O Hospital de Amor tem fortalecido sua parceria com instituições de ensino e pesquisa de alto nível de todo o mundo. Recentemente, dois estudantes de mestrado em bioengenharia da Rice University e da Baylor Medical School, ambas de Houston, nos Estados Unidos, participaram de um intercâmbio de nove semanas no Brasil, com o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas de baixo custo para problemas de saúde enfrentados pela população.
A colaboração, que existe há um bom tempo, mas foi reativada com mais impacto em 2024, já resultou em projetos de pesquisa conjuntos. A mais recente iniciativa é patrocinada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA. Durante o período entre 2 de junho e 9 de agosto, em Barretos (SP), os estudantes Luisanny Del Orbe e Malcolm Williams imergiram na rotina do Hospital de Amor, circulando por diversas áreas para identificar os principais desafios.
O principal foco do projeto desenvolvido pela dupla foi criar uma máquina automática e de baixo custo para coloração de lâminas em H&E, voltada para as unidades móveis de saúde bucal do hospital. O objetivo é reduzir o longo tempo de espera entre a biópsia e o diagnóstico final, um problema logístico relevante, especialmente para pacientes em regiões distantes.
Atualmente, o processo de envio de amostras para Barretos (SP) é demorado e com várias dificuldades. A solução proposta pela dupla de estudantes americanos visa eliminar essa etapa, permitindo que a biópsia seja processada diretamente na unidade móvel. O equipamento, que seria operado por um patologista local, enviaria imagens da lâmina, obtidas com um microscópio 3D, diretamente para os especialistas no hospital em Barretos, agilizando drasticamente o diagnóstico. A iniciativa tem o potencial de impactar positivamente a vida dos pacientes, oferecendo mais agilidade e precisão.
Além do projeto de biópsia bucal, Luisanny e Malcolm também contribuíram com sugestões para solucionar desafios nos programas de rastreamento de câncer de pele e mama, e no ‘Projeto Retrate’. De acordo com a pesquisadora do Projeto Retrate, Dra. Raquel Descie, eles contribuíram com uma visão importante para a consolidação de projetos que visam o desenvolvimento de dispositivos mais acessíveis e eficientes voltados para a detecção precoce do câncer de pele do grupo de pesquisa. Ela também destaca como este tipo de intercâmbio é importante para a equipe de Barretos, fortalecendo o estabelecimento de parcerias estratégicas para projetos futuros e proporcionando aos alunos de pós-graduação uma experiência enriquecedora de troca de conhecimento, colaboração e contato direto com pesquisadores internacionais.
Já para o médico, pesquisador e também Diretor Executivo de Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, Dr. Vinicius Vazquez, esta visita significa principalmente um ganho intelectual. A parceria com uma instituição da qualidade da Rice em uma área do conhecimento complementar que é a bioengenharia, é de muita sinergia de ideias e um motor para novos projetos.
A parceria com as instituições de Houston oferece uma nova perspectiva para o enfrentamento dos problemas de saúde. “O intercâmbio de estudantes de bioengenharia de um centro de ensino de alto nível, traz uma visão diferente para o enfrentamento de problemas e desafios dos nossos pacientes. Creio firmemente que muitas soluções originais surgirão em breve,” afirma Dr. Vinicius.
Para os estudantes, a experiência foi transformadora. Luisanny Del Orbe, mestre em bioengenharia pela Rice University, relata: “Esta experiência tem sido uma verdadeira honra. Este é meu primeiro contato com a vida de um engenheiro e tem sido incrível ver como engenharia e a medicina podem ser combinadas de uma forma que beneficia não apenas hospitais como o HA, mas também os pacientes”.
Malcolm Williams, que também está no mestrado de bioengenharia na Rice University, compartilha o sentimento. “Foi minha primeira vez na América do Sul e me diverti muito. Foi uma ótima oportunidade para aplicar todas as habilidades que aprendi durante minha graduação. A experiência não apenas avançou minhas habilidades de carreira, mas também me ensinou muito sobre a cultura brasileira. Foi muito reconfortante trabalhar em um lugar onde eles se importam tanto com a experiência do paciente. As pessoas que conheci em Barretos foram muito gentis e acolhedoras. Elas tornaram esta experiência verdadeiramente transformadora”, disse o jovem norte-americano.
A parceria e o intercâmbio demonstram o compromisso do Hospital de Amor com a inovação e a busca por soluções que possam melhorar a qualidade de vida e o atendimento de seus pacientes, consolidando a instituição como um centro de referência também em pesquisa e desenvolvimento.
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é um tumor maligno que surge na região inferior do útero (ou seja, no colo do órgão), e está quase sempre relacionado à infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). É considerado o terceiro tipo mais frequente entre população feminina do país, com estimativa, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), de 17 mil novas ocorrências em 2023 – atrás apenas do câncer de mama e do câncer de cólon e reto.
Os números impressionam! Mas, outro fator chama ainda mais atenção: segundo o INCA, os novos casos e as mortes por este tipo de câncer ocorrem de maneira desigual entre as regiões do Brasil. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero ocupa a 2ª posição nas regiões Norte e Nordeste e a 5ª entre os cânceres mais incidentes em mulheres na região Sudeste do país. Outra informação preocupante trazida pela instituição é que, observando a série histórica das taxas de mortalidade do Brasil e regiões, a região Norte é a que traz as maiores taxas de mortalidade pela doença.
Esses dados mostram que, no cenário brasileiro, a falta de rastreamento para o diagnóstico precoce e a dificuldade de acesso a saúde básica de qualidade, são os principais motivos da diferença de números entre as regiões e refletem um grande problema de saúde pública. É aí que o Hospital de Amor se destaca! Em 1994, o HA deu início ao trabalho de busca ativa para a prevenção do câncer do colo uterino na periferia de Barretos (SP) e, posteriormente, em cidades que compõe a Diretoria Regional de Saúde V (DRS V). Um projeto pioneiro que, 30 anos depois, colocaria a região como líder em detecção precoce da doença em todo o Estado de São Paulo.
De acordo com um levantamento da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), 72% do diagnóstico do câncer do colo do útero da DRS V acontece no estadiamento in situ. “Isso significa que de cada 10 mulheres com biópsias alteradas, sete serão tratadas com procedimentos simples dentro do próprio ambulatório, o que reduz quase a zero o risco de desenvolver o câncer do colo do útero nas próximas décadas de vida. Os dados mostram que estratégias de prevenção, com a ampliação na cobertura dos testes de rastreio (Papanicolaou), a priorização da faixa etária exposta a maior risco e o seguimento contínuo dos casos suspeitos com tratamento adequado dos positivos, resultaram em maiores taxas de detecção precoce”, destaca o coordenador médico do programa de rastreamento populacional de câncer ginecológico do Hospital de Amor, Dr. Júlio César Possati Resende.
O relatório disponibilizado pela FOSP provém de uma avaliação do período entre 2000 e 2019, e evidencia a eficiência das ações estruturadas do Hospital, que acontecem em parceria com a própria Diretoria da Regional de Saúde e as secretarias municipais de saúde dos 18 municípios (Altair, Barretos, Bebedouro, Cajobi, Colina, Colômbia, Guaíra, Guaraci, Jaborandi, Monte Azul Paulista, Olímpia, Severínia, Taiaçu, Taiúva, Taquaral, Terra Roxa, Viradouro, Vista Alegre do Alto) que a compõe.
Com a premissa de que ‘Prevenção é o ano todo e em todos os lugares do Brasil’, o HA pretende expandir essa realidade para outras localidades. A instituição conta, atualmente, com mais de 25 unidades fixas de prevenção e mais de 50 unidades móveis para levar atendimento humanizado e de alta qualidade a quem mais precisa, sobretudo nas regiões mais remotas do país. “Baseado no exemplo e resultados do programa de prevenção instituído na região de Barretos, o Hospital de Amor tem ampliado sua atuação nos últimos 10 anos para outras regiões. Apenas em 2023, foram realizados 213.525 exames de Papanicolaou, 15.452 exames diagnósticos de colposcopia e 963 pequenas cirurgias (exérese da zona de transformação do colo do útero) para tratamento de lesões precursoras de câncer”, afirma o coordenador.
Prevenção é o melhor remédio
Os especialistas ressaltam que, dentre todos os tipos de câncer, o do colo do útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, isso porque é quase sempre causado pela infecção genital persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos), um vírus sexualmente transmissível, muito frequente na população e de contágio facilmente evitável com o uso de preservativos. Na maioria das vezes a infecção não causa doença, mas em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir ao longo dos anos para o câncer.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, desde 2014, vacinas contra o HPV gratuitamente, para pessoas de 9 a 14 anos, de ambos os sexos. A vacina é uma importante medida de prevenção, mas não é eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes, por isso o uso de preservativos durante relações sexuais e o exame preventivo Papanicolaou é imprescindível na detecção precoce da doença e muitas vezes até na fase pré-câncer.
Pesquisa
Desde 2010, o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor conta com um grupo de pesquisa em HPV, que tem como objetivo realizar estudos sobre a avaliação dos mecanismos de infecção e persistência do HPV e sua relação com a transformação maligna, além do potencial de métodos do rastreamento de lesões relacionadas a essas infeções.
O grupo vem contribuindo de forma relevante para avanços científicos importantes e inovadores no campo do vírus HPV e suas repercussões, apresentando também colaborações internacionais de grande impacto. Acesse e conheça mais: iep.hospitaldeamor.com.br
Compartilhando experiência
O Hospital de Amor realiza no início de fevereiro, em Barretos (SP), o 16º Encontro de Gestores do Programa de Prevenção ao Câncer do Colo Uterino, que a instituição mantém em parceria com 90 municípios dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
No encontro anual, serão debatidos os processos, fluxos e estratégias com prefeitos, secretários de saúde e profissionais de saúde, ressaltando a importância da parceria com a atenção primária e secundária. Durante o evento haverá o detalhamento do programa, com amostragem e discussão de indicadores.
O Hospital de Amor tem fortalecido sua parceria com instituições de ensino e pesquisa de alto nível de todo o mundo. Recentemente, dois estudantes de mestrado em bioengenharia da Rice University e da Baylor Medical School, ambas de Houston, nos Estados Unidos, participaram de um intercâmbio de nove semanas no Brasil, com o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas de baixo custo para problemas de saúde enfrentados pela população.
A colaboração, que existe há um bom tempo, mas foi reativada com mais impacto em 2024, já resultou em projetos de pesquisa conjuntos. A mais recente iniciativa é patrocinada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA. Durante o período entre 2 de junho e 9 de agosto, em Barretos (SP), os estudantes Luisanny Del Orbe e Malcolm Williams imergiram na rotina do Hospital de Amor, circulando por diversas áreas para identificar os principais desafios.
O principal foco do projeto desenvolvido pela dupla foi criar uma máquina automática e de baixo custo para coloração de lâminas em H&E, voltada para as unidades móveis de saúde bucal do hospital. O objetivo é reduzir o longo tempo de espera entre a biópsia e o diagnóstico final, um problema logístico relevante, especialmente para pacientes em regiões distantes.
Atualmente, o processo de envio de amostras para Barretos (SP) é demorado e com várias dificuldades. A solução proposta pela dupla de estudantes americanos visa eliminar essa etapa, permitindo que a biópsia seja processada diretamente na unidade móvel. O equipamento, que seria operado por um patologista local, enviaria imagens da lâmina, obtidas com um microscópio 3D, diretamente para os especialistas no hospital em Barretos, agilizando drasticamente o diagnóstico. A iniciativa tem o potencial de impactar positivamente a vida dos pacientes, oferecendo mais agilidade e precisão.
Além do projeto de biópsia bucal, Luisanny e Malcolm também contribuíram com sugestões para solucionar desafios nos programas de rastreamento de câncer de pele e mama, e no ‘Projeto Retrate’. De acordo com a pesquisadora do Projeto Retrate, Dra. Raquel Descie, eles contribuíram com uma visão importante para a consolidação de projetos que visam o desenvolvimento de dispositivos mais acessíveis e eficientes voltados para a detecção precoce do câncer de pele do grupo de pesquisa. Ela também destaca como este tipo de intercâmbio é importante para a equipe de Barretos, fortalecendo o estabelecimento de parcerias estratégicas para projetos futuros e proporcionando aos alunos de pós-graduação uma experiência enriquecedora de troca de conhecimento, colaboração e contato direto com pesquisadores internacionais.
Já para o médico, pesquisador e também Diretor Executivo de Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, Dr. Vinicius Vazquez, esta visita significa principalmente um ganho intelectual. A parceria com uma instituição da qualidade da Rice em uma área do conhecimento complementar que é a bioengenharia, é de muita sinergia de ideias e um motor para novos projetos.
A parceria com as instituições de Houston oferece uma nova perspectiva para o enfrentamento dos problemas de saúde. “O intercâmbio de estudantes de bioengenharia de um centro de ensino de alto nível, traz uma visão diferente para o enfrentamento de problemas e desafios dos nossos pacientes. Creio firmemente que muitas soluções originais surgirão em breve,” afirma Dr. Vinicius.
Para os estudantes, a experiência foi transformadora. Luisanny Del Orbe, mestre em bioengenharia pela Rice University, relata: “Esta experiência tem sido uma verdadeira honra. Este é meu primeiro contato com a vida de um engenheiro e tem sido incrível ver como engenharia e a medicina podem ser combinadas de uma forma que beneficia não apenas hospitais como o HA, mas também os pacientes”.
Malcolm Williams, que também está no mestrado de bioengenharia na Rice University, compartilha o sentimento. “Foi minha primeira vez na América do Sul e me diverti muito. Foi uma ótima oportunidade para aplicar todas as habilidades que aprendi durante minha graduação. A experiência não apenas avançou minhas habilidades de carreira, mas também me ensinou muito sobre a cultura brasileira. Foi muito reconfortante trabalhar em um lugar onde eles se importam tanto com a experiência do paciente. As pessoas que conheci em Barretos foram muito gentis e acolhedoras. Elas tornaram esta experiência verdadeiramente transformadora”, disse o jovem norte-americano.
A parceria e o intercâmbio demonstram o compromisso do Hospital de Amor com a inovação e a busca por soluções que possam melhorar a qualidade de vida e o atendimento de seus pacientes, consolidando a instituição como um centro de referência também em pesquisa e desenvolvimento.
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é um tumor maligno que surge na região inferior do útero (ou seja, no colo do órgão), e está quase sempre relacionado à infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). É considerado o terceiro tipo mais frequente entre população feminina do país, com estimativa, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), de 17 mil novas ocorrências em 2023 – atrás apenas do câncer de mama e do câncer de cólon e reto.
Os números impressionam! Mas, outro fator chama ainda mais atenção: segundo o INCA, os novos casos e as mortes por este tipo de câncer ocorrem de maneira desigual entre as regiões do Brasil. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero ocupa a 2ª posição nas regiões Norte e Nordeste e a 5ª entre os cânceres mais incidentes em mulheres na região Sudeste do país. Outra informação preocupante trazida pela instituição é que, observando a série histórica das taxas de mortalidade do Brasil e regiões, a região Norte é a que traz as maiores taxas de mortalidade pela doença.
Esses dados mostram que, no cenário brasileiro, a falta de rastreamento para o diagnóstico precoce e a dificuldade de acesso a saúde básica de qualidade, são os principais motivos da diferença de números entre as regiões e refletem um grande problema de saúde pública. É aí que o Hospital de Amor se destaca! Em 1994, o HA deu início ao trabalho de busca ativa para a prevenção do câncer do colo uterino na periferia de Barretos (SP) e, posteriormente, em cidades que compõe a Diretoria Regional de Saúde V (DRS V). Um projeto pioneiro que, 30 anos depois, colocaria a região como líder em detecção precoce da doença em todo o Estado de São Paulo.
De acordo com um levantamento da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), 72% do diagnóstico do câncer do colo do útero da DRS V acontece no estadiamento in situ. “Isso significa que de cada 10 mulheres com biópsias alteradas, sete serão tratadas com procedimentos simples dentro do próprio ambulatório, o que reduz quase a zero o risco de desenvolver o câncer do colo do útero nas próximas décadas de vida. Os dados mostram que estratégias de prevenção, com a ampliação na cobertura dos testes de rastreio (Papanicolaou), a priorização da faixa etária exposta a maior risco e o seguimento contínuo dos casos suspeitos com tratamento adequado dos positivos, resultaram em maiores taxas de detecção precoce”, destaca o coordenador médico do programa de rastreamento populacional de câncer ginecológico do Hospital de Amor, Dr. Júlio César Possati Resende.
O relatório disponibilizado pela FOSP provém de uma avaliação do período entre 2000 e 2019, e evidencia a eficiência das ações estruturadas do Hospital, que acontecem em parceria com a própria Diretoria da Regional de Saúde e as secretarias municipais de saúde dos 18 municípios (Altair, Barretos, Bebedouro, Cajobi, Colina, Colômbia, Guaíra, Guaraci, Jaborandi, Monte Azul Paulista, Olímpia, Severínia, Taiaçu, Taiúva, Taquaral, Terra Roxa, Viradouro, Vista Alegre do Alto) que a compõe.
Com a premissa de que ‘Prevenção é o ano todo e em todos os lugares do Brasil’, o HA pretende expandir essa realidade para outras localidades. A instituição conta, atualmente, com mais de 25 unidades fixas de prevenção e mais de 50 unidades móveis para levar atendimento humanizado e de alta qualidade a quem mais precisa, sobretudo nas regiões mais remotas do país. “Baseado no exemplo e resultados do programa de prevenção instituído na região de Barretos, o Hospital de Amor tem ampliado sua atuação nos últimos 10 anos para outras regiões. Apenas em 2023, foram realizados 213.525 exames de Papanicolaou, 15.452 exames diagnósticos de colposcopia e 963 pequenas cirurgias (exérese da zona de transformação do colo do útero) para tratamento de lesões precursoras de câncer”, afirma o coordenador.
Prevenção é o melhor remédio
Os especialistas ressaltam que, dentre todos os tipos de câncer, o do colo do útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, isso porque é quase sempre causado pela infecção genital persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos), um vírus sexualmente transmissível, muito frequente na população e de contágio facilmente evitável com o uso de preservativos. Na maioria das vezes a infecção não causa doença, mas em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir ao longo dos anos para o câncer.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, desde 2014, vacinas contra o HPV gratuitamente, para pessoas de 9 a 14 anos, de ambos os sexos. A vacina é uma importante medida de prevenção, mas não é eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes, por isso o uso de preservativos durante relações sexuais e o exame preventivo Papanicolaou é imprescindível na detecção precoce da doença e muitas vezes até na fase pré-câncer.
Pesquisa
Desde 2010, o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor conta com um grupo de pesquisa em HPV, que tem como objetivo realizar estudos sobre a avaliação dos mecanismos de infecção e persistência do HPV e sua relação com a transformação maligna, além do potencial de métodos do rastreamento de lesões relacionadas a essas infeções.
O grupo vem contribuindo de forma relevante para avanços científicos importantes e inovadores no campo do vírus HPV e suas repercussões, apresentando também colaborações internacionais de grande impacto. Acesse e conheça mais: iep.hospitaldeamor.com.br
Compartilhando experiência
O Hospital de Amor realiza no início de fevereiro, em Barretos (SP), o 16º Encontro de Gestores do Programa de Prevenção ao Câncer do Colo Uterino, que a instituição mantém em parceria com 90 municípios dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
No encontro anual, serão debatidos os processos, fluxos e estratégias com prefeitos, secretários de saúde e profissionais de saúde, ressaltando a importância da parceria com a atenção primária e secundária. Durante o evento haverá o detalhamento do programa, com amostragem e discussão de indicadores.