiros em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’. O treinamento destes profissionais acontecerá nos dias 24 e 25 de maio de 2019. Para mais informações, basta entrar em contato com o departamento responsável pela Caminhada “Passos que Salvam” através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7169, ou e-mail: ‘passosquesalvam@hcancerbarretos.com.br’.