O Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) torna público que realizará, na forma prevista na Legislação Federal pertinente e normativas da CNRM – Comissão Nacional de Residência Médica, especialmente a Resolução nº 2 de 27 de agosto de 2015 e Nota Técnica nº 94/2015, a abertura de inscrições ao PROCESSO DE SELEÇÃO para o preenchimento de vagas de Residência Médica em Transplante de Medula Óssea . As inscrições estarão disponíveis de 15/10/2020 a 11/12/2020.
Confira aqui p edital completo e as informações detalhadas sobre o processo seletivo.
População: 122.098 – Atendimentos: 6.000
Novos tempos, mas a solidariedade daqueles que acreditam na causa do Hospital de Amor continua a mesma! A pandemia do novo coronavírus pressionou o sistema de saúde no Brasil e o impacto atingiu áreas indiretamente ligadas à COVlD-19. Diante do atual cenário, diversas ações on-line estão sendo realizadas em prol da instituição. No último dia 6 de junho, aconteceu a 1ª edição do “Leilão Virtual Direito de Viver”, organizado pelo Hospital de Amor, com o apoio de voluntários. O evento, que arrecadou 300 cabeças de gado e outros animais, entre equinos, muares, ovinos e asininos, além de maquinários agrícolas e outros veículos, foi transmitido pelos canais Lance Rural, Remate Web, Virtual Leilões e Programa Leilões. E o resultado foi histórico: R$ 1.321.405,00! Do valor total, R$ 66.500,00 foram de doações diretas e R$ 1.254.905,00, no arremate de gado e implementos agrícolas.
Após o sucesso do 1º “Leilão Virtual Direito de Viver”, foi a vez de realizar o Leilão Virtual “Direito de Viver” Musical em prol da instituição. O evento, que aconteceu virtualmente, com transmissão feita pelo Canal Rural, Lance Rural e Remate Web, no dia 12 de junho, contou com participação especial do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e show da dupla Rionegro & Solimões, parceiros de longa data da entidade. O resultado superou as expectativas: R$ 968.099,99.
O Hospital de Amor agradece a todos que tornaram esses dois eventos possíveis! Juntos, superaremos esse momento tão difícil!
Foi baseado em um sonho e motivado pela fé, que a unidade do Hospital de Amor, em Jales (SP), foi inaugurada, há dez anos. No dia 10 de junho, a 1ª filial para tratamento oncológico do Hospital de Câncer de Barretos – antigo nome da instituição – construída fora da cidade de Barretos (SP), comemora seu décimo aniversário, com muitas homenagens e abraços virtuais de seus pacientes, colaboradores e voluntários.
Com o objetivo de ‘desafogar’ os atendimentos realizados na matriz e atender toda a população da região noroeste do estado de São Paulo, o HA Jales foi criado, aproximando o tratamento oncológico de excelência e gratuito a milhares de pessoas daquela localidade.
Como tudo começou
Em 2008, dois anos antes da Fundação Pio XII instalar, definitivamente, o hospital no município, a Associação Voluntária de Combate ao Câncer (AVCC) de Jales e o Rotary Club Grandes Lagos inauguraram um centro de reabilitação, oferecendo atendimentos fisioterápicos para pacientes oncológicos em uma das alas do antigo prédio da ‘Fundação Massaru Kitayama’ (local onde atualmente funciona o ambulatório médico na unidade).
No ano de 2009, com a vinda da Unidade III do Hospital de Câncer de Barretos para Jales, esses mesmos voluntários e rotarianos fizeram a doação do centro de reabilitação para a instituição, dando seguimento ao trabalho que já estava sendo realizado. De acordo com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, na época, para que o projeto se concretizasse, foi realizado um grande movimento político na cidade e na região, com apoio de diversas lideranças e também do então deputado federal, Vadão Gomes. “Os 10 anos da unidade de Jales têm um significado muito grande na história do Hospital de Amor, pois foi a primeira filial que nós conseguimos construir fora do centro onde a instituição nasceu, que é Barretos, exercendo os mesmos valores, soluções, a mesma medicina, ou seja, sendo também o ‘Hospital de Amor’. Graças a essa conquista, fomos encorajados a ir mais longe! Fomos para a Amazônia, Centro-oeste, Nordeste e agora estamos chegando a Palmas, e o hospital de Jales foi o grande responsável por tudo isso, por isso eu me orgulho muito desta unidade”, afirmou Prata.
No início, o Hospital era dividido em apenas dois pavilhões e tinha capacidade para realizar, mensalmente: mais de sete mil exames de diagnóstico, 4.200 consultas e 300 cirurgias, além de 1.500 procedimentos de quimioterapia e 5.500 de radioterapia. Atualmente, a unidade oferece cerca de 12.223 exames de diagnóstico, 5.992 consultas, 128 cirurgias, 1.696 quimioterapias e 2.665 procedimentos de radioterapias.
“Fazer parte da equipe do Hospital do Amor foi um presente que recebi quando o senhor Henrique Prata me convidou. Fico honrado em poder acompanhar a evolução desse trabalho durante esses 10 anos e ver o quanto crescemos e quantas pessoas passaram por aqui”, contou o diretor clínico e primeiro médico a atender na unidade, Dr. André Silveira.
Para o presidente do HA, a inauguração da unidade em Jales e a comemoração de seus 10 anos de existência são a prova de que a providência divina existe. “Sem dúvidas, foi uma bênção para o Hospital de Amor. Muito obrigado a todos os colaboradores, corpo clínico e pacientes, por fazerem parte desta história verdadeira e nos encherem de orgulho. Parabéns a todos!”.
Humanização
Com o mesmo padrão de atendimento oferecido no centro oncológico em Barretos, a unidade de Jales também se tornou referência no tratamento humanizado aos pacientes. “Não tenho do que reclamar. Desde o primeiro dia que fui atendida no hospital para fazer um exame mamografia, até quando precisei fazer uma cirurgia de retirada dos lábios, pois uma ferida havia se transformado em câncer, eu recebi o melhor atendimento que alguém poderia receber. Eu agradeço pelo cuidado e carinho com tudo o que fazem nesta instituição”, declarou Aurora Rodrigues de Souza, de 53 anos – primeira paciente atendida pelo Hospital de Amor Jales.
“Aqui, temos a oportunidade de aprender todos os dias, com histórias que nos comovem e trajetórias que nos inspiram. Vejo que em todos os setores da unidade, o empenho e a dedicação dos profissionais são constantes, até mesmo nos momentos difíceis como este que estamos passando. Só nos resta agradecer e pedir que para tenhamos dias melhores”, esclareceu o diretor clínico.
Parceria de sucesso
Neste mês de junho, a Associação Voluntária de Combate ao Câncer de Jales também celebra mais um ano de trabalho árduo em prol do HA. São 15 anos de dedicação total aos pacientes oncológicos, prestando assistência aos que estão em vulnerabilidade social.
Para presidente da entidade, Rosely Pupim a vinda do Hospital de Amor para Jales é uma imensa alegria para todos, e essa parceria tão importante é a realização do sonho das fundadoras da AVCC e dos voluntários. “Graças a essa parceria, conseguimos ter contato direto com os pacientes, que são a razão do nosso trabalho. É muito gratificante para nós a oportunidade de doar nosso tempo e trabalho em prol dos portadores desse mal que aflige tantas pessoas”, finalizou.
O Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, lançou na última quinta-feira, dia 5, o “Guia de Educação em Saúde e Câncer”, desenvolvido em parceria com o Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio – SESC. O livro, que começou a ser estruturado há dois anos, é o único deste formato no Brasil e tem como principal objetivo oferecer suporte teórico e prático para ações de Educação em Saúde, sobretudo dentro da temática câncer.
“A temática Educação em Saúde é muito ampla, mas nós tentamos fazer um resgate histórico global, afunilando para América Latina e Brasil, finalizando com a análise dos trabalhos desenvolvidos pelo e no Hospital de Amor durante seus quase 60 anos”, detalhou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. O guia, que também será disponibilizado em formato digital, traça uma linha do tempo desde a fundação da instituição e conceitua as práticas de atenção ao câncer, até culminar nas ações de educação em saúde desenvolvidas com este viés.
O evento reuniu seis secretários de educação e a diretora de ensino da região de Barretos, além de mais de 150 professores, diretores e coordenadores de escolas de toda região, e também marcou a apresentação da Agenda 2020 do “Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas (PESCE)”, que une 12 projetos do NEC desenvolvidos exclusivamente para o ambiente escolar.
Com o intuito de motivar os educadores e ampliar o conhecimento sobre novos métodos de aprendizado, o NEC trouxe para o lançamento a palestra “Jogos Digitais como estratégia para a Educação e a Saúde”, ministrada por Tiago Eugênio, biólogo formado pela UNESP, com mestrado em psicobiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Cozinhar é uma arte que envolve talento, disciplina e, principalmente, muito amor. Poder reunir amigos queridos e familiares à mesa e servir uma deliciosa refeição é um momento muito especial. Foi isso que o paciente Pedro Bartholo Nery, 55 anos, fez na última quinta-feira, 20 de fevereiro, no IRCAD América Latina – centro de treinamento que faz parte do complexo do Hospital de Amor, em Barretos (SP).
Nery, que é consultor de orçamento, iniciou tratamento no HA em agosto de 2019, quando foi diagnosticado com um tumor no intestino. Desde então, ele enfrenta uma das suas mais difíceis batalhas: a luta contra o câncer. Muito simpático e bom de papo, ele começou seu tratamento paliativo no Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do HA) na segunda quinzena de fevereiro deste ano, após ser diagnosticado com metástase no pulmão. E foi durante um de seus papos descontraídos com a equipe da unidade que Nery foi questionado sobre qual seria o seu maior sonho e o que ele gostaria de fazer. Sem titubear, o paciente disse que desejava entrar em uma cozinha e comandar uma equipe de cozinheiros. “A minha paixão é a gastronomia, embora eu nunca tenha feito faculdade, eu nasci com esse dom. E não sou eu quem falo, não. Os meus amigos chefs sempre me pedem conselhos”, afirmou ele, que comandou um Pub, quando tinha 21 anos, em Brasília (DF).
Enquanto pedia alimentos específicos e dava atribuições, a ansiedade de Nery era visível. A alegria dele em poder cozinhar novamente também foi motivo de felicidade para todos os envolvidos nessa ação especial, dentre eles, as cozinheiras do IRCAD e a equipe multiprofissional do HA. Segundo a enfermeira do Hospital São Judas Tadeu, Nayara Silva, foi muito gratificante ver a animação e o brilho nos olhos do paciente. “Em nossa unidade, nós sempre promovemos eventos que visam proporcionar bem-estar tantos dos pacientes, quanto dos acompanhantes”, relatou a profissional, que acompanhou esse momento e ficou à disposição de Nery durante toda o evento, auxiliando o paciente sempre que necessário.
Já que Pedro Nery acredita que para haver uma boa comida é necessário contar com uma ótima equipe, é claro que não podiam faltar importantes escudeiras. Devido à fragilidade do paciente, em decorrência do tratamento, o ‘chef do dia’ contou com a ajuda das cozinheiras do IRCAD, Divina Ferreira, Gessica Burgheti e Sandra Gomes, que trabalharam com todo carinho e dedicação. Afinal, todos estavam reunidos com o mesmo propósito: celebrar a vida. “Poder auxiliar um paciente que deseja cozinhar é gratificante. Nem sempre podemos ajudar todos, mas fico muito contente. Para mim, hoje é um dia de muita satisfação”, contou com os olhos marejados a simpática Divina, cozinheira que comanda a cozinha do IRCAD há nove anos.
Um amor que tempera a vida
Casada oficialmente com Nery há dois anos, Silvia Souto mostra toda orgulhosa as fotos dos pratos preparados pelo marido. “Em casa, ele é o chef. O Pedro domina massas, doces, comida oriental e panificação em geral. Sempre que viajamos e quando pode, ele faz questão de pescar o alimento e preparar a refeição na hora. Tudo sempre muito fresco e feito com muito carinho. Nós temos cinco filhos lindos, dos nossos primeiros relacionamentos, mas eu sei que nós somos uma família muito unida. E tudo isso que enfrentamos nos fortalece ainda mais”, explicou a esposa, que aproveitou para tirar várias fotos enquanto o marido comandava a cozinha.
Silvia relatou já ter ouvido falar sobre o HA anteriormente, mas quando chegou na unidade e viu todo o tratamento que é oferecido, não restou outra alternativa além de admirar o trabalho realizado na instituição. “Aqui, em Barretos, eu me encantei. Em cada profissional, em cada gesto, só consigo ver carinho e amor. Ao ver o trabalho das pessoas do Hospital de Amor, eu voltei a acreditar na humanidade. A gente vê tanta notícia ruim, mas aqui no hospital eu aprendi a acreditar na bondade do ser humano novamente. Só posso agradecer por tudo que vocês fazem por nós”, disse emocionada.
Quando questionado sobre qual chef ele mais admira, Nery afirma gostar do chef Érick Jacquin, devido à vontade dele de valorizar ainda mais a cozinha tradicional. Ele também demonstra empolgação ao falar do lançamento do seu livro, cujo conteúdo terá 100 receitas autorais.
Após todo o cuidadoso preparo dos alimentos, o almoço especial foi servido para ele, sua esposa e para toda a equipe de profissionais que cuida dele no Hospital São Judas Tadeu, dentre eles: médico, assistente social, enfermeiras, fisioterapeutas e todos aqueles que ganharam a admiração do casal de Brasília, que proporcionou um momento lindo, dando mais sabor à vida. Com muito afeto e gentileza de todos, a refeição foi selada com um emocionante brinde: “Eu quero fazer um brinde à humanidade, porque nós somos seres humanos e, em um momento de dor e sofrimento, é disso que precisamos. Tenho a certeza de que esse momento valeu muito mais do que qualquer remédio que eu já tomei no hospital. Por isso, um brinde à humanidade“, finalizou ele, emocionado.
E como toda bela amizade, grande amor e deliciosa refeição, os preciosos momentos também são eternizados nas memórias, assim como afirma a jornalista e também paciente paliativa, Ana Michelle Soares: “se tem um jeito de a gente ser eterno, é vivendo nas pessoas”.
Receita que foi servida durante o almoço:
Linguiça embriagada do chef Nery
Ingredientes
– 1/2 quilo de linguiça fresca, fina e pura de porco;
– 4 colheres de sopa de mel;
– 1 copo de cerveja tipo pilsen;
– 1 dose de pinga, conhaque ou whisky;
– Salsa ou coentro fresco, bem picadinho.
Modo de fazer
Corte a linguiça em pedaços de 1,5 cm. Aqueça bem a frigideira e coloque o azeite de oliva e a linguiça. Quando a linguiça começar a dourar, abaixe o fogo e deixe criar o caldo (por isso é importante a linguiça ser fresca, já que o objetivo é formar bastante caldo, que é fundamental para a receita dar certo).
Quando houver bastante ‘caldo’, coloque o mel e abaixe o fogo, deixando caramelizar o mel com o caldo no fundo. Mexa um pouco, isso ajudará durante o processo.
Assim que estiver bem caramelizado (lembre-se: caramelizado não é carbonizado, não deixe queimar, mas sim ficar na cor ferrugem, bem escura). Feita a caramelização corretamente, coloque a cerveja de uma vez, desmanchando o caramelo e formando um caldo bonito, na cor marrom. Deixe o caldo reduzir até engrossar, como a espessura do mel ou um pouco mais grosso.
Nesse momento exato, jogue a pinga ou a bebida que escolheu e flambe. Use o seu método.
No momento em que o flambado se apagar, passe a linguiça para a tigela em que vai servir. Decore com a erva picada que você escolheu. Bom apetite!
O cuidado com a saúde mental é um assunto que está cada vez mais em evidência, inclusive, no ambiente de trabalho. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão ocupa o 1º lugar no ranking de doenças, quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) relatou, em relatório apresentado em 2019, que o Brasil apresenta as maiores taxas de incapacidade causada por depressão (9,3%) e ansiedade (7,5%) do continente americano. Diante desses dados preocupantes, é extremamente necessário instituir uma política de prevenção. Sabendo do aumento do índice de pessoas afetadas, o governo federal publicou em abril do ano passado, a Lei nº 13.819/2019, que regulamenta a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, que estimula ainda mais iniciativas que promovem o bem-estar e a saúde mental.
Com o intuito de realizar ações ligadas ao autocuidado e inspirado pela campanha ‘Janeiro Branco’, o Grupo de Trabalho de Humanização do Hospital de Amor promoveu a 1ª “Semana de Conscientização da Saúde Mental”, nos dias 20, 21, 22 e 23 de janeiro, na Santa Casa de Misericórdia de Barretos e na unidade adulta do HA. Durante a programação, ocorreram diversas atividades referentes à saúde mental, destinadas exclusivamente para os colaboradores das duas instituições, que participaram de palestras, atividades de pinturas lúdicas e ginástica laboral.
Segundo a psicóloga da instituição, Dra. Mariana Ducatti, foi a primeira vez que o HA participou da campanha ‘Janeiro Branco’, por isso, ficou definido que a ação seria voltada apenas para os funcionários e não para os pacientes, que já contam com o apoio da equipe de psicólogos do hospital. A campanha, que teve como tema “Diferentes Tipos de Cuidado”, foi promovida em parceria com os alunos do curso de psicologia, da Faculdade Barretos.
A iniciativa ‘Janeiro Branco’ foi criada em 2014, em Uberlândia (MG), por um grupo de psicólogos. A mobilização já ganhou amplitude mundial, alcançando países como Estados Unidos, Japão e Portugal. Inicialmente, o propósito da ação era convidar a população para discutir sobre felicidade e qualidade de vida. Agora, possui uma amplitude maior: janeiro foi escolhido por representar, de maneira simbólica, um mês de renovação e de novos projetos pessoais e profissionais.
Diferentes tipos de cuidado
A palestra ‘Diferentes tipos de cuidado: como identificar e como se cuidar’, ministrada por alunos do curso de psicologia e que abriu as atividades no dia 20, teve como objetivo apresentar a campanha “Janeiro Branco” e dar dicas de autocuidado. Simultaneamente, os colaboradores tiveram acesso a sessões de reiki, oferecidas por voluntários.
Luis Roberto Toneti é um dos voluntários da Associação Voluntária de Combate ao Câncer (AVCC) e atua no Hospital de Amor há quatro anos. Desde 2019, ele oferece sessões no Instituto de Prevenção para as pacientes. “O reiki é uma energia de amor e nós percebemos que tudo o que é feito para os pacientes no hospital, é feito com muito zelo. Nós trabalhamos com amor e sabemos que os colaboradores da instituição têm essa missão: tratar todas as pessoas com esse sentimento. Sendo assim, nós temos o intuito de oferecer boas energias para todos”, afirmou Luís, que percebeu ótima receptividade por parte dos colaboradores.
Ao todo, 32 funcionários participaram das sessões, dentre eles, a recepcionista Lúcia Helena Domingos, que atua na instituição há sete anos. Ela, que afirmou ter saído energizada da sua primeira experiência com a técnica, também participou da ginástica laboral, no dia 22. “Adorei fazer os exercícios e espero que esta atividade possa continuar. A ginástica laboral é muito importante para ajudar a gente a relaxar e melhorar a postura”, ressaltou. No mesmo dia, a Dra. Mariana apresentou para os líderes do HA a Lei nº 13.819/2019, e aproveitou para tirar dúvidas sobre o tema.
Já a participação da equipe de terapeutas ocupacionais de ambas instituições ocorreu no dia 21, quando os profissionais preparam um momento de relaxamento durante os exercícios lúdicos, com direito a pintura e momentos de reflexão.
Para encerrar o evento, a enfermeira do departamento de psiquiatria do Hospital de Amor e instrutora de terapia cognitiva baseada em mindfulness, Caroline Krauser, foi convidada para falar sobre mindfulness e o seus benefícios, no dia 23, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata. “Mindfulness pode nos ajudar de diversas maneiras e em várias situações. Hoje, a ciência mostra que a técnica é eficaz para prevenção de sintomas depressivos, ligados à ansiedade, dor crônica, para redução do estresse e melhora da qualidade de vida, e para quem deseja estabelecer uma relação mais consciente e saudável com seus pensamentos e sentimentos”, relatou a especialista, que aplicou algumas técnicas durante a sua apresentação.
Caroline também enfatizou sobre a importância de ações focadas no bem-estar e na saúde mental. “Existem diversas campanhas de prevenção de câncer na instituição, o que é de extrema importância. Porém, nunca havíamos falado sobre saúde mental para os colaboradores. Só das pessoas perceberem o impacto da saúde mental em suas vidas e de poderem falar sobre isso no local de trabalho, já é um começo incrível”, declarou a enfermeira.
Para Laura Nunes, encarregada de hotelaria e líder do Grupo de Trabalho de Humanização, a ação foi um sucesso, pois possibilitou a integração da equipe e o surgimento de novas ideias e possíveis projetos, que poderão ampliar ainda mais o trabalho do grupo no HA ao longo do ano.
Com o objetivo de conscientizar a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil e a importância do diagnóstico precoce da doença, o Hospital de Amor realizou, no último domingo, 24 de novembro, a 8ª edição da “Caminhada Passos que Salvam”. Criada em 2012, a ação acontece todos os anos, simultaneamente em centenas de municípios brasileiros e também em cidades do exterior, durante o último domingo do mês de novembro. A escolha da data está relacionada à proximidade com o “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, celebrado no dia 23/11.
Em apenas 8 anos, o projeto já ajudou a aumentar a taxa de cura do câncer infantojuvenil de 55% para 70%, alcançando milhares de crianças e adolescentes. Este ano, mais de 650 cidades do país foram mobilizadas, superando o número das edições anteriores.
Entre os sinais e sintomas mais comuns da doença, estão manchas roxas pelo corpo, dores de cabeça, vômito, perda de peso, fraqueza e dores nos ossos, sintomas que parecem comuns da infância e podem ser confundidos com doenças que acometem crianças e adolescentes, mas também podem ser o primeiro sinal de que há algo errado acontecendo.
De acordo com o diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Luiz Fernando Lopes, a unidade infantojuvenil do HA tem todas as condições de tratar as crianças com a mesma qualidade dos países com alto nível de desenvolvimento (especialistas experientes, medicamentos adequados e uma excelente estrutura), mas nada disso impacta na vida das crianças se elas não chegarem precocemente para o tratamento. “A Passos que Salvam possui três grandes focos: o primeiro é conscientizar a população sobre a existência do câncer em crianças e adolescentes, ressaltando a importância deles chegarem precocemente ao Hospital para tratamento e alertando sobre os principais sinais e sintomas; o segundo é voltado para a captação de recursos com a venda dos kits, ajudando a custear exames e procedimentos que não são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS); e o terceiro é o mais importante: a partir da caminhada, cada município participante tem a chance de enviar um médico para realizar uma capacitação no Hospital de Amor. Eles passam a reconhecer os tumores precocemente e ficam em contato direto com os profissionais do HA, permitindo que as crianças e adolescentes cheguem o quanto antes para tratamento, aumentando suas chances de cura. Ou seja, graças à Passos que Salvam nós conseguimos reduzir em 20% o diagnóstico tardio e, com as próximas edições, acreditamos que vamos conseguir ainda mais! É uma mobilização que só nos traz ganhos!”, declarou.
Para a coordenadora da ação, Naima Khatib, o objetivo da Caminhada é trazer à discussão a importância dessa conscientização, de maneira lúdica, envolvendo assim toda a sociedade, de modo que permita com que mais diagnósticos precoces aconteçam, consequentemente, haverá maior chances de cura, sendo ampliadas para até 95%.
Caminhando a caráter
Heverton Felipe Soares Costa, de 12 anos, foi a caráter para a caminhada e encantou a todos. Vindo de uma tribo indígena de Boa Vista, capital do estado de Roraima, ele faz tratamento no Hospital de Amor e, pela primeira vez, pôde receber alta médica para participar da ação. O pai, Laersio Matias Mendes, que acompanha o filho em Barretos (SP), reconhece a importância dessa mobilização para as crianças como o Heverton, que lutam contra o câncer. “Essa caminhada nos mostra o quanto existem pessoas especiais que ajudam o Hospital. Nós, indígenas, precisamos muito dessa ajuda, e eu fico muito feliz em saber que meu filho está aqui. Adoramos a caminhada e tenho certeza de que o povo de Roraima também abraçou essa causa”, finalizou.
Voluntariado
E não foram apenas os profissionais e pacientes do Hospital de Amor que acordaram cedinho no domingo para dar os ‘passos que salvam vidas’. Há 15 anos atuando como voluntária, a assistente social Vera Lucia Ribeiro Pena participou, pelo terceiro ano, da “Caminhada Passos que Salvam”. O motivo? “Por conta da importância da caminhada e, principalmente, da conscientização sobre a prevenção do câncer infantojuvenil. A prevenção é o único caminho para a cura. Eu pretendo estar aqui por mais muito outros anos, pois não há dinheiro que pague poder fazer parte disso!”, esclareceu a voluntária.
Números que salvam
Em 2012, ocorreu a primeira mobilização, 19 municípios do Estado de São Paulo e dois de Rondônia caminharam, levando a população, empresas e entidades para participar do evento. Já no ano seguinte, o número mais que quadruplicou: 80 municípios participaram da caminhada em oito estados. A terceira edição foi ainda melhor: 201 cidades em 11 estados brasileiros caminharam juntas, no mesmo dia e horário, levando mais de 150 mil pessoas às ruas. Em 2015, foram 306 cidades de 12 estados que caminharam, comprometidos na luta contra o câncer infantojuvenil. Em 2017 a caminhada mobilizou 300 mil pessoas em cerca de 500 cidades de todo o Brasil. No ano passado, cerca de 600 cidades, em 19 estados do país, além de um grupo de brasileiros que reside em Londres, no Reino Unido, se uniram em favor dessa causa.
Captação de Recursos
Além de disseminar essas importantes informações, a “Caminhada Passos que Salvam” também possui uma ação para arrecadar fundos para o tratamento dos pacientes no Hospital de Amor Infantojuvenil. Ao adquirir um kit com camiseta, boné e ‘sacochila’, cada participante contribuiu com o valor de R$ 35,00, que foi direcionado à instituição.
Confira mais fotos da 8ª “Caminhada Passos que Salvam”, realizada em Barretos (SP), em nosso flickr oficial. Clique aqui.
“Não há remédio que faça efeito sem que primeiro se restabeleça a dignidade humana”. Foi com esse pensamento que um dos fundadores do Hospital de Amor, Dr. Paulo Prata, estabeleceu os pilares da instituição. Assistir o paciente de maneira humanizada e possibilitar atendimento de qualidade, focado no bem-estar de todos, foram pontos fundamentais para a implantação do novo trabalho do HA na região Norte do país. Desde o dia 8 de novembro, a população de Araguaína e de mais 63 municípios da região do estado de Tocantins, conta com o Centro Especializado em Reabilitação (CER) Luiz Flávio Quinta.
Gerenciado pela prefeitura de Araguaína, o local será administrado pelo Hospital de Amor pelos próximos 60 meses (5 anos), conforme firmado, durante a visita da primeira-dama e do presidente do Conselho Gestor do Pátria Voluntária, Michelle Bolsonaro, em Barretos (SP), no dia 25 de outubro deste ano.
A solenidade de inauguração do CER contou com a presença do presidente do HA, Henrique Prata, do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, da senadora Kátia Abreu, do deputado federal, Tiago Dimas, dos deputados estaduais, Rérisson Macedo e Elenil da Penha, além de outras autoridades locais e representantes das entidades assistenciais do município.
Para o médico coordenador do projeto de reabilitação do Hospital de Amor, Dr. Daniel Marconi, a iniciativa representa um divisor de águas, principalmente, pelo aumento dos investimentos na área. “Há muitos anos o HA oferece atendimento focado na reabilitação, no entanto, com menos recursos em relação a este novo centro. Devido ao apoio dos projetos de incentivos fiscal, como Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON) e o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS), foi possível construir alguns projetos que financiaram o desenvolvimento nesta importante área em Barretos (SP) ”, afirmou Marconi.
O especialista esclarece que, muitas vezes, o paciente oncológico acaba ficando com algumas sequelas, como perda de visão, audição, membros inferiores e/ou superiores, dificuldades cognitivas, sexuais, de memórias e de raciocínio. Por este motivo, a equipe do HA oferece atendimento com o apoio de uma equipe multidisciplinar a todos os pacientes oncológicos que realizam tratamento na instituição. “O diferencial deste novo centro, em Tocantins, é a possibilidade de ampliar o público atendido”, relatou.
Convite
Após realizar visita ao Hospital de Amor Barretos e conhecer o trabalho e a expertise dos profissionais, o secretário municipal de Saúde de Araguaína, Jean Luís Coutinho, convidou a instituição para ser responsável pela administração do CER.
Segundo Coutinho “o Hospital de Amor foi escolhido por vários aspectos, primeiro, pela seriedade com que a instituição abraça projetos que beneficiam a população, sempre com resultados excepcionais; e, segundo, porque o hospital possui excelentes profissionais na área de reabilitação. Era o que a gente precisava para implantar o CER, em Araguaína”, enfatizou o secretário.
Projeto Pioneiro
Considerado um projeto pioneiro, o CER irá oferecer reabilitação geral para a população da região Norte do país. Com investimentos de R$ 5,1 milhões em construção e R$ 2 milhões em equipamentos (recursos do Ministério da Saúde e do município de Araguaína), o local terá a capacidade média de 100 pacientes atendidos diariamente. O CER está localizado entre os loteamentos Cidade Nova e Lago Azul, possui 2.120 m² de área total, sendo 2.050 m² construídos.
Dr. Marconi reforça que no CER não serão atendidos apenas pacientes oncológicos, mas pacientes com qualquer tipo de deficiência, vindos de qualquer natureza, como: acidentes automobilísticos/com motocicletas, domésticos, lesões devido à violência (ferimentos causados por armas de fogo e branca), alterações cognitivas, transtornos do espectro do autismo, cegueira congênita, surdez congênita, ou seja, todos os tipos de deficiência. “Este centro representa uma nova maneira do Hospital de Amor atuar, ao oferecer a reabilitação e devolver aos pacientes o direito de ter uma vida normal, uma vida inclusiva dentro da sociedade, com emprego, estudo e capacidade laboral”, afirma.
Ao todo, são 32 consultórios que possibilitam atendimentos para pessoas com deficiência auditiva, visual, física e intelectual, além dos fraldários adultos e infantil, e refeitório. O CER conta com assistente social, fisioterapeuta, nutricionista, médico (neurologista, oftalmologista, otorrinolaringologista, psiquiatra, fisiatra, ortopedista), pedagoga, psicóloga e a equipe que compõe o quadro administrativo.
O Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) torna público que realizará, na forma prevista na Legislação Federal pertinente e normativas da CNRM – Comissão Nacional de Residência Médica, especialmente a Resolução nº 2 de 27 de agosto de 2015 e Nota Técnica nº 94/2015, a abertura de inscrições ao PROCESSO DE SELEÇÃO para o preenchimento de vagas de Residência Médica em Transplante de Medula Óssea . As inscrições estarão disponíveis de 15/10/2020 a 11/12/2020.
Confira aqui p edital completo e as informações detalhadas sobre o processo seletivo.
População: 122.098 – Atendimentos: 6.000
Novos tempos, mas a solidariedade daqueles que acreditam na causa do Hospital de Amor continua a mesma! A pandemia do novo coronavírus pressionou o sistema de saúde no Brasil e o impacto atingiu áreas indiretamente ligadas à COVlD-19. Diante do atual cenário, diversas ações on-line estão sendo realizadas em prol da instituição. No último dia 6 de junho, aconteceu a 1ª edição do “Leilão Virtual Direito de Viver”, organizado pelo Hospital de Amor, com o apoio de voluntários. O evento, que arrecadou 300 cabeças de gado e outros animais, entre equinos, muares, ovinos e asininos, além de maquinários agrícolas e outros veículos, foi transmitido pelos canais Lance Rural, Remate Web, Virtual Leilões e Programa Leilões. E o resultado foi histórico: R$ 1.321.405,00! Do valor total, R$ 66.500,00 foram de doações diretas e R$ 1.254.905,00, no arremate de gado e implementos agrícolas.
Após o sucesso do 1º “Leilão Virtual Direito de Viver”, foi a vez de realizar o Leilão Virtual “Direito de Viver” Musical em prol da instituição. O evento, que aconteceu virtualmente, com transmissão feita pelo Canal Rural, Lance Rural e Remate Web, no dia 12 de junho, contou com participação especial do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e show da dupla Rionegro & Solimões, parceiros de longa data da entidade. O resultado superou as expectativas: R$ 968.099,99.
O Hospital de Amor agradece a todos que tornaram esses dois eventos possíveis! Juntos, superaremos esse momento tão difícil!
Foi baseado em um sonho e motivado pela fé, que a unidade do Hospital de Amor, em Jales (SP), foi inaugurada, há dez anos. No dia 10 de junho, a 1ª filial para tratamento oncológico do Hospital de Câncer de Barretos – antigo nome da instituição – construída fora da cidade de Barretos (SP), comemora seu décimo aniversário, com muitas homenagens e abraços virtuais de seus pacientes, colaboradores e voluntários.
Com o objetivo de ‘desafogar’ os atendimentos realizados na matriz e atender toda a população da região noroeste do estado de São Paulo, o HA Jales foi criado, aproximando o tratamento oncológico de excelência e gratuito a milhares de pessoas daquela localidade.
Como tudo começou
Em 2008, dois anos antes da Fundação Pio XII instalar, definitivamente, o hospital no município, a Associação Voluntária de Combate ao Câncer (AVCC) de Jales e o Rotary Club Grandes Lagos inauguraram um centro de reabilitação, oferecendo atendimentos fisioterápicos para pacientes oncológicos em uma das alas do antigo prédio da ‘Fundação Massaru Kitayama’ (local onde atualmente funciona o ambulatório médico na unidade).
No ano de 2009, com a vinda da Unidade III do Hospital de Câncer de Barretos para Jales, esses mesmos voluntários e rotarianos fizeram a doação do centro de reabilitação para a instituição, dando seguimento ao trabalho que já estava sendo realizado. De acordo com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, na época, para que o projeto se concretizasse, foi realizado um grande movimento político na cidade e na região, com apoio de diversas lideranças e também do então deputado federal, Vadão Gomes. “Os 10 anos da unidade de Jales têm um significado muito grande na história do Hospital de Amor, pois foi a primeira filial que nós conseguimos construir fora do centro onde a instituição nasceu, que é Barretos, exercendo os mesmos valores, soluções, a mesma medicina, ou seja, sendo também o ‘Hospital de Amor’. Graças a essa conquista, fomos encorajados a ir mais longe! Fomos para a Amazônia, Centro-oeste, Nordeste e agora estamos chegando a Palmas, e o hospital de Jales foi o grande responsável por tudo isso, por isso eu me orgulho muito desta unidade”, afirmou Prata.
No início, o Hospital era dividido em apenas dois pavilhões e tinha capacidade para realizar, mensalmente: mais de sete mil exames de diagnóstico, 4.200 consultas e 300 cirurgias, além de 1.500 procedimentos de quimioterapia e 5.500 de radioterapia. Atualmente, a unidade oferece cerca de 12.223 exames de diagnóstico, 5.992 consultas, 128 cirurgias, 1.696 quimioterapias e 2.665 procedimentos de radioterapias.
“Fazer parte da equipe do Hospital do Amor foi um presente que recebi quando o senhor Henrique Prata me convidou. Fico honrado em poder acompanhar a evolução desse trabalho durante esses 10 anos e ver o quanto crescemos e quantas pessoas passaram por aqui”, contou o diretor clínico e primeiro médico a atender na unidade, Dr. André Silveira.
Para o presidente do HA, a inauguração da unidade em Jales e a comemoração de seus 10 anos de existência são a prova de que a providência divina existe. “Sem dúvidas, foi uma bênção para o Hospital de Amor. Muito obrigado a todos os colaboradores, corpo clínico e pacientes, por fazerem parte desta história verdadeira e nos encherem de orgulho. Parabéns a todos!”.
Humanização
Com o mesmo padrão de atendimento oferecido no centro oncológico em Barretos, a unidade de Jales também se tornou referência no tratamento humanizado aos pacientes. “Não tenho do que reclamar. Desde o primeiro dia que fui atendida no hospital para fazer um exame mamografia, até quando precisei fazer uma cirurgia de retirada dos lábios, pois uma ferida havia se transformado em câncer, eu recebi o melhor atendimento que alguém poderia receber. Eu agradeço pelo cuidado e carinho com tudo o que fazem nesta instituição”, declarou Aurora Rodrigues de Souza, de 53 anos – primeira paciente atendida pelo Hospital de Amor Jales.
“Aqui, temos a oportunidade de aprender todos os dias, com histórias que nos comovem e trajetórias que nos inspiram. Vejo que em todos os setores da unidade, o empenho e a dedicação dos profissionais são constantes, até mesmo nos momentos difíceis como este que estamos passando. Só nos resta agradecer e pedir que para tenhamos dias melhores”, esclareceu o diretor clínico.
Parceria de sucesso
Neste mês de junho, a Associação Voluntária de Combate ao Câncer de Jales também celebra mais um ano de trabalho árduo em prol do HA. São 15 anos de dedicação total aos pacientes oncológicos, prestando assistência aos que estão em vulnerabilidade social.
Para presidente da entidade, Rosely Pupim a vinda do Hospital de Amor para Jales é uma imensa alegria para todos, e essa parceria tão importante é a realização do sonho das fundadoras da AVCC e dos voluntários. “Graças a essa parceria, conseguimos ter contato direto com os pacientes, que são a razão do nosso trabalho. É muito gratificante para nós a oportunidade de doar nosso tempo e trabalho em prol dos portadores desse mal que aflige tantas pessoas”, finalizou.
O Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, lançou na última quinta-feira, dia 5, o “Guia de Educação em Saúde e Câncer”, desenvolvido em parceria com o Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio – SESC. O livro, que começou a ser estruturado há dois anos, é o único deste formato no Brasil e tem como principal objetivo oferecer suporte teórico e prático para ações de Educação em Saúde, sobretudo dentro da temática câncer.
“A temática Educação em Saúde é muito ampla, mas nós tentamos fazer um resgate histórico global, afunilando para América Latina e Brasil, finalizando com a análise dos trabalhos desenvolvidos pelo e no Hospital de Amor durante seus quase 60 anos”, detalhou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. O guia, que também será disponibilizado em formato digital, traça uma linha do tempo desde a fundação da instituição e conceitua as práticas de atenção ao câncer, até culminar nas ações de educação em saúde desenvolvidas com este viés.
O evento reuniu seis secretários de educação e a diretora de ensino da região de Barretos, além de mais de 150 professores, diretores e coordenadores de escolas de toda região, e também marcou a apresentação da Agenda 2020 do “Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas (PESCE)”, que une 12 projetos do NEC desenvolvidos exclusivamente para o ambiente escolar.
Com o intuito de motivar os educadores e ampliar o conhecimento sobre novos métodos de aprendizado, o NEC trouxe para o lançamento a palestra “Jogos Digitais como estratégia para a Educação e a Saúde”, ministrada por Tiago Eugênio, biólogo formado pela UNESP, com mestrado em psicobiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Cozinhar é uma arte que envolve talento, disciplina e, principalmente, muito amor. Poder reunir amigos queridos e familiares à mesa e servir uma deliciosa refeição é um momento muito especial. Foi isso que o paciente Pedro Bartholo Nery, 55 anos, fez na última quinta-feira, 20 de fevereiro, no IRCAD América Latina – centro de treinamento que faz parte do complexo do Hospital de Amor, em Barretos (SP).
Nery, que é consultor de orçamento, iniciou tratamento no HA em agosto de 2019, quando foi diagnosticado com um tumor no intestino. Desde então, ele enfrenta uma das suas mais difíceis batalhas: a luta contra o câncer. Muito simpático e bom de papo, ele começou seu tratamento paliativo no Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do HA) na segunda quinzena de fevereiro deste ano, após ser diagnosticado com metástase no pulmão. E foi durante um de seus papos descontraídos com a equipe da unidade que Nery foi questionado sobre qual seria o seu maior sonho e o que ele gostaria de fazer. Sem titubear, o paciente disse que desejava entrar em uma cozinha e comandar uma equipe de cozinheiros. “A minha paixão é a gastronomia, embora eu nunca tenha feito faculdade, eu nasci com esse dom. E não sou eu quem falo, não. Os meus amigos chefs sempre me pedem conselhos”, afirmou ele, que comandou um Pub, quando tinha 21 anos, em Brasília (DF).
Enquanto pedia alimentos específicos e dava atribuições, a ansiedade de Nery era visível. A alegria dele em poder cozinhar novamente também foi motivo de felicidade para todos os envolvidos nessa ação especial, dentre eles, as cozinheiras do IRCAD e a equipe multiprofissional do HA. Segundo a enfermeira do Hospital São Judas Tadeu, Nayara Silva, foi muito gratificante ver a animação e o brilho nos olhos do paciente. “Em nossa unidade, nós sempre promovemos eventos que visam proporcionar bem-estar tantos dos pacientes, quanto dos acompanhantes”, relatou a profissional, que acompanhou esse momento e ficou à disposição de Nery durante toda o evento, auxiliando o paciente sempre que necessário.
Já que Pedro Nery acredita que para haver uma boa comida é necessário contar com uma ótima equipe, é claro que não podiam faltar importantes escudeiras. Devido à fragilidade do paciente, em decorrência do tratamento, o ‘chef do dia’ contou com a ajuda das cozinheiras do IRCAD, Divina Ferreira, Gessica Burgheti e Sandra Gomes, que trabalharam com todo carinho e dedicação. Afinal, todos estavam reunidos com o mesmo propósito: celebrar a vida. “Poder auxiliar um paciente que deseja cozinhar é gratificante. Nem sempre podemos ajudar todos, mas fico muito contente. Para mim, hoje é um dia de muita satisfação”, contou com os olhos marejados a simpática Divina, cozinheira que comanda a cozinha do IRCAD há nove anos.
Um amor que tempera a vida
Casada oficialmente com Nery há dois anos, Silvia Souto mostra toda orgulhosa as fotos dos pratos preparados pelo marido. “Em casa, ele é o chef. O Pedro domina massas, doces, comida oriental e panificação em geral. Sempre que viajamos e quando pode, ele faz questão de pescar o alimento e preparar a refeição na hora. Tudo sempre muito fresco e feito com muito carinho. Nós temos cinco filhos lindos, dos nossos primeiros relacionamentos, mas eu sei que nós somos uma família muito unida. E tudo isso que enfrentamos nos fortalece ainda mais”, explicou a esposa, que aproveitou para tirar várias fotos enquanto o marido comandava a cozinha.
Silvia relatou já ter ouvido falar sobre o HA anteriormente, mas quando chegou na unidade e viu todo o tratamento que é oferecido, não restou outra alternativa além de admirar o trabalho realizado na instituição. “Aqui, em Barretos, eu me encantei. Em cada profissional, em cada gesto, só consigo ver carinho e amor. Ao ver o trabalho das pessoas do Hospital de Amor, eu voltei a acreditar na humanidade. A gente vê tanta notícia ruim, mas aqui no hospital eu aprendi a acreditar na bondade do ser humano novamente. Só posso agradecer por tudo que vocês fazem por nós”, disse emocionada.
Quando questionado sobre qual chef ele mais admira, Nery afirma gostar do chef Érick Jacquin, devido à vontade dele de valorizar ainda mais a cozinha tradicional. Ele também demonstra empolgação ao falar do lançamento do seu livro, cujo conteúdo terá 100 receitas autorais.
Após todo o cuidadoso preparo dos alimentos, o almoço especial foi servido para ele, sua esposa e para toda a equipe de profissionais que cuida dele no Hospital São Judas Tadeu, dentre eles: médico, assistente social, enfermeiras, fisioterapeutas e todos aqueles que ganharam a admiração do casal de Brasília, que proporcionou um momento lindo, dando mais sabor à vida. Com muito afeto e gentileza de todos, a refeição foi selada com um emocionante brinde: “Eu quero fazer um brinde à humanidade, porque nós somos seres humanos e, em um momento de dor e sofrimento, é disso que precisamos. Tenho a certeza de que esse momento valeu muito mais do que qualquer remédio que eu já tomei no hospital. Por isso, um brinde à humanidade“, finalizou ele, emocionado.
E como toda bela amizade, grande amor e deliciosa refeição, os preciosos momentos também são eternizados nas memórias, assim como afirma a jornalista e também paciente paliativa, Ana Michelle Soares: “se tem um jeito de a gente ser eterno, é vivendo nas pessoas”.
Receita que foi servida durante o almoço:
Linguiça embriagada do chef Nery
Ingredientes
– 1/2 quilo de linguiça fresca, fina e pura de porco;
– 4 colheres de sopa de mel;
– 1 copo de cerveja tipo pilsen;
– 1 dose de pinga, conhaque ou whisky;
– Salsa ou coentro fresco, bem picadinho.
Modo de fazer
Corte a linguiça em pedaços de 1,5 cm. Aqueça bem a frigideira e coloque o azeite de oliva e a linguiça. Quando a linguiça começar a dourar, abaixe o fogo e deixe criar o caldo (por isso é importante a linguiça ser fresca, já que o objetivo é formar bastante caldo, que é fundamental para a receita dar certo).
Quando houver bastante ‘caldo’, coloque o mel e abaixe o fogo, deixando caramelizar o mel com o caldo no fundo. Mexa um pouco, isso ajudará durante o processo.
Assim que estiver bem caramelizado (lembre-se: caramelizado não é carbonizado, não deixe queimar, mas sim ficar na cor ferrugem, bem escura). Feita a caramelização corretamente, coloque a cerveja de uma vez, desmanchando o caramelo e formando um caldo bonito, na cor marrom. Deixe o caldo reduzir até engrossar, como a espessura do mel ou um pouco mais grosso.
Nesse momento exato, jogue a pinga ou a bebida que escolheu e flambe. Use o seu método.
No momento em que o flambado se apagar, passe a linguiça para a tigela em que vai servir. Decore com a erva picada que você escolheu. Bom apetite!
O cuidado com a saúde mental é um assunto que está cada vez mais em evidência, inclusive, no ambiente de trabalho. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão ocupa o 1º lugar no ranking de doenças, quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) relatou, em relatório apresentado em 2019, que o Brasil apresenta as maiores taxas de incapacidade causada por depressão (9,3%) e ansiedade (7,5%) do continente americano. Diante desses dados preocupantes, é extremamente necessário instituir uma política de prevenção. Sabendo do aumento do índice de pessoas afetadas, o governo federal publicou em abril do ano passado, a Lei nº 13.819/2019, que regulamenta a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, que estimula ainda mais iniciativas que promovem o bem-estar e a saúde mental.
Com o intuito de realizar ações ligadas ao autocuidado e inspirado pela campanha ‘Janeiro Branco’, o Grupo de Trabalho de Humanização do Hospital de Amor promoveu a 1ª “Semana de Conscientização da Saúde Mental”, nos dias 20, 21, 22 e 23 de janeiro, na Santa Casa de Misericórdia de Barretos e na unidade adulta do HA. Durante a programação, ocorreram diversas atividades referentes à saúde mental, destinadas exclusivamente para os colaboradores das duas instituições, que participaram de palestras, atividades de pinturas lúdicas e ginástica laboral.
Segundo a psicóloga da instituição, Dra. Mariana Ducatti, foi a primeira vez que o HA participou da campanha ‘Janeiro Branco’, por isso, ficou definido que a ação seria voltada apenas para os funcionários e não para os pacientes, que já contam com o apoio da equipe de psicólogos do hospital. A campanha, que teve como tema “Diferentes Tipos de Cuidado”, foi promovida em parceria com os alunos do curso de psicologia, da Faculdade Barretos.
A iniciativa ‘Janeiro Branco’ foi criada em 2014, em Uberlândia (MG), por um grupo de psicólogos. A mobilização já ganhou amplitude mundial, alcançando países como Estados Unidos, Japão e Portugal. Inicialmente, o propósito da ação era convidar a população para discutir sobre felicidade e qualidade de vida. Agora, possui uma amplitude maior: janeiro foi escolhido por representar, de maneira simbólica, um mês de renovação e de novos projetos pessoais e profissionais.
Diferentes tipos de cuidado
A palestra ‘Diferentes tipos de cuidado: como identificar e como se cuidar’, ministrada por alunos do curso de psicologia e que abriu as atividades no dia 20, teve como objetivo apresentar a campanha “Janeiro Branco” e dar dicas de autocuidado. Simultaneamente, os colaboradores tiveram acesso a sessões de reiki, oferecidas por voluntários.
Luis Roberto Toneti é um dos voluntários da Associação Voluntária de Combate ao Câncer (AVCC) e atua no Hospital de Amor há quatro anos. Desde 2019, ele oferece sessões no Instituto de Prevenção para as pacientes. “O reiki é uma energia de amor e nós percebemos que tudo o que é feito para os pacientes no hospital, é feito com muito zelo. Nós trabalhamos com amor e sabemos que os colaboradores da instituição têm essa missão: tratar todas as pessoas com esse sentimento. Sendo assim, nós temos o intuito de oferecer boas energias para todos”, afirmou Luís, que percebeu ótima receptividade por parte dos colaboradores.
Ao todo, 32 funcionários participaram das sessões, dentre eles, a recepcionista Lúcia Helena Domingos, que atua na instituição há sete anos. Ela, que afirmou ter saído energizada da sua primeira experiência com a técnica, também participou da ginástica laboral, no dia 22. “Adorei fazer os exercícios e espero que esta atividade possa continuar. A ginástica laboral é muito importante para ajudar a gente a relaxar e melhorar a postura”, ressaltou. No mesmo dia, a Dra. Mariana apresentou para os líderes do HA a Lei nº 13.819/2019, e aproveitou para tirar dúvidas sobre o tema.
Já a participação da equipe de terapeutas ocupacionais de ambas instituições ocorreu no dia 21, quando os profissionais preparam um momento de relaxamento durante os exercícios lúdicos, com direito a pintura e momentos de reflexão.
Para encerrar o evento, a enfermeira do departamento de psiquiatria do Hospital de Amor e instrutora de terapia cognitiva baseada em mindfulness, Caroline Krauser, foi convidada para falar sobre mindfulness e o seus benefícios, no dia 23, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata. “Mindfulness pode nos ajudar de diversas maneiras e em várias situações. Hoje, a ciência mostra que a técnica é eficaz para prevenção de sintomas depressivos, ligados à ansiedade, dor crônica, para redução do estresse e melhora da qualidade de vida, e para quem deseja estabelecer uma relação mais consciente e saudável com seus pensamentos e sentimentos”, relatou a especialista, que aplicou algumas técnicas durante a sua apresentação.
Caroline também enfatizou sobre a importância de ações focadas no bem-estar e na saúde mental. “Existem diversas campanhas de prevenção de câncer na instituição, o que é de extrema importância. Porém, nunca havíamos falado sobre saúde mental para os colaboradores. Só das pessoas perceberem o impacto da saúde mental em suas vidas e de poderem falar sobre isso no local de trabalho, já é um começo incrível”, declarou a enfermeira.
Para Laura Nunes, encarregada de hotelaria e líder do Grupo de Trabalho de Humanização, a ação foi um sucesso, pois possibilitou a integração da equipe e o surgimento de novas ideias e possíveis projetos, que poderão ampliar ainda mais o trabalho do grupo no HA ao longo do ano.
Com o objetivo de conscientizar a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil e a importância do diagnóstico precoce da doença, o Hospital de Amor realizou, no último domingo, 24 de novembro, a 8ª edição da “Caminhada Passos que Salvam”. Criada em 2012, a ação acontece todos os anos, simultaneamente em centenas de municípios brasileiros e também em cidades do exterior, durante o último domingo do mês de novembro. A escolha da data está relacionada à proximidade com o “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, celebrado no dia 23/11.
Em apenas 8 anos, o projeto já ajudou a aumentar a taxa de cura do câncer infantojuvenil de 55% para 70%, alcançando milhares de crianças e adolescentes. Este ano, mais de 650 cidades do país foram mobilizadas, superando o número das edições anteriores.
Entre os sinais e sintomas mais comuns da doença, estão manchas roxas pelo corpo, dores de cabeça, vômito, perda de peso, fraqueza e dores nos ossos, sintomas que parecem comuns da infância e podem ser confundidos com doenças que acometem crianças e adolescentes, mas também podem ser o primeiro sinal de que há algo errado acontecendo.
De acordo com o diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Luiz Fernando Lopes, a unidade infantojuvenil do HA tem todas as condições de tratar as crianças com a mesma qualidade dos países com alto nível de desenvolvimento (especialistas experientes, medicamentos adequados e uma excelente estrutura), mas nada disso impacta na vida das crianças se elas não chegarem precocemente para o tratamento. “A Passos que Salvam possui três grandes focos: o primeiro é conscientizar a população sobre a existência do câncer em crianças e adolescentes, ressaltando a importância deles chegarem precocemente ao Hospital para tratamento e alertando sobre os principais sinais e sintomas; o segundo é voltado para a captação de recursos com a venda dos kits, ajudando a custear exames e procedimentos que não são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS); e o terceiro é o mais importante: a partir da caminhada, cada município participante tem a chance de enviar um médico para realizar uma capacitação no Hospital de Amor. Eles passam a reconhecer os tumores precocemente e ficam em contato direto com os profissionais do HA, permitindo que as crianças e adolescentes cheguem o quanto antes para tratamento, aumentando suas chances de cura. Ou seja, graças à Passos que Salvam nós conseguimos reduzir em 20% o diagnóstico tardio e, com as próximas edições, acreditamos que vamos conseguir ainda mais! É uma mobilização que só nos traz ganhos!”, declarou.
Para a coordenadora da ação, Naima Khatib, o objetivo da Caminhada é trazer à discussão a importância dessa conscientização, de maneira lúdica, envolvendo assim toda a sociedade, de modo que permita com que mais diagnósticos precoces aconteçam, consequentemente, haverá maior chances de cura, sendo ampliadas para até 95%.
Caminhando a caráter
Heverton Felipe Soares Costa, de 12 anos, foi a caráter para a caminhada e encantou a todos. Vindo de uma tribo indígena de Boa Vista, capital do estado de Roraima, ele faz tratamento no Hospital de Amor e, pela primeira vez, pôde receber alta médica para participar da ação. O pai, Laersio Matias Mendes, que acompanha o filho em Barretos (SP), reconhece a importância dessa mobilização para as crianças como o Heverton, que lutam contra o câncer. “Essa caminhada nos mostra o quanto existem pessoas especiais que ajudam o Hospital. Nós, indígenas, precisamos muito dessa ajuda, e eu fico muito feliz em saber que meu filho está aqui. Adoramos a caminhada e tenho certeza de que o povo de Roraima também abraçou essa causa”, finalizou.
Voluntariado
E não foram apenas os profissionais e pacientes do Hospital de Amor que acordaram cedinho no domingo para dar os ‘passos que salvam vidas’. Há 15 anos atuando como voluntária, a assistente social Vera Lucia Ribeiro Pena participou, pelo terceiro ano, da “Caminhada Passos que Salvam”. O motivo? “Por conta da importância da caminhada e, principalmente, da conscientização sobre a prevenção do câncer infantojuvenil. A prevenção é o único caminho para a cura. Eu pretendo estar aqui por mais muito outros anos, pois não há dinheiro que pague poder fazer parte disso!”, esclareceu a voluntária.
Números que salvam
Em 2012, ocorreu a primeira mobilização, 19 municípios do Estado de São Paulo e dois de Rondônia caminharam, levando a população, empresas e entidades para participar do evento. Já no ano seguinte, o número mais que quadruplicou: 80 municípios participaram da caminhada em oito estados. A terceira edição foi ainda melhor: 201 cidades em 11 estados brasileiros caminharam juntas, no mesmo dia e horário, levando mais de 150 mil pessoas às ruas. Em 2015, foram 306 cidades de 12 estados que caminharam, comprometidos na luta contra o câncer infantojuvenil. Em 2017 a caminhada mobilizou 300 mil pessoas em cerca de 500 cidades de todo o Brasil. No ano passado, cerca de 600 cidades, em 19 estados do país, além de um grupo de brasileiros que reside em Londres, no Reino Unido, se uniram em favor dessa causa.
Captação de Recursos
Além de disseminar essas importantes informações, a “Caminhada Passos que Salvam” também possui uma ação para arrecadar fundos para o tratamento dos pacientes no Hospital de Amor Infantojuvenil. Ao adquirir um kit com camiseta, boné e ‘sacochila’, cada participante contribuiu com o valor de R$ 35,00, que foi direcionado à instituição.
Confira mais fotos da 8ª “Caminhada Passos que Salvam”, realizada em Barretos (SP), em nosso flickr oficial. Clique aqui.
“Não há remédio que faça efeito sem que primeiro se restabeleça a dignidade humana”. Foi com esse pensamento que um dos fundadores do Hospital de Amor, Dr. Paulo Prata, estabeleceu os pilares da instituição. Assistir o paciente de maneira humanizada e possibilitar atendimento de qualidade, focado no bem-estar de todos, foram pontos fundamentais para a implantação do novo trabalho do HA na região Norte do país. Desde o dia 8 de novembro, a população de Araguaína e de mais 63 municípios da região do estado de Tocantins, conta com o Centro Especializado em Reabilitação (CER) Luiz Flávio Quinta.
Gerenciado pela prefeitura de Araguaína, o local será administrado pelo Hospital de Amor pelos próximos 60 meses (5 anos), conforme firmado, durante a visita da primeira-dama e do presidente do Conselho Gestor do Pátria Voluntária, Michelle Bolsonaro, em Barretos (SP), no dia 25 de outubro deste ano.
A solenidade de inauguração do CER contou com a presença do presidente do HA, Henrique Prata, do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, da senadora Kátia Abreu, do deputado federal, Tiago Dimas, dos deputados estaduais, Rérisson Macedo e Elenil da Penha, além de outras autoridades locais e representantes das entidades assistenciais do município.
Para o médico coordenador do projeto de reabilitação do Hospital de Amor, Dr. Daniel Marconi, a iniciativa representa um divisor de águas, principalmente, pelo aumento dos investimentos na área. “Há muitos anos o HA oferece atendimento focado na reabilitação, no entanto, com menos recursos em relação a este novo centro. Devido ao apoio dos projetos de incentivos fiscal, como Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON) e o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS), foi possível construir alguns projetos que financiaram o desenvolvimento nesta importante área em Barretos (SP) ”, afirmou Marconi.
O especialista esclarece que, muitas vezes, o paciente oncológico acaba ficando com algumas sequelas, como perda de visão, audição, membros inferiores e/ou superiores, dificuldades cognitivas, sexuais, de memórias e de raciocínio. Por este motivo, a equipe do HA oferece atendimento com o apoio de uma equipe multidisciplinar a todos os pacientes oncológicos que realizam tratamento na instituição. “O diferencial deste novo centro, em Tocantins, é a possibilidade de ampliar o público atendido”, relatou.
Convite
Após realizar visita ao Hospital de Amor Barretos e conhecer o trabalho e a expertise dos profissionais, o secretário municipal de Saúde de Araguaína, Jean Luís Coutinho, convidou a instituição para ser responsável pela administração do CER.
Segundo Coutinho “o Hospital de Amor foi escolhido por vários aspectos, primeiro, pela seriedade com que a instituição abraça projetos que beneficiam a população, sempre com resultados excepcionais; e, segundo, porque o hospital possui excelentes profissionais na área de reabilitação. Era o que a gente precisava para implantar o CER, em Araguaína”, enfatizou o secretário.
Projeto Pioneiro
Considerado um projeto pioneiro, o CER irá oferecer reabilitação geral para a população da região Norte do país. Com investimentos de R$ 5,1 milhões em construção e R$ 2 milhões em equipamentos (recursos do Ministério da Saúde e do município de Araguaína), o local terá a capacidade média de 100 pacientes atendidos diariamente. O CER está localizado entre os loteamentos Cidade Nova e Lago Azul, possui 2.120 m² de área total, sendo 2.050 m² construídos.
Dr. Marconi reforça que no CER não serão atendidos apenas pacientes oncológicos, mas pacientes com qualquer tipo de deficiência, vindos de qualquer natureza, como: acidentes automobilísticos/com motocicletas, domésticos, lesões devido à violência (ferimentos causados por armas de fogo e branca), alterações cognitivas, transtornos do espectro do autismo, cegueira congênita, surdez congênita, ou seja, todos os tipos de deficiência. “Este centro representa uma nova maneira do Hospital de Amor atuar, ao oferecer a reabilitação e devolver aos pacientes o direito de ter uma vida normal, uma vida inclusiva dentro da sociedade, com emprego, estudo e capacidade laboral”, afirma.
Ao todo, são 32 consultórios que possibilitam atendimentos para pessoas com deficiência auditiva, visual, física e intelectual, além dos fraldários adultos e infantil, e refeitório. O CER conta com assistente social, fisioterapeuta, nutricionista, médico (neurologista, oftalmologista, otorrinolaringologista, psiquiatra, fisiatra, ortopedista), pedagoga, psicóloga e a equipe que compõe o quadro administrativo.