De acordo com o Ministério de Saúde, são estimados cerca de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero de 2023 a 2025, no Brasil. Ao menos 6 mil brasileiras perderam a vida, apenas em 2020, em decurso da doença, um problema que desperta cada vez mais o interesse de pesquisadores na busca por melhores tratamentos. De modo assustador, até 30-40% dos recursos investidos no tratamento do câncer são perdidos devido à ineficiência de alguns processos desnecessários, segundo a startup Hi!
O Harena, como centro de inovação do Hospital de Amor, busca atuar no apoio de desenvolvimento e otimização de empreendimentos que focam em resolução de problemas da área da saúde, como o aumento de tipos de câncer. De acordo como coordenador de projetos do Harena Inovação, Mateus Frederico de Paula, “Nossa equipe vem desempenhando um papel muito importante no apoio de diversas startups, dentre elas, a ‘Hi! Healthcare Intelligence’ – plataforma de Health Analytics que auxilia sistemas de saúde na gestão de desperdícios de tratamentos de alto custo. Nós também oferecemos acesso a recursos, conhecimentos e infraestrutura do Hospital de Amor. Dessa forma, é facilitado o desenvolvimento de networking, parcerias estratégicas, aconselhamento e mentoria”, explica.
Mateus revela otimismo ao participar de modo efetivo no projeto desta startup, principalmente, porque ela foi contemplada com o valor de R$ 350 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP), a fim de desenvolver seu projeto em parceria com o time de oncologia ginecológica no Hospital de Amor, em Barretos (SP).
A cooperação entre a Hi! e o HA visa proporcionar decisões baseadas em oferecer análises de dados que orientam médicos e gestores em escolhas informadas, levando em consideração tanto os resultados clínicos quanto os custos associados. Além disso, também busca gerar a redução de desperdícios, identificando e eliminando processos desnecessários. Ou seja, o projeto é interdisciplinar, pois é desenvolvido por uma equipe formada por médicos, gestores, pesquisadores e especialistas.
Segundo Mateus, “Isso proporciona uma gestão mais eficiente, reduzindo custos e melhorando a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes do Hospital de Amor. Além do mais, a plataforma contribui para o avanço da pesquisa em oncologia, fortalecendo a posição do HA como uma instituição líder no tratamento do câncer”, finaliza.
Após a validação deste projeto, há expectativa de ambas as partes sobre uma possível expansão para a segunda fase, quando poderá ser implementado em todos os setores do Hospital, com aporte de fomento de até R$ 1,5 milhão. Ou seja, a plataforma possibilitará o fornecimento de dados valiosos sobre o custo-benefício de diferentes tratamentos, linhas de cuidado e procedimentos em pacientes oncológicos, otimizando ainda mais o tratamento para os pacientes do HA, que recebem o que há de melhor em tecnologia, gratuitamente.
O projeto e sua aplicabilidade para a saúde
O coordenador do Harena explica que a iniciativa é de suma importância para a saúde pública no país, pois visa otimizar o valor entregue aos pacientes nos tratamentos de câncer, que é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. “Ao desenvolver uma plataforma de coleta de desfechos clínicos, avaliações econômicas e gestão de desperdícios para tratamentos de alto custo, o projeto busca melhorar a eficiência operacional dos serviços de saúde, garantindo uma utilização mais efetiva dos recursos disponíveis. Isso pode resultar em uma redução significativa dos custos associados ao tratamento do câncer, tornando-o mais acessível para a população e, consequentemente, melhorando os resultados de saúde e a qualidade de vida dos pacientes”, conta Mateus.
Além disso, ao promover uma abordagem baseada em valor e evidências, o projeto da Hi! contribui para o avanço da prática clínica e para a tomada de decisões mais informadas e assertivas pelos profissionais de saúde. Deste modo, o impacto positivo desta iniciativa pode se estender além do âmbito da saúde, influenciando políticas públicas, diretrizes clínicas e o sistema de saúde como um todo.
A importância de startups no apoio da saúde pública
Fundada em 2019, em São José dos Campos (SP), a Hi! é uma plataforma de Health Analytics que ajuda sistemas de saúde na gestão de desperdícios de tratamentos de alto custo. Uma plataforma que, além de coletar desfechos em saúde (PROMs e PREMs), também é capaz de realizar diagnósticos de desperdício, custo-efetividade e gerar algoritmos personalizados para o desenvolvimento de estratégias para prevenção e predição de novos eventos de alto custo. Ou seja, visa empoderar a estratégia, times de gestão e liderança de sistemas de saúde na gestão baseada em dados relevantes de acordo com a jornada do tratamento de alto custo.
Mateus diz se sentir privilegiado por poder fazer parte de projetos de alto impacto como este, pois maior eficiência pode ser traduzida em maior acesso da população. “É sobre salvar mais vidas!”.
Um estudo inédito realizado por pesquisadores do Hospital de Amor, que teve o apoio da FAPESP e foi recém-publicado na revista científica Clinical Breast Cancer, mostrou que, mais do que a cor da pele, a ancestralidade é indicadora de risco para câncer de mama e que mulheres de ascendência africana têm mais chances de desenvolver tumores do tipo triplo-negativo, que são de difícil tratamento. Apesar de a ancestralidade já ser conhecida como um fator para prever o tipo de câncer mais provável em certa população, a pesquisa destacou que, em países miscigenados como o Brasil, apenas a cor da pele não é suficiente para determinar esse fator de risco.
Essa é a primeira desse tipo, nos distintos subtipos moleculares, com base em marcadores genéticos de ancestralidade especialmente selecionados para a população geral brasileira e foi possível graças à pluralidade das pacientes atendidas pela instituição. Os pesquisadores explicam que esse tipo de análise é importante para definir se a frequência desses subtipos de tumores se associa com a ancestralidade genética das pacientes.
De acordo com o Dr. René Aloisio da Costa Vieira, pesquisador do HA e um dos coordenadores do estudo, “os resultados apontam para a necessidade de realizar exames anuais em populações de ascendência africana, predominante no Norte e Nordeste do país. Além dos fatores socioeconômicos, que podem influenciar o prognóstico da doença nessa população, observamos uma maior proporção de ancestralidade africana em mulheres com o subtipo molecular triplo-negativo, que é sabidamente mais agressivo, multiplica-se mais rápido e tem menos opções de tratamento”.
O trabalho contou com a participação de mais de mil pacientes com câncer de mama de diversas regiões brasileiras, com uma predominância maior de mulheres do Sudeste (72%), seguido por 7,3% da região Norte, 1,8% do Nordeste e 0,9% do Sul. Em consonância com o padrão de autodeclaração de cor ou raça do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria se declarava branca (77,9%), seguidas de pardas (17,4%) e negras (4,1%). Amarelas (asiáticas) e indígenas somaram 0,5%.
A partir dos resultados obtidos, observou-se que a ancestralidade avaliada geneticamente foi fator associado com a classificação molecular do câncer. “Isso mostra como a cor da pele não é determinante para o tipo de tumor, mas, sim, a ancestralidade”, comenta o Dr. Rui Manuel Reis, Diretor Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) e coordenador do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor.
Os pesquisadores pretendem, agora, ampliar e investir em novas frentes do estudo para descobrir, por exemplo, melhores formas de tratamento e prevenção, que possam, sobretudo, serem aplicadas ao Sistema Único de Saúde por meio de políticas públicas estruturadas.
Leia o artigo “Genetic Ancestry of 1127 Brazilian Breast Cancer Patients and Its Correlation With Molecular Subtype and Geographic Region” na íntegra.
*Texto colaborativo: André Julião – Agência FAPESP
Desde 2010, o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor (IEP) auxilia os pesquisadores da instituição no relacionamento com as agências de fomento, através de uma área de apoio institucional ao pesquisador. Em 2012, este departamento recebeu o nome de Escritório de Projetos e Inovação Tecnológica (EPIT). O EPIT é responsável por atuar como interface entre os pesquisadores e as agências de fomento, realizando o suporte técnico-administrativo e financeiro dos projetos de pesquisa da entidade, seja para auxílios individuais, bem como, projetos institucionais.
O objetivo do escritório é auxiliar o pesquisador nas questões administrativas dos projetos, desde a contratação, passando pela compra dos itens concedidos, liberação de recursos, preparação dos documentos para importação, incorporação do material permanente adquirido até a finalização com a apresentação da prestação de contas, dentro dos moldes exigidos por cada agência de fomento.
De acordo com a supervisora de projetos do setor, Joyce Silva, o EPIT tem como missão proteger o patrimônio intelectual de seus pesquisadores e inventores, estimulando e valorizando a atividade criativa pela produção científica e proporcionando novos métodos de desenvolvimento com a inovação. A área de projetos do departamento oferece apoio institucional ao pesquisador, com a criação e atuação na área administrativa e na gestão dos processos, das compras, da organização de documentos e da prestação de contas. “Dessa forma, os pesquisadores ganham mais tempo para se dedicar à pesquisa, garantindo um melhor andamento dos projetos e, consequentemente, aumentando as produções cientificas e fortalecendo das grandes parcerias dentro da comunidade cientifica”, afirma Joyce”. Já a área de Inovação Tecnológica do setor tem como principal objetivo orientar os pesquisadores, destacando o valor da propriedade intelectual com o registro de marcas, patentes e direitos autorais, de acordo com o estabelecido na Política de Propriedade Intelectual do Hospital de Amor.
No campo de pesquisa e desenvolvimento, cabe ao EPIT participar de negociações dos projetos, especificamente no que diz respeito à propriedade intelectual e ao sigilo, assegurando que direitos fundamentais do Hospital de Amor e de seus pesquisadores sejam preservados, de acordo com o que estabelecem as políticas institucionais.
A funcionalidade do EPIT pode ser estabelecida em tópicos, distribuídos da seguinte forma:
1. Estimular o patenteamento e o registro da criação intelectual no hospital;
2. Orientar e prestar assistência aos criadores sobre como elaborar as solicitações de patentes e registros;
3. Receber dos criadores as solicitações de patentes e registros;
4. Analisar a viabilidade técnica e econômica da criação intelectual;
5. Incumbir-se da tramitação do processo de solicitação até a efetivação do depósito da patente;
6. Apoiar a transferência de tecnologia desenvolvida no Hospital de Amor;
7. Administrar a execução dos contratos de exploração de patentes e/ou registros;
8. Instruir os criadores para assegurar a novidade;
9. Exigir a inserção de cláusulas específicas de proteção intelectual nos convênios e contratos firmados;
10. Emitir parecer sobre toda solicitação de pedido de patente e/ou registro encaminhado ao IEP.
Quem pode utilizar os serviços do EPIT?
Todos os pesquisadores, alunos de pós-graduação e colaboradores atuantes na equipe multiprofissional do Hospital de Amor (em qualquer das unidades da instituição espalhadas pelo Brasil) que tenham uma ideia inovadora, um projeto de pesquisa ou pretendem fazer uma parceria com outras instituições, podem contar com o suporte oferecido pelo escritório.
De acordo com o Ministério de Saúde, são estimados cerca de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero de 2023 a 2025, no Brasil. Ao menos 6 mil brasileiras perderam a vida, apenas em 2020, em decurso da doença, um problema que desperta cada vez mais o interesse de pesquisadores na busca por melhores tratamentos. De modo assustador, até 30-40% dos recursos investidos no tratamento do câncer são perdidos devido à ineficiência de alguns processos desnecessários, segundo a startup Hi!
O Harena, como centro de inovação do Hospital de Amor, busca atuar no apoio de desenvolvimento e otimização de empreendimentos que focam em resolução de problemas da área da saúde, como o aumento de tipos de câncer. De acordo como coordenador de projetos do Harena Inovação, Mateus Frederico de Paula, “Nossa equipe vem desempenhando um papel muito importante no apoio de diversas startups, dentre elas, a ‘Hi! Healthcare Intelligence’ – plataforma de Health Analytics que auxilia sistemas de saúde na gestão de desperdícios de tratamentos de alto custo. Nós também oferecemos acesso a recursos, conhecimentos e infraestrutura do Hospital de Amor. Dessa forma, é facilitado o desenvolvimento de networking, parcerias estratégicas, aconselhamento e mentoria”, explica.
Mateus revela otimismo ao participar de modo efetivo no projeto desta startup, principalmente, porque ela foi contemplada com o valor de R$ 350 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP), a fim de desenvolver seu projeto em parceria com o time de oncologia ginecológica no Hospital de Amor, em Barretos (SP).
A cooperação entre a Hi! e o HA visa proporcionar decisões baseadas em oferecer análises de dados que orientam médicos e gestores em escolhas informadas, levando em consideração tanto os resultados clínicos quanto os custos associados. Além disso, também busca gerar a redução de desperdícios, identificando e eliminando processos desnecessários. Ou seja, o projeto é interdisciplinar, pois é desenvolvido por uma equipe formada por médicos, gestores, pesquisadores e especialistas.
Segundo Mateus, “Isso proporciona uma gestão mais eficiente, reduzindo custos e melhorando a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes do Hospital de Amor. Além do mais, a plataforma contribui para o avanço da pesquisa em oncologia, fortalecendo a posição do HA como uma instituição líder no tratamento do câncer”, finaliza.
Após a validação deste projeto, há expectativa de ambas as partes sobre uma possível expansão para a segunda fase, quando poderá ser implementado em todos os setores do Hospital, com aporte de fomento de até R$ 1,5 milhão. Ou seja, a plataforma possibilitará o fornecimento de dados valiosos sobre o custo-benefício de diferentes tratamentos, linhas de cuidado e procedimentos em pacientes oncológicos, otimizando ainda mais o tratamento para os pacientes do HA, que recebem o que há de melhor em tecnologia, gratuitamente.
O projeto e sua aplicabilidade para a saúde
O coordenador do Harena explica que a iniciativa é de suma importância para a saúde pública no país, pois visa otimizar o valor entregue aos pacientes nos tratamentos de câncer, que é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. “Ao desenvolver uma plataforma de coleta de desfechos clínicos, avaliações econômicas e gestão de desperdícios para tratamentos de alto custo, o projeto busca melhorar a eficiência operacional dos serviços de saúde, garantindo uma utilização mais efetiva dos recursos disponíveis. Isso pode resultar em uma redução significativa dos custos associados ao tratamento do câncer, tornando-o mais acessível para a população e, consequentemente, melhorando os resultados de saúde e a qualidade de vida dos pacientes”, conta Mateus.
Além disso, ao promover uma abordagem baseada em valor e evidências, o projeto da Hi! contribui para o avanço da prática clínica e para a tomada de decisões mais informadas e assertivas pelos profissionais de saúde. Deste modo, o impacto positivo desta iniciativa pode se estender além do âmbito da saúde, influenciando políticas públicas, diretrizes clínicas e o sistema de saúde como um todo.
A importância de startups no apoio da saúde pública
Fundada em 2019, em São José dos Campos (SP), a Hi! é uma plataforma de Health Analytics que ajuda sistemas de saúde na gestão de desperdícios de tratamentos de alto custo. Uma plataforma que, além de coletar desfechos em saúde (PROMs e PREMs), também é capaz de realizar diagnósticos de desperdício, custo-efetividade e gerar algoritmos personalizados para o desenvolvimento de estratégias para prevenção e predição de novos eventos de alto custo. Ou seja, visa empoderar a estratégia, times de gestão e liderança de sistemas de saúde na gestão baseada em dados relevantes de acordo com a jornada do tratamento de alto custo.
Mateus diz se sentir privilegiado por poder fazer parte de projetos de alto impacto como este, pois maior eficiência pode ser traduzida em maior acesso da população. “É sobre salvar mais vidas!”.
Um estudo inédito realizado por pesquisadores do Hospital de Amor, que teve o apoio da FAPESP e foi recém-publicado na revista científica Clinical Breast Cancer, mostrou que, mais do que a cor da pele, a ancestralidade é indicadora de risco para câncer de mama e que mulheres de ascendência africana têm mais chances de desenvolver tumores do tipo triplo-negativo, que são de difícil tratamento. Apesar de a ancestralidade já ser conhecida como um fator para prever o tipo de câncer mais provável em certa população, a pesquisa destacou que, em países miscigenados como o Brasil, apenas a cor da pele não é suficiente para determinar esse fator de risco.
Essa é a primeira desse tipo, nos distintos subtipos moleculares, com base em marcadores genéticos de ancestralidade especialmente selecionados para a população geral brasileira e foi possível graças à pluralidade das pacientes atendidas pela instituição. Os pesquisadores explicam que esse tipo de análise é importante para definir se a frequência desses subtipos de tumores se associa com a ancestralidade genética das pacientes.
De acordo com o Dr. René Aloisio da Costa Vieira, pesquisador do HA e um dos coordenadores do estudo, “os resultados apontam para a necessidade de realizar exames anuais em populações de ascendência africana, predominante no Norte e Nordeste do país. Além dos fatores socioeconômicos, que podem influenciar o prognóstico da doença nessa população, observamos uma maior proporção de ancestralidade africana em mulheres com o subtipo molecular triplo-negativo, que é sabidamente mais agressivo, multiplica-se mais rápido e tem menos opções de tratamento”.
O trabalho contou com a participação de mais de mil pacientes com câncer de mama de diversas regiões brasileiras, com uma predominância maior de mulheres do Sudeste (72%), seguido por 7,3% da região Norte, 1,8% do Nordeste e 0,9% do Sul. Em consonância com o padrão de autodeclaração de cor ou raça do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria se declarava branca (77,9%), seguidas de pardas (17,4%) e negras (4,1%). Amarelas (asiáticas) e indígenas somaram 0,5%.
A partir dos resultados obtidos, observou-se que a ancestralidade avaliada geneticamente foi fator associado com a classificação molecular do câncer. “Isso mostra como a cor da pele não é determinante para o tipo de tumor, mas, sim, a ancestralidade”, comenta o Dr. Rui Manuel Reis, Diretor Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) e coordenador do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor.
Os pesquisadores pretendem, agora, ampliar e investir em novas frentes do estudo para descobrir, por exemplo, melhores formas de tratamento e prevenção, que possam, sobretudo, serem aplicadas ao Sistema Único de Saúde por meio de políticas públicas estruturadas.
Leia o artigo “Genetic Ancestry of 1127 Brazilian Breast Cancer Patients and Its Correlation With Molecular Subtype and Geographic Region” na íntegra.
*Texto colaborativo: André Julião – Agência FAPESP
Desde 2010, o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor (IEP) auxilia os pesquisadores da instituição no relacionamento com as agências de fomento, através de uma área de apoio institucional ao pesquisador. Em 2012, este departamento recebeu o nome de Escritório de Projetos e Inovação Tecnológica (EPIT). O EPIT é responsável por atuar como interface entre os pesquisadores e as agências de fomento, realizando o suporte técnico-administrativo e financeiro dos projetos de pesquisa da entidade, seja para auxílios individuais, bem como, projetos institucionais.
O objetivo do escritório é auxiliar o pesquisador nas questões administrativas dos projetos, desde a contratação, passando pela compra dos itens concedidos, liberação de recursos, preparação dos documentos para importação, incorporação do material permanente adquirido até a finalização com a apresentação da prestação de contas, dentro dos moldes exigidos por cada agência de fomento.
De acordo com a supervisora de projetos do setor, Joyce Silva, o EPIT tem como missão proteger o patrimônio intelectual de seus pesquisadores e inventores, estimulando e valorizando a atividade criativa pela produção científica e proporcionando novos métodos de desenvolvimento com a inovação. A área de projetos do departamento oferece apoio institucional ao pesquisador, com a criação e atuação na área administrativa e na gestão dos processos, das compras, da organização de documentos e da prestação de contas. “Dessa forma, os pesquisadores ganham mais tempo para se dedicar à pesquisa, garantindo um melhor andamento dos projetos e, consequentemente, aumentando as produções cientificas e fortalecendo das grandes parcerias dentro da comunidade cientifica”, afirma Joyce”. Já a área de Inovação Tecnológica do setor tem como principal objetivo orientar os pesquisadores, destacando o valor da propriedade intelectual com o registro de marcas, patentes e direitos autorais, de acordo com o estabelecido na Política de Propriedade Intelectual do Hospital de Amor.
No campo de pesquisa e desenvolvimento, cabe ao EPIT participar de negociações dos projetos, especificamente no que diz respeito à propriedade intelectual e ao sigilo, assegurando que direitos fundamentais do Hospital de Amor e de seus pesquisadores sejam preservados, de acordo com o que estabelecem as políticas institucionais.
A funcionalidade do EPIT pode ser estabelecida em tópicos, distribuídos da seguinte forma:
1. Estimular o patenteamento e o registro da criação intelectual no hospital;
2. Orientar e prestar assistência aos criadores sobre como elaborar as solicitações de patentes e registros;
3. Receber dos criadores as solicitações de patentes e registros;
4. Analisar a viabilidade técnica e econômica da criação intelectual;
5. Incumbir-se da tramitação do processo de solicitação até a efetivação do depósito da patente;
6. Apoiar a transferência de tecnologia desenvolvida no Hospital de Amor;
7. Administrar a execução dos contratos de exploração de patentes e/ou registros;
8. Instruir os criadores para assegurar a novidade;
9. Exigir a inserção de cláusulas específicas de proteção intelectual nos convênios e contratos firmados;
10. Emitir parecer sobre toda solicitação de pedido de patente e/ou registro encaminhado ao IEP.
Quem pode utilizar os serviços do EPIT?
Todos os pesquisadores, alunos de pós-graduação e colaboradores atuantes na equipe multiprofissional do Hospital de Amor (em qualquer das unidades da instituição espalhadas pelo Brasil) que tenham uma ideia inovadora, um projeto de pesquisa ou pretendem fazer uma parceria com outras instituições, podem contar com o suporte oferecido pelo escritório.