Os olhos do mundo inteiro estão fitados em Paris, capital francesa, por ser a cidade sede de um dos maiores eventos esportivos do mundo: as Olímpiadas de verão. Os jogos ocorrem de 26 de julho a 11 de agosto, e 10.714 atletas de diversos países disputam a tão sonhada medalha olímpica entre as 32 modalidades de esporte disputadas.
Durante a abertura oficial das Olímpiadas, 26/7, o Brasil todo se emocionou com a história de Raquel Kochhann, 31 anos, atleta do rugby do time brasileiro. A jovem que foi porta-bandeira do Brasil tornou-se uma imagem de superação por ter realizado cirurgia de mastectomia e passado pelo tratamento de quimioterapia. Natural de Saudades (SC), a capitã do time ‘brazuca’ descobriu o câncer há dois anos, após participar das Olímpiadas de Tóquio, no Japão, e hoje está bem, representando as cores verde e amarelo na competição.
Já a servidora pública municipal aposentada, moradora de Uberaba (MG) e paciente do Hospital de Amor, Fernanda Roqueti, descobriu o poder do esporte para ressignificar a vida após passar por um tratamento de câncer de mama, em Barretos (SP). “Descobri a doença após participar de uma campanha de prevenção realizada pelo HA. Na época, estávamos levando a minha mãe no local para fazer sessões de radioterapia. Recebi o diagnóstico de carcinoma ‘in situ’ na mama esquerda.
A vida de Fernanda começou a mudar em 2010 com a descoberta do primeiro câncer, porém, em 2017, ela recebeu a notificação da recidiva (caracterizada pelo reaparecimento da doença, que pode ser no mesmo local ou em outros órgãos), no qual seria necessário fazer a mastectomia total.
“Ao receber o diagnóstico, perdi o chão, chorei muito. Não sabia o que pensar mesmo sendo informada que o meu tipo de câncer tinha 95% de chances de obter a cura. A palavra câncer é muito pesada, é como uma ‘sentença de morte’ e eu ainda não estava preparada para morrer (como se na vida nós nos preparássemos para tal). Enfim, após o baque, eu comecei a rezar e uma passagem da oração do ‘Pai Nosso’ ficou muito clara para mim: “Seja feita a vossa vontade”. Após isso, eu me tranquilizei e me dispus a enfrentar esse momento. E assim foi feito nas duas etapas – tanto no período pós-quadrantectomia, onde passei pelas sessões de radioterapia (não houve a necessidade de quimioterapia), quanto no período pós mastectomia total da mama esquerda”, revela Fernanda.
Ela conta que a equipe médica do hospital a acolheu de maneira maravilhosa. “Uma equipe de excelência que se preocupa com o bem-estar de seus pacientes e acompanhantes. Sempre fui muito bem atendida”.
O esporte: uma nova paixão
Fernanda revela que começou a nadar aos 10 anos de idade, em Barretos (SP). Ela chegou a representar a cidade paulista em vários campeonatos regionais e estaduais durante muitos anos. “Parei de nadar quando precisei mudar de cidade para estudar em outro local. Em busca de uma melhor qualidade de vida, aceitei o convite de uma amiga para participar de alguns jogos feitos para pessoas acima dos 60 anos”, Fernanda explica que voltou treinar natação em Uberaba (MG), onde vive há 38 anos.
“O esporte representa, literalmente, todo o meu processo de superação. Fiquei afastada das piscinas por muito tempo – casamento, filhos e trabalho me afastaram da água. Depois, enfrentei o diagnóstico de câncer e então, essa retomada aos treinamentos e à participação nas competições significa que estar com saúde, feliz e de bem com a vida é o fator primordial nesse meu processo de convivência com a “sombra” do diagnóstico que recebi. Tenho o apoio e a torcida de toda a minha família: irmãs/irmãos, filhos, neta, genro e nora, que me acompanham nas competições – alguns presencialmente e outros por chamada de vídeo, e isso me abastece, me nutre, me dá forças”, conta Fernanda emocionada.
A paciente, que também se tornou atleta, disputa provas de nado crawl e do nado costas, na categoria Master 60+. Ela já ganhou vários prêmios, inclusive, ela foi campeão mineira na categoria, pois obteve o 1º lugar nas duas provas – 50 metros nado crawl e 50 metros nado livre.
Para Fernanda, o esporte é mágico, pois pode nos conectar com a vida, com pessoas, com lugares e nos impulsiona a nos superar. “Ganhar não é o que importa, o que vale é saber que conseguimos nos ultrapassar, é saber que conseguimos ir um pouco mais além. E assim é com essa doença, temos que ir sempre mais além”, conta Fernanda.
Quando questionada sobre qual conselho ela daria para alguém que recebeu o diagnóstico semelhante ao dela, ela logo diz: “levante a cabeça, respire fundo e enfrente a situação com todas as forças que tiver. Chorar é libertador, mas não podemos permanecer na tristeza, lembre do Pai Nosso, se entregue ao ‘Seja feita a vossa vontade’, reveja seus atos e a forma como lidamos com a vida.”
Atualmente, ela está em fase de acompanhamento no HA e realiza exames anualmente, sem uso de medicação. Ela é mais uma prova de que com superação, o esporte pode contribuir muito para escrever uma nova história.
Dhionatan Ferreira Nunes Teixeira, Elaine da Silva Santos e Mário Fontainha, o que eles têm em comum? Todos eles receberam os primeiros aparelhos auditivos dispensados pelas unidades de reabilitação do Hospital de Amor, em Barretos (SP) e Porto Velho (RO)!
As unidades de reabilitação do HA realizaram, no mês de março e abril, as primeiras entregas de aparelhos auditivos para pacientes oncológicos e não oncológicos. Foram dispensados mais de 30 aparelhos auditivos (unilaterais e bilaterais) para as pessoas que já estavam na fila do SUS (Sistema Único de Saúde), aguardando os dispositivos.
Perda auditiva
A perda auditiva nada mais é do que a redução da capacidade de ouvir sons, podendo ser temporária ou permanente. Elas podem ocorrer por diversos fatores, como infecções, idade, lesões, exposição e ruídos. Além disso, também existe a possibilidade de pessoas que realizaram tratamento oncológico perderem a audição, como destacou o médico otorrinolaringologista do HA, Dr. Rafael Baston.
“Esses pacientes tiveram perda de audição (muitas vezes esperada), devido ao tratamento oncológico e, após o sucesso no tratamento, vem a segunda parte: que é a reabilitação. Além dos pacientes oncológicos, nós temos pacientes não oncológicos, como crianças – que possuem alterações congênitas que vem de um histórico familiar; e adultos – que acabam manifestando a perda auditiva um pouco mais tarde por conta de fatores como idade e excesso de exposição ao ruído”, explicou o médico.
Dispensação de aparelhos auditivos
“O que importa é eu estar ouvindo bem”, declarou Elaine da Silva Santos (46), de Barretos (SP), paciente do HA desde 2019 – quando foi diagnosticada com meningioma na cabeça e teve perda de audição. “Em 2019 eu fui diagnosticada com um meningioma na cabeça e iniciei meu tratamento no Hospital de Amor. Precisei passar por cirurgia, onde fiquei 21 dias em coma, e tive algumas sequelas. Fiquei sem andar, precisei fazer traqueostomia, tenho dificuldade na fala, tive perda de audição. Fui encaminhada para o Centro de Reabilitação do HA, em Barretos (SP), onde fiz todo o tratamento para conseguir voltar a ter uma vida normal. Tive alta da reabilitação da parte física e motora, e iniciei um novo processo, dessa vez a auditiva”, comentou a paciente.
No mês de março, Elaine recebeu dois aparelhos auditivos e, durante a entrega, a felicidade e a surpresa em seu rosto eram visíveis, pois quando os dispositivos foram ligados, ela começou a escutar sons que ela já não escutava há muito tempo, como os passos de pessoas andando no corredor do HA.
Dhionatan Ferreira Nunes Teixeira nasceu com hidrocefalia e, com 12 anos, foi diagnosticado com meduloblastoma. Ele iniciou o tratamento oncológico na sua cidade natal, Machadinho do Oeste (RO), e posteriormente, quando o Hospital de Amor Amazônia foi inaugurado, conseguiu transferência. Atualmente com 19 anos, Dhionatan finalizou o tratamento e, a cada seis meses, passa por consultas e realiza exames de acompanhamento.
Além disso, ele também realiza sessões na unidade de reabilitação do HA em Porto Velho (RO), o ‘DREAM Amazônia’. Porém, há dois anos, a família de Dhionatan percebeu que ele não estava ouvindo direito. “Sempre quando a gente conversava, a gente via que ele perguntava muito: ‘O que foi, pai?’ O que foi, mãe? Não estou escutando direito.’ E sempre que ele ia fazer os exames no hospital, a médica ia notando esse problema também. Foi aí que ela pediu o exame e o diagnostico aconteceu: perda de audição”, contou o pai de Dhionatan, Leucimar Nunes Teixeira.
Assim como Elaine, Dhionatan recebeu os aparelhos auditivos! “Eu me sinto muito feliz, a sensação de ouvir novamente é incrível”, comentou.
Em 2007, com oito anos, Mário Fontainha foi diagnosticado com meduloblastoma com hidrocefalia. Ele veio de Ji-Paraná (RO) para realizar o tratamento no HA, em Barretos (SP), e há mais de 15 anos teve alta, realizando o acompanhamento anual. Atualmente, com 25 anos, Mário reside na cidade de Valentim Gentil (SP) e, de uns anos para cá, percebeu uma perda significativa na audição.
Ele também foi encaminhado para o Centro de Reabilitação do HA, em Barretos (SP), onde passou por consultas com a equipe multidisciplinar (com otorrinolaringologista e fonoaudiologia) e realizou diversos exames para se ter um diagnóstico. No resultado foi constatada a perda auditiva, e o tratamento de reabilitação indicado para o Mário foram os aparelhos auditivos.
“Receber os aparelhos está sendo um verdadeiro presente. Com os aparelhos minha vida vai mudar muito, tanto pessoal quanto profissionalmente. Sem o aparelho eu sofria muito, principalmente no meu emprego, pois eu trabalho virado de costas para a equipe e, toda vez que uma pessoa precisa falar comigo, eu não conseguia escutar eles chamarem, era necessário que eles viessem até mim.”
A importância do diagnóstico
Ao dar entrada nas unidades de reabilitação do HA, os pacientes passam por avaliações e uma série de exames. Com o diagnóstico, é possível identificar como a perda vai evoluir com o passar dos anos e qual o tratamento é indicado para o paciente. “Quando eu tenho um diagnóstico, eu sei como essa perda vai evoluir, eu sei quais as dificuldades que o paciente vai ter no processo de reabilitação e, sabendo também o nível da perda de audição, eu consigo entender a dificuldade do paciente no dia a dia. É muito importante eu caracterizar e saber o grau e o porquê o paciente teve aquela perda de audição, para ser tratado de maneira adequada. Nem todo caso é de aparelho auditivo, nós temos casos em que é possível corrigir com cirurgia ou com tratamento clínico. Nós temos um leque de opções a partir de cada perda, mas, na maioria das vezes, o aparelho auditivo é o recurso que irá beneficiar esse paciente”, explicou Dr. Baston.
A perda da audição influencia diretamente na vida de uma pessoa, sendo o primeiro ponto o isolamento social. Indo mais além, a surdez interfere diretamente no desenvolvimento de doenças nos adultos e no atraso de aprendizagem em crianças, como destaca o médico otorrinolaringologista. “A privação sensorial está relacionada, por exemplo, em um adulto, diretamente com o desenvolvimento de doenças da cognição, como Alzheimer e demência, então nós sabemos que realizando a reabilitação desses pacientes, é possível frear ou até barrar esse processo. E falando de crianças, quando elas são submetidas ao tratamento oncológico e tem algum grau de acometimento auditivo, elas precisam ser reabilitadas o quanto antes, de uma maneira eficiente e muito bem-feita, pois isso influencia na escola, no nível de aprendizagem, no desenvolvimento cognitivo e nas relações sociais”, comentou o médico.
Unidades de reabilitação
Acolher com humanização, tratar com dignidade, salvar vidas e reabilitar! Estas são algumas das maiores diretrizes do Hospital de Amor. Em mais de 60 anos de história, a instituição vai muito além do tratamento oncológico: ela reabilita seu paciente, capacita-o após o tratamento para que ele volte para sua rotina com qualidade de vida.
Sempre atuando em direção ao atendimento integral em saúde, o Hospital de Amor conta com três unidades de reabilitação – em Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO) – com foco na recuperação das funções motoras, auditivas, intelectuais e visuais de pacientes oncológicos e não oncológicos.
O Centro Especializado em Reabilitação de Araguaína (TO) realiza, desde novembro de 2022, a reabilitação auditiva de pacientes. A unidade já fez a dispensação de mais de 441 aparelhos auditivos (unilaterais e bilaterais), para 234 pacientes (aproximadamente).
Assim como acontece no décimo mês do ano, novembro também é mundialmente conhecido por sua campanha de prevenção. O “Novembro Azul” tem o objetivo de divulgar informações sobre a saúde do homem e, principalmente, fortalecer e conscientizar toda a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens (apenas atrás do câncer de pele não melanoma), e sua taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos. Apenas em 2021, foram registrados, por dia no país, 44 mortes em razão da doença. Por ser considerado um tipo de câncer da terceira idade – pois cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos – há um constante aumento de diagnóstico, uma vez que a melhoria da qualidade de vida impacta, diretamente, na expectativa de vida.
Com dados alarmantes e números crescentes, o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência) conta com o maior serviço de prevenção de câncer do país, responsável por levar saúde de qualidade à população de todos os estados. Neste mês em que celebramos o “Novembro Azul”, o HA conversou com o urologista da instituição, Dr. João Paulo Pretti Fantin, e preparou uma matéria especial sobre o tema, esclarecendo as principais dúvidas sobre a doença, suas formas de prevenção, e sinais e sintomas.
Confira, se informe e esteja em dia com seus exames. Lembre-se: prevenção é o ano todo!
– O que é a próstata?
R.: A próstata é uma glândula que somente o homem possui e está localizada na parte inferior do abdômen. Trata-se de um órgão pequeno, cujo formato parece uma maçã e fica abaixo da bexiga, à frente do reto (parte final do intestino grosso). A função da próstata é produzir parte do sêmen (líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante a ejaculação).
– O que é o câncer de próstata e como detectá-lo?
R.: É uma doença silenciosa e geralmente assintomática em fases iniciais. Embora seja um tumor comum, infelizmente, muitos homens ainda relutam em fazer os exames preventivos. A melhor maneira de detectá-lo é por meio do exame de rastreamento (conhecido como exame de toque) e do PSA (Antígeno Prostático Específico – que pode ser avaliado por meio de exame de sangue simples). Estes dois exames juntos, possuem uma maior capacidade de detecção do tumor.
– Quais os fatores de risco para a doença?
R.: Além do rastreamento inicial é necessário levar em consideração outros fatores, como raça, estado de saúde e histórico familiar. Por exemplo: homens negros, pessoas que possuem homens na família que já foram diagnosticados e obesos são mais propensas para desenvolver câncer de próstata. Com base nisso, são realizados exames de rastreamento para detecção da doença. Caso o diagnóstico seja positivo, o paciente é encaminhado para iniciar o tratamento. Caso o diagnóstico seja negativo, é feita uma estratégia de prevenção: se os riscos forem baixos, os rastreamentos são anuais ou a cada dois ou três anos.
– Quais sãos os principais sinais e sintomas deste tipo de tumor?
R.: Dificuldade ou demora para urinar;
Urina cortante;
Presença de sangue na urina;
Aumento da necessidade de urinar durante ou dia ou à noite;
Sensação de que a bexiga não foi esvaziada completamente;
Sensação de queimação ao urinar;
Disfunção erétil;
Cansaço;
Em casos avançados, o homem pode sentir dores nas costas/lombar.
– Qual é a importância da prevenção?
R.: Pelo fato de o câncer de próstata não apresentar sintoma em fases iniciais, os exames preventivos são fundamentais. Como a doença surge em uma região da próstata, na maioria das vezes os pacientes não sentem dor, não possuem sangramentos na urina e não possuem dificuldades em urinar ou evacuar. Porém, enquanto isso, o tumor continua crescendo na próstata deste homem. Quanto antes acontecer o diagnóstico precoce, maior é a chance de cura (as de chances de cura podem chegar a 90% se o tumor for diagnosticado precocemente).
– Qual é a idade indicada para realização dos exames preventivos?
R.: O público-alvo são homens, a partir de 50 anos de idade. Já homens da raça negra ou que tenha histórico familiar da doença, devem realizar os exames a partir dos 45 anos.
Recomendação
Se você é homem e tem mais de 50 anos, procure um urologista de sua confiança para realizar os exames de toque e o PSA. Em Barretos (SP), os atendimentos acontecem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS), com agendamento junto ao projeto ‘Saúde do Homem’, no AME, por meio do telefone: 0800-779-0000, onde são realizadas, gratuitamente, avaliações urológicas e cardíacas, com base em uma fila de espera.
Já os homens que não têm acesso a essa possibilidade, devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência e solicitar ao médico o encaminhamento ou exame de rastreamento para a detecção do câncer de próstata.
Consulte seu médico regulamente e esteja em dia com sua saúde! Para saber mais, acesse: ha.com.vc/novembroazul.
Por meio de uma parceria com a GE HealthCare, o Hospital de Amor acaba de receber o primeiro Serena Bright do Brasil, um inovador mamógrafo com biópsia que ajuda no diagnóstico e no tratamento precoce de lesões suspeitas nas mamas.
“Estamos muito orgulhosos de receber o primeiro Serena Bright do Brasil. Esta inovação na área da mamografia nos possibilitará oferecer às pacientes, inicialmente atendidas em quaisquer das nossas vinte e cinco unidades, a opção de realizar biópsias por meio da mamografia com contraste. Isso representa uma revolução no que diz respeito ao diagnóstico precoce do câncer de mama”, complementa a Dra. Silvia Sabino, médica radiologista responsável pelo controle de qualidade clínica em mamografia do Hospital de Amor.
Um dos principais benefícios deste tipo de exame é o conforto que ele proporciona às pacientes. Muitas mulheres eram encaminhadas para ressonâncias magnéticas, um procedimento mais longo e que frequentemente causava desconforto. Com o Serena Bright o hospital irá evitar essa etapa e realizar a biópsia de forma muito mais prática e simplificada.
O Serena Bright combina, em um único equipamento, a capacidade de realizar biópsias mamárias com a funcionalidade da mamografia espectral de contraste (SenoBright HD). Isso significa que, no mesmo mamógrafo e durante a mesma sessão, todos os procedimentos – desde a mamografia até a biópsia da mama, quando necessário – podem ser realizados sob a mesma imagem com realce de contraste. Não é necessário que o médico e a equipe mudem de sala para realizar a biópsia, basta ativar essa função no equipamento e realizar tudo de forma eficiente.
“É uma grande honra participar desse marco histórico, não só para a empresa, mas também para o Brasil e para as pacientes de forma geral, porque este equipamento traz um benefício extremamente importante para prevenção e detecção do câncer de mama”, finaliza Meire Falanga, Especialista Clínica em Saúde da Mulher da GE HealthCare para a América Latina.
O HA é a instituição que tem a maior base instalada de mamógrafos da GE HealthCare no Brasil. Em 2022, o hospital realizou 280 mil mamografias, 95% delas em equipamentos GE HealthCare.
O Hospital de Amor e a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), se uniram para criar um projeto de telemedicina (prática médica realizada à distância), na tentativa de ajudar toda a população neste difícil momento de pandemia causado pelo novo coronavírus. As ações de “teletriagem” e “telemonitoramento” visam orientar, direcionar e monitorar, individualmente, cada perfil cadastrado nas unidades básicas de saúde (UBSs) de Barretos (SP).
As dinâmicas serão simples: inicialmente, será realizado o primeiro contato com o paciente através de um link, encaminhado por meio de mensagem SMS, contendo um formulário com questões relacionadas à saúde e atividades rotineiras, como: “Quais sintomas você apresenta?”; “Você tem alguma doença crônica?”; “Como se sente em relação a pandemia do coronavírus?”; “Você tem contato frequente com idosos?”, entre outras. Depois de responder as perguntas, o paciente receberá um diagnóstico básico e, então, os alunos do 6º ano do curso de medicina realizarão a análise do relatório. Após esta etapa, eles entrarão em contato com o paciente que apresentar um ou mais sintomas e/ou fizer parte do grupo de risco. Outra opção disponível, é o contato ser realizado pelo próprio paciente. Basta ele ligar para o número de 0800 enviado junto ao SMS e esclarecer dúvidas, solicitar informações ou relatar sintomas.
Para que a ação tenha êxito e que a equipe envolvida entenda o perfil de cada participante, é essencial que o questionário seja respondido por todos, pois só assim será possível identificar as pessoas que encontram-se em estado de alerta ou que necessitam de orientações na luta contra o COVID-19.
Telemedicina: a tecnologia que veio para ficar
Diante da crise gerada pelo coronavírus no país, com grandes impactos e desafios para o sistema de saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou, no último dia 19/3, um ofício ao Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assegurando as condições legais para o uso da telemedicina no combate ao COVID-19, preservando a relação médico-paciente e evitando a possível disseminação do vírus. Porém, há tempos o Hospital de Amor vem abordando diversas formas de implementar essa tecnologia na instituição, buscando um atendimento muito mais eficiente que incorpore técnicas digitais.
Um dos primeiros projetos a ser introduzido na entidade, é o prontuário eletrônico. De acordo com o oncologista do Hospital de Amor e diretor-geral da FACISB, Dr. Sérgio Serrano, a ferramenta irá abranger, de forma integrada e por meio de um sistema unificado, as informações das unidades fixas de tratamento localizadas em Barretos (SP), Jales (SP) e Porto Velho (RO), além das unidades de prevenção espalhadas por vários pontos do país. A iniciativa visa adotar algumas práticas da medicina digital, inclusive com a telemedicina, como parte da estratégia de melhorar o acesso aos pacientes, diminuindo a necessidade de deslocamento deles até Barretos.
“Com a pandemia do coronavírus, vimos que era preciso acelerar e iniciar esse processo, mesmo sem contar com toda tecnologia instalada. Aproveitamos uma estrutura já existente no hospital (call center) e a forte parceria da instituição com a faculdade de medicina, e criamos um grupo de alunos voluntários no ‘teleatendimento’, para que as principais dúvidas dos pacientes em relação a consultas, reagendamentos e medidas preventivas fossem esclarecidas. Dessa forma, estamos identificando a possibilidade de incorporar a telemedicina”, afirmou Serrano.
Para o médico, é possível utilizar essas técnicas para prestar atendimento a todos os pacientes com qualidade, conforto, segurança e humanização, estejam eles em cuidados paliativos, pós-operatório, tratamento com químio e/ou radioterapia e, inclusive depois do segmento (aqueles que estão sem evidências de doença e precisam apenas de acompanhamento médico). “Independentemente de pandemia, essa assistência é essencial e o objetivo é de que se perpetue. Nós temos condições e recursos de ‘ir até o paciente’ prestar assistência ‘dentro da casa dele’ de forma humanizada, ou seja, sem tirar ele do seu conforto. Além disso, é uma ótima experiência de aprendizado para os nossos alunos, residentes e pós-graduandos, pois estamos descobrindo uma outra forma de criar um atendimento de excelência e humanização. Não iremos substituir o contato físico com o paciente, pois isso é fundamental na medicina e não vai se perder nunca, mas iremos substituir algumas consultas que, com toda certeza, conseguiremos fazer à distância sem causar nenhum dano ao tratamento do paciente”, esclareceu.
Através do software Research Eletronic Data Caputure (REDCap) – plataforma de coleta, gerenciamento e disseminação de dados de pesquisa – o Hospital de Amor já está mapeando todo esse processo para poder replicar seu sistema para os outros centros de saúde.
Segundo Serrano, neste momento de crise e isolamento social, a mudança cultural vai acontecer e transformar o cenário de todo o país, pois a telemedicina está cada vez mais presente na vida das pessoas. “A partir do momento em que se cria a possibilidade de se aproximar das pessoas e cuidar delas com alguma nova tecnologia, levando saúde e promoção de saúde, é uma passagem sem volta! A telemedicina é um caminho a ser explorado, atingindo não somente as ‘teleconsultas’, mas também todas as áreas. É a tecnologia mediando todos os processos. É o novo que vem por aí. É um momento para aproveitarmos as novas oportunidades e, quem sabe, sairmos dessa situação dolorosa causada pelo coronavírus ainda mais fortalecidos para criar um mundo melhor”, finalizou o oncologista.
Com estrutura inaugurada em março de 2017, junto ao Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, o biotério da instituição deu início, oficialmente, às suas atividades na última semana de novembro, com o I Encontro da Comissão de Ética no Uso de Animais da instituição, marcado pela presença e palestras de dois importantes nomes da área no cenário nacional: Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, pesquisadoras e membros do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O evento reuniu, além da própria Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA-CPOM), pesquisadores e profissionais que farão parte da equipe responsável pela nova área.
Segundo a coordenadora do local, Dra. Silvia Teixeira, o início das atividades completa os diferentes campos da pesquisa na instituição e é um importante passo na busca pela integração com os departamentos clínicos do Hospital, que contemplam no biotério uma possibilidade de novas abordagens terapêuticas. “Também será possível complementar a capacitação dos alunos de pós-graduação e pesquisadores, que terão um novo enfoque para o desenvolvimento de estudos inovadores que poderão levar a uma melhora na qualidade dos tratamentos dos pacientes. As pesquisas poderão ser direcionadas para a busca de terapias ainda mais personalizadas, validação de ensaios in vitro para novos alvos terapêuticos, entre outras. Os resultados poderão indicar medicamentos, ou associação de medicamentos, e terapias que possam ser mais eficazes e poderão implicar em aumento na sobrevida e na qualidade de vida dos pacientes”, explicou.
Durante o evento, as pesquisadoras, Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, destacaram a importância da pluralidade da CEUA-CPOM, composta por docentes, pesquisadores, colaboradores das áreas das ciências exatas e biológicas, além de um representante da sociedade protetora dos animais; e afirmaram que tal composição garante uma melhor qualidade na pesquisa e, principalmente, o máximo rigor a todos os princípios éticos na experimentação animal.
Para a médica veterinária, Dra. Ekaterina Riviera, mestre em Ciências de Animais de Laboratório pela Universidade de Londres e Doutora Notório Saber pela Universidade Federal de Goiás (UFG), os princípios do Hospital de Amor guiarão o biotério para que se torne um dos únicos – se não o único – do País a aplicar, de maneira estruturada, o que ela chamou de Cultura da Consciência, que, de forma simplificada, é a responsabilidade e consciência de sua importância por parte de todos os agentes envolvidos no processo, desde a parte administrativa até os profissionais responsáveis pela limpeza.
Silvia esclareceu, ainda, que, para que um projeto seja proposto e aceito, é necessário que a pergunta seja adequada, que todos os outros meios de buscar respostas tenham sido contemplados e que a relevância da pesquisa seja convincente. “Essa é a filosofia de toda a equipe do Biotério, pensamos e buscamos ao máximo propor bem-estar aos animais. Para isso, estamos promovendo todos os cuidados necessários, enriquecimento ambiental adequado durante os processos de criação e experimentação. Pretendemos colaborar com os pesquisadores no direcionamento do projeto, de forma a minimizar o uso de animais, e a promover o cuidado necessário durante o desenvolvimento das pesquisas. Todo esse cuidado não é só por poder interferir nos resultados, gerando viés na pesquisa, mas também porque temos uma grande responsabilidade nesse processo. Toda a estrutura oferecida pelo IEP e pelo CPOM nos permite realizar estes procedimentos de forma adequada. Além disso, o investimento na capacitação da equipe do biotério, visando a qualificação dos colaboradores, permitiu que esse perfil fosse desenvolvido. Com esses cuidados, acreditamos que os resultados poderão levar a um aumento na reprodutibilidade e aplicação dos resultados na clínica, tendo em vista a melhora das condições e qualidade de vida das pessoas com câncer”, finalizou.
Desde maio de 2017, o Instituto de Prevenção do Hospital de Amor vem desenvolvendo um estudo que identifica o DNA do papilomavírus humano, o HPV – apontado como a principal causa do câncer de colo de útero.
De acordo com o ginecologista do Instituto de Prevenção do HA, Dr. Júlio César Possati Resende, embora o exame molecular seja conhecido no meio médico, mesmo não sendo aplicado em larga escala no Sistema Único de Saúde (SUS), o que motivou a equipe do HA iniciar o projeto é o fato do câncer de colo de útero ainda estar entre os mais frequentes entre as mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o terceiro que mais atinge mulheres no país.
Ao utilizar a pesquisa de base populacional, o objetivo principal do estudo é comprovar a eficiência do exame, avaliando o novo modelo de rastreamento para o câncer de colo de útero, utilizando testes moleculares para detecção de infecção pelo papilomavírus humano (HPV). Ou seja, o propósito é realizar o diagnóstico precoce de lesões que tenham potencial de se transformarem em câncer do colo uterino no futuro.
O projeto também está levantando indicadores que medirão o custo efetivo desse modelo de rastreamento, atualmente adotado entre toda população brasileira, o que poderá contribuir para melhorias e a otimização desse rastreamento. “Nós vamos avaliar a questão de custo e efetividade e o impacto orçamentário que isso pode ter, caso ele seja implementado pelo Ministério da Saúde”, afirma o especialista.
Segundo Possati, como o exame Papanicolaou (citologia cervical) é utilizado como teste para a realização de triagem de casos de risco câncer, pode apresentar algumas limitações. O exame molecular pode contribuir significativamente com um diagnóstico mais funcional, já que apresenta uma eficácia de até 90% (na citologia cervical, é de 60%). “O importante é fazer a detecção das lesões precursoras em que se consegue, após um simples tratamento, evitar que essas mulheres desenvolvam o câncer depois de um período de 10 a 15 anos de evolução, além de proporcionar mais agilidade nos processos laboratoriais e reprodutibilidade dos resultados que são automatizados”, ressalta o médico.
A auxiliar de limpeza, Renata Cristina Luis, de 33 anos, relata que sempre realizou seus exames preventivos com regularidade, principalmente, porque possui histórico de câncer na família. Ao fazer seu exame de rotina, Renata foi convidada pela equipe do HA para participar do projeto e fazer o exame molecular, o que contribuiu para a descoberta de feridas em seu útero. “Participar deste projeto foi muito importante. Já era tarde quando a minha irmã descobriu o câncer e, infelizmente, ela perdeu a mama. Se eu não tivesse descoberto a ferida com a ajuda desse exame, provavelmente, eu corria o risco de perder o útero”.
Mesmo sentindo dores, a paciente nunca desconfiou que pudesse haver algo de errado. De acordo com o Dr. Possati, o exame molecular foi fundamental para a descoberta da ferida no útero de Renata, já que a pequena lesão poderia contribuir para o surgimento da doença em um período de 10 anos. Após o diagnóstico, Renata passou pelo procedimento cirúrgico de remoção da ferida. A técnica adotada foi um sucesso.
Até o momento, mais de 5 mil pessoas participaram da pesquisa que visa examinar 27 mil mulheres de todo o país, até maio de 2022.
De acordo como ginecologista do Hospital de Amor, de 7 a 8% das mulheres testadas, com idade superior a 30 anos, apresentaram infecção pelo HPV. Todas são convidadas para os exames complementares mais detalhados. O rastreamento ocorre graças aos recursos destinados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas (SP), que também apoia outros projetos da instituição.
Exame molecular
A enfermeira e pesquisadora do HA, Livia Loami de Paula, esclarece que independentemente da mulher ter uma vida sexual ativa ou não, ela sempre deve realizar exames preventivos. “As células estão em constante renovação. Durante esse processo, se há algum problema com a renovação das células, há o risco do câncer ocorrer”, ressalta Lívia.
A pesquisadora também esclarece que o exame molecular não pode ser realizado por todas as mulheres. Para participar do projeto, alguns critérios são exigidos e alguns pontos devem ser considerados:
– Mulheres grávidas ou sem útero NÃO podem participar da pesquisa.
– Mulheres com idade entre 25 e 30 anos também não devem fazem o exame . Abaixo dos 30, a chance é maior de se ter o vírus. No entanto, o sistema imune consegue combatê-lo, como um vírus de gripe, por exemplo.
– O Ministério da Saúde preconiza a realização do exame de Papanicolaou, portanto, mulheres com idade entre 25 a 64 anos devem sempre realizar o exame.
– Ainda não há exames para identificar o vírus nos homens, embora, eles possam passar a vida toda com o vírus sem saber do mesmo. No caso deles, podem surgir verrugas nos órgãos sexuais. Caso isso ocorra, é importante sempre visitar um médico especialista para investigar o aparecimento das mesmas, pois outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) também podem surgir.
HPV – A importância da prevenção
De acordo com a pesquisadora e bioquímica do Hospital de Amor, Cristina Mendes de Oliveira, dos 200 tipos de HPV já descobertos, cerca de 40 deles infectam a região anogenital e 12 são classificados pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), como de alto risco oncogênico.
A pesquisadora afirma ainda que o HPV pode contribuir para o aparecimento de alguns tumores malignos, sendo o responsável pelo desenvolvimento de quase 100% dos tumores no colo uterino, além de contribuir para o surgimento dos casos de carcinomas de cabeça e pescoço, vulva, vagina, ânus e pênis, e para a evolução de lesões benignas, como verrugas cutâneas e genitais.
Embora o HPV seja um vírus com alto potencial para desenvolver algumas doenças, a maioria das infecções ocasionadas pelo vírus são assintomáticas e acabam sendo resolvidas pelo sistema imune. Caso ocorra a persistência da infecção no indivíduo, o mesmo corre o risco de desenvolver câncer.
A transmissão do vírus HPV ocorre através de relações sexuais. Vale ressaltar que o HPV não é transmitido ao compartilhar banheiro público, piscina ou roupas. O vírus fica “escondido” e não há sintomas aparentes que podem alarmar a mulher, já que na maioria das vezes não há dor ou corrimento. Caso o vírus já tenha causado lesões, podem haver cólicas e sangramentos.
O vírus não é identificado por exame de sangue e também não tem cura, somente acompanhamento médico. Por esse motivo, o exame molecular é muito importante para evitar a possibilidade do surgimento do câncer, já que o mesmo consegue detectá-lo. O procedimento de coleta deste exame é semelhante à coleta do Papanicolaou.
Atualmente, duas vacinas estão disponíveis para impedir a infecção pelo HPV. O conteúdo é constituído por partículas que se assemelham às partículas virais e são formadas por uma proteína do papilomavírus humano, sendo consideradas seguras pelo fato de não serem infecciosas. O Programa Nacional de Imunizações do Governo Federal incluiu a vacina contra o HPV em seu calendário de vacinação. O objetivo é vacinar meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos contra o vírus, supondo que jovens dessa faixa etária ainda não tenham iniciado atividades sexuais. Para que a imunização ocorra, são necessárias duas doses da vacina, sendo que a segunda dose deve ocorrer 6 meses após a primeira aplicação.
Os olhos do mundo inteiro estão fitados em Paris, capital francesa, por ser a cidade sede de um dos maiores eventos esportivos do mundo: as Olímpiadas de verão. Os jogos ocorrem de 26 de julho a 11 de agosto, e 10.714 atletas de diversos países disputam a tão sonhada medalha olímpica entre as 32 modalidades de esporte disputadas.
Durante a abertura oficial das Olímpiadas, 26/7, o Brasil todo se emocionou com a história de Raquel Kochhann, 31 anos, atleta do rugby do time brasileiro. A jovem que foi porta-bandeira do Brasil tornou-se uma imagem de superação por ter realizado cirurgia de mastectomia e passado pelo tratamento de quimioterapia. Natural de Saudades (SC), a capitã do time ‘brazuca’ descobriu o câncer há dois anos, após participar das Olímpiadas de Tóquio, no Japão, e hoje está bem, representando as cores verde e amarelo na competição.
Já a servidora pública municipal aposentada, moradora de Uberaba (MG) e paciente do Hospital de Amor, Fernanda Roqueti, descobriu o poder do esporte para ressignificar a vida após passar por um tratamento de câncer de mama, em Barretos (SP). “Descobri a doença após participar de uma campanha de prevenção realizada pelo HA. Na época, estávamos levando a minha mãe no local para fazer sessões de radioterapia. Recebi o diagnóstico de carcinoma ‘in situ’ na mama esquerda.
A vida de Fernanda começou a mudar em 2010 com a descoberta do primeiro câncer, porém, em 2017, ela recebeu a notificação da recidiva (caracterizada pelo reaparecimento da doença, que pode ser no mesmo local ou em outros órgãos), no qual seria necessário fazer a mastectomia total.
“Ao receber o diagnóstico, perdi o chão, chorei muito. Não sabia o que pensar mesmo sendo informada que o meu tipo de câncer tinha 95% de chances de obter a cura. A palavra câncer é muito pesada, é como uma ‘sentença de morte’ e eu ainda não estava preparada para morrer (como se na vida nós nos preparássemos para tal). Enfim, após o baque, eu comecei a rezar e uma passagem da oração do ‘Pai Nosso’ ficou muito clara para mim: “Seja feita a vossa vontade”. Após isso, eu me tranquilizei e me dispus a enfrentar esse momento. E assim foi feito nas duas etapas – tanto no período pós-quadrantectomia, onde passei pelas sessões de radioterapia (não houve a necessidade de quimioterapia), quanto no período pós mastectomia total da mama esquerda”, revela Fernanda.
Ela conta que a equipe médica do hospital a acolheu de maneira maravilhosa. “Uma equipe de excelência que se preocupa com o bem-estar de seus pacientes e acompanhantes. Sempre fui muito bem atendida”.
O esporte: uma nova paixão
Fernanda revela que começou a nadar aos 10 anos de idade, em Barretos (SP). Ela chegou a representar a cidade paulista em vários campeonatos regionais e estaduais durante muitos anos. “Parei de nadar quando precisei mudar de cidade para estudar em outro local. Em busca de uma melhor qualidade de vida, aceitei o convite de uma amiga para participar de alguns jogos feitos para pessoas acima dos 60 anos”, Fernanda explica que voltou treinar natação em Uberaba (MG), onde vive há 38 anos.
“O esporte representa, literalmente, todo o meu processo de superação. Fiquei afastada das piscinas por muito tempo – casamento, filhos e trabalho me afastaram da água. Depois, enfrentei o diagnóstico de câncer e então, essa retomada aos treinamentos e à participação nas competições significa que estar com saúde, feliz e de bem com a vida é o fator primordial nesse meu processo de convivência com a “sombra” do diagnóstico que recebi. Tenho o apoio e a torcida de toda a minha família: irmãs/irmãos, filhos, neta, genro e nora, que me acompanham nas competições – alguns presencialmente e outros por chamada de vídeo, e isso me abastece, me nutre, me dá forças”, conta Fernanda emocionada.
A paciente, que também se tornou atleta, disputa provas de nado crawl e do nado costas, na categoria Master 60+. Ela já ganhou vários prêmios, inclusive, ela foi campeão mineira na categoria, pois obteve o 1º lugar nas duas provas – 50 metros nado crawl e 50 metros nado livre.
Para Fernanda, o esporte é mágico, pois pode nos conectar com a vida, com pessoas, com lugares e nos impulsiona a nos superar. “Ganhar não é o que importa, o que vale é saber que conseguimos nos ultrapassar, é saber que conseguimos ir um pouco mais além. E assim é com essa doença, temos que ir sempre mais além”, conta Fernanda.
Quando questionada sobre qual conselho ela daria para alguém que recebeu o diagnóstico semelhante ao dela, ela logo diz: “levante a cabeça, respire fundo e enfrente a situação com todas as forças que tiver. Chorar é libertador, mas não podemos permanecer na tristeza, lembre do Pai Nosso, se entregue ao ‘Seja feita a vossa vontade’, reveja seus atos e a forma como lidamos com a vida.”
Atualmente, ela está em fase de acompanhamento no HA e realiza exames anualmente, sem uso de medicação. Ela é mais uma prova de que com superação, o esporte pode contribuir muito para escrever uma nova história.
Dhionatan Ferreira Nunes Teixeira, Elaine da Silva Santos e Mário Fontainha, o que eles têm em comum? Todos eles receberam os primeiros aparelhos auditivos dispensados pelas unidades de reabilitação do Hospital de Amor, em Barretos (SP) e Porto Velho (RO)!
As unidades de reabilitação do HA realizaram, no mês de março e abril, as primeiras entregas de aparelhos auditivos para pacientes oncológicos e não oncológicos. Foram dispensados mais de 30 aparelhos auditivos (unilaterais e bilaterais) para as pessoas que já estavam na fila do SUS (Sistema Único de Saúde), aguardando os dispositivos.
Perda auditiva
A perda auditiva nada mais é do que a redução da capacidade de ouvir sons, podendo ser temporária ou permanente. Elas podem ocorrer por diversos fatores, como infecções, idade, lesões, exposição e ruídos. Além disso, também existe a possibilidade de pessoas que realizaram tratamento oncológico perderem a audição, como destacou o médico otorrinolaringologista do HA, Dr. Rafael Baston.
“Esses pacientes tiveram perda de audição (muitas vezes esperada), devido ao tratamento oncológico e, após o sucesso no tratamento, vem a segunda parte: que é a reabilitação. Além dos pacientes oncológicos, nós temos pacientes não oncológicos, como crianças – que possuem alterações congênitas que vem de um histórico familiar; e adultos – que acabam manifestando a perda auditiva um pouco mais tarde por conta de fatores como idade e excesso de exposição ao ruído”, explicou o médico.
Dispensação de aparelhos auditivos
“O que importa é eu estar ouvindo bem”, declarou Elaine da Silva Santos (46), de Barretos (SP), paciente do HA desde 2019 – quando foi diagnosticada com meningioma na cabeça e teve perda de audição. “Em 2019 eu fui diagnosticada com um meningioma na cabeça e iniciei meu tratamento no Hospital de Amor. Precisei passar por cirurgia, onde fiquei 21 dias em coma, e tive algumas sequelas. Fiquei sem andar, precisei fazer traqueostomia, tenho dificuldade na fala, tive perda de audição. Fui encaminhada para o Centro de Reabilitação do HA, em Barretos (SP), onde fiz todo o tratamento para conseguir voltar a ter uma vida normal. Tive alta da reabilitação da parte física e motora, e iniciei um novo processo, dessa vez a auditiva”, comentou a paciente.
No mês de março, Elaine recebeu dois aparelhos auditivos e, durante a entrega, a felicidade e a surpresa em seu rosto eram visíveis, pois quando os dispositivos foram ligados, ela começou a escutar sons que ela já não escutava há muito tempo, como os passos de pessoas andando no corredor do HA.
Dhionatan Ferreira Nunes Teixeira nasceu com hidrocefalia e, com 12 anos, foi diagnosticado com meduloblastoma. Ele iniciou o tratamento oncológico na sua cidade natal, Machadinho do Oeste (RO), e posteriormente, quando o Hospital de Amor Amazônia foi inaugurado, conseguiu transferência. Atualmente com 19 anos, Dhionatan finalizou o tratamento e, a cada seis meses, passa por consultas e realiza exames de acompanhamento.
Além disso, ele também realiza sessões na unidade de reabilitação do HA em Porto Velho (RO), o ‘DREAM Amazônia’. Porém, há dois anos, a família de Dhionatan percebeu que ele não estava ouvindo direito. “Sempre quando a gente conversava, a gente via que ele perguntava muito: ‘O que foi, pai?’ O que foi, mãe? Não estou escutando direito.’ E sempre que ele ia fazer os exames no hospital, a médica ia notando esse problema também. Foi aí que ela pediu o exame e o diagnostico aconteceu: perda de audição”, contou o pai de Dhionatan, Leucimar Nunes Teixeira.
Assim como Elaine, Dhionatan recebeu os aparelhos auditivos! “Eu me sinto muito feliz, a sensação de ouvir novamente é incrível”, comentou.
Em 2007, com oito anos, Mário Fontainha foi diagnosticado com meduloblastoma com hidrocefalia. Ele veio de Ji-Paraná (RO) para realizar o tratamento no HA, em Barretos (SP), e há mais de 15 anos teve alta, realizando o acompanhamento anual. Atualmente, com 25 anos, Mário reside na cidade de Valentim Gentil (SP) e, de uns anos para cá, percebeu uma perda significativa na audição.
Ele também foi encaminhado para o Centro de Reabilitação do HA, em Barretos (SP), onde passou por consultas com a equipe multidisciplinar (com otorrinolaringologista e fonoaudiologia) e realizou diversos exames para se ter um diagnóstico. No resultado foi constatada a perda auditiva, e o tratamento de reabilitação indicado para o Mário foram os aparelhos auditivos.
“Receber os aparelhos está sendo um verdadeiro presente. Com os aparelhos minha vida vai mudar muito, tanto pessoal quanto profissionalmente. Sem o aparelho eu sofria muito, principalmente no meu emprego, pois eu trabalho virado de costas para a equipe e, toda vez que uma pessoa precisa falar comigo, eu não conseguia escutar eles chamarem, era necessário que eles viessem até mim.”
A importância do diagnóstico
Ao dar entrada nas unidades de reabilitação do HA, os pacientes passam por avaliações e uma série de exames. Com o diagnóstico, é possível identificar como a perda vai evoluir com o passar dos anos e qual o tratamento é indicado para o paciente. “Quando eu tenho um diagnóstico, eu sei como essa perda vai evoluir, eu sei quais as dificuldades que o paciente vai ter no processo de reabilitação e, sabendo também o nível da perda de audição, eu consigo entender a dificuldade do paciente no dia a dia. É muito importante eu caracterizar e saber o grau e o porquê o paciente teve aquela perda de audição, para ser tratado de maneira adequada. Nem todo caso é de aparelho auditivo, nós temos casos em que é possível corrigir com cirurgia ou com tratamento clínico. Nós temos um leque de opções a partir de cada perda, mas, na maioria das vezes, o aparelho auditivo é o recurso que irá beneficiar esse paciente”, explicou Dr. Baston.
A perda da audição influencia diretamente na vida de uma pessoa, sendo o primeiro ponto o isolamento social. Indo mais além, a surdez interfere diretamente no desenvolvimento de doenças nos adultos e no atraso de aprendizagem em crianças, como destaca o médico otorrinolaringologista. “A privação sensorial está relacionada, por exemplo, em um adulto, diretamente com o desenvolvimento de doenças da cognição, como Alzheimer e demência, então nós sabemos que realizando a reabilitação desses pacientes, é possível frear ou até barrar esse processo. E falando de crianças, quando elas são submetidas ao tratamento oncológico e tem algum grau de acometimento auditivo, elas precisam ser reabilitadas o quanto antes, de uma maneira eficiente e muito bem-feita, pois isso influencia na escola, no nível de aprendizagem, no desenvolvimento cognitivo e nas relações sociais”, comentou o médico.
Unidades de reabilitação
Acolher com humanização, tratar com dignidade, salvar vidas e reabilitar! Estas são algumas das maiores diretrizes do Hospital de Amor. Em mais de 60 anos de história, a instituição vai muito além do tratamento oncológico: ela reabilita seu paciente, capacita-o após o tratamento para que ele volte para sua rotina com qualidade de vida.
Sempre atuando em direção ao atendimento integral em saúde, o Hospital de Amor conta com três unidades de reabilitação – em Barretos (SP), Araguaína (TO) e Porto Velho (RO) – com foco na recuperação das funções motoras, auditivas, intelectuais e visuais de pacientes oncológicos e não oncológicos.
O Centro Especializado em Reabilitação de Araguaína (TO) realiza, desde novembro de 2022, a reabilitação auditiva de pacientes. A unidade já fez a dispensação de mais de 441 aparelhos auditivos (unilaterais e bilaterais), para 234 pacientes (aproximadamente).
Assim como acontece no décimo mês do ano, novembro também é mundialmente conhecido por sua campanha de prevenção. O “Novembro Azul” tem o objetivo de divulgar informações sobre a saúde do homem e, principalmente, fortalecer e conscientizar toda a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens (apenas atrás do câncer de pele não melanoma), e sua taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos. Apenas em 2021, foram registrados, por dia no país, 44 mortes em razão da doença. Por ser considerado um tipo de câncer da terceira idade – pois cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos – há um constante aumento de diagnóstico, uma vez que a melhoria da qualidade de vida impacta, diretamente, na expectativa de vida.
Com dados alarmantes e números crescentes, o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência) conta com o maior serviço de prevenção de câncer do país, responsável por levar saúde de qualidade à população de todos os estados. Neste mês em que celebramos o “Novembro Azul”, o HA conversou com o urologista da instituição, Dr. João Paulo Pretti Fantin, e preparou uma matéria especial sobre o tema, esclarecendo as principais dúvidas sobre a doença, suas formas de prevenção, e sinais e sintomas.
Confira, se informe e esteja em dia com seus exames. Lembre-se: prevenção é o ano todo!
– O que é a próstata?
R.: A próstata é uma glândula que somente o homem possui e está localizada na parte inferior do abdômen. Trata-se de um órgão pequeno, cujo formato parece uma maçã e fica abaixo da bexiga, à frente do reto (parte final do intestino grosso). A função da próstata é produzir parte do sêmen (líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante a ejaculação).
– O que é o câncer de próstata e como detectá-lo?
R.: É uma doença silenciosa e geralmente assintomática em fases iniciais. Embora seja um tumor comum, infelizmente, muitos homens ainda relutam em fazer os exames preventivos. A melhor maneira de detectá-lo é por meio do exame de rastreamento (conhecido como exame de toque) e do PSA (Antígeno Prostático Específico – que pode ser avaliado por meio de exame de sangue simples). Estes dois exames juntos, possuem uma maior capacidade de detecção do tumor.
– Quais os fatores de risco para a doença?
R.: Além do rastreamento inicial é necessário levar em consideração outros fatores, como raça, estado de saúde e histórico familiar. Por exemplo: homens negros, pessoas que possuem homens na família que já foram diagnosticados e obesos são mais propensas para desenvolver câncer de próstata. Com base nisso, são realizados exames de rastreamento para detecção da doença. Caso o diagnóstico seja positivo, o paciente é encaminhado para iniciar o tratamento. Caso o diagnóstico seja negativo, é feita uma estratégia de prevenção: se os riscos forem baixos, os rastreamentos são anuais ou a cada dois ou três anos.
– Quais sãos os principais sinais e sintomas deste tipo de tumor?
R.: Dificuldade ou demora para urinar;
Urina cortante;
Presença de sangue na urina;
Aumento da necessidade de urinar durante ou dia ou à noite;
Sensação de que a bexiga não foi esvaziada completamente;
Sensação de queimação ao urinar;
Disfunção erétil;
Cansaço;
Em casos avançados, o homem pode sentir dores nas costas/lombar.
– Qual é a importância da prevenção?
R.: Pelo fato de o câncer de próstata não apresentar sintoma em fases iniciais, os exames preventivos são fundamentais. Como a doença surge em uma região da próstata, na maioria das vezes os pacientes não sentem dor, não possuem sangramentos na urina e não possuem dificuldades em urinar ou evacuar. Porém, enquanto isso, o tumor continua crescendo na próstata deste homem. Quanto antes acontecer o diagnóstico precoce, maior é a chance de cura (as de chances de cura podem chegar a 90% se o tumor for diagnosticado precocemente).
– Qual é a idade indicada para realização dos exames preventivos?
R.: O público-alvo são homens, a partir de 50 anos de idade. Já homens da raça negra ou que tenha histórico familiar da doença, devem realizar os exames a partir dos 45 anos.
Recomendação
Se você é homem e tem mais de 50 anos, procure um urologista de sua confiança para realizar os exames de toque e o PSA. Em Barretos (SP), os atendimentos acontecem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS), com agendamento junto ao projeto ‘Saúde do Homem’, no AME, por meio do telefone: 0800-779-0000, onde são realizadas, gratuitamente, avaliações urológicas e cardíacas, com base em uma fila de espera.
Já os homens que não têm acesso a essa possibilidade, devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência e solicitar ao médico o encaminhamento ou exame de rastreamento para a detecção do câncer de próstata.
Consulte seu médico regulamente e esteja em dia com sua saúde! Para saber mais, acesse: ha.com.vc/novembroazul.
Por meio de uma parceria com a GE HealthCare, o Hospital de Amor acaba de receber o primeiro Serena Bright do Brasil, um inovador mamógrafo com biópsia que ajuda no diagnóstico e no tratamento precoce de lesões suspeitas nas mamas.
“Estamos muito orgulhosos de receber o primeiro Serena Bright do Brasil. Esta inovação na área da mamografia nos possibilitará oferecer às pacientes, inicialmente atendidas em quaisquer das nossas vinte e cinco unidades, a opção de realizar biópsias por meio da mamografia com contraste. Isso representa uma revolução no que diz respeito ao diagnóstico precoce do câncer de mama”, complementa a Dra. Silvia Sabino, médica radiologista responsável pelo controle de qualidade clínica em mamografia do Hospital de Amor.
Um dos principais benefícios deste tipo de exame é o conforto que ele proporciona às pacientes. Muitas mulheres eram encaminhadas para ressonâncias magnéticas, um procedimento mais longo e que frequentemente causava desconforto. Com o Serena Bright o hospital irá evitar essa etapa e realizar a biópsia de forma muito mais prática e simplificada.
O Serena Bright combina, em um único equipamento, a capacidade de realizar biópsias mamárias com a funcionalidade da mamografia espectral de contraste (SenoBright HD). Isso significa que, no mesmo mamógrafo e durante a mesma sessão, todos os procedimentos – desde a mamografia até a biópsia da mama, quando necessário – podem ser realizados sob a mesma imagem com realce de contraste. Não é necessário que o médico e a equipe mudem de sala para realizar a biópsia, basta ativar essa função no equipamento e realizar tudo de forma eficiente.
“É uma grande honra participar desse marco histórico, não só para a empresa, mas também para o Brasil e para as pacientes de forma geral, porque este equipamento traz um benefício extremamente importante para prevenção e detecção do câncer de mama”, finaliza Meire Falanga, Especialista Clínica em Saúde da Mulher da GE HealthCare para a América Latina.
O HA é a instituição que tem a maior base instalada de mamógrafos da GE HealthCare no Brasil. Em 2022, o hospital realizou 280 mil mamografias, 95% delas em equipamentos GE HealthCare.
O Hospital de Amor e a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), se uniram para criar um projeto de telemedicina (prática médica realizada à distância), na tentativa de ajudar toda a população neste difícil momento de pandemia causado pelo novo coronavírus. As ações de “teletriagem” e “telemonitoramento” visam orientar, direcionar e monitorar, individualmente, cada perfil cadastrado nas unidades básicas de saúde (UBSs) de Barretos (SP).
As dinâmicas serão simples: inicialmente, será realizado o primeiro contato com o paciente através de um link, encaminhado por meio de mensagem SMS, contendo um formulário com questões relacionadas à saúde e atividades rotineiras, como: “Quais sintomas você apresenta?”; “Você tem alguma doença crônica?”; “Como se sente em relação a pandemia do coronavírus?”; “Você tem contato frequente com idosos?”, entre outras. Depois de responder as perguntas, o paciente receberá um diagnóstico básico e, então, os alunos do 6º ano do curso de medicina realizarão a análise do relatório. Após esta etapa, eles entrarão em contato com o paciente que apresentar um ou mais sintomas e/ou fizer parte do grupo de risco. Outra opção disponível, é o contato ser realizado pelo próprio paciente. Basta ele ligar para o número de 0800 enviado junto ao SMS e esclarecer dúvidas, solicitar informações ou relatar sintomas.
Para que a ação tenha êxito e que a equipe envolvida entenda o perfil de cada participante, é essencial que o questionário seja respondido por todos, pois só assim será possível identificar as pessoas que encontram-se em estado de alerta ou que necessitam de orientações na luta contra o COVID-19.
Telemedicina: a tecnologia que veio para ficar
Diante da crise gerada pelo coronavírus no país, com grandes impactos e desafios para o sistema de saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou, no último dia 19/3, um ofício ao Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assegurando as condições legais para o uso da telemedicina no combate ao COVID-19, preservando a relação médico-paciente e evitando a possível disseminação do vírus. Porém, há tempos o Hospital de Amor vem abordando diversas formas de implementar essa tecnologia na instituição, buscando um atendimento muito mais eficiente que incorpore técnicas digitais.
Um dos primeiros projetos a ser introduzido na entidade, é o prontuário eletrônico. De acordo com o oncologista do Hospital de Amor e diretor-geral da FACISB, Dr. Sérgio Serrano, a ferramenta irá abranger, de forma integrada e por meio de um sistema unificado, as informações das unidades fixas de tratamento localizadas em Barretos (SP), Jales (SP) e Porto Velho (RO), além das unidades de prevenção espalhadas por vários pontos do país. A iniciativa visa adotar algumas práticas da medicina digital, inclusive com a telemedicina, como parte da estratégia de melhorar o acesso aos pacientes, diminuindo a necessidade de deslocamento deles até Barretos.
“Com a pandemia do coronavírus, vimos que era preciso acelerar e iniciar esse processo, mesmo sem contar com toda tecnologia instalada. Aproveitamos uma estrutura já existente no hospital (call center) e a forte parceria da instituição com a faculdade de medicina, e criamos um grupo de alunos voluntários no ‘teleatendimento’, para que as principais dúvidas dos pacientes em relação a consultas, reagendamentos e medidas preventivas fossem esclarecidas. Dessa forma, estamos identificando a possibilidade de incorporar a telemedicina”, afirmou Serrano.
Para o médico, é possível utilizar essas técnicas para prestar atendimento a todos os pacientes com qualidade, conforto, segurança e humanização, estejam eles em cuidados paliativos, pós-operatório, tratamento com químio e/ou radioterapia e, inclusive depois do segmento (aqueles que estão sem evidências de doença e precisam apenas de acompanhamento médico). “Independentemente de pandemia, essa assistência é essencial e o objetivo é de que se perpetue. Nós temos condições e recursos de ‘ir até o paciente’ prestar assistência ‘dentro da casa dele’ de forma humanizada, ou seja, sem tirar ele do seu conforto. Além disso, é uma ótima experiência de aprendizado para os nossos alunos, residentes e pós-graduandos, pois estamos descobrindo uma outra forma de criar um atendimento de excelência e humanização. Não iremos substituir o contato físico com o paciente, pois isso é fundamental na medicina e não vai se perder nunca, mas iremos substituir algumas consultas que, com toda certeza, conseguiremos fazer à distância sem causar nenhum dano ao tratamento do paciente”, esclareceu.
Através do software Research Eletronic Data Caputure (REDCap) – plataforma de coleta, gerenciamento e disseminação de dados de pesquisa – o Hospital de Amor já está mapeando todo esse processo para poder replicar seu sistema para os outros centros de saúde.
Segundo Serrano, neste momento de crise e isolamento social, a mudança cultural vai acontecer e transformar o cenário de todo o país, pois a telemedicina está cada vez mais presente na vida das pessoas. “A partir do momento em que se cria a possibilidade de se aproximar das pessoas e cuidar delas com alguma nova tecnologia, levando saúde e promoção de saúde, é uma passagem sem volta! A telemedicina é um caminho a ser explorado, atingindo não somente as ‘teleconsultas’, mas também todas as áreas. É a tecnologia mediando todos os processos. É o novo que vem por aí. É um momento para aproveitarmos as novas oportunidades e, quem sabe, sairmos dessa situação dolorosa causada pelo coronavírus ainda mais fortalecidos para criar um mundo melhor”, finalizou o oncologista.
Com estrutura inaugurada em março de 2017, junto ao Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, o biotério da instituição deu início, oficialmente, às suas atividades na última semana de novembro, com o I Encontro da Comissão de Ética no Uso de Animais da instituição, marcado pela presença e palestras de dois importantes nomes da área no cenário nacional: Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, pesquisadoras e membros do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O evento reuniu, além da própria Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA-CPOM), pesquisadores e profissionais que farão parte da equipe responsável pela nova área.
Segundo a coordenadora do local, Dra. Silvia Teixeira, o início das atividades completa os diferentes campos da pesquisa na instituição e é um importante passo na busca pela integração com os departamentos clínicos do Hospital, que contemplam no biotério uma possibilidade de novas abordagens terapêuticas. “Também será possível complementar a capacitação dos alunos de pós-graduação e pesquisadores, que terão um novo enfoque para o desenvolvimento de estudos inovadores que poderão levar a uma melhora na qualidade dos tratamentos dos pacientes. As pesquisas poderão ser direcionadas para a busca de terapias ainda mais personalizadas, validação de ensaios in vitro para novos alvos terapêuticos, entre outras. Os resultados poderão indicar medicamentos, ou associação de medicamentos, e terapias que possam ser mais eficazes e poderão implicar em aumento na sobrevida e na qualidade de vida dos pacientes”, explicou.
Durante o evento, as pesquisadoras, Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, destacaram a importância da pluralidade da CEUA-CPOM, composta por docentes, pesquisadores, colaboradores das áreas das ciências exatas e biológicas, além de um representante da sociedade protetora dos animais; e afirmaram que tal composição garante uma melhor qualidade na pesquisa e, principalmente, o máximo rigor a todos os princípios éticos na experimentação animal.
Para a médica veterinária, Dra. Ekaterina Riviera, mestre em Ciências de Animais de Laboratório pela Universidade de Londres e Doutora Notório Saber pela Universidade Federal de Goiás (UFG), os princípios do Hospital de Amor guiarão o biotério para que se torne um dos únicos – se não o único – do País a aplicar, de maneira estruturada, o que ela chamou de Cultura da Consciência, que, de forma simplificada, é a responsabilidade e consciência de sua importância por parte de todos os agentes envolvidos no processo, desde a parte administrativa até os profissionais responsáveis pela limpeza.
Silvia esclareceu, ainda, que, para que um projeto seja proposto e aceito, é necessário que a pergunta seja adequada, que todos os outros meios de buscar respostas tenham sido contemplados e que a relevância da pesquisa seja convincente. “Essa é a filosofia de toda a equipe do Biotério, pensamos e buscamos ao máximo propor bem-estar aos animais. Para isso, estamos promovendo todos os cuidados necessários, enriquecimento ambiental adequado durante os processos de criação e experimentação. Pretendemos colaborar com os pesquisadores no direcionamento do projeto, de forma a minimizar o uso de animais, e a promover o cuidado necessário durante o desenvolvimento das pesquisas. Todo esse cuidado não é só por poder interferir nos resultados, gerando viés na pesquisa, mas também porque temos uma grande responsabilidade nesse processo. Toda a estrutura oferecida pelo IEP e pelo CPOM nos permite realizar estes procedimentos de forma adequada. Além disso, o investimento na capacitação da equipe do biotério, visando a qualificação dos colaboradores, permitiu que esse perfil fosse desenvolvido. Com esses cuidados, acreditamos que os resultados poderão levar a um aumento na reprodutibilidade e aplicação dos resultados na clínica, tendo em vista a melhora das condições e qualidade de vida das pessoas com câncer”, finalizou.
Desde maio de 2017, o Instituto de Prevenção do Hospital de Amor vem desenvolvendo um estudo que identifica o DNA do papilomavírus humano, o HPV – apontado como a principal causa do câncer de colo de útero.
De acordo com o ginecologista do Instituto de Prevenção do HA, Dr. Júlio César Possati Resende, embora o exame molecular seja conhecido no meio médico, mesmo não sendo aplicado em larga escala no Sistema Único de Saúde (SUS), o que motivou a equipe do HA iniciar o projeto é o fato do câncer de colo de útero ainda estar entre os mais frequentes entre as mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o terceiro que mais atinge mulheres no país.
Ao utilizar a pesquisa de base populacional, o objetivo principal do estudo é comprovar a eficiência do exame, avaliando o novo modelo de rastreamento para o câncer de colo de útero, utilizando testes moleculares para detecção de infecção pelo papilomavírus humano (HPV). Ou seja, o propósito é realizar o diagnóstico precoce de lesões que tenham potencial de se transformarem em câncer do colo uterino no futuro.
O projeto também está levantando indicadores que medirão o custo efetivo desse modelo de rastreamento, atualmente adotado entre toda população brasileira, o que poderá contribuir para melhorias e a otimização desse rastreamento. “Nós vamos avaliar a questão de custo e efetividade e o impacto orçamentário que isso pode ter, caso ele seja implementado pelo Ministério da Saúde”, afirma o especialista.
Segundo Possati, como o exame Papanicolaou (citologia cervical) é utilizado como teste para a realização de triagem de casos de risco câncer, pode apresentar algumas limitações. O exame molecular pode contribuir significativamente com um diagnóstico mais funcional, já que apresenta uma eficácia de até 90% (na citologia cervical, é de 60%). “O importante é fazer a detecção das lesões precursoras em que se consegue, após um simples tratamento, evitar que essas mulheres desenvolvam o câncer depois de um período de 10 a 15 anos de evolução, além de proporcionar mais agilidade nos processos laboratoriais e reprodutibilidade dos resultados que são automatizados”, ressalta o médico.
A auxiliar de limpeza, Renata Cristina Luis, de 33 anos, relata que sempre realizou seus exames preventivos com regularidade, principalmente, porque possui histórico de câncer na família. Ao fazer seu exame de rotina, Renata foi convidada pela equipe do HA para participar do projeto e fazer o exame molecular, o que contribuiu para a descoberta de feridas em seu útero. “Participar deste projeto foi muito importante. Já era tarde quando a minha irmã descobriu o câncer e, infelizmente, ela perdeu a mama. Se eu não tivesse descoberto a ferida com a ajuda desse exame, provavelmente, eu corria o risco de perder o útero”.
Mesmo sentindo dores, a paciente nunca desconfiou que pudesse haver algo de errado. De acordo com o Dr. Possati, o exame molecular foi fundamental para a descoberta da ferida no útero de Renata, já que a pequena lesão poderia contribuir para o surgimento da doença em um período de 10 anos. Após o diagnóstico, Renata passou pelo procedimento cirúrgico de remoção da ferida. A técnica adotada foi um sucesso.
Até o momento, mais de 5 mil pessoas participaram da pesquisa que visa examinar 27 mil mulheres de todo o país, até maio de 2022.
De acordo como ginecologista do Hospital de Amor, de 7 a 8% das mulheres testadas, com idade superior a 30 anos, apresentaram infecção pelo HPV. Todas são convidadas para os exames complementares mais detalhados. O rastreamento ocorre graças aos recursos destinados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas (SP), que também apoia outros projetos da instituição.
Exame molecular
A enfermeira e pesquisadora do HA, Livia Loami de Paula, esclarece que independentemente da mulher ter uma vida sexual ativa ou não, ela sempre deve realizar exames preventivos. “As células estão em constante renovação. Durante esse processo, se há algum problema com a renovação das células, há o risco do câncer ocorrer”, ressalta Lívia.
A pesquisadora também esclarece que o exame molecular não pode ser realizado por todas as mulheres. Para participar do projeto, alguns critérios são exigidos e alguns pontos devem ser considerados:
– Mulheres grávidas ou sem útero NÃO podem participar da pesquisa.
– Mulheres com idade entre 25 e 30 anos também não devem fazem o exame . Abaixo dos 30, a chance é maior de se ter o vírus. No entanto, o sistema imune consegue combatê-lo, como um vírus de gripe, por exemplo.
– O Ministério da Saúde preconiza a realização do exame de Papanicolaou, portanto, mulheres com idade entre 25 a 64 anos devem sempre realizar o exame.
– Ainda não há exames para identificar o vírus nos homens, embora, eles possam passar a vida toda com o vírus sem saber do mesmo. No caso deles, podem surgir verrugas nos órgãos sexuais. Caso isso ocorra, é importante sempre visitar um médico especialista para investigar o aparecimento das mesmas, pois outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) também podem surgir.
HPV – A importância da prevenção
De acordo com a pesquisadora e bioquímica do Hospital de Amor, Cristina Mendes de Oliveira, dos 200 tipos de HPV já descobertos, cerca de 40 deles infectam a região anogenital e 12 são classificados pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), como de alto risco oncogênico.
A pesquisadora afirma ainda que o HPV pode contribuir para o aparecimento de alguns tumores malignos, sendo o responsável pelo desenvolvimento de quase 100% dos tumores no colo uterino, além de contribuir para o surgimento dos casos de carcinomas de cabeça e pescoço, vulva, vagina, ânus e pênis, e para a evolução de lesões benignas, como verrugas cutâneas e genitais.
Embora o HPV seja um vírus com alto potencial para desenvolver algumas doenças, a maioria das infecções ocasionadas pelo vírus são assintomáticas e acabam sendo resolvidas pelo sistema imune. Caso ocorra a persistência da infecção no indivíduo, o mesmo corre o risco de desenvolver câncer.
A transmissão do vírus HPV ocorre através de relações sexuais. Vale ressaltar que o HPV não é transmitido ao compartilhar banheiro público, piscina ou roupas. O vírus fica “escondido” e não há sintomas aparentes que podem alarmar a mulher, já que na maioria das vezes não há dor ou corrimento. Caso o vírus já tenha causado lesões, podem haver cólicas e sangramentos.
O vírus não é identificado por exame de sangue e também não tem cura, somente acompanhamento médico. Por esse motivo, o exame molecular é muito importante para evitar a possibilidade do surgimento do câncer, já que o mesmo consegue detectá-lo. O procedimento de coleta deste exame é semelhante à coleta do Papanicolaou.
Atualmente, duas vacinas estão disponíveis para impedir a infecção pelo HPV. O conteúdo é constituído por partículas que se assemelham às partículas virais e são formadas por uma proteína do papilomavírus humano, sendo consideradas seguras pelo fato de não serem infecciosas. O Programa Nacional de Imunizações do Governo Federal incluiu a vacina contra o HPV em seu calendário de vacinação. O objetivo é vacinar meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos contra o vírus, supondo que jovens dessa faixa etária ainda não tenham iniciado atividades sexuais. Para que a imunização ocorra, são necessárias duas doses da vacina, sendo que a segunda dose deve ocorrer 6 meses após a primeira aplicação.