Você sabia que agentes infecciosos como bactérias e vírus podem causar câncer? Segundo o médico coordenador do departamento de Cabeça e Pescoço e Pesquisador do Hospital de Amor, Dr. Ricardo Gama, de 15 a 17% de todos os tumores malignos possuem relação com esses agentes, incluindo o câncer de colo uterino, predominantemente ocasionado pelo papiloma vírus humano (HPV), com incidência de mais de 17 mil novos casos por ano apenas no Brasil.
O médico conta que já ficou também evidenciada cientificamente uma relação entre o HPV e o câncer de orofaringe ou garganta. “Um estudo desenvolvido no HA, em Barretos (SP), mostrou que cerca de 20% dos pacientes com câncer de garganta tiveram sua doença associada com a infecção crônica pelo HPV. Em outros países, como os Estados Unidos, o HPV chega a ser responsável por 90% dos tumores de garganta. Além do câncer de colo do útero e da garganta, existem outros diretamente relacionados ao HPV, como o de ânus, pênis, vagina e vulva e todos de transmissão sexual”, explica Gama.
Mas o especialista revela que a infecção pelo HPV não é a única vilã, existem evidências que também comprovam que o câncer de estômago está associado com a infecção pela bactéria conhecida como Helicobacter pilory; assim como o vírus HIV (da AIDS) pode ser fator de risco para alguns tipos de câncer do sistema linfático, como o linfoma; enquanto o vírus de Epstein-Barr (EBV) pode ter relação com o carcinoma nasofaríngeo indiferenciado, o câncer gástrico e o linfoma.
Como pacientes oncológicos devem prevenir infecções
Segundo o infectologista, para o tratamento do câncer o paciente pode precisar de cirurgia que, muitas vezes, são cirurgias de grande porte, quimioterapia ou radioterapia. “A depender do tipo de câncer, estes três tipos de tratamento podem ser associados. Tanto a quimioterapia como a radioterapia diminuem as defesas do paciente e isso coloca o paciente em risco de adquirir infecções”, explica Tarso.
Para os pacientes que irão iniciar o tratamento oncológico, uma das principais medidas para prevenção de infecção é a atualização da carteira de vacinação conforme a faixa etária/idade. Pelo Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, as seguintes vacinas são recomendadas para os pacientes que irão fazer quimioterapia e/ou radioterapia: difteria acelular, coqueluche, tétano, Haemophilus influenza b (conjugada), hepatite B, poliomielite (inativada), sarampo, caxumba, rubéola, zoster, febre amarela, influenza, COVID-19, meningite C, HPV, pneumocócica (VPC13 e VPC23). Todas elas estão disponíveis pelo SUS, entretanto vacinas com vírus vivos ou atenuadas (febre amarela, zoster, sarampo, caxumba, rubéola, pólio oral) são contraindicadas para pacientes em quimioterapia e/ou radioterapia.
“Ressalto que essa contraindicação vai até 6 meses após o término da quimioterapia e/ou radioterapia. Infelizmente, devido a urgência do tratamento oncológico, o paciente não tem tempo de atualizar sua carteira de vacinação antes do início da quimioterapia e/ou da radioterapia”, enfatiza o Dr. Paulo, que reforça também a necessidade de os familiares estarem com as seguintes vacinas em dia: influenza (gripe), sarampo, rubéola, caxumba e COVID-19.
Cuidados que o paciente oncológico deve ter
É importante que os pacientes que estão em tratamento oncológico evitem contato com pessoas que estejam com infecções transmissíveis, como gripe, resfriado, COVID-19, pneumonia e indivíduos com diarreia, por exemplo. Além disso, os pacientes também devem evitar lugares aglomerados e com pouca ventilação. “Se não for possível evitar tais lugares, eles deverão fazer uso de máscara cobrindo a boca e o nariz enquanto permanecerem nesses locais. Outra medida importante é em relação à alimentação (cuidados alimentares para pacientes oncológicos). Deve-se ter cuidado especial no preparo dos alimentos, como higienizar adequadamente as verduras e legumes, e dar preferência para aqueles que sejam cozidos. As frutas também devem ser higienizadas antes de serem ingeridas e deve-se dar preferência para as que sejam descascadas para serem ingeridas”, detalha o especialista.
Preparação correta
De acordo com o médico, as verduras, frutas e legumes além de serem lavadas em água corrente, também poderão ser submetidas à desinfecção com água sanitária. “Para fazer a solução na proporção correta, use 8ml (uma colher de sopa cheia) de água sanitária para cada litro de água potável. Frutas, legumes e verduras podem ficar de molho na solução de água potável e água sanitária por cerca de 15 minutos. No caso das folhosas, este tempo pode ser reduzido para 10 minutos. Após a imersão, enxaguar bem o alimento em água filtrada ou água corrente tratada com cloro”, explica.
O infectologista também reforça que as carnes (aves, carne bovina e peixes) e os ovos devem estar bem cozidos, ou seja, evitar o consumo de carnes ou ovos malpassados. “Uma outra regra básica e fácil para evitar a contaminação dos alimentos após o preparo, é consumir os pratos quentes antes que eles esfriem e os gelados antes que eles esquentem. Quando são preparadas para servir mais de uma refeição, deve-se refrigerar em geladeira quando ainda não estiverem totalmente frios, ou seja, eles devem ir para geladeira com a temperatura um pouco menor do que chamamos de morno (nem quente e nem completamente frio)”.
Também existem outras recomendações importantes, como não ingerir água que não seja clorada, como água de mina, fontes, cisternas, etc. Além da higiene das mãos, que é uma importante medida de prevenção de infecções, devendo ser realizada antes de se alimentar, antes de preparar os alimentos, após o uso do banheiro, após tocar superfícies que muitas pessoas tocam, com por exemplo maçanetas de banheiro público/coletivo, antes de colocar a mão na boca, nos olhos ou nas narinas.
