Dez anos após sua primeira experiência pelo Caminho de Santigo de Compostela, que resultou também em sua primeira jornada como escritor, com o livro ‘Acima de Tudo o Amor’, o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, retornou ao caminho sagrado na certeza de que teria o momento de introspecção e concentração necessário para dar vida ao seu novo livro: “O Parque dos Lobos – A medicina privada do dinheiro limitando a prática da saúde pública”, que denuncia, esclarece e convoca toda a sociedade para o enfrentamento dos entraves que dificultam a existência de uma saúde pública de qualidade no Brasil.
Mas afinal, quem são as pessoas que mandam na saúde do país? Para Prata, muitas dessas pessoas são verdadeiros lobos em pele de cordeiro! Sem medo de citar fatos e nomes, o presidente do HA, em seu novo livro, mostra os valores invertidos que encontrou durante mais de três décadas de gestão na área oncológica no SUS, além de expor a realidade de um sistema que parece se fechar, especialmente quando pessoas mais necessitadas precisam dele, explorando os vulneráveis para poder lucrar mais.
“Em meu primeiro livro, ‘Acima de Tudo o Amor’, abordo a fé e a solidariedade como fatores essenciais na construção do maior polo de referência nacional na luta contra o câncer. No livro, ‘A Providência’, falei sobre os milagres que levam a filosofia do Hospital de Amor para todo o país. Agora, com base em minha experiência de gestor de saúde, trago relatos que mostram as enormes dificuldades encontradas ao longo dos anos. Elas são reflexo das falhas que limitam a saúde pública no Brasil, e eu aponto suas origens para conscientizar a sociedade”, declara o autor.
De acordo com Prata, a obra traz relatos crus desta sua inspiradora trajetória repleta de inconformismo, frente a maior rede de atendimento oncológico 100% gratuito da América Latina. “Quero colocar luz sob os valores invertidos que percebo tanto na política, quanto na medicina, para que todos possam compreender como este país tem sido desonesto com muitos dos seus cidadãos”, finaliza.
Lançamento
O lançamento oficial do “O Parque dos Lobos” aconteceu no último dia 29 de junho, no IRCAD América Latina, em Barretos (SP). O evento contou com a presença de familiares e amigos de Henrique Prata, colaboradores do Hospital de Amor, autoridades locais e representantes, veículos de comunicação, além de membros da sociedade.
Ao adquirir a obra você também contribui com o HA, pois toda renda obtida com a venda do livro será destinada à instituição. Acesse: ha.com.vc/oparquedoslobos e garanta o seu!
Sobre o Hospital de Amor
Excelência em oncologia, o Hospital de Amor, maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, fechou o ano de 2022 com 1.673.441 atendimentos realizados a 540.730 pacientes vindos de 2.531 municípios – isso quer dizer que, no ano passado, o HA cuidou de alguém vindo de 45.4% das cidades do país. O HA possui diferenciais de destaque, sobretudo dentro do contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, como uma filial do maior centro de treinamento de cirurgia minimamente invasiva do mundo – o IRCAD; um dos maiores serviços de prevenção em câncer do Brasil, com o maior número de unidades móveis para rastreamento e detecção precoce do mundo; e um Instituto de Ensino e Pesquisa focado em oncologia, incluindo um Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, que proporciona não apenas a possibilidade de grandes avanços em pesquisa científica na área e a formação de profissionais extremamente qualificados, mas também um tratamento mais personalizado e assertivo aos pacientes da instituição. Fruto de toda essa estrutura, desde 2018, a instituição se destaca como o primeiro hospital da América Latina no ranking da SCImago Institutions Rankings (SIR), um levantamento de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
O Hospital de Amor, maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, com o apoio da Fundação BB, dá mais um passo em direção ao atendimento integral em saúde ao criar o Diretório de Reabilitação Moderna (DREAM), em Barretos (SP). Para celebrar essa parceria, o presidente do HA, Henrique Prata, recebeu na manhã do dia 01 de junho, o diretor executivo da Fundação BB, Rogério Bressan Biruel, além de outros membros da entidade para mostrar as obras do complexo de cerca de 7.500 m² de área construída, com previsão de ser inaugurado em 2024. “O que o BB está fazendo ainda é muito pouco perto de tudo que o HA faz em prol das pessoas e da saúde pública desse país. Poder contribuir com um trabalho tão importante e grandioso como este, é muito gratificante! Estamos felizes!”, afirmou Biruel.
Durante a cerimônia, os convidados se emocionaram com a apresentação do Coral “Papo Furado” – composto por pacientes laringectomizados da instituição, ou seja, que tiveram a retirada total da laringe por causa do câncer, e ouviram os agradecimentos especiais do presidente do HA. “Hoje é um dia muito especial e marcante para o Hospital de Amor. Hoje, nós pudemos comprovar que o DNA do BB é o mesmo do HA, completamente pautado pelo amor. Deus escolhe as pessoas certas para fazer o bem e o que é certo e, a partir de hoje, somos uma única família!”, declarou Prata.
De acordo com o diretor de Reabilitação do HA, Dr. Daniel Marconi, o DREAM, que visa promover a inclusão social, reabilitação física e funcional de pessoas com deficiência, seja ela intelectual, visual, auditiva ou física, engloba a construção e aparelhamento de um grande e moderno centro focado, voltado a atender pessoas com todos os tipos de deficiência, ultrapassando, inclusive, o cuidado com o paciente oncológico. O projeto inclui a estruturação de uma ampla área com ginásio polidesportivo, casa adaptada para terapia com atividades diárias, centro hípico para ecoterapia, esportes adaptados para pessoas com deficiência e profissionalização, tudo isso com o suporte de equipamento de alta tecnologia. “Esse projeto possui muitos diferenciais e veio para complementar um tratamento de altíssima qualidade e totalmente humanizado que sempre foi oferecido pela instituição, entre eles também haverá uma parte de internação, onde poderá ser realizada a reabilitação intensiva em tempo integral, encurtando o tempo de tratamento e melhorando os resultados clínicos dessa reabilitação”, destacou.
Estima-se que 200 profissionais devam integrar, inicialmente, o projeto, a fim de atender cerca de 1 mil pacientes por mês. Além dos próprios pacientes oncológicos atendidos pelo HA, que podem ter algum tipo de sequela oriunda do tratamento como exemplo amputações, perda auditiva ou visual e dificuldade de locomoção, pessoas com deficiência de qualquer origem, seja crônica, adquirida ou transitória, estão previstas no escopo de assistência do DREAM. “Olhando todos os elos da cadeia para inclusão social eu acredito que seja realmente um grande marco para reabilitação do Brasil e um motivo de grande comemoração de pessoas com deficiência de todo nosso país”, afirmou Marconi.
Reabilitação: inclusão social e qualidade de vida
Para reafirmar a importância da reabilitação no tratamento oncológico (e não oncológico também) e na qualidade de vida dos pacientes do HA, o simpático Ian Barbosa – que teve uma de suas pernas amputadas durante o tratamento da doença, passou por todos os processos de reabilitação e hoje, já protetizado, está se preparando para compor o time de paratletas de Triathlon olímpicos do país, encerrou a celebração com um depoimento emocionante. “O que acontece na reabilitação do Hospital de Amor, todos os dias, são milagres! Quando eu amputei a minha perna, meu único desejo era voltar a andar. Eu não só consegui, como pude melhorar tudo em minha vida. As pessoas que ajudam essa instituição, como a Fundação BB está fazendo, nem imaginam, mas estão realizando sonhos. Eu sou a prova! Graças a vocês a gente pode voltar a viver. Muito obrigada!”, finalizou.
Visita especial
A celebração dessa parceria de sucesso contou ainda com uma participação muito especial! Durante uma visita a cidade de Barretos (SP) e ao Hospital de Amor, o atacante da Seleção Brasileira, Richarlison, visitou as obras do DREAM, conheceu a estrutura de alguns departamentos do HA e ofereceu muito carinho aos pacientes e colaboradores da instituição. “Fico muito feliz de estar aqui visitando esse Hospital tão importante! É um momento único na minha vida e poder dar um abraço em cada um enche meu coração de gratidão!”.
A história do Hospital de Amor foi construída e é feita, diariamente, por quem faz do cuidar sua principal missão! É o caso dos mais de 2 mil profissionais de enfermagem que estão distribuídos em todas as unidades da instituição.
Por isso, neste ano, para celebrar o ‘Dia Internacional da Enfermagem’, comemorado no dia 12 de maio, o HA convidou cinco colaboradores para contar as suas experiências de vida e resumir, em um breve relato, a importância da enfermagem e o amor que eles sentem pela profissão. Leia e se emocione:
Luciana Rodrigues dos Reis, 50 anos, enfermeira.
“É uma dádiva, Deus ter me escolhido para cuidar das pessoas”.
“Escolhi a enfermagem devido a um fato que aconteceu comigo na adolescência. Quando tinha 18 anos, minha vizinha foi até minha casa pedir ajuda porque o pai dela estava se sentindo muito mal. Ao chegar lá, vi que ele estava ao chão e não responsivo. Então, chamamos ajuda e ao chegar na Santa Casa de Misericórdia de Barretos (SP), ele havia infartado e ido a óbito. Após este episódio, eu disse para minha mãe, Maria Mercedes, que iria estudar enfermagem para ajudar as pessoas.
Com o passar do tempo, conheci o Marcelo, meu esposo, e por meio dele conheci a minha sogra, dona Conceição dos Reis, que atuava na Santa Casa, na área de enfermagem. Ela nos direcionou e começamos a cursar enfermagem. Em 1997, entrei no ambulatório do Hospital de Amor, no departamento de enfermagem.
Um dia, quando estava na recepção ajudando nos agendamentos, veio uma mulher até mim e eu conversei com ela. Ela me entregou um presente e disse: “trouxe este presente para te acompanhar em sua trajetória, vejo você em seu atendimento e me emociono de ver o quanto é prestativa e educada, vejo amor em você”. Agradeci ela e ao abrir o presente, voltei meus olhos para agradecer novamente e ela não estava mais lá. Procurei por ela na recepção toda e não a encontrei. Lembro de ter comentado com as minhas colegas de trabalho que foi Deus quem enviou ela para mim.
O presente era uma imagem da Nossa Senhora das Graças e, desde então, sou devota dela, carrego a sua imagem comigo e em minhas orações peço proteção.
Eu trabalho há 28 anos na área e para mim, trabalhar com a enfermagem é ter um aprendizado todos os dias, então, procuro dar o melhor de mim. É uma dádiva Deus ter me escolhido para cuidar das pessoas.”
Marcela de Oliveira Santos, 40 anos, enfermeira.
“Os pacientes me ensinaram o quanto a vida é curta e que cada segundo deve ser vivido, sem deixar para depois um eu te amo ou um adeus”.
“Meu sonho era cursar medicina até conhecer a enfermagem. Eu encontrei minha verdadeira vocação quando comecei a trabalhar como auxiliar de enfermagem, em 2003, na UTI adulta do Hospital de Amor. Neste momento, eu descobri o amor e conheci pessoas que me ajudaram a ser quem sou hoje.
Quando conclui a faculdade de enfermagem, em 2008, continuei na UTI, onde me realizei como profissional até ser convidada a trabalhar com a equipe cirúrgica do digestivo alto.
O período na UTI marcou muito minha vida, porque eu aprendi a deixar de lado os problemas pequenos e entendi que cada minuto com quem amamos vale muito mais. Os pacientes me ensinaram o quanto a vida é curta e que cada segundo deve ser vivido, sem deixar para depois um “eu te amo” ou um “adeus”.
Após alguns anos, eu fui para ‘Atenção Primária’ e aprendi muito sobre um mundo ainda desconhecido. Eu vi pessoas machucadas, observei que a fome muitas vezes é maior que a dor de uma doença e percebi que com amor podemos mudar um pouco este mundo.
No HA, eu encontrei profissionais que trabalham com amor e dedicação, que fazem todo o sofrimento se tornar uma esperança de um final feliz. Em cada lugar que passei, eu aprendi o valor de cada sorriso e de cada olhar.
Além disso, durante a minha jornada no Hospital de Amor, a minha vida pessoal também foi transformada. Em 2010, o amor se tornou palpável para mim, eu tive a minha primeira filha, a Maria Luísa. Desde então, nasceu a ‘Marcela mãe’. Mas a felicidade não parou por aí, o Miguel veio depois de um tempo e completou a nossa família.
Hoje, me sinto parte desta instituição como se fosse minha família. Aqui, temos pessoas que nos apoiam e investem em sonhos e ações, para que assim, consigamos ajudar o próximo”.
Marilene Oliveira Simeão, 48 anos, enfermeira.
“Todos os dias nós tocamos em uma vida e todos os dias, nossas vidas são tocadas por um paciente”.
“Eu escolhi a enfermagem porque desde criança eu sonhava em poder fazer algo pelo próximo. Queria, de alguma forma, mudar a vida de alguém, aliviar a dor, diminuir o sofrimento, mas, principalmente, cuidar com amor e dignidade porque quando a nossa saúde está ameaçada, é quando nos sentimos mais frágeis e amedrontados.
Para realizar este sonho, a caminhada foi longa. Eu vim de uma família negra e de baixa renda. A minha mãe era analfabeta e o meu pai tinha pouco estudo, mas, é uma família cheia de amor. Eu fui a primeira a ter a oportunidade de frequentar uma faculdade, mas antes de iniciar o curso, eu fui auxiliar de enfermagem, depois me tornei técnica e só aos 35 anos consegui concluir a minha graduação.
Eu tive vários momentos marcantes em minha carreira, mas teve um episódio que é especial, talvez por ter sido no início da carreia: Eu estava de plantão e o Pedro (9) estava em tratamento oncológico, internado no Hospital Base, com cuidados paliativos. Sua mãe e ele me abraçaram e me agradeceram por eu estar ao lado deles nesta caminhada e aquele abraço me fortaleceu.
Eu acredito que são os pacientes que salvam as nossas vidas diariamente, porque eles nos proporcionam a oportunidade de sermos melhores, de evoluirmos e de crescermos espiritualmente. Todos os dias nós tocamos em uma vida e todos os dias, nossas vidas são tocadas por um paciente.
Esta é uma profissão em que todos os dias alguém reza por você, além de ser uma dádiva de Deus.”
Franciele de Nogueira Gomes, 33 anos, enfermeira.
“Eu sempre tento tratar o paciente como se ele fosse alguém da minha família”.
“Desde criança eu sabia que eu queria fazer enfermagem, nunca pensei em outra opção. Quando pequena, eu convivia muito com os meus avós e eles já tinham mais de 70 anos e eu ia muito com o meu pai levá-los ao médico.
Eu lembro que aconteceu um episódio quando eu era bem novinha: Meu avô estava internado, meu pai foi visitar ele e eu fiquei com a minha avó sentada lá fora. Eu perguntei para ela o que era aquela placa que estava na nossa frente, ela disse que era da faculdade e eu disse: “Vô, um dia eu vou estudar aí!”, e acabou que eu realmente passei no curso de enfermagem da FAMERP, em São José do Rio Preto (SP), e me formei lá.
Eu sempre tento tratar o paciente como se ele fosse alguém da minha família. Eu passei por uma experiência recente de perder o meu pai em um hospital em São José de Rio Preto (SP) e eu percebi como o atendimento é diferente e como o que a gente faz aqui, no Hospital de Amor, muda muito, tanto para o paciente quanto para o acompanhante. Então, eu sempre tento ser o mais clara possível e sempre tento trazer, tanto o paciente quanto o acompanhante, para perto de mim.
Logo que eu entrei aqui, tinha uma paciente que tinha mais ou menos a minha idade. Ela tinha uma irmã que tinha a idade da minha e nós conversávamos muito, ela até me apresentou a família. Infelizmente, ela foi a óbito e quando a gente acompanha as progressões e o quanto a família sofre, a gente acaba sofrendo junto.
Para lidar com pacientes oncológicos e com as fragilidades deles você tem que ser frágil também. Já é difícil dimensionar tudo que eles passam, então, eu acho que se você não for sensível, você não consegue dar o tratamento que eles precisam porque não é só o tratamento físico, tem todo um tratamento por trás disso.
Antigamente, eu era uma pessoa muito fechada, então, eu tive que me moldar completamente porque eu lido com pacientes. Eu preciso puxar assunto com eles, ser empática e eu tento não deixar o momento em que o paciente está aqui triste, porque a gente sabe que estar dentro do hospital já é.
Se eu pudesse dar um conselho para as pessoas que pretendem fazer enfermagem, eu diria: busque conhecimento sempre, faça com carinho e reflita sobre as pessoas que você vai atender, isso é muito importante”.
Célio Aparecido Silva, 62 anos, enfermeiro.
“A palavra que define a minha profissão é o amor, porque o amor engloba tudo: Respeito, paciência e humildade”.
“Eu trabalho no Hospital de Amor há 30 anos, mas minha jornada de trabalho se iniciou quando eu tinha 15. Eu comecei trabalhando na Santa Casa de Misericórdia de Barretos (SP), com serviços gerais. Quando eu estava com 18 anos, acredito que alguém tenha visto algo em mim, porque eu fui convidado para fazer parte da equipe de enfermagem. A princípio, eu comecei como atendente, depois, fiz um curso de auxiliar de enfermagem e continuo na área até hoje. Na época, eu trabalhava 36 por 12 horas e fiz essa rotina por 16 anos.
Quando terminei meu curso, entrei no Hospital São Judas Tadeu – unidade de cuidados paliativos e atenção primária ao idoso –, mas começou a rodar turno e eu já trabalhava a noite, então, pedi demissão. Depois de dois dias, a Dra. Scylla Prata (fundadora da instituição) me procurou, disse que o meu trabalho era importante e me ofereceu uma vaga na quimioterapia, para trabalhar no período da tarde. Eu aceitei e estou aqui até hoje. Se fosse preciso, eu faria isso novamente, porque eu amo o que eu faço.
Um dia, tinha uma paciente aqui na QT que estava muito irritada e chorando, porque não estavam conseguindo pegar a veia dela. Eu fui até ela, conversei, acalmei ela e consegui pegar a veia. Ela me disse que eu tinha uma áurea diferente, mas não sabia explicar muito bem, e isso me marcou muito.
A enfermagem muda a gente, nós passamos a ser mais atenciosos, nós tratamos as pessoas melhores. Mesmo aposentado eu continuo trabalhando, porque eu gosto do que faço e isso faz bem para a minha mente.
A palavra que define a minha profissão é o amor, porque o amor engloba tudo: respeito, paciência e humildade.”
A Inovação faz parte do DNA do Hospital de Amor, desde a sua inauguração, em 1962. Com o aumento e aplicação da tecnologia cada vez mais presente na rotina da instituição, foi necessário desenvolver seu próprio centro de inovação. Por isso, em 2021, o HA se colocou mais uma vez na vanguarda da saúde pública, ao criar o Harena Inovação, a fim de promover aceleração de ideias e promoção da ciência e da tecnologia, que teve seu espaço físico inaugurado no último dia 25 de abril. A cerimônia de ontem contou com a presença do coordenador de ambientes inovadores e startups do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Freitas; da Diretora técnica da coordenadoria de desenvolvimento regional e territorial do estado de São Paulo, representando o Governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, Eneida Gama; da Prefeita de Barretos (SP), Paula Lemos; do Head Sebrae for startups, Michel Porcino; da Assessora e representante do Senador Rodrigo Cunha, Maria Isabel Góes; do capelão do HA, Padre Tulio Gambarato; do Presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata; e do Diretor de Inovação do HA e do Harena, Dr. Luis Romagnolo. O evento surpreendeu a todos com uma dinâmica ‘futurista’ e divertida liderada por Marcelo Marcon.
Para o presidente do HA, Henrique Prata, todos os colaboradores compartilham o sonho de salvar vidas e fazer a diferença todos os dias. Até o momento, mais de 90 healthtechs estão conectadas ao ecossistema de inovação da instituição, sendo 45 delas participantes dos programas de aceleração, apenas em 2022. São 17 projetos de inovação executadas em parceria com startups para realização de provas de conceito de tecnologia e validação de novos produtos, mais de 500 pessoas impactadas e relevantes parcerias institucionais, como o Sebrae, o InovaBra Startups, a Associação Brasileira de Startups, o Instituto Federal de São Paulo e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do governo federal.
Para o diretor de inovação do Harena, Dr. Luis Romagnolo, “Desde 2021, nós estamos conectando pessoas e empresas capazes de impactar positivamente a vida dos pacientes da saúde pública do Brasil, dá muito orgulho em poder fazer parte desta revolução”, afirma o profissional.
Dentre alguns segmentos que fazem parte do portfólio de inovação, estão: gestão hospitalar, saúde digital, prevenção e acesso, diagnóstico inteligente, pesquisa científica, dispositivos médicos e humanização e qualidade de vida. Além de desenvolver iniciativas estruturadas em 3 estados brasileiros: Acre, Alagoas e São Paulo.
Com o novo espaço físico, além de proporcionar estrutura de trabalho para os parceiros e startups aceleradas, o Harena também ampliará a capacidade de atendimento com um novo programa em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e o Instituto Federal de São Paulo, o ConectaHealth. Nos próximos 2 anos, serão mais 120 healthtechs atendidas com o programa, que oferecerá capacitação empreendedora gratuita, mentorias especializadas e conexão com o ecossistema de inovação do Hospital de Amor, em Barretos.
O termo japonês ‘ikigai’ significa “uma razão para existir”. A palavra é composta pelo termo iki, que significa ‘vida’, e gai, que traduzido seria ‘efeito’. O caminho Ikigai, seria uma ferramenta de autoconhecimento que explana diversas áreas e intersecções da vida pessoal e profissional. Ou seja: ao encontrar algo que você ama, te pague bem, você realiza com esmero e faz a diferença no mundo, aí então, você terá alcançado o seu Ikigai, ao unir missão, paixão, profissão e vocação.
A freira Rita de Cassia de Jesus, de 40 anos, natural de Mogi das Cruzes (SP), faz parte da Congregação das Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada há 24 anos. “Deus me chamou para a vida religiosa para ser amor na vida dos doentes e dos mais necessitados. Escolhi servir a Deus no amor e na alegria de me doar”, conta Rita, sempre com um sorriso no rosto.
Há pouco mais de um ano, a irmã começou a trabalhar no alojamento Madre Paulina, em Barretos (SP) – o primeiro alojamento do Hospital de Amor. De acordo com a freira, trabalhar nesta casa assistencial é um privilégio, pois é possível conhecer um pouco de várias partes do Brasil e se aprofundar na arte de acolher e amar realidades, ao adentar na intimidade das pessoas no momento da fragilidade da dor, doença física e espiritual. “Penso que a missão do HA é o testemunho mais vivo e concreto de que é possível atender a saúde humana com dignidade e nobreza de espírito, sem distinção de cor, classe social, raça ou religião, atendendo assim, a pessoa humana como um todo”, afirma Rita.
Amor e dedicação pela causa onde trabalha, Rita tem de sobra, mas para dar conta de administrar o local que abriga 257 pessoas, a freira conta com algo que no início começou mais como recomendação, mas agora já vem ganhando gosto: praticar exercícios físicos na academia. “Começamos a treinar, pois sentíamos necessidade de fazer uma atividade para o bem-estar físico e psíquico, porque nossa rotina requer muito equilíbrio e disponibilidade de tempo”, explica a freira que treina com suas colegas de trabalho, as também freiras, irmã Raymunda, de 77 anos, e irmã Adriana, de 43 anos.
Vestida com seu fiel ‘hábito’ e um par de tênis, Rita recebe o auxílio do educador físico da academia do Hospital de Amor (exclusiva para os colaboradores da instituição), Gilmar Júnior, que revela que elas sãos as primeiras religiosas que ele ajuda a treinar. “O senhor Henrique Prata é adepto à atividade física, então, todos aqueles próximos a ele, nesse caso, os padres e as freiras, ele pede sempre para virem praticar a musculação comigo. Com isso eu já atendi o Pe. Constante, Pe. Túlio e outros padres que passaram pela cidade estudando e também vieram treinar na academia”, conta Juninho – como é conhecido pelos funcionários da instituição.
Gilmar explica que o treino é um meio de exercitar o corpo para gerar o bom funcionamento corporal e aumentar a resistência física para o trabalho tão árduo como o de cuidar de outras pessoas, algo este realizado pelas freiras. “Gosto muito de fazer os exercícios interagindo com todos os colaboradores que ali treinam, além de escutar no celular algumas orações e reflexões bíblicas para aproveitar bem o tempo”, revela o educador.
Júnior também conta que o maior desafio dos treinos é manter a frequência e a disposição, pois tem dias que o tempo é bem escasso e o cansaço dos atendimentos aos pacientes são bem intensos. Segundo a irmã Rita, as atividades físicas são importantes, já que viver harmoniosamente num local onde residem mais de 200 pessoas de várias situações, culturas e regiões, é um verdadeiro milagre do amor.
Irmã Rita também tem disposição para organizar eventos culturais no alojamento, inclusive, ela realiza até apresentações de dança, contribui com as atividades diárias no local, faz suas orações, doa sangue e está sempre pronta para ajudar a todos.
Mas engana-se quem pensa que malhar não é algo comum das freiras. Madonna Budder é uma famosa religiosa americana, de 92 anos, que já realizou mais de 400 provas de triatlo, sendo 50 delas na modalidade Ironman (uma das competições mais difíceis do mundo), no qual é necessário nadar 3,8 km, pedalar 180 km e finalizar com 42 km de corrida. Sister Madona, com é conhecida na América, teve seu primeiro contato com triatlo aos 48 anos, e aos 70 anos participou do Ironman pela primeira vez. Ela já alcançou o recorde mundial de mulher mais velha a finalizar a competição aos 82 anos. Isso prova que nunca é tarde para iniciar uma atividade física e mudar de hábito!
Praticar atividades físicas contribui para diversos benefícios, tais como: ajuda no combate ao excesso de peso, reduz a pressão arterial, ajuda a controlar a glicemia, fortalece ossos e articulações, aumenta a força e a resistência muscular, diminui o estresse, promove a sensação de bem-estar, aumenta a disposição, combate a ansiedade e a depressão, fortalece o sistema imunológico, além de contribuir para uma melhora da memória e da capacidade de aprendizado.
Atender, cuidar e sempre estar à disposição de milhares de pacientes diariamente, com carinho e bom humor, é uma função que exige muita dedicação, amor pelo que faz e a certeza de saber que seu trabalho está fazendo a diferença no mundo, sendo assim, podemos dizer que a irmã Rita encontrou o seu Ikigai.
Em abril de 2012, a colaboradora do Hospital de Amor Barretos (SP), Deize de Oliveira (43 anos), descobriu que estava com mais de mil pólipos no intestino (alterações que podem aparecer no intestino devido à proliferação excessiva de células presentes na mucosa no intestino grosso). Apesar do número impactar, a história dela e de sua família é muito mais impressionante!
Tudo começou quando Deize tinha apenas dois anos e seu pai foi diagnosticado com câncer colorretal. Ele não resistiu ao tratamento, mas a família não sabia que a doença tinha grandes chances de ser hereditária. Quando ela completou 31 anos, uma nova preocupação surgiu: seu irmão começou a sentir fortes dores na barriga e a ter sangramento nas fezes. Ao realizar alguns procedimentos, foi diagnosticado com câncer de intestino – o mesmo tipo que levou seu pai. E ele também não resistiu. Foi aí que uma médica do departamento de Oncogenética do HA orientou Deize a fazer exames preventivos, pois as chances dela também se tornar paciente oncológica eram altas.
Ainda que sem sintomas, ela cedeu ao rastreamento e, após uma colonoscopia, foram detectados mais de mil pólipos intestinais. “O caso era cirúrgico, mas o meu maior medo era precisar utilizar a bolsa de colostomia. Depois da cirurgia, na sala de recuperação, escutei a voz do médico me dando a notícia de que o procedimento tinha sido um sucesso e não seria necessário colocar bolsa”, afirmou.
Todo esse processo, tanto da Deize, quanto do irmão, foi realizado no Hospital de Amor. Na época, ela atuava no departamento de nutrição e, após o afastamento por conta da cirurgia, foi promovida a auxiliar no setor de radiologia. Animada com o sucesso do tratamento e com a promoção, ela começou um curso na área. “Graças a Deus e ao HA, hoje eu sou técnica em radiologia e estou viva”.
Ao ressaltar a importância da prevenção, ela se emociona! “É extremamente importante estar em dia com os exames preventivos. Se tivéssemos ido ao médico antes, meu irmão estaria aqui comigo hoje. Minha dica é: se você está sentindo qualquer sintoma, procure um médico de sua confiança. E se você tem casos de câncer na família, recorra ao setor de oncogenética, pois a doença pode ser hereditária”, declarou.
Atualmente, Deize atua como técnica de radiologia no Hospital de Amor e faz acompanhamento anual para ressecar os pólipos. Seus três filhos são saudáveis, porém, por conta do histórico familiar, o mais velho, Eduardo (24 anos), também já deu início aos exames preventivos na instituição.
Oncogenética no Hospital de Amor
A Oncogenética é a uma área médica que acompanha pacientes que possuem um maior risco de desenvolvimento de câncer por conta de fatores hereditários. Esse tipo de acompanhamento só é indicado em casos específicos e, nessas situações, pode ser um grande aliado para identificar a predisposição, a fim de realizar a detecção precoce de alguns tipos de tumores.
O Hospital de Amor oferece este tipo de acompanhamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), graças à sua estrutura voltada para pesquisa científica em oncologia. De acordo com o médico oncogeneticista da instituição, Augusto Antoniazzi, quando há a identificação de que a doença seja hereditária em um paciente da instituição, inicia-se também a investigação com seus familiares. “Por meio do paciente, nós conseguimos também identificar familiares com risco aumentado de câncer e propor estratégias de prevenção e redução de risco para eles”. Então, caso a equipe identifique um familiar saudável, sem o diagnóstico para câncer, é capaz fazer um programa de prevenção para ele. Com isso, é possível evitar que o câncer seja diagnosticado em estágios mais tardios, aumentando consideravelmente as chances de cura.
Em alguns tipos de tumores da doença é possível realizar um tratamento baseado na mutação genética, com medicações específicas que melhoram seu desfecho. Para a maioria dos genes que pré-dispõem ao câncer, o teste genético é realizado já na idade adulta. Mas, existem casos onde ele pode ser feito ainda infância.
Quanto vale uma declaração de amor? Para o Hospital de Amor, a sua vale muito! É com este tema que a instituição deu início a campanha “Declaração de Amor”, com objetivo de captar recursos obtidos por meio de incentivos fiscais – essenciais para que o hospital continue buscando excelência tecnológica e humana no tratamento oncológico e oferecendo aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, via Sistema Único de Saúde (SUS).
Se você tem o desejo de contribuir com a causa do HA de forma rápida, segura e sem gastar nada, as doações de Imposto de Renda são ótimas opções! A novidade deste ano é que, além da doação ao projeto Lei da Criança e Adolescente, também é possível dobrar o valor destinado à instituição, doando também para a pessoa idosa. Ou seja: você pode destinar 3% para as atividades da instituição com crianças e adolescentes e mais 3% ao atendimento da pessoa idosa.
Para esclarecer todas as dúvidas sobre as doações de IR e a importância delas para o Hospital de Amor, preparamos uma matéria especial com o gerente de Parcerias Corporativas da instituição, Cleber Delalibera. Confira!
• Como doar o Imposto de Renda para o Hospital de Amor?
R.: No momento de fazer a Declaração do Imposto de Renda, escolha a opção “Doações Diretamente da Declaração”. Após o preenchimento dos dados solicitados, o próprio sistema irá gerar as guias referentes ao IR e às doações escolhidas, podendo ser de 3% – a Lei da Criança e Adolescente, e 3% – a Lei do Idoso.
Resumidamente:
– Preencha sua declaração com todos os dados financeiros;
– Selecione o campo ‘Fichas da Declaração’ e escolha a opção ‘Doações Diretamente da Declaração’;
– Selecione a aba ‘Criança e Adolescente’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em UF, selecione ‘SP’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 19.011.652/0001-50’. Este é o Fundo Municipal da Criança de Barretos;
– Selecione a aba ‘Idoso’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 15.642.204/0001-01’. Este é o Fundo Municipal do Idoso de Barretos.
– Na hora de enviar a declaração para a Receita Federal, o sistema irá emitir até três DARF’s, sendo um referente ao Imposto de Renda e outros dois correspondentes aos fundos da Criança e Adolescente, e Idoso.
– Após enviar o pagamento, é fundamental direcionar o comprovante de para: ha.com.vc/ircomprovante.
• Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode doar?
R.: Toda pessoa física que fizer a declaração completa do Imposto de Renda e obter tributos a pagar, pode contribuir. Já pessoas jurídicas podem fazer a dedução fiscal desde que estejam na modalidade ‘Lucro Real’.
• De que maneira as doações incentivadas contribuem com o HA?
R.: As doações incentivadas pela Lei do Idoso garante atendimento integral aos pacientes de 60 anos ou mais, nas unidades do Hospital de Amor espalhadas por todo o Brasil. São contemplados os custos relacionados ao tratamento e às atividades multidisciplinares desenvolvidas continuamente, além de auxiliar no custeio do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção o idoso do HA).
Já as doações incentivadas pelo Fundo da Criança e Adolescente têm o objetivo de viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, em Barretos (SP), além contribuir com as ações de assistência, estruturadas para que o paciente e sua família possam estar juntos no enfrentamento da doença.
• Quanto foi arrecadado, no último ano, por meio dos projetos (Lei do Idoso e Lei da Criança e Adolescente)?
R.: O valor arrecadado no último ano com os dois fundos, foi de aproximadamente R$ 80.000.000,00. Embora expressiva, a quantia ficou muito abaixo da real necessidade do HA, onde o déficit operacional ultrapassou meio bilhão de reais em 2022.
• Doações de pessoas físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que façam modelo completo?
R.: Sim, podendo ser destinado 3% para a Lei do Idoso e 3% para a Lei da Criança e Adolescente.
• Qual é a data limite para realizar a declaração e ajudar o HA?
R.: Pessoa física pode doar em qualquer momento, no entanto, recomendamos que os prazos de entrega das declarações sejam respeitados para se evitar possíveis multas, ou seja, até 31/05/2023. Já as pessoas jurídicas têm até o dia 28/12/2023 para doar.
• Qual é a importância e o impacto destas doações para o Hospital de Amor?
R.: A contribuição fiscal é um ato que salva vidas. Por meio dela, o HA consegue custear grande parte dos seus procedimentos, oferecendo atendimento de qualidade e repleto de amor a pacientes de todo Brasil. São 61 anos ajudando os brasileiros de forma gratuita e integral.
IMPORTANTE: após concluir a doação do seu IR, não esqueça de enviar o comprovante para garantir que o Hospital de Amor receba os recursos. Sem essa etapa, a doação não chega!
Agora é com você! Declare seu amor para o HA e faça a diferença na vida de milhares de pacientes. E se ainda ficou alguma dúvida, acesse: ha.com.vc/irha e confira o passo a passo.
O dia 24 de março é sempre uma data muito especial e significativa para o Hospital de Amor. Ela representa o início de tudo, quando no ano de 1962 o casal de médicos visionários, Dr. Paulo Prata (in memoriam) e Dra. Scylla Duarte Prata, fundaram um dos maiores centros de tratamento oncológico da América Latina, responsável por atender pacientes de todo Brasil e de países vizinhos, de forma humanizada e 100% gratuita.
De lá para cá, em 61 anos de história, muita coisa aconteceu! A instituição ultrapassou limites, barreiras e fronteiras para levar saúde de qualidade a todas as pessoas. O seu programa de prevenção de câncer alcançou números de diagnósticos precoces inimagináveis, por meio de suas unidades fixas e móveis. Seus atendimentos de excelência (via Sistema Único de Saúde) em unidades de tratamento espalhadas pelo país, estruturas altamente tecnológicas, procedimentos avançados e resultados inovadores em ensino e pesquisa, fizeram a instituição ser reconhecida internacionalmente.
São 61 anos transformando a realidade da saúde pública do país, escrevendo novos capítulos na história de muitas famílias e salvando milhares de vidas! É claro que nada disse seria possível sem a contribuição de doadores, parceiros e voluntários, que ajudam a instituição a sanar seu déficit mensal milionário. Entretanto, muito além de oferecer acolhimento e um tratamento digno, o Hospital de Amor oferece: AMOR! E sabe o que é mais incrível e gratificante? Este sentimento que está enraizado em sua missão, é genuinamente recíproco!
Neste aniversário, quem ganha o presente é o HA! Confira alguns relatos emocionantes e repletos de amor (e que representam centenas de outros que recebemos diariamente) de pacientes que estão ou já estiveram em tratamento na instituição.
Alessandra Fernandes (Anápolis – GO)
Em janeiro de 2020, fui diagnosticada com câncer de mama HER2 invasivo infiltrante. Logo após a descoberta da doença, minha família, em especial meu irmão Hermes, se preocupou muito comigo e quis ele que eu tivesse o melhor atendimento possível. Dessa forma, ele e alguns amigos deram andamento ao encaminhamento para Barretos (SP). Mas Deus reservou algo muito especial para mim: Jales (SP). Lá eu recebi o amor, a humanização e o carinho de muitos que passaram pelos meus atendimentos. Recebi 16 aplicações de quimioterapia, 19 sessões de radioterapia, passei por duas cirurgias e por fim, 17 imunoterapias. Transpus a barreira de 1.400 km semanais de ônibus. Venci o processo e atingi o propósito! Quero aqui agradecer a todos por tudo e por tanto que recebi. Desejo ao Hospital de Amor o melhor deste mundo. Obrigada de coração. Que Deus sempre encaminhe pessoas maravilhosas e dispostas a lutar pelo ideal, hoje continuado pelo sr. Henrique Prata. Deus os abençoe sempre. Obrigada.
Ah! Transformei minha doença em militância. Hoje procuro levar informação através de palestras e bate-papos àquelas pessoas que precisam saber da importância do autocuidado, dos direitos de um paciente oncológico e que o câncer não é uma sentença de morte. Há vida após a turbulência. Hoje estou aqui contando a minha história a vocês. Orgulho do que conquistei. Obrigada, família e amigos que seguraram (financeiro e afetivo) minhas mãos durante todo esse período. Obrigada, equipe de Fernandópolis (SP). Vocês são demais. Obrigada, Dr. André, Rosa, Luana Xavier, Luciene, Denise, Nebling, Patrícia Estevo, William Ricardo, Sérgio, Michele, Tainá, Alessandro, Amanda, Priscila, Aniele, Liane…Amo vocês e o que representam para mim!
Geraldo Júnior (Goiânia – GO)
MUITO, MUITO, MUITO AMOR POR AQUI!
Quero parabenizar e enaltecer ao idealizador e todos que atuam juntos ao HA. O Hospital de Amor foi a melhor oportunidade de ver a vida com mais amor e acolhimento, vindo de Goiânia (GO), onde não consegui suporte quando fui diagnosticado com câncer colorretal e metástase no fígado. Foi um gigantesco susto de primeira, mas quando fui acolhido pelo Hospital de Amor, unidade de Jales (SP), minha esperança em continuar vivendo veio, através de muito amor de todos do Hospital, desde a recepção, pessoal do laboratório, equipe de exames de imagens, da limpeza, do lanche, enfermeiros e médicos. Sinto-me cada vez mais acolhido, não é fácil, mas aqui se torna mais leve. Gratidão eterna!
Ricarda Rodriguez (Venezuela – VE)
Sou Ricarda Solideiner Rodriguez Acevedo, uma venezuelana que chegou ao Brasil em fevereiro de 2019, com uma luz de esperança de poder me tratar do câncer que sofro. Graças ao nosso Pai Celestial, o Hospital de Amor abriu suas portas para mim! Até agora eles me deram todo o amor e ajuda, e eu sou sinceramente grata por ter esse privilégio. Mesmo sendo estrangeira não tive nenhuma diferença, pelo contrário, eles me trataram como uma brasileira! Sou eternamente grata ao Hospital de Amor e toda sua equipe. Vocês são os melhores do mundo!
Joyce Lustosa (Indaiatuba – SP)
Em 19/04/2005, com apenas 10 anos, dei início ao meu tratamento no HA. Por ser portadora de moléstia classificada no CID 10 sob o número C40, fui diagnosticada com Osteossarcoma Maligno. Fui submetida ao protocolo de tratamento com quimioterapia neo-adjuvante; cirurgia com ressecção tumoral e substituição com endoprótese em úmero direito; e quimioterapia adjuvante. Tive revisão da prótese em 16/12/2011. Evolui com soltura da endoprótese, onde foi realizado nova cirurgia para colocação de endoprótese de úmero total em braço direito. Hoje, faço acompanhamento oncológico e apresento diminuição de força e amplitude de movimento em membro superior direito, o que incapacita para atividade a qualquer esforço físico.
Sou imensamente grata a Deus e a TODOS que fazem parte dessa família maravilhosa que é esse hospital. Desde os faxineiros(as), enfermeiros(as), médicos(as), motoristas, cassa de acolhimento, todos, sem distinção de nível. Todos que fazem parte, que transmitem o bem, que são guiados por Deus. Sou imensamente grata por tudo que já passei, porque venci essa luta ao lado das pessoas que sempre estiveram ao meu lado, me ajudaram e me apoiaram.
Lívia Loami (Barretos – SP)
Era dezembro de 2018. Trabalhava no NAP (Núcleo de Apoio ao Pesquisador) da Prevenção do HA. Tive a oportunidade, nessa data, de realizar o sonho de defender o doutorado. Fazia mais de um ano que tinha uma coceira insuportável no corpo. Acordava a noite por causa dela. Acompanhava com especialista, fazia tratamento e nada. Março de 2019 tive sintomas de gripe: tosse e febre. Fui ao pronto socorro, fiz exames e me disseram que era pneumonia. Sete dias afastada. Dez dias de antibiótico. No 7º dia já estava ótima (mas continuava coçando). Uma semana depois, a tosse voltou. Repeti os exames (raio-X, tomografia, etc.) e veio o laudo: um monte de linfonodos aumentados, massa de 12cm entre os pulmões, veias invadidas pelo tumor. Achei que era o fim. O chão abriu. É sério! Senti tudo aquilo que já tinha ouvido e visto acontecer muitas vezes enquanto trabalhava na prevenção da instituição. Receber o diagnóstico de câncer é triste. Dói. Você olha para os filhos (na época eles tinham 3 e 6 anos) e só quer ter a chance de vê-los crescer. Fui de funcionária, em um dia, para paciente no dia seguinte. Estive do outro lado, deitada na cama para receber a quimioterapia. Colocando máscara para fazer radioterapia. Muitas punções. Fraqueza. Cansaço. E esperança. Muita vontade de viver. Foram 6 meses de tratamento. O dia em que eu pude voltar a comer o que gosto parecia ser o maior prêmio que recebi. Chorei. Vibrei! Tocar aquele sino da radioterapia, então… foi libertador!
Janeiro de 2020, voltei a ser colaboradora. Mas, dessa vez, dentro da radioterapia. Aliás, que equipe! Quando o desespero bateu em uma das sessões de radioterapia, não precisou palavras. O abraço daquelas meninas me salvou. No final, depois da onda ter abaixado e a tempestade passado, ganhei um presente de Deus. Meu milagrinho, minha Rebeca, que nasceu dia 22/12/2020. E continuamos firme, vivendo a cada dia, sem mais câncer, só sendo feliz. E glória a Deus por isso!
São depoimentos como estes que fazem o HA continuar! Que venham mais 61 anos pela frente, mais Alessandras, Geraldos, Ricardas, Joyces e Lívias com lindos relatos, muito mais vidas salvas! Obrigado, queridos pacientes. Vocês são nossos maiores presentes!
O Hospital de Amor, maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, possui estruturas avançadas voltadas para prevenção, ensino e pesquisa, focadas na busca constante pela melhor assistência ao paciente. Com essa missão, a instituição acaba de divulgar o desenvolvimento de um novo painel genético para sarcoma, que, segundo a Dra. Flávia Escremim de Paula, biologista especialista líder do laboratório de diagnóstico molecular do HA, tem como finalidade detectar mais de 170 aberrações genéticas que definem esses tumores, permitindo avaliar mais de 20 tipos histológicos diferentes.
Inédito no Sistema Único de Saúde (SUS), o novo painel genético representa uma grande evolução no diagnóstico e tratamento do sarcoma, uma vez que esses tumores são conhecidos por serem altamente heterogêneos e terem uma variedade de alterações genéticas diferentes. O ensaio genético é fruto de uma parceria com pesquisadores holandeses e, de acordo com o pesquisador responsável pela sua implementação no HA, o Dr. Rui Manuel Reis, diretor científico do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA, será possível detectar uma ampla gama de fusões genéticas em um único ensaio, o que torna o diagnóstico mais preciso, rápido e eficiente.
O sarcoma é um tipo raro e agressivo de câncer que afeta os tecidos moles do corpo, como músculos, ossos, gordura, vasos sanguíneos e tecidos conjuntivos; e possui um diagnóstico ainda desafiador, pois os sintomas podem ser variados e muitas vezes vagos.
O teste, desenvolvido com base na plataforma NanoString nCounter, é realizado em uma única amostra, o que significa que não é necessário coletar múltiplas amostras de tecido para analisar diferentes alterações genéticas. Isso pode reduzir significativamente o tempo e o custo do diagnóstico, além de minimizar o desconforto do paciente. Além disso, o painel recém-desenvolvido é altamente sensível e específico, o que significa que pode detectar essas anomalias genéticas mesmo em amostras escassas e cuja preservação não tenha sido ideal. Isso é particularmente importante para o sarcoma, uma vez que esses tumores são frequentemente difíceis de biopsiar e podem produzir amostras de tecido de baixa qualidade.
Em resumo, o novo painel genético para sarcoma representa um grande avanço no diagnóstico desses tumores. Com esta tecnologia inovadora, será possível melhorar significativamente o diagnóstico e tratamento da doença, oferecendo uma abordagem mais personalizada e eficaz para cada paciente.
Diagnóstico Molecular
O diagnóstico molecular é um conjunto de métodos analíticos consagrados da biologia molecular, visando a investigação de alvos de interesse a partir da análise do material genético, o DNA e o RNA, para identificar mutações genéticas que, neste caso, podem estar associadas ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer.
Com o diagnóstico molecular, os médicos podem identificar as mutações específicas que estão presentes no câncer de um paciente e escolher o tratamento mais eficaz com base nos resultados. Isso pode incluir terapias direcionadas, que atacam diretamente as células cancerígenas com mutações específicas. O método também pode ajudar a identificar pacientes que têm um risco maior de desenvolver câncer, permitindo que medidas preventivas sejam tomadas antes que a doença se desenvolva.
Laboratório de Diagnóstico Molecular do HA
Inaugurado em 2011, o Laboratório de Diagnóstico Molecular do Hospital de Amor foi criado, incialmente, para atender de forma gratuita os pacientes da instituição. Os testes moleculares são fundamentais para um diagnóstico acurado, um prognóstico mais assertivo e uma precisão terapêutica.
Devido à grande procura de laboratórios, parceiros, médicos e pacientes de outras instituições, em 2013 o centro passou a oferecer comercialmente uma diversidade de testes genéticos, que são hoje fundamentais para uma medicina personalizada ao paciente oncológico. Os testes disponibilizados são aplicados para inúmeras neoplasias sólidas e hematológicas de pacientes infantojuvenis e adultos, com uso das mais clássicas às mais modernas e sofisticadas metodologias e tecnologia. O número de exames tem crescido anualmente, chegando em 2022 a mais de 12.000 testes genéticos realizados pelo Laboratório de Diagnóstico Molecular.
O laboratório possui uma moderna estrutura e conta com uma equipe multidisciplinar altamente especializada, com expertise técnica e científica, composta por patologistas, biólogos, biomédicos e tecnologistas, além do suporte administrativo e comercial. Essa estrutura também proporciona um canal aberto para comunicação e discussão de casos com os profissionais solicitantes, sendo necessário interação entre as equipes para o oferecimento de um resultado preciso, detalhado e em consonância com as boas práticas laboratoriais de excelência. Acesse o site e confira todos os testes genéticos disponíveis.
Câncer colorretal: segundo tipo de tumor mais comum em homens e mulheres (quando não consideramos o câncer de pele não melanoma) e o terceiro que mais mata no Brasil, com estimativa de 41 mil novos casos por ano no país, de acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Com números tão alarmantes e um mês especialmente dedicado à prevenção e detecção precoce deste tipo de câncer – o “Março Marinho” – é preciso falar mais sobre o assunto.
A neoplasia que acomete o trato digestivo (intestino grosso e reto), principalmente em pessoas com idade entre 60 e 70 anos, é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser diagnosticado precocemente. Sintomas como sangue oculto nas fezes e dor na barriga (geralmente cólica), seguido de alteração intestinal (como intestino preso), são comuns deste tipo de câncer. Além disso, podem ser vistos também anemia, fraqueza e perda de peso, mas, geralmente, esses sinais já indicam a doença em fase avançada.
Segundo o médico coordenador do departamento de endoscopia do Hospital de Amor, Dr. Claúdio Hashimoto, dentre os fatores de riscos relacionados ao desenvolvimento do câncer no intestino, estão o sedentarismo, sobrepeso, alimentação pobre em fibras e rica em carnes vermelhas e processadas, exposição à radiação, tabagismo e alcoolismo. “Na presença de qualquer um dos sintomas é muito importante procurar o médico especialista para iniciar a investigação. É fundamental e necessário manter hábitos de vida saudáveis para se evitar a doença”, afirma.
Sabe o que é mais importante? A prevenção do câncer colorretal, assim como em vários outros tipos da doença, salva vidas! E existem vários métodos eficientes para o diagnóstico precoce do tumor, como:
• Pesquisa de sangue oculto nas fezes – indicado para quem não apresenta sintomas, mas está na faixa etária (homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos);
• Colonoscopia – para quem já possui sintomas.
Teste FIT
Você sabia que é possível detectar o câncer colorretal sem que haja sintomas aparentes? Sim! Por meio do teste de imunoquímica fecal, também conhecido como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes, é possível identificar o sangramento presente nas fezes, na maioria das vezes não perceptível a olho nu, e uma análise qualitativa.
Indicado para homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos cinco anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais, o FIT é utilizado como um exame de pré-triagem e gratuitamente disponibilizado pelo Hospital de Amor, através do programa de rastreamento do Instituto de Prevenção – o único do país oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por se tratar de um procedimento não invasivo, sem necessidade de preparo e indolor, possui uma excelente aceitação pelos pacientes. “Se o paciente se enquadrar em todos os critérios, ele recebe o kit para coleta das fezes. Não é necessário fazer nenhuma dieta e ele pode realizar o exame quando preferir”, explica Hashimoto.
Como fazer o exame?
Para a efetividade do exame, são necessárias três amostras de fezes consecutivas. Dessa forma, ao defecar, o paciente utiliza o “coletor” (que recebe com o kit) e perfura as fezes em três locais diferentes. Em seguida, insere o coletor com a amostra no recipiente do exame, fecha-o adequadamente e armazena-o por até três dias em temperatura ambiente.
Depois, encaminha-o ao departamento de análise do HA e aguarda o resultado. “Caso o resultado seja positivo para sangue oculto nas fezes, não significa que o paciente esteja com câncer. É necessário prosseguir a investigação com o exame de colonoscopia”, afirma o médico.
Quando realizar a Colonoscopia?
A colonoscopia – exame de vídeo utilizado para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado – permite avaliar, tirar fotos e biópsias destas regiões por meio de um endoscópio (colonoscópio). É um procedimento indicado a pacientes que já possuem sintomas, que possuem casos de câncer colorretal ou pólipos na família e que estejam dentro da faixa etária permitida.
“É importante esclarecer que em alguns casos, neste tipo de câncer, principalmente quando detectado em fases iniciais, vários pólipos intestinais podem ser retirados e curados por meio da própria colonoscopia, sem a necessidade de se realizar as cirurgias convencionais”, finalizou Hashimoto.
Previna-se!
Se você tem entre 50 e 65 anos de idade, faça a prevenção do câncer colorretal mesmo não apresentando sinais, por meio do teste FIT. Em casos de sintomas, consulte seu médico de confiança ou vá até uma unidade básica de saúde para receber orientações. E lembre-se: a prevenção salva vidas e deve ser realizada o ano todo!
Saiba mais em: ha.com.vc/marcomarinho.
Dez anos após sua primeira experiência pelo Caminho de Santigo de Compostela, que resultou também em sua primeira jornada como escritor, com o livro ‘Acima de Tudo o Amor’, o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, retornou ao caminho sagrado na certeza de que teria o momento de introspecção e concentração necessário para dar vida ao seu novo livro: “O Parque dos Lobos – A medicina privada do dinheiro limitando a prática da saúde pública”, que denuncia, esclarece e convoca toda a sociedade para o enfrentamento dos entraves que dificultam a existência de uma saúde pública de qualidade no Brasil.
Mas afinal, quem são as pessoas que mandam na saúde do país? Para Prata, muitas dessas pessoas são verdadeiros lobos em pele de cordeiro! Sem medo de citar fatos e nomes, o presidente do HA, em seu novo livro, mostra os valores invertidos que encontrou durante mais de três décadas de gestão na área oncológica no SUS, além de expor a realidade de um sistema que parece se fechar, especialmente quando pessoas mais necessitadas precisam dele, explorando os vulneráveis para poder lucrar mais.
“Em meu primeiro livro, ‘Acima de Tudo o Amor’, abordo a fé e a solidariedade como fatores essenciais na construção do maior polo de referência nacional na luta contra o câncer. No livro, ‘A Providência’, falei sobre os milagres que levam a filosofia do Hospital de Amor para todo o país. Agora, com base em minha experiência de gestor de saúde, trago relatos que mostram as enormes dificuldades encontradas ao longo dos anos. Elas são reflexo das falhas que limitam a saúde pública no Brasil, e eu aponto suas origens para conscientizar a sociedade”, declara o autor.
De acordo com Prata, a obra traz relatos crus desta sua inspiradora trajetória repleta de inconformismo, frente a maior rede de atendimento oncológico 100% gratuito da América Latina. “Quero colocar luz sob os valores invertidos que percebo tanto na política, quanto na medicina, para que todos possam compreender como este país tem sido desonesto com muitos dos seus cidadãos”, finaliza.
Lançamento
O lançamento oficial do “O Parque dos Lobos” aconteceu no último dia 29 de junho, no IRCAD América Latina, em Barretos (SP). O evento contou com a presença de familiares e amigos de Henrique Prata, colaboradores do Hospital de Amor, autoridades locais e representantes, veículos de comunicação, além de membros da sociedade.
Ao adquirir a obra você também contribui com o HA, pois toda renda obtida com a venda do livro será destinada à instituição. Acesse: ha.com.vc/oparquedoslobos e garanta o seu!
Sobre o Hospital de Amor
Excelência em oncologia, o Hospital de Amor, maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, fechou o ano de 2022 com 1.673.441 atendimentos realizados a 540.730 pacientes vindos de 2.531 municípios – isso quer dizer que, no ano passado, o HA cuidou de alguém vindo de 45.4% das cidades do país. O HA possui diferenciais de destaque, sobretudo dentro do contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, como uma filial do maior centro de treinamento de cirurgia minimamente invasiva do mundo – o IRCAD; um dos maiores serviços de prevenção em câncer do Brasil, com o maior número de unidades móveis para rastreamento e detecção precoce do mundo; e um Instituto de Ensino e Pesquisa focado em oncologia, incluindo um Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, que proporciona não apenas a possibilidade de grandes avanços em pesquisa científica na área e a formação de profissionais extremamente qualificados, mas também um tratamento mais personalizado e assertivo aos pacientes da instituição. Fruto de toda essa estrutura, desde 2018, a instituição se destaca como o primeiro hospital da América Latina no ranking da SCImago Institutions Rankings (SIR), um levantamento de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
O Hospital de Amor, maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, com o apoio da Fundação BB, dá mais um passo em direção ao atendimento integral em saúde ao criar o Diretório de Reabilitação Moderna (DREAM), em Barretos (SP). Para celebrar essa parceria, o presidente do HA, Henrique Prata, recebeu na manhã do dia 01 de junho, o diretor executivo da Fundação BB, Rogério Bressan Biruel, além de outros membros da entidade para mostrar as obras do complexo de cerca de 7.500 m² de área construída, com previsão de ser inaugurado em 2024. “O que o BB está fazendo ainda é muito pouco perto de tudo que o HA faz em prol das pessoas e da saúde pública desse país. Poder contribuir com um trabalho tão importante e grandioso como este, é muito gratificante! Estamos felizes!”, afirmou Biruel.
Durante a cerimônia, os convidados se emocionaram com a apresentação do Coral “Papo Furado” – composto por pacientes laringectomizados da instituição, ou seja, que tiveram a retirada total da laringe por causa do câncer, e ouviram os agradecimentos especiais do presidente do HA. “Hoje é um dia muito especial e marcante para o Hospital de Amor. Hoje, nós pudemos comprovar que o DNA do BB é o mesmo do HA, completamente pautado pelo amor. Deus escolhe as pessoas certas para fazer o bem e o que é certo e, a partir de hoje, somos uma única família!”, declarou Prata.
De acordo com o diretor de Reabilitação do HA, Dr. Daniel Marconi, o DREAM, que visa promover a inclusão social, reabilitação física e funcional de pessoas com deficiência, seja ela intelectual, visual, auditiva ou física, engloba a construção e aparelhamento de um grande e moderno centro focado, voltado a atender pessoas com todos os tipos de deficiência, ultrapassando, inclusive, o cuidado com o paciente oncológico. O projeto inclui a estruturação de uma ampla área com ginásio polidesportivo, casa adaptada para terapia com atividades diárias, centro hípico para ecoterapia, esportes adaptados para pessoas com deficiência e profissionalização, tudo isso com o suporte de equipamento de alta tecnologia. “Esse projeto possui muitos diferenciais e veio para complementar um tratamento de altíssima qualidade e totalmente humanizado que sempre foi oferecido pela instituição, entre eles também haverá uma parte de internação, onde poderá ser realizada a reabilitação intensiva em tempo integral, encurtando o tempo de tratamento e melhorando os resultados clínicos dessa reabilitação”, destacou.
Estima-se que 200 profissionais devam integrar, inicialmente, o projeto, a fim de atender cerca de 1 mil pacientes por mês. Além dos próprios pacientes oncológicos atendidos pelo HA, que podem ter algum tipo de sequela oriunda do tratamento como exemplo amputações, perda auditiva ou visual e dificuldade de locomoção, pessoas com deficiência de qualquer origem, seja crônica, adquirida ou transitória, estão previstas no escopo de assistência do DREAM. “Olhando todos os elos da cadeia para inclusão social eu acredito que seja realmente um grande marco para reabilitação do Brasil e um motivo de grande comemoração de pessoas com deficiência de todo nosso país”, afirmou Marconi.
Reabilitação: inclusão social e qualidade de vida
Para reafirmar a importância da reabilitação no tratamento oncológico (e não oncológico também) e na qualidade de vida dos pacientes do HA, o simpático Ian Barbosa – que teve uma de suas pernas amputadas durante o tratamento da doença, passou por todos os processos de reabilitação e hoje, já protetizado, está se preparando para compor o time de paratletas de Triathlon olímpicos do país, encerrou a celebração com um depoimento emocionante. “O que acontece na reabilitação do Hospital de Amor, todos os dias, são milagres! Quando eu amputei a minha perna, meu único desejo era voltar a andar. Eu não só consegui, como pude melhorar tudo em minha vida. As pessoas que ajudam essa instituição, como a Fundação BB está fazendo, nem imaginam, mas estão realizando sonhos. Eu sou a prova! Graças a vocês a gente pode voltar a viver. Muito obrigada!”, finalizou.
Visita especial
A celebração dessa parceria de sucesso contou ainda com uma participação muito especial! Durante uma visita a cidade de Barretos (SP) e ao Hospital de Amor, o atacante da Seleção Brasileira, Richarlison, visitou as obras do DREAM, conheceu a estrutura de alguns departamentos do HA e ofereceu muito carinho aos pacientes e colaboradores da instituição. “Fico muito feliz de estar aqui visitando esse Hospital tão importante! É um momento único na minha vida e poder dar um abraço em cada um enche meu coração de gratidão!”.
A história do Hospital de Amor foi construída e é feita, diariamente, por quem faz do cuidar sua principal missão! É o caso dos mais de 2 mil profissionais de enfermagem que estão distribuídos em todas as unidades da instituição.
Por isso, neste ano, para celebrar o ‘Dia Internacional da Enfermagem’, comemorado no dia 12 de maio, o HA convidou cinco colaboradores para contar as suas experiências de vida e resumir, em um breve relato, a importância da enfermagem e o amor que eles sentem pela profissão. Leia e se emocione:
Luciana Rodrigues dos Reis, 50 anos, enfermeira.
“É uma dádiva, Deus ter me escolhido para cuidar das pessoas”.
“Escolhi a enfermagem devido a um fato que aconteceu comigo na adolescência. Quando tinha 18 anos, minha vizinha foi até minha casa pedir ajuda porque o pai dela estava se sentindo muito mal. Ao chegar lá, vi que ele estava ao chão e não responsivo. Então, chamamos ajuda e ao chegar na Santa Casa de Misericórdia de Barretos (SP), ele havia infartado e ido a óbito. Após este episódio, eu disse para minha mãe, Maria Mercedes, que iria estudar enfermagem para ajudar as pessoas.
Com o passar do tempo, conheci o Marcelo, meu esposo, e por meio dele conheci a minha sogra, dona Conceição dos Reis, que atuava na Santa Casa, na área de enfermagem. Ela nos direcionou e começamos a cursar enfermagem. Em 1997, entrei no ambulatório do Hospital de Amor, no departamento de enfermagem.
Um dia, quando estava na recepção ajudando nos agendamentos, veio uma mulher até mim e eu conversei com ela. Ela me entregou um presente e disse: “trouxe este presente para te acompanhar em sua trajetória, vejo você em seu atendimento e me emociono de ver o quanto é prestativa e educada, vejo amor em você”. Agradeci ela e ao abrir o presente, voltei meus olhos para agradecer novamente e ela não estava mais lá. Procurei por ela na recepção toda e não a encontrei. Lembro de ter comentado com as minhas colegas de trabalho que foi Deus quem enviou ela para mim.
O presente era uma imagem da Nossa Senhora das Graças e, desde então, sou devota dela, carrego a sua imagem comigo e em minhas orações peço proteção.
Eu trabalho há 28 anos na área e para mim, trabalhar com a enfermagem é ter um aprendizado todos os dias, então, procuro dar o melhor de mim. É uma dádiva Deus ter me escolhido para cuidar das pessoas.”
Marcela de Oliveira Santos, 40 anos, enfermeira.
“Os pacientes me ensinaram o quanto a vida é curta e que cada segundo deve ser vivido, sem deixar para depois um eu te amo ou um adeus”.
“Meu sonho era cursar medicina até conhecer a enfermagem. Eu encontrei minha verdadeira vocação quando comecei a trabalhar como auxiliar de enfermagem, em 2003, na UTI adulta do Hospital de Amor. Neste momento, eu descobri o amor e conheci pessoas que me ajudaram a ser quem sou hoje.
Quando conclui a faculdade de enfermagem, em 2008, continuei na UTI, onde me realizei como profissional até ser convidada a trabalhar com a equipe cirúrgica do digestivo alto.
O período na UTI marcou muito minha vida, porque eu aprendi a deixar de lado os problemas pequenos e entendi que cada minuto com quem amamos vale muito mais. Os pacientes me ensinaram o quanto a vida é curta e que cada segundo deve ser vivido, sem deixar para depois um “eu te amo” ou um “adeus”.
Após alguns anos, eu fui para ‘Atenção Primária’ e aprendi muito sobre um mundo ainda desconhecido. Eu vi pessoas machucadas, observei que a fome muitas vezes é maior que a dor de uma doença e percebi que com amor podemos mudar um pouco este mundo.
No HA, eu encontrei profissionais que trabalham com amor e dedicação, que fazem todo o sofrimento se tornar uma esperança de um final feliz. Em cada lugar que passei, eu aprendi o valor de cada sorriso e de cada olhar.
Além disso, durante a minha jornada no Hospital de Amor, a minha vida pessoal também foi transformada. Em 2010, o amor se tornou palpável para mim, eu tive a minha primeira filha, a Maria Luísa. Desde então, nasceu a ‘Marcela mãe’. Mas a felicidade não parou por aí, o Miguel veio depois de um tempo e completou a nossa família.
Hoje, me sinto parte desta instituição como se fosse minha família. Aqui, temos pessoas que nos apoiam e investem em sonhos e ações, para que assim, consigamos ajudar o próximo”.
Marilene Oliveira Simeão, 48 anos, enfermeira.
“Todos os dias nós tocamos em uma vida e todos os dias, nossas vidas são tocadas por um paciente”.
“Eu escolhi a enfermagem porque desde criança eu sonhava em poder fazer algo pelo próximo. Queria, de alguma forma, mudar a vida de alguém, aliviar a dor, diminuir o sofrimento, mas, principalmente, cuidar com amor e dignidade porque quando a nossa saúde está ameaçada, é quando nos sentimos mais frágeis e amedrontados.
Para realizar este sonho, a caminhada foi longa. Eu vim de uma família negra e de baixa renda. A minha mãe era analfabeta e o meu pai tinha pouco estudo, mas, é uma família cheia de amor. Eu fui a primeira a ter a oportunidade de frequentar uma faculdade, mas antes de iniciar o curso, eu fui auxiliar de enfermagem, depois me tornei técnica e só aos 35 anos consegui concluir a minha graduação.
Eu tive vários momentos marcantes em minha carreira, mas teve um episódio que é especial, talvez por ter sido no início da carreia: Eu estava de plantão e o Pedro (9) estava em tratamento oncológico, internado no Hospital Base, com cuidados paliativos. Sua mãe e ele me abraçaram e me agradeceram por eu estar ao lado deles nesta caminhada e aquele abraço me fortaleceu.
Eu acredito que são os pacientes que salvam as nossas vidas diariamente, porque eles nos proporcionam a oportunidade de sermos melhores, de evoluirmos e de crescermos espiritualmente. Todos os dias nós tocamos em uma vida e todos os dias, nossas vidas são tocadas por um paciente.
Esta é uma profissão em que todos os dias alguém reza por você, além de ser uma dádiva de Deus.”
Franciele de Nogueira Gomes, 33 anos, enfermeira.
“Eu sempre tento tratar o paciente como se ele fosse alguém da minha família”.
“Desde criança eu sabia que eu queria fazer enfermagem, nunca pensei em outra opção. Quando pequena, eu convivia muito com os meus avós e eles já tinham mais de 70 anos e eu ia muito com o meu pai levá-los ao médico.
Eu lembro que aconteceu um episódio quando eu era bem novinha: Meu avô estava internado, meu pai foi visitar ele e eu fiquei com a minha avó sentada lá fora. Eu perguntei para ela o que era aquela placa que estava na nossa frente, ela disse que era da faculdade e eu disse: “Vô, um dia eu vou estudar aí!”, e acabou que eu realmente passei no curso de enfermagem da FAMERP, em São José do Rio Preto (SP), e me formei lá.
Eu sempre tento tratar o paciente como se ele fosse alguém da minha família. Eu passei por uma experiência recente de perder o meu pai em um hospital em São José de Rio Preto (SP) e eu percebi como o atendimento é diferente e como o que a gente faz aqui, no Hospital de Amor, muda muito, tanto para o paciente quanto para o acompanhante. Então, eu sempre tento ser o mais clara possível e sempre tento trazer, tanto o paciente quanto o acompanhante, para perto de mim.
Logo que eu entrei aqui, tinha uma paciente que tinha mais ou menos a minha idade. Ela tinha uma irmã que tinha a idade da minha e nós conversávamos muito, ela até me apresentou a família. Infelizmente, ela foi a óbito e quando a gente acompanha as progressões e o quanto a família sofre, a gente acaba sofrendo junto.
Para lidar com pacientes oncológicos e com as fragilidades deles você tem que ser frágil também. Já é difícil dimensionar tudo que eles passam, então, eu acho que se você não for sensível, você não consegue dar o tratamento que eles precisam porque não é só o tratamento físico, tem todo um tratamento por trás disso.
Antigamente, eu era uma pessoa muito fechada, então, eu tive que me moldar completamente porque eu lido com pacientes. Eu preciso puxar assunto com eles, ser empática e eu tento não deixar o momento em que o paciente está aqui triste, porque a gente sabe que estar dentro do hospital já é.
Se eu pudesse dar um conselho para as pessoas que pretendem fazer enfermagem, eu diria: busque conhecimento sempre, faça com carinho e reflita sobre as pessoas que você vai atender, isso é muito importante”.
Célio Aparecido Silva, 62 anos, enfermeiro.
“A palavra que define a minha profissão é o amor, porque o amor engloba tudo: Respeito, paciência e humildade”.
“Eu trabalho no Hospital de Amor há 30 anos, mas minha jornada de trabalho se iniciou quando eu tinha 15. Eu comecei trabalhando na Santa Casa de Misericórdia de Barretos (SP), com serviços gerais. Quando eu estava com 18 anos, acredito que alguém tenha visto algo em mim, porque eu fui convidado para fazer parte da equipe de enfermagem. A princípio, eu comecei como atendente, depois, fiz um curso de auxiliar de enfermagem e continuo na área até hoje. Na época, eu trabalhava 36 por 12 horas e fiz essa rotina por 16 anos.
Quando terminei meu curso, entrei no Hospital São Judas Tadeu – unidade de cuidados paliativos e atenção primária ao idoso –, mas começou a rodar turno e eu já trabalhava a noite, então, pedi demissão. Depois de dois dias, a Dra. Scylla Prata (fundadora da instituição) me procurou, disse que o meu trabalho era importante e me ofereceu uma vaga na quimioterapia, para trabalhar no período da tarde. Eu aceitei e estou aqui até hoje. Se fosse preciso, eu faria isso novamente, porque eu amo o que eu faço.
Um dia, tinha uma paciente aqui na QT que estava muito irritada e chorando, porque não estavam conseguindo pegar a veia dela. Eu fui até ela, conversei, acalmei ela e consegui pegar a veia. Ela me disse que eu tinha uma áurea diferente, mas não sabia explicar muito bem, e isso me marcou muito.
A enfermagem muda a gente, nós passamos a ser mais atenciosos, nós tratamos as pessoas melhores. Mesmo aposentado eu continuo trabalhando, porque eu gosto do que faço e isso faz bem para a minha mente.
A palavra que define a minha profissão é o amor, porque o amor engloba tudo: respeito, paciência e humildade.”
A Inovação faz parte do DNA do Hospital de Amor, desde a sua inauguração, em 1962. Com o aumento e aplicação da tecnologia cada vez mais presente na rotina da instituição, foi necessário desenvolver seu próprio centro de inovação. Por isso, em 2021, o HA se colocou mais uma vez na vanguarda da saúde pública, ao criar o Harena Inovação, a fim de promover aceleração de ideias e promoção da ciência e da tecnologia, que teve seu espaço físico inaugurado no último dia 25 de abril. A cerimônia de ontem contou com a presença do coordenador de ambientes inovadores e startups do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Freitas; da Diretora técnica da coordenadoria de desenvolvimento regional e territorial do estado de São Paulo, representando o Governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, Eneida Gama; da Prefeita de Barretos (SP), Paula Lemos; do Head Sebrae for startups, Michel Porcino; da Assessora e representante do Senador Rodrigo Cunha, Maria Isabel Góes; do capelão do HA, Padre Tulio Gambarato; do Presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata; e do Diretor de Inovação do HA e do Harena, Dr. Luis Romagnolo. O evento surpreendeu a todos com uma dinâmica ‘futurista’ e divertida liderada por Marcelo Marcon.
Para o presidente do HA, Henrique Prata, todos os colaboradores compartilham o sonho de salvar vidas e fazer a diferença todos os dias. Até o momento, mais de 90 healthtechs estão conectadas ao ecossistema de inovação da instituição, sendo 45 delas participantes dos programas de aceleração, apenas em 2022. São 17 projetos de inovação executadas em parceria com startups para realização de provas de conceito de tecnologia e validação de novos produtos, mais de 500 pessoas impactadas e relevantes parcerias institucionais, como o Sebrae, o InovaBra Startups, a Associação Brasileira de Startups, o Instituto Federal de São Paulo e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do governo federal.
Para o diretor de inovação do Harena, Dr. Luis Romagnolo, “Desde 2021, nós estamos conectando pessoas e empresas capazes de impactar positivamente a vida dos pacientes da saúde pública do Brasil, dá muito orgulho em poder fazer parte desta revolução”, afirma o profissional.
Dentre alguns segmentos que fazem parte do portfólio de inovação, estão: gestão hospitalar, saúde digital, prevenção e acesso, diagnóstico inteligente, pesquisa científica, dispositivos médicos e humanização e qualidade de vida. Além de desenvolver iniciativas estruturadas em 3 estados brasileiros: Acre, Alagoas e São Paulo.
Com o novo espaço físico, além de proporcionar estrutura de trabalho para os parceiros e startups aceleradas, o Harena também ampliará a capacidade de atendimento com um novo programa em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e o Instituto Federal de São Paulo, o ConectaHealth. Nos próximos 2 anos, serão mais 120 healthtechs atendidas com o programa, que oferecerá capacitação empreendedora gratuita, mentorias especializadas e conexão com o ecossistema de inovação do Hospital de Amor, em Barretos.
O termo japonês ‘ikigai’ significa “uma razão para existir”. A palavra é composta pelo termo iki, que significa ‘vida’, e gai, que traduzido seria ‘efeito’. O caminho Ikigai, seria uma ferramenta de autoconhecimento que explana diversas áreas e intersecções da vida pessoal e profissional. Ou seja: ao encontrar algo que você ama, te pague bem, você realiza com esmero e faz a diferença no mundo, aí então, você terá alcançado o seu Ikigai, ao unir missão, paixão, profissão e vocação.
A freira Rita de Cassia de Jesus, de 40 anos, natural de Mogi das Cruzes (SP), faz parte da Congregação das Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada há 24 anos. “Deus me chamou para a vida religiosa para ser amor na vida dos doentes e dos mais necessitados. Escolhi servir a Deus no amor e na alegria de me doar”, conta Rita, sempre com um sorriso no rosto.
Há pouco mais de um ano, a irmã começou a trabalhar no alojamento Madre Paulina, em Barretos (SP) – o primeiro alojamento do Hospital de Amor. De acordo com a freira, trabalhar nesta casa assistencial é um privilégio, pois é possível conhecer um pouco de várias partes do Brasil e se aprofundar na arte de acolher e amar realidades, ao adentar na intimidade das pessoas no momento da fragilidade da dor, doença física e espiritual. “Penso que a missão do HA é o testemunho mais vivo e concreto de que é possível atender a saúde humana com dignidade e nobreza de espírito, sem distinção de cor, classe social, raça ou religião, atendendo assim, a pessoa humana como um todo”, afirma Rita.
Amor e dedicação pela causa onde trabalha, Rita tem de sobra, mas para dar conta de administrar o local que abriga 257 pessoas, a freira conta com algo que no início começou mais como recomendação, mas agora já vem ganhando gosto: praticar exercícios físicos na academia. “Começamos a treinar, pois sentíamos necessidade de fazer uma atividade para o bem-estar físico e psíquico, porque nossa rotina requer muito equilíbrio e disponibilidade de tempo”, explica a freira que treina com suas colegas de trabalho, as também freiras, irmã Raymunda, de 77 anos, e irmã Adriana, de 43 anos.
Vestida com seu fiel ‘hábito’ e um par de tênis, Rita recebe o auxílio do educador físico da academia do Hospital de Amor (exclusiva para os colaboradores da instituição), Gilmar Júnior, que revela que elas sãos as primeiras religiosas que ele ajuda a treinar. “O senhor Henrique Prata é adepto à atividade física, então, todos aqueles próximos a ele, nesse caso, os padres e as freiras, ele pede sempre para virem praticar a musculação comigo. Com isso eu já atendi o Pe. Constante, Pe. Túlio e outros padres que passaram pela cidade estudando e também vieram treinar na academia”, conta Juninho – como é conhecido pelos funcionários da instituição.
Gilmar explica que o treino é um meio de exercitar o corpo para gerar o bom funcionamento corporal e aumentar a resistência física para o trabalho tão árduo como o de cuidar de outras pessoas, algo este realizado pelas freiras. “Gosto muito de fazer os exercícios interagindo com todos os colaboradores que ali treinam, além de escutar no celular algumas orações e reflexões bíblicas para aproveitar bem o tempo”, revela o educador.
Júnior também conta que o maior desafio dos treinos é manter a frequência e a disposição, pois tem dias que o tempo é bem escasso e o cansaço dos atendimentos aos pacientes são bem intensos. Segundo a irmã Rita, as atividades físicas são importantes, já que viver harmoniosamente num local onde residem mais de 200 pessoas de várias situações, culturas e regiões, é um verdadeiro milagre do amor.
Irmã Rita também tem disposição para organizar eventos culturais no alojamento, inclusive, ela realiza até apresentações de dança, contribui com as atividades diárias no local, faz suas orações, doa sangue e está sempre pronta para ajudar a todos.
Mas engana-se quem pensa que malhar não é algo comum das freiras. Madonna Budder é uma famosa religiosa americana, de 92 anos, que já realizou mais de 400 provas de triatlo, sendo 50 delas na modalidade Ironman (uma das competições mais difíceis do mundo), no qual é necessário nadar 3,8 km, pedalar 180 km e finalizar com 42 km de corrida. Sister Madona, com é conhecida na América, teve seu primeiro contato com triatlo aos 48 anos, e aos 70 anos participou do Ironman pela primeira vez. Ela já alcançou o recorde mundial de mulher mais velha a finalizar a competição aos 82 anos. Isso prova que nunca é tarde para iniciar uma atividade física e mudar de hábito!
Praticar atividades físicas contribui para diversos benefícios, tais como: ajuda no combate ao excesso de peso, reduz a pressão arterial, ajuda a controlar a glicemia, fortalece ossos e articulações, aumenta a força e a resistência muscular, diminui o estresse, promove a sensação de bem-estar, aumenta a disposição, combate a ansiedade e a depressão, fortalece o sistema imunológico, além de contribuir para uma melhora da memória e da capacidade de aprendizado.
Atender, cuidar e sempre estar à disposição de milhares de pacientes diariamente, com carinho e bom humor, é uma função que exige muita dedicação, amor pelo que faz e a certeza de saber que seu trabalho está fazendo a diferença no mundo, sendo assim, podemos dizer que a irmã Rita encontrou o seu Ikigai.
Em abril de 2012, a colaboradora do Hospital de Amor Barretos (SP), Deize de Oliveira (43 anos), descobriu que estava com mais de mil pólipos no intestino (alterações que podem aparecer no intestino devido à proliferação excessiva de células presentes na mucosa no intestino grosso). Apesar do número impactar, a história dela e de sua família é muito mais impressionante!
Tudo começou quando Deize tinha apenas dois anos e seu pai foi diagnosticado com câncer colorretal. Ele não resistiu ao tratamento, mas a família não sabia que a doença tinha grandes chances de ser hereditária. Quando ela completou 31 anos, uma nova preocupação surgiu: seu irmão começou a sentir fortes dores na barriga e a ter sangramento nas fezes. Ao realizar alguns procedimentos, foi diagnosticado com câncer de intestino – o mesmo tipo que levou seu pai. E ele também não resistiu. Foi aí que uma médica do departamento de Oncogenética do HA orientou Deize a fazer exames preventivos, pois as chances dela também se tornar paciente oncológica eram altas.
Ainda que sem sintomas, ela cedeu ao rastreamento e, após uma colonoscopia, foram detectados mais de mil pólipos intestinais. “O caso era cirúrgico, mas o meu maior medo era precisar utilizar a bolsa de colostomia. Depois da cirurgia, na sala de recuperação, escutei a voz do médico me dando a notícia de que o procedimento tinha sido um sucesso e não seria necessário colocar bolsa”, afirmou.
Todo esse processo, tanto da Deize, quanto do irmão, foi realizado no Hospital de Amor. Na época, ela atuava no departamento de nutrição e, após o afastamento por conta da cirurgia, foi promovida a auxiliar no setor de radiologia. Animada com o sucesso do tratamento e com a promoção, ela começou um curso na área. “Graças a Deus e ao HA, hoje eu sou técnica em radiologia e estou viva”.
Ao ressaltar a importância da prevenção, ela se emociona! “É extremamente importante estar em dia com os exames preventivos. Se tivéssemos ido ao médico antes, meu irmão estaria aqui comigo hoje. Minha dica é: se você está sentindo qualquer sintoma, procure um médico de sua confiança. E se você tem casos de câncer na família, recorra ao setor de oncogenética, pois a doença pode ser hereditária”, declarou.
Atualmente, Deize atua como técnica de radiologia no Hospital de Amor e faz acompanhamento anual para ressecar os pólipos. Seus três filhos são saudáveis, porém, por conta do histórico familiar, o mais velho, Eduardo (24 anos), também já deu início aos exames preventivos na instituição.
Oncogenética no Hospital de Amor
A Oncogenética é a uma área médica que acompanha pacientes que possuem um maior risco de desenvolvimento de câncer por conta de fatores hereditários. Esse tipo de acompanhamento só é indicado em casos específicos e, nessas situações, pode ser um grande aliado para identificar a predisposição, a fim de realizar a detecção precoce de alguns tipos de tumores.
O Hospital de Amor oferece este tipo de acompanhamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), graças à sua estrutura voltada para pesquisa científica em oncologia. De acordo com o médico oncogeneticista da instituição, Augusto Antoniazzi, quando há a identificação de que a doença seja hereditária em um paciente da instituição, inicia-se também a investigação com seus familiares. “Por meio do paciente, nós conseguimos também identificar familiares com risco aumentado de câncer e propor estratégias de prevenção e redução de risco para eles”. Então, caso a equipe identifique um familiar saudável, sem o diagnóstico para câncer, é capaz fazer um programa de prevenção para ele. Com isso, é possível evitar que o câncer seja diagnosticado em estágios mais tardios, aumentando consideravelmente as chances de cura.
Em alguns tipos de tumores da doença é possível realizar um tratamento baseado na mutação genética, com medicações específicas que melhoram seu desfecho. Para a maioria dos genes que pré-dispõem ao câncer, o teste genético é realizado já na idade adulta. Mas, existem casos onde ele pode ser feito ainda infância.
Quanto vale uma declaração de amor? Para o Hospital de Amor, a sua vale muito! É com este tema que a instituição deu início a campanha “Declaração de Amor”, com objetivo de captar recursos obtidos por meio de incentivos fiscais – essenciais para que o hospital continue buscando excelência tecnológica e humana no tratamento oncológico e oferecendo aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, via Sistema Único de Saúde (SUS).
Se você tem o desejo de contribuir com a causa do HA de forma rápida, segura e sem gastar nada, as doações de Imposto de Renda são ótimas opções! A novidade deste ano é que, além da doação ao projeto Lei da Criança e Adolescente, também é possível dobrar o valor destinado à instituição, doando também para a pessoa idosa. Ou seja: você pode destinar 3% para as atividades da instituição com crianças e adolescentes e mais 3% ao atendimento da pessoa idosa.
Para esclarecer todas as dúvidas sobre as doações de IR e a importância delas para o Hospital de Amor, preparamos uma matéria especial com o gerente de Parcerias Corporativas da instituição, Cleber Delalibera. Confira!
• Como doar o Imposto de Renda para o Hospital de Amor?
R.: No momento de fazer a Declaração do Imposto de Renda, escolha a opção “Doações Diretamente da Declaração”. Após o preenchimento dos dados solicitados, o próprio sistema irá gerar as guias referentes ao IR e às doações escolhidas, podendo ser de 3% – a Lei da Criança e Adolescente, e 3% – a Lei do Idoso.
Resumidamente:
– Preencha sua declaração com todos os dados financeiros;
– Selecione o campo ‘Fichas da Declaração’ e escolha a opção ‘Doações Diretamente da Declaração’;
– Selecione a aba ‘Criança e Adolescente’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em UF, selecione ‘SP’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 19.011.652/0001-50’. Este é o Fundo Municipal da Criança de Barretos;
– Selecione a aba ‘Idoso’ e clique em ‘Novo’. Escolha o tipo de ‘Fundo Municipal’;
– Em ‘Município’, selecione ‘Barretos – 15.642.204/0001-01’. Este é o Fundo Municipal do Idoso de Barretos.
– Na hora de enviar a declaração para a Receita Federal, o sistema irá emitir até três DARF’s, sendo um referente ao Imposto de Renda e outros dois correspondentes aos fundos da Criança e Adolescente, e Idoso.
– Após enviar o pagamento, é fundamental direcionar o comprovante de para: ha.com.vc/ircomprovante.
• Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode doar?
R.: Toda pessoa física que fizer a declaração completa do Imposto de Renda e obter tributos a pagar, pode contribuir. Já pessoas jurídicas podem fazer a dedução fiscal desde que estejam na modalidade ‘Lucro Real’.
• De que maneira as doações incentivadas contribuem com o HA?
R.: As doações incentivadas pela Lei do Idoso garante atendimento integral aos pacientes de 60 anos ou mais, nas unidades do Hospital de Amor espalhadas por todo o Brasil. São contemplados os custos relacionados ao tratamento e às atividades multidisciplinares desenvolvidas continuamente, além de auxiliar no custeio do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção o idoso do HA).
Já as doações incentivadas pelo Fundo da Criança e Adolescente têm o objetivo de viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, em Barretos (SP), além contribuir com as ações de assistência, estruturadas para que o paciente e sua família possam estar juntos no enfrentamento da doença.
• Quanto foi arrecadado, no último ano, por meio dos projetos (Lei do Idoso e Lei da Criança e Adolescente)?
R.: O valor arrecadado no último ano com os dois fundos, foi de aproximadamente R$ 80.000.000,00. Embora expressiva, a quantia ficou muito abaixo da real necessidade do HA, onde o déficit operacional ultrapassou meio bilhão de reais em 2022.
• Doações de pessoas físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que façam modelo completo?
R.: Sim, podendo ser destinado 3% para a Lei do Idoso e 3% para a Lei da Criança e Adolescente.
• Qual é a data limite para realizar a declaração e ajudar o HA?
R.: Pessoa física pode doar em qualquer momento, no entanto, recomendamos que os prazos de entrega das declarações sejam respeitados para se evitar possíveis multas, ou seja, até 31/05/2023. Já as pessoas jurídicas têm até o dia 28/12/2023 para doar.
• Qual é a importância e o impacto destas doações para o Hospital de Amor?
R.: A contribuição fiscal é um ato que salva vidas. Por meio dela, o HA consegue custear grande parte dos seus procedimentos, oferecendo atendimento de qualidade e repleto de amor a pacientes de todo Brasil. São 61 anos ajudando os brasileiros de forma gratuita e integral.
IMPORTANTE: após concluir a doação do seu IR, não esqueça de enviar o comprovante para garantir que o Hospital de Amor receba os recursos. Sem essa etapa, a doação não chega!
Agora é com você! Declare seu amor para o HA e faça a diferença na vida de milhares de pacientes. E se ainda ficou alguma dúvida, acesse: ha.com.vc/irha e confira o passo a passo.
O dia 24 de março é sempre uma data muito especial e significativa para o Hospital de Amor. Ela representa o início de tudo, quando no ano de 1962 o casal de médicos visionários, Dr. Paulo Prata (in memoriam) e Dra. Scylla Duarte Prata, fundaram um dos maiores centros de tratamento oncológico da América Latina, responsável por atender pacientes de todo Brasil e de países vizinhos, de forma humanizada e 100% gratuita.
De lá para cá, em 61 anos de história, muita coisa aconteceu! A instituição ultrapassou limites, barreiras e fronteiras para levar saúde de qualidade a todas as pessoas. O seu programa de prevenção de câncer alcançou números de diagnósticos precoces inimagináveis, por meio de suas unidades fixas e móveis. Seus atendimentos de excelência (via Sistema Único de Saúde) em unidades de tratamento espalhadas pelo país, estruturas altamente tecnológicas, procedimentos avançados e resultados inovadores em ensino e pesquisa, fizeram a instituição ser reconhecida internacionalmente.
São 61 anos transformando a realidade da saúde pública do país, escrevendo novos capítulos na história de muitas famílias e salvando milhares de vidas! É claro que nada disse seria possível sem a contribuição de doadores, parceiros e voluntários, que ajudam a instituição a sanar seu déficit mensal milionário. Entretanto, muito além de oferecer acolhimento e um tratamento digno, o Hospital de Amor oferece: AMOR! E sabe o que é mais incrível e gratificante? Este sentimento que está enraizado em sua missão, é genuinamente recíproco!
Neste aniversário, quem ganha o presente é o HA! Confira alguns relatos emocionantes e repletos de amor (e que representam centenas de outros que recebemos diariamente) de pacientes que estão ou já estiveram em tratamento na instituição.
Alessandra Fernandes (Anápolis – GO)
Em janeiro de 2020, fui diagnosticada com câncer de mama HER2 invasivo infiltrante. Logo após a descoberta da doença, minha família, em especial meu irmão Hermes, se preocupou muito comigo e quis ele que eu tivesse o melhor atendimento possível. Dessa forma, ele e alguns amigos deram andamento ao encaminhamento para Barretos (SP). Mas Deus reservou algo muito especial para mim: Jales (SP). Lá eu recebi o amor, a humanização e o carinho de muitos que passaram pelos meus atendimentos. Recebi 16 aplicações de quimioterapia, 19 sessões de radioterapia, passei por duas cirurgias e por fim, 17 imunoterapias. Transpus a barreira de 1.400 km semanais de ônibus. Venci o processo e atingi o propósito! Quero aqui agradecer a todos por tudo e por tanto que recebi. Desejo ao Hospital de Amor o melhor deste mundo. Obrigada de coração. Que Deus sempre encaminhe pessoas maravilhosas e dispostas a lutar pelo ideal, hoje continuado pelo sr. Henrique Prata. Deus os abençoe sempre. Obrigada.
Ah! Transformei minha doença em militância. Hoje procuro levar informação através de palestras e bate-papos àquelas pessoas que precisam saber da importância do autocuidado, dos direitos de um paciente oncológico e que o câncer não é uma sentença de morte. Há vida após a turbulência. Hoje estou aqui contando a minha história a vocês. Orgulho do que conquistei. Obrigada, família e amigos que seguraram (financeiro e afetivo) minhas mãos durante todo esse período. Obrigada, equipe de Fernandópolis (SP). Vocês são demais. Obrigada, Dr. André, Rosa, Luana Xavier, Luciene, Denise, Nebling, Patrícia Estevo, William Ricardo, Sérgio, Michele, Tainá, Alessandro, Amanda, Priscila, Aniele, Liane…Amo vocês e o que representam para mim!
Geraldo Júnior (Goiânia – GO)
MUITO, MUITO, MUITO AMOR POR AQUI!
Quero parabenizar e enaltecer ao idealizador e todos que atuam juntos ao HA. O Hospital de Amor foi a melhor oportunidade de ver a vida com mais amor e acolhimento, vindo de Goiânia (GO), onde não consegui suporte quando fui diagnosticado com câncer colorretal e metástase no fígado. Foi um gigantesco susto de primeira, mas quando fui acolhido pelo Hospital de Amor, unidade de Jales (SP), minha esperança em continuar vivendo veio, através de muito amor de todos do Hospital, desde a recepção, pessoal do laboratório, equipe de exames de imagens, da limpeza, do lanche, enfermeiros e médicos. Sinto-me cada vez mais acolhido, não é fácil, mas aqui se torna mais leve. Gratidão eterna!
Ricarda Rodriguez (Venezuela – VE)
Sou Ricarda Solideiner Rodriguez Acevedo, uma venezuelana que chegou ao Brasil em fevereiro de 2019, com uma luz de esperança de poder me tratar do câncer que sofro. Graças ao nosso Pai Celestial, o Hospital de Amor abriu suas portas para mim! Até agora eles me deram todo o amor e ajuda, e eu sou sinceramente grata por ter esse privilégio. Mesmo sendo estrangeira não tive nenhuma diferença, pelo contrário, eles me trataram como uma brasileira! Sou eternamente grata ao Hospital de Amor e toda sua equipe. Vocês são os melhores do mundo!
Joyce Lustosa (Indaiatuba – SP)
Em 19/04/2005, com apenas 10 anos, dei início ao meu tratamento no HA. Por ser portadora de moléstia classificada no CID 10 sob o número C40, fui diagnosticada com Osteossarcoma Maligno. Fui submetida ao protocolo de tratamento com quimioterapia neo-adjuvante; cirurgia com ressecção tumoral e substituição com endoprótese em úmero direito; e quimioterapia adjuvante. Tive revisão da prótese em 16/12/2011. Evolui com soltura da endoprótese, onde foi realizado nova cirurgia para colocação de endoprótese de úmero total em braço direito. Hoje, faço acompanhamento oncológico e apresento diminuição de força e amplitude de movimento em membro superior direito, o que incapacita para atividade a qualquer esforço físico.
Sou imensamente grata a Deus e a TODOS que fazem parte dessa família maravilhosa que é esse hospital. Desde os faxineiros(as), enfermeiros(as), médicos(as), motoristas, cassa de acolhimento, todos, sem distinção de nível. Todos que fazem parte, que transmitem o bem, que são guiados por Deus. Sou imensamente grata por tudo que já passei, porque venci essa luta ao lado das pessoas que sempre estiveram ao meu lado, me ajudaram e me apoiaram.
Lívia Loami (Barretos – SP)
Era dezembro de 2018. Trabalhava no NAP (Núcleo de Apoio ao Pesquisador) da Prevenção do HA. Tive a oportunidade, nessa data, de realizar o sonho de defender o doutorado. Fazia mais de um ano que tinha uma coceira insuportável no corpo. Acordava a noite por causa dela. Acompanhava com especialista, fazia tratamento e nada. Março de 2019 tive sintomas de gripe: tosse e febre. Fui ao pronto socorro, fiz exames e me disseram que era pneumonia. Sete dias afastada. Dez dias de antibiótico. No 7º dia já estava ótima (mas continuava coçando). Uma semana depois, a tosse voltou. Repeti os exames (raio-X, tomografia, etc.) e veio o laudo: um monte de linfonodos aumentados, massa de 12cm entre os pulmões, veias invadidas pelo tumor. Achei que era o fim. O chão abriu. É sério! Senti tudo aquilo que já tinha ouvido e visto acontecer muitas vezes enquanto trabalhava na prevenção da instituição. Receber o diagnóstico de câncer é triste. Dói. Você olha para os filhos (na época eles tinham 3 e 6 anos) e só quer ter a chance de vê-los crescer. Fui de funcionária, em um dia, para paciente no dia seguinte. Estive do outro lado, deitada na cama para receber a quimioterapia. Colocando máscara para fazer radioterapia. Muitas punções. Fraqueza. Cansaço. E esperança. Muita vontade de viver. Foram 6 meses de tratamento. O dia em que eu pude voltar a comer o que gosto parecia ser o maior prêmio que recebi. Chorei. Vibrei! Tocar aquele sino da radioterapia, então… foi libertador!
Janeiro de 2020, voltei a ser colaboradora. Mas, dessa vez, dentro da radioterapia. Aliás, que equipe! Quando o desespero bateu em uma das sessões de radioterapia, não precisou palavras. O abraço daquelas meninas me salvou. No final, depois da onda ter abaixado e a tempestade passado, ganhei um presente de Deus. Meu milagrinho, minha Rebeca, que nasceu dia 22/12/2020. E continuamos firme, vivendo a cada dia, sem mais câncer, só sendo feliz. E glória a Deus por isso!
São depoimentos como estes que fazem o HA continuar! Que venham mais 61 anos pela frente, mais Alessandras, Geraldos, Ricardas, Joyces e Lívias com lindos relatos, muito mais vidas salvas! Obrigado, queridos pacientes. Vocês são nossos maiores presentes!
O Hospital de Amor, maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina, possui estruturas avançadas voltadas para prevenção, ensino e pesquisa, focadas na busca constante pela melhor assistência ao paciente. Com essa missão, a instituição acaba de divulgar o desenvolvimento de um novo painel genético para sarcoma, que, segundo a Dra. Flávia Escremim de Paula, biologista especialista líder do laboratório de diagnóstico molecular do HA, tem como finalidade detectar mais de 170 aberrações genéticas que definem esses tumores, permitindo avaliar mais de 20 tipos histológicos diferentes.
Inédito no Sistema Único de Saúde (SUS), o novo painel genético representa uma grande evolução no diagnóstico e tratamento do sarcoma, uma vez que esses tumores são conhecidos por serem altamente heterogêneos e terem uma variedade de alterações genéticas diferentes. O ensaio genético é fruto de uma parceria com pesquisadores holandeses e, de acordo com o pesquisador responsável pela sua implementação no HA, o Dr. Rui Manuel Reis, diretor científico do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA, será possível detectar uma ampla gama de fusões genéticas em um único ensaio, o que torna o diagnóstico mais preciso, rápido e eficiente.
O sarcoma é um tipo raro e agressivo de câncer que afeta os tecidos moles do corpo, como músculos, ossos, gordura, vasos sanguíneos e tecidos conjuntivos; e possui um diagnóstico ainda desafiador, pois os sintomas podem ser variados e muitas vezes vagos.
O teste, desenvolvido com base na plataforma NanoString nCounter, é realizado em uma única amostra, o que significa que não é necessário coletar múltiplas amostras de tecido para analisar diferentes alterações genéticas. Isso pode reduzir significativamente o tempo e o custo do diagnóstico, além de minimizar o desconforto do paciente. Além disso, o painel recém-desenvolvido é altamente sensível e específico, o que significa que pode detectar essas anomalias genéticas mesmo em amostras escassas e cuja preservação não tenha sido ideal. Isso é particularmente importante para o sarcoma, uma vez que esses tumores são frequentemente difíceis de biopsiar e podem produzir amostras de tecido de baixa qualidade.
Em resumo, o novo painel genético para sarcoma representa um grande avanço no diagnóstico desses tumores. Com esta tecnologia inovadora, será possível melhorar significativamente o diagnóstico e tratamento da doença, oferecendo uma abordagem mais personalizada e eficaz para cada paciente.
Diagnóstico Molecular
O diagnóstico molecular é um conjunto de métodos analíticos consagrados da biologia molecular, visando a investigação de alvos de interesse a partir da análise do material genético, o DNA e o RNA, para identificar mutações genéticas que, neste caso, podem estar associadas ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer.
Com o diagnóstico molecular, os médicos podem identificar as mutações específicas que estão presentes no câncer de um paciente e escolher o tratamento mais eficaz com base nos resultados. Isso pode incluir terapias direcionadas, que atacam diretamente as células cancerígenas com mutações específicas. O método também pode ajudar a identificar pacientes que têm um risco maior de desenvolver câncer, permitindo que medidas preventivas sejam tomadas antes que a doença se desenvolva.
Laboratório de Diagnóstico Molecular do HA
Inaugurado em 2011, o Laboratório de Diagnóstico Molecular do Hospital de Amor foi criado, incialmente, para atender de forma gratuita os pacientes da instituição. Os testes moleculares são fundamentais para um diagnóstico acurado, um prognóstico mais assertivo e uma precisão terapêutica.
Devido à grande procura de laboratórios, parceiros, médicos e pacientes de outras instituições, em 2013 o centro passou a oferecer comercialmente uma diversidade de testes genéticos, que são hoje fundamentais para uma medicina personalizada ao paciente oncológico. Os testes disponibilizados são aplicados para inúmeras neoplasias sólidas e hematológicas de pacientes infantojuvenis e adultos, com uso das mais clássicas às mais modernas e sofisticadas metodologias e tecnologia. O número de exames tem crescido anualmente, chegando em 2022 a mais de 12.000 testes genéticos realizados pelo Laboratório de Diagnóstico Molecular.
O laboratório possui uma moderna estrutura e conta com uma equipe multidisciplinar altamente especializada, com expertise técnica e científica, composta por patologistas, biólogos, biomédicos e tecnologistas, além do suporte administrativo e comercial. Essa estrutura também proporciona um canal aberto para comunicação e discussão de casos com os profissionais solicitantes, sendo necessário interação entre as equipes para o oferecimento de um resultado preciso, detalhado e em consonância com as boas práticas laboratoriais de excelência. Acesse o site e confira todos os testes genéticos disponíveis.
Câncer colorretal: segundo tipo de tumor mais comum em homens e mulheres (quando não consideramos o câncer de pele não melanoma) e o terceiro que mais mata no Brasil, com estimativa de 41 mil novos casos por ano no país, de acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Com números tão alarmantes e um mês especialmente dedicado à prevenção e detecção precoce deste tipo de câncer – o “Março Marinho” – é preciso falar mais sobre o assunto.
A neoplasia que acomete o trato digestivo (intestino grosso e reto), principalmente em pessoas com idade entre 60 e 70 anos, é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser diagnosticado precocemente. Sintomas como sangue oculto nas fezes e dor na barriga (geralmente cólica), seguido de alteração intestinal (como intestino preso), são comuns deste tipo de câncer. Além disso, podem ser vistos também anemia, fraqueza e perda de peso, mas, geralmente, esses sinais já indicam a doença em fase avançada.
Segundo o médico coordenador do departamento de endoscopia do Hospital de Amor, Dr. Claúdio Hashimoto, dentre os fatores de riscos relacionados ao desenvolvimento do câncer no intestino, estão o sedentarismo, sobrepeso, alimentação pobre em fibras e rica em carnes vermelhas e processadas, exposição à radiação, tabagismo e alcoolismo. “Na presença de qualquer um dos sintomas é muito importante procurar o médico especialista para iniciar a investigação. É fundamental e necessário manter hábitos de vida saudáveis para se evitar a doença”, afirma.
Sabe o que é mais importante? A prevenção do câncer colorretal, assim como em vários outros tipos da doença, salva vidas! E existem vários métodos eficientes para o diagnóstico precoce do tumor, como:
• Pesquisa de sangue oculto nas fezes – indicado para quem não apresenta sintomas, mas está na faixa etária (homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos);
• Colonoscopia – para quem já possui sintomas.
Teste FIT
Você sabia que é possível detectar o câncer colorretal sem que haja sintomas aparentes? Sim! Por meio do teste de imunoquímica fecal, também conhecido como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes, é possível identificar o sangramento presente nas fezes, na maioria das vezes não perceptível a olho nu, e uma análise qualitativa.
Indicado para homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos cinco anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais, o FIT é utilizado como um exame de pré-triagem e gratuitamente disponibilizado pelo Hospital de Amor, através do programa de rastreamento do Instituto de Prevenção – o único do país oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por se tratar de um procedimento não invasivo, sem necessidade de preparo e indolor, possui uma excelente aceitação pelos pacientes. “Se o paciente se enquadrar em todos os critérios, ele recebe o kit para coleta das fezes. Não é necessário fazer nenhuma dieta e ele pode realizar o exame quando preferir”, explica Hashimoto.
Como fazer o exame?
Para a efetividade do exame, são necessárias três amostras de fezes consecutivas. Dessa forma, ao defecar, o paciente utiliza o “coletor” (que recebe com o kit) e perfura as fezes em três locais diferentes. Em seguida, insere o coletor com a amostra no recipiente do exame, fecha-o adequadamente e armazena-o por até três dias em temperatura ambiente.
Depois, encaminha-o ao departamento de análise do HA e aguarda o resultado. “Caso o resultado seja positivo para sangue oculto nas fezes, não significa que o paciente esteja com câncer. É necessário prosseguir a investigação com o exame de colonoscopia”, afirma o médico.
Quando realizar a Colonoscopia?
A colonoscopia – exame de vídeo utilizado para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado – permite avaliar, tirar fotos e biópsias destas regiões por meio de um endoscópio (colonoscópio). É um procedimento indicado a pacientes que já possuem sintomas, que possuem casos de câncer colorretal ou pólipos na família e que estejam dentro da faixa etária permitida.
“É importante esclarecer que em alguns casos, neste tipo de câncer, principalmente quando detectado em fases iniciais, vários pólipos intestinais podem ser retirados e curados por meio da própria colonoscopia, sem a necessidade de se realizar as cirurgias convencionais”, finalizou Hashimoto.
Previna-se!
Se você tem entre 50 e 65 anos de idade, faça a prevenção do câncer colorretal mesmo não apresentando sinais, por meio do teste FIT. Em casos de sintomas, consulte seu médico de confiança ou vá até uma unidade básica de saúde para receber orientações. E lembre-se: a prevenção salva vidas e deve ser realizada o ano todo!
Saiba mais em: ha.com.vc/marcomarinho.