Na tarde desta sexta-feira, 5 de abril, o Hospital de Amor realizou mais um importante evento: a cerimônia de apresentação do Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico. O novo prédio conta com uma estrutura moderna e humanizada, quartos individuais para os acompanhantes, junto aos leitos dos pacientes, sistema de filtragem de ar em todos os espaços, além de uma unidade de terapia intensiva (UTI) dedicada. O centro, localizado em Barretos (SP) – anexo a unidade infantojuvenil do HA – atenderá crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, e terá capacidade de transplantar 70 pacientes por ano, reduzindo assim, o tempo de espera na fila do transplante do hospital, que hoje, chega a aproximadamente 10 meses.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, no Brasil, o número de centros de transplantes de medula óssea (TMO) especializados na população pediátrica é pequeno. “Desde 2012, a nossa unidade infantojuvenil é a sede do Grupo Cooperativo Brasileiro de Síndromes Mielodisplásicas em Pediatria. Por conta disso, crianças e adolescentes de todo o país com suspeita de síndromes mielodisplásicas (SMD) – grupos raros de doenças pré-malignas, com risco de transformação para leucemia – ou leucemia mielomonocítica juvenil (LMMJ) – também uma doença rara, com características mieloproliferativas e displásicas, próprias da população pediátricas – são encaminhadas para o Hospital de Amor para a realização do diagnóstico e tratamento, que inclui o transplante de medula óssea”, explicou.
Antes da conquista do novo centro, a unidade contava com apenas 3 leitos para a realização do procedimento, sendo capaz de executar menos de 30 transplantes por ano. Com a inauguração do espaço, a unidade ganha 13 leitos, sendo 8 destinados para os transplantes e 5 para a terapia intensiva, além de serem utilizados também para o tratamento clínico dos pacientes com SMD e LMMJ. “Essa conquista, com certeza, irá salvar muitas vidas! Poderemos receber também para o transplante um número maior de crianças com leucemias e outras patologias, que muitas vezes falecem sem a oportunidade de tratamento em um serviço especializado, considerando-se o déficit de leitos de TMO no país”, afirmou Lopes.
A realização deste projeto, que irá beneficiar tantas famílias, só foi possível graças a generosa doação de alguns beneméritos e parceiros do Hospital de Amor, entre eles, a família Riscali, que também prestigiou a apresentação.
Segundo a coordenadora do Centro de Transplante de Medula Óssea, Dra. Neysimelia Costa Villela, carinhosamente conhecida como Dra. Neysi, a concretização desse sonho tem um impacto muito grande na vida de todos os pacientes, mas, especialmente, para os profissionais que atuam no Hospital de Amor Infantojuvenil e que, a partir de agora, poderão tratar crianças e adolescentes em tempo hábil, permitindo que elas consigam a reabilitação e a cura, e sigam uma vida feliz. “Esse era o nosso maior sonho, e hoje ele se realizou. Não tenho palavras para agradecer a todos que contribuíram”, declarou a médica.
Cerimônia
Quem também esteve presente na cerimônia de apresentação do Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico, foi: o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata; a presidente emérita da instituição, Dra. Scylla Duarte Prata; o Ministro de Estado da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; o Deputado Federal, Geninho; o Prefeito de Barretos, Guilherme de Ávila; o Procurador do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região de Campinas, Dr. Ronaldo Lira (representando o Dr. Ronaldo Fleury); representantes da ALSAC (organização de arrecadação e conscientização do Hospital de Pesquisas St. Jude Children); médicos renomados vindos de países como Estados Unidos, Alemanha e Dinamarca; além de autoridades, diretores, médicos e colaboradores do HA e de demais instituições.
Para o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, é uma honra muito grande conseguir realizar esse projeto em um país tão injusto quando o assunto é saúde pública. “Hoje, nossos convidados, em especial o Ministro da Saúde, pôde ver as crianças e os adolescentes, vindos dos 26 estados do Brasil, em busca de um tratamento digno. Ele percebeu as dificuldades que a gente tem e o quanto nós queremos ajudar esse país. Por isso estamos aqui, comemorando mais esse êxito. É um motivo de muito orgulho ter uma equipe igual a que nós temos aqui, que acredita que vale a pena trabalhar por amor e nada mais do que amor. Todos com vocação de servir a Deus e ao nosso próximo, fazendo o melhor por ele”, finalizou Prata.
Após conhecer a estrutura moderna e humanizada do novo centro de transplante e ver de perto o trabalho desenvolvido pelo Hospital de Amor, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ficou encantado com o tratamento de excelência, via Sistema Único de Saúde (SUS), oferecido pela instituição. “Nosso país luta e sempre lutou pelo desafio de se construir um Sistema Único de Saúde universal, para atender os brasileiros. Todo esse complexo apresentando aqui hoje, e que futuramente será inaugurado, possui custos extremamente elevados e é destinado para todas as pessoas. Viemos para assinar o termo de compromisso, para que consigamos estar prontos em relação aos orçamentos necessários. A intenção, é que as crianças diagnosticadas com câncer cheguem aos centros de excelência para seus tratamentos e que, ao entrarem, não encontrem o ‘gargalo’ da burocracia”, afirmou.
No evento, o Ministro Luiz Henrique e o presidente do HA, Henrique Prata, assinaram o termo de compromisso que firmou a união do Ministério da Saúde e do Hospital de Amor, com a finalidade de estipular metas para a concretização do plano de expansão da radioterapia do SUS, junto à Portaria que estabelece recursos do Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde a serem incorporados ao Grupo de Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar – MAC, do Estado de São Paulo e do município de Barretos (SP), cujo valor é R$ 3.164.666,27.
Para abrilhantar ainda mais esse marco na trajetória do Hospital de Amor, o coral “Acordes Vocais” (grupo composto por pacientes, colaboradores do HA, além de barretenses), apresentou-se sob a regência da maestrina Angélica Amêndola de Oliveira Silva, e participação especial do trio “A Bela e os Tenores” (formado pelos cantores líricos Giovanna Maira, Jorge Durian e Armando Valsani).
Ao final, os participantes foram convidados para uma visita ao Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico.
Sobre o Hospital de Amor:
Excelência em oncologia, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) assumiu a liderança do ranking 2018 da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre todos os centros de saúde do Brasil e da América Latina. O levantamento é uma ferramenta de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
A instituição é historicamente reconhecida. Foi escolhida, em 2000, pelo Ministério da Saúde, como o melhor hospital público do país. Em 2011, tornou-se “instituição irmã” do MD Anderson Cancer Center (EUA), o maior centro de tratamento e pesquisa de câncer do mundo, e ainda recebeu um prêmio da AVON como “Campeão Mundial em Avanço na Área Médica no Combate ao Câncer de Mama”. Em 2012, assinou acordo com o Saint Jude Children´s Research Hospital e tornou-se “instituição gêmea”.
O Hospital de Amor foi o grande destaque da 4ª Edição do Prêmio “Melhores Hospitais”, projeto realizado pela Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, realizado em dezembro de 2014. A entidade ganhou em três categorias: melhor hospital, internação e ambulatório. O principal objetivo da premiação é monitorar a qualidade de atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Na categoria “Internação”, o Hospital de Amor liderou o ranking interior, com mais de 97% de aprovação. A instituição também teve um alto índice no quesito “Ambulatório” – 96,5% dos usuários disseram estar satisfeitos com o trabalho realizado.
No último dia 28 dezembro de 2018, o Hospital de Amor deu um grande passo tecnológico, um avanço em ciência e desenvolvimento ao criar o ‘Centro de Inovação em Tecnologias para a Oncologia 4.0’ – projeto nomeado smartAMOR, que permitirá maior agilidade no atendimento, diagnóstico e tratamento dos pacientes oncológicos por meio da integração de dados em prontuários eletrônicos e da patologia digital, que faz uso de Inteligência Artificial para otimizar a integração e operacionalização em larga escala.
Financiado pelo Ministério da Saúde, através do Departamento do Complexo Industrial e Inovação da Saúde (DECIIS), e coordenado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor, o projeto conta com as parcerias da Escola Politécnica da USP (Poli-USP), por meio da Gestão e Automação em TI (GAESI), e do Instituto e Tecnologia de Software (ITS). A cerimônia de lançamento do smartAMOR teve a participação do presidente do HA, Henrique Prata, do então Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, e de outras autoridades.
Para Prata, a criação do centro é um marco na história da instituição e um avanço muito importante em ciência e tecnologia. “Sempre foi um sonho do meu pai que o hospital oferecesse para o paciente muito além do tratamento do câncer, abrangendo áreas como prevenção e pesquisa. E hoje, cada vez mais, eu consigo ver o quanto dar esses passos é realmente é importante. É uma alegria e um orgulho muito grande pra mim saber que estamos indo no caminho certo”.
Benefícios
O modelo de oncologia 4.0 irá agilizar a tomada de decisões nos pontos de atendimento aos pacientes, possibilitando a intervenção precoce e a cura de lesões. Sem tratamento imediato e de baixo custo, as chances de cura são reduzidas e têm um grande impacto financeiro no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a implantação do centro, a rede de cuidados do Hospital de Amor (5 hospitais, 11 unidades fixas de prevenção e 18 unidades móveis para fazer rastreamento oncológico) e as outras instituições envolvidas no projeto irão atuar de maneira inter e multidisciplinar.
O smartAMOR contará com três núcleos temáticos: Integração, Imagem e Ômica (análise global dos sistemas biológicos), com distintos projetos dentro de cada um deles. “ A revolução 4.0, que prevê cruzar os limites entre o mundo digital, físico e biológico, também está se materializando no âmbito da saúde, com a convergência tecnológica de universos como a internet das coisas, inteligência artificial, big data e realidade aumentada. A Saúde 4.0 engloba a digitalização de dados, a interconectividade entre máquinas e comandos, bancos de dados mais eficientes e, principalmente, uma maior autonomia dos pacientes em relação à própria saúde”, afirmou o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Manuel Reis.
Durante a solenidade, Gilberto Occhi realizou um dos últimos atos como ministro da saúde e assinou um convênio de R$ 28 milhões para a implantação do Centro de Inovação em Tecnologia. “Assino, no último dia de gestão, essa parceria para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Será o início da grande mudança que ajudará a saúde. Com esse projeto, teremos capacidade para armazenar as informações necessárias que irão contribuir com os tratamentos. O trabalho que é desenvolvido no Hospital de Amor traz esperança, e eu creio que é o amor e a fé que os movem. Eu já lutei contra o câncer e gostaria de ter tido o apoio desse hospital. Aqui é diferente, é especial. Foi uma grande honra poder contribuir. Desejo um grande ano para toda essa equipe”, declarou Occhi.
De acordo com o coordenador do GAESI, Eduardo Mário Dias, a implantação do smartAMOR é importante não só para o Hospital de Amor, mas para todo o país, pois representa uma revolução positiva no SUS. Trata-se de uma inovação mundial e, por isso, é necessária muita precisão em sua aplicação. “Vai ser um desafio muito grande integrar a base de dados de diversos setores, mas nós vamos trazer o conhecimento de outras áreas. Ao todo, são 12 profissionais da USP envolvidos no projeto, além da minha participação acadêmica e de outro professor. Agradeço à equipe do HA por nos permitir desenvolver algo tão importante, com esse grau de ousadia”, contou.
Tecnologia
Para o gerente do departamento de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital de Amor, Luís Alexandre Covello, o projeto irá possibilitar que a instituição continue evoluindo na busca por conhecimento na luta contra o câncer. “Só para termos uma ideia da importância do smartAMOR: em 2005, quando o Hospital ainda dava seus primeiros passos na área de informática, nós tínhamos 2 equipamentos dessa ‘camada’ que vamos ter em 2019, ou seja, eram 2 servidores para sustentar 300 pontos de rede. Agora, contamos com mais de 30 servidores e 300 pontos de rede, com infraestrutura e de maneira integrada. Esses 14 anos de crescimento da TI (que também acompanha a evolução do HA) mostram o valor do projeto e dessa revolução”, finalizou Covello.
A estimativa é de que o smartAMOR inicie suas atividades após a instalação de toda a infraestrutura de tecnologia e da implementação da patologia digital de milhares de exames realizados anualmente.
Na tarde desta sexta-feira, 5 de abril, o Hospital de Amor realizou mais um importante evento: a cerimônia de apresentação do Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico. O novo prédio conta com uma estrutura moderna e humanizada, quartos individuais para os acompanhantes, junto aos leitos dos pacientes, sistema de filtragem de ar em todos os espaços, além de uma unidade de terapia intensiva (UTI) dedicada. O centro, localizado em Barretos (SP) – anexo a unidade infantojuvenil do HA – atenderá crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, e terá capacidade de transplantar 70 pacientes por ano, reduzindo assim, o tempo de espera na fila do transplante do hospital, que hoje, chega a aproximadamente 10 meses.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, no Brasil, o número de centros de transplantes de medula óssea (TMO) especializados na população pediátrica é pequeno. “Desde 2012, a nossa unidade infantojuvenil é a sede do Grupo Cooperativo Brasileiro de Síndromes Mielodisplásicas em Pediatria. Por conta disso, crianças e adolescentes de todo o país com suspeita de síndromes mielodisplásicas (SMD) – grupos raros de doenças pré-malignas, com risco de transformação para leucemia – ou leucemia mielomonocítica juvenil (LMMJ) – também uma doença rara, com características mieloproliferativas e displásicas, próprias da população pediátricas – são encaminhadas para o Hospital de Amor para a realização do diagnóstico e tratamento, que inclui o transplante de medula óssea”, explicou.
Antes da conquista do novo centro, a unidade contava com apenas 3 leitos para a realização do procedimento, sendo capaz de executar menos de 30 transplantes por ano. Com a inauguração do espaço, a unidade ganha 13 leitos, sendo 8 destinados para os transplantes e 5 para a terapia intensiva, além de serem utilizados também para o tratamento clínico dos pacientes com SMD e LMMJ. “Essa conquista, com certeza, irá salvar muitas vidas! Poderemos receber também para o transplante um número maior de crianças com leucemias e outras patologias, que muitas vezes falecem sem a oportunidade de tratamento em um serviço especializado, considerando-se o déficit de leitos de TMO no país”, afirmou Lopes.
A realização deste projeto, que irá beneficiar tantas famílias, só foi possível graças a generosa doação de alguns beneméritos e parceiros do Hospital de Amor, entre eles, a família Riscali, que também prestigiou a apresentação.
Segundo a coordenadora do Centro de Transplante de Medula Óssea, Dra. Neysimelia Costa Villela, carinhosamente conhecida como Dra. Neysi, a concretização desse sonho tem um impacto muito grande na vida de todos os pacientes, mas, especialmente, para os profissionais que atuam no Hospital de Amor Infantojuvenil e que, a partir de agora, poderão tratar crianças e adolescentes em tempo hábil, permitindo que elas consigam a reabilitação e a cura, e sigam uma vida feliz. “Esse era o nosso maior sonho, e hoje ele se realizou. Não tenho palavras para agradecer a todos que contribuíram”, declarou a médica.
Cerimônia
Quem também esteve presente na cerimônia de apresentação do Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico, foi: o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata; a presidente emérita da instituição, Dra. Scylla Duarte Prata; o Ministro de Estado da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; o Deputado Federal, Geninho; o Prefeito de Barretos, Guilherme de Ávila; o Procurador do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região de Campinas, Dr. Ronaldo Lira (representando o Dr. Ronaldo Fleury); representantes da ALSAC (organização de arrecadação e conscientização do Hospital de Pesquisas St. Jude Children); médicos renomados vindos de países como Estados Unidos, Alemanha e Dinamarca; além de autoridades, diretores, médicos e colaboradores do HA e de demais instituições.
Para o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, é uma honra muito grande conseguir realizar esse projeto em um país tão injusto quando o assunto é saúde pública. “Hoje, nossos convidados, em especial o Ministro da Saúde, pôde ver as crianças e os adolescentes, vindos dos 26 estados do Brasil, em busca de um tratamento digno. Ele percebeu as dificuldades que a gente tem e o quanto nós queremos ajudar esse país. Por isso estamos aqui, comemorando mais esse êxito. É um motivo de muito orgulho ter uma equipe igual a que nós temos aqui, que acredita que vale a pena trabalhar por amor e nada mais do que amor. Todos com vocação de servir a Deus e ao nosso próximo, fazendo o melhor por ele”, finalizou Prata.
Após conhecer a estrutura moderna e humanizada do novo centro de transplante e ver de perto o trabalho desenvolvido pelo Hospital de Amor, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ficou encantado com o tratamento de excelência, via Sistema Único de Saúde (SUS), oferecido pela instituição. “Nosso país luta e sempre lutou pelo desafio de se construir um Sistema Único de Saúde universal, para atender os brasileiros. Todo esse complexo apresentando aqui hoje, e que futuramente será inaugurado, possui custos extremamente elevados e é destinado para todas as pessoas. Viemos para assinar o termo de compromisso, para que consigamos estar prontos em relação aos orçamentos necessários. A intenção, é que as crianças diagnosticadas com câncer cheguem aos centros de excelência para seus tratamentos e que, ao entrarem, não encontrem o ‘gargalo’ da burocracia”, afirmou.
No evento, o Ministro Luiz Henrique e o presidente do HA, Henrique Prata, assinaram o termo de compromisso que firmou a união do Ministério da Saúde e do Hospital de Amor, com a finalidade de estipular metas para a concretização do plano de expansão da radioterapia do SUS, junto à Portaria que estabelece recursos do Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde a serem incorporados ao Grupo de Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar – MAC, do Estado de São Paulo e do município de Barretos (SP), cujo valor é R$ 3.164.666,27.
Para abrilhantar ainda mais esse marco na trajetória do Hospital de Amor, o coral “Acordes Vocais” (grupo composto por pacientes, colaboradores do HA, além de barretenses), apresentou-se sob a regência da maestrina Angélica Amêndola de Oliveira Silva, e participação especial do trio “A Bela e os Tenores” (formado pelos cantores líricos Giovanna Maira, Jorge Durian e Armando Valsani).
Ao final, os participantes foram convidados para uma visita ao Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico.
Sobre o Hospital de Amor:
Excelência em oncologia, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) assumiu a liderança do ranking 2018 da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre todos os centros de saúde do Brasil e da América Latina. O levantamento é uma ferramenta de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
A instituição é historicamente reconhecida. Foi escolhida, em 2000, pelo Ministério da Saúde, como o melhor hospital público do país. Em 2011, tornou-se “instituição irmã” do MD Anderson Cancer Center (EUA), o maior centro de tratamento e pesquisa de câncer do mundo, e ainda recebeu um prêmio da AVON como “Campeão Mundial em Avanço na Área Médica no Combate ao Câncer de Mama”. Em 2012, assinou acordo com o Saint Jude Children´s Research Hospital e tornou-se “instituição gêmea”.
O Hospital de Amor foi o grande destaque da 4ª Edição do Prêmio “Melhores Hospitais”, projeto realizado pela Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, realizado em dezembro de 2014. A entidade ganhou em três categorias: melhor hospital, internação e ambulatório. O principal objetivo da premiação é monitorar a qualidade de atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Na categoria “Internação”, o Hospital de Amor liderou o ranking interior, com mais de 97% de aprovação. A instituição também teve um alto índice no quesito “Ambulatório” – 96,5% dos usuários disseram estar satisfeitos com o trabalho realizado.
No último dia 28 dezembro de 2018, o Hospital de Amor deu um grande passo tecnológico, um avanço em ciência e desenvolvimento ao criar o ‘Centro de Inovação em Tecnologias para a Oncologia 4.0’ – projeto nomeado smartAMOR, que permitirá maior agilidade no atendimento, diagnóstico e tratamento dos pacientes oncológicos por meio da integração de dados em prontuários eletrônicos e da patologia digital, que faz uso de Inteligência Artificial para otimizar a integração e operacionalização em larga escala.
Financiado pelo Ministério da Saúde, através do Departamento do Complexo Industrial e Inovação da Saúde (DECIIS), e coordenado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor, o projeto conta com as parcerias da Escola Politécnica da USP (Poli-USP), por meio da Gestão e Automação em TI (GAESI), e do Instituto e Tecnologia de Software (ITS). A cerimônia de lançamento do smartAMOR teve a participação do presidente do HA, Henrique Prata, do então Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, e de outras autoridades.
Para Prata, a criação do centro é um marco na história da instituição e um avanço muito importante em ciência e tecnologia. “Sempre foi um sonho do meu pai que o hospital oferecesse para o paciente muito além do tratamento do câncer, abrangendo áreas como prevenção e pesquisa. E hoje, cada vez mais, eu consigo ver o quanto dar esses passos é realmente é importante. É uma alegria e um orgulho muito grande pra mim saber que estamos indo no caminho certo”.
Benefícios
O modelo de oncologia 4.0 irá agilizar a tomada de decisões nos pontos de atendimento aos pacientes, possibilitando a intervenção precoce e a cura de lesões. Sem tratamento imediato e de baixo custo, as chances de cura são reduzidas e têm um grande impacto financeiro no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a implantação do centro, a rede de cuidados do Hospital de Amor (5 hospitais, 11 unidades fixas de prevenção e 18 unidades móveis para fazer rastreamento oncológico) e as outras instituições envolvidas no projeto irão atuar de maneira inter e multidisciplinar.
O smartAMOR contará com três núcleos temáticos: Integração, Imagem e Ômica (análise global dos sistemas biológicos), com distintos projetos dentro de cada um deles. “ A revolução 4.0, que prevê cruzar os limites entre o mundo digital, físico e biológico, também está se materializando no âmbito da saúde, com a convergência tecnológica de universos como a internet das coisas, inteligência artificial, big data e realidade aumentada. A Saúde 4.0 engloba a digitalização de dados, a interconectividade entre máquinas e comandos, bancos de dados mais eficientes e, principalmente, uma maior autonomia dos pacientes em relação à própria saúde”, afirmou o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Manuel Reis.
Durante a solenidade, Gilberto Occhi realizou um dos últimos atos como ministro da saúde e assinou um convênio de R$ 28 milhões para a implantação do Centro de Inovação em Tecnologia. “Assino, no último dia de gestão, essa parceria para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Será o início da grande mudança que ajudará a saúde. Com esse projeto, teremos capacidade para armazenar as informações necessárias que irão contribuir com os tratamentos. O trabalho que é desenvolvido no Hospital de Amor traz esperança, e eu creio que é o amor e a fé que os movem. Eu já lutei contra o câncer e gostaria de ter tido o apoio desse hospital. Aqui é diferente, é especial. Foi uma grande honra poder contribuir. Desejo um grande ano para toda essa equipe”, declarou Occhi.
De acordo com o coordenador do GAESI, Eduardo Mário Dias, a implantação do smartAMOR é importante não só para o Hospital de Amor, mas para todo o país, pois representa uma revolução positiva no SUS. Trata-se de uma inovação mundial e, por isso, é necessária muita precisão em sua aplicação. “Vai ser um desafio muito grande integrar a base de dados de diversos setores, mas nós vamos trazer o conhecimento de outras áreas. Ao todo, são 12 profissionais da USP envolvidos no projeto, além da minha participação acadêmica e de outro professor. Agradeço à equipe do HA por nos permitir desenvolver algo tão importante, com esse grau de ousadia”, contou.
Tecnologia
Para o gerente do departamento de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital de Amor, Luís Alexandre Covello, o projeto irá possibilitar que a instituição continue evoluindo na busca por conhecimento na luta contra o câncer. “Só para termos uma ideia da importância do smartAMOR: em 2005, quando o Hospital ainda dava seus primeiros passos na área de informática, nós tínhamos 2 equipamentos dessa ‘camada’ que vamos ter em 2019, ou seja, eram 2 servidores para sustentar 300 pontos de rede. Agora, contamos com mais de 30 servidores e 300 pontos de rede, com infraestrutura e de maneira integrada. Esses 14 anos de crescimento da TI (que também acompanha a evolução do HA) mostram o valor do projeto e dessa revolução”, finalizou Covello.
A estimativa é de que o smartAMOR inicie suas atividades após a instalação de toda a infraestrutura de tecnologia e da implementação da patologia digital de milhares de exames realizados anualmente.