Dengue, Zika e Chikungunya
O Hospital de Amor viveu momentos de muita emoção e alegria na manhã desta quinta-feira, 21 de janeiro, ao dar início à vacinação de seus colaboradores contra a COVID-19. Após meses de muita dedicação e coragem atuando na linha de frente contra o novo coronavírus, dois profissionais da saúde: o médico do Centro de Intercorrência Ambulatorial (CIA) do HA, Sergio Luiz Brasileiro Lopes, e a coordenadora de enfermagem, Alessandra da Silva Maldonado, foram os primeiros a serem imunizados.
De acordo com o médico infectologista do hospital, Dr. Paulo de Tarso Oliveira e Castro, ainda existem poucas doses da vacina, por isso, os colaboradores que ficaram na linha de frente foram os escolhidos para essa etapa inicial. “Após essa fase, todo os outros grupos prioritários da área da saúde serão vacinados. É importante ressaltar que, embora a vacina esteja chegando, estamos nos auge da pandemia e o vírus segue circulando de maneira intensa. Por isso, é preciso continuar adotando as medidas de controle da pandemia, como uso de máscara, higienização das mãos, distanciamento social e evitar aglomerações para impedir a disseminação do coronavírus e também de outros vírus respiratórios. Vamos fazer a nossa parte para conseguir controlar essa pandemia”, afirmou.
Para o Dr. Sergio Lopes, a vacina tem um benefício fundamental não só para todos que a tomarem, mas também para todos que têm contato com quem foi vacinado. “Começar essa onda de vacinação é essencial e, mais essencial ainda, é entender a importância de ser vacinado para não termos um ano tão difícil como foi 2020. A vacina é a nossa esperança! Ser o primeiro a receber a aplicação aqui no Hospital de Amor é muito emocionante e a certeza de que vai me proteger e também a minha equipe, que é a linha de frente que enfrenta essa pandemia dia a dia”, explicou o médico.
A coordenadora de enfermagem, Alessandra, que atua há 19 anos no HA, não conseguiu segurar a emoção ao receber a vacina. “Estou bastante emocionada, pois eu esperei muito por esse momento. Quem está na linha de frente sabe da angústia que nos acompanha diariamente e do medo de nos contaminar e também a nossa família”, declarou.
Depois de imunizar os colaboradores do Hospital de Amor, a equipe responsável pela aplicação da vacina seguirá imunizando os profissionais da saúde das outras instituições de Barretos (SP).
O surgimento do novo coronavírus no Brasil resultou no desenvolvimento de diversas ações importantes para prevenir e reduzir a propagação da doença. Instituições de todo o país criaram medidas preventivas, de acordo com as recomendações da Secretaria Estadual de Saúde, visando a segurança e o bem-estar de todos. No Hospital de Amor não foi diferente!
Com o objetivo de oferecer um conhecimento integral para toda rede de atenção à saúde, o departamento de Educação Corporativa do HA (composto por 7 profissionais e presente em várias unidades da entidade), está realizando uma série de capacitações especiais para que os colaboradores tenham segurança e alta performance em suas atividades de assistência aos pacientes, além de competências necessárias para garantir a segurança dos próprios profissionais.
Os treinamentos de como higienizar bem as mãos, oferecer suporte avançado de atendimento aos pacientes com suspeita de COVID-19 e qualidade de saúde mental aos colaboradores da instituição, estão acontecendo diariamente. Além disso, a utilização de folders, vídeos, banners e outras ações educativas estão servindo de apoio para esse preparo. Tudo, para que o conhecimento afetivo, cognitivo, psicomotor, habilidoso e efetivo esteja presente em todos os momentos no Hospital de Amor.
O Hospital de Amor e a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), se uniram para criar um projeto de telemedicina (prática médica realizada à distância), na tentativa de ajudar toda a população neste difícil momento de pandemia causado pelo novo coronavírus. As ações de “teletriagem” e “telemonitoramento” visam orientar, direcionar e monitorar, individualmente, cada perfil cadastrado nas unidades básicas de saúde (UBSs) de Barretos (SP).
As dinâmicas serão simples: inicialmente, será realizado o primeiro contato com o paciente através de um link, encaminhado por meio de mensagem SMS, contendo um formulário com questões relacionadas à saúde e atividades rotineiras, como: “Quais sintomas você apresenta?”; “Você tem alguma doença crônica?”; “Como se sente em relação a pandemia do coronavírus?”; “Você tem contato frequente com idosos?”, entre outras. Depois de responder as perguntas, o paciente receberá um diagnóstico básico e, então, os alunos do 6º ano do curso de medicina realizarão a análise do relatório. Após esta etapa, eles entrarão em contato com o paciente que apresentar um ou mais sintomas e/ou fizer parte do grupo de risco. Outra opção disponível, é o contato ser realizado pelo próprio paciente. Basta ele ligar para o número de 0800 enviado junto ao SMS e esclarecer dúvidas, solicitar informações ou relatar sintomas.
Para que a ação tenha êxito e que a equipe envolvida entenda o perfil de cada participante, é essencial que o questionário seja respondido por todos, pois só assim será possível identificar as pessoas que encontram-se em estado de alerta ou que necessitam de orientações na luta contra o COVID-19.
Telemedicina: a tecnologia que veio para ficar
Diante da crise gerada pelo coronavírus no país, com grandes impactos e desafios para o sistema de saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou, no último dia 19/3, um ofício ao Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assegurando as condições legais para o uso da telemedicina no combate ao COVID-19, preservando a relação médico-paciente e evitando a possível disseminação do vírus. Porém, há tempos o Hospital de Amor vem abordando diversas formas de implementar essa tecnologia na instituição, buscando um atendimento muito mais eficiente que incorpore técnicas digitais.
Um dos primeiros projetos a ser introduzido na entidade, é o prontuário eletrônico. De acordo com o oncologista do Hospital de Amor e diretor-geral da FACISB, Dr. Sérgio Serrano, a ferramenta irá abranger, de forma integrada e por meio de um sistema unificado, as informações das unidades fixas de tratamento localizadas em Barretos (SP), Jales (SP) e Porto Velho (RO), além das unidades de prevenção espalhadas por vários pontos do país. A iniciativa visa adotar algumas práticas da medicina digital, inclusive com a telemedicina, como parte da estratégia de melhorar o acesso aos pacientes, diminuindo a necessidade de deslocamento deles até Barretos.
“Com a pandemia do coronavírus, vimos que era preciso acelerar e iniciar esse processo, mesmo sem contar com toda tecnologia instalada. Aproveitamos uma estrutura já existente no hospital (call center) e a forte parceria da instituição com a faculdade de medicina, e criamos um grupo de alunos voluntários no ‘teleatendimento’, para que as principais dúvidas dos pacientes em relação a consultas, reagendamentos e medidas preventivas fossem esclarecidas. Dessa forma, estamos identificando a possibilidade de incorporar a telemedicina”, afirmou Serrano.
Para o médico, é possível utilizar essas técnicas para prestar atendimento a todos os pacientes com qualidade, conforto, segurança e humanização, estejam eles em cuidados paliativos, pós-operatório, tratamento com químio e/ou radioterapia e, inclusive depois do segmento (aqueles que estão sem evidências de doença e precisam apenas de acompanhamento médico). “Independentemente de pandemia, essa assistência é essencial e o objetivo é de que se perpetue. Nós temos condições e recursos de ‘ir até o paciente’ prestar assistência ‘dentro da casa dele’ de forma humanizada, ou seja, sem tirar ele do seu conforto. Além disso, é uma ótima experiência de aprendizado para os nossos alunos, residentes e pós-graduandos, pois estamos descobrindo uma outra forma de criar um atendimento de excelência e humanização. Não iremos substituir o contato físico com o paciente, pois isso é fundamental na medicina e não vai se perder nunca, mas iremos substituir algumas consultas que, com toda certeza, conseguiremos fazer à distância sem causar nenhum dano ao tratamento do paciente”, esclareceu.
Através do software Research Eletronic Data Caputure (REDCap) – plataforma de coleta, gerenciamento e disseminação de dados de pesquisa – o Hospital de Amor já está mapeando todo esse processo para poder replicar seu sistema para os outros centros de saúde.
Segundo Serrano, neste momento de crise e isolamento social, a mudança cultural vai acontecer e transformar o cenário de todo o país, pois a telemedicina está cada vez mais presente na vida das pessoas. “A partir do momento em que se cria a possibilidade de se aproximar das pessoas e cuidar delas com alguma nova tecnologia, levando saúde e promoção de saúde, é uma passagem sem volta! A telemedicina é um caminho a ser explorado, atingindo não somente as ‘teleconsultas’, mas também todas as áreas. É a tecnologia mediando todos os processos. É o novo que vem por aí. É um momento para aproveitarmos as novas oportunidades e, quem sabe, sairmos dessa situação dolorosa causada pelo coronavírus ainda mais fortalecidos para criar um mundo melhor”, finalizou o oncologista.
Surpresa com gostinho de ‘quero mais’ e muita gratidão! No último dia 27 de março, os profissionais de saúde do Hospital de Amor (das unidades adulta e infantojuvenil), do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso), do Hospital Nossa Senhora e da Santa Casa de Misericórdia de Barretos receberam uma deliciosa surpresa. As equipes, que estão trabalhando na linha de frente dessa grande batalha contra o novo coronavírus, foram beneficiadas com 186 combos de produtos da rede mundial de restaurantes, McDonald’s.
Através do programa Bom Vizinho, uma iniciativa da Arcos Dorados (maior franquia independente do McDonald’s no mundo), a ação, que irá doar refeições a 29 instituições de 22 cidades do Brasil, busca oferecer apoio a esses profissionais que possuem papel fundamental no combate ao COVID-19 e que lutam incansavelmente para salvar vidas.
A pandemia do novo coronavírus já impôs uma queda significativa na captação de recursos financeiros do Hospital de Amor, maior polo de tratamento oncológico gratuito da América Latina. Por isso, o presidente da instituição, Henrique Prata, está convocando toda a população para ajudar a entidade neste momento difícil. O objetivo, é mobilizar os coordenadores voluntários de leilões de gado, shows, ações entre amigos e outras iniciativas para continuar realizando os eventos, porém, de forma virtual, para que sejam evitados aglomerações e contatos, mas que o hospital não deixe de receber os recursos.
Para manter sua estrutura com 16 institutos de prevenção, cinco unidades de tratamento e mais de 25 unidades móveis, o Hospital de Amor conta com a realização desses eventos beneficentes como forma de arrecadação de recursos e, com a necessidade da quarentena, essas ações foram adiadas. De acordo com Prata, a ausência de leilões e shows equivale a uma quantia que varia entre 7 e 8 milhões de reais/mês. Outra redução drástica enfrentada pela instituição é referente às contribuições via destinação de parte do prêmio do Hiper Saúde (região de Ribeirão Preto – SP) e do Saúde Cap (região de São José do Rio Preto – SP) – títulos de capitalização que arrecadam entre 2,5 a 3 milhões de reais/mês, além de todo o investimento que está sendo realizado para equipar os leitos de unidades de terapia intensivas (UTIs) das unidades do hospital – cerca de R$ 4,5 milhões.
Campanha emergencial
Diante dessa situação, foi lançada uma campanha, que busca apoio por meio da sociedade e também das empresas parceiras da instituição.
“A campanha é uma oportunidade para todos, que já conhecem a seriedade do nosso trabalho, nos ajudar. Mais do que nunca precisamos da contribuição de todos. O enfrentamento vai ser longo e difícil, mas nós não podemos deixar os nossos pacientes sem o atendimento que eles merecem, humanizado e com qualidade. Contamos com a união e a ajuda de todo o Brasil”, declarou Henrique Prata.
“Todo o valor levantado será destinado à manutenção dos procedimentos realizados em todas as unidades e também à compra de equipamentos básicos para a prevenção do coronavírus”, relatou o presidente.
Neste momento, o grande desafio do Hospital de Amor é conscientizar a sociedade a doar por meio da página www.hospitaldeamor.com.br/corona, onde as contribuições podem ser feitas por depósito bancário, boleto ou usando o cartão de crédito. “Queremos que a população se sensibilize a doar, pois os tratamentos continuam e vidas precisam ser salvas”, finalizou Prata.
Hospital de Amor
O Hospital de Amor está presente em 13 estados brasileiros, administra dois centros de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), em Barretos (SP), a Santa Casa de Misericórdia de Barretos e cinco unidades básicas de saúde (UBSs) na cidade. Além disso, conta com mais de 6 mil atendimentos oncológicos diários, 100% gratuitamente, a pacientes vindos de várias partes do Brasil e que são classificados como grupo de risco para o contágio do coronavírus.
A instituição também é corresponsável pela saúde de 18 municípios da DRS V do estado de São Paulo, por estar à frente da atenção primária, secundária e de alta complexidade na região, razão pela qual criou um amplo plano de contingenciamento para enfrentar a epidemia.
Com objetivo de contribuir para um melhor tratamento aos pacientes com a COVID-19 no Brasil, o Hospital de Amor está fazendo parte dos esforços da chamada ‘Coalizão COVID Brasil’, coordenada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). A iniciativa poderá contar com os esforços de até 60 outros hospitais de todo o País.
A Coalizão COVID Brasil é um projeto que está avaliando a eficácia e segurança de medicamentos para pacientes com infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) por meio de ensaios clínicos padronizados em três frentes: a primeira (Coalizão I), que envolverá pacientes de menor gravidade internados; a segunda (Coalizão II), que envolverá casos mais graves e que necessitam de maior suporte respiratório; e a terceira (Coalizão III), que envolverá pacientes com insuficiência respiratória grave e que necessitam de suporte de aparelhos (ventilador mecânico) para respirar.
O Hospital de Amor, que tem como pesquisadora principal a médica intensivista e diretora médica do HA, Dra. Cristina Prata Amendola, está contribuindo com os ensaios clínicos do projeto nas duas primeiras frentes, onde serão verificadas as efetividades dos medicamentos hidroxicloroquina e azitromicina. Segundo as equipes responsáveis pelas pesquisas, os resultados deverão estar disponíveis entre 60 e 90 dias.
Em razão do aumento dos casos de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) nas últimas semanas, informamos que diversas medidas de controle estão sendo tomadas nas unidades do Hospital de Amor, a fim de minimizar o risco de infecção entre pacientes, acompanhantes e colaboradores, as quais seguem abaixo:
Para pacientes e acompanhantes:
1- Os pacientes em tratamento oncológico não deverão faltar de suas consultas, exames ou procedimentos marcados, devido ao risco que esse tipo de interrupção pode trazer ao seu tratamento. Contudo, se, no dia do atendimento marcado, o paciente (ainda estando em sua cidade de origem) apresentar febre e sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar, aumento da secreção nasal, espirros, etc.), o mesmo deve entrar em contato com a unidade do Hospital de Amor em que realiza seu tratamento para reagendamento, além de procurar atendimento médico na unidade básica de saúde (UBS) do próprio município;
2- O Hospital de Amor também solicita que os pacientes não tragam acompanhantes que estejam com sintomas respiratórios, como os descritos no item anterior. Caso o acompanhante apresente qualquer um desses sintomas, orientamos que ele seja substituído antes do deslocamento à unidade do Hospital de Amor;
3- A presença de acompanhantes está restrita aos casos previstos por lei (pacientes crianças, idosos e portadores de necessidades especiais). Não há uma idade máxima permitida para os acompanhantes, porém, não recomendamos que pessoas acima de 60 anos ou com comorbidades (portadores de doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades) exerçam essa função;
4- Todas as visitas estão suspensas por tempo indeterminado, em todas as unidades do Hospital de Amor e alojamentos da instituição;
5- Haverá triagem de pacientes sintomáticos respiratórios em todas as recepções da instituição, com organização do fluxo de atendimento para síndrome gripal e isolamento de todos os casos suspeitos de COVID-19. Na unidade de Barretos (SP), os pontos de triagem estão localizados na área de estacionamento dos ambulatórios adultos e infantil, e em frente ao Centro de Intercorrência Ambulatorial (CIA). Em Jales (SP), a triagem acontecerá também no estacionamento da unidade. Já em Porto Velho (RO), o processo será feito na recepção principal.
6- Com o objetivo de evitar aglomerações, serão realizados a redução de agendas ambulatoriais e o adiamento de consultas de retorno (semestral ou anual), assim como, também haverá o adiamento de cirurgias eletivas de baixo risco, principalmente, em pacientes idosos. Reforçamos que cada caso será avaliado individualmente, sempre priorizando a saúde e o bem-estar dos pacientes;
7- As ações de envolvimento social (em todas as unidades), tais como: projetos de voluntariado, eventos científicos, religiosos e recreativos, estão canceladas por tempo indeterminado.
Para colaboradores (profissionais que atuam nas unidades do Hospital de Amor):
1- Caso surjam colaboradores apresentando síndrome gripal (febre com sintomas respiratórios), os mesmos serão afastados do contato com paciente;
2- Medidas extensivas de comunicação interna têm sido tomadas, a fim de garantir que as informações relacionadas aos procedimentos corretos cheguem a todos os envolvidos direta e indiretamente no atendimento aos pacientes. Estão ocorrendo renovações de equipamentos de proteção individuais (EPIs), disposição estratégica de álcool em gel, treinamentos relacionados a medidas de controle e higienização, além da exposição de cartazes e comunicados em todos os setores do hospital.
Funcionamento do hemonúcleo e doações de sangue
O hemonúcleo do Hospital de Amor segue realizando suas atividades normalmente, e as doações de sangue e de medula óssea não estão suspensas. Todo doador que comparece ao setor é submetido a uma triagem para garantir sua aptidão para doar. É importante enfatizar que pessoas que apresentam sintomas gripais devem realizar esse tipo de doação 15 dias após o desaparecimento de todos os sinais.
Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com a unidade onde realiza seu tratamento.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, também deixou orientações importantes sobre o coronavírus e um apelo pela colaboração da população. Confira:
Você sabia que agentes infecciosos como bactérias e vírus podem causar câncer? Segundo o médico coordenador do departamento de Cabeça e Pescoço e Pesquisador do Hospital de Amor, Dr. Ricardo Gama, de 15 a 17% de todos os tumores malignos possuem relação com esses agentes, incluindo o câncer de colo uterino, predominantemente ocasionado pelo papiloma vírus humano (HPV), com incidência de mais de 17 mil novos casos por ano apenas no Brasil.
O médico conta que já ficou também evidenciada cientificamente uma relação entre o HPV e o câncer de orofaringe ou garganta. “Um estudo desenvolvido no HA, em Barretos (SP), mostrou que cerca de 20% dos pacientes com câncer de garganta tiveram sua doença associada com a infecção crônica pelo HPV. Em outros países, como os Estados Unidos, o HPV chega a ser responsável por 90% dos tumores de garganta. Além do câncer de colo do útero e da garganta, existem outros diretamente relacionados ao HPV, como o de ânus, pênis, vagina e vulva e todos de transmissão sexual”, explica Gama.
Mas o especialista revela que a infecção pelo HPV não é a única vilã, existem evidências que também comprovam que o câncer de estômago está associado com a infecção pela bactéria conhecida como Helicobacter pilory; assim como o vírus HIV (da AIDS) pode ser fator de risco para alguns tipos de câncer do sistema linfático, como o linfoma; enquanto o vírus de Epstein-Barr (EBV) pode ter relação com o carcinoma nasofaríngeo indiferenciado, o câncer gástrico e o linfoma.
Como pacientes oncológicos devem prevenir infecções
Segundo o infectologista, para o tratamento do câncer o paciente pode precisar de cirurgia que, muitas vezes, são cirurgias de grande porte, quimioterapia ou radioterapia. “A depender do tipo de câncer, estes três tipos de tratamento podem ser associados. Tanto a quimioterapia como a radioterapia diminuem as defesas do paciente e isso coloca o paciente em risco de adquirir infecções”, explica Tarso.
Para os pacientes que irão iniciar o tratamento oncológico, uma das principais medidas para prevenção de infecção é a atualização da carteira de vacinação conforme a faixa etária/idade. Pelo Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, as seguintes vacinas são recomendadas para os pacientes que irão fazer quimioterapia e/ou radioterapia: difteria acelular, coqueluche, tétano, Haemophilus influenza b (conjugada), hepatite B, poliomielite (inativada), sarampo, caxumba, rubéola, zoster, febre amarela, influenza, COVID-19, meningite C, HPV, pneumocócica (VPC13 e VPC23). Todas elas estão disponíveis pelo SUS, entretanto vacinas com vírus vivos ou atenuadas (febre amarela, zoster, sarampo, caxumba, rubéola, pólio oral) são contraindicadas para pacientes em quimioterapia e/ou radioterapia.
“Ressalto que essa contraindicação vai até 6 meses após o término da quimioterapia e/ou radioterapia. Infelizmente, devido a urgência do tratamento oncológico, o paciente não tem tempo de atualizar sua carteira de vacinação antes do início da quimioterapia e/ou da radioterapia”, enfatiza o Dr. Paulo, que reforça também a necessidade de os familiares estarem com as seguintes vacinas em dia: influenza (gripe), sarampo, rubéola, caxumba e COVID-19.
Cuidados que o paciente oncológico deve ter
É importante que os pacientes que estão em tratamento oncológico evitem contato com pessoas que estejam com infecções transmissíveis, como gripe, resfriado, COVID-19, pneumonia e indivíduos com diarreia, por exemplo. Além disso, os pacientes também devem evitar lugares aglomerados e com pouca ventilação. “Se não for possível evitar tais lugares, eles deverão fazer uso de máscara cobrindo a boca e o nariz enquanto permanecerem nesses locais. Outra medida importante é em relação à alimentação (cuidados alimentares para pacientes oncológicos). Deve-se ter cuidado especial no preparo dos alimentos, como higienizar adequadamente as verduras e legumes, e dar preferência para aqueles que sejam cozidos. As frutas também devem ser higienizadas antes de serem ingeridas e deve-se dar preferência para as que sejam descascadas para serem ingeridas”, detalha o especialista.
Preparação correta
De acordo com o médico, as verduras, frutas e legumes além de serem lavadas em água corrente, também poderão ser submetidas à desinfecção com água sanitária. “Para fazer a solução na proporção correta, use 8ml (uma colher de sopa cheia) de água sanitária para cada litro de água potável. Frutas, legumes e verduras podem ficar de molho na solução de água potável e água sanitária por cerca de 15 minutos. No caso das folhosas, este tempo pode ser reduzido para 10 minutos. Após a imersão, enxaguar bem o alimento em água filtrada ou água corrente tratada com cloro”, explica.
O infectologista também reforça que as carnes (aves, carne bovina e peixes) e os ovos devem estar bem cozidos, ou seja, evitar o consumo de carnes ou ovos malpassados. “Uma outra regra básica e fácil para evitar a contaminação dos alimentos após o preparo, é consumir os pratos quentes antes que eles esfriem e os gelados antes que eles esquentem. Quando são preparadas para servir mais de uma refeição, deve-se refrigerar em geladeira quando ainda não estiverem totalmente frios, ou seja, eles devem ir para geladeira com a temperatura um pouco menor do que chamamos de morno (nem quente e nem completamente frio)”.
Também existem outras recomendações importantes, como não ingerir água que não seja clorada, como água de mina, fontes, cisternas, etc. Além da higiene das mãos, que é uma importante medida de prevenção de infecções, devendo ser realizada antes de se alimentar, antes de preparar os alimentos, após o uso do banheiro, após tocar superfícies que muitas pessoas tocam, com por exemplo maçanetas de banheiro público/coletivo, antes de colocar a mão na boca, nos olhos ou nas narinas.
Dengue, Zika e Chikungunya
O Hospital de Amor viveu momentos de muita emoção e alegria na manhã desta quinta-feira, 21 de janeiro, ao dar início à vacinação de seus colaboradores contra a COVID-19. Após meses de muita dedicação e coragem atuando na linha de frente contra o novo coronavírus, dois profissionais da saúde: o médico do Centro de Intercorrência Ambulatorial (CIA) do HA, Sergio Luiz Brasileiro Lopes, e a coordenadora de enfermagem, Alessandra da Silva Maldonado, foram os primeiros a serem imunizados.
De acordo com o médico infectologista do hospital, Dr. Paulo de Tarso Oliveira e Castro, ainda existem poucas doses da vacina, por isso, os colaboradores que ficaram na linha de frente foram os escolhidos para essa etapa inicial. “Após essa fase, todo os outros grupos prioritários da área da saúde serão vacinados. É importante ressaltar que, embora a vacina esteja chegando, estamos nos auge da pandemia e o vírus segue circulando de maneira intensa. Por isso, é preciso continuar adotando as medidas de controle da pandemia, como uso de máscara, higienização das mãos, distanciamento social e evitar aglomerações para impedir a disseminação do coronavírus e também de outros vírus respiratórios. Vamos fazer a nossa parte para conseguir controlar essa pandemia”, afirmou.
Para o Dr. Sergio Lopes, a vacina tem um benefício fundamental não só para todos que a tomarem, mas também para todos que têm contato com quem foi vacinado. “Começar essa onda de vacinação é essencial e, mais essencial ainda, é entender a importância de ser vacinado para não termos um ano tão difícil como foi 2020. A vacina é a nossa esperança! Ser o primeiro a receber a aplicação aqui no Hospital de Amor é muito emocionante e a certeza de que vai me proteger e também a minha equipe, que é a linha de frente que enfrenta essa pandemia dia a dia”, explicou o médico.
A coordenadora de enfermagem, Alessandra, que atua há 19 anos no HA, não conseguiu segurar a emoção ao receber a vacina. “Estou bastante emocionada, pois eu esperei muito por esse momento. Quem está na linha de frente sabe da angústia que nos acompanha diariamente e do medo de nos contaminar e também a nossa família”, declarou.
Depois de imunizar os colaboradores do Hospital de Amor, a equipe responsável pela aplicação da vacina seguirá imunizando os profissionais da saúde das outras instituições de Barretos (SP).
O surgimento do novo coronavírus no Brasil resultou no desenvolvimento de diversas ações importantes para prevenir e reduzir a propagação da doença. Instituições de todo o país criaram medidas preventivas, de acordo com as recomendações da Secretaria Estadual de Saúde, visando a segurança e o bem-estar de todos. No Hospital de Amor não foi diferente!
Com o objetivo de oferecer um conhecimento integral para toda rede de atenção à saúde, o departamento de Educação Corporativa do HA (composto por 7 profissionais e presente em várias unidades da entidade), está realizando uma série de capacitações especiais para que os colaboradores tenham segurança e alta performance em suas atividades de assistência aos pacientes, além de competências necessárias para garantir a segurança dos próprios profissionais.
Os treinamentos de como higienizar bem as mãos, oferecer suporte avançado de atendimento aos pacientes com suspeita de COVID-19 e qualidade de saúde mental aos colaboradores da instituição, estão acontecendo diariamente. Além disso, a utilização de folders, vídeos, banners e outras ações educativas estão servindo de apoio para esse preparo. Tudo, para que o conhecimento afetivo, cognitivo, psicomotor, habilidoso e efetivo esteja presente em todos os momentos no Hospital de Amor.
O Hospital de Amor e a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), se uniram para criar um projeto de telemedicina (prática médica realizada à distância), na tentativa de ajudar toda a população neste difícil momento de pandemia causado pelo novo coronavírus. As ações de “teletriagem” e “telemonitoramento” visam orientar, direcionar e monitorar, individualmente, cada perfil cadastrado nas unidades básicas de saúde (UBSs) de Barretos (SP).
As dinâmicas serão simples: inicialmente, será realizado o primeiro contato com o paciente através de um link, encaminhado por meio de mensagem SMS, contendo um formulário com questões relacionadas à saúde e atividades rotineiras, como: “Quais sintomas você apresenta?”; “Você tem alguma doença crônica?”; “Como se sente em relação a pandemia do coronavírus?”; “Você tem contato frequente com idosos?”, entre outras. Depois de responder as perguntas, o paciente receberá um diagnóstico básico e, então, os alunos do 6º ano do curso de medicina realizarão a análise do relatório. Após esta etapa, eles entrarão em contato com o paciente que apresentar um ou mais sintomas e/ou fizer parte do grupo de risco. Outra opção disponível, é o contato ser realizado pelo próprio paciente. Basta ele ligar para o número de 0800 enviado junto ao SMS e esclarecer dúvidas, solicitar informações ou relatar sintomas.
Para que a ação tenha êxito e que a equipe envolvida entenda o perfil de cada participante, é essencial que o questionário seja respondido por todos, pois só assim será possível identificar as pessoas que encontram-se em estado de alerta ou que necessitam de orientações na luta contra o COVID-19.
Telemedicina: a tecnologia que veio para ficar
Diante da crise gerada pelo coronavírus no país, com grandes impactos e desafios para o sistema de saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou, no último dia 19/3, um ofício ao Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assegurando as condições legais para o uso da telemedicina no combate ao COVID-19, preservando a relação médico-paciente e evitando a possível disseminação do vírus. Porém, há tempos o Hospital de Amor vem abordando diversas formas de implementar essa tecnologia na instituição, buscando um atendimento muito mais eficiente que incorpore técnicas digitais.
Um dos primeiros projetos a ser introduzido na entidade, é o prontuário eletrônico. De acordo com o oncologista do Hospital de Amor e diretor-geral da FACISB, Dr. Sérgio Serrano, a ferramenta irá abranger, de forma integrada e por meio de um sistema unificado, as informações das unidades fixas de tratamento localizadas em Barretos (SP), Jales (SP) e Porto Velho (RO), além das unidades de prevenção espalhadas por vários pontos do país. A iniciativa visa adotar algumas práticas da medicina digital, inclusive com a telemedicina, como parte da estratégia de melhorar o acesso aos pacientes, diminuindo a necessidade de deslocamento deles até Barretos.
“Com a pandemia do coronavírus, vimos que era preciso acelerar e iniciar esse processo, mesmo sem contar com toda tecnologia instalada. Aproveitamos uma estrutura já existente no hospital (call center) e a forte parceria da instituição com a faculdade de medicina, e criamos um grupo de alunos voluntários no ‘teleatendimento’, para que as principais dúvidas dos pacientes em relação a consultas, reagendamentos e medidas preventivas fossem esclarecidas. Dessa forma, estamos identificando a possibilidade de incorporar a telemedicina”, afirmou Serrano.
Para o médico, é possível utilizar essas técnicas para prestar atendimento a todos os pacientes com qualidade, conforto, segurança e humanização, estejam eles em cuidados paliativos, pós-operatório, tratamento com químio e/ou radioterapia e, inclusive depois do segmento (aqueles que estão sem evidências de doença e precisam apenas de acompanhamento médico). “Independentemente de pandemia, essa assistência é essencial e o objetivo é de que se perpetue. Nós temos condições e recursos de ‘ir até o paciente’ prestar assistência ‘dentro da casa dele’ de forma humanizada, ou seja, sem tirar ele do seu conforto. Além disso, é uma ótima experiência de aprendizado para os nossos alunos, residentes e pós-graduandos, pois estamos descobrindo uma outra forma de criar um atendimento de excelência e humanização. Não iremos substituir o contato físico com o paciente, pois isso é fundamental na medicina e não vai se perder nunca, mas iremos substituir algumas consultas que, com toda certeza, conseguiremos fazer à distância sem causar nenhum dano ao tratamento do paciente”, esclareceu.
Através do software Research Eletronic Data Caputure (REDCap) – plataforma de coleta, gerenciamento e disseminação de dados de pesquisa – o Hospital de Amor já está mapeando todo esse processo para poder replicar seu sistema para os outros centros de saúde.
Segundo Serrano, neste momento de crise e isolamento social, a mudança cultural vai acontecer e transformar o cenário de todo o país, pois a telemedicina está cada vez mais presente na vida das pessoas. “A partir do momento em que se cria a possibilidade de se aproximar das pessoas e cuidar delas com alguma nova tecnologia, levando saúde e promoção de saúde, é uma passagem sem volta! A telemedicina é um caminho a ser explorado, atingindo não somente as ‘teleconsultas’, mas também todas as áreas. É a tecnologia mediando todos os processos. É o novo que vem por aí. É um momento para aproveitarmos as novas oportunidades e, quem sabe, sairmos dessa situação dolorosa causada pelo coronavírus ainda mais fortalecidos para criar um mundo melhor”, finalizou o oncologista.
Surpresa com gostinho de ‘quero mais’ e muita gratidão! No último dia 27 de março, os profissionais de saúde do Hospital de Amor (das unidades adulta e infantojuvenil), do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso), do Hospital Nossa Senhora e da Santa Casa de Misericórdia de Barretos receberam uma deliciosa surpresa. As equipes, que estão trabalhando na linha de frente dessa grande batalha contra o novo coronavírus, foram beneficiadas com 186 combos de produtos da rede mundial de restaurantes, McDonald’s.
Através do programa Bom Vizinho, uma iniciativa da Arcos Dorados (maior franquia independente do McDonald’s no mundo), a ação, que irá doar refeições a 29 instituições de 22 cidades do Brasil, busca oferecer apoio a esses profissionais que possuem papel fundamental no combate ao COVID-19 e que lutam incansavelmente para salvar vidas.
A pandemia do novo coronavírus já impôs uma queda significativa na captação de recursos financeiros do Hospital de Amor, maior polo de tratamento oncológico gratuito da América Latina. Por isso, o presidente da instituição, Henrique Prata, está convocando toda a população para ajudar a entidade neste momento difícil. O objetivo, é mobilizar os coordenadores voluntários de leilões de gado, shows, ações entre amigos e outras iniciativas para continuar realizando os eventos, porém, de forma virtual, para que sejam evitados aglomerações e contatos, mas que o hospital não deixe de receber os recursos.
Para manter sua estrutura com 16 institutos de prevenção, cinco unidades de tratamento e mais de 25 unidades móveis, o Hospital de Amor conta com a realização desses eventos beneficentes como forma de arrecadação de recursos e, com a necessidade da quarentena, essas ações foram adiadas. De acordo com Prata, a ausência de leilões e shows equivale a uma quantia que varia entre 7 e 8 milhões de reais/mês. Outra redução drástica enfrentada pela instituição é referente às contribuições via destinação de parte do prêmio do Hiper Saúde (região de Ribeirão Preto – SP) e do Saúde Cap (região de São José do Rio Preto – SP) – títulos de capitalização que arrecadam entre 2,5 a 3 milhões de reais/mês, além de todo o investimento que está sendo realizado para equipar os leitos de unidades de terapia intensivas (UTIs) das unidades do hospital – cerca de R$ 4,5 milhões.
Campanha emergencial
Diante dessa situação, foi lançada uma campanha, que busca apoio por meio da sociedade e também das empresas parceiras da instituição.
“A campanha é uma oportunidade para todos, que já conhecem a seriedade do nosso trabalho, nos ajudar. Mais do que nunca precisamos da contribuição de todos. O enfrentamento vai ser longo e difícil, mas nós não podemos deixar os nossos pacientes sem o atendimento que eles merecem, humanizado e com qualidade. Contamos com a união e a ajuda de todo o Brasil”, declarou Henrique Prata.
“Todo o valor levantado será destinado à manutenção dos procedimentos realizados em todas as unidades e também à compra de equipamentos básicos para a prevenção do coronavírus”, relatou o presidente.
Neste momento, o grande desafio do Hospital de Amor é conscientizar a sociedade a doar por meio da página www.hospitaldeamor.com.br/corona, onde as contribuições podem ser feitas por depósito bancário, boleto ou usando o cartão de crédito. “Queremos que a população se sensibilize a doar, pois os tratamentos continuam e vidas precisam ser salvas”, finalizou Prata.
Hospital de Amor
O Hospital de Amor está presente em 13 estados brasileiros, administra dois centros de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), em Barretos (SP), a Santa Casa de Misericórdia de Barretos e cinco unidades básicas de saúde (UBSs) na cidade. Além disso, conta com mais de 6 mil atendimentos oncológicos diários, 100% gratuitamente, a pacientes vindos de várias partes do Brasil e que são classificados como grupo de risco para o contágio do coronavírus.
A instituição também é corresponsável pela saúde de 18 municípios da DRS V do estado de São Paulo, por estar à frente da atenção primária, secundária e de alta complexidade na região, razão pela qual criou um amplo plano de contingenciamento para enfrentar a epidemia.
Com objetivo de contribuir para um melhor tratamento aos pacientes com a COVID-19 no Brasil, o Hospital de Amor está fazendo parte dos esforços da chamada ‘Coalizão COVID Brasil’, coordenada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). A iniciativa poderá contar com os esforços de até 60 outros hospitais de todo o País.
A Coalizão COVID Brasil é um projeto que está avaliando a eficácia e segurança de medicamentos para pacientes com infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) por meio de ensaios clínicos padronizados em três frentes: a primeira (Coalizão I), que envolverá pacientes de menor gravidade internados; a segunda (Coalizão II), que envolverá casos mais graves e que necessitam de maior suporte respiratório; e a terceira (Coalizão III), que envolverá pacientes com insuficiência respiratória grave e que necessitam de suporte de aparelhos (ventilador mecânico) para respirar.
O Hospital de Amor, que tem como pesquisadora principal a médica intensivista e diretora médica do HA, Dra. Cristina Prata Amendola, está contribuindo com os ensaios clínicos do projeto nas duas primeiras frentes, onde serão verificadas as efetividades dos medicamentos hidroxicloroquina e azitromicina. Segundo as equipes responsáveis pelas pesquisas, os resultados deverão estar disponíveis entre 60 e 90 dias.
Em razão do aumento dos casos de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) nas últimas semanas, informamos que diversas medidas de controle estão sendo tomadas nas unidades do Hospital de Amor, a fim de minimizar o risco de infecção entre pacientes, acompanhantes e colaboradores, as quais seguem abaixo:
Para pacientes e acompanhantes:
1- Os pacientes em tratamento oncológico não deverão faltar de suas consultas, exames ou procedimentos marcados, devido ao risco que esse tipo de interrupção pode trazer ao seu tratamento. Contudo, se, no dia do atendimento marcado, o paciente (ainda estando em sua cidade de origem) apresentar febre e sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar, aumento da secreção nasal, espirros, etc.), o mesmo deve entrar em contato com a unidade do Hospital de Amor em que realiza seu tratamento para reagendamento, além de procurar atendimento médico na unidade básica de saúde (UBS) do próprio município;
2- O Hospital de Amor também solicita que os pacientes não tragam acompanhantes que estejam com sintomas respiratórios, como os descritos no item anterior. Caso o acompanhante apresente qualquer um desses sintomas, orientamos que ele seja substituído antes do deslocamento à unidade do Hospital de Amor;
3- A presença de acompanhantes está restrita aos casos previstos por lei (pacientes crianças, idosos e portadores de necessidades especiais). Não há uma idade máxima permitida para os acompanhantes, porém, não recomendamos que pessoas acima de 60 anos ou com comorbidades (portadores de doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades) exerçam essa função;
4- Todas as visitas estão suspensas por tempo indeterminado, em todas as unidades do Hospital de Amor e alojamentos da instituição;
5- Haverá triagem de pacientes sintomáticos respiratórios em todas as recepções da instituição, com organização do fluxo de atendimento para síndrome gripal e isolamento de todos os casos suspeitos de COVID-19. Na unidade de Barretos (SP), os pontos de triagem estão localizados na área de estacionamento dos ambulatórios adultos e infantil, e em frente ao Centro de Intercorrência Ambulatorial (CIA). Em Jales (SP), a triagem acontecerá também no estacionamento da unidade. Já em Porto Velho (RO), o processo será feito na recepção principal.
6- Com o objetivo de evitar aglomerações, serão realizados a redução de agendas ambulatoriais e o adiamento de consultas de retorno (semestral ou anual), assim como, também haverá o adiamento de cirurgias eletivas de baixo risco, principalmente, em pacientes idosos. Reforçamos que cada caso será avaliado individualmente, sempre priorizando a saúde e o bem-estar dos pacientes;
7- As ações de envolvimento social (em todas as unidades), tais como: projetos de voluntariado, eventos científicos, religiosos e recreativos, estão canceladas por tempo indeterminado.
Para colaboradores (profissionais que atuam nas unidades do Hospital de Amor):
1- Caso surjam colaboradores apresentando síndrome gripal (febre com sintomas respiratórios), os mesmos serão afastados do contato com paciente;
2- Medidas extensivas de comunicação interna têm sido tomadas, a fim de garantir que as informações relacionadas aos procedimentos corretos cheguem a todos os envolvidos direta e indiretamente no atendimento aos pacientes. Estão ocorrendo renovações de equipamentos de proteção individuais (EPIs), disposição estratégica de álcool em gel, treinamentos relacionados a medidas de controle e higienização, além da exposição de cartazes e comunicados em todos os setores do hospital.
Funcionamento do hemonúcleo e doações de sangue
O hemonúcleo do Hospital de Amor segue realizando suas atividades normalmente, e as doações de sangue e de medula óssea não estão suspensas. Todo doador que comparece ao setor é submetido a uma triagem para garantir sua aptidão para doar. É importante enfatizar que pessoas que apresentam sintomas gripais devem realizar esse tipo de doação 15 dias após o desaparecimento de todos os sinais.
Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com a unidade onde realiza seu tratamento.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, também deixou orientações importantes sobre o coronavírus e um apelo pela colaboração da população. Confira: