Venezuela, Goiás e São Paulo — mais de três mil quilômetros de distância somados. Ashley García, Anna Cristina Nogueira e Vitória Vilela se encontraram em um único lugar, com um único objetivo: ter acesso a um tratamento médico de qualidade, digno e humanizado.
Do país mega diverso e da fauna variada (Venezuela), para o país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza (Brasil)…
Natural de Maturin (VE), Ashley Carolina Garcia tem 11 anos, mas está no Brasil desde os sete anos. Impossibilitada de fazer um transplante de medula óssea em seu país, Greimarys Garcia (29), sua mãe, procurou seus familiares no Brasil e, juntas, elas embarcaram atrás de um tratamento adequado e digno para Ashley.
Tudo começou quando, aos três anos, a mãe notou manchas roxas pelo corpo da filha. Com o passar dos anos, suas plaquetas começaram a cair. Ao procurar um hematologista, o médico afirmou que ela estava bem, já que não havia outros sintomas. Porém, em 2021, aos sete anos, os níveis de plaquetas caíram drasticamente, afetando a hemoglobina e os glóbulos brancos. Diante disso, foi solicitado um exame de medula óssea para investigar uma possível leucemia. O diagnóstico: mielodisplasia.
Ashley iniciou o tratamento, mas não obteve resposta. Após cada ciclo de três meses, ela recaía e seu estado de saúde se agravava.
A Venezuela é um país que não possui programas de saúde para a população, ou seja, todo processo é pago. Por isso, a mãe de Ashley começou a trabalhar duas vezes mais para comprar as medicações que a sua filha precisaria durante o tratamento, além das consultas médicas. Após diversas tentativas de tratamento – e algumas adversidades ao longo desses período – o médico aconselhou Greimarys a procurar ajuda em outro país, caso contrário, sua filha poderia falecer. Neste momento, Grei entrou em contato com os seus familiares de Roraima e pediu ajuda a eles.
Ao chegar no Brasil, Grei e Ashley foram até o posto de saúde de Boa Vista (RR) e, posteriormente, foram encaminhadas ao hospital infantil do município. Após três meses sem tratamento efetivo, Ashley foi internada para avaliar a resposta da medula a um novo protocolo, mas, infelizmente, também foi ineficaz. A médica responsável então confirmou a necessidade de transplante de medula óssea.
“Nessa consulta, a profissional solicitou novamente o exame aspirado da medula e uma biópsia. Com a confirmação da mielodisplasia, ela explicou que Roraima não tinha estrutura para o transplante. Então, fomos encaminhadas para Brasília, onde passamos quatro meses tentando um tipo de quimioterapia. Como os resultados não eram satisfatórios, perguntaram se Ashley tinha irmãos ou se o pai poderia vir ao Brasil para fazer o teste de compatibilidade. Como não havia essa possibilidade, fomos inscritas no banco de doadores”, relembra Grei.
Felizmente, encontraram um doador 100% compatível. Contudo, o procedimento não poderia ser feito em Brasília. Assim, mãe e filha foram encaminhadas à unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, em Barretos (SP).
Ao chegar ao Hospital de Amor, Ashley realizou o transplante de medula óssea. No entanto, o cenário não melhorou imediatamente. Infelizmente, ela enfrentou diversas complicações e precisou ser internada várias vezes, chegando a pesar apenas 21 kg. Ashley teve problemas no fígado, no intestino, contraiu COVID-19 e outros vírus devido à baixa imunidade. Além disso, sofreu infecções e passou muito mal após o procedimento. Sua mãe relata que o processo foi extremamente difícil. “Ela vivia internada no hospital… Passou por muitas coisas. Depois do transplante, percebi que algo estava estranho. No início, achamos que era por causa da transfusão, mas ela dormia demais. Foi solicitada uma tomografia, que confirmou toxoplasmose na cabeça”, desabafa Grei.
E, mesmo em tempos difíceis, coisas maravilhosas podem acontecer. Durante o tratamento, Ashley conheceu Raílla Coelho, também paciente infantojuvenil do Hospital de Amor e que, assim como ela, precisou de um transplante de medula óssea e, logo, elas tornaram-se inseparáveis.
Essa amizade foi além das paredes do hospital. Juntas, participaram da 4ª edição do Concurso Rainha do Rodeio Pela Vida. “Ashley não esperava ganhar, e eu, como mãe, também não. Autorizei que ela participasse apenas para apoiar sua amiga, porque elas viveram momentos muito difíceis. Raílla quase faleceu e isso deixou a Ashley – e todos nós [familiares e amigos] – muito triste”, relembra Grei Garcia.
Durante os ensaios e no grande dia do evento, Ashley ensinou para todos que a acompanharam que o amor, a amizade e o cuidado fazem a diferença na vida das pessoas. Na noite do desfile, para acompanhar e dar suporte a Raílla, Ashley desfilou de mãos dadas com a amiga.
Hoje, Ashley segue o tratamento com imunossupressores, e sua previsão de alta é para agosto de 2025. Para ela, representar o Hospital de Amor na 5ª edição do Rodeio Pela Vida é motivo de orgulho e gratidão.
“Graças ao Hospital de Amor — e a Deus — minha filha está curada”, diz Grei, emocionada.
*O Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) foi criado em 1993, em São Paulo, para reunir informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante. Desde 1998, é coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro.
Com mais de 5,5 milhões de doadores cadastrados, o REDOME é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo e pertence ao Ministério da Saúde, sendo o maior banco com financiamento exclusivamente público. Anualmente são incluídos mais de 125 mil novos doadores no cadastro do REDOME.
Fonte: REDOME.
Da Venezuela ao local dos maiores produtores de soja do Brasil…
Natural de Rio Verde (GO), Anna Cristina Nogueira, de 14 anos, sempre foi uma menina alegre, carinhosa e muito apegada à mãe. Mas, aos 13 anos, sua vida mudou com o diagnóstico de câncer.
Tudo começou com dores no joelho e uma leve dificuldade para andar. Como fazia musculação na época, Anna acreditava que se tratava de uma dor muscular, causada pelos treinos. Com o tempo, as dores aumentaram e o joelho começou a inchar. A mãe a levou ao médico, que inicialmente diagnosticou como “dor do crescimento”.
Sem melhora, a família buscou uma consulta particular com um ortopedista. Após ouvir o relato, o médico solicitou um raio-X. O resultado o deixou preocupado, então, ele pediu uma tomografia para confirmação. Ao receber os exames, o profissional comunicou que ela estava com um tumor no joelho, e ofereceu duas opções de tratamento: Barretos (SP) ou Jales (SP).
Sem saber o que significa a palavra ‘tumor’, Anna fez um post no seu Instagram – para os amigos mais próximos – dizendo: “Estou com um tumor no joelho, o que é isso?”. Curiosa e preocupada, procurou a resposta no Google. Foi aí que a ficha caiu. O impacto da descoberta a deixou muito abalada.
Mesmo assim, não ficou sozinha. Contou com o apoio fundamental da melhor amiga, Gabriele de Oliveira, e da família. Ela relembra que a amiga foi um anjo na sua vida, “ela que me dá força para aguentar tudo isso, toda vez que eu volto para Rio Verde (GO), ela vai na minha casa”, relata, Anna.
Para a mãe – que não pôde estar na consulta porque estava trabalhando – a notícia também foi devastadora. “Quando minha mãe me falou que poderia ser osteossarcoma, eu estava trabalhando, dentro da indústria. Naquela hora, o chão se abriu. Entrei em desespero. Meu marido me viu chorando e veio correndo. Procurei no Google o que era, e foi um momento desesperador”, relembra a mãe da Anna, Kely Nogueira.
Kely ainda faz uma crítica sobre a forma como o câncer é retratado no cinema. “Nos filmes, quase nunca mostram finais felizes para quem tem câncer. Os relatos de cura são poucos. Quando recebi o diagnóstico, pensei: vou lutar com todas as minhas forças. Deus me deu minha filha, e Ele não vai levá-la agora”, desabafou ela.
Receber o diagnóstico de câncer é algo muito difícil, não só para o paciente, mas para toda a família. Explicar para uma criança os próximos passos dessa trajetória requer muita sabedoria, força e amor. Em outubro de 2024, Anna Cristina chegou à unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, localizada em Barretos (SP).
Na primeira consulta, os profissionais do HA refizeram os exames e explicaram as possibilidades de tratamento. Também a alertaram que, se a resposta à quimioterapia não fosse satisfatória, a amputação poderia ser necessária. Após sete sessões de quimioterapia, veio a notícia mais temida: seria preciso amputar a perna. Ao relembrar desse momento, ela diz que foi um momento muito difícil, pois ela e sua mãe choraram muito ao assinar o documento de autorização. “Para uma menina de 13 anos, amputar a perna não é fácil. […] No começo, fiquei com raiva, mas também fiquei feliz, porque eu iria continuar viva. Foi difícil, mas hoje agradeço. Estou muito melhor sem a minha perna”, afirma Anna, com uma maturidade surpreendente.
Com o diagnostico oncológico, muitos aspectos de sua vida mudaram, entre eles, a sua profissão dos sonhos. Hoje, ela sonha em ser enfermeira para ajudar as pessoas que estão passando por momentos difíceis. “O Hospital de Amor faz jus ao nome, né? Lembro de uma postagem nas redes sociais que dizia: com amor tudo fica mais fácil. Com o amor da minha família, dos amigos e do HA, tudo ficou mais leve. Ter pessoas ao seu lado o tempo todo é muito acolhedor”, destacou a paciente.
Hoje, Anna já é uma inspiração para outras crianças e adolescentes que passam pela mesma situação. E, sem saber, já exerce o papel de ajudar o próximo com sua força e exemplo. Com sua participação no Concurso Rainha do Rodeio Pela Vida, ela provou que sonhos podem ser adaptados, mas não precisam ser deixados para trás.
Durante os ensaios, se divertiu, fez novas amizades, viveu experiências incríveis no salão de beleza e brilhou na passarela.
Junto de outras sete pacientes, Anna representou o Hospital de Amor com graça, leveza e coragem. Agora, carrega o título de Princesa do Amor no 5º Rodeio Pela Vida.
Dos maiores produtores de soja do Brasil para o interior paulista…
Natural de José Bonifácio (SP), Vitória de Souza, de 14 anos, começou o seu tratamento oncológico bem nova. Aos 8 meses de idade, ela apresentava febre constante — principalmente à noite — e não ganhava peso. Durante as trocas de fralda, sua mãe, Mércia Vilela, percebeu algo anormal na genitália da filha.
Preocupada, ela levou Vitória ao médico. Inicialmente, os profissionais garantiram que estava tudo dentro da normalidade. Mas, com o passar do tempo, o inchaço no local aumentou e uma anomalia se formou. Um novo exame foi solicitado, desta vez, uma ultrassonografia. O resultado foi: um tumor no colo do útero, em estágio avançado, que já atingia a bexiga.
No mesmo dia, Vitória foi encaminhada a unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, localizada em Barretos (SP), onde foi atendida pela equipe infantojuvenil, sob os cuidados das médicas Dra. Erica Boldrini e Dra. Bruna, para dar início ao tratamento.
Foram dois anos de quimioterapia e radioterapia, marcados por muitas internações e reações intensas aos medicamentos. Ao receber alta, a sua mãe não esperava – e nem a Vitória –que iria retornar à instituição 12 anos depois.
Aos 14 anos, Vitória começou a fazer tratamento com hormônios. Logo em seguida, passou a sentir fortes dores na perna esquerda, que dificultavam sua locomoção. O diagnóstico confirmou o pior: o câncer havia voltado, desta vez, nos ossos.
“Saber que o meu câncer voltou depois de 12 anos foi muito difícil. Para mim, o meu cabelo e as minhas unhas são muito importantes. Eu sabia que meu cabelo cairia e minhas unhas ficariam fracas. Na primeira quimioterapia, fiquei internada por 12 dias seguidos e precisei cortar tudo de uma vez”, desabafou a pequena.
Atualmente, ela continua o tratamento no Hospital de Amor, acompanhada de perto pela equipe médica. Para Mércia, esta nova etapa tem sido ainda mais desafiadora: “Dessa vez está sendo mais doloroso. Agora ela está mais velha, é muito vaidosa… então está sendo complicado. Mas, graças a Deus, o tratamento está funcionando e ela está reagindo bem.”
Como forma de distração, Mércia autorizou a participação da filha na 4ª edição do Concurso Rainha Rodeio Pela Vida. Apesar da timidez e da falta de experiência na passarela, Vitória ficou em terceiro lugar e conquistou o título de Madrinha do Amor, tornando-se uma das representantes oficiais da instituição no 5º Rodeio Pela Vida.
Ao ser questionada sobre experiência no concurso Rainha Rodeio Pela Vida, ela comenta que foi muito legal. “Eu nunca tinha desfilado, e sou muito tímida, tenho vergonha de falar em público. Mas assim que pisei no palco, o medo passou. A energia das pessoas torcendo por nós foi muito forte. Foi muito legal. Estou muito feliz por representar o Hospital de Amor no 5º Rodeio Pela Vida”, disse Vitória.
Rodeio Pela Vida
O Hospital de Amor – referência em oncologia, que acolhe pacientes de todo o país – realizará, entre os dias 5 e 7 de junho, a 5ª edição do “Rodeio pela Vida”, na cidade de Barretos (SP). O evento, que acontece no Recinto Paulo de Lima Corrêa em prol do HA, contará com atrações musicais, rodeio em touro e cavalo (sela americana, bareback e cutiano), breakaway roping e Três Tambores.
Priorizando a qualidade do rodeio, a comissão organizadora firmou parceria com a ACR – Associação dos Campeões de Rodeio – para a seleção dos competidores do rodeio em touro, enquanto a ProHorse será a responsável pela organização do rodeio em cavalos. Nas provas cronometradas, a modalidade Três Tambores será em parceria com a ANTT – Associação Nacional dos Três Tambores.
Além das provas, o evento contará com o apoio de cantores parceiros da instituição. No primeiro dia, Murilo Huff fará o primeiro show da 5ª edição. Já no segundo dia, as apresentações ficarão por conta do grupo Traia Véia e da dupla Bruninho & Davi. Por fim, no último dia, para encerrar a festa com chave de ouro, Felipe Araújo finaliza as atrações musicais desta ação solidária. Acesse o site e compre seu ingresso.
No dia 4 de maio de 2025, o Hospital de Amor fez história mais uma vez. Com o objetivo de promover ações que visam o resgate da cultura tropeira, o HA – por meio do Rodeio Pela Vida – e o Instituto Sociocultural realizaram eventos que reuniram diversas pessoas com um único propósito: salvar vidas.
No último dia 4 de abril, o Instituto Sociocultural do Hospital de Amor, por meio do Ministério da Cultura, realizou, pela primeira vez no município de Barretos (SP), o “Desfile da Cultura Tropeira”.
Com o objetivo de resgatar as tradições do interior, homenagear aspectos da cultura tropeira, sertaneja e rural, e destacar a importância do campo para a construção da identidade regional, o ISHA trouxe para as ruas barretenses 10 carros alegóricos, que foram confeccionados pelo decorador Mauricio Valente.
As alegorias foram nomeadas da seguinte forma: Cultura Tropeira, Rainhas do Rodeio, Os Independentes (70 anos), Queima do Alho, Berranteiro, Agronegócio, Catira, Viola, Rodeio e Boi Soberano. Em cada carro, havia convidados especiais, que, além de serem parceiros do HA, também são grandes apoiadores da cultura local.
Para abrir o desfile, o evento também contou com a participação especial da Banda Marcial Municipal de Promissão, que percorreu as ruas da cidade realizando uma performance com coreografias belíssimas e participação de todos os seus músicos, além do apoio do Grupo de Escoteiros de Barretos, Chão Preto.
Antes da entrada dos carros alegóricos, a comissão de frente do desfile foi composta pelo presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, que carregava a bandeira do Brasil; pelo integrante da comissão do Rodeio Pela Vida, Renato Junqueira, que levou a bandeira do Estado de São Paulo; pelo prefeito do município, Odair Silva, que carregou a bandeira do município de Barretos; e pelo Dr. Sérgio Serrano – médico do HA – e Raimundo Neto – colaborador do departamento de equoterapia do HA – que carregaram a bandeira da instituição.
Coordenado pelo turismólogo e locutor Paulo Cesar Lopes, o desfile saiu do Recinto Paulo de Lima Corrêa, às 9h, e percorreu as ruas de Barretos (SP) até a Praça Francisco Barreto, onde foram montadas arquibancadas para o público, uma área exclusiva para pessoas com deficiência (PCD) e um palco para autoridades e convidados. Para falar sobre as informações de cada carro, foi convidado o carnavalesco e parceiro do HA, Patrício Augusto.
Para Paulo Lopes, conhecido carinhosamente como ‘Paulinho 1001’, o evento é uma oportunidade de conectar as novas gerações às raízes culturais da região. “A cultura rural é a base da nossa identidade no interior. Resgatar essa tradição, por meio do desfile, é fundamental para que nossos jovens conheçam e valorizem a história que nos trouxe até aqui. É um momento de celebração e aprendizado”, destacou ele.
Um dos objetivos do Instituto Sociocultural é preservar o legado cultural e afirmar seu compromisso perante a sociedade. Para a coordenadora do ISHA, Aline Dias, é muito importante trazer a nossa cultura. “É gratificante saber que o Instituto Sociocultural contribui com isso. Nosso papel é trazer cultura, não apenas para o Hospital de Amor, mas também para a sociedade”, relatou ela.
O evento, que foi realizado por meio do Ministério da Cultura, contou com a participação de convidados especiais. Além disso, teve distribuição de água, acessibilidade, guarda civil, intérprete de libras, banheiro químico, bombeiros, seguranças e ambulâncias à disposição do público.
No mesmo dia, 4 de maio, também foi realizada a 4ª Cavalgada Pela Vida – evento que faz parte da grade de atividades do Rodeio Pela Vida – em prol ao Hospital de Amor.
Para Osmar Marchi – integrante da comissão organizadora do Rodeio Pela Vida – este evento é o encontro de gerações. “Não podemos esquecer as nossas raízes e de onde tudo surgiu. Nós estamos resgatando tradições porque tudo o que temos hoje – antes de vir os maquinários – foi construído com pessoas montadas em cima de cavalos, burros ou de um carro de boi, então, a cavalgada traz isso. O Desfile da Cultura Tropeira também nos ajuda a relembrar das nossas origens, por meio da catira e das tradições que tínhamos fortemente em décadas passadas”, destaca ele.
A cavalgada, que também foi comandada pelo locutor Paulinho 1001, teve um percurso de aproximadamente 7km. Iniciada no Recinto Paulo de Lima Corrêa, ela percorreu os pontos turísticos do município, até chegar ao Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, onde aconteceu a tradicional Queima do Alho.
Para deixar o evento ainda mais gostoso, 14 comitivas se reuniram no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata para realizar a tradicional Queima do Alho. O evento, marcado pelas comidas típicas dos peões de boiadeiro, também contou com a apresentação da Banda Marcial Municipal de Promissão e do grupo Espora de Prata, que dançou catira. Além disso, o público presente pôde ouvir o tradicional toque do berrante e apreciar modas de viola.
Para Sérgio Ribeiro – integrante da comissão organizadora do Rodeio Pela Vida – a Queima do Alho é um marco para a sociedade. “O objetivo de realizarmos a Queima do Alho no lançamento do 5º Rodeio Pela Vida é resgatar as tradições sertanejas, que vêm perdendo espaço ao longo dos anos. Antigamente, os tropeiros iam buscar boi em diferentes estados do Brasil e, quando voltavam, precisavam se alimentar. Os carros-chefe dessas refeições eram: arroz carreteiro, feijão gordo e feijão tropeiro. Uma das tradições era levar um frango durante essas viagens e, como elas duravam muitos meses, o frango se tornava um galo, e os tropeiros acabavam se apegando ao animal. Por isso, nesta edição da Queima do Alho, vimos muitas comitivas com um galo, representando essa tradição”, relatou ele.
Ao ser questionado sobre as perspectivas para as próximas edições, ele afirmou que haverá muita festa e ainda mais tradição. “Para 2026, queremos trazer mais comitivas para este encontro, para continuarmos resgatando as tradições e, ao mesmo tempo, trocando experiências, preservando assim o legado da nossa história”, destacou Sérgio Ribeiro.
A 4ª Cavalgada pela Vida e a Queima do Alho marcaram, oficialmente, o lançamento da 5ª edição do Rodeio Pela Vida.
O Hospital de Amor – referência em oncologia, que acolhe pacientes de todo o país – realizará, entre os dias 5 e 7 de junho, a 5ª edição do “Rodeio pela Vida”, na cidade de Barretos (SP). O evento, que acontece no Recinto Paulo de Lima Corrêa em prol do HA, contará com atrações musicais, rodeio em touro e cavalo (sela americana, bareback e cutiano), breakaway roping e Três Tambores.
Priorizando a qualidade do rodeio, a comissão organizadora firmou parceria com a ACR – Associação dos Campeões de Rodeio – para a seleção dos competidores do rodeio em touro, enquanto a ProHorse será a responsável pela organização do rodeio em cavalos. Nas provas cronometradas, a modalidade Três Tambores será em parceria com a ANTT – Associação Nacional dos Três Tambores.
Além das provas, o evento contará com o apoio de cantores parceiros da instituição. No primeiro dia, Murilo Huff fará o primeiro show da 5ª edição. Já no segundo dia, as apresentações ficarão por conta do grupo Traia Véia e da dupla Bruninho & Davi. Por fim, no último dia, para encerrar a festa com chave de ouro, Felipe Araújo finaliza as atrações musicais desta ação solidária. Acesse o site e compre seu ingresso.
O Hospital de Amor é cheio de histórias bonitas de fé, superação e finais felizes! Em seus mais de 60 anos, o HA já transformou, reescreveu e salvou a vida de milhares de pessoas. E dentre inúmeros motivos, este é um dos que justifica tanto amor.
A história do João Borges da Silva Junior, o querido Johny Barreto, tem tudo isso e algo a mais: o sentimento de gratidão! Seu primeiro contato com a instituição se deu em 2002 e surgiu pela admiração. O locutor foi convidado para apresentar uma das edições do Leilão ‘Direito de Viver’ em Palmeira D’Oeste (SP), em prol do HA e, como grande admirador da causa, aceitou. “Aquele evento foi um sucesso, e ele foi só o primeiro. Depois disso, desde 2007, comecei a narrar rodeios por todo Brasil e a apresentar diversos ‘Desafios do Bem’ – ação de arrecadação do HA”.
Atuando como locutor desde 1997, o barretense (que traz no coração o orgulho de possuir no ‘quintal de casa’ um hospital que é referência em oncologia), teve anos depois um envolvimento mais profundo com a instituição: como paciente.
Johny paciente
No final do ano de 2017, uma reviravolta mudou o rumo e os planos de Johny. Após sentir fortes dores abdominais e passar por uma consulta com especialista, o locutor foi encaminhado ao Instituto de Prevenção do HA para fazer exames preventivos. “Fiz o exame e, quando acordei da anestesia, a médica me disse que havia feito uma cirurgia para retirar um pequeno tumor do meu intestino. Dali 30 dias saiu a biópsia e o resultado me assustou”, contou.
Apesar do tumor de Johny não ser considerado invasivo, ele sentiu medo ao se ver do outro lado – agora como paciente. “Senti muito medo, principalmente ao esperar pelo resultado da biopsia, mas sempre tive uma sensação de paz, de que Deus estava comigo. Fiz os procedimentos necessários, acompanhei por alguns anos e, graças a Deus, o tumor sumiu”, explicou.
Johny acompanhante
Seis anos depois, no início de 2023, o caminho de Johny se cruzou novamente com o do Hospital de Amor! Desta vez, ele precisou que a instituição cuidasse do seu pai, João Borges da Silva, de 92 anos. “Meu pai tinha uma ferida bem grande na cabeça. Ele dizia que tinha machucado, porém era uma lesão que não cicatrizava. Após a consulta com o médico, foi feita uma biopsia e, mais uma vez o medo tomou conta de mim, pois ela recebeu o diagnóstico de câncer”.
De acordo com o locutor, a princípio o tumor aparentava ser na pele, mas após realizar vários exames constatou-se que a doença tinha atingido os ossos da cabeça. Também no HA, o senhor João realizou todo o tratamento na instituição e sabe quem foi seu acompanhante? O filho, Johny Barreto.
“O meu carinho e admiração já existiam pelo Hospital, mas durante os dias que meu pai ficou internado e que eu fiquei o tempo todo com ele, pude acompanhar a enfermeira passando de manhã dando os medicamentos; a fonoaudióloga ajudando ele a mastigar; a nutricionista; os médicos que passavam e conversavam todas as manhãs; os fisioterapeutas; o pessoal da limpeza; sem contar a alimentação que era muito boa, tanto para o paciente quanto para mim, que era o acompanhante. Ali eu pude perceber com mais detalhes o quanto é caro manter o Hospital de portas abertas, e o quanto seria difícil para uma pessoa, não só pobre, mas também de classe média, conseguir pagar um tratamento de combate ao câncer. A partir daí, minha vontade de ajudar o HA aumentou e cresceu dentro de mim”, afirmou Johny.
O senhor João finalizou todo o tratamento e segue bem, firme e forte ao lado da família.
Johny voluntário
O desejo virou realidade! Virou ação! Virou locução! Com um dom nato, Johny – que há 27 anos atua profissionalmente em locuções de rodeios e já fazia trabalhos em prol do HA – tornou-se voluntário em um dos eventos mais especiais promovidos pela instituição: o “Rodeio Pela Vida”.
Realizado em Barretos (SP), o evento, que neste ano chegou em sua quarta edição sendo recorde de público e de solidariedade, contou com a voz, narração e talento de Johny durante as competições desde o primeiro ano. “Eu fico muito feliz em dar uma pequena contribuição para o Hospital de Amor e espero participar desses eventos como voluntário por muito tempo”.
E depois de conhecermos e contarmos uma história tão bonita quanto essa, quer saber o que deixa nosso coração mais feliz ainda?
– Johny, depois de ser paciente, filho de paciente e voluntário, o que você tem a dizer sobre o HA?
R.: O Hospital de Amor é uma instituição muito séria, onde todos os funcionários tratam os pacientes e familiares com muito amor e carinho. O profissionalismo é impressionante, os equipamentos são de última geração. Posso dizer que já presenciei tudo ali dentro e, com base nisto, peço que as pessoas façam suas doações! A despesa ali é muito grande, mas o que os pacientes recebem não tem preço. Se hoje você não tem dinheiro para doação, doe uma parte de seu tempo em algum projeto para ajudar, seja voluntário de alguma forma, convide amigos, familiares, pessoas a sua volta, e ajude o Hospital de Amor.
Se o Johny falou, tá falado!
Doe!
Quer ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas? Então, faça a sua doação! Existem diversas formas de contribuir com a instituição, dentre elas, três que são rápidas, fáceis e seguras:
• pela página de doação (ha.com.vc/doar)
• pelo PIX (chave: doar@hospitaldeamor.com.br)
• pela Central de Relacionamento (17 3321-6607)
Independente de onde estiver, basta ter seu celular em mãos e doar qualquer quantia para ajudar o maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina. Faça parte dessa missão que salva milhares de vidas.
Natural de Santa Fé do Sul (SP), mas criada em Porto Esperdião (MT), a pequena Bianca Nogueira, de 13 anos, descobriu um tumor ósseo quando tinha apenas 12 anos. Enquanto brincava em uma rede no sítio, ela caiu e sentiu uma fisgada forte no braço esquerdo, mas inicialmente a jovem não contou do tombo para os pais. Com o passar dos dias, ela começou a sentir fortes dores no braço e então, a mãe, Edilane Nogueira, a levou até um médico.
O diagnóstico inicial foi dor de crescimento, algo muito comum na infância. Após a consulta, ela retornou para casa com uma receita médica de remédios específicos para aliviar a dor, porém, o desconforto voltou e se intensificou.
Durante meses, a Bianca não contou para os pais que a dor havia aumentado. Com medo dos pais não acreditarem nela, ela pegava analgésicos escondido no armário, ia para o sofá da sala e, segurando o seu terço, rezava para Nossa Senhora, dizendo: “eu vou rezar três Ave Marias e a senhora tira essa dor de mim?”.
Meses se passaram e Bianca continuou fazendo esse ritual, até que em uma noite, o seu pai, Eurico Nogueira, a viu tomando remédio escondido e, após conversar com Edilane, eles decidiram levá-la ao médico novamente.
A INVESTIGAÇÃO E O DIAGNÓSTICO
Eles partiram para a capital Cuiabá (MT) para passar por uma nova consulta. Desta vez, o médico responsável solicitou alguns exames de imagem para diagnosticar o motivo da dor que se intensificava cada dia mais.
Ao pegar o resultado do Raio-X, ele viu algo semelhante a uma linha na parte óssea da Bianca, mas para fechar o diagnostico, solicitou uma ressonância. Quando o resultado saiu, ele questionou a Bianca sobre um possível tombo, e então, neste momento, ela se lembrou de quando caiu da rede e contou para eles.
Após a conversa e a verificação nos exames, ele solicitou que a mãe da paciente procurasse um oncologista para verificar o exame, e então, começou a investigação.
No dia 19 de julho de 2023, o resultado da biópsia saiu: positivo para neoplasia.
QUANDO A FÉ SUPERA O MEDO
Com muita devoção à Nossa Senhora, a família da Bianca é católica, estando sempre presentes em missas e eventos religiosos. “Maria passa na frente” é uma frase que marcou essa etapa da vida da família. Enquanto a pequena rezava para Nossa Senhora e pedia para ela retirar a dor que estava sentindo, a sua mãe teve um sonho especial com a santa.
“Eu estava indo para Cuiabá (MT) para pegar o resultado da biópsia e tive um sonho com Nossa Senhora. Eu tenho muito medo de altura e no sonho eu estava em uma torre muito alta. Eu olhava para baixo e estava com muito medo, de repente, eu virei o pescoço e vi Nossa Senhora de Fátima e o Imaculado Coração de Maria atrás de mim e daí, eu acordei”, relata Edilane Nogueira.
A mãe conta que ficou pensando no sonho que teve, como se fosse um sinal. “Depois eu fiquei pensando o porquê daquele sonho, então, antes de chegar em Cuiabá (MT), eu disse para o meu marido ‘a notícia não é boa, a Bianca vai testar positivo para o câncer’ e quando ele me questionou o porquê, eu contei para ele sobre o meu sonho e interpretei como: ‘confia, porque eu estou contigo’. Depois disso, em todos os lugares que eu ia, tinha uma capela ou uma imagem de Nossa Senhora. Então, eu tive a certeza de que ela estava passando a frente de tudo e que tudo era providência”, compartilhou.
CHEGADA AO HOSPITAL DE AMOR
Bianca foi diagnosticada com Sarcoma de Ewing, um tumor que provoca dor óssea, que piora à noite ou com atividade e que pode ser confundido com infecções ou dores de crescimento.
Após o resultado, sempre com muita fé em Nossa Senhora e com o terço na mão, a família da Bia chegou em Barretos (SP) para tentar o tratamento na unidade infantojuvenil do Hospital de Amor. Ao passar com o corpo clínico da instituição e fazer os novos exames, eles informaram que o tratamento iria durar aproximadamente dois anos, contanto com algumas intercorrências.
O tratamento iniciou com sessões de quimioterapia para reduzir o tamanho do tumor e, após isso, os profissionais do HA optaram por realizar uma cirurgia de ressecção. Durante a cirurgia, foi retirado o úmero – maior osso do membro superior – e colocado uma endoprótese (prótese não convencional, utilizada para substituição de grandes ressecções articulares oncológicas) total de úmero com articulação reversa no lugar. Após algumas horas de cirurgia, a família da pequena, que já imaginava uma amputação, teve uma boa notícia: com a quimioterapia, as células cancerígenas haviam diminuído 95%, o que facilitou para que a cirurgia da Bianca fosse bem-sucedida.
A CIRURGIA DA BIANCA NOGUEIRA | PARTE TÉCNICA
Ao conversar sobre o caso da paciente Bianca Nogueira, o ortopedista oncológico do Hospital de Amor, Dr. Sylvio Sargentini, relatou em detalhes como foi o processo cirúrgico. Para a unidade infantojuvenil do HA, a operação da Bianca foi muito especial. O motivo é pelo fato desta cirurgia nunca ter sido realizada na unidade, até aquele momento. Por ser um implante de alto custo, este procedimento aconteceu apenas em duas ocasiões na unidade adulta do HA.
Sargentini explica que os casos devem ser bem selecionados para que a função permitida pela reconstrução, com esse modelo de prótese, seja alcançada. “Os resultados desses procedimentos são surpreendentes porque os pacientes além de apresentar uma função melhor de ombro, não se queixam das próteses que podem sair do lugar”, esclarece. Em alguns casos, as próteses que não contém articulação da glenoide (articulação do ombro), podem ser instáveis e gerar uma luxação.
Com uma endoprótese total de úmero com articulação reversa, eles fizeram uma ressecção (retirada) do tumor ósseo e realizaram a substituição. De acordo com o especialista, a prótese utilizada no caso da Bianca permite que ela consiga realizar os movimentos do ombro. Durante a cirurgia, manteve-se a musculatura do manguito rotador e do músculo deltoide, o que permitiu com que ela faça o movimento.
A cirurgia da paciente durou cerca de três horas e foi muito bem-sucedida. Atualmente, ela ainda continua com o seu ciclo de quimioterapia e realizará algumas sessões de fisioterapia para adaptação de movimentos com a nova prótese.
A REABILITAÇÃO
Após 60 dias com a tipoia para auxiliar na recuperação da cirurgia, a pequena iniciou as sessões convencionais de fisioterapia. De acordo com os profissionais do Centro de Reabilitação do HA que cuidam da Bianca, com a dedicação e o apoio da família, a recuperação da jovem está sendo bem-sucedida, com previsão de alta em menos de um ano.
HUMANIZAÇÃO, AMIZADE E NOVOS LAÇOS
Quando a família recebe o resultado positivo do diagnóstico, o chão caí e o mundo dá uma volta em 360º. Ao questionar a professora de educação infantil e mãe da paciente Bianca, Edilane Nogueira, ela relata que começar o tratamento é viver no escuro. “Eu digo para ela [Bianca], ‘sempre um dia de cada vez, a preocupação de hoje basta e a de amanhã, deixa pra amanhã’.
Emocionada, ela continua falando sobre a importância do Hospital de Amor para ela. “Eu já conhecia o HA, a minha irmã fez tratamento aqui quando foi diagnosticada com câncer de mama. Aqui é um pedaço do céu na terra, eu nunca vi um local com tanta humanização, sabe? Eu admiro o trabalho do Henrique Prata. Eu admiro o trabalho das pessoas que trabalham aqui”, relatou.
Cada família tem a sua própria vivência, mas, neste momento de preocupação e angústia, eles se unem e se apegam nas pessoas que estão passando pela mesma situação, criando uma relação familiar. Este foi o caso da Edilane Nogueira e da Rosania Silva, que é mãe da paciente Lauani.
Rosania foi quem acolheu Edilane quando ela chegou no HA com a Bianca. Ela aconselhou, ajudou e cuidou da Edilane, pois sabia exatamente o que ela estava passando naquele momento. Desde então, juntas, elas se ajudam e dão força uma para a outra, além de acolher outras as mães que estão com as mesmas preocupações que as delas.
Mas o amor e o afeto não pararam por aí. As pacientes Bianca e Lauani também se aproximaram e se tornaram amigas. Para a Bia, esta relação das duas é muito importante e ela vê a amiga como uma irmã. “Ela tem um carinho por mim e eu tenho um carinho por ela, é como se fôssemos irmãs. Toda vez que a gente se vê, a gente conversa”, relata a pequena.
Bia ainda conta que aprendeu muitas coisas no HA e com as amizades que fez na instituição. “Durante o tratamento, eu aprendi a olhar o próximo. Eu posso estar passando por uma dificuldade, mas a outra pessoa pode estar pior e, ainda assim, estar sorrindo”, desabafