Neste 24 de março, dia em que o Hospital de Amor completa 63 anos de atuação na área oncológica, com atendimento 100% gratuito a pacientes vindos de todos os estados brasileiros, a instituição comemora também uma outra grande conquista, que foi apresentada para o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no último dia 20 de março, em Brasília.
O DRG (do inglês, Diagnosis Related Groups) é uma metodologia validada internacionalmente que avalia os hospitais sobre a ótica da eficiência e da qualidade. “O DRG Brasil classificou o Hospital de Amor entre os hospitais líderes com alta qualidade e alta eficiência, tendo 2,5 vezes menos óbitos do que o esperado e uma eficiência de 100,7% na internação, o que significa melhor resultado com zero desperdício”, explica o cientista de dados da instituição, André Pinto.
Além disso, o DRG classificou o HA como o segundo hospital com casos mais complexos no Brasil, comparado com 598 hospitais com mais de 100 leitos (44% das instituições de grande porte). Apesar desse alto nível de complexidade, o HA se destaca como um dos líderes em eficiência e qualidade, reforçando seu compromisso com a excelência no cuidado aos pacientes. “Essa informação nos enche de orgulho e queremos dividir com todos vocês, para que possamos apresentar para a sociedade o que a ciência nos mostra por meio de dados, comparados com a medicina pública e privada. Esta qualidade é medida pelos valores da medicina internacional de primeiro mundo”, afirma o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata.
Referência em tratamento, prevenção, ensino e pesquisa em câncer, o Hospital de Amor realizou em 2024 um total de 2.033.894 atendimentos (entre consultas, procedimentos e exames) em todas as suas unidades espalhadas pelo Brasil. Nesse período, foram atendidas 598.229 pessoas, oriundas de 2.540 municípios brasileiros. Isso quer dizer que, no ano passado, o HA cuidou de alguém vindo de 45.6% das cidades do país, de forma 100% gratuita.
Neste mês em que celebramos o “Dia Internacional da Mulher” (8 de março) e o “Março Lilás” – campanha de conscientização sobre a prevenção do câncer do colo do útero – o Hospital de Amor tem a honra de homenagear todas as ‘suas mulheres’, que cuidam, acolhem, amparam, ensinam e, acima de tudo, amam! Que tratam – com todo respeito e carinho do mundo – milhares de pacientes. Que fazem o Hospital, ser de Amor!
E por falar em mulher que faz a diferença, o HA não pode deixar de homenagear uma de suas preferidas, motivo de muito orgulho para todos, especialmente para os colaboradores e pacientes da instituição: Dra. Scylla Duarte Prata – a médica ginecologista que sempre esteve à frente do seu tempo. Ela não só criou uma das maiores obras de amor ao próximo da América Latina, o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência, com o maior serviço de prevenção de câncer do país e uma estrutura completa focada em ensino e pesquisa), como também foi pioneira na prevenção do câncer ginecológico.
Scylla especializou-se em ginecologia por influência de sua principal referência na medicina, o professor Domingos Delascio. Ele era professor universitário, ginecologista conceituado, autor de obras científicas e referência na tradicional Maternidade Matarazzo, Santa Casa de São Paulo e outras instituições da capital, sendo pioneiro em diversas frentes da saúde da mulher.
Enquanto aluna da USP, Delascio foi seu professor e depois de formada se tornou “médica estagiária” da equipe dele. Era considerada uma residente brilhante, muito dedicada e por isso manteve com seu mestre uma relação de amizade, respeito, reciprocidade e gratidão por toda a vida.
Em São Paulo, Scylla atuou como médica do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários de Santos. Trabalhou na Clínica Ginecológica da Faculdade de Medicina, e fez cursos como de aperfeiçoamento de clínica ginecológica, propedêutica obstétrica, patologia obstétrica, pós-graduação de tumores malignos do aparelho genital e participou de congressos.
Para além da obstetrícia e já tendo contato com os estudos do câncer ginecológico, como assistente do Dr. Domingos Delascio, ela aplicava em suas pacientes exames preventivos de lesões cancerígenas, como a colposcopia, a diatermocoagulação e o Papanicolaou. Junto ao professor, ela fazia estudos científicos sobre o câncer uterino e especialmente o câncer de endométrio, sendo pioneira na difusão do exame no interior de São Paulo.
Scylla se especializou ainda mais no câncer ginecológico e, em 1994, com a contribuição de seu marido – que dizia que “a prevenção é o melhor remédio”, ela foi uma professora para a enfermeira Creuza Saure, responsável por colher exames de Papanicolaou em 92% da população barretense com uma bicicleta e uma mesa ginecológica. Juntas, elas agiram por décadas, por idealismo e confiança no projeto do hospital.
Graças à expertise da médica, o HA salva, ainda hoje, milhares de vidas! São quase 63 anos de história e mais de 30 deles realizando um trabalho incrível de rastreamento e busca ativa, que leva saúde de qualidade e exames preventivos de câncer, gratuitamente, à população das localidades mais distantes e necessitadas. Atualmente, a instituição possui 27 unidades fixas de prevenção e mais de 50 unidades móveis que rodam o Brasil, na tentativa de reduzir as desigualdades de acesso à saúde e oferecer tratamentos mais efetivos.
Esse tipo câncer é considerado o que apresenta condições mais promissoras para prevenção e controle, com possibilidades, inclusive, de eliminação. Fazem parte do arsenal de enfrentamento, a vacinação contra o vírus HPV (Papilomavírus Humano), cuja infecção persistente é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença. Além disso, outra estratégia, é a detecção precoce de lesões do colo uterino, classificadas como precursoras do câncer e que podem ser tratadas com procedimento simples e alcançar altas taxas de cura.
“Hoje nós temos instrumentos e possibilidades, tanto relacionados à prevenção primária, quanto à prevenção secundária. Eu estou dizendo sobre vacina contra o vírus HPV, que é o vírus que iminentemente causa o câncer do colo uterino entre as mulheres. E em segundo, a prevenção primária, que são os testes que fazem o diagnóstico e o rastreamento, sendo o mais conhecido, o exame de Papanicolaou”, destaca o coordenador médico do programa de prevenção de câncer ginecológico do Hospital de Amor, Dr. Júlio Possati.
• Pacientes portadores de Papilomatose Respiratória Recorrente/PRR a partir de 2 anos de idade.
De acordo com o Ministério da Saúde, o exame preventivo contra o HPV, o Papanicolau, é um exame ginecológico preventivo mais comum para identificar de lesões precursoras do câncer do colo do útero. Ele ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar a presença do vírus, no entanto, é considerado o melhor método para detectar câncer do colo do útero e suas lesões precursoras. Quando essas alterações, que antecedem o câncer, são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos, por isso é muito importante que as mulheres façam o exame regularmente.
Outra medida importante na prevenção do HPV, são os preservativos internos ou externos. Informações do Ministério de Saúde mostram que, “embora seja eficaz na redução do risco de infecções sexualmente transmissíveis (IST), seu uso não elimina completamente a possibilidade de transmissão do HPV. Isso ocorre porque as lesões podem estar presentes em áreas não cobertas pela camisinha, como a vulva, região pubiana, perineal e bolsa escrotal”. Apesar disso, o uso é extremamente importante parra prevenir possíveis doenças.
Em relação à distribuição geográfica, ele é o segundo mais incidente nas Regiões Norte (20,48 por 100 mil) e Nordeste (17,59 por 100 mil). Na Região Centro-oeste (16,66 por 100 mil) ocupa a terceira posição; na Região Sul (14,55 por 100 mil), a quarta; e na Região Sudeste (12,93 por 100 mil), a quinta posição.
O caso de sucesso
Ela explica que conheceu o HA quando foi convidada, junto a outras influenciadoras locais, para o lançamento de uma campanha de prevenção em Porto Velho, em 2019. “Fomos para este evento, que foi no Hospital de Amor, no qual a equipe do hospital apresentou dados alarmantes das mulheres da região Norte. Eu lembro que foi bem legal, saiu na mídia, nos jornais, etc. Durante o evento, foi feito uma dinâmica incentivando a gente a levar o maior número de mulheres para fazerem o exame de mamografia, quem levasse mais mulheres se tornaria uma das embaixadoras da unidade. Em seguida, veio a pandemia”, explicou.
População: 8.903 habitantes – Atendimentos: 3.129
O 19º Leilão e Quermesse “Direito de Viver” de Palmeira d’Oeste (SP), realizado nos dias 09/03/2025, sob a coordenação Sergio Ochi, contou com cabeças de gados e prendas, arrecadando R$ 252.913,00.
Curiosidade: Atração dos irmãos Pouver.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 24.241 habitantes – Atendimentos: 1.395
O 15° festa show de prêmios e leilão “Direito de Viver” de Valparaiso (SP), realizado nos dias 08/09/2024, sob a coordenação Mary Sonia Akemi Eto Zacarin, contou com 30 cabeças de gados e prendas, arrecadando R$ 159,315.00.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
“Minha filha falou para os médicos: ‘Meu pai vai viver’.” Esse texto é sobre uma história de fé e superação do senhor Josafá de Oliveira Lima, 47 anos, natural de Conceição da Feira (Bahia).
Senhor Josafá deu entrada no Hospital de Amor, em Barretos (SP), em setembro de 2024, quando, ainda em sua cidade natal, descobriu nódulos no fígado e no intestino. Após se sentir mal, ele realizou alguns exames e foi constatado ‘Helicobacter pylori’, mais conhecida como ‘H. pylori’ – uma bactéria que pode causar gastrite, úlceras e câncer de estômago.
“Comecei a sentir umas dores e fiz um exame de ‘H. pylori’, que deu positivo para a bactéria e foi feita a biópsia, que não deu nada. Mas, ‘H. pylori’ não deixa você fraco. Comecei a sentir umas dores e fraquezas. Fiz alguns exames de rotina e ninguém descobria nada, a hemoglobina estava baixíssima. Fiz outros exames e na ressonância magnética foram constatados uns nódulos no fígado e intestino”, explica Josafá.
Encaminhado para o Hospital de Amor, Barretos (SP), em setembro de 2024, senhor Josafá foi internado para realizar exames e uma possível cirurgia para a retirada dos tumores. Porém, quando realizou o exame de colonoscopia, os médicos identificaram que o tumor estava maior do que o esperado e mudaram a conduta do tratamento.
Foi indicado para o senhor Josafá fazer seis sessões de quimioterapia para diminuir o tumor, mas após a terceira sessão, ele teve uma intercorrência e precisou ser operado. “Na terceira quimioterapia que eu tomei, em novembro de 2024, o tumor estourou dentro do meu intestino. Deu choque séptico anafilático agudo. Já fui entubado, entrei em coma induzido e passei por cinco cirurgias, coloquei dreno, precisei de traqueostomia. Minha situação era muito complicada, os médicos chamaram minha filha e falaram: ‘Nós não temos como resgatá-lo, o caso dele é grave e não temos como fazer mais nada, está nas mãos de Deus’, conta.
Senhor Josafá ficou 38 dias internado, sendo 25 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), desses 25, 15 dias em coma induzido e 13 dias na internação. “Minha filha falou para os médicos: ‘O meu pai vai viver’. Minha filha foi buscar a palavra na igreja e Deus falou com ela: ‘Estou entrando lá agora na UTI e dando vida para quem você ama.’ Foi Deus falando lá e eu vivendo aqui”, declara senhor Josafá.
Recuperação
Buscando sempre o atendimento integral em saúde, o Hospital de Amor, além de promover saúde por meio de atendimento médico hospitalar qualificado em oncologia, de forma humanizada, em âmbito nacional para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A instituição se dedica para integrar seus atendimentos, principalmente, com a reabilitação de seus pacientes oncológicos e de pacientes não oncológicos.
“O fato de o hospital oncológico contar com um centro especializado em Reabilitação traz celeridade ao processo de recuperação do paciente, além da possibilidade de diagnóstico e intervenção precoce nas sequelas oriundas do câncer ou do seu tratamento. O suporte psicológico, nutricional e, de um modo geral, multidisciplinar, traz conforto ao paciente e propicia uma recuperação rápida e completa. A possibilidade de intervenção precoce (as chamadas fases de pré-habilitação e habilitação) também proporciona um ganho imensurável no tratamento e na gravidade das sequelas”, comenta o coordenador das unidades de Reabilitação do Hospital de Amor, Dr. Daniel Marconi.
Por conta da doença, dos cinco procedimentos cirúrgicos e do tempo de internação, senhor Josafá teve a FAUTI – fraqueza muscular adquirida na UTI, como explica a fisioterapeuta do HA, Julia Garcia Souza. “Senhor Josafá teve a FAUTI, a fraqueza muscular adquirida na UTI, por conta do imobilismo. Ele passou 25 dias na UTI, não se movia, e com isso, perdeu massa muscular, o que ocasiona a perda da força e do peso”, explica a fisioterapeuta.
“Até então, na minha cabeça eu tinha passado por algo simples. Eu estava dormindo, depois fui entender o que tinha acontecido. Eu saí da UTI na cadeira de rodas, eu não me levantava, eu não conseguia ajoelhar para orar”, explica senhor Josafá.
Encaminhado para o Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Barretos (SP), ele passou pela primeira consulta com a fisioterapeuta Julia Garcia Souza, e ela já o orientou a realizar alguns movimentos de fortalecimento em casa. “Entrei na reabilitação, passei pela avaliação e a Julia já me indicou para fazer alguns exercícios em casa. Na segunda vez que vim, entrei com andador e, na terceira sessão, já entrei andando. A Julia tomou até um susto, então aqui reabilita mesmo”, conta.
O primeiro objetivo do tratamento de reabilitação do senhor Josafá era o fortalecimento global, a recuperação do equilíbrio e da marcha. Julia explica que ele já alcançou esses objetivos e que agora a reabilitação é para prepará-lo para que possa continuar com o tratamento oncológico. “A próxima etapa no tratamento de reabilitação do senhor Josafá é trabalhar mais essa performance cardiopulmonar com exercícios aeróbicos, o powerbreathe (exercitador respiratório), para ajudar no fortalecimento da musculatura respiratória e para dar condições para ele continuar com o tratamento oncológico”, ressalta Julia.
Reabilitação
Reabilitar a saúde física, mental, intelectual, auditiva e visual, promover qualidade de vida e autonomia são os principais objetivos das unidades de Reabilitação do Hospital de Amor. O sucesso do resultado da reabilitação é devido à utilização da tecnologia, mas principalmente à expertise, o amor e o carinho que os profissionais têm com os pacientes.
“Sem dúvida alguma, a existência de um corpo clínico nas áreas médica e multidisciplinar é o segredo de um atendimento de excelência e humanizado. Terá a possibilidade de agregar a esse time um aparato tecnológico de última geração, o que traz um incomensurável benefício terapêutico: rapidez, precisão, qualidade técnica e confiança na obtenção e interpretação dos dados evolutivos. Essa combinação poderosa resulta em um processo de reabilitação de sucesso. A inclusão social se torna completa na medida em que também oferecemos esporte adaptado e profissionalização às pessoas com deficiência”, declara Dr. Daniel Marconi.
“Quando eu iniciei a reabilitação, já comecei a fazer os testes de equilíbrio e de força, e comecei a me sentir melhor, tanto que hoje eu faço esteira e bicicleta, e me sinto muito bem. Aqui é um centro de reabilitação mesmo e ajuda muito nós, pacientes. Antes, eu não conseguia fazer nada; hoje, ando normal, fui pescar, ganhei mais peso, ganhei músculo. A reabilitação transformou a minha vida, me ajudou muito e tudo isso graças ao Hospital de Amor, onde me senti abraçado”, declara senhor Josafá.
Ele foi um dos 1.107 pacientes do Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Barretos (SP), que tiveram, em 2024, a oportunidade de transformar suas vidas por meio da reabilitação, seja após o tratamento oncológico ou por conta de outro tipo de comorbidade.
Se somar os atendimentos médicos como neuropediatra, oftalmologista, fisiatra, pediatra, entre outras especialidades com a equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutrição, entre outras), nas três unidades de Reabilitação do Hospital de Amor: em Araguaína (TO), Barretos (SP) e Porto Velho (RO), foram realizados 116.195 atendimentos em 2024.
Além dos atendimentos médicos e com a equipe multidisciplinar, foram confeccionados e dispensados 3.861 dispositivos (órteses e próteses), somando os números nas três unidades: 1.616 dispensados pela unidade de Araguaína (TO), 1.765 dispositivos dispensados pela unidade de Barretos (SP) e 480 dispensados pela unidade de Porto Velho (RO).
“Há uma década, o Hospital de Amor possui essas estruturas conjugadas: oncologia e reabilitação, e essa experiência foi tão exitosa que se traduziu em uma política pública na nova ‘Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer’, publicada em fevereiro de 2025 (https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-6.590-de-3-de-fevereiro-de-2025-611094415), o que significa que todas as instituições oncológicas ficam agora respaldadas por força de lei a contarem com o centro de reabilitação ou estarem conveniadas com algum já existente”, esclarece Dr. Daniel Marconi.
Em quase 63 anos de história, construídos com muito comprometimento, respeito, compaixão, solidariedade e, acima de tudo, amor, o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência) conta com o apoio de pessoas que vestem a camisa da instituição, abraçam a causa e realizam um trabalho árduo, de maneira gratuita e durante todo o ano, com um único objetivo: ajudar o HA a salvar vidas!
E foi assim, com o objetivo de suprir as necessidades dos pacientes em tratamento oncológico no HA, que nasceu (em 8 de março de 1997) a Associação Voluntária de Combate ao Câncer (AVCC), de Barretos (SP). Atualmente presidida por João Carlos da Silva, o ‘Johny’, a entidade (que já possui mais de 60 unidades espalhadas pelo país) está à procura de mais voluntários para dar continuidade a este importante trabalho. “É preciso coragem para se doar em tempos em que a maioria só pensa em receber. Nossos voluntários são nosso maior e mais importante patrimônio”, afirma Johny.
De acordo com a membro da AVCC Barretos, Marcela Dorval, as atividades voluntárias disponíveis são definidas conforme as demandas do próprio Hospital de Amor. “Existem diversas formas de servir: seja no apoio emocional aos pacientes, nas atividades recreativas, ou até mesmo no auxílio administrativo e organizacional. Mas, antes de qualquer coisa, o voluntário precisa ter amor ao próximo. Ele precisa estar ciente de que a nossa missão é levar carinho e atenção aos pacientes”, explica.
Além de atuar diretamente em prol das necessidades emocionais dos pacientes em tratamento no HA, a AVCC realiza ações e campanhas para arrecadar recursos, para conseguir atender todas as demandas físicas deles também. “A AVCC desenvolve campanhas, como a de tampinhas e lacres, por exemplo, faz bazares de roupas e calçados, entre outros”, conta Marcela.
Como se tornar voluntário na AVCC?
Para se tornar voluntário, a pessoa deve ir à sede da AVCC, em Barretos, preencher uma ficha de inscrição e passar por um teste psicológico. As regras e requisitos são:
• comparecer ao trabalho duas vezes por semana em período integral ou meio período;
• não ser paciente do HA;
• não ser acompanhante de paciente do HA.
“A AVCC precisa de voluntários! Caso você tenha o desejo de levar tempo, atenção, amor e carinho a quem precisa, venha conhecer a nossa sede e o nosso trabalho junto ao Hospital de Amor”, declara Marcela.
Como doar para a AVCC?
A AVCC também recebe doções e todas elas são muito bem-vindas! “Tampinhas, lacres, fraldas, leites, alimentos para cesta básica, produtos de higiene, roupas, calçados, qualquer tipo de material que possamos utilizar em nosso bazar e mechas de cabelo para confecção de perucas. Utilizamos tudo, exceto blister de remédio”, finalizou Marcela.
A AVCC está localizada na avenida Paulo de Matos Leandro, número 1357 – Bairro Dr. Paulo prata – Barretos (SP). Entre em contato pelos telefones: (17) 3324-4519 ou (17) 98842-2214, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.
Sobre a AVCC
A AVCC foi fundada em 8 de março de 1997 por um grupo de voluntárias da Associação Paulista Feminina de Combate ao Câncer de São Paulo, tendo como objetivo prestar serviços voluntários gratuitos à pacientes diagnosticados com câncer no Hospital, nos alojamentos e nas residências particulares.
A entidade não tem fins lucrativos, credo religioso ou cunho político-partidário. A única exigência é de que seus membros se doem gratuitamente. Esses voluntários atuam diretamente com o paciente, auxiliando no que for possível para manter a qualidade e o bem-estar dele.
População: 4.000 habitantes – Atendimentos: 254
O 14° Leilão Regional de Buritizal (SP), realizado no dia 8 de dezembro de 2024, foi um grande sucesso, coordenado por Maria Silvania Ribeiro e com o apoio de 150 voluntários. Buritizal, uma cidade com cerca de 4 mil habitantes, viu seu evento arrecadar impressionantes R$ 990.547,21, com a venda de 253 cabeças de gado. Entre os momentos mais marcantes, destaca-se uma bezerra, que foi arrematada por R$ 41 mil, e um touro, que chamou atenção ao ser arrematado não uma, mas três vezes durante o mesmo leilão, arrecadando R$ 125 mil no total. Esse fato inusitado foi um dos grandes destaques da noite e reforçou ainda mais o sucesso do evento.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 1.860 habitantes – Atendimentos: 357
O 15º Leilão “Direito de Viver” de Marinópolis (SP), realizado nos dias 01/09/2024, sob a coordenação de Olíndio Bernardes, contou com 58 cabeças de gados e prendas, arrecadando R$ 185.660,00.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 5.519 habitantes – Atendimentos: 367
O 22º Leilão “Direito de Viver” de Piacatu (SP), realizado nos dias 14/12/2024, sob a coordenação de Cleonice de Almeida dos Santos, contou com 100 cabeças de gados e prendas, arrecadando R$ 330.835,00.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
O Hospital de Amor recebeu da Damares Luiza de Freita neves, do município de Frutal (MG), uma entrega de produtos alimentícios.
A instituição foi presenteada com 360 kg de mandioca. Essa doação especial é de extrema importância para o HA.
Agradecemos a generosidade de todos os envolvidos e o carinho com o Hospital!
Neste 24 de março, dia em que o Hospital de Amor completa 63 anos de atuação na área oncológica, com atendimento 100% gratuito a pacientes vindos de todos os estados brasileiros, a instituição comemora também uma outra grande conquista, que foi apresentada para o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no último dia 20 de março, em Brasília.
O DRG (do inglês, Diagnosis Related Groups) é uma metodologia validada internacionalmente que avalia os hospitais sobre a ótica da eficiência e da qualidade. “O DRG Brasil classificou o Hospital de Amor entre os hospitais líderes com alta qualidade e alta eficiência, tendo 2,5 vezes menos óbitos do que o esperado e uma eficiência de 100,7% na internação, o que significa melhor resultado com zero desperdício”, explica o cientista de dados da instituição, André Pinto.
Além disso, o DRG classificou o HA como o segundo hospital com casos mais complexos no Brasil, comparado com 598 hospitais com mais de 100 leitos (44% das instituições de grande porte). Apesar desse alto nível de complexidade, o HA se destaca como um dos líderes em eficiência e qualidade, reforçando seu compromisso com a excelência no cuidado aos pacientes. “Essa informação nos enche de orgulho e queremos dividir com todos vocês, para que possamos apresentar para a sociedade o que a ciência nos mostra por meio de dados, comparados com a medicina pública e privada. Esta qualidade é medida pelos valores da medicina internacional de primeiro mundo”, afirma o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata.
Referência em tratamento, prevenção, ensino e pesquisa em câncer, o Hospital de Amor realizou em 2024 um total de 2.033.894 atendimentos (entre consultas, procedimentos e exames) em todas as suas unidades espalhadas pelo Brasil. Nesse período, foram atendidas 598.229 pessoas, oriundas de 2.540 municípios brasileiros. Isso quer dizer que, no ano passado, o HA cuidou de alguém vindo de 45.6% das cidades do país, de forma 100% gratuita.
Neste mês em que celebramos o “Dia Internacional da Mulher” (8 de março) e o “Março Lilás” – campanha de conscientização sobre a prevenção do câncer do colo do útero – o Hospital de Amor tem a honra de homenagear todas as ‘suas mulheres’, que cuidam, acolhem, amparam, ensinam e, acima de tudo, amam! Que tratam – com todo respeito e carinho do mundo – milhares de pacientes. Que fazem o Hospital, ser de Amor!
E por falar em mulher que faz a diferença, o HA não pode deixar de homenagear uma de suas preferidas, motivo de muito orgulho para todos, especialmente para os colaboradores e pacientes da instituição: Dra. Scylla Duarte Prata – a médica ginecologista que sempre esteve à frente do seu tempo. Ela não só criou uma das maiores obras de amor ao próximo da América Latina, o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência, com o maior serviço de prevenção de câncer do país e uma estrutura completa focada em ensino e pesquisa), como também foi pioneira na prevenção do câncer ginecológico.
Scylla especializou-se em ginecologia por influência de sua principal referência na medicina, o professor Domingos Delascio. Ele era professor universitário, ginecologista conceituado, autor de obras científicas e referência na tradicional Maternidade Matarazzo, Santa Casa de São Paulo e outras instituições da capital, sendo pioneiro em diversas frentes da saúde da mulher.
Enquanto aluna da USP, Delascio foi seu professor e depois de formada se tornou “médica estagiária” da equipe dele. Era considerada uma residente brilhante, muito dedicada e por isso manteve com seu mestre uma relação de amizade, respeito, reciprocidade e gratidão por toda a vida.
Em São Paulo, Scylla atuou como médica do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários de Santos. Trabalhou na Clínica Ginecológica da Faculdade de Medicina, e fez cursos como de aperfeiçoamento de clínica ginecológica, propedêutica obstétrica, patologia obstétrica, pós-graduação de tumores malignos do aparelho genital e participou de congressos.
Para além da obstetrícia e já tendo contato com os estudos do câncer ginecológico, como assistente do Dr. Domingos Delascio, ela aplicava em suas pacientes exames preventivos de lesões cancerígenas, como a colposcopia, a diatermocoagulação e o Papanicolaou. Junto ao professor, ela fazia estudos científicos sobre o câncer uterino e especialmente o câncer de endométrio, sendo pioneira na difusão do exame no interior de São Paulo.
Scylla se especializou ainda mais no câncer ginecológico e, em 1994, com a contribuição de seu marido – que dizia que “a prevenção é o melhor remédio”, ela foi uma professora para a enfermeira Creuza Saure, responsável por colher exames de Papanicolaou em 92% da população barretense com uma bicicleta e uma mesa ginecológica. Juntas, elas agiram por décadas, por idealismo e confiança no projeto do hospital.
Graças à expertise da médica, o HA salva, ainda hoje, milhares de vidas! São quase 63 anos de história e mais de 30 deles realizando um trabalho incrível de rastreamento e busca ativa, que leva saúde de qualidade e exames preventivos de câncer, gratuitamente, à população das localidades mais distantes e necessitadas. Atualmente, a instituição possui 27 unidades fixas de prevenção e mais de 50 unidades móveis que rodam o Brasil, na tentativa de reduzir as desigualdades de acesso à saúde e oferecer tratamentos mais efetivos.
Esse tipo câncer é considerado o que apresenta condições mais promissoras para prevenção e controle, com possibilidades, inclusive, de eliminação. Fazem parte do arsenal de enfrentamento, a vacinação contra o vírus HPV (Papilomavírus Humano), cuja infecção persistente é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença. Além disso, outra estratégia, é a detecção precoce de lesões do colo uterino, classificadas como precursoras do câncer e que podem ser tratadas com procedimento simples e alcançar altas taxas de cura.
“Hoje nós temos instrumentos e possibilidades, tanto relacionados à prevenção primária, quanto à prevenção secundária. Eu estou dizendo sobre vacina contra o vírus HPV, que é o vírus que iminentemente causa o câncer do colo uterino entre as mulheres. E em segundo, a prevenção primária, que são os testes que fazem o diagnóstico e o rastreamento, sendo o mais conhecido, o exame de Papanicolaou”, destaca o coordenador médico do programa de prevenção de câncer ginecológico do Hospital de Amor, Dr. Júlio Possati.
• Pacientes portadores de Papilomatose Respiratória Recorrente/PRR a partir de 2 anos de idade.
De acordo com o Ministério da Saúde, o exame preventivo contra o HPV, o Papanicolau, é um exame ginecológico preventivo mais comum para identificar de lesões precursoras do câncer do colo do útero. Ele ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar a presença do vírus, no entanto, é considerado o melhor método para detectar câncer do colo do útero e suas lesões precursoras. Quando essas alterações, que antecedem o câncer, são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos, por isso é muito importante que as mulheres façam o exame regularmente.
Outra medida importante na prevenção do HPV, são os preservativos internos ou externos. Informações do Ministério de Saúde mostram que, “embora seja eficaz na redução do risco de infecções sexualmente transmissíveis (IST), seu uso não elimina completamente a possibilidade de transmissão do HPV. Isso ocorre porque as lesões podem estar presentes em áreas não cobertas pela camisinha, como a vulva, região pubiana, perineal e bolsa escrotal”. Apesar disso, o uso é extremamente importante parra prevenir possíveis doenças.
Em relação à distribuição geográfica, ele é o segundo mais incidente nas Regiões Norte (20,48 por 100 mil) e Nordeste (17,59 por 100 mil). Na Região Centro-oeste (16,66 por 100 mil) ocupa a terceira posição; na Região Sul (14,55 por 100 mil), a quarta; e na Região Sudeste (12,93 por 100 mil), a quinta posição.
O caso de sucesso
Ela explica que conheceu o HA quando foi convidada, junto a outras influenciadoras locais, para o lançamento de uma campanha de prevenção em Porto Velho, em 2019. “Fomos para este evento, que foi no Hospital de Amor, no qual a equipe do hospital apresentou dados alarmantes das mulheres da região Norte. Eu lembro que foi bem legal, saiu na mídia, nos jornais, etc. Durante o evento, foi feito uma dinâmica incentivando a gente a levar o maior número de mulheres para fazerem o exame de mamografia, quem levasse mais mulheres se tornaria uma das embaixadoras da unidade. Em seguida, veio a pandemia”, explicou.
População: 8.903 habitantes – Atendimentos: 3.129
O 19º Leilão e Quermesse “Direito de Viver” de Palmeira d’Oeste (SP), realizado nos dias 09/03/2025, sob a coordenação Sergio Ochi, contou com cabeças de gados e prendas, arrecadando R$ 252.913,00.
Curiosidade: Atração dos irmãos Pouver.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 24.241 habitantes – Atendimentos: 1.395
O 15° festa show de prêmios e leilão “Direito de Viver” de Valparaiso (SP), realizado nos dias 08/09/2024, sob a coordenação Mary Sonia Akemi Eto Zacarin, contou com 30 cabeças de gados e prendas, arrecadando R$ 159,315.00.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
“Minha filha falou para os médicos: ‘Meu pai vai viver’.” Esse texto é sobre uma história de fé e superação do senhor Josafá de Oliveira Lima, 47 anos, natural de Conceição da Feira (Bahia).
Senhor Josafá deu entrada no Hospital de Amor, em Barretos (SP), em setembro de 2024, quando, ainda em sua cidade natal, descobriu nódulos no fígado e no intestino. Após se sentir mal, ele realizou alguns exames e foi constatado ‘Helicobacter pylori’, mais conhecida como ‘H. pylori’ – uma bactéria que pode causar gastrite, úlceras e câncer de estômago.
“Comecei a sentir umas dores e fiz um exame de ‘H. pylori’, que deu positivo para a bactéria e foi feita a biópsia, que não deu nada. Mas, ‘H. pylori’ não deixa você fraco. Comecei a sentir umas dores e fraquezas. Fiz alguns exames de rotina e ninguém descobria nada, a hemoglobina estava baixíssima. Fiz outros exames e na ressonância magnética foram constatados uns nódulos no fígado e intestino”, explica Josafá.
Encaminhado para o Hospital de Amor, Barretos (SP), em setembro de 2024, senhor Josafá foi internado para realizar exames e uma possível cirurgia para a retirada dos tumores. Porém, quando realizou o exame de colonoscopia, os médicos identificaram que o tumor estava maior do que o esperado e mudaram a conduta do tratamento.
Foi indicado para o senhor Josafá fazer seis sessões de quimioterapia para diminuir o tumor, mas após a terceira sessão, ele teve uma intercorrência e precisou ser operado. “Na terceira quimioterapia que eu tomei, em novembro de 2024, o tumor estourou dentro do meu intestino. Deu choque séptico anafilático agudo. Já fui entubado, entrei em coma induzido e passei por cinco cirurgias, coloquei dreno, precisei de traqueostomia. Minha situação era muito complicada, os médicos chamaram minha filha e falaram: ‘Nós não temos como resgatá-lo, o caso dele é grave e não temos como fazer mais nada, está nas mãos de Deus’, conta.
Senhor Josafá ficou 38 dias internado, sendo 25 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), desses 25, 15 dias em coma induzido e 13 dias na internação. “Minha filha falou para os médicos: ‘O meu pai vai viver’. Minha filha foi buscar a palavra na igreja e Deus falou com ela: ‘Estou entrando lá agora na UTI e dando vida para quem você ama.’ Foi Deus falando lá e eu vivendo aqui”, declara senhor Josafá.
Recuperação
Buscando sempre o atendimento integral em saúde, o Hospital de Amor, além de promover saúde por meio de atendimento médico hospitalar qualificado em oncologia, de forma humanizada, em âmbito nacional para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A instituição se dedica para integrar seus atendimentos, principalmente, com a reabilitação de seus pacientes oncológicos e de pacientes não oncológicos.
“O fato de o hospital oncológico contar com um centro especializado em Reabilitação traz celeridade ao processo de recuperação do paciente, além da possibilidade de diagnóstico e intervenção precoce nas sequelas oriundas do câncer ou do seu tratamento. O suporte psicológico, nutricional e, de um modo geral, multidisciplinar, traz conforto ao paciente e propicia uma recuperação rápida e completa. A possibilidade de intervenção precoce (as chamadas fases de pré-habilitação e habilitação) também proporciona um ganho imensurável no tratamento e na gravidade das sequelas”, comenta o coordenador das unidades de Reabilitação do Hospital de Amor, Dr. Daniel Marconi.
Por conta da doença, dos cinco procedimentos cirúrgicos e do tempo de internação, senhor Josafá teve a FAUTI – fraqueza muscular adquirida na UTI, como explica a fisioterapeuta do HA, Julia Garcia Souza. “Senhor Josafá teve a FAUTI, a fraqueza muscular adquirida na UTI, por conta do imobilismo. Ele passou 25 dias na UTI, não se movia, e com isso, perdeu massa muscular, o que ocasiona a perda da força e do peso”, explica a fisioterapeuta.
“Até então, na minha cabeça eu tinha passado por algo simples. Eu estava dormindo, depois fui entender o que tinha acontecido. Eu saí da UTI na cadeira de rodas, eu não me levantava, eu não conseguia ajoelhar para orar”, explica senhor Josafá.
Encaminhado para o Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Barretos (SP), ele passou pela primeira consulta com a fisioterapeuta Julia Garcia Souza, e ela já o orientou a realizar alguns movimentos de fortalecimento em casa. “Entrei na reabilitação, passei pela avaliação e a Julia já me indicou para fazer alguns exercícios em casa. Na segunda vez que vim, entrei com andador e, na terceira sessão, já entrei andando. A Julia tomou até um susto, então aqui reabilita mesmo”, conta.
O primeiro objetivo do tratamento de reabilitação do senhor Josafá era o fortalecimento global, a recuperação do equilíbrio e da marcha. Julia explica que ele já alcançou esses objetivos e que agora a reabilitação é para prepará-lo para que possa continuar com o tratamento oncológico. “A próxima etapa no tratamento de reabilitação do senhor Josafá é trabalhar mais essa performance cardiopulmonar com exercícios aeróbicos, o powerbreathe (exercitador respiratório), para ajudar no fortalecimento da musculatura respiratória e para dar condições para ele continuar com o tratamento oncológico”, ressalta Julia.
Reabilitação
Reabilitar a saúde física, mental, intelectual, auditiva e visual, promover qualidade de vida e autonomia são os principais objetivos das unidades de Reabilitação do Hospital de Amor. O sucesso do resultado da reabilitação é devido à utilização da tecnologia, mas principalmente à expertise, o amor e o carinho que os profissionais têm com os pacientes.
“Sem dúvida alguma, a existência de um corpo clínico nas áreas médica e multidisciplinar é o segredo de um atendimento de excelência e humanizado. Terá a possibilidade de agregar a esse time um aparato tecnológico de última geração, o que traz um incomensurável benefício terapêutico: rapidez, precisão, qualidade técnica e confiança na obtenção e interpretação dos dados evolutivos. Essa combinação poderosa resulta em um processo de reabilitação de sucesso. A inclusão social se torna completa na medida em que também oferecemos esporte adaptado e profissionalização às pessoas com deficiência”, declara Dr. Daniel Marconi.
“Quando eu iniciei a reabilitação, já comecei a fazer os testes de equilíbrio e de força, e comecei a me sentir melhor, tanto que hoje eu faço esteira e bicicleta, e me sinto muito bem. Aqui é um centro de reabilitação mesmo e ajuda muito nós, pacientes. Antes, eu não conseguia fazer nada; hoje, ando normal, fui pescar, ganhei mais peso, ganhei músculo. A reabilitação transformou a minha vida, me ajudou muito e tudo isso graças ao Hospital de Amor, onde me senti abraçado”, declara senhor Josafá.
Ele foi um dos 1.107 pacientes do Centro Especializado em Reabilitação do HA, em Barretos (SP), que tiveram, em 2024, a oportunidade de transformar suas vidas por meio da reabilitação, seja após o tratamento oncológico ou por conta de outro tipo de comorbidade.
Se somar os atendimentos médicos como neuropediatra, oftalmologista, fisiatra, pediatra, entre outras especialidades com a equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutrição, entre outras), nas três unidades de Reabilitação do Hospital de Amor: em Araguaína (TO), Barretos (SP) e Porto Velho (RO), foram realizados 116.195 atendimentos em 2024.
Além dos atendimentos médicos e com a equipe multidisciplinar, foram confeccionados e dispensados 3.861 dispositivos (órteses e próteses), somando os números nas três unidades: 1.616 dispensados pela unidade de Araguaína (TO), 1.765 dispositivos dispensados pela unidade de Barretos (SP) e 480 dispensados pela unidade de Porto Velho (RO).
“Há uma década, o Hospital de Amor possui essas estruturas conjugadas: oncologia e reabilitação, e essa experiência foi tão exitosa que se traduziu em uma política pública na nova ‘Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer’, publicada em fevereiro de 2025 (https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-6.590-de-3-de-fevereiro-de-2025-611094415), o que significa que todas as instituições oncológicas ficam agora respaldadas por força de lei a contarem com o centro de reabilitação ou estarem conveniadas com algum já existente”, esclarece Dr. Daniel Marconi.
Em quase 63 anos de história, construídos com muito comprometimento, respeito, compaixão, solidariedade e, acima de tudo, amor, o Hospital de Amor (referência em tratamento oncológico gratuito de excelência) conta com o apoio de pessoas que vestem a camisa da instituição, abraçam a causa e realizam um trabalho árduo, de maneira gratuita e durante todo o ano, com um único objetivo: ajudar o HA a salvar vidas!
E foi assim, com o objetivo de suprir as necessidades dos pacientes em tratamento oncológico no HA, que nasceu (em 8 de março de 1997) a Associação Voluntária de Combate ao Câncer (AVCC), de Barretos (SP). Atualmente presidida por João Carlos da Silva, o ‘Johny’, a entidade (que já possui mais de 60 unidades espalhadas pelo país) está à procura de mais voluntários para dar continuidade a este importante trabalho. “É preciso coragem para se doar em tempos em que a maioria só pensa em receber. Nossos voluntários são nosso maior e mais importante patrimônio”, afirma Johny.
De acordo com a membro da AVCC Barretos, Marcela Dorval, as atividades voluntárias disponíveis são definidas conforme as demandas do próprio Hospital de Amor. “Existem diversas formas de servir: seja no apoio emocional aos pacientes, nas atividades recreativas, ou até mesmo no auxílio administrativo e organizacional. Mas, antes de qualquer coisa, o voluntário precisa ter amor ao próximo. Ele precisa estar ciente de que a nossa missão é levar carinho e atenção aos pacientes”, explica.
Além de atuar diretamente em prol das necessidades emocionais dos pacientes em tratamento no HA, a AVCC realiza ações e campanhas para arrecadar recursos, para conseguir atender todas as demandas físicas deles também. “A AVCC desenvolve campanhas, como a de tampinhas e lacres, por exemplo, faz bazares de roupas e calçados, entre outros”, conta Marcela.
Como se tornar voluntário na AVCC?
Para se tornar voluntário, a pessoa deve ir à sede da AVCC, em Barretos, preencher uma ficha de inscrição e passar por um teste psicológico. As regras e requisitos são:
• comparecer ao trabalho duas vezes por semana em período integral ou meio período;
• não ser paciente do HA;
• não ser acompanhante de paciente do HA.
“A AVCC precisa de voluntários! Caso você tenha o desejo de levar tempo, atenção, amor e carinho a quem precisa, venha conhecer a nossa sede e o nosso trabalho junto ao Hospital de Amor”, declara Marcela.
Como doar para a AVCC?
A AVCC também recebe doções e todas elas são muito bem-vindas! “Tampinhas, lacres, fraldas, leites, alimentos para cesta básica, produtos de higiene, roupas, calçados, qualquer tipo de material que possamos utilizar em nosso bazar e mechas de cabelo para confecção de perucas. Utilizamos tudo, exceto blister de remédio”, finalizou Marcela.
A AVCC está localizada na avenida Paulo de Matos Leandro, número 1357 – Bairro Dr. Paulo prata – Barretos (SP). Entre em contato pelos telefones: (17) 3324-4519 ou (17) 98842-2214, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.
Sobre a AVCC
A AVCC foi fundada em 8 de março de 1997 por um grupo de voluntárias da Associação Paulista Feminina de Combate ao Câncer de São Paulo, tendo como objetivo prestar serviços voluntários gratuitos à pacientes diagnosticados com câncer no Hospital, nos alojamentos e nas residências particulares.
A entidade não tem fins lucrativos, credo religioso ou cunho político-partidário. A única exigência é de que seus membros se doem gratuitamente. Esses voluntários atuam diretamente com o paciente, auxiliando no que for possível para manter a qualidade e o bem-estar dele.
População: 4.000 habitantes – Atendimentos: 254
O 14° Leilão Regional de Buritizal (SP), realizado no dia 8 de dezembro de 2024, foi um grande sucesso, coordenado por Maria Silvania Ribeiro e com o apoio de 150 voluntários. Buritizal, uma cidade com cerca de 4 mil habitantes, viu seu evento arrecadar impressionantes R$ 990.547,21, com a venda de 253 cabeças de gado. Entre os momentos mais marcantes, destaca-se uma bezerra, que foi arrematada por R$ 41 mil, e um touro, que chamou atenção ao ser arrematado não uma, mas três vezes durante o mesmo leilão, arrecadando R$ 125 mil no total. Esse fato inusitado foi um dos grandes destaques da noite e reforçou ainda mais o sucesso do evento.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 1.860 habitantes – Atendimentos: 357
O 15º Leilão “Direito de Viver” de Marinópolis (SP), realizado nos dias 01/09/2024, sob a coordenação de Olíndio Bernardes, contou com 58 cabeças de gados e prendas, arrecadando R$ 185.660,00.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
População: 5.519 habitantes – Atendimentos: 367
O 22º Leilão “Direito de Viver” de Piacatu (SP), realizado nos dias 14/12/2024, sob a coordenação de Cleonice de Almeida dos Santos, contou com 100 cabeças de gados e prendas, arrecadando R$ 330.835,00.
O Hospital de Amor agradece todos os organizadores, apoiadores, voluntários e população da cidade e região. Muito obrigado!
O Hospital de Amor recebeu da Damares Luiza de Freita neves, do município de Frutal (MG), uma entrega de produtos alimentícios.
A instituição foi presenteada com 360 kg de mandioca. Essa doação especial é de extrema importância para o HA.
Agradecemos a generosidade de todos os envolvidos e o carinho com o Hospital!