A palavra Leucemia ainda espanta muito as pessoas. Há muitos anos, essa doença era associada a um grande número de mortes e, por ser uma enfermidade com desenvolvimento frequente em crianças, o receio crescia ainda mais. Porém, hoje esse cenário se transformou e, felizmente, muitos casos de leucemia podem ser curados, sem contar que mesmo que não o sejam, a sobrevida dos pacientes pode ser aumentada em longos anos com o tratamento adequado.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2020 há uma estimativa de mais de 10 mil casos novos da doença, com uma incidência ligeiramente maior em homens. Atualmente, é o 9º câncer mais comum entre homens e o 11º entre as mulheres. Com números tão alarmantes, é preciso estar atento, entender esse tipo de câncer e saber como diagnosticá-lo precocemente. Você conhece a leucemia?
O que é a doença chamada leucemia?
É o câncer que afeta as células do sangue, ou seja, os leucócitos ou glóbulos brancos (que são as células responsáveis pela defesa do corpo) e se inicia dentro da medula óssea. Segundo descrito pelo INCA, a medula óssea é o local de fabricação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela, são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.
Nas leucemias, há a alteração em uma célula da medula, que se torna anormal (doente) e passa a se multiplicar mais aceleradamente, perdendo a capacidade de se diferenciar e morrendo menos do que as células normais. Desta forma, estas células anormais vão se acumulando na medula óssea, substituindo as células saudáveis e atrapalhando a formação de células “boas” do sangue, que são os glóbulos vermelhos (de transporte de oxigênio), glóbulos brancos (de defesa) e plaquetas (que ajudam na coagulação).
Sob esta denominação, estão agrupadas várias neoplasias diferentes: pode ser dividida pelo tipo de célula afetada – mielóide e linfóide, e pela forma de evolução da doença – aguda e crônica. Assim, os quatro principais subgrupos de leucemia são: Leucemia Linfóide Aguda (LLA), Leucemia Mielóide Aguda (LMA), Leucemia Linfóide Crônica (LLC) e Leucemia Mielóide Crônica (LMC).
Como esse tipo de câncer se desenvolve?
As causas do desenvolvimento de leucemia não são totalmente definidas, mas existem fatores de risco mais relacionados a um ou outro tipo. Para as leucemias agudas, são considerados fatores de risco: exposição a benzeno e a radiação ionizante, exposição a quimioterapia (no caso de tratamento de doenças prévias), exposição a agrotóxicos, entre outros.
Existem também associações com doenças e alterações genéticas, como Síndrome de Down e Anemia de Fanconi (síndrome genética herdada dos pais); e com história familiar, por exemplo: em LLC, há incidência em parentes de primeiro grau em relação a população geral.
Outras doenças hematológicas (aquelas que comprometem a produção dos componentes do sangue) também aumentam o risco de desenvolvimento da leucemia, como síndromes mielodisplásicas (um grupo de distúrbios causados quando algo interrompe a produção de células sanguíneas).
Em relação à faixa etária, é importante alertar: quanto maior a idade, maior o risco de leucemia, exceto o tipo LLA, que é o mais frequente em crianças e é considerado o câncer mais comum na infância. Segundo as oncopediatras do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dra. Anita Frisanco Oliveira e Dra. Bianca Faustini Baglioli, a leucemia linfóide aguda ocorre mais entre crianças de 2 e 5 anos, podendo ser diagnosticada também, em menor frequência, em lactentes (crianças que ainda mamam) e adolescentes. “Já a leucemia mielóide aguda (LMA) é mais frequente nos lactentes, com um declínio até os 9 anos de idade, e um novo aumento da sua incidência a partir da adolescência. A leucemia mielóide crônica (LMC) é mais comum em adolescentes e adultos jovens”, afirma Dra. Bianca.
É possível prevenir a leucemia?
Diferentemente do que acontece na maioria dos casos de câncer, não há fatores de risco conhecidos para a leucemia, não podendo, desta forma, ser prevenida. Porém, a médica hemotalogista do Hospital de Amor, Dra. Iara Zapparoli Gonçalves, explica que ter hábitos saudáveis de vida e cuidados com a saúde, incluindo alimentação adequada e prática de exercícios físicos regularmente; realizar tratamento de doenças concomitantes (que acontecem ao mesmo tempo no organismo); evitar exposição desnecessária a agentes potencialmente tóxicos, incluindo o tabagismo; e fazer o uso adequado de equipamento de proteção individual (EPIs), são exemplos que melhoram a qualidade de saúde e de vida, e deixam os indivíduos fortes para enfrentar as adversidades.
Nas crianças, ao contrário do que acontece com adultos que podem receber orientações quanto a prevenção, a leucemia está relacionada a alterações genéticas, não sendo possível preveni-la, mas sim diagnosticá-la precocemente. Em ambos os casos, o principal exame para a suspeita desse tipo de câncer é o hemograma. Caso haja evidência da doença, outro exame é realizado, o mielograma, onde a coleta de sangue é feita diretamente na medula óssea podendo avaliar sua morfologia, tipo de célula acometida, imunofenotipagem (técnica utilizada para identificar qual tipo exato de célula que compõe um determinado tecido), biologia molecular, etc.
Sinais e sintomas da leucemia
Quando há o desenvolvimento da leucemia no organismo, há também a substituição da medula e, consequentemente, a diminuição de células no sangue. Sendo assim, os principais sintomas da doença são:
– Diminuição de glóbulos vermelhos: anemia, palidez, cansaço e fraqueza.
– Diminuição de glóbulos brancos: queda de imunidade e aumento de risco de infecções.
– Diminuição de plaquetas: sangramentos, manchas roxas e petéquias (pontos vermelhos na pele).
Além disso, os pacientes também podem apresentar dores em ossos (muito comum em LLA), perda de peso, febre, suores noturnos e outros sintomas relacionados ao acumulo de células fora da medula, como aumento de gânglios e desconforto abdominal por aumento do baço e do fígado.
“No caso de leucemias crônicas, onde a doença evolui de forma mais lenta, não há sinais e sintomas aparentes. Por isso, é comum que o diagnóstico seja feito após uma alteração encontrada em um hemograma de rotina”, esclarece Dra. Iara.
Tipos de leucemias existentes e suas características
• Leucemia Linfóide Aguda (LLA): há proliferação de células associadas aos estágios iniciais de maturação linfóide. É a leucemia mais comum em crianças, mas pode ocorrer também em adultos, existindo um segundo pico de incidência a partir dos 50 anos. Existem vários subtipos de LLA e o tratamento depende de vários fatores, como idade, subtipo, alterações citogenéticas e moleculares.
• Leucemia Mielóide Aguda (LMA): há a proliferação de células progenitoras da medula óssea nos estágios iniciais de maturação. Tem um curso clínico agudo e deve ser tratada rapidamente. Pode ocorrer em crianças e adultos, sendo a forma mais comum no período perinatal (logo após o nascimento), porém a incidência aumenta com a idade. Também é dividida em subtipos e o tratamento, como na LLA, depende da idade, comorbidade (doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades), alterações moleculares e citogenéticas.
• Leucemia Linfóide Crônica (LLC): é caracterizada pelo acúmulo de linfócitos maduros no sangue. A maioria (90%) dos pacientes acometidos com a doença tem mais de 50 anos e é extremamente rara em pessoas abaixo dos 25 anos. Cerca de 70% dos pacientes são assintomáticos ao diagnóstico, que é feito a partir de um achado de exame (hemograma) de rotina. Estes pacientes assintomáticos, geralmente, são apenas observados, sem indicação de tratamento.
• Leucemia Mielóide Crônica (LMC): afeta as células mielóides e avança lentamente. É uma neoplasia clonal da célula progenitora hematopoiética pluripotente, caracterizada por uma translocação específica – Cromossomo Philadelfia – sendo disponível terapia alvo (oral). Tem pico de incidência entre 50 e 60 anos.
Apesar de cada tipo de leucemia ter suas características, os tratamentos indicados e o tempo de duração de cada um deles devem ser avaliados e orientados por médicos especialistas, pois há situações em que os procedimentos não são indicados (apenas observações clínicas) e outras, em que o tratamento deve ser intensivo, incluindo o transplante de medula óssea (TMO).
“Recidiva” da doença
Quando falamos em leucemia, falamos também em pacientes que tiveram a “recidiva” da doença. Afinal, o que isso significa?
A recidiva significa que a ‘doença voltou’. Esse problema pode acontecer pouco ou muito tempo após a cura e, na maioria das vezes, ocorre pela proliferação de células doentes, previamente indetectáveis pelos exames de rotina. Durante o tratamento inicial, essa mesma célula pode ter criado resistência aos quimioterápicos utilizados e permanecido em estado de latência, ou seja, em repouso até encontrar um ambiente favorável à sua proliferação.
Devido à melhora no diagnóstico precoce da doença, os índices de leucemia vêm aumentando ao longo dos anos. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em adultos, a estimativa de casos novos para o ano de 2020 (incluindo todos os tipos) é de 10.810, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. Já em pacientes pediátricos, são estimados cerca de 8.460 novos casos de câncer no Brasil. Destes, 2.115 são de leucemias.
Fique atento!
Ao se deparar com sintomas persistentes ou não explicáveis, ou caso haja alguma alteração no hemograma de rotina, procure um médico especialista, também conhecido como hematologista, imediatamente.
As crianças também devem ser encaminhadas a um pediatra de confiança, para que ele faça a coleta detalhada da evolução do quadro do paciente, solicite um hemograma completo e entre em contato com um centro que disponha de atendimento em oncohematologia pediátrica.
Leucemia x Hospital de Amor
Por ser uma instituição referência em tratamento oncológico e contar com um departamento de hematologia, uma unidade só para atender crianças e jovens (com um moderno centro de transplante de medula óssea pediátrica), médicos especialistas atualizados e experientes, e uma competente equipe multiprofissional, o Hospital de Amor realiza o diagnóstico da doença e a avaliação adequada com relação ao prognóstico e ao procedimento mais indicado, proporcionando um tratamento de excelência e humanização aos pacientes que lutam com a leucemia (e também com outros tipos de câncer).
Em sua unidade adulta, são diagnosticados cerca de 100 e 120 casos de leucemia por ano. Já a unidade infantojuvenil do HA conta, atualmente, com 90 pacientes em tratamento. Com a inauguração do novo centro de TMO pediátrico, em abril de 2019, a instituição aumentou significativamente sua capacidade de atendimento: ao todo são 27 leitos de internação, 6 leitos na unidade de terapia intensiva (UTI), 11 leitos no centro de intercorrência ambulatorial (CIA) e 16 leitos na quimioterapia, ou seja, muito mais vidas sendo salvas todos os dias!
O poder do sangue
“Quem doa sangue salva vidas”. Essa frase, dita por muitos profissionais da área da saúde e tão disseminada nos meios de comunicação, retrata a importância da doação de sangue (ato voluntário e de solidariedade, praticamente indolor e rápido) para os pacientes em tratamento contra leucemia, que passam por transplante de medula óssea ou cirurgias. Para se ter uma ideia da relevância desse compromisso social, quando os estoques caem e falta sangue nos hospitais, muitas cirurgias e procedimentos são cancelados.
De acordo com a gerente de captação de doadores do Hemonúcleo do Hospital de Amor, Ana Paula Borges, são realizadas, diariamente, 70 transfusões de sangue na instituição e, a maiores dos pacientes que recebem essas doações, realizam tratamentos contra a leucemia.
Por esse motivo, o Hospital de Amor realiza diversas campanhas na tentativa de conscientizar a população a doar, principalmente em épocas em que as doações despencam: períodos de celebrações, férias, quando as temperaturas ficam mais baixas ou quando o país enfrenta um problema de saúde pública, como a pandemia do coronavírus.
Para doar, é necessário ter um documento com foto, pesar mais de 50 quilos, ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem estar acompanhados por um responsável legal), estar em boas condições de saúde, descansado e bem alimentado. O Hemonúcleo do Hospital de Amor funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h, e aos sábados e domingos, das 7h às 11h. Para outras informações sobre doação de sangue ou de medula óssea, basta entrar em contato com o setor pelo telefone (17) 3321-6600 – Ramal 6941 ou pelo e-mail hemocaptacao@hcancerbarretos.com.br.
Doar sangue é sinônimo de generosidade, de humanização e de amor ao próximo. É um ato de solidariedade simples, mas que pode salvar a vida de milhares de pessoas. No dia 25 de novembro, data em que é celebrado o ‘Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue’, o Hospital de Amor homenageia todas as pessoas que reservam um tempo de suas rotinas para doar sangue, e conscientiza a população sobre a importância dessa atitude.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o número de doadores de um país seja de 3 a 5% do total da população. Entretanto, dados do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, este índice está bem abaixo do aconselhável, não chegando a 2%. Atualmente são doadas cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano, segundo informações da Fundação Pró-Sangue (instituição pública ligada à Secretaria de Estado da Saúde e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
De acordo com a coordenadora de captação de doadores do Hemonúcleo do Hospital de Amor, Ana Paula Borges, a instituição atende muitos pacientes que necessitam de transfusão de sangue diariamente, o que resulta em um árduo trabalho de captação de doadores para que os estoques se mantenham sempre alinhados às necessidades. “O nosso maior desejo é garantir estoques de sangue satisfatórios no nosso Hemonúcleo”, afirmou.
Para falar sobre o assunto e esclarecer as principais dúvidas sobre a doação de sangue, o Hospital de Amor entrevistou a coordenadora. Confira:
1) Atualmente, qual é a necessidade de sangue do Hospital de Amor?
R.: O Hospital de Amor necessita, em média, de 35 a 40 doadores por dia. Infelizmente, essa ainda não é a nossa realidade.
2) Uma bolsa de sangue pode salvar a vida de quantas pessoas?
R.: Uma doação pode salvar até quatro vidas! Com uma bolsa de sangue, é possível obter:
– Concentrado de Hemácias (glóbulos vermelhos do sangue): é indicado no tratamento de anemias crônicas, hemorragias e complicações cirúrgicas.
– Plasma fresco congelado: indicado para pacientes com deficiência de fatores de coagulação ou para produção de derivados plasma.
– Concentrado de plaquetas: indicado para hemorragias graves com deficiência plaquetária, tratamento de leucemias e deficiência medular.
– Crioprecipitado: utilizado em tratamentos de hemofilia.
3) O Hemonúcleo do Hospital de Amor atende quantas outras instituições? Quantas e quais outras cidades da região?
R.: O Hemonúcleo atende todo o Hospital de Amor Barretos e suas unidades localizadas na cidade, como o Hospital de Amor Infantojuvenil e Hospital de Amor Nossa Senhora. Além disso, fornece sangue para a Santa Casa de Misericórdia, Hospital São Jorge, em Barretos (SP), e os municípios de Guaíra (SP), Colina (SP), Jaborandi (SP) e Colômbia (SP).
4) Quais são os tipos de sangue mais utilizados?
R.: Os tipos sanguíneos mais utilizados sãos: O+, O- e A-. É importante lembrar que o sangue O- é considerado universal e doa para todos os tipos. Porém, as pessoas com sangue do tipo O – só podem receber doações de pessoas com o mesmo tipo de sangue.
5) Quem pode ser doador de sangue?
R.: Todas as pessoas com boas condições de saúde. Para doar é necessário:
– Pesar mais do que 50 kg;
– Ter dormido, no mínimo, 6 horas na noite que antecede a doação;
– Não estar resfriado ou gripado;
– Não estar em jejum, porém, evitar alimentos gordurosos e frituras antes da doação;
– Ter entre 16 e 69 anos. (Pessoas de 16 e 17 anos devem estar acompanhados pelos pais ou responsáveis legais). A primeira doação deverá ser realizada antes dos 61 anos.
6) Quais documentos são necessários para doar?
R.: É necessário estar com documento oficial com foto, podendo ser RG, Carteira de Habilitação ou Carteira de Trabalho.
7) Além do sangue, o que mais pode ser doado neste ato de solidariedade?
R.: Pode ser realizada a doação tradicional, aférese de hemácias, aférese de plaquetas e também o cadastro de medula óssea.
8) Quais são as principais restrições para ser um doador de sangue?
R.: Situações que impendem a pessoa de doar sangue:
– Gravidez
– Gripe ou febre;
– Se tiver feito manipulação dentária (até 72 horas antes);
– Se tiver feito tatuagem, piercing, endoscopia ou colonoscopia (tatuagem e/ou piercing realizados há menos de 6 meses. Caso o estúdio não seja inspecionado pela Vigilância Sanitária, é necessário esperar 1 ano para doar);
– Se tiver sido submetido à cirurgia (de 3 meses a 1 ano);
– Se tiver sofrido aborto (até 3 meses antes);
– Se tiver recebido transfusão de sangue (até 1 ano antes);
– Se tiver tido hepatite após os 10 anos de idade.
9) De quanto em quanto tempo pode-se doar sangue?
R.: Doadores de sangue (tradicionais) – Homens podem doar de 2 em 2 meses, não ultrapassando 4 vezes ao ano. Mulheres podem doar de 3 em 3 meses, não ultrapassando 3 vezes ao ano;
Doadores de aférese de hemácias – Homens podem doar de 4 em 4 meses. Mulheres de 6 em 6 meses.
Doadores de plaquetas – Homens e Mulheres podem doar até 24 vezes no ano, pois ela se reconstitui no organismo em 3 dias.
Mitos x Verdades
– A doação é restrita a pessoas sem piercing e tatuagem?
Mito. A doação só é restrita para quem possui tatuagem realizada a menos de 6 meses. Caso o estúdio não seja inspecionado pela Vigilância Sanitária, é necessário esperar 1 ano para doar (tanto para tatuagens, quanto para piercings).
– Gestantes e lactantes não podem doar?
Verdade. Gestantes não podem doar. Já as lactantes devem esperar 12 meses da data do parto.
– Descanso e alimentação influenciam na doação?
Verdade. É preciso estar descansado, dormir no mínimo 6 horas na noite que antecede a doação e estar bem alimentado, evitando comidas gordurosas e frituras.
– Doadores estão suscetíveis a doenças transmissíveis via sangue?
Mito. O kit utilizado é individual e descartável, sendo assim, o risco de contaminação é de 0%.
– Após a doação, vou ficar sem sangue?
Mito. O sangue doado é rapidamente reposto no organismo com a ingestão de líquidos.
– Doar sangue engrossa o sangue, afina, engorda, emagrece ou vicia?
Mito. Ao contrário de todas essas especulações, ao doar sangue, o indivíduo estará renovando as suas células e em dia com a saúde.
Para mais informações, entre em contato com o Hemonúcleo do Hospital de Amor pelo telefone (17) 3321-6600, ramal 6941. O departamento atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h, e sábados e domingos, das 7h às 11h.
A palavra Leucemia ainda espanta muito as pessoas. Há muitos anos, essa doença era associada a um grande número de mortes e, por ser uma enfermidade com desenvolvimento frequente em crianças, o receio crescia ainda mais. Porém, hoje esse cenário se transformou e, felizmente, muitos casos de leucemia podem ser curados, sem contar que mesmo que não o sejam, a sobrevida dos pacientes pode ser aumentada em longos anos com o tratamento adequado.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2020 há uma estimativa de mais de 10 mil casos novos da doença, com uma incidência ligeiramente maior em homens. Atualmente, é o 9º câncer mais comum entre homens e o 11º entre as mulheres. Com números tão alarmantes, é preciso estar atento, entender esse tipo de câncer e saber como diagnosticá-lo precocemente. Você conhece a leucemia?
O que é a doença chamada leucemia?
É o câncer que afeta as células do sangue, ou seja, os leucócitos ou glóbulos brancos (que são as células responsáveis pela defesa do corpo) e se inicia dentro da medula óssea. Segundo descrito pelo INCA, a medula óssea é o local de fabricação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela, são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.
Nas leucemias, há a alteração em uma célula da medula, que se torna anormal (doente) e passa a se multiplicar mais aceleradamente, perdendo a capacidade de se diferenciar e morrendo menos do que as células normais. Desta forma, estas células anormais vão se acumulando na medula óssea, substituindo as células saudáveis e atrapalhando a formação de células “boas” do sangue, que são os glóbulos vermelhos (de transporte de oxigênio), glóbulos brancos (de defesa) e plaquetas (que ajudam na coagulação).
Sob esta denominação, estão agrupadas várias neoplasias diferentes: pode ser dividida pelo tipo de célula afetada – mielóide e linfóide, e pela forma de evolução da doença – aguda e crônica. Assim, os quatro principais subgrupos de leucemia são: Leucemia Linfóide Aguda (LLA), Leucemia Mielóide Aguda (LMA), Leucemia Linfóide Crônica (LLC) e Leucemia Mielóide Crônica (LMC).
Como esse tipo de câncer se desenvolve?
As causas do desenvolvimento de leucemia não são totalmente definidas, mas existem fatores de risco mais relacionados a um ou outro tipo. Para as leucemias agudas, são considerados fatores de risco: exposição a benzeno e a radiação ionizante, exposição a quimioterapia (no caso de tratamento de doenças prévias), exposição a agrotóxicos, entre outros.
Existem também associações com doenças e alterações genéticas, como Síndrome de Down e Anemia de Fanconi (síndrome genética herdada dos pais); e com história familiar, por exemplo: em LLC, há incidência em parentes de primeiro grau em relação a população geral.
Outras doenças hematológicas (aquelas que comprometem a produção dos componentes do sangue) também aumentam o risco de desenvolvimento da leucemia, como síndromes mielodisplásicas (um grupo de distúrbios causados quando algo interrompe a produção de células sanguíneas).
Em relação à faixa etária, é importante alertar: quanto maior a idade, maior o risco de leucemia, exceto o tipo LLA, que é o mais frequente em crianças e é considerado o câncer mais comum na infância. Segundo as oncopediatras do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dra. Anita Frisanco Oliveira e Dra. Bianca Faustini Baglioli, a leucemia linfóide aguda ocorre mais entre crianças de 2 e 5 anos, podendo ser diagnosticada também, em menor frequência, em lactentes (crianças que ainda mamam) e adolescentes. “Já a leucemia mielóide aguda (LMA) é mais frequente nos lactentes, com um declínio até os 9 anos de idade, e um novo aumento da sua incidência a partir da adolescência. A leucemia mielóide crônica (LMC) é mais comum em adolescentes e adultos jovens”, afirma Dra. Bianca.
É possível prevenir a leucemia?
Diferentemente do que acontece na maioria dos casos de câncer, não há fatores de risco conhecidos para a leucemia, não podendo, desta forma, ser prevenida. Porém, a médica hemotalogista do Hospital de Amor, Dra. Iara Zapparoli Gonçalves, explica que ter hábitos saudáveis de vida e cuidados com a saúde, incluindo alimentação adequada e prática de exercícios físicos regularmente; realizar tratamento de doenças concomitantes (que acontecem ao mesmo tempo no organismo); evitar exposição desnecessária a agentes potencialmente tóxicos, incluindo o tabagismo; e fazer o uso adequado de equipamento de proteção individual (EPIs), são exemplos que melhoram a qualidade de saúde e de vida, e deixam os indivíduos fortes para enfrentar as adversidades.
Nas crianças, ao contrário do que acontece com adultos que podem receber orientações quanto a prevenção, a leucemia está relacionada a alterações genéticas, não sendo possível preveni-la, mas sim diagnosticá-la precocemente. Em ambos os casos, o principal exame para a suspeita desse tipo de câncer é o hemograma. Caso haja evidência da doença, outro exame é realizado, o mielograma, onde a coleta de sangue é feita diretamente na medula óssea podendo avaliar sua morfologia, tipo de célula acometida, imunofenotipagem (técnica utilizada para identificar qual tipo exato de célula que compõe um determinado tecido), biologia molecular, etc.
Sinais e sintomas da leucemia
Quando há o desenvolvimento da leucemia no organismo, há também a substituição da medula e, consequentemente, a diminuição de células no sangue. Sendo assim, os principais sintomas da doença são:
– Diminuição de glóbulos vermelhos: anemia, palidez, cansaço e fraqueza.
– Diminuição de glóbulos brancos: queda de imunidade e aumento de risco de infecções.
– Diminuição de plaquetas: sangramentos, manchas roxas e petéquias (pontos vermelhos na pele).
Além disso, os pacientes também podem apresentar dores em ossos (muito comum em LLA), perda de peso, febre, suores noturnos e outros sintomas relacionados ao acumulo de células fora da medula, como aumento de gânglios e desconforto abdominal por aumento do baço e do fígado.
“No caso de leucemias crônicas, onde a doença evolui de forma mais lenta, não há sinais e sintomas aparentes. Por isso, é comum que o diagnóstico seja feito após uma alteração encontrada em um hemograma de rotina”, esclarece Dra. Iara.
Tipos de leucemias existentes e suas características
• Leucemia Linfóide Aguda (LLA): há proliferação de células associadas aos estágios iniciais de maturação linfóide. É a leucemia mais comum em crianças, mas pode ocorrer também em adultos, existindo um segundo pico de incidência a partir dos 50 anos. Existem vários subtipos de LLA e o tratamento depende de vários fatores, como idade, subtipo, alterações citogenéticas e moleculares.
• Leucemia Mielóide Aguda (LMA): há a proliferação de células progenitoras da medula óssea nos estágios iniciais de maturação. Tem um curso clínico agudo e deve ser tratada rapidamente. Pode ocorrer em crianças e adultos, sendo a forma mais comum no período perinatal (logo após o nascimento), porém a incidência aumenta com a idade. Também é dividida em subtipos e o tratamento, como na LLA, depende da idade, comorbidade (doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades), alterações moleculares e citogenéticas.
• Leucemia Linfóide Crônica (LLC): é caracterizada pelo acúmulo de linfócitos maduros no sangue. A maioria (90%) dos pacientes acometidos com a doença tem mais de 50 anos e é extremamente rara em pessoas abaixo dos 25 anos. Cerca de 70% dos pacientes são assintomáticos ao diagnóstico, que é feito a partir de um achado de exame (hemograma) de rotina. Estes pacientes assintomáticos, geralmente, são apenas observados, sem indicação de tratamento.
• Leucemia Mielóide Crônica (LMC): afeta as células mielóides e avança lentamente. É uma neoplasia clonal da célula progenitora hematopoiética pluripotente, caracterizada por uma translocação específica – Cromossomo Philadelfia – sendo disponível terapia alvo (oral). Tem pico de incidência entre 50 e 60 anos.
Apesar de cada tipo de leucemia ter suas características, os tratamentos indicados e o tempo de duração de cada um deles devem ser avaliados e orientados por médicos especialistas, pois há situações em que os procedimentos não são indicados (apenas observações clínicas) e outras, em que o tratamento deve ser intensivo, incluindo o transplante de medula óssea (TMO).
“Recidiva” da doença
Quando falamos em leucemia, falamos também em pacientes que tiveram a “recidiva” da doença. Afinal, o que isso significa?
A recidiva significa que a ‘doença voltou’. Esse problema pode acontecer pouco ou muito tempo após a cura e, na maioria das vezes, ocorre pela proliferação de células doentes, previamente indetectáveis pelos exames de rotina. Durante o tratamento inicial, essa mesma célula pode ter criado resistência aos quimioterápicos utilizados e permanecido em estado de latência, ou seja, em repouso até encontrar um ambiente favorável à sua proliferação.
Devido à melhora no diagnóstico precoce da doença, os índices de leucemia vêm aumentando ao longo dos anos. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em adultos, a estimativa de casos novos para o ano de 2020 (incluindo todos os tipos) é de 10.810, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. Já em pacientes pediátricos, são estimados cerca de 8.460 novos casos de câncer no Brasil. Destes, 2.115 são de leucemias.
Fique atento!
Ao se deparar com sintomas persistentes ou não explicáveis, ou caso haja alguma alteração no hemograma de rotina, procure um médico especialista, também conhecido como hematologista, imediatamente.
As crianças também devem ser encaminhadas a um pediatra de confiança, para que ele faça a coleta detalhada da evolução do quadro do paciente, solicite um hemograma completo e entre em contato com um centro que disponha de atendimento em oncohematologia pediátrica.
Leucemia x Hospital de Amor
Por ser uma instituição referência em tratamento oncológico e contar com um departamento de hematologia, uma unidade só para atender crianças e jovens (com um moderno centro de transplante de medula óssea pediátrica), médicos especialistas atualizados e experientes, e uma competente equipe multiprofissional, o Hospital de Amor realiza o diagnóstico da doença e a avaliação adequada com relação ao prognóstico e ao procedimento mais indicado, proporcionando um tratamento de excelência e humanização aos pacientes que lutam com a leucemia (e também com outros tipos de câncer).
Em sua unidade adulta, são diagnosticados cerca de 100 e 120 casos de leucemia por ano. Já a unidade infantojuvenil do HA conta, atualmente, com 90 pacientes em tratamento. Com a inauguração do novo centro de TMO pediátrico, em abril de 2019, a instituição aumentou significativamente sua capacidade de atendimento: ao todo são 27 leitos de internação, 6 leitos na unidade de terapia intensiva (UTI), 11 leitos no centro de intercorrência ambulatorial (CIA) e 16 leitos na quimioterapia, ou seja, muito mais vidas sendo salvas todos os dias!
O poder do sangue
“Quem doa sangue salva vidas”. Essa frase, dita por muitos profissionais da área da saúde e tão disseminada nos meios de comunicação, retrata a importância da doação de sangue (ato voluntário e de solidariedade, praticamente indolor e rápido) para os pacientes em tratamento contra leucemia, que passam por transplante de medula óssea ou cirurgias. Para se ter uma ideia da relevância desse compromisso social, quando os estoques caem e falta sangue nos hospitais, muitas cirurgias e procedimentos são cancelados.
De acordo com a gerente de captação de doadores do Hemonúcleo do Hospital de Amor, Ana Paula Borges, são realizadas, diariamente, 70 transfusões de sangue na instituição e, a maiores dos pacientes que recebem essas doações, realizam tratamentos contra a leucemia.
Por esse motivo, o Hospital de Amor realiza diversas campanhas na tentativa de conscientizar a população a doar, principalmente em épocas em que as doações despencam: períodos de celebrações, férias, quando as temperaturas ficam mais baixas ou quando o país enfrenta um problema de saúde pública, como a pandemia do coronavírus.
Para doar, é necessário ter um documento com foto, pesar mais de 50 quilos, ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem estar acompanhados por um responsável legal), estar em boas condições de saúde, descansado e bem alimentado. O Hemonúcleo do Hospital de Amor funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h, e aos sábados e domingos, das 7h às 11h. Para outras informações sobre doação de sangue ou de medula óssea, basta entrar em contato com o setor pelo telefone (17) 3321-6600 – Ramal 6941 ou pelo e-mail hemocaptacao@hcancerbarretos.com.br.
Doar sangue é sinônimo de generosidade, de humanização e de amor ao próximo. É um ato de solidariedade simples, mas que pode salvar a vida de milhares de pessoas. No dia 25 de novembro, data em que é celebrado o ‘Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue’, o Hospital de Amor homenageia todas as pessoas que reservam um tempo de suas rotinas para doar sangue, e conscientiza a população sobre a importância dessa atitude.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o número de doadores de um país seja de 3 a 5% do total da população. Entretanto, dados do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, este índice está bem abaixo do aconselhável, não chegando a 2%. Atualmente são doadas cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano, segundo informações da Fundação Pró-Sangue (instituição pública ligada à Secretaria de Estado da Saúde e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
De acordo com a coordenadora de captação de doadores do Hemonúcleo do Hospital de Amor, Ana Paula Borges, a instituição atende muitos pacientes que necessitam de transfusão de sangue diariamente, o que resulta em um árduo trabalho de captação de doadores para que os estoques se mantenham sempre alinhados às necessidades. “O nosso maior desejo é garantir estoques de sangue satisfatórios no nosso Hemonúcleo”, afirmou.
Para falar sobre o assunto e esclarecer as principais dúvidas sobre a doação de sangue, o Hospital de Amor entrevistou a coordenadora. Confira:
1) Atualmente, qual é a necessidade de sangue do Hospital de Amor?
R.: O Hospital de Amor necessita, em média, de 35 a 40 doadores por dia. Infelizmente, essa ainda não é a nossa realidade.
2) Uma bolsa de sangue pode salvar a vida de quantas pessoas?
R.: Uma doação pode salvar até quatro vidas! Com uma bolsa de sangue, é possível obter:
– Concentrado de Hemácias (glóbulos vermelhos do sangue): é indicado no tratamento de anemias crônicas, hemorragias e complicações cirúrgicas.
– Plasma fresco congelado: indicado para pacientes com deficiência de fatores de coagulação ou para produção de derivados plasma.
– Concentrado de plaquetas: indicado para hemorragias graves com deficiência plaquetária, tratamento de leucemias e deficiência medular.
– Crioprecipitado: utilizado em tratamentos de hemofilia.
3) O Hemonúcleo do Hospital de Amor atende quantas outras instituições? Quantas e quais outras cidades da região?
R.: O Hemonúcleo atende todo o Hospital de Amor Barretos e suas unidades localizadas na cidade, como o Hospital de Amor Infantojuvenil e Hospital de Amor Nossa Senhora. Além disso, fornece sangue para a Santa Casa de Misericórdia, Hospital São Jorge, em Barretos (SP), e os municípios de Guaíra (SP), Colina (SP), Jaborandi (SP) e Colômbia (SP).
4) Quais são os tipos de sangue mais utilizados?
R.: Os tipos sanguíneos mais utilizados sãos: O+, O- e A-. É importante lembrar que o sangue O- é considerado universal e doa para todos os tipos. Porém, as pessoas com sangue do tipo O – só podem receber doações de pessoas com o mesmo tipo de sangue.
5) Quem pode ser doador de sangue?
R.: Todas as pessoas com boas condições de saúde. Para doar é necessário:
– Pesar mais do que 50 kg;
– Ter dormido, no mínimo, 6 horas na noite que antecede a doação;
– Não estar resfriado ou gripado;
– Não estar em jejum, porém, evitar alimentos gordurosos e frituras antes da doação;
– Ter entre 16 e 69 anos. (Pessoas de 16 e 17 anos devem estar acompanhados pelos pais ou responsáveis legais). A primeira doação deverá ser realizada antes dos 61 anos.
6) Quais documentos são necessários para doar?
R.: É necessário estar com documento oficial com foto, podendo ser RG, Carteira de Habilitação ou Carteira de Trabalho.
7) Além do sangue, o que mais pode ser doado neste ato de solidariedade?
R.: Pode ser realizada a doação tradicional, aférese de hemácias, aférese de plaquetas e também o cadastro de medula óssea.
8) Quais são as principais restrições para ser um doador de sangue?
R.: Situações que impendem a pessoa de doar sangue:
– Gravidez
– Gripe ou febre;
– Se tiver feito manipulação dentária (até 72 horas antes);
– Se tiver feito tatuagem, piercing, endoscopia ou colonoscopia (tatuagem e/ou piercing realizados há menos de 6 meses. Caso o estúdio não seja inspecionado pela Vigilância Sanitária, é necessário esperar 1 ano para doar);
– Se tiver sido submetido à cirurgia (de 3 meses a 1 ano);
– Se tiver sofrido aborto (até 3 meses antes);
– Se tiver recebido transfusão de sangue (até 1 ano antes);
– Se tiver tido hepatite após os 10 anos de idade.
9) De quanto em quanto tempo pode-se doar sangue?
R.: Doadores de sangue (tradicionais) – Homens podem doar de 2 em 2 meses, não ultrapassando 4 vezes ao ano. Mulheres podem doar de 3 em 3 meses, não ultrapassando 3 vezes ao ano;
Doadores de aférese de hemácias – Homens podem doar de 4 em 4 meses. Mulheres de 6 em 6 meses.
Doadores de plaquetas – Homens e Mulheres podem doar até 24 vezes no ano, pois ela se reconstitui no organismo em 3 dias.
Mitos x Verdades
– A doação é restrita a pessoas sem piercing e tatuagem?
Mito. A doação só é restrita para quem possui tatuagem realizada a menos de 6 meses. Caso o estúdio não seja inspecionado pela Vigilância Sanitária, é necessário esperar 1 ano para doar (tanto para tatuagens, quanto para piercings).
– Gestantes e lactantes não podem doar?
Verdade. Gestantes não podem doar. Já as lactantes devem esperar 12 meses da data do parto.
– Descanso e alimentação influenciam na doação?
Verdade. É preciso estar descansado, dormir no mínimo 6 horas na noite que antecede a doação e estar bem alimentado, evitando comidas gordurosas e frituras.
– Doadores estão suscetíveis a doenças transmissíveis via sangue?
Mito. O kit utilizado é individual e descartável, sendo assim, o risco de contaminação é de 0%.
– Após a doação, vou ficar sem sangue?
Mito. O sangue doado é rapidamente reposto no organismo com a ingestão de líquidos.
– Doar sangue engrossa o sangue, afina, engorda, emagrece ou vicia?
Mito. Ao contrário de todas essas especulações, ao doar sangue, o indivíduo estará renovando as suas células e em dia com a saúde.
Para mais informações, entre em contato com o Hemonúcleo do Hospital de Amor pelo telefone (17) 3321-6600, ramal 6941. O departamento atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h, e sábados e domingos, das 7h às 11h.