Assistência, prevenção, ensino, pesquisa e inovação, sempre foram os pilares do Hospital de Amor. Há quase 60 anos, a instituição, que é referência em tratamento oncológico na América Latina, alia tudo isso com um dos seus principais valores: a humanização – encontrada em todas as suas unidades, inclusive, nas salas de mamografia.
A grande novidade é que o Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), conta com uma sala de mamografia com o tema Aurora Boreal (um fenômeno óptico que permite que um brilho extraordinário possa ser visto nos céus noturnos de regiões do Polo Norte). O motivo da temática é, além de proporcionar o máximo de conforto para a mulher que está realizando o exame, também oferecer excelência no processo com um equipamento de altíssima tecnologia.
De acordo com a médica radiologista do hospital, Dra. Silvia Sabino, o desenvolvimento da sala vem de encontro com a missão da instituição, em suas diversas áreas de atuação. “O exame de mamografia sempre vem acompanhado de uma grande ansiedade e medo, seja do próprio exame, de sentir dor, se machucar e até do diagnóstico (de câncer) que pode vir após o exame. Esses temores afastam muitas mulheres da possibilidade do diagnóstico precoce do câncer de mama e, muitas vezes, geram a propagação de informações negativas sobre o exame, por isso, a ideia de criar um ambiente mais harmonioso e acolhedor”, afirmou.
A nova sala conta com um mamógrafo da mais alta tecnologia, capaz de realizar a mamografia digital tradicional 2D, a tomossíntese (mamografia 3D que adquire de 200 a 400 imagens da mama evitando a sobreposição de estruturas, como tecido mamário e o próprio câncer), a mamografia espectral de contraste (exame com contraste venoso que similar a ressonância magnética) e o grande diferencial: os procedimentos de biópsia e marcação pré-operatória guiados por tomossíntese (e futuramente, também por mamografia com contraste).
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 66.280 novos casos de câncer de mama são estimados para o Brasil, em cada ano do triênio 2020/2022 – valor que corresponde a um risco de aproximadamente 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. “Além de todos esses benefícios tecnológicos, a sala humanizada Aurora Boreal do HA tem o objetivo de desfocar a atenção da mulher que está realizando o exame para a beleza do ambiente, reduzindo a ansiedade e promovendo maior relaxamento e cooperação para o posicionamento adequado do mamógrafo. Com tudo isso, nós conseguimos ter diagnósticos mais precisos, evitando que eventuais cânceres sejam perdidos ou subestimados, pois 95% das falhas observadas no exame, correspondem a erros de posicionamento!”, declarou a médica.
Parceria
A conquista do novo espaço se deu graças à uma importante aliada do Hospital de Amor, a GE Healthcare – uma das maiores parceiras da instituição, tanto no âmbito comercial quanto em projetos científicos, de educação e de desenvolvimento de novas tecnologias. “Desde 2012, a empresa nos cedeu a primeira sala sensorial de mamografia das Américas. Quando a pandemia impediu nossos projetos educacionais, a GE nos sugeriu a construção de um ambiente temático que unisse a humanização, que já fazia parte das nossas outras salas, com a possibilidade de transmissão on-line de aulas, treinamentos de posicionamento e procedimentos de biópsia e visitas técnicas virtuais”, contou Dra. Silvia.
Com o término dos atendimentos restritos causados pelo período pandêmico, a previsão do Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), é de que mais de 1.200 mulheres, por mês, possam usufruir desta experiência ao realizar exames de mamografia, gerando maior adesão ao projeto de rastreamento mamográfico e alcançado o objetivo final da instituição: reduzir os dados de mortalidade por câncer de mama!
O Hospital de Amor tem motivos de sobra para comemorar! Na última quinta-feira, dia 16 de dezembro, o HA chegou ao estado de Alagoas com a inauguração do Instituto de Prevenção de Arapiraca, na região do Agreste, com atenção voltada especialmente à prevenção e diagnóstico de casos de câncer de mama e do colo do útero. As obras tiveram início em dezembro do ano passado.
A construção da primeira unidade do Hospital de Amor em solo alagoano foi possível graças ao apoio do senador Rodrigo Cunha (PSDB), que realizou a destinação de R$ 14.182.870,00, e da deputada federal Tereza Nelma (PSDB), que também designou mais R$ 14.182.870,00 em recursos federais.
O presidente do Hospital, Henrique Prata, destacou a importância do apoio dos parlamentares na expansão do atendimento. “Somos gratos a estes dois parlamentares, pessoas abençoadas, que estão permitindo que levemos atendimento de qualidade ao povo de Alagoas. Em nome de todos os pacientes, todos os colaboradores, de toda a família Hospital de Amor, agradecemos pelo comprometimento com nossa causa”, enfatizou Prata.
Os atendimentos serão 100% voltados a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), com a mesma qualidade, tecnologia e humanização que há quase 60 anos fazem do HA o maior e mais qualificado complexo especializado em oncologia da América Latina, com hospitais e institutos de prevenção fixos e móveis presentes em 13 estados brasileiros.
Sobre a unidade
O Instituto de Prevenção de Arapiraca está instalado em uma área de 15 mil/m², com um total de 2 mil/m² de área construída, oferecendo a realização de exames preventivos e de diagnóstico, além de biópsias e consultas médicas, contando com o apoio de uma unidade móvel com capacidade para oferecer exames de mamografia e Papanicolau em base líquida, considerado o método mais moderno e seguro por apresentar maiores índices de diagnóstico.
A unidade contará com mamógrafo digital, aparelho de ultrassonografia de mama – possibilitando a realização de colposcopia com biópsia, e um centro cirúrgico – possibilitando a realização de pequenas e médias cirurgias, resolvendo cerca 98% dos casos de câncer de colo de útero e 75% dos casos de câncer de mama, sem a necessidade de encaminhamento para um hospital especializado.
Com isso, será possível a assistência médica direcionada à detecção precoce de lesões neoplásicas, diminuir causas e fatores de risco antes do desenvolvimento da condição clínica, detectando problemas de saúde em estágio inicial e reduzindo eventuais prejuízos funcionais e consequentes casos mais agudos.
Sobre o Hospital de Amor
O HA tem como uma de suas principais frentes de atuação a prevenção, sendo referência no assunto com um trabalho ativo, por meio de dezenas de unidades fixas e móveis espalhadas pelo país. Esse serviço contribui diretamente para o diagnóstico precoce dos tipos mais incidentes da doença na população brasileira, como o câncer de mama, que quando descoberto em suas fases iniciais possui até 95% de chances de cura, além de diminuir a necessidade de tratamentos mais invasivos.
Excelência em oncologia, mesmo com as restrições impostas pela pandemia da COVID-19, a instituição realizou, em 2020, o total de 911.048 atendimentos, a 227.264 pacientes vindos de 2.360 municípios de todos os 26 estados e do Distrito Federal.
Foram realizadas 14.951 internações, 252.544 quimioterapias, 9.500 refeições servidas por dia, 100% de forma gratuita. O déficit operacional é de R$ 36,3 milhões/mês de acordo com o balanço oficial de 2021. A entidade reúne 380 médicos e 5.300 funcionários, em todas as suas unidades espalhadas pelo Brasil.
Referência no tratamento oncológico e atuante no trabalho de prevenção do câncer, o Hospital de Amor realiza uma nova conquista: integrar o projeto e implantar a ferramenta SmartDR. A iniciativa é promovida pela startup norte-americana Aquila Med, com sócios brasileiros, Fernando Peixoto e Rodrigo Greco, e tem como objetivo maximizar a produtividade e qualidade do trabalho realizado pela equipe do HA, por meio da ‘dupla leitura’ de 100% dos exames de mamografia, utilizando inteligência artificial (IA) como ferramenta de auxílio. Atingindo mais de 98% de confiança na predição dos resultados benignos de um exame mamográfico, a tecnologia está ancorada em rastreamento por mapa de cor de sensibilidade e especificidade em relação às lesões observadas na imagem, auxiliando no processo de dupla leitura permitindo agilidade na arbitragem dos casos discrepantes entre a leitura humana e da máquina, criação e priorização de filas de trabalho.
Segundo a médica radiologista da instituição, Dra. Silvia Sabino, ‘o termo dupla leitura’ significa que a mamografia é revista por 2 radiologistas de forma independente ou interpretada em conjunto. É uma prática padrão na Europa e obrigatória dentro dos programas de rastreamento mamográficos.
O software SmartDR está em fase de validação no Brasil, nos EUA e na Argentina. Além do HA, existem mais duas instituições no Brasil fazendo uso da plataforma. O Departamento de Prevenção, junto ao Programa de Qualidade Total em Mamografia, coordenado pela Dra. Silvia Sabino, vem ajudando o time da Aquila Med a desenvolver a ferramenta já há mais de ano.
A tecnologia em favor da vida
Dra. Silvia enaltece a grande conquista da instituição, uma vez que esse triunfo pode contribuir para salvar mais vidas, já que antes da implantação da ferramenta, apenas uma fração dos exames realizados tinha a possibilidade de ser revisto, devido à grande demanda. “Atualmente, 100% da produção de mamografias está automaticamente passando pela ferramenta de Inteligência Artificial (IA), promovendo, assim, um aumento de produtividade e qualidade de diagnóstico e redução de carga de trabalho”.
A especialista reforça que o cenário ideal de realização de mamografias de rastreamento, fora o período da pandemia, em média, chegaria a 2.000 mulheres beneficiadas por dia com este novo protocolo. “A AI maximiza a eficiência e qualidade de diagnóstico, agregando valor em cada parte do processo da realização da mamografia”, comenta Rodrigo Greco, CEO da Aquila Med.
A radiologista que atende mulheres vindas de milhares de cidades do Brasil, não contém a emoção ao falar sobre êxito de poder estar à frente de um projeto tão inovador. “As ferramentas de Inteligência Artificial que pareciam uma realidade distante, hoje fazem cada vez mais parte das nossas vidas e rotinas de trabalho, agregando eficiência, agilidade e segurança na tomada de decisão. O que no passado era humanamente impossível de ser realizado, no caso a releitura da totalidade dos nossos exames realizados, dado ao grande volume, hoje, consegue ser feito em ⅓ do tempo permitindo garantir a excelência cada vez maior do serviço prestado pela Fundação Pio XII”, declara Dra. Silvia.
O Hospital de Amor, que há quase quatro meses precisou interromper as atividades de 15 das suas 18 unidades voltadas para prevenção de câncer em todo o país, por conta da pandemia do novo coronavírus, acaba de criar um protocolo para retomada gradual dos atendimentos, respeitando não apenas a necessidade no retorno dos exames preventivos oferecidos, mas também garantindo a segurança de pacientes e profissionais de saúde a partir dos cenários locais frente à pandemia.
De acordo com a médica radiologista do Instituto de Prevenção do HA, Dra. Sílvia Sabino, o protocolo é resultado de uma ação conjunta de profissionais de diversos setores da instituição e da Dra. Selma Bauab, da Clínica MamaImagem, com o suporte do Colégio Brasileiro de Radiologia e do instituto holandês The Dutch Nacional Expert and Training Center for Breast Cancer Screening (LRCB), além da participação de profissionais parceiros do Canadá e Reino Unido que disponibilizaram suas próprias orientações de retomada.
A médica explica que a urgência em reabrir as unidades leva em consideração o volume de exames realizados por mês pelo HA antes da pandemia, que chegava a 20 mil no total, e o tempo que pode demorar para acomodar a fila de pacientes que se formou com a paralisação, um número estimado, até o momento, em 80 mil pessoas. “Nós temos um problema muito grande, pois, com certeza, teremos um atraso em termos de diagnóstico”, ressalta.
O protocolo do HA ditará regras de biossegurança para todas as unidades e irá se basear no risco de desenvolvimento de câncer dos pacientes para organizar a prioridade no atendimento, acolhendo, em um primeiro momento, pacientes com resultados de exames anteriores com alto risco de câncer e pacientes com mutação genética; depois, pacientes com risco intermediário e, por último, os indivíduos para realização de rastreamento em geral. Para nortear as ações e processos necessários, foram criados vários documentos e materiais de orientação, incluindo um vídeo, folders, banners e guias rápidos, a fim de reforçar as informações e minimizar o risco de contaminação, garantindo a segurança de todos os envolvidos.
Com unidades espalhadas por diversas regiões do Brasil, houve também a preocupação com as realidades locais frente à pandemia. “Então, criamos uma ferramenta, que está dentro da plataforma RedCap (utilizada para gestão de dados na instituição), a qual todas as unidades têm acesso por meio de um profissional responsável cadastrado; por lá, são inseridos alguns dados da situação local, como o número de casos diagnosticados internados, números de leitos de UTI e enfermaria ocupados e disponíveis, além da capacidade de atendimento que a unidade tinha antes da pandemia”, detalha Dra. Silvia. Segundo ela, automaticamente a ferramenta calcula em que fase da pandemia a unidade está, qual o risco de contaminação e qual é a porcentagem de funcionamento com que a unidade pode trabalhar, determinando, inclusive, o número máximo de atendimentos permitidos por dia.
Futuramente, quando forem retomados os atendimentos de rastreamento populacional de baixo risco, uma nova ferramenta será incorporada ao protocolo. Resultado de uma parceria com o Massachusetts General Hospital de Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e o Instituto Protea, o dispositivo utilizará inteligência artificial para estabelecer a prioridade no atendimento, a fim de reduzir o impacto que poderia ser causado por diagnósticos tardios.
O décimo mês do ano é mais do que especial para o Hospital de Amor, pois ele é marcado pela maior campanha de conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia.
O “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama – teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas. A iniciativa chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença. Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo. De acordo com as últimas estatísticas do Globocan 2018 (BRAY, 2018), foram estimados 2,1 milhões de novos casos de câncer e 627 mil óbitos pela doença. No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% da doença em mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer é descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Em 2018, o Hospital de Amor realizou 171.478 exames de mamografia, graças às suas 22 unidades móveis (carretas) e seus 13 institutos de prevenção espalhados pelo país, levando grandes chances de cura contra o câncer de mama a mulheres de 40 a 69 anos. Devido a esse intenso trabalho, 73% dos casos foram descobertos em estágio inicial. “Quanto mais cedo a doença for encontrada, maiores serão as chances de cura. Com certeza, a mamografia ainda é a melhor forma de se fazer isso”, declarou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino.
Faça seu exame
Durante todo o mês de outubro, os Institutos de Prevenção do Hospital de Amor estarão de braços abertos esperando pelas mulheres. Vá até a unidade mais próxima de você e realize, gratuitamente, seu exame de mamografia para a prevenção do câncer de mama.
– Quem deve fazer o exame de mamografia?
Mulheres de 40 a 49 anos, anualmente.
Mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos.
– Como e onde fazer?
Ligue e agende seus exames no Instituto de Prevenção do HA, pelos telefones (17) 3321-6626 ou (17) 3321-6600 (ramais 7054 e 7050).
– O que devo levar?
RG, CPF, comprovante de residência e Cartão SUS.
– Onde estão localizados os Institutos de Prevenção?
O Hospital de Amor conta com unidades fixas de prevenção nas seguintes cidades: Barretos (SP), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Fernandópolis (SP), Ji-Paraná (RO), Juazeiro (BA), Lagarto (SE), Macapá (AP), Nova Andradina (MS), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
Quer saber mais? Para esclarecer as dúvidas sobre o câncer de mama e ainda saber os mitos e verdades que envolvem a doença, clique aqui.
Neste dia 18 de julho, o Hospital de Amor tem motivos de sobra para celebrar! Há dois anos, a instituição expandiu seus serviços em prevenção e conscientização a respeito do diagnóstico precoce e inaugurou mais uma unidade: o Hospital de Amor Campinas.
A unidade fixa, localizada na cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo, e suas duas carretas móveis, são responsáveis por realizar exames preventivos gratuitos nas mulheres. Ao todo, já foram mais de 30 mil exames de mamografias, 18.041 Papanicolaous, 6.645 ultrassonografias de mama e 1.351 colposcopias.
Além disso, já foram diagnosticados 225 casos de câncer de mama, na maioria, em fases iniciais – nos estágios 0 e 1. “Fazemos constantemente companhas, convidando as mulheres da cidade a realizar os exames preventivos. Com o diagnóstico precoce, a chance de cura pode chegar a 95% no caso de câncer de mama”, afirmou a enfermeira responsável pela unidade, Thayla Cobacho.
De acordo com a enfermeira, o câncer de mama e os tumores ginecológicos são as doenças que mais acometem as mulheres no Brasil. “Para se ter uma ideia, o câncer de mama é o 2º mais incidente e, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 40% das neoplasias malignas são ginecológicas”, comentou.
Estrutura
Com capacidade para atender 300 mulheres por dia, o Hospital de Amor Campinas conta com:
– Uma recepção e um auditório;
– Sala com mamógrafo de última geração;
– Sala de biópsia com mesa de estereotaxia, que permite a realização de exame com mais qualidade e conforto para a paciente;
– Salas com aparelhos de ultrassom para exames e biópsias de mama;
– Salas de coleta de Papanicolaou;
– Consultórios médicos;
– Centro cirúrgico com duas salas.
Conquista
A concretização desse projeto só foi possível graças às verbas do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região e o apoio da Prefeitura de Campinas, com a cessão de uso do terreno. Parte dos recursos obtidos em uma ação civil pública foram destinados para cinco projetos relacionados à pesquisa e atendimento de saúde. O maior deles, orçado em R$ 69,9 milhões, foi para o Hospital de Amor. Desse montante, R$ 34 milhões foram dispostos para a construção do Instituto de Prevenção em Campinas e das unidades móveis.
Agendamentos
As unidades do Hospital de Amor Campinas (fixa e móveis) estão abertas diariamente para a realização de exames preventivos de mama e colo do útero. As mulheres interessadas devem fazer um agendamento no Centro de Saúde, apresentando os seguintes documentos: RG, CPF, cartão do SUS e comprovante de endereço, tanto no agendamento, quanto no dia do exame.
Locais para exames
Confira onde estão situadas as unidades móveis e a fixa, e escolha a melhor opção para realizar os exames preventivos:
– Unidade Fixa: Avenida das Amoreiras, 860 – Parque Itália.
– Unidade Móvel I: UBS do Tancredo Neves (Tancredão).
– Unidade Móvel II: Lagoa do Taquaral, próximo ao portão 5.
Mais informações através do telefone: (19) 3790-3830.
Entre os dias 20 e 31 de maio, o Hospital de Amor, através do seu Centro de Treinamento em Prevenção e do Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia, realizou mais um treinamento para os colaboradores do SESC. A 6ª turma, que contou com 29 novos profissionais, entre eles: coordenadores, enfermeiros, técnicos de radiologia e educadores em saúde, veio de várias partes do Brasil para participar da capacitação.
De acordo com a analista de saúde do departamento nacional do SESC, Roberta Vilhena, trata-se de uma formação destinada aos novos colaboradores do projeto “Sesc Saúde Mulher” – composto por unidades móveis que realizam exames para prevenção de câncer de mama e colo de útero, além do desenvolvimento de ações educativas para promoção em saúde. “Esse treinamento é extremamente importante para que os funcionários iniciem suas atividades em nossa instituição alinhados com nossa proposta metodológica e alcançando o nível de qualidade que esperamos. Sendo assim, devido à excelência e qualidade reconhecidos internacionalmente, não poderíamos deixar de ter o Hospital de Amor como parceiro nesse trabalho”, afirmou.
Ao todo, o HA já capacitou 196 alunos do SESC, entre os cursos de ‘Reciclagem em Mamografia’ (onde os técnicos em mamografia são orientados para fazer o posicionamento correto da mama no exame), ‘Gerência em Prevenção do Câncer de Mama com Ênfase em Qualidade’ (destinado para colaboradores que são responsáveis pelas unidades móveis), ‘Educação em Saúde’, ‘Coleta de Papanicolaou’ (destinado a enfermeiras) e ‘Suporte Básico à Vida’. Todas as capacitações são realizadas por profissionais do Hospital de Amor, que oferecem também suporte em tempo integral aos participantes.
Segundo o coordenador do Centro de Treinamento do Hospital de Amor, Thiago Buosi Silva, além dos treinamentos dos profissionais, o hospital emite os laudos de mamografia de todas as unidades móveis do SESC (sendo 25 no total) e faz o controle de qualidade técnico, clínico e médico dessas imagens. “Graças a essa parceria, todas as pessoas que começam a atuar na equipe do SESC, vêm ao Hospital de Amor receber a capacitação. Com a expansão do projeto, outras unidades sendo inauguradas e também novas admissões, finalizamos a 6ª turma e já estamos planejando a 7ª”, declarou o coordenador.
Até o momento, o Centro de Treinamento já realizou 190 cursos e capacitou 1.126 alunos de instituições de todos os estados do país.
Sobre o Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia
Criado em 2012, na cidade de Barretos, interior do estado de São Paulo, o Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia presta serviços nas áreas de capacitação, reciclagem, treinamento e pós-graduação em mamografia, em parceria com o Instituto de Prevenção do Hospital de Amor e com a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB).
Para atender a uma demanda do meio profissional e acadêmico, e com o objetivo de fornecer instrumentos de avaliação práticos, válidos e confiáveis, o núcleo elabora e administra cursos 80% práticos, baseados em modelos europeus de qualidade.
Os cursos oferecidos são reconhecidos na área educacional pelo Ministério da Educação (MEC) e apoiados por centros de treinamento internacionais, como o LRCB – National Expert and Training Centre for Breast Cancer Screening, e também por profissionais de saúde que coordenam serviços de mamografia em diversos locais do Brasil, devido aos resultados precisos e consistentes fornecidos.
Além disso, o reconhecimento dos cursos do Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia possibilitou a criação de uma certificação de abrangência nacional adequada às necessidades do país como uma alternativa aos certificados internacionais disponíveis.
Saiba mais sobre o núcleo acessando: www.nucleodemamografia.com.br.
O Hospital de Amor encerrou o ano de 2018 com duas grandes conquistas: a inauguração de unidades de prevenção nos estados do Acre e do Amapá. Só em 2017, a instituição realizou 880.620 atendimentos a pacientes de todo o Brasil, sendo que 6.365 deles foram para pessoas dessas localidades.
Hospital de Amor Rio Branco
No dia 20 de novembro, a capital do estado do Acre, Rio Branco, ganhou um Instituto de Prevenção destinado ao combate dos cânceres de mama e colo do útero ainda em fase inicial. Além do prédio fixo, a população acreana recebeu também duas unidades móveis (carretas) equipadas, que irão integrar o programa de prevenção e percorrer todo os municípios, realizando exames de mamografia e Papanicolaou.
Denominada ‘Hospital de Amor Rio Branco’, a unidade possui capacidade para 8.390 atendimentos por mês, entre exames, atendimentos ambulatoriais e pequenos procedimentos cirúrgicos, e contará com uma equipe composta por médicos de várias especialidades (como mastologistas e ginecologistas), físicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos e assistentes sociais.
Para que o projeto fosse concretizado, o governo do Acre contribuiu com R$ 31 milhões – recursos vindos de uma negociação relacionada a uma multa trabalhista atribuída ao estado.
Hospital de Amor Macapá
Em Macapá, capital do estado do Amapá, a inauguração do Instituto de Prevenção aconteceu no último dia 15 de dezembro de 2018 e contou com a presença do prefeito do município, Clécio Luís, do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e outras autoridades.
A partir do início deste ano, a população amapaense terá acesso a exames preventivos gratuitamente. O instituto terá capacidade para realizar 500 procedimentos por dia para detecção de câncer de mama e colo de útero, considerados de maior incidência no Amapá. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e o Hospital de Amor pretendem habilitar outras ações para o rastreamento do câncer de próstata, pele, boca, entre outros.
O projeto também contará com uma carreta de diagnóstico para percorrer todo o estado realizando exames preventivos. A estimativa é de que a unidade móvel faça uma média de 130 atendimentos por dia, entre mamografias (para o rastreamento do câncer de mama em mulheres de 40 a 69 anos) e Papanicolaou (para rastreamento do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos).
A implantação do ‘Hospital de Amor Macapá’ só foi possível graças a uma articulação do governo com o HA e a bancada federal, que destinou R$ 22 milhões de emendas. A contrapartida do Estado foi de R$ 3 milhões para obras de infraestrutura nos arredores, como instalações elétrica e hidráulica, sistema de esgoto e obras de mobilidade urbana.
O governo do Estado assinará um convênio com o Hospital de Amor para custear o funcionamento da unidade. O termo será destinado para a manutenção do prédio, recursos humanos, exames, água, luz e internet. O convênio terá custos fixos estabelecidos e variáveis, que dependerão do quantitativo de atendimentos que serão realizados no instituto de prevenção. A contribuição estadual está acontecendo desde 2015, com a articulação para implantação da unidade e doação do terreno para sua construção.
Benefícios
De acordo com o diretor médico das unidades móveis do Hospital de Amor, Dr. Raphael Haikel Júnior, a importância das novas unidades da região Norte do país está na possibilidade de identificação precoce dos cânceres de mama e colo de útero mais facilmente para essa população. “Há 95% de chance de cura para os tumores de mama, quando descobertos em estágios iniciais, e quase 99% para os de colo de útero. Ao identificar a doença rapidamente, a probabilidade é de que o tumor ainda esteja pequeno, o que contribui para que 80% do tratamento seja realizado nos próprios institutos de prevenção. Dessa forma, as mulheres não precisarão ficar distantes de suas famílias, o que é uma grande vantagem”, afirmou.
Para ele, outro benefício está na diminuição de custo, uma vez que o gasto no tratamento de câncer de mama é, inicialmente, de R$ 10 mil. Em estágio avançado, o tratamento da doença pode custar até R$ 140 mil. “Com as novas unidades, será possível levar atendimento de excelência à população dos estados mais carentes em atenção básica de saúde e prevenção. A partir de agora, vamos evitar que as mulheres encontrem tumores em estágios avançados e sem possibilidades de cura”, finalizou Dr. Raphael Haikel Júnior.
Levar a conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia é o principal objetivo da campanha “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama. A mobilização, que teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas, chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença.
Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tumor maligno mais frequente entre as mulheres no mundo. Para o Brasil, estimam-se 59.700 novos casos de câncer de mama para cada ano do biênio 2018/2019. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer será descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Para falar sobre o assunto e esclarecer as principais dúvidas sobre a doença, o Hospital de Amor entrevistou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino. Confira:
1 – Quais são os números atuais do câncer de mama no Brasil?
R.: De acordo com dados do INCA, o câncer de mama é o principal tipo de tumor que atinge as mulheres em todas as regiões brasileiras, exceto no Norte, que é o segundo lugar, ficando atrás apenas do câncer de colo de útero. É também a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres. No ano de 2012, mais de 1.600.000 mulheres escutaram a frase “você tem câncer de mama”, em todo o mundo.
2 – Qual é a maneira correta de se identificar a doença precocemente?
R.: A recomendação do Ministério da Saúde é a participação das mulheres nas ações de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama, através da realização da mamografia para as mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos, devendo permanecer alertas para os sinais e sintomas suspeitos, como nódulos nas mamas, saída de secreção transparente ou sanguinolenta pelos mamilos ou qualquer modificação de formato ou na pele das mamas.
3 – Quais exames as mulheres devem fazer?
R.: A mamografia é o principal exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Em situações especiais e sob indicação médica, ela poderá ser complementada com ultrassonografia ou ressonância magnética.
4 – Como funciona esse exame?
R.: O mamógrafo é um aparelho de raios-x modificado para realizar o exame das mamas. Durante o procedimento, são realizadas 4 imagens (uma de cada vez) com as mamas comprimidas entre placas. A compressão das mamas é importante para separar o tecido mamário normal de um eventual câncer, já que ambos possuem características semelhantes. Se alguma alteração for observada, imagens adicionais podem ser necessárias. O exame de mamografia pode ser complementado com ultrassonografia e, em alguns casos, por ressonância magnética.
5 – De quanto em quanto tempo é necessário realizar esse exame? Por quê?
R.: As diretrizes de sociedades médicas orientam a realização do exame de mamografia anualmente, a partir dos 40 anos. Porém, o preconizado pelo Ministério da Saúde é a realização a cada 2 anos, dos 50 anos até os 69.
As faixas etárias estão relacionadas às maiores incidências de câncer de mama na população feminina e a periodicidade visa garantir que uma lesão que começar a se desenvolver, possa ser identificada e tratada rapidamente.
6 – Caso algo seja detectado, qual o próximo passo?
R.: Se alguma alteração for detectada e confirmada pelos exames, será necessária a obtenção de uma amostra da lesão. Este procedimento é denominado de biópsia e pode ser realizado através de agulha (biópsia percutânea) ou através de cirurgia (biópsia cirúrgica). Estatisticamente, a cada 4 biópsias mamárias, 1 acaba por revelar um câncer.
7 – Quando o câncer de mama é detectado precocemente, quais são as chances de cura?
R.: Tumores de mama descobertos com menos de 1 cm ou que ainda estejam restritos ao ducto mamário – estrutura que carrega o leite durante a amamentação – apresentam cerca de 95% de chance de cura.
8 – Quais são os tratamentos mais utilizados para o câncer de mama? Como funcionam esses tratamentos?
R.: Atualmente, os tratamentos para o câncer de mama são personalizados e baseados no tipo e extensão tumoral, podendo incluir: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonoterapia e, mais recentemente, terapia alvo e imunoterapia.
• A cirurgia é o tratamento mais comum para o câncer de mama, sendo seu principal objetivo retirar o máximo possível do tumor com uma margem de segurança. A definição do tipo de cirurgia mamária – se conservadora (quando apenas a região acometida da mama é retirada) ou não – dependerá do tamanho do tumor e dos benefícios para a paciente.
• A radioterapia é a segunda principal modalidade de tratamento, usando radiação para destruir células anormais que formam um tumor. Pode ser instituída como o tratamento principal do câncer; tratamento adjuvante (quando realizada após a cirurgia, com objetivo de eliminar as células tumorais remanescentes, diminuindo a incidência de recidiva e metástases à distância); tratamento paliativo (sem finalidade curativa, sendo utilizada para melhorar a qualidade da sobrevida da paciente); para alívio de sintomas da doença, como dor ou sangramento; e para o tratamento de metástases ou, mais modernamente, como tratamento neoadjuvante (o que ocorre antes do tratamento cirúrgico em tumores muito iniciais).
• O tratamento quimioterápico utiliza medicamentos para destruir de maneira sistêmica as células tumorais. A medicação pode ser injetada ou ingerida e também pode ser utilizada no esquema neoadjuvante, adjuvante ou paliativo.
• Muitos tumores de mama apresentam, em sua superfície, receptores de hormônio (estrógeno, progesterona e andrógeno) e podem, assim, utilizar os próprios hormônios da mulher para seu crescimento. A hormonoterapia é uma opção terapêutica sistêmica, que tem como objetivo bloquear a ação destes hormônios em células sensíveis, podendo ser usada de forma isolada ou em combinação com outras formas terapêuticas.
• Outra modalidade de tratamento sistêmico é a terapia alvo, que utiliza medicamentos que atacam especificamente elementos encontrados na superfície ou no interior das células do tumor de mama.
• Finalmente, a imunoterapia é um tratamento biológico sistêmico que potencializa o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos pela própria paciente ou em laboratório, estimulando a ação das células de defesa do nosso organismo para que o tumor seja reconhecido como um agente agressor.
9 – Por que a mamografia, na maioria das vezes, é desconfortável?
R.: As mamas são extremamente sensíveis e um exame que necessita comprimir as glândulas mamárias pode provocar desconforto, que varia de mínimo a intenso, dependendo da sensibilidade da mulher e, sobretudo, da fase do período menstrual em que está sendo realizado.
10 – O que a mulher pode fazer para tornar a mamografia mais confortável? Quais dicas práticas poderia dar?
R.: A principal dica para tornar o exame menos desconfortável é realizá-lo na primeira semana após o final da menstruação. Após a menstruação, as glândulas mamárias estão menos edemaciadas (inchadas) e sua compressão será menos dolorosa.
Outra dica, nem sempre fácil, é tentar relaxar durante o posicionamento das mamas no equipamento. As mamas são unidas ao tórax através da musculatura peitoral. Quando ficamos tensas, contraímos estes músculos e, consequentemente, endurecemos a mama. Se deixarmos o corpo e, sobretudo, os braços relaxados, as mamas serão comprimidas com mais facilidade e sem tanto desconforto. Avisar a técnica de radiologia que as suas mamas são ou estão sensíveis, também traz melhores resultados em relação à percepção de desconforto do exame.
11 – Por que é interessante avisar a técnica sobre a prótese de silicone?
R.: A mamografia em mulheres que possuam implantes mamários pode e deve ser realizada, porém, exige cuidados e posicionamentos específicos da mama para tentar retirar a sobreposição do silicone. Normalmente, serão realizadas de 6 a 8 imagens das mamas. Paciência e colaboração é tudo para um exame rápido e de sucesso!
12 – Quais são os principais fatores de risco do câncer de mama?
R.: Idade da primeira menstruação menor do que 12 anos; menopausa após os 55 anos; mulheres que nunca engravidaram ou nunca tiveram filhos; primeira gravidez após os 30 anos; uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa, especialmente se por tempo prolongado; exposição à radiação ionizante; consumo de bebidas alcoólicas; dietas hipercalóricas; sedentarismo; e predisposição genética (pelas mutações em determinados genes transmitidos na herança genética familiar – principalmente por dois genes de alto risco, BRCA1 e BRCA2), são os principais fatores de risco do câncer de mama.
Mitos x Verdades
– O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres?
Verdade. Inclusive, ele responde por 29,5% dos casos novos a cada ano e a prevenção deve ser feita através da realização de mamografia e hábitos de vida saudáveis.
– O exame de mamografia auxilia na detecção precoce do câncer de mama?
Verdade. O exame ainda é o método mais eficaz de diagnóstico para detecção da doença. Quanto mais precoce a descoberta e remoção do tumor em sua fase inicial, maiores são as chances de cura, podendo ultrapassar 95%.
– O autoexame de mama substitui a realização da mamografia?
Mito. Apenas a mamografia é capaz de detectar nódulos menores que 1cm e imperceptíveis ao autoexame.
– O câncer de mama tem cura?
Verdade. Se detectado em estágios inicias, as chances de cura chegam a 95%.
– A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama?
Verdade. A amamentação pode reduzir o risco da mulher de contrair a doença, mas isso não significa que a mulher que amamentou não terá câncer de mama.
– As mulheres que têm prótese de silicone nas mamas não podem realizar mamografia?
Mito. Podem e devem realizar o exame. Uma mamografia realizada corretamente não traz nenhum dano às próteses. É sempre bom avisar o técnico sobre a presença do silicone para que ele possa aplicar menos pressão.
– Homens podem ter câncer de mama?
Verdade. Porém, são mais raros, correspondendo a cerca de 1% dos casos.
– O uso de desodorante antitranspirante pode causar câncer de mama?
Mito. Não existem pesquisas que evidenciem relação direta entre o uso desse tipo de produto e o desenvolvimento da doença.
– Sintomas como nódulo palpável, presença de secreção aquosa, com aspecto transparente ou sangue pelo mamilo e alterações na pele podem ser sinais de câncer de mama?
Verdade. Se você perceber algum desses sinais, fique alerta e procure um médico de sua confiança para ser avaliada.
– O câncer de mama pode ser causado por um trauma, como bater a mama na maçaneta da porta ou outros locais, por exemplo?
Mito. O que pode ocorrer nesses casos é que, após o trauma, a mulher passa a se observar e/ou se tocais mais e descubra um nódulo que já estava presente.
– A radiação emitida pelo aparelho de mamografia é prejudicial à saúde?
Mito. A quantidade de radiação emitida durante o exame é relativamente baixa e o risco associado à exposição é mínimo.
– O sutiã pode aumentar o risco de câncer de mama?
Mito. Não existem estudos que evidenciem relação direta entre o uso do sutiã e o desenvolvimento da doença.
Há mais de 20 anos, o Hospital de Amor atua levando a prevenção para homens e mulheres de todo o Brasil, desenvolvendo um trabalho pioneiro, com qualidade e excelência, em suas 11 unidades fixas de prevenção e 18 unidades móveis. Com o objetivo de difundir conhecimentos médicos e técnicos sobre o diagnóstico do câncer de mama em suas fases mais iniciais, o Instituto de Prevenção do HA promoveu o “III Simpósio Internacional de Rastreamento Mamográfico”.
O evento, que aconteceu nos dias 31 de agosto e 1 de setembro, no Centro de Convenções do Barretos Country Hotel, em Barretos (SP), em parceria com o instituto holandês The Dutch Nacional Expert and Training Center for Breast Cancer Screening (LRCB), contou com 300 participantes e 35 palestrantes, entre eles, o renomado radiologista mamário, presidente do LRCB e professor (que também atua no departamento de radiologia da University Medical Center Utrecht), da Holanda, Dr. Ruud Pijnappel; a epidemiologista holandesa, Meirelle Broeders; a instrutora coordenadora dos técnicos de radiologia do programa holandês de rastreamento mamográfico, Cary Van Landsveld-Verhoeven; e a radiologista mamária do Hospital de Mar, da Espanha, Ana Rodrigues Arana.
Durante os dois dias de intensa troca de conhecimentos, duas salas simultâneas foram montadas: uma médica, envolvendo as diversas especialidades relacionadas com o diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama, e uma técnica, onde os técnicos de radiologia puderam ter contato com renomados palestrantes, conceitos internacionais e as mais novas tecnologias disponíveis para o rastreamento mamográfico. Além disso, o curso foi disponibilizado, através de transmissões ao vivo, para mais de 100 pessoas remotamente nas unidades fixas de prevenção do Hospital de Amor.
De acordo com a médica radiologista do Instituto de Prevenção do HA, Dra. Sílvia Sabino, o simpósio foi um sucesso, pois possibilitou o compartilhamento de reflexões sobre o rastreamento mamográfico entre os pesquisadores e profissionais da área, nacionais e internacionais, abordando temas de diferentes aspectos que constituem lesões mamárias diferenciais e tumores precoces, além das lesões precoces diagnosticadas. Para ela, os programas de rastreamento do câncer de mama (doença mais frequente na população feminina) realizados no Brasil são essencialmente de cunho oportunístico, isto é, as mulheres realizam os exames se o desejarem, sem nenhum tipo de controle efetivo sobre a adesão, casos alterados ou seus desdobramentos. “A presença de pessoas que trabalham com um rastreamento organizado, em que absolutamente todos os dados são controlados, traz uma excelente oportunidade de incremento de qualidade ao serviço que prestamos à população e nos faz olhar de maneira mais crítica para o nosso trabalho”, afirmou Dra. Sílvia.
Segundo o presidente da LRCB, as palestras realizadas no evento foram muito proveitosas, pois envolveram os assuntos sobre rastreamento, diagnóstico e tratamento da doença de maneira muito bem estruturada. “Quando nós chegamos no Hospital de Amor pela primeira vez, a instituição ainda estava começando seu programa de rastreamento mamográfico. Agora, é impressionante como ela construiu um sistema tão organizado. Claro, que sempre há o que se aprimorar, mas é nítido que essa equipe sempre procura dar passos para alcançar a excelência e, com nossas orientações, eles têm conseguido ótimos resultados”, relatou.
Resultados positivos
Após promover um evento tão grandioso como este, é possível reconhecer que o Hospital de Amor, especialmente o Instituto de Prevenção da entidade, está intensamente alinhado com diretrizes internacionais da mais alta qualidade. “É gratificante perceber que estamos no caminho certo, mas, o caminho para a perfeição é longo e árduo. Somente com educação continuada e conscientização dos gestores de serviços médicos é que poderemos alcançar nosso objetivo: diagnóstico precoce do câncer de mama na tentativa de redução da morbidade dos tratamentos, devolvendo a mulher o quanto antes à sua vida habitual e, finalmente, redução da mortalidade das mulheres brasileiras”, contou Dr. Silvia Sabino.
O Dr. Ruud Pijnappel também reconheceu o crescimento da instituição na área da prevenção. “O trabalho realizado aqui é diferente do que fazemos na Holanda, mas isso não é um problema, afinal, são contextos e realidades diferentes, mas a qualidade da realização dos exames, a preocupação em treinar e qualificar cada profissional envolvido no processo e essa essência que norteia o projeto são exatamente as mesmas”, finalizou.
“Com o III Simpósio Internacional de Rastreamento Mamográfico, ganhamos notoriedade e consolidamos, cada vez mais, nosso papel de formadores de opinião e estimuladores da busca constante pela qualidade (em todas as áreas). Esta é a nossa marca, este é o legado que estamos deixando para todos que se aproximam do Hospital de Amor”, declarou a médica radiologista.
Auditoria Internacional do Programa de Rastreamento do Câncer de Mama
A segunda fase desse projeto foi a submissão do serviço de prevenção do Hospital de Amor à 3ª edição da ‘Auditoria Internacional do Programa de Rastreamento do Câncer de Mama’. Desta forma, os participantes do simpósio também aproveitaram para prestigiar esse outro momento, realizado na primeira semana do mês de setembro.
Este segundo processo conta com avaliação dos mamógrafos digitais da instituição, qualidade de imagem e treinamento dos técnicos de radiologia, performance dos médicos radiologistas e controle dos dados e resultados do Programa de Rastreamento – que culminou com a conquista da Certificação Internacional (única fora da Europa) por mais dois anos. “A certificação é o coroamento de um árduo e contínuo trabalho, de uma grande equipe multiprofissional. Gostaria de expressar os meus parabéns a todos que participaram, de alguma forma, destes momentos”, finalizou Dra. Sílvia.
Assistência, prevenção, ensino, pesquisa e inovação, sempre foram os pilares do Hospital de Amor. Há quase 60 anos, a instituição, que é referência em tratamento oncológico na América Latina, alia tudo isso com um dos seus principais valores: a humanização – encontrada em todas as suas unidades, inclusive, nas salas de mamografia.
A grande novidade é que o Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), conta com uma sala de mamografia com o tema Aurora Boreal (um fenômeno óptico que permite que um brilho extraordinário possa ser visto nos céus noturnos de regiões do Polo Norte). O motivo da temática é, além de proporcionar o máximo de conforto para a mulher que está realizando o exame, também oferecer excelência no processo com um equipamento de altíssima tecnologia.
De acordo com a médica radiologista do hospital, Dra. Silvia Sabino, o desenvolvimento da sala vem de encontro com a missão da instituição, em suas diversas áreas de atuação. “O exame de mamografia sempre vem acompanhado de uma grande ansiedade e medo, seja do próprio exame, de sentir dor, se machucar e até do diagnóstico (de câncer) que pode vir após o exame. Esses temores afastam muitas mulheres da possibilidade do diagnóstico precoce do câncer de mama e, muitas vezes, geram a propagação de informações negativas sobre o exame, por isso, a ideia de criar um ambiente mais harmonioso e acolhedor”, afirmou.
A nova sala conta com um mamógrafo da mais alta tecnologia, capaz de realizar a mamografia digital tradicional 2D, a tomossíntese (mamografia 3D que adquire de 200 a 400 imagens da mama evitando a sobreposição de estruturas, como tecido mamário e o próprio câncer), a mamografia espectral de contraste (exame com contraste venoso que similar a ressonância magnética) e o grande diferencial: os procedimentos de biópsia e marcação pré-operatória guiados por tomossíntese (e futuramente, também por mamografia com contraste).
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 66.280 novos casos de câncer de mama são estimados para o Brasil, em cada ano do triênio 2020/2022 – valor que corresponde a um risco de aproximadamente 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. “Além de todos esses benefícios tecnológicos, a sala humanizada Aurora Boreal do HA tem o objetivo de desfocar a atenção da mulher que está realizando o exame para a beleza do ambiente, reduzindo a ansiedade e promovendo maior relaxamento e cooperação para o posicionamento adequado do mamógrafo. Com tudo isso, nós conseguimos ter diagnósticos mais precisos, evitando que eventuais cânceres sejam perdidos ou subestimados, pois 95% das falhas observadas no exame, correspondem a erros de posicionamento!”, declarou a médica.
Parceria
A conquista do novo espaço se deu graças à uma importante aliada do Hospital de Amor, a GE Healthcare – uma das maiores parceiras da instituição, tanto no âmbito comercial quanto em projetos científicos, de educação e de desenvolvimento de novas tecnologias. “Desde 2012, a empresa nos cedeu a primeira sala sensorial de mamografia das Américas. Quando a pandemia impediu nossos projetos educacionais, a GE nos sugeriu a construção de um ambiente temático que unisse a humanização, que já fazia parte das nossas outras salas, com a possibilidade de transmissão on-line de aulas, treinamentos de posicionamento e procedimentos de biópsia e visitas técnicas virtuais”, contou Dra. Silvia.
Com o término dos atendimentos restritos causados pelo período pandêmico, a previsão do Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), é de que mais de 1.200 mulheres, por mês, possam usufruir desta experiência ao realizar exames de mamografia, gerando maior adesão ao projeto de rastreamento mamográfico e alcançado o objetivo final da instituição: reduzir os dados de mortalidade por câncer de mama!
O Hospital de Amor tem motivos de sobra para comemorar! Na última quinta-feira, dia 16 de dezembro, o HA chegou ao estado de Alagoas com a inauguração do Instituto de Prevenção de Arapiraca, na região do Agreste, com atenção voltada especialmente à prevenção e diagnóstico de casos de câncer de mama e do colo do útero. As obras tiveram início em dezembro do ano passado.
A construção da primeira unidade do Hospital de Amor em solo alagoano foi possível graças ao apoio do senador Rodrigo Cunha (PSDB), que realizou a destinação de R$ 14.182.870,00, e da deputada federal Tereza Nelma (PSDB), que também designou mais R$ 14.182.870,00 em recursos federais.
O presidente do Hospital, Henrique Prata, destacou a importância do apoio dos parlamentares na expansão do atendimento. “Somos gratos a estes dois parlamentares, pessoas abençoadas, que estão permitindo que levemos atendimento de qualidade ao povo de Alagoas. Em nome de todos os pacientes, todos os colaboradores, de toda a família Hospital de Amor, agradecemos pelo comprometimento com nossa causa”, enfatizou Prata.
Os atendimentos serão 100% voltados a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), com a mesma qualidade, tecnologia e humanização que há quase 60 anos fazem do HA o maior e mais qualificado complexo especializado em oncologia da América Latina, com hospitais e institutos de prevenção fixos e móveis presentes em 13 estados brasileiros.
Sobre a unidade
O Instituto de Prevenção de Arapiraca está instalado em uma área de 15 mil/m², com um total de 2 mil/m² de área construída, oferecendo a realização de exames preventivos e de diagnóstico, além de biópsias e consultas médicas, contando com o apoio de uma unidade móvel com capacidade para oferecer exames de mamografia e Papanicolau em base líquida, considerado o método mais moderno e seguro por apresentar maiores índices de diagnóstico.
A unidade contará com mamógrafo digital, aparelho de ultrassonografia de mama – possibilitando a realização de colposcopia com biópsia, e um centro cirúrgico – possibilitando a realização de pequenas e médias cirurgias, resolvendo cerca 98% dos casos de câncer de colo de útero e 75% dos casos de câncer de mama, sem a necessidade de encaminhamento para um hospital especializado.
Com isso, será possível a assistência médica direcionada à detecção precoce de lesões neoplásicas, diminuir causas e fatores de risco antes do desenvolvimento da condição clínica, detectando problemas de saúde em estágio inicial e reduzindo eventuais prejuízos funcionais e consequentes casos mais agudos.
Sobre o Hospital de Amor
O HA tem como uma de suas principais frentes de atuação a prevenção, sendo referência no assunto com um trabalho ativo, por meio de dezenas de unidades fixas e móveis espalhadas pelo país. Esse serviço contribui diretamente para o diagnóstico precoce dos tipos mais incidentes da doença na população brasileira, como o câncer de mama, que quando descoberto em suas fases iniciais possui até 95% de chances de cura, além de diminuir a necessidade de tratamentos mais invasivos.
Excelência em oncologia, mesmo com as restrições impostas pela pandemia da COVID-19, a instituição realizou, em 2020, o total de 911.048 atendimentos, a 227.264 pacientes vindos de 2.360 municípios de todos os 26 estados e do Distrito Federal.
Foram realizadas 14.951 internações, 252.544 quimioterapias, 9.500 refeições servidas por dia, 100% de forma gratuita. O déficit operacional é de R$ 36,3 milhões/mês de acordo com o balanço oficial de 2021. A entidade reúne 380 médicos e 5.300 funcionários, em todas as suas unidades espalhadas pelo Brasil.
Referência no tratamento oncológico e atuante no trabalho de prevenção do câncer, o Hospital de Amor realiza uma nova conquista: integrar o projeto e implantar a ferramenta SmartDR. A iniciativa é promovida pela startup norte-americana Aquila Med, com sócios brasileiros, Fernando Peixoto e Rodrigo Greco, e tem como objetivo maximizar a produtividade e qualidade do trabalho realizado pela equipe do HA, por meio da ‘dupla leitura’ de 100% dos exames de mamografia, utilizando inteligência artificial (IA) como ferramenta de auxílio. Atingindo mais de 98% de confiança na predição dos resultados benignos de um exame mamográfico, a tecnologia está ancorada em rastreamento por mapa de cor de sensibilidade e especificidade em relação às lesões observadas na imagem, auxiliando no processo de dupla leitura permitindo agilidade na arbitragem dos casos discrepantes entre a leitura humana e da máquina, criação e priorização de filas de trabalho.
Segundo a médica radiologista da instituição, Dra. Silvia Sabino, ‘o termo dupla leitura’ significa que a mamografia é revista por 2 radiologistas de forma independente ou interpretada em conjunto. É uma prática padrão na Europa e obrigatória dentro dos programas de rastreamento mamográficos.
O software SmartDR está em fase de validação no Brasil, nos EUA e na Argentina. Além do HA, existem mais duas instituições no Brasil fazendo uso da plataforma. O Departamento de Prevenção, junto ao Programa de Qualidade Total em Mamografia, coordenado pela Dra. Silvia Sabino, vem ajudando o time da Aquila Med a desenvolver a ferramenta já há mais de ano.
A tecnologia em favor da vida
Dra. Silvia enaltece a grande conquista da instituição, uma vez que esse triunfo pode contribuir para salvar mais vidas, já que antes da implantação da ferramenta, apenas uma fração dos exames realizados tinha a possibilidade de ser revisto, devido à grande demanda. “Atualmente, 100% da produção de mamografias está automaticamente passando pela ferramenta de Inteligência Artificial (IA), promovendo, assim, um aumento de produtividade e qualidade de diagnóstico e redução de carga de trabalho”.
A especialista reforça que o cenário ideal de realização de mamografias de rastreamento, fora o período da pandemia, em média, chegaria a 2.000 mulheres beneficiadas por dia com este novo protocolo. “A AI maximiza a eficiência e qualidade de diagnóstico, agregando valor em cada parte do processo da realização da mamografia”, comenta Rodrigo Greco, CEO da Aquila Med.
A radiologista que atende mulheres vindas de milhares de cidades do Brasil, não contém a emoção ao falar sobre êxito de poder estar à frente de um projeto tão inovador. “As ferramentas de Inteligência Artificial que pareciam uma realidade distante, hoje fazem cada vez mais parte das nossas vidas e rotinas de trabalho, agregando eficiência, agilidade e segurança na tomada de decisão. O que no passado era humanamente impossível de ser realizado, no caso a releitura da totalidade dos nossos exames realizados, dado ao grande volume, hoje, consegue ser feito em ⅓ do tempo permitindo garantir a excelência cada vez maior do serviço prestado pela Fundação Pio XII”, declara Dra. Silvia.
O Hospital de Amor, que há quase quatro meses precisou interromper as atividades de 15 das suas 18 unidades voltadas para prevenção de câncer em todo o país, por conta da pandemia do novo coronavírus, acaba de criar um protocolo para retomada gradual dos atendimentos, respeitando não apenas a necessidade no retorno dos exames preventivos oferecidos, mas também garantindo a segurança de pacientes e profissionais de saúde a partir dos cenários locais frente à pandemia.
De acordo com a médica radiologista do Instituto de Prevenção do HA, Dra. Sílvia Sabino, o protocolo é resultado de uma ação conjunta de profissionais de diversos setores da instituição e da Dra. Selma Bauab, da Clínica MamaImagem, com o suporte do Colégio Brasileiro de Radiologia e do instituto holandês The Dutch Nacional Expert and Training Center for Breast Cancer Screening (LRCB), além da participação de profissionais parceiros do Canadá e Reino Unido que disponibilizaram suas próprias orientações de retomada.
A médica explica que a urgência em reabrir as unidades leva em consideração o volume de exames realizados por mês pelo HA antes da pandemia, que chegava a 20 mil no total, e o tempo que pode demorar para acomodar a fila de pacientes que se formou com a paralisação, um número estimado, até o momento, em 80 mil pessoas. “Nós temos um problema muito grande, pois, com certeza, teremos um atraso em termos de diagnóstico”, ressalta.
O protocolo do HA ditará regras de biossegurança para todas as unidades e irá se basear no risco de desenvolvimento de câncer dos pacientes para organizar a prioridade no atendimento, acolhendo, em um primeiro momento, pacientes com resultados de exames anteriores com alto risco de câncer e pacientes com mutação genética; depois, pacientes com risco intermediário e, por último, os indivíduos para realização de rastreamento em geral. Para nortear as ações e processos necessários, foram criados vários documentos e materiais de orientação, incluindo um vídeo, folders, banners e guias rápidos, a fim de reforçar as informações e minimizar o risco de contaminação, garantindo a segurança de todos os envolvidos.
Com unidades espalhadas por diversas regiões do Brasil, houve também a preocupação com as realidades locais frente à pandemia. “Então, criamos uma ferramenta, que está dentro da plataforma RedCap (utilizada para gestão de dados na instituição), a qual todas as unidades têm acesso por meio de um profissional responsável cadastrado; por lá, são inseridos alguns dados da situação local, como o número de casos diagnosticados internados, números de leitos de UTI e enfermaria ocupados e disponíveis, além da capacidade de atendimento que a unidade tinha antes da pandemia”, detalha Dra. Silvia. Segundo ela, automaticamente a ferramenta calcula em que fase da pandemia a unidade está, qual o risco de contaminação e qual é a porcentagem de funcionamento com que a unidade pode trabalhar, determinando, inclusive, o número máximo de atendimentos permitidos por dia.
Futuramente, quando forem retomados os atendimentos de rastreamento populacional de baixo risco, uma nova ferramenta será incorporada ao protocolo. Resultado de uma parceria com o Massachusetts General Hospital de Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e o Instituto Protea, o dispositivo utilizará inteligência artificial para estabelecer a prioridade no atendimento, a fim de reduzir o impacto que poderia ser causado por diagnósticos tardios.
O décimo mês do ano é mais do que especial para o Hospital de Amor, pois ele é marcado pela maior campanha de conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia.
O “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama – teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas. A iniciativa chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença. Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo. De acordo com as últimas estatísticas do Globocan 2018 (BRAY, 2018), foram estimados 2,1 milhões de novos casos de câncer e 627 mil óbitos pela doença. No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% da doença em mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer é descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Em 2018, o Hospital de Amor realizou 171.478 exames de mamografia, graças às suas 22 unidades móveis (carretas) e seus 13 institutos de prevenção espalhados pelo país, levando grandes chances de cura contra o câncer de mama a mulheres de 40 a 69 anos. Devido a esse intenso trabalho, 73% dos casos foram descobertos em estágio inicial. “Quanto mais cedo a doença for encontrada, maiores serão as chances de cura. Com certeza, a mamografia ainda é a melhor forma de se fazer isso”, declarou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino.
Faça seu exame
Durante todo o mês de outubro, os Institutos de Prevenção do Hospital de Amor estarão de braços abertos esperando pelas mulheres. Vá até a unidade mais próxima de você e realize, gratuitamente, seu exame de mamografia para a prevenção do câncer de mama.
– Quem deve fazer o exame de mamografia?
Mulheres de 40 a 49 anos, anualmente.
Mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos.
– Como e onde fazer?
Ligue e agende seus exames no Instituto de Prevenção do HA, pelos telefones (17) 3321-6626 ou (17) 3321-6600 (ramais 7054 e 7050).
– O que devo levar?
RG, CPF, comprovante de residência e Cartão SUS.
– Onde estão localizados os Institutos de Prevenção?
O Hospital de Amor conta com unidades fixas de prevenção nas seguintes cidades: Barretos (SP), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Fernandópolis (SP), Ji-Paraná (RO), Juazeiro (BA), Lagarto (SE), Macapá (AP), Nova Andradina (MS), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
Quer saber mais? Para esclarecer as dúvidas sobre o câncer de mama e ainda saber os mitos e verdades que envolvem a doença, clique aqui.
Neste dia 18 de julho, o Hospital de Amor tem motivos de sobra para celebrar! Há dois anos, a instituição expandiu seus serviços em prevenção e conscientização a respeito do diagnóstico precoce e inaugurou mais uma unidade: o Hospital de Amor Campinas.
A unidade fixa, localizada na cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo, e suas duas carretas móveis, são responsáveis por realizar exames preventivos gratuitos nas mulheres. Ao todo, já foram mais de 30 mil exames de mamografias, 18.041 Papanicolaous, 6.645 ultrassonografias de mama e 1.351 colposcopias.
Além disso, já foram diagnosticados 225 casos de câncer de mama, na maioria, em fases iniciais – nos estágios 0 e 1. “Fazemos constantemente companhas, convidando as mulheres da cidade a realizar os exames preventivos. Com o diagnóstico precoce, a chance de cura pode chegar a 95% no caso de câncer de mama”, afirmou a enfermeira responsável pela unidade, Thayla Cobacho.
De acordo com a enfermeira, o câncer de mama e os tumores ginecológicos são as doenças que mais acometem as mulheres no Brasil. “Para se ter uma ideia, o câncer de mama é o 2º mais incidente e, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 40% das neoplasias malignas são ginecológicas”, comentou.
Estrutura
Com capacidade para atender 300 mulheres por dia, o Hospital de Amor Campinas conta com:
– Uma recepção e um auditório;
– Sala com mamógrafo de última geração;
– Sala de biópsia com mesa de estereotaxia, que permite a realização de exame com mais qualidade e conforto para a paciente;
– Salas com aparelhos de ultrassom para exames e biópsias de mama;
– Salas de coleta de Papanicolaou;
– Consultórios médicos;
– Centro cirúrgico com duas salas.
Conquista
A concretização desse projeto só foi possível graças às verbas do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região e o apoio da Prefeitura de Campinas, com a cessão de uso do terreno. Parte dos recursos obtidos em uma ação civil pública foram destinados para cinco projetos relacionados à pesquisa e atendimento de saúde. O maior deles, orçado em R$ 69,9 milhões, foi para o Hospital de Amor. Desse montante, R$ 34 milhões foram dispostos para a construção do Instituto de Prevenção em Campinas e das unidades móveis.
Agendamentos
As unidades do Hospital de Amor Campinas (fixa e móveis) estão abertas diariamente para a realização de exames preventivos de mama e colo do útero. As mulheres interessadas devem fazer um agendamento no Centro de Saúde, apresentando os seguintes documentos: RG, CPF, cartão do SUS e comprovante de endereço, tanto no agendamento, quanto no dia do exame.
Locais para exames
Confira onde estão situadas as unidades móveis e a fixa, e escolha a melhor opção para realizar os exames preventivos:
– Unidade Fixa: Avenida das Amoreiras, 860 – Parque Itália.
– Unidade Móvel I: UBS do Tancredo Neves (Tancredão).
– Unidade Móvel II: Lagoa do Taquaral, próximo ao portão 5.
Mais informações através do telefone: (19) 3790-3830.
Entre os dias 20 e 31 de maio, o Hospital de Amor, através do seu Centro de Treinamento em Prevenção e do Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia, realizou mais um treinamento para os colaboradores do SESC. A 6ª turma, que contou com 29 novos profissionais, entre eles: coordenadores, enfermeiros, técnicos de radiologia e educadores em saúde, veio de várias partes do Brasil para participar da capacitação.
De acordo com a analista de saúde do departamento nacional do SESC, Roberta Vilhena, trata-se de uma formação destinada aos novos colaboradores do projeto “Sesc Saúde Mulher” – composto por unidades móveis que realizam exames para prevenção de câncer de mama e colo de útero, além do desenvolvimento de ações educativas para promoção em saúde. “Esse treinamento é extremamente importante para que os funcionários iniciem suas atividades em nossa instituição alinhados com nossa proposta metodológica e alcançando o nível de qualidade que esperamos. Sendo assim, devido à excelência e qualidade reconhecidos internacionalmente, não poderíamos deixar de ter o Hospital de Amor como parceiro nesse trabalho”, afirmou.
Ao todo, o HA já capacitou 196 alunos do SESC, entre os cursos de ‘Reciclagem em Mamografia’ (onde os técnicos em mamografia são orientados para fazer o posicionamento correto da mama no exame), ‘Gerência em Prevenção do Câncer de Mama com Ênfase em Qualidade’ (destinado para colaboradores que são responsáveis pelas unidades móveis), ‘Educação em Saúde’, ‘Coleta de Papanicolaou’ (destinado a enfermeiras) e ‘Suporte Básico à Vida’. Todas as capacitações são realizadas por profissionais do Hospital de Amor, que oferecem também suporte em tempo integral aos participantes.
Segundo o coordenador do Centro de Treinamento do Hospital de Amor, Thiago Buosi Silva, além dos treinamentos dos profissionais, o hospital emite os laudos de mamografia de todas as unidades móveis do SESC (sendo 25 no total) e faz o controle de qualidade técnico, clínico e médico dessas imagens. “Graças a essa parceria, todas as pessoas que começam a atuar na equipe do SESC, vêm ao Hospital de Amor receber a capacitação. Com a expansão do projeto, outras unidades sendo inauguradas e também novas admissões, finalizamos a 6ª turma e já estamos planejando a 7ª”, declarou o coordenador.
Até o momento, o Centro de Treinamento já realizou 190 cursos e capacitou 1.126 alunos de instituições de todos os estados do país.
Sobre o Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia
Criado em 2012, na cidade de Barretos, interior do estado de São Paulo, o Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia presta serviços nas áreas de capacitação, reciclagem, treinamento e pós-graduação em mamografia, em parceria com o Instituto de Prevenção do Hospital de Amor e com a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB).
Para atender a uma demanda do meio profissional e acadêmico, e com o objetivo de fornecer instrumentos de avaliação práticos, válidos e confiáveis, o núcleo elabora e administra cursos 80% práticos, baseados em modelos europeus de qualidade.
Os cursos oferecidos são reconhecidos na área educacional pelo Ministério da Educação (MEC) e apoiados por centros de treinamento internacionais, como o LRCB – National Expert and Training Centre for Breast Cancer Screening, e também por profissionais de saúde que coordenam serviços de mamografia em diversos locais do Brasil, devido aos resultados precisos e consistentes fornecidos.
Além disso, o reconhecimento dos cursos do Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia possibilitou a criação de uma certificação de abrangência nacional adequada às necessidades do país como uma alternativa aos certificados internacionais disponíveis.
Saiba mais sobre o núcleo acessando: www.nucleodemamografia.com.br.
O Hospital de Amor encerrou o ano de 2018 com duas grandes conquistas: a inauguração de unidades de prevenção nos estados do Acre e do Amapá. Só em 2017, a instituição realizou 880.620 atendimentos a pacientes de todo o Brasil, sendo que 6.365 deles foram para pessoas dessas localidades.
Hospital de Amor Rio Branco
No dia 20 de novembro, a capital do estado do Acre, Rio Branco, ganhou um Instituto de Prevenção destinado ao combate dos cânceres de mama e colo do útero ainda em fase inicial. Além do prédio fixo, a população acreana recebeu também duas unidades móveis (carretas) equipadas, que irão integrar o programa de prevenção e percorrer todo os municípios, realizando exames de mamografia e Papanicolaou.
Denominada ‘Hospital de Amor Rio Branco’, a unidade possui capacidade para 8.390 atendimentos por mês, entre exames, atendimentos ambulatoriais e pequenos procedimentos cirúrgicos, e contará com uma equipe composta por médicos de várias especialidades (como mastologistas e ginecologistas), físicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos e assistentes sociais.
Para que o projeto fosse concretizado, o governo do Acre contribuiu com R$ 31 milhões – recursos vindos de uma negociação relacionada a uma multa trabalhista atribuída ao estado.
Hospital de Amor Macapá
Em Macapá, capital do estado do Amapá, a inauguração do Instituto de Prevenção aconteceu no último dia 15 de dezembro de 2018 e contou com a presença do prefeito do município, Clécio Luís, do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e outras autoridades.
A partir do início deste ano, a população amapaense terá acesso a exames preventivos gratuitamente. O instituto terá capacidade para realizar 500 procedimentos por dia para detecção de câncer de mama e colo de útero, considerados de maior incidência no Amapá. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e o Hospital de Amor pretendem habilitar outras ações para o rastreamento do câncer de próstata, pele, boca, entre outros.
O projeto também contará com uma carreta de diagnóstico para percorrer todo o estado realizando exames preventivos. A estimativa é de que a unidade móvel faça uma média de 130 atendimentos por dia, entre mamografias (para o rastreamento do câncer de mama em mulheres de 40 a 69 anos) e Papanicolaou (para rastreamento do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos).
A implantação do ‘Hospital de Amor Macapá’ só foi possível graças a uma articulação do governo com o HA e a bancada federal, que destinou R$ 22 milhões de emendas. A contrapartida do Estado foi de R$ 3 milhões para obras de infraestrutura nos arredores, como instalações elétrica e hidráulica, sistema de esgoto e obras de mobilidade urbana.
O governo do Estado assinará um convênio com o Hospital de Amor para custear o funcionamento da unidade. O termo será destinado para a manutenção do prédio, recursos humanos, exames, água, luz e internet. O convênio terá custos fixos estabelecidos e variáveis, que dependerão do quantitativo de atendimentos que serão realizados no instituto de prevenção. A contribuição estadual está acontecendo desde 2015, com a articulação para implantação da unidade e doação do terreno para sua construção.
Benefícios
De acordo com o diretor médico das unidades móveis do Hospital de Amor, Dr. Raphael Haikel Júnior, a importância das novas unidades da região Norte do país está na possibilidade de identificação precoce dos cânceres de mama e colo de útero mais facilmente para essa população. “Há 95% de chance de cura para os tumores de mama, quando descobertos em estágios iniciais, e quase 99% para os de colo de útero. Ao identificar a doença rapidamente, a probabilidade é de que o tumor ainda esteja pequeno, o que contribui para que 80% do tratamento seja realizado nos próprios institutos de prevenção. Dessa forma, as mulheres não precisarão ficar distantes de suas famílias, o que é uma grande vantagem”, afirmou.
Para ele, outro benefício está na diminuição de custo, uma vez que o gasto no tratamento de câncer de mama é, inicialmente, de R$ 10 mil. Em estágio avançado, o tratamento da doença pode custar até R$ 140 mil. “Com as novas unidades, será possível levar atendimento de excelência à população dos estados mais carentes em atenção básica de saúde e prevenção. A partir de agora, vamos evitar que as mulheres encontrem tumores em estágios avançados e sem possibilidades de cura”, finalizou Dr. Raphael Haikel Júnior.
Levar a conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia é o principal objetivo da campanha “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama. A mobilização, que teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas, chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença.
Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tumor maligno mais frequente entre as mulheres no mundo. Para o Brasil, estimam-se 59.700 novos casos de câncer de mama para cada ano do biênio 2018/2019. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer será descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Para falar sobre o assunto e esclarecer as principais dúvidas sobre a doença, o Hospital de Amor entrevistou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino. Confira:
1 – Quais são os números atuais do câncer de mama no Brasil?
R.: De acordo com dados do INCA, o câncer de mama é o principal tipo de tumor que atinge as mulheres em todas as regiões brasileiras, exceto no Norte, que é o segundo lugar, ficando atrás apenas do câncer de colo de útero. É também a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres. No ano de 2012, mais de 1.600.000 mulheres escutaram a frase “você tem câncer de mama”, em todo o mundo.
2 – Qual é a maneira correta de se identificar a doença precocemente?
R.: A recomendação do Ministério da Saúde é a participação das mulheres nas ações de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama, através da realização da mamografia para as mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos, devendo permanecer alertas para os sinais e sintomas suspeitos, como nódulos nas mamas, saída de secreção transparente ou sanguinolenta pelos mamilos ou qualquer modificação de formato ou na pele das mamas.
3 – Quais exames as mulheres devem fazer?
R.: A mamografia é o principal exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Em situações especiais e sob indicação médica, ela poderá ser complementada com ultrassonografia ou ressonância magnética.
4 – Como funciona esse exame?
R.: O mamógrafo é um aparelho de raios-x modificado para realizar o exame das mamas. Durante o procedimento, são realizadas 4 imagens (uma de cada vez) com as mamas comprimidas entre placas. A compressão das mamas é importante para separar o tecido mamário normal de um eventual câncer, já que ambos possuem características semelhantes. Se alguma alteração for observada, imagens adicionais podem ser necessárias. O exame de mamografia pode ser complementado com ultrassonografia e, em alguns casos, por ressonância magnética.
5 – De quanto em quanto tempo é necessário realizar esse exame? Por quê?
R.: As diretrizes de sociedades médicas orientam a realização do exame de mamografia anualmente, a partir dos 40 anos. Porém, o preconizado pelo Ministério da Saúde é a realização a cada 2 anos, dos 50 anos até os 69.
As faixas etárias estão relacionadas às maiores incidências de câncer de mama na população feminina e a periodicidade visa garantir que uma lesão que começar a se desenvolver, possa ser identificada e tratada rapidamente.
6 – Caso algo seja detectado, qual o próximo passo?
R.: Se alguma alteração for detectada e confirmada pelos exames, será necessária a obtenção de uma amostra da lesão. Este procedimento é denominado de biópsia e pode ser realizado através de agulha (biópsia percutânea) ou através de cirurgia (biópsia cirúrgica). Estatisticamente, a cada 4 biópsias mamárias, 1 acaba por revelar um câncer.
7 – Quando o câncer de mama é detectado precocemente, quais são as chances de cura?
R.: Tumores de mama descobertos com menos de 1 cm ou que ainda estejam restritos ao ducto mamário – estrutura que carrega o leite durante a amamentação – apresentam cerca de 95% de chance de cura.
8 – Quais são os tratamentos mais utilizados para o câncer de mama? Como funcionam esses tratamentos?
R.: Atualmente, os tratamentos para o câncer de mama são personalizados e baseados no tipo e extensão tumoral, podendo incluir: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonoterapia e, mais recentemente, terapia alvo e imunoterapia.
• A cirurgia é o tratamento mais comum para o câncer de mama, sendo seu principal objetivo retirar o máximo possível do tumor com uma margem de segurança. A definição do tipo de cirurgia mamária – se conservadora (quando apenas a região acometida da mama é retirada) ou não – dependerá do tamanho do tumor e dos benefícios para a paciente.
• A radioterapia é a segunda principal modalidade de tratamento, usando radiação para destruir células anormais que formam um tumor. Pode ser instituída como o tratamento principal do câncer; tratamento adjuvante (quando realizada após a cirurgia, com objetivo de eliminar as células tumorais remanescentes, diminuindo a incidência de recidiva e metástases à distância); tratamento paliativo (sem finalidade curativa, sendo utilizada para melhorar a qualidade da sobrevida da paciente); para alívio de sintomas da doença, como dor ou sangramento; e para o tratamento de metástases ou, mais modernamente, como tratamento neoadjuvante (o que ocorre antes do tratamento cirúrgico em tumores muito iniciais).
• O tratamento quimioterápico utiliza medicamentos para destruir de maneira sistêmica as células tumorais. A medicação pode ser injetada ou ingerida e também pode ser utilizada no esquema neoadjuvante, adjuvante ou paliativo.
• Muitos tumores de mama apresentam, em sua superfície, receptores de hormônio (estrógeno, progesterona e andrógeno) e podem, assim, utilizar os próprios hormônios da mulher para seu crescimento. A hormonoterapia é uma opção terapêutica sistêmica, que tem como objetivo bloquear a ação destes hormônios em células sensíveis, podendo ser usada de forma isolada ou em combinação com outras formas terapêuticas.
• Outra modalidade de tratamento sistêmico é a terapia alvo, que utiliza medicamentos que atacam especificamente elementos encontrados na superfície ou no interior das células do tumor de mama.
• Finalmente, a imunoterapia é um tratamento biológico sistêmico que potencializa o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos pela própria paciente ou em laboratório, estimulando a ação das células de defesa do nosso organismo para que o tumor seja reconhecido como um agente agressor.
9 – Por que a mamografia, na maioria das vezes, é desconfortável?
R.: As mamas são extremamente sensíveis e um exame que necessita comprimir as glândulas mamárias pode provocar desconforto, que varia de mínimo a intenso, dependendo da sensibilidade da mulher e, sobretudo, da fase do período menstrual em que está sendo realizado.
10 – O que a mulher pode fazer para tornar a mamografia mais confortável? Quais dicas práticas poderia dar?
R.: A principal dica para tornar o exame menos desconfortável é realizá-lo na primeira semana após o final da menstruação. Após a menstruação, as glândulas mamárias estão menos edemaciadas (inchadas) e sua compressão será menos dolorosa.
Outra dica, nem sempre fácil, é tentar relaxar durante o posicionamento das mamas no equipamento. As mamas são unidas ao tórax através da musculatura peitoral. Quando ficamos tensas, contraímos estes músculos e, consequentemente, endurecemos a mama. Se deixarmos o corpo e, sobretudo, os braços relaxados, as mamas serão comprimidas com mais facilidade e sem tanto desconforto. Avisar a técnica de radiologia que as suas mamas são ou estão sensíveis, também traz melhores resultados em relação à percepção de desconforto do exame.
11 – Por que é interessante avisar a técnica sobre a prótese de silicone?
R.: A mamografia em mulheres que possuam implantes mamários pode e deve ser realizada, porém, exige cuidados e posicionamentos específicos da mama para tentar retirar a sobreposição do silicone. Normalmente, serão realizadas de 6 a 8 imagens das mamas. Paciência e colaboração é tudo para um exame rápido e de sucesso!
12 – Quais são os principais fatores de risco do câncer de mama?
R.: Idade da primeira menstruação menor do que 12 anos; menopausa após os 55 anos; mulheres que nunca engravidaram ou nunca tiveram filhos; primeira gravidez após os 30 anos; uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa, especialmente se por tempo prolongado; exposição à radiação ionizante; consumo de bebidas alcoólicas; dietas hipercalóricas; sedentarismo; e predisposição genética (pelas mutações em determinados genes transmitidos na herança genética familiar – principalmente por dois genes de alto risco, BRCA1 e BRCA2), são os principais fatores de risco do câncer de mama.
Mitos x Verdades
– O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres?
Verdade. Inclusive, ele responde por 29,5% dos casos novos a cada ano e a prevenção deve ser feita através da realização de mamografia e hábitos de vida saudáveis.
– O exame de mamografia auxilia na detecção precoce do câncer de mama?
Verdade. O exame ainda é o método mais eficaz de diagnóstico para detecção da doença. Quanto mais precoce a descoberta e remoção do tumor em sua fase inicial, maiores são as chances de cura, podendo ultrapassar 95%.
– O autoexame de mama substitui a realização da mamografia?
Mito. Apenas a mamografia é capaz de detectar nódulos menores que 1cm e imperceptíveis ao autoexame.
– O câncer de mama tem cura?
Verdade. Se detectado em estágios inicias, as chances de cura chegam a 95%.
– A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama?
Verdade. A amamentação pode reduzir o risco da mulher de contrair a doença, mas isso não significa que a mulher que amamentou não terá câncer de mama.
– As mulheres que têm prótese de silicone nas mamas não podem realizar mamografia?
Mito. Podem e devem realizar o exame. Uma mamografia realizada corretamente não traz nenhum dano às próteses. É sempre bom avisar o técnico sobre a presença do silicone para que ele possa aplicar menos pressão.
– Homens podem ter câncer de mama?
Verdade. Porém, são mais raros, correspondendo a cerca de 1% dos casos.
– O uso de desodorante antitranspirante pode causar câncer de mama?
Mito. Não existem pesquisas que evidenciem relação direta entre o uso desse tipo de produto e o desenvolvimento da doença.
– Sintomas como nódulo palpável, presença de secreção aquosa, com aspecto transparente ou sangue pelo mamilo e alterações na pele podem ser sinais de câncer de mama?
Verdade. Se você perceber algum desses sinais, fique alerta e procure um médico de sua confiança para ser avaliada.
– O câncer de mama pode ser causado por um trauma, como bater a mama na maçaneta da porta ou outros locais, por exemplo?
Mito. O que pode ocorrer nesses casos é que, após o trauma, a mulher passa a se observar e/ou se tocais mais e descubra um nódulo que já estava presente.
– A radiação emitida pelo aparelho de mamografia é prejudicial à saúde?
Mito. A quantidade de radiação emitida durante o exame é relativamente baixa e o risco associado à exposição é mínimo.
– O sutiã pode aumentar o risco de câncer de mama?
Mito. Não existem estudos que evidenciem relação direta entre o uso do sutiã e o desenvolvimento da doença.
Há mais de 20 anos, o Hospital de Amor atua levando a prevenção para homens e mulheres de todo o Brasil, desenvolvendo um trabalho pioneiro, com qualidade e excelência, em suas 11 unidades fixas de prevenção e 18 unidades móveis. Com o objetivo de difundir conhecimentos médicos e técnicos sobre o diagnóstico do câncer de mama em suas fases mais iniciais, o Instituto de Prevenção do HA promoveu o “III Simpósio Internacional de Rastreamento Mamográfico”.
O evento, que aconteceu nos dias 31 de agosto e 1 de setembro, no Centro de Convenções do Barretos Country Hotel, em Barretos (SP), em parceria com o instituto holandês The Dutch Nacional Expert and Training Center for Breast Cancer Screening (LRCB), contou com 300 participantes e 35 palestrantes, entre eles, o renomado radiologista mamário, presidente do LRCB e professor (que também atua no departamento de radiologia da University Medical Center Utrecht), da Holanda, Dr. Ruud Pijnappel; a epidemiologista holandesa, Meirelle Broeders; a instrutora coordenadora dos técnicos de radiologia do programa holandês de rastreamento mamográfico, Cary Van Landsveld-Verhoeven; e a radiologista mamária do Hospital de Mar, da Espanha, Ana Rodrigues Arana.
Durante os dois dias de intensa troca de conhecimentos, duas salas simultâneas foram montadas: uma médica, envolvendo as diversas especialidades relacionadas com o diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama, e uma técnica, onde os técnicos de radiologia puderam ter contato com renomados palestrantes, conceitos internacionais e as mais novas tecnologias disponíveis para o rastreamento mamográfico. Além disso, o curso foi disponibilizado, através de transmissões ao vivo, para mais de 100 pessoas remotamente nas unidades fixas de prevenção do Hospital de Amor.
De acordo com a médica radiologista do Instituto de Prevenção do HA, Dra. Sílvia Sabino, o simpósio foi um sucesso, pois possibilitou o compartilhamento de reflexões sobre o rastreamento mamográfico entre os pesquisadores e profissionais da área, nacionais e internacionais, abordando temas de diferentes aspectos que constituem lesões mamárias diferenciais e tumores precoces, além das lesões precoces diagnosticadas. Para ela, os programas de rastreamento do câncer de mama (doença mais frequente na população feminina) realizados no Brasil são essencialmente de cunho oportunístico, isto é, as mulheres realizam os exames se o desejarem, sem nenhum tipo de controle efetivo sobre a adesão, casos alterados ou seus desdobramentos. “A presença de pessoas que trabalham com um rastreamento organizado, em que absolutamente todos os dados são controlados, traz uma excelente oportunidade de incremento de qualidade ao serviço que prestamos à população e nos faz olhar de maneira mais crítica para o nosso trabalho”, afirmou Dra. Sílvia.
Segundo o presidente da LRCB, as palestras realizadas no evento foram muito proveitosas, pois envolveram os assuntos sobre rastreamento, diagnóstico e tratamento da doença de maneira muito bem estruturada. “Quando nós chegamos no Hospital de Amor pela primeira vez, a instituição ainda estava começando seu programa de rastreamento mamográfico. Agora, é impressionante como ela construiu um sistema tão organizado. Claro, que sempre há o que se aprimorar, mas é nítido que essa equipe sempre procura dar passos para alcançar a excelência e, com nossas orientações, eles têm conseguido ótimos resultados”, relatou.
Resultados positivos
Após promover um evento tão grandioso como este, é possível reconhecer que o Hospital de Amor, especialmente o Instituto de Prevenção da entidade, está intensamente alinhado com diretrizes internacionais da mais alta qualidade. “É gratificante perceber que estamos no caminho certo, mas, o caminho para a perfeição é longo e árduo. Somente com educação continuada e conscientização dos gestores de serviços médicos é que poderemos alcançar nosso objetivo: diagnóstico precoce do câncer de mama na tentativa de redução da morbidade dos tratamentos, devolvendo a mulher o quanto antes à sua vida habitual e, finalmente, redução da mortalidade das mulheres brasileiras”, contou Dr. Silvia Sabino.
O Dr. Ruud Pijnappel também reconheceu o crescimento da instituição na área da prevenção. “O trabalho realizado aqui é diferente do que fazemos na Holanda, mas isso não é um problema, afinal, são contextos e realidades diferentes, mas a qualidade da realização dos exames, a preocupação em treinar e qualificar cada profissional envolvido no processo e essa essência que norteia o projeto são exatamente as mesmas”, finalizou.
“Com o III Simpósio Internacional de Rastreamento Mamográfico, ganhamos notoriedade e consolidamos, cada vez mais, nosso papel de formadores de opinião e estimuladores da busca constante pela qualidade (em todas as áreas). Esta é a nossa marca, este é o legado que estamos deixando para todos que se aproximam do Hospital de Amor”, declarou a médica radiologista.
Auditoria Internacional do Programa de Rastreamento do Câncer de Mama
A segunda fase desse projeto foi a submissão do serviço de prevenção do Hospital de Amor à 3ª edição da ‘Auditoria Internacional do Programa de Rastreamento do Câncer de Mama’. Desta forma, os participantes do simpósio também aproveitaram para prestigiar esse outro momento, realizado na primeira semana do mês de setembro.
Este segundo processo conta com avaliação dos mamógrafos digitais da instituição, qualidade de imagem e treinamento dos técnicos de radiologia, performance dos médicos radiologistas e controle dos dados e resultados do Programa de Rastreamento – que culminou com a conquista da Certificação Internacional (única fora da Europa) por mais dois anos. “A certificação é o coroamento de um árduo e contínuo trabalho, de uma grande equipe multiprofissional. Gostaria de expressar os meus parabéns a todos que participaram, de alguma forma, destes momentos”, finalizou Dra. Sílvia.