O Hospital de Amor, referência em oncologia, está participando de um estudo de fase 3 multicêntrico sobre crioablação, uma técnica inovadora e minimamente invasiva para o tratamento do câncer de mama.
A crioablação consiste no uso de temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir as células tumorais, sem necessidade de retirada cirúrgica do tumor. O procedimento é guiado por imagem, realizado com anestesia local e apresenta vantagens como menor tempo de recuperação, menos efeitos colaterais, melhor resultado estético para as pacientes e retorno precoce às atividades diárias.
O estudo busca avaliar a eficácia e a segurança da crioablação em comparação aos métodos tradicionais, especialmente para mulheres com tumores iniciais, menores de 2cm, geralmente do subtipo mais comum de câncer de mama.
Para o mastologista do Hospital de Amor, Dr. Idam de Oliveira Junior, a participação no estudo reforça o compromisso da instituição com a ciência: “Estamos diante de uma possibilidade real de transformar o futuro do tratamento do câncer de mama. A crioablação pode trazer qualidade de vida e novas perspectivas para milhares de mulheres no Brasil e no mundo”, destaca.
É importante lembrar, que a técnica só é possível graças à prevenção e ao diagnóstico precoce. A prevenção salva vidas!
Perguntas e respostas sobre a Crioablação
1. O que é a crioablação?
A crioablação é uma técnica que utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir as células do câncer de mama. É feita de forma minimamente invasiva, com agulhas finas guiadas por imagem, sem necessidade de cirurgia extensa.
2. Quem pode se beneficiar desse tratamento?
No estudo atual, a crioablação é indicada para mulheres com tumores iniciais, menores de 2cm, que são os casos mais comuns de câncer de mama, e que possuam a indicação de cirurgia como primeiro tratamento. As pacientes interessadas podem entrar em contato com a equipe pelo e-mail: crioablacao@hospitaldeamor.com.br.
3. Quais são as vantagens da crioablação?
-Procedimento rápido e menos invasivo;
-Menos dor e efeitos colaterais;
-Recuperação mais curta;
-Preservação da mama com melhor resultado estético.
4. Já está disponível para todas as pacientes?
Ainda não. O Hospital de Amor participa de um estudo de fase 3 multicêntrico, que avalia segurança e eficácia da técnica. Isso significa que a crioablação ainda está em fase de pesquisa clínica antes de ser liberada como tratamento padrão.
5. É seguro?
Sim. Os estudos já realizados mostram que a crioablação é segura e eficaz para determinados grupos de pacientes. Agora, a fase 3 vai confirmar os resultados em larga escala.
6. Por que o Hospital de Amor está nesse estudo?
Porque o Hospital de Amor é referência mundial em oncologia e busca sempre trazer o que há de mais moderno e inovador para as pacientes no Brasil, garantindo ciência, cuidado e esperança.
Prevenção é o ano todo!
A maior arma o combate ao câncer de mama é a prevenção. No Brasil, a doença é um problema de saúde pública em ascensão, com cerca de 74 mil novos casos por ano e índices de mortalidade ainda crescentes.
Sabendo da importância do diagnostico precoce, há quase 30 anos, o Hospital de Amor desenvolve projetos que oferecem excelência e humanização na realização de exames preventivos gratuitos a população. São dezenas de unidades fixas e móveis espalhadas pelo país, realizando um trabalho completo de rastreamento, diagnóstico e tratamento da doença. Acesse: ha.com.vc/outubrorosa e saiba mais!
Recomendação
Se você é mulher, tem entre 40 e 74 anos, previna-se: faça sua mamografia e cuide da sua saúde!
De 12 de setembro a 12 de outubro, instituições de saúde de todo o país – incluindo o Hospital de Amor – se unem para apoiar mais uma edição de uma campanha muito especial: a “De Olho nos Olhinhos” – que tem o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da detecção precoce do retinoblastoma (fator indispensável para garantir bons resultados no tratamento).
O “Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma”, celebrado em 18 de setembro, ganhou força e uma visibilidade ainda maior após o casal Tiago Leifert e Diana Garbin revelarem (no ano de 2022) que sua filha, Lua (na época com apenas 1 ano e 3 meses), tinha sido diagnosticada com um tipo raro de câncer na retina, o retinoblastoma bilateral, os jornalistas assumiram a missão de alertar outros pais para os perigos da doença, enquanto a filha segue em tratamento.
Neste ano, só no dia 13/9, mais de mil médicos, alunos de medicina, profissionais da saúde e voluntários por todo o Brasil organizaram eventos para conscientizar sobre a importância da saúde ocular na infância e explicar como identificar o retinoblastoma. Foram 53 eventos pelo Brasil que aconteceram em hospitais, parques, praças e shoppings. Os eventos contaram com totens, personagens, explicações sobre a doença, distribuição de cartilhas e brindes para as crianças.
No Hospital de Amor Infantojuvenil e no Centro Especializado em Reabilitação da unidade, mais de 30 crianças, de Barretos (SP) e cidades da região, estiveram na instituição para realizar o ‘teste do olhinho’ e passar por consultas oftalmológicas com os especialistas altamente capacitados do HA.
Foi graças a campanhas como esta, que a Cheyla de Souza, mãe do pequeno Heitor Miguel de Souza Galiano, percebeu, quando ele tinha apenas 3 meses de vida, um reflexo no olho dele após tirar uma foto. Naturais de Cuiabá (MT), ela ficou intrigada com aquilo e o levou a uma consulta com o pediatra. A profissional tranquilizou a mãe, afirmando que aquilo ‘não era nada significativo’. Ele foi crescendo, mas a mancha não desaparecia, ela ficava ainda mais evidente. E sabendo dos sinais específicos de retinoblastoma, ela não parou por aí: continuou sua busca por profissionais que diagnosticassem o que o filho realmente tinha.
A família veio para Barretos em busca de um diagnóstico preciso e de um tratamento de excelência. Aqui, no HA Infantojuvenil, a Cheyla e o Heitor encontraram muito mais do que isso: descobriram um diagnóstico de retinoblastoma bilateral, iniciaram tratamento na instituição e ainda receberam muito, muito, muito amor!
Sobre o retinoblastoma
O retinoblastoma é o câncer ocular mais comum entre crianças de 0 a 5 anos. É um tumor maligno que se desenvolve na retina, a parte interna dos olhos. A doença pode se apresentar em um olho, o chamado retinoblastoma unilateral, ou nos dois olhos, retinoblastoma bilateral. Os sintomas mais comuns do retinoblastoma são a leucocoria, ou “olho de gato”, em que a pupila pode apresentar uma área branca e opaca no contato com o reflexo da luz, sendo visível em fotos tiradas com flash. Tremor nos olhos e alteração na posição dos olhos, como o desvio ocular (estrabismo) também são sinais que costumam aparecer.
Em todos esses casos, a recomendação dos médicos é que a criança seja levada ao oftalmologista para a realização de exames completos. A realização do Teste do Reflexo Vermelho (TRV), conhecido como o teste do olhinho, e as consultas oftalmológicas frequentes na primeira infância podem ajudar no diagnóstico da doença precocemente. O Hospital de Amor oferece tratamento e acompanhamento dos casos de retinoblastoma, de forma integral e 100% gratuita via Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar do grande alcance da campanha em 2024, Tiago e Daiana querem ir mais longe, uma vez que casos avançados seguem aparecendo nos centros de referência.
Esteja sempre “De Olho no Olhinhos”!
Se você é pai, mãe, avó, professora ou convive com crianças, fique atento aos sintomas de alerta para o retinoblastoma. Com a presença de qualquer um dos sinais, é imprescindível levar os pequenos para uma avaliação médica.
Independente da situação, o exame oftalmológico deve ser feito mesmo sem qualquer suspeita de comprometimento visual. Ao nascer: teste do olhinho; entre 6 meses e 1 ano de vida: primeiro exame oftalmológico completo; em torno de 3 anos de idade: segundo exame oftalmológico completo; entre 5 e 6 anos: novo exame oftalmológico; a partir daí: o exame oftalmológico terá a frequência dependendo da saúde visual da criança e o histórico familiar.
O câncer de pulmão continua sendo o tipo de câncer mais letal do mundo. Em 2022, foram registrados cerca de 2,48 milhões de novos casos e 1,8 milhão de mortes em todo o mundo, segundo o GLOBOCAN. No Brasil, estima-se que aproximadamente 32 mil pessoas recebam anualmente o diagnóstico da doença, que tem o tabagismo como o principal fator de risco, embora alguns estudos mostrem que até um quarto dos casos têm ocorrido em não fumantes, alertando que sua ocorrência também pode estar associada à poluição do ar e exposição a carcinógenos, que podem provocar mutações no DNA, conforme aponta pesquisa publicada recentemente na Nature.
No Hospital de Amor, uma das instituições de maior referência em oncologia na América Latina, cerca de 500 novos casos chegam por ano, sendo a maioria em estágio avançado. “O câncer de pulmão, na fase inicial, costuma ser silencioso. Por isso, 86% dos pacientes no Brasil recebem o diagnóstico tardiamente, quando a chance de cura já é reduzida”, explica o radiologista do HA, Dr. Rodrigo Sampaio Chiarantano.
Diante desse cenário, a instituição deu um passo importante: o rastreamento ativo de câncer de pulmão em uma população de alto risco, como é o caso de fumantes e ex-fumantes. A iniciativa, que teve início oficialmente em 2019, traz de forma concreta a importância desse trabalho. “Nós já atendemos mais de 1.500 pessoas e conseguimos diagnosticar mais de 30 casos positivos, a maioria ainda em estágio inicial, uma condição que aumenta significativamente as chances de cura e sobrevida desses pacientes”, detalha o radiologista.
O exame utilizado é a tomografia computadorizada de baixa dose, capaz de detectar nódulos pulmonares muito antes de surgirem os primeiros sintomas. Tecnologia que já possui grandes estudos internacionais, como o NLST (National Lung Screening Trial, EUA) e o NELSON (Nederlands-Leuvens Longkanker Screenings Onderzoek, Europa), que comprovam a redução da mortalidade específica por câncer de pulmão em até 24% e reforçam a importância de um rastreamento organizado para a doença.
O público-alvo do programa pioneiro inclui fumantes e ex-fumantes que acumularam muitos anos de tabagismo, mesmo que tenham abandonado o hábito há tempo. Um ponto importante, segundo o Dr. Rodrigo Sampaio Chiarantano, coordenador do projeto, é que não é necessário parar de fumar para participar. “Queremos aproximar essas pessoas do cuidado, sem julgamentos, e detectar o câncer antes que ele apareça. Rastrear já é uma forma de cuidar da saúde”, afirma.
Outro aspecto que diferencia a ação é que o SUS ainda não oferece rastreamento ativo para o câncer de pulmão, ao contrário do que ocorre com o câncer de mama, por exemplo. Isso torna o Hospital de Amor a primeira e uma das únicas instituições brasileira a oferecer, de forma gratuita e estruturada, um programa contínuo de detecção precoce da doença.
A meta agora é ampliar a visibilidade da iniciativa. Além dos números positivos já obtidos, a equipe quer alcançar mais pessoas do grupo de risco que vivem na região de Barretos. Para participar do programa, é preciso ter entre 50 e 80 anos, ser fumante ou ex-fumante, os interessados podem checar a elegibilidade para o rastreamento pelo site https://tcbd.hospitaldeamor.com.br/ e marcar a realização do exame pelo telefone (17) 3321-6600, ramais 7010 e 7080. O atendimento é gratuito e pode ser o primeiro passo para salvar uma vida.
Ciência que cruza fronteiras
O sucesso do programa rendeu ao HA um convite para integrar o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), consórcio global de pesquisa sobre câncer de pulmão. Isso permitirá mapear características genéticas e biomoleculares da população brasileira, ampliando a precisão no diagnóstico e no tratamento.
Paralelamente, o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA mantém, desde 2018, o Grupo Translacional de Oncologia Pulmonar, certificado pelo CNPq. O grupo desenvolve novos painéis moleculares e investiga biomarcadores para auxiliar médicos na escolha do tratamento mais eficaz.
Tecnologia a serviço da vida
Desde 2022, o hospital realiza cirurgias torácicas com auxílio de robôs, oferecendo maior precisão, menos dor no pós-operatório e melhor resultado estético, tudo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa tecnologia é especialmente benéfica para pacientes com câncer de pulmão, que muitas vezes já têm um quadro de saúde fragilizado.
Outra frente inovadora é a radioterapia estereotáxica corporal (SBRT), capaz de atingir o tumor com alta precisão, poupando tecidos saudáveis e oferecendo taxas de controle semelhantes às da cirurgia. Publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas, um estudo do HA comprovou que a SBRT é mais custo-efetiva e proporciona mais anos de vida para determinados pacientes.
Um futuro mais promissor
Seja no rastreamento precoce, na cirurgia robótica, na radioterapia de ponta ou nas pesquisas de alcance internacional, o Hospital de Amor demonstra que é possível aliar tecnologia e humanização para enfrentar o câncer de pulmão. “Nosso foco é salvar vidas e oferecer o melhor cuidado possível, sempre com base em ciência de qualidade”, resume o radiologista.
O Hospital de Amor tem fortalecido sua parceria com instituições de ensino e pesquisa de alto nível de todo o mundo. Recentemente, dois estudantes de mestrado em bioengenharia da Rice University e da Baylor Medical School, ambas de Houston, nos Estados Unidos, participaram de um intercâmbio de nove semanas no Brasil, com o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas de baixo custo para problemas de saúde enfrentados pela população.
A colaboração, que existe há um bom tempo, mas foi reativada com mais impacto em 2024, já resultou em projetos de pesquisa conjuntos. A mais recente iniciativa é patrocinada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA. Durante o período entre 2 de junho e 9 de agosto, em Barretos (SP), os estudantes Luisanny Del Orbe e Malcolm Williams imergiram na rotina do Hospital de Amor, circulando por diversas áreas para identificar os principais desafios.
O principal foco do projeto desenvolvido pela dupla foi criar uma máquina automática e de baixo custo para coloração de lâminas em H&E, voltada para as unidades móveis de saúde bucal do hospital. O objetivo é reduzir o longo tempo de espera entre a biópsia e o diagnóstico final, um problema logístico relevante, especialmente para pacientes em regiões distantes.
Atualmente, o processo de envio de amostras para Barretos (SP) é demorado e com várias dificuldades. A solução proposta pela dupla de estudantes americanos visa eliminar essa etapa, permitindo que a biópsia seja processada diretamente na unidade móvel. O equipamento, que seria operado por um patologista local, enviaria imagens da lâmina, obtidas com um microscópio 3D, diretamente para os especialistas no hospital em Barretos, agilizando drasticamente o diagnóstico. A iniciativa tem o potencial de impactar positivamente a vida dos pacientes, oferecendo mais agilidade e precisão.
Além do projeto de biópsia bucal, Luisanny e Malcolm também contribuíram com sugestões para solucionar desafios nos programas de rastreamento de câncer de pele e mama, e no ‘Projeto Retrate’. De acordo com a pesquisadora do Projeto Retrate, Dra. Raquel Descie, eles contribuíram com uma visão importante para a consolidação de projetos que visam o desenvolvimento de dispositivos mais acessíveis e eficientes voltados para a detecção precoce do câncer de pele do grupo de pesquisa. Ela também destaca como este tipo de intercâmbio é importante para a equipe de Barretos, fortalecendo o estabelecimento de parcerias estratégicas para projetos futuros e proporcionando aos alunos de pós-graduação uma experiência enriquecedora de troca de conhecimento, colaboração e contato direto com pesquisadores internacionais.
Já para o médico, pesquisador e também Diretor Executivo de Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, Dr. Vinicius Vazquez, esta visita significa principalmente um ganho intelectual. A parceria com uma instituição da qualidade da Rice em uma área do conhecimento complementar que é a bioengenharia, é de muita sinergia de ideias e um motor para novos projetos.
A parceria com as instituições de Houston oferece uma nova perspectiva para o enfrentamento dos problemas de saúde. “O intercâmbio de estudantes de bioengenharia de um centro de ensino de alto nível, traz uma visão diferente para o enfrentamento de problemas e desafios dos nossos pacientes. Creio firmemente que muitas soluções originais surgirão em breve,” afirma Dr. Vinicius.
Para os estudantes, a experiência foi transformadora. Luisanny Del Orbe, mestre em bioengenharia pela Rice University, relata: “Esta experiência tem sido uma verdadeira honra. Este é meu primeiro contato com a vida de um engenheiro e tem sido incrível ver como engenharia e a medicina podem ser combinadas de uma forma que beneficia não apenas hospitais como o HA, mas também os pacientes”.
Malcolm Williams, que também está no mestrado de bioengenharia na Rice University, compartilha o sentimento. “Foi minha primeira vez na América do Sul e me diverti muito. Foi uma ótima oportunidade para aplicar todas as habilidades que aprendi durante minha graduação. A experiência não apenas avançou minhas habilidades de carreira, mas também me ensinou muito sobre a cultura brasileira. Foi muito reconfortante trabalhar em um lugar onde eles se importam tanto com a experiência do paciente. As pessoas que conheci em Barretos foram muito gentis e acolhedoras. Elas tornaram esta experiência verdadeiramente transformadora”, disse o jovem norte-americano.
A parceria e o intercâmbio demonstram o compromisso do Hospital de Amor com a inovação e a busca por soluções que possam melhorar a qualidade de vida e o atendimento de seus pacientes, consolidando a instituição como um centro de referência também em pesquisa e desenvolvimento.
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, acreditava o ilustre e respeitado educador brasileiro Paulo Freire. Assim como ele, o Hospital de Amor também acredita que a educação é fundamental para o desenvolvimento de qualquer pessoa, independentemente de estar enfrentado um tratamento duro com o câncer.
Em meio aos desafios da doença, um refrigério de conhecimento e afeto floresce dentro do Hospital de Amor, em Barretos. É na classe hospitalar, localizada no Lar de Amor (alojamento do HA) que a educação se encontra com a humanização, oferecendo a crianças e jovens em tratamento oncológico a oportunidade de sonhar e aprender, longe das quatro paredes de um quarto de hospital. Na liderança desta iniciativa está Leane Carvalho Oliveira, uma educadora dedicada que há 10 anos atua como professora nessa missão tão especial.
Com 54 anos e uma rica formação que inclui graduações em História e Geografia, e pós-graduações em Pedagogia Hospitalar e Psicopedagogia, Leane é a prova viva de que a paixão por ensinar pode mover montanhas. “Atuar como professora na classe hospitalar do HA tem sido uma experiência transformadora”, revela a experiente professora. “Estou feliz e me sinto realizada com um propósito que vai além do simples ato de ensinar”, fala Leane.
A ‘escola do Lar de Amor’, como é carinhosamente chamada, conta com três classes que abrangem desde o Ensino Inicial (1º ao 5º ano) até os anos finais e Ensino Médio (6º ano ao 3º EM). Atualmente, 30 alunos estudam nesse espaço que também é considerado um refúgio para eles, diante de uma rotina de exames e tratamentos, a escola acalenta, já que são intercaladas por aulas dinâmicas e repletas de carinho e diversão.
Leane, ao lado das professoras Zilda Reducino e Tania Serapião, forma uma equipe que se dedica a oferecer um currículo completo, adaptado às necessidades de cada estudante que também é paciente oncológico. A professora Leane ensina todas as disciplinas para os alunos do 6º ano ao Ensino Médio, enquanto Zilda se dedica aos estudantes do 3º ao 5º ano, e Tania, aos pequenos do 1º e 2º ano. “Seguimos o plano de ação do estado, com sala do futuro, Centro de Mídias da Educação de São Paulo (CMSP), apostilas usando aplicativos, robótica e tecnologia”, explica Leane, destacando a modernidade da abordagem. A colaboração de voluntários, como a professora Rosalinda em Matemática, e parceiros como o Instituto Federal, que oferece aulas de Química, Física e Biologia com laboratório, complementa o aprendizado e enriquece a experiência dos alunos.
A grande diferença da classe hospitalar em relação a uma escola convencional é o fato de haver atendimento humanizado e individualizado. “Nossos alunos com suas devidas especificidades recebem atividades adaptadas a cada um”, ressalta Leane. Além do currículo tradicional, os alunos participam de atividades especiais, como aulas de jornalismo com a jornalista Glaucia Chiarelli, onde desenvolvem reportagens para o “jornalzinho HA”, que é um grande sucesso.
A jornada de Leane na classe hospitalar é cheia de histórias que marcam a alma. “Em cada encontro com meus alunos, vivi momentos de intensa alegria, aprendizado e afeto genuíno”, compartilha. Entre tantas lembranças, a história de Éder é a que mais toca seu coração. “Incentivá-lo a estudar, a manter a esperança acesa e a não desistir do sonho de se tornar médico foi uma missão que abracei com amor e dedicação”, recorda Leane. A partida precoce de Éder deixou uma lacuna, mas também a certeza de que a educação, quando feita com amor, tem o poder de inspirar e dar propósito, mesmo diante das maiores dificuldades.
Tia Leane como também é conhecida pelos alunos, se orgulha de ter ajudado no processo de ensino de pacientes indígenas que recebem tratamento no Hospital de Amor. Para ela, a vocação de educadora na classe hospitalar vai muito além do ensino de matérias. É um gesto de amor, esperança e humanidade. É a certeza de que, mesmo em tempos difíceis, o conhecimento pode ser uma ferramenta de transformação e um caminho para a realização de sonhos, por mais distantes que eles pareçam.
O Leilão Direito de Viver de Paranaiguara (GO) e São Simão (GO), coordenado por Fernando Almeida Medeiros, realizado no dia 27 de abril de 2025, foi um grande sucesso!
O 8º Leilão de Paranaiguara (GO) arrecadou impressionantes R$363.865,02 com a venda de 104 cabeças de gado, almoço e prendas. Uma das tradições do evento é por conta do produtor de gado, Cineziomar Maia, que faz doces no tacho, vende todos e doa a renda para a instituição.
Além do leilão, uma semana antes, o município de São Simão (GO) realizou uma cavalgada em prol ao Hospital de Amor.
O Hospital de Amor agradece a todos os organizadores, as maçonarias das duas cidades, aos apoiadores, voluntários e a população da cidade e região. Muito obrigado!
O câncer de cabeça e pescoço é o sétimo mais comum no mundo e o quinto em homens no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 40 mil novos casos por ano no país, sendo os mais frequentes o câncer de boca, laringe e orofaringe.
O tabagismo e consumo de álcool são os principais fatores de risco, mas outros, como higiene bucal inadequada e infecção pelo HPV, também contribuir para o aumento das chances de desenvolvimento da doença. Dados do Instituto Vencer o Câncer mostram que este tipo de câncer corresponde a 3% de todos os cânceres, e sua taxa de cura pode chegar a 90% quando diagnosticado e tratado precocemente.
Por este motivo e com o objetivo de promover a conscientização, prevenção e informação sobre o câncer de cabeça e pescoço, além de alertar a população sobre os fatores de risco da doença, o Hospital de Amor promoveu, no dia 11 de julho, o “III Fórum de Prevenção e Conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço”, na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos (FACISB).
“Como médica e cirurgiã, vejo esse evento como essencial para romper barreiras de desinformação e medo. Muitos pacientes chegam ao consultório já em estágios avançados, por falta de conhecimento ou acesso à informação. O ‘Fórum Julho Verde’ cumpre um papel transformador — aproxima o tema da sociedade, educa e promove saúde com empatia e responsabilidade”, afirma a cirurgiã do departamento de cabeça e pescoço do HA, Dra. Mayza Bueno.
De acordo com a médica, o evento foi criado e destinado a profissionais da área de saúde (médicos, enfermeiros, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos, técnicos em enfermagem, odontologistas) e alunos de cursos que compõem a equipe multidisciplinar do HA, além de gestores públicos e presidentes de associações de ligas da sociedade civil relacionadas com câncer de cabeça e pescoço. “Tivemos a honra de contar com a participação de profissionais renomados, gestores de saúde, educadores e a sociedade civil, todos unidos com o propósito de discutir estratégias eficazes para reduzir a incidência dessa doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, criando uma ponte entre o conhecimento técnico e a informação acessível, com linguagem clara e didática”, explicou.
Temas importantes, discussões sobre o cenário atual de acesso ao tratamento oncológico e políticas públicas fizeram parte da programação do III Fórum. Foram eles:
– Fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço;
– Sintomas e sinais de alerta;
– Importância do diagnóstico precoce;
– Avanços no tratamento e reabilitação;
– Cuidados multidisciplinares;
– Impacto psicológico e social do diagnóstico;
– Importância dos cuidados paliativos.
“Esses temas são essenciais para mudar o cenário do câncer de cabeça e pescoço no Brasil. Muitas vezes, o diagnóstico é feito em estágio avançado, o que reduz as chances de cura. Informar a população e capacitar os profissionais ajuda a detectar os casos mais cedo e a salvar vidas”, contou Dra. Maysa.
Para a médica, a realização de um evento com esta dimensão impacta direta e positivamente na saúde pública, especialmente, nos casos de câncer de cabeça e pescoço. “O evento contribui para a redução do tempo entre os primeiros sintomas e o diagnóstico; a maior procura por exames preventivos; o estímulo ao abandono do tabagismo e outras práticas de risco; o fortalecimento de campanhas públicas; e a melhoria no acolhimento e tratamento dos pacientes”.
Julho Verde e o câncer de cabeça e pescoço
Desde 2015, a campanha de prevenção do câncer de cabeça e pescoço conhecida como ‘Julho Verde’, tem como objetivo principal levar conhecimento para toda a população e para os profissionais de saúde sobre a doença e seus principais fatores de risco, além de formas de prevenção e diagnóstico precoce.
Sinais e sintomas
Assim como acontece em outros tipos de câncer, estar atento aos sinais e sintomas da doença é essencial. São eles:
– Feridas na boca e/ou garganta que em até 20 dias não cicatrizam;
– Rouquidão;
– Dor ou dificuldade ao engolir;
– Desconforto na garganta;
– Dores persistentes nos ouvidos;
– Sangramento pela boca ou nariz;
– “Caroço” ou nódulos no pescoço.
Esses são sinais clínicos que, se persistentes, devem alertar para a possibilidade de tumores na cabeça e pescoço, principalmente em pessoas que fumaram, fumam ou que fazem uso frequente de bebida alcoólica, exigindo atenção médica ou por outro profissional da área de saúde, como dentista.
Além desses, é importante se atentar a feridas na pele da face, lábios, pescoço e couro cabeludo que não cicatrizam em 20 dias, especialmente as elevadas, vermelhas e que descamam. Novas pintas ou manchas escuras (ou mesmo as que já existem, mas que mudam de aspecto como na cor, tamanho e forma), também merecem atenção médica.
Prevenção
O desenvolvimento desse tipo de tumor também está relacionado a hábitos não saudáveis de vida, como: consumo exagerado de álcool e tabaco, além de relações sexuais de risco, ou seja, sem uso de preservativos. Por isso, a principal forma de prevenção para o câncer de cabeça e pescoço é: não fumar, independentemente se é cigarro de filtro, eletrônico, de palha ou corda, cachimbo, charuto ou narguilé, pois todos eles podem causar câncer na área da cabeça e pescoço. Outro ponto é o cuidado com o uso de bebida alcoólica, evitando-se ingerir ou, se ingerir, em quantidades pequenas e, de preferência, não diariamente.
É imprescindível ter uma boa higiene oral, usar protetor solar e labial, ter uma alimentação saudável, vacinar os jovens contra o HPV e praticar sexo oral com preservativo, para evitar o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.
Tratamento
Dra. Maysa explica que o tratamento para este tipo de tumor pode incluir: cirurgia (dependendo da localização e estágio do tumor), radioterapia e/ou quimioterapia; e apoio multidisciplinar com odontologia, fonoaudiologia, enfermagem, fisioterapia, nutrição e psicologia. Entretanto, o sucesso do tratamento está diretamente ligado ao diagnóstico precoce!
Recomendação
“Meu alerta é simples e direto: não ignore sinais persistentes no pescoço, boca ou garganta. Se algo estiver fora do normal por mais de 15 dias, procure um profissional da saúde. E mais: cuidar da saúde é um ato de amor-próprio. Prevenção e informação salvam vidas. Participe do ‘Julho Verde’ e ajude a espalhar essa mensagem!”, finalizou Dra. Maysa.
O que você faz que o transporta para um lugar mágico e especial? O sociólogo italiano Domenico De Masi defendia a tese do “ócio criativo”, um tempo para “fazer nada” que, na verdade, deveria estimular a criatividade futura. Um filme, um livro, uma música, quando bem apreciados, não seriam apenas um singelo passatempo. Mas já imaginou ser impulsionado por um novo desafio proposto pela vida?
Certa vez, o pintor holandês Vincent Van Gogh disse: “A arte é consolar aqueles que são quebrados pela vida”. De certa forma, ele não estava errado. Poder se expressar por meio do dom artístico vai muito além de um hobby; pode ser terapêutico e até mesmo contribuir para o processo de tratamento oncológico, por exemplo.
A jovem professora Amanda Furtado, de 35 anos, além de ser encantada pelos números que a levaram a cursar Matemática, também se apaixonou pelas cores e pelos traços, mais especificamente pela arte da pintura. Paulista de Franca, cidade localizada no nordeste do estado de São Paulo, conhecida como a capital do calçado e um dos pontos com maior incidência solar no Brasil, não imaginou que um dia encontraria um novo desafio em Barretos (SP), onde, em alguns momentos, a vida pareceria mais nublada do que ensolarada.
“Me recordo que, em outubro do ano passado, eu apalpei um nódulo na minha mama. Decidi procurar meu médico. Ele comentou que, pela minha idade, seria pouco provável que fosse câncer, mas solicitou uma ultrassonografia. O resultado foi um laudo BIRADS 0 na mama — isso significa que o exame de imagem é inconclusivo ou incompleto, exigindo exames adicionais para uma avaliação mais precisa. Após isso, o médico pediu uma ressonância magnética, que identificou mais dois nódulos, estes não palpáveis”, explica Amanda.
Depois de realizar o exame, a jovem procurou atendimento no Instituto de Prevenção do Hospital de Amor, em Barretos, onde diz ter recebido muito carinho e acolhimento. “No dia do diagnóstico de câncer de mama, fui amparada com muita sensibilidade, tanto pelos profissionais quanto pela minha família. Senti medo. Mas o apoio dos meus familiares foi essencial para me fortalecer e enfrentar esse momento difícil”, diz ela.
Ao ser questionada sobre a importância do Hospital de Amor em sua vida, a paciente rapidamente responde: “O hospital me trouxe esperança. Desde o início, senti acolhimento e confiança nos profissionais que cuidaram de mim com tanto carinho. Não poderia me sentir mais amparada. Além do acompanhamento médico, o suporte psicológico fez toda a diferença”, fala Amanda, que achou que o tratamento seria mais difícil por estar com muito medo. No entanto, com o apoio da sua fé e o acolhimento do hospital, tudo ficou mais leve.
A pintura como um refúgio
Era uma consulta comum, ou seria, até o momento em que a paciente Amanda, cheia de gratidão, presenteou seu médico mastologista, Dr. Idam Junior, com um lindo quadro. A surpresa foi tamanha que fez com que o especialista publicasse a imagem em suas redes sociais. Na tela, a paciente pintou aquele que é motivo de sua fé: Jesus andando sobre as águas.
“Comecei a pintar há 10 anos, como um hobby, no ateliê da minha amiga Aime. Depois, precisei parar por causa da rotina. Retomei há cerca de 3 anos, num momento em que comecei a me amar mais e a separar tempo para mim. Faço pintura a óleo com o estilo impressionista”, conta Amanda.
A professora revela que gosta de pintar casarões e elementos que remetam a momentos marcantes. “Todas as minhas telas têm um significado especial. Após o diagnóstico de câncer, passei a pintar pelo menos três vezes por semana. Quando estou pintando, minha mente fica como uma tela em branco. É um momento de leveza, de paz interior. Pintar me acalma”, explica a paciente emocionada.
O olhar da psicologia
Segundo a psicóloga do Hospital de Amor, Eliza Guimarães Ribeiro, atividades como a pintura funcionam como formas de expressão emocional e enfrentamento no contexto oncológico. “Elas ajudam o paciente a elaborar sentimentos difíceis, reduzem a ansiedade e resgatam um senso de identidade e autonomia durante o tratamento. Além disso, promovem bem-estar e podem fortalecer o vínculo com a equipe e com o próprio processo de cuidado”.
Quando questionada sobre a importância de o paciente oncológico ter um hobby em meio ao processo do tratamento, Eliza explica: “Primeiro, acolheria a pausa como algo natural no processo de tratamento, validando o cansaço e as emoções envolvidas. Em seguida, incentivaria o paciente a retomar a atividade com gentileza, sem cobrança, lembrando dos benefícios que ela já trouxe e propondo que ele experimente aos poucos — mesmo que por alguns minutos. Pequenos retornos podem reabrir esse espaço de prazer, identidade e expressão pessoal”, finaliza.
Para a profissional, não existe uma fórmula; cada pessoa se conecta com diferentes formas de prazer. “Eu costumo incentivar atividades como pintura, escrita, ouvir música, leitura ou até jogos simples. O mais importante é que faça sentido para o paciente e respeite seus limites naquele momento”, conta Eliza.
Para a paciente Amanda, a pintura ajuda a enfrentar o tratamento e a doença. “Não consigo imaginar como teria sido para mim sem a pintura em minha vida. E não é só sobre pintar, é sobre estar no ateliê com as amigas, tomar um bom café da tarde, conversar e relaxar. É um momento em que posso me expressar, distrair a mente e me conectar com outras pessoas de forma leve”, diz a educadora, que também tem uma veia artística.
A professora fica emocionada quando responde o motivo pelo qual escolheu o Dr. Idam para receber o seu quadro: “Passei por um momento muito difícil e recebi a atenção e o apoio do Dr. Idam e Dr. Toni de uma forma que não consigo explicar. Eles estiveram ao meu lado o tempo todo, como amigos, me fortalecendo”. Amanda conta que, com a entrega deste presente, quis expressar toda a sua gratidão da maneira que ela sabe, por meio da arte.
A jovem explica que, quando inicia a pintura, ela coloca toda sua fé e pede a Deus que abençoe os médicos do hospital, tanto fisicamente quanto espiritualmente. “Acredito que, no enfrentamento do câncer, a verdadeira mudança precisa vir de dentro para fora. Também pedi a Deus que envie ao mundo mais profissionais como eles”, conta Amanda.
“A arte é um caminho poderoso para o autoconhecimento, alívio da ansiedade e conexão com outras pessoas. Proporciona momentos de leveza, amizade e alegria em meio a um processo tão delicado. A vida é preciosa, e cada dia é um presente. Descobri que o propósito da nossa existência está nas pequenas coisas: na fé, na esperança, no amor e no cuidado com quem está ao nosso lado”, Amanda diz emocionada.
Como a maioria dos pacientes que recebem o diagnóstico de câncer e passam pelo tratamento, a educadora relata que esta jornada a transformou: “A arte me resgatou, me deu forças e me ensinou que é possível encontrar beleza até nos momentos mais desafiadores. Agradeço a Deus, meu marido Jeferson, à minha família, aos amigos, aos médicos e ao Hospital de Amor por fazerem parte dessa história. Posso dizer que aprendi a valorizar o tempo e compreendi, ainda mais, a importância da minha família e meu relacionamento com Deus”, finaliza.
A psicóloga da instituição também reforça que, se o paciente nunca teve o hábito de praticar atividades de lazer, a equipe pode convidá-lo a experimentar algo novo de forma leve e sem pressão. “O lazer pode ser uma ferramenta de enfrentamento; ele ajuda a aliviar o sofrimento, manter a motivação e resgatar o prazer em meio a um momento difícil. O importante é que faça sentido para ele(a), respeitando seu tempo e vontade. Me recordo do caso de uma paciente que, após o adoecimento, focou ainda mais nas aulas de violão, usando a música como terapia neste momento”.
Todo paciente oncológico precisa ser acolhido, pois, segundo Eliza, é necessário acolher a tristeza como algo legítimo diante do que está sendo vivido no momento. “Diria que é normal se sentir assim durante o tratamento, e que ele não está sozinho. Depois, estimularia pequenos passos: retomar uma atividade leve, conversar com alguém de confiança ou até permitir-se descansar sem culpa. E reforçaria que buscar apoio psicológico não é sinal de fraqueza, mas de cuidado consigo mesmo”, conclui a profissional.
Respeitar o seu próprio tempo e fazer uma atividade que estimule alegria pode contribuir para enfrentar os desafios que a vida apresenta, independentemente do diagnóstico recebido. Sempre é possível colorir a vida com sonhos e paixões! E você, realiza algo que ama apenas por hobby ou anda se cobrando demais?
Cuidados intensivos e de alta complexidade, monitoração contínua e condições clínicas críticas são algumas situações que levam a uma pessoa a ser encaminhada para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O Hospital de Amor, conhecido internacionalmente pela sua atuação na área oncológica, também age em outras frentes na área da saúde como reabilitação, hospital cardiológico e na gestão de hospitais municipais e estaduais, e um dos destaques nessa rede que faz parte do HA é o trabalho realizado nas Unidades de Terapia Intensiva.
Atualmente, a rede de UTIs do Hospital de Amor é composta pelas UTIs Adulto – localizadas nas unidades oncológicas de Barretos (SP), Jales (SP) e Porto Velho (RO), bem como nas instituições parceiras de atenção geral, como a Santa Casa de Misericórdia de Barretos (SP) e o Hospital Regional de Bebedouro (SP), além da especialidade cardiológica, no Hospital Nossa Senhora, em Barretos (SP).
A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e a Epimed Solutions realizam, anualmente, a certificação que reconhece as Unidades de Terapia Intensiva com melhor desempenho no Brasil. Em 2024, foram avaliados 800 hospitais no país, e em março deste ano, a AMIB e a Epimed divulgaram as listas: 304 hospitais entre privados e públicos foram certificados, sendo 82 com o selo “UTI Eficiente” e 164 com o selo “UTI Top Performer”.
As UTIs do HA Amazônia, em Porto Velho (RO), e da Santa Casa de Misericórdia de Barretos (SP) foram certificadas com o selo “UTI Eficiente”; do HA Jales, em Jales (SP), foi certificada com o selo “UTI Top Performer”, e do Hospital Nossa Senhora, em Barretos (SP), recebeu o selo de “UTI Cardiológica Top Performer”.
“As certificações conferidas pela AMIB e pelo sistema Epimed representam o reconhecimento formal da qualidade assistencial, do compromisso com a segurança do paciente e da maturidade nos processos de monitoramento e melhoria contínua. Tais selos são concedidos a partir de critérios rigorosos que avaliam a estrutura, os processos e os resultados clínicos da UTI. Trata-se, portanto, de uma chancela técnica que reflete o trabalho consistente de uma equipe multiprofissional comprometida com a excelência e com a prática baseada em evidências”, destaca a diretora médica e intensivista do Hospital de Amor, Dra. Cristina Prata Amendola.
Para receber a certificação, são analisados diversos critérios que medem o desempenho de cada UTI, de acordo com o perfil dos pacientes. Dois desses critérios são utilizados como parâmetros principais: a Taxa de Mortalidade Padronizada (TMP) e a Taxa de Utilização de Recursos Padronizada (TURP).
Rede de UTIs do HA
Ao todo, são disponibilizados 89 leitos de terapia intensiva, integrando uma rede assistencial que contempla diferentes perfis epidemiológicos e níveis de complexidade. “Embora os processos assistenciais nas unidades de terapia intensiva sigam etapas estruturadas e semelhantes, os protocolos clínicos e operacionais são adaptados de acordo com o perfil epidemiológico de cada UTI. Por exemplo, unidades com foco oncológico, cardiológico ou de atenção geral apresentam diferenças substanciais nas condutas clínicas, nos fluxos de atendimento e na definição das prioridades terapêuticas. Dessa forma, ainda que o arcabouço técnico seja compartilhado, as rotinas tornam-se significativamente distintas conforme a especialidade e a complexidade assistencial predominante”, explica Dra. Cristina.
A diretora médica e intensivista destaca também que os principais norteadores do trabalho executado na rede de UTIs do HA são a segurança e a humanização, e que isso não seria possível ser alcançado sem ter uma equipe altamente comprometida e qualificada.
“A excelência assistencial em terapia intensiva depende, de forma indissociável, da competência técnica e do engajamento das equipes multiprofissionais. No contexto da rede do HA, o cuidado é centrado no paciente, considerando não apenas sua condição clínica, mas também sua dignidade e singularidade. A segurança do paciente e a humanização do atendimento são princípios norteadores. Assim, as UTIs da rede buscam permanentemente a qualificação baseada em evidências científicas, ao mesmo tempo em que promovem práticas que respeitam a individualidade de cada paciente. O protagonismo dos profissionais de saúde, aliados a um ambiente colaborativo, é o principal diferencial na obtenção de resultados clínicos expressivos”, destaca a médica.
O Hospital de Amor deu um passo histórico nesta terça-feira (1/7) ao receber oficialmente a certificação de ‘Acreditação Qmentum International’ para o seu serviço de Telessaúde. A cerimônia de entrega aconteceu na sede da instituição, em Barretos (SP), e contou com a presença do CEO da QGA (Quality Global Alliance), Dr. Rubens Covello, além de lideranças, colaboradores e convidados.
Com este marco, o Hospital de Amor se torna o primeiro serviço de Telessaúde oncológico do Sistema Único de Saúde (SUS) a conquistar uma acreditação internacional deste porte. O certificado é resultado de uma avaliação rigorosa, baseada na metodologia desenvolvida pela Health Standards Organization/Accreditation Canada e aplicada no Brasil pela QGA desde 2006.
A acreditação reforça o compromisso do Hospital de Amor com a excelência, a segurança do paciente e a promoção de um atendimento humanizado. A iniciativa demonstra que é possível integrar tecnologia, ampliar o alcance populacional e, ao mesmo tempo, manter padrões internacionais de qualidade, contribuindo para transformar realidades e salvar vidas em todo o país.
“Esta conquista é um reconhecimento ao trabalho contínuo de inovação responsável e dedicação de toda a equipe. Levar cuidado especializado a quem mais precisa, de forma segura e eficaz, sempre foi o nosso maior objetivo”, destacou André Pinto, gerente do departamento de Saúde Digital do HA.
O serviço de Telessaúde oncológico do Hospital de Amor tem como foco ampliar o acesso ao cuidado, à orientação e ao acompanhamento de pacientes em diferentes regiões do Brasil, especialmente em áreas remotas ou com pouca oferta de especialistas.
Apenas em 2024, o serviço de Telessaúde do Hospital de Amor realizou mais de 83 mil atendimentos para 33 mil pacientes, residentes em 1.500 municípios dos 27 estados brasileiros. Por meio do atendimento remoto, estima-se que os pacientes tenham evitado cerca de 3,3 milhões de quilômetros em deslocamentos por mês, o que representa não apenas uma economia significativa de tempo e recursos, mas também uma redução de 3,7 toneladas de emissões de carbono por ano. A certificação internacional consagra essa trajetória, consolidando o serviço como referência nacional em qualidade, inovação e impacto social.
O Hospital de Amor, referência em oncologia, está participando de um estudo de fase 3 multicêntrico sobre crioablação, uma técnica inovadora e minimamente invasiva para o tratamento do câncer de mama.
A crioablação consiste no uso de temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir as células tumorais, sem necessidade de retirada cirúrgica do tumor. O procedimento é guiado por imagem, realizado com anestesia local e apresenta vantagens como menor tempo de recuperação, menos efeitos colaterais, melhor resultado estético para as pacientes e retorno precoce às atividades diárias.
O estudo busca avaliar a eficácia e a segurança da crioablação em comparação aos métodos tradicionais, especialmente para mulheres com tumores iniciais, menores de 2cm, geralmente do subtipo mais comum de câncer de mama.
Para o mastologista do Hospital de Amor, Dr. Idam de Oliveira Junior, a participação no estudo reforça o compromisso da instituição com a ciência: “Estamos diante de uma possibilidade real de transformar o futuro do tratamento do câncer de mama. A crioablação pode trazer qualidade de vida e novas perspectivas para milhares de mulheres no Brasil e no mundo”, destaca.
É importante lembrar, que a técnica só é possível graças à prevenção e ao diagnóstico precoce. A prevenção salva vidas!
Perguntas e respostas sobre a Crioablação
1. O que é a crioablação?
A crioablação é uma técnica que utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir as células do câncer de mama. É feita de forma minimamente invasiva, com agulhas finas guiadas por imagem, sem necessidade de cirurgia extensa.
2. Quem pode se beneficiar desse tratamento?
No estudo atual, a crioablação é indicada para mulheres com tumores iniciais, menores de 2cm, que são os casos mais comuns de câncer de mama, e que possuam a indicação de cirurgia como primeiro tratamento. As pacientes interessadas podem entrar em contato com a equipe pelo e-mail: crioablacao@hospitaldeamor.com.br.
3. Quais são as vantagens da crioablação?
-Procedimento rápido e menos invasivo;
-Menos dor e efeitos colaterais;
-Recuperação mais curta;
-Preservação da mama com melhor resultado estético.
4. Já está disponível para todas as pacientes?
Ainda não. O Hospital de Amor participa de um estudo de fase 3 multicêntrico, que avalia segurança e eficácia da técnica. Isso significa que a crioablação ainda está em fase de pesquisa clínica antes de ser liberada como tratamento padrão.
5. É seguro?
Sim. Os estudos já realizados mostram que a crioablação é segura e eficaz para determinados grupos de pacientes. Agora, a fase 3 vai confirmar os resultados em larga escala.
6. Por que o Hospital de Amor está nesse estudo?
Porque o Hospital de Amor é referência mundial em oncologia e busca sempre trazer o que há de mais moderno e inovador para as pacientes no Brasil, garantindo ciência, cuidado e esperança.
Prevenção é o ano todo!
A maior arma o combate ao câncer de mama é a prevenção. No Brasil, a doença é um problema de saúde pública em ascensão, com cerca de 74 mil novos casos por ano e índices de mortalidade ainda crescentes.
Sabendo da importância do diagnostico precoce, há quase 30 anos, o Hospital de Amor desenvolve projetos que oferecem excelência e humanização na realização de exames preventivos gratuitos a população. São dezenas de unidades fixas e móveis espalhadas pelo país, realizando um trabalho completo de rastreamento, diagnóstico e tratamento da doença. Acesse: ha.com.vc/outubrorosa e saiba mais!
Recomendação
Se você é mulher, tem entre 40 e 74 anos, previna-se: faça sua mamografia e cuide da sua saúde!
De 12 de setembro a 12 de outubro, instituições de saúde de todo o país – incluindo o Hospital de Amor – se unem para apoiar mais uma edição de uma campanha muito especial: a “De Olho nos Olhinhos” – que tem o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da detecção precoce do retinoblastoma (fator indispensável para garantir bons resultados no tratamento).
O “Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma”, celebrado em 18 de setembro, ganhou força e uma visibilidade ainda maior após o casal Tiago Leifert e Diana Garbin revelarem (no ano de 2022) que sua filha, Lua (na época com apenas 1 ano e 3 meses), tinha sido diagnosticada com um tipo raro de câncer na retina, o retinoblastoma bilateral, os jornalistas assumiram a missão de alertar outros pais para os perigos da doença, enquanto a filha segue em tratamento.
Neste ano, só no dia 13/9, mais de mil médicos, alunos de medicina, profissionais da saúde e voluntários por todo o Brasil organizaram eventos para conscientizar sobre a importância da saúde ocular na infância e explicar como identificar o retinoblastoma. Foram 53 eventos pelo Brasil que aconteceram em hospitais, parques, praças e shoppings. Os eventos contaram com totens, personagens, explicações sobre a doença, distribuição de cartilhas e brindes para as crianças.
No Hospital de Amor Infantojuvenil e no Centro Especializado em Reabilitação da unidade, mais de 30 crianças, de Barretos (SP) e cidades da região, estiveram na instituição para realizar o ‘teste do olhinho’ e passar por consultas oftalmológicas com os especialistas altamente capacitados do HA.
Foi graças a campanhas como esta, que a Cheyla de Souza, mãe do pequeno Heitor Miguel de Souza Galiano, percebeu, quando ele tinha apenas 3 meses de vida, um reflexo no olho dele após tirar uma foto. Naturais de Cuiabá (MT), ela ficou intrigada com aquilo e o levou a uma consulta com o pediatra. A profissional tranquilizou a mãe, afirmando que aquilo ‘não era nada significativo’. Ele foi crescendo, mas a mancha não desaparecia, ela ficava ainda mais evidente. E sabendo dos sinais específicos de retinoblastoma, ela não parou por aí: continuou sua busca por profissionais que diagnosticassem o que o filho realmente tinha.
A família veio para Barretos em busca de um diagnóstico preciso e de um tratamento de excelência. Aqui, no HA Infantojuvenil, a Cheyla e o Heitor encontraram muito mais do que isso: descobriram um diagnóstico de retinoblastoma bilateral, iniciaram tratamento na instituição e ainda receberam muito, muito, muito amor!
Sobre o retinoblastoma
O retinoblastoma é o câncer ocular mais comum entre crianças de 0 a 5 anos. É um tumor maligno que se desenvolve na retina, a parte interna dos olhos. A doença pode se apresentar em um olho, o chamado retinoblastoma unilateral, ou nos dois olhos, retinoblastoma bilateral. Os sintomas mais comuns do retinoblastoma são a leucocoria, ou “olho de gato”, em que a pupila pode apresentar uma área branca e opaca no contato com o reflexo da luz, sendo visível em fotos tiradas com flash. Tremor nos olhos e alteração na posição dos olhos, como o desvio ocular (estrabismo) também são sinais que costumam aparecer.
Em todos esses casos, a recomendação dos médicos é que a criança seja levada ao oftalmologista para a realização de exames completos. A realização do Teste do Reflexo Vermelho (TRV), conhecido como o teste do olhinho, e as consultas oftalmológicas frequentes na primeira infância podem ajudar no diagnóstico da doença precocemente. O Hospital de Amor oferece tratamento e acompanhamento dos casos de retinoblastoma, de forma integral e 100% gratuita via Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar do grande alcance da campanha em 2024, Tiago e Daiana querem ir mais longe, uma vez que casos avançados seguem aparecendo nos centros de referência.
Esteja sempre “De Olho no Olhinhos”!
Se você é pai, mãe, avó, professora ou convive com crianças, fique atento aos sintomas de alerta para o retinoblastoma. Com a presença de qualquer um dos sinais, é imprescindível levar os pequenos para uma avaliação médica.
Independente da situação, o exame oftalmológico deve ser feito mesmo sem qualquer suspeita de comprometimento visual. Ao nascer: teste do olhinho; entre 6 meses e 1 ano de vida: primeiro exame oftalmológico completo; em torno de 3 anos de idade: segundo exame oftalmológico completo; entre 5 e 6 anos: novo exame oftalmológico; a partir daí: o exame oftalmológico terá a frequência dependendo da saúde visual da criança e o histórico familiar.
O câncer de pulmão continua sendo o tipo de câncer mais letal do mundo. Em 2022, foram registrados cerca de 2,48 milhões de novos casos e 1,8 milhão de mortes em todo o mundo, segundo o GLOBOCAN. No Brasil, estima-se que aproximadamente 32 mil pessoas recebam anualmente o diagnóstico da doença, que tem o tabagismo como o principal fator de risco, embora alguns estudos mostrem que até um quarto dos casos têm ocorrido em não fumantes, alertando que sua ocorrência também pode estar associada à poluição do ar e exposição a carcinógenos, que podem provocar mutações no DNA, conforme aponta pesquisa publicada recentemente na Nature.
No Hospital de Amor, uma das instituições de maior referência em oncologia na América Latina, cerca de 500 novos casos chegam por ano, sendo a maioria em estágio avançado. “O câncer de pulmão, na fase inicial, costuma ser silencioso. Por isso, 86% dos pacientes no Brasil recebem o diagnóstico tardiamente, quando a chance de cura já é reduzida”, explica o radiologista do HA, Dr. Rodrigo Sampaio Chiarantano.
Diante desse cenário, a instituição deu um passo importante: o rastreamento ativo de câncer de pulmão em uma população de alto risco, como é o caso de fumantes e ex-fumantes. A iniciativa, que teve início oficialmente em 2019, traz de forma concreta a importância desse trabalho. “Nós já atendemos mais de 1.500 pessoas e conseguimos diagnosticar mais de 30 casos positivos, a maioria ainda em estágio inicial, uma condição que aumenta significativamente as chances de cura e sobrevida desses pacientes”, detalha o radiologista.
O exame utilizado é a tomografia computadorizada de baixa dose, capaz de detectar nódulos pulmonares muito antes de surgirem os primeiros sintomas. Tecnologia que já possui grandes estudos internacionais, como o NLST (National Lung Screening Trial, EUA) e o NELSON (Nederlands-Leuvens Longkanker Screenings Onderzoek, Europa), que comprovam a redução da mortalidade específica por câncer de pulmão em até 24% e reforçam a importância de um rastreamento organizado para a doença.
O público-alvo do programa pioneiro inclui fumantes e ex-fumantes que acumularam muitos anos de tabagismo, mesmo que tenham abandonado o hábito há tempo. Um ponto importante, segundo o Dr. Rodrigo Sampaio Chiarantano, coordenador do projeto, é que não é necessário parar de fumar para participar. “Queremos aproximar essas pessoas do cuidado, sem julgamentos, e detectar o câncer antes que ele apareça. Rastrear já é uma forma de cuidar da saúde”, afirma.
Outro aspecto que diferencia a ação é que o SUS ainda não oferece rastreamento ativo para o câncer de pulmão, ao contrário do que ocorre com o câncer de mama, por exemplo. Isso torna o Hospital de Amor a primeira e uma das únicas instituições brasileira a oferecer, de forma gratuita e estruturada, um programa contínuo de detecção precoce da doença.
A meta agora é ampliar a visibilidade da iniciativa. Além dos números positivos já obtidos, a equipe quer alcançar mais pessoas do grupo de risco que vivem na região de Barretos. Para participar do programa, é preciso ter entre 50 e 80 anos, ser fumante ou ex-fumante, os interessados podem checar a elegibilidade para o rastreamento pelo site https://tcbd.hospitaldeamor.com.br/ e marcar a realização do exame pelo telefone (17) 3321-6600, ramais 7010 e 7080. O atendimento é gratuito e pode ser o primeiro passo para salvar uma vida.
Ciência que cruza fronteiras
O sucesso do programa rendeu ao HA um convite para integrar o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), consórcio global de pesquisa sobre câncer de pulmão. Isso permitirá mapear características genéticas e biomoleculares da população brasileira, ampliando a precisão no diagnóstico e no tratamento.
Paralelamente, o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA mantém, desde 2018, o Grupo Translacional de Oncologia Pulmonar, certificado pelo CNPq. O grupo desenvolve novos painéis moleculares e investiga biomarcadores para auxiliar médicos na escolha do tratamento mais eficaz.
Tecnologia a serviço da vida
Desde 2022, o hospital realiza cirurgias torácicas com auxílio de robôs, oferecendo maior precisão, menos dor no pós-operatório e melhor resultado estético, tudo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa tecnologia é especialmente benéfica para pacientes com câncer de pulmão, que muitas vezes já têm um quadro de saúde fragilizado.
Outra frente inovadora é a radioterapia estereotáxica corporal (SBRT), capaz de atingir o tumor com alta precisão, poupando tecidos saudáveis e oferecendo taxas de controle semelhantes às da cirurgia. Publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas, um estudo do HA comprovou que a SBRT é mais custo-efetiva e proporciona mais anos de vida para determinados pacientes.
Um futuro mais promissor
Seja no rastreamento precoce, na cirurgia robótica, na radioterapia de ponta ou nas pesquisas de alcance internacional, o Hospital de Amor demonstra que é possível aliar tecnologia e humanização para enfrentar o câncer de pulmão. “Nosso foco é salvar vidas e oferecer o melhor cuidado possível, sempre com base em ciência de qualidade”, resume o radiologista.
O Hospital de Amor tem fortalecido sua parceria com instituições de ensino e pesquisa de alto nível de todo o mundo. Recentemente, dois estudantes de mestrado em bioengenharia da Rice University e da Baylor Medical School, ambas de Houston, nos Estados Unidos, participaram de um intercâmbio de nove semanas no Brasil, com o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas de baixo custo para problemas de saúde enfrentados pela população.
A colaboração, que existe há um bom tempo, mas foi reativada com mais impacto em 2024, já resultou em projetos de pesquisa conjuntos. A mais recente iniciativa é patrocinada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA. Durante o período entre 2 de junho e 9 de agosto, em Barretos (SP), os estudantes Luisanny Del Orbe e Malcolm Williams imergiram na rotina do Hospital de Amor, circulando por diversas áreas para identificar os principais desafios.
O principal foco do projeto desenvolvido pela dupla foi criar uma máquina automática e de baixo custo para coloração de lâminas em H&E, voltada para as unidades móveis de saúde bucal do hospital. O objetivo é reduzir o longo tempo de espera entre a biópsia e o diagnóstico final, um problema logístico relevante, especialmente para pacientes em regiões distantes.
Atualmente, o processo de envio de amostras para Barretos (SP) é demorado e com várias dificuldades. A solução proposta pela dupla de estudantes americanos visa eliminar essa etapa, permitindo que a biópsia seja processada diretamente na unidade móvel. O equipamento, que seria operado por um patologista local, enviaria imagens da lâmina, obtidas com um microscópio 3D, diretamente para os especialistas no hospital em Barretos, agilizando drasticamente o diagnóstico. A iniciativa tem o potencial de impactar positivamente a vida dos pacientes, oferecendo mais agilidade e precisão.
Além do projeto de biópsia bucal, Luisanny e Malcolm também contribuíram com sugestões para solucionar desafios nos programas de rastreamento de câncer de pele e mama, e no ‘Projeto Retrate’. De acordo com a pesquisadora do Projeto Retrate, Dra. Raquel Descie, eles contribuíram com uma visão importante para a consolidação de projetos que visam o desenvolvimento de dispositivos mais acessíveis e eficientes voltados para a detecção precoce do câncer de pele do grupo de pesquisa. Ela também destaca como este tipo de intercâmbio é importante para a equipe de Barretos, fortalecendo o estabelecimento de parcerias estratégicas para projetos futuros e proporcionando aos alunos de pós-graduação uma experiência enriquecedora de troca de conhecimento, colaboração e contato direto com pesquisadores internacionais.
Já para o médico, pesquisador e também Diretor Executivo de Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, Dr. Vinicius Vazquez, esta visita significa principalmente um ganho intelectual. A parceria com uma instituição da qualidade da Rice em uma área do conhecimento complementar que é a bioengenharia, é de muita sinergia de ideias e um motor para novos projetos.
A parceria com as instituições de Houston oferece uma nova perspectiva para o enfrentamento dos problemas de saúde. “O intercâmbio de estudantes de bioengenharia de um centro de ensino de alto nível, traz uma visão diferente para o enfrentamento de problemas e desafios dos nossos pacientes. Creio firmemente que muitas soluções originais surgirão em breve,” afirma Dr. Vinicius.
Para os estudantes, a experiência foi transformadora. Luisanny Del Orbe, mestre em bioengenharia pela Rice University, relata: “Esta experiência tem sido uma verdadeira honra. Este é meu primeiro contato com a vida de um engenheiro e tem sido incrível ver como engenharia e a medicina podem ser combinadas de uma forma que beneficia não apenas hospitais como o HA, mas também os pacientes”.
Malcolm Williams, que também está no mestrado de bioengenharia na Rice University, compartilha o sentimento. “Foi minha primeira vez na América do Sul e me diverti muito. Foi uma ótima oportunidade para aplicar todas as habilidades que aprendi durante minha graduação. A experiência não apenas avançou minhas habilidades de carreira, mas também me ensinou muito sobre a cultura brasileira. Foi muito reconfortante trabalhar em um lugar onde eles se importam tanto com a experiência do paciente. As pessoas que conheci em Barretos foram muito gentis e acolhedoras. Elas tornaram esta experiência verdadeiramente transformadora”, disse o jovem norte-americano.
A parceria e o intercâmbio demonstram o compromisso do Hospital de Amor com a inovação e a busca por soluções que possam melhorar a qualidade de vida e o atendimento de seus pacientes, consolidando a instituição como um centro de referência também em pesquisa e desenvolvimento.
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, acreditava o ilustre e respeitado educador brasileiro Paulo Freire. Assim como ele, o Hospital de Amor também acredita que a educação é fundamental para o desenvolvimento de qualquer pessoa, independentemente de estar enfrentado um tratamento duro com o câncer.
Em meio aos desafios da doença, um refrigério de conhecimento e afeto floresce dentro do Hospital de Amor, em Barretos. É na classe hospitalar, localizada no Lar de Amor (alojamento do HA) que a educação se encontra com a humanização, oferecendo a crianças e jovens em tratamento oncológico a oportunidade de sonhar e aprender, longe das quatro paredes de um quarto de hospital. Na liderança desta iniciativa está Leane Carvalho Oliveira, uma educadora dedicada que há 10 anos atua como professora nessa missão tão especial.
Com 54 anos e uma rica formação que inclui graduações em História e Geografia, e pós-graduações em Pedagogia Hospitalar e Psicopedagogia, Leane é a prova viva de que a paixão por ensinar pode mover montanhas. “Atuar como professora na classe hospitalar do HA tem sido uma experiência transformadora”, revela a experiente professora. “Estou feliz e me sinto realizada com um propósito que vai além do simples ato de ensinar”, fala Leane.
A ‘escola do Lar de Amor’, como é carinhosamente chamada, conta com três classes que abrangem desde o Ensino Inicial (1º ao 5º ano) até os anos finais e Ensino Médio (6º ano ao 3º EM). Atualmente, 30 alunos estudam nesse espaço que também é considerado um refúgio para eles, diante de uma rotina de exames e tratamentos, a escola acalenta, já que são intercaladas por aulas dinâmicas e repletas de carinho e diversão.
Leane, ao lado das professoras Zilda Reducino e Tania Serapião, forma uma equipe que se dedica a oferecer um currículo completo, adaptado às necessidades de cada estudante que também é paciente oncológico. A professora Leane ensina todas as disciplinas para os alunos do 6º ano ao Ensino Médio, enquanto Zilda se dedica aos estudantes do 3º ao 5º ano, e Tania, aos pequenos do 1º e 2º ano. “Seguimos o plano de ação do estado, com sala do futuro, Centro de Mídias da Educação de São Paulo (CMSP), apostilas usando aplicativos, robótica e tecnologia”, explica Leane, destacando a modernidade da abordagem. A colaboração de voluntários, como a professora Rosalinda em Matemática, e parceiros como o Instituto Federal, que oferece aulas de Química, Física e Biologia com laboratório, complementa o aprendizado e enriquece a experiência dos alunos.
A grande diferença da classe hospitalar em relação a uma escola convencional é o fato de haver atendimento humanizado e individualizado. “Nossos alunos com suas devidas especificidades recebem atividades adaptadas a cada um”, ressalta Leane. Além do currículo tradicional, os alunos participam de atividades especiais, como aulas de jornalismo com a jornalista Glaucia Chiarelli, onde desenvolvem reportagens para o “jornalzinho HA”, que é um grande sucesso.
A jornada de Leane na classe hospitalar é cheia de histórias que marcam a alma. “Em cada encontro com meus alunos, vivi momentos de intensa alegria, aprendizado e afeto genuíno”, compartilha. Entre tantas lembranças, a história de Éder é a que mais toca seu coração. “Incentivá-lo a estudar, a manter a esperança acesa e a não desistir do sonho de se tornar médico foi uma missão que abracei com amor e dedicação”, recorda Leane. A partida precoce de Éder deixou uma lacuna, mas também a certeza de que a educação, quando feita com amor, tem o poder de inspirar e dar propósito, mesmo diante das maiores dificuldades.
Tia Leane como também é conhecida pelos alunos, se orgulha de ter ajudado no processo de ensino de pacientes indígenas que recebem tratamento no Hospital de Amor. Para ela, a vocação de educadora na classe hospitalar vai muito além do ensino de matérias. É um gesto de amor, esperança e humanidade. É a certeza de que, mesmo em tempos difíceis, o conhecimento pode ser uma ferramenta de transformação e um caminho para a realização de sonhos, por mais distantes que eles pareçam.
O Leilão Direito de Viver de Paranaiguara (GO) e São Simão (GO), coordenado por Fernando Almeida Medeiros, realizado no dia 27 de abril de 2025, foi um grande sucesso!
O 8º Leilão de Paranaiguara (GO) arrecadou impressionantes R$363.865,02 com a venda de 104 cabeças de gado, almoço e prendas. Uma das tradições do evento é por conta do produtor de gado, Cineziomar Maia, que faz doces no tacho, vende todos e doa a renda para a instituição.
Além do leilão, uma semana antes, o município de São Simão (GO) realizou uma cavalgada em prol ao Hospital de Amor.
O Hospital de Amor agradece a todos os organizadores, as maçonarias das duas cidades, aos apoiadores, voluntários e a população da cidade e região. Muito obrigado!
O câncer de cabeça e pescoço é o sétimo mais comum no mundo e o quinto em homens no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 40 mil novos casos por ano no país, sendo os mais frequentes o câncer de boca, laringe e orofaringe.
O tabagismo e consumo de álcool são os principais fatores de risco, mas outros, como higiene bucal inadequada e infecção pelo HPV, também contribuir para o aumento das chances de desenvolvimento da doença. Dados do Instituto Vencer o Câncer mostram que este tipo de câncer corresponde a 3% de todos os cânceres, e sua taxa de cura pode chegar a 90% quando diagnosticado e tratado precocemente.
Por este motivo e com o objetivo de promover a conscientização, prevenção e informação sobre o câncer de cabeça e pescoço, além de alertar a população sobre os fatores de risco da doença, o Hospital de Amor promoveu, no dia 11 de julho, o “III Fórum de Prevenção e Conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço”, na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos (FACISB).
“Como médica e cirurgiã, vejo esse evento como essencial para romper barreiras de desinformação e medo. Muitos pacientes chegam ao consultório já em estágios avançados, por falta de conhecimento ou acesso à informação. O ‘Fórum Julho Verde’ cumpre um papel transformador — aproxima o tema da sociedade, educa e promove saúde com empatia e responsabilidade”, afirma a cirurgiã do departamento de cabeça e pescoço do HA, Dra. Mayza Bueno.
De acordo com a médica, o evento foi criado e destinado a profissionais da área de saúde (médicos, enfermeiros, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos, técnicos em enfermagem, odontologistas) e alunos de cursos que compõem a equipe multidisciplinar do HA, além de gestores públicos e presidentes de associações de ligas da sociedade civil relacionadas com câncer de cabeça e pescoço. “Tivemos a honra de contar com a participação de profissionais renomados, gestores de saúde, educadores e a sociedade civil, todos unidos com o propósito de discutir estratégias eficazes para reduzir a incidência dessa doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, criando uma ponte entre o conhecimento técnico e a informação acessível, com linguagem clara e didática”, explicou.
Temas importantes, discussões sobre o cenário atual de acesso ao tratamento oncológico e políticas públicas fizeram parte da programação do III Fórum. Foram eles:
– Fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço;
– Sintomas e sinais de alerta;
– Importância do diagnóstico precoce;
– Avanços no tratamento e reabilitação;
– Cuidados multidisciplinares;
– Impacto psicológico e social do diagnóstico;
– Importância dos cuidados paliativos.
“Esses temas são essenciais para mudar o cenário do câncer de cabeça e pescoço no Brasil. Muitas vezes, o diagnóstico é feito em estágio avançado, o que reduz as chances de cura. Informar a população e capacitar os profissionais ajuda a detectar os casos mais cedo e a salvar vidas”, contou Dra. Maysa.
Para a médica, a realização de um evento com esta dimensão impacta direta e positivamente na saúde pública, especialmente, nos casos de câncer de cabeça e pescoço. “O evento contribui para a redução do tempo entre os primeiros sintomas e o diagnóstico; a maior procura por exames preventivos; o estímulo ao abandono do tabagismo e outras práticas de risco; o fortalecimento de campanhas públicas; e a melhoria no acolhimento e tratamento dos pacientes”.
Julho Verde e o câncer de cabeça e pescoço
Desde 2015, a campanha de prevenção do câncer de cabeça e pescoço conhecida como ‘Julho Verde’, tem como objetivo principal levar conhecimento para toda a população e para os profissionais de saúde sobre a doença e seus principais fatores de risco, além de formas de prevenção e diagnóstico precoce.
Sinais e sintomas
Assim como acontece em outros tipos de câncer, estar atento aos sinais e sintomas da doença é essencial. São eles:
– Feridas na boca e/ou garganta que em até 20 dias não cicatrizam;
– Rouquidão;
– Dor ou dificuldade ao engolir;
– Desconforto na garganta;
– Dores persistentes nos ouvidos;
– Sangramento pela boca ou nariz;
– “Caroço” ou nódulos no pescoço.
Esses são sinais clínicos que, se persistentes, devem alertar para a possibilidade de tumores na cabeça e pescoço, principalmente em pessoas que fumaram, fumam ou que fazem uso frequente de bebida alcoólica, exigindo atenção médica ou por outro profissional da área de saúde, como dentista.
Além desses, é importante se atentar a feridas na pele da face, lábios, pescoço e couro cabeludo que não cicatrizam em 20 dias, especialmente as elevadas, vermelhas e que descamam. Novas pintas ou manchas escuras (ou mesmo as que já existem, mas que mudam de aspecto como na cor, tamanho e forma), também merecem atenção médica.
Prevenção
O desenvolvimento desse tipo de tumor também está relacionado a hábitos não saudáveis de vida, como: consumo exagerado de álcool e tabaco, além de relações sexuais de risco, ou seja, sem uso de preservativos. Por isso, a principal forma de prevenção para o câncer de cabeça e pescoço é: não fumar, independentemente se é cigarro de filtro, eletrônico, de palha ou corda, cachimbo, charuto ou narguilé, pois todos eles podem causar câncer na área da cabeça e pescoço. Outro ponto é o cuidado com o uso de bebida alcoólica, evitando-se ingerir ou, se ingerir, em quantidades pequenas e, de preferência, não diariamente.
É imprescindível ter uma boa higiene oral, usar protetor solar e labial, ter uma alimentação saudável, vacinar os jovens contra o HPV e praticar sexo oral com preservativo, para evitar o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.
Tratamento
Dra. Maysa explica que o tratamento para este tipo de tumor pode incluir: cirurgia (dependendo da localização e estágio do tumor), radioterapia e/ou quimioterapia; e apoio multidisciplinar com odontologia, fonoaudiologia, enfermagem, fisioterapia, nutrição e psicologia. Entretanto, o sucesso do tratamento está diretamente ligado ao diagnóstico precoce!
Recomendação
“Meu alerta é simples e direto: não ignore sinais persistentes no pescoço, boca ou garganta. Se algo estiver fora do normal por mais de 15 dias, procure um profissional da saúde. E mais: cuidar da saúde é um ato de amor-próprio. Prevenção e informação salvam vidas. Participe do ‘Julho Verde’ e ajude a espalhar essa mensagem!”, finalizou Dra. Maysa.
O que você faz que o transporta para um lugar mágico e especial? O sociólogo italiano Domenico De Masi defendia a tese do “ócio criativo”, um tempo para “fazer nada” que, na verdade, deveria estimular a criatividade futura. Um filme, um livro, uma música, quando bem apreciados, não seriam apenas um singelo passatempo. Mas já imaginou ser impulsionado por um novo desafio proposto pela vida?
Certa vez, o pintor holandês Vincent Van Gogh disse: “A arte é consolar aqueles que são quebrados pela vida”. De certa forma, ele não estava errado. Poder se expressar por meio do dom artístico vai muito além de um hobby; pode ser terapêutico e até mesmo contribuir para o processo de tratamento oncológico, por exemplo.
A jovem professora Amanda Furtado, de 35 anos, além de ser encantada pelos números que a levaram a cursar Matemática, também se apaixonou pelas cores e pelos traços, mais especificamente pela arte da pintura. Paulista de Franca, cidade localizada no nordeste do estado de São Paulo, conhecida como a capital do calçado e um dos pontos com maior incidência solar no Brasil, não imaginou que um dia encontraria um novo desafio em Barretos (SP), onde, em alguns momentos, a vida pareceria mais nublada do que ensolarada.
“Me recordo que, em outubro do ano passado, eu apalpei um nódulo na minha mama. Decidi procurar meu médico. Ele comentou que, pela minha idade, seria pouco provável que fosse câncer, mas solicitou uma ultrassonografia. O resultado foi um laudo BIRADS 0 na mama — isso significa que o exame de imagem é inconclusivo ou incompleto, exigindo exames adicionais para uma avaliação mais precisa. Após isso, o médico pediu uma ressonância magnética, que identificou mais dois nódulos, estes não palpáveis”, explica Amanda.
Depois de realizar o exame, a jovem procurou atendimento no Instituto de Prevenção do Hospital de Amor, em Barretos, onde diz ter recebido muito carinho e acolhimento. “No dia do diagnóstico de câncer de mama, fui amparada com muita sensibilidade, tanto pelos profissionais quanto pela minha família. Senti medo. Mas o apoio dos meus familiares foi essencial para me fortalecer e enfrentar esse momento difícil”, diz ela.
Ao ser questionada sobre a importância do Hospital de Amor em sua vida, a paciente rapidamente responde: “O hospital me trouxe esperança. Desde o início, senti acolhimento e confiança nos profissionais que cuidaram de mim com tanto carinho. Não poderia me sentir mais amparada. Além do acompanhamento médico, o suporte psicológico fez toda a diferença”, fala Amanda, que achou que o tratamento seria mais difícil por estar com muito medo. No entanto, com o apoio da sua fé e o acolhimento do hospital, tudo ficou mais leve.
A pintura como um refúgio
Era uma consulta comum, ou seria, até o momento em que a paciente Amanda, cheia de gratidão, presenteou seu médico mastologista, Dr. Idam Junior, com um lindo quadro. A surpresa foi tamanha que fez com que o especialista publicasse a imagem em suas redes sociais. Na tela, a paciente pintou aquele que é motivo de sua fé: Jesus andando sobre as águas.
“Comecei a pintar há 10 anos, como um hobby, no ateliê da minha amiga Aime. Depois, precisei parar por causa da rotina. Retomei há cerca de 3 anos, num momento em que comecei a me amar mais e a separar tempo para mim. Faço pintura a óleo com o estilo impressionista”, conta Amanda.
A professora revela que gosta de pintar casarões e elementos que remetam a momentos marcantes. “Todas as minhas telas têm um significado especial. Após o diagnóstico de câncer, passei a pintar pelo menos três vezes por semana. Quando estou pintando, minha mente fica como uma tela em branco. É um momento de leveza, de paz interior. Pintar me acalma”, explica a paciente emocionada.
O olhar da psicologia
Segundo a psicóloga do Hospital de Amor, Eliza Guimarães Ribeiro, atividades como a pintura funcionam como formas de expressão emocional e enfrentamento no contexto oncológico. “Elas ajudam o paciente a elaborar sentimentos difíceis, reduzem a ansiedade e resgatam um senso de identidade e autonomia durante o tratamento. Além disso, promovem bem-estar e podem fortalecer o vínculo com a equipe e com o próprio processo de cuidado”.
Quando questionada sobre a importância de o paciente oncológico ter um hobby em meio ao processo do tratamento, Eliza explica: “Primeiro, acolheria a pausa como algo natural no processo de tratamento, validando o cansaço e as emoções envolvidas. Em seguida, incentivaria o paciente a retomar a atividade com gentileza, sem cobrança, lembrando dos benefícios que ela já trouxe e propondo que ele experimente aos poucos — mesmo que por alguns minutos. Pequenos retornos podem reabrir esse espaço de prazer, identidade e expressão pessoal”, finaliza.
Para a profissional, não existe uma fórmula; cada pessoa se conecta com diferentes formas de prazer. “Eu costumo incentivar atividades como pintura, escrita, ouvir música, leitura ou até jogos simples. O mais importante é que faça sentido para o paciente e respeite seus limites naquele momento”, conta Eliza.
Para a paciente Amanda, a pintura ajuda a enfrentar o tratamento e a doença. “Não consigo imaginar como teria sido para mim sem a pintura em minha vida. E não é só sobre pintar, é sobre estar no ateliê com as amigas, tomar um bom café da tarde, conversar e relaxar. É um momento em que posso me expressar, distrair a mente e me conectar com outras pessoas de forma leve”, diz a educadora, que também tem uma veia artística.
A professora fica emocionada quando responde o motivo pelo qual escolheu o Dr. Idam para receber o seu quadro: “Passei por um momento muito difícil e recebi a atenção e o apoio do Dr. Idam e Dr. Toni de uma forma que não consigo explicar. Eles estiveram ao meu lado o tempo todo, como amigos, me fortalecendo”. Amanda conta que, com a entrega deste presente, quis expressar toda a sua gratidão da maneira que ela sabe, por meio da arte.
A jovem explica que, quando inicia a pintura, ela coloca toda sua fé e pede a Deus que abençoe os médicos do hospital, tanto fisicamente quanto espiritualmente. “Acredito que, no enfrentamento do câncer, a verdadeira mudança precisa vir de dentro para fora. Também pedi a Deus que envie ao mundo mais profissionais como eles”, conta Amanda.
“A arte é um caminho poderoso para o autoconhecimento, alívio da ansiedade e conexão com outras pessoas. Proporciona momentos de leveza, amizade e alegria em meio a um processo tão delicado. A vida é preciosa, e cada dia é um presente. Descobri que o propósito da nossa existência está nas pequenas coisas: na fé, na esperança, no amor e no cuidado com quem está ao nosso lado”, Amanda diz emocionada.
Como a maioria dos pacientes que recebem o diagnóstico de câncer e passam pelo tratamento, a educadora relata que esta jornada a transformou: “A arte me resgatou, me deu forças e me ensinou que é possível encontrar beleza até nos momentos mais desafiadores. Agradeço a Deus, meu marido Jeferson, à minha família, aos amigos, aos médicos e ao Hospital de Amor por fazerem parte dessa história. Posso dizer que aprendi a valorizar o tempo e compreendi, ainda mais, a importância da minha família e meu relacionamento com Deus”, finaliza.
A psicóloga da instituição também reforça que, se o paciente nunca teve o hábito de praticar atividades de lazer, a equipe pode convidá-lo a experimentar algo novo de forma leve e sem pressão. “O lazer pode ser uma ferramenta de enfrentamento; ele ajuda a aliviar o sofrimento, manter a motivação e resgatar o prazer em meio a um momento difícil. O importante é que faça sentido para ele(a), respeitando seu tempo e vontade. Me recordo do caso de uma paciente que, após o adoecimento, focou ainda mais nas aulas de violão, usando a música como terapia neste momento”.
Todo paciente oncológico precisa ser acolhido, pois, segundo Eliza, é necessário acolher a tristeza como algo legítimo diante do que está sendo vivido no momento. “Diria que é normal se sentir assim durante o tratamento, e que ele não está sozinho. Depois, estimularia pequenos passos: retomar uma atividade leve, conversar com alguém de confiança ou até permitir-se descansar sem culpa. E reforçaria que buscar apoio psicológico não é sinal de fraqueza, mas de cuidado consigo mesmo”, conclui a profissional.
Respeitar o seu próprio tempo e fazer uma atividade que estimule alegria pode contribuir para enfrentar os desafios que a vida apresenta, independentemente do diagnóstico recebido. Sempre é possível colorir a vida com sonhos e paixões! E você, realiza algo que ama apenas por hobby ou anda se cobrando demais?
Cuidados intensivos e de alta complexidade, monitoração contínua e condições clínicas críticas são algumas situações que levam a uma pessoa a ser encaminhada para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O Hospital de Amor, conhecido internacionalmente pela sua atuação na área oncológica, também age em outras frentes na área da saúde como reabilitação, hospital cardiológico e na gestão de hospitais municipais e estaduais, e um dos destaques nessa rede que faz parte do HA é o trabalho realizado nas Unidades de Terapia Intensiva.
Atualmente, a rede de UTIs do Hospital de Amor é composta pelas UTIs Adulto – localizadas nas unidades oncológicas de Barretos (SP), Jales (SP) e Porto Velho (RO), bem como nas instituições parceiras de atenção geral, como a Santa Casa de Misericórdia de Barretos (SP) e o Hospital Regional de Bebedouro (SP), além da especialidade cardiológica, no Hospital Nossa Senhora, em Barretos (SP).
A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e a Epimed Solutions realizam, anualmente, a certificação que reconhece as Unidades de Terapia Intensiva com melhor desempenho no Brasil. Em 2024, foram avaliados 800 hospitais no país, e em março deste ano, a AMIB e a Epimed divulgaram as listas: 304 hospitais entre privados e públicos foram certificados, sendo 82 com o selo “UTI Eficiente” e 164 com o selo “UTI Top Performer”.
As UTIs do HA Amazônia, em Porto Velho (RO), e da Santa Casa de Misericórdia de Barretos (SP) foram certificadas com o selo “UTI Eficiente”; do HA Jales, em Jales (SP), foi certificada com o selo “UTI Top Performer”, e do Hospital Nossa Senhora, em Barretos (SP), recebeu o selo de “UTI Cardiológica Top Performer”.
“As certificações conferidas pela AMIB e pelo sistema Epimed representam o reconhecimento formal da qualidade assistencial, do compromisso com a segurança do paciente e da maturidade nos processos de monitoramento e melhoria contínua. Tais selos são concedidos a partir de critérios rigorosos que avaliam a estrutura, os processos e os resultados clínicos da UTI. Trata-se, portanto, de uma chancela técnica que reflete o trabalho consistente de uma equipe multiprofissional comprometida com a excelência e com a prática baseada em evidências”, destaca a diretora médica e intensivista do Hospital de Amor, Dra. Cristina Prata Amendola.
Para receber a certificação, são analisados diversos critérios que medem o desempenho de cada UTI, de acordo com o perfil dos pacientes. Dois desses critérios são utilizados como parâmetros principais: a Taxa de Mortalidade Padronizada (TMP) e a Taxa de Utilização de Recursos Padronizada (TURP).
Rede de UTIs do HA
Ao todo, são disponibilizados 89 leitos de terapia intensiva, integrando uma rede assistencial que contempla diferentes perfis epidemiológicos e níveis de complexidade. “Embora os processos assistenciais nas unidades de terapia intensiva sigam etapas estruturadas e semelhantes, os protocolos clínicos e operacionais são adaptados de acordo com o perfil epidemiológico de cada UTI. Por exemplo, unidades com foco oncológico, cardiológico ou de atenção geral apresentam diferenças substanciais nas condutas clínicas, nos fluxos de atendimento e na definição das prioridades terapêuticas. Dessa forma, ainda que o arcabouço técnico seja compartilhado, as rotinas tornam-se significativamente distintas conforme a especialidade e a complexidade assistencial predominante”, explica Dra. Cristina.
A diretora médica e intensivista destaca também que os principais norteadores do trabalho executado na rede de UTIs do HA são a segurança e a humanização, e que isso não seria possível ser alcançado sem ter uma equipe altamente comprometida e qualificada.
“A excelência assistencial em terapia intensiva depende, de forma indissociável, da competência técnica e do engajamento das equipes multiprofissionais. No contexto da rede do HA, o cuidado é centrado no paciente, considerando não apenas sua condição clínica, mas também sua dignidade e singularidade. A segurança do paciente e a humanização do atendimento são princípios norteadores. Assim, as UTIs da rede buscam permanentemente a qualificação baseada em evidências científicas, ao mesmo tempo em que promovem práticas que respeitam a individualidade de cada paciente. O protagonismo dos profissionais de saúde, aliados a um ambiente colaborativo, é o principal diferencial na obtenção de resultados clínicos expressivos”, destaca a médica.
O Hospital de Amor deu um passo histórico nesta terça-feira (1/7) ao receber oficialmente a certificação de ‘Acreditação Qmentum International’ para o seu serviço de Telessaúde. A cerimônia de entrega aconteceu na sede da instituição, em Barretos (SP), e contou com a presença do CEO da QGA (Quality Global Alliance), Dr. Rubens Covello, além de lideranças, colaboradores e convidados.
Com este marco, o Hospital de Amor se torna o primeiro serviço de Telessaúde oncológico do Sistema Único de Saúde (SUS) a conquistar uma acreditação internacional deste porte. O certificado é resultado de uma avaliação rigorosa, baseada na metodologia desenvolvida pela Health Standards Organization/Accreditation Canada e aplicada no Brasil pela QGA desde 2006.
A acreditação reforça o compromisso do Hospital de Amor com a excelência, a segurança do paciente e a promoção de um atendimento humanizado. A iniciativa demonstra que é possível integrar tecnologia, ampliar o alcance populacional e, ao mesmo tempo, manter padrões internacionais de qualidade, contribuindo para transformar realidades e salvar vidas em todo o país.
“Esta conquista é um reconhecimento ao trabalho contínuo de inovação responsável e dedicação de toda a equipe. Levar cuidado especializado a quem mais precisa, de forma segura e eficaz, sempre foi o nosso maior objetivo”, destacou André Pinto, gerente do departamento de Saúde Digital do HA.
O serviço de Telessaúde oncológico do Hospital de Amor tem como foco ampliar o acesso ao cuidado, à orientação e ao acompanhamento de pacientes em diferentes regiões do Brasil, especialmente em áreas remotas ou com pouca oferta de especialistas.
Apenas em 2024, o serviço de Telessaúde do Hospital de Amor realizou mais de 83 mil atendimentos para 33 mil pacientes, residentes em 1.500 municípios dos 27 estados brasileiros. Por meio do atendimento remoto, estima-se que os pacientes tenham evitado cerca de 3,3 milhões de quilômetros em deslocamentos por mês, o que representa não apenas uma economia significativa de tempo e recursos, mas também uma redução de 3,7 toneladas de emissões de carbono por ano. A certificação internacional consagra essa trajetória, consolidando o serviço como referência nacional em qualidade, inovação e impacto social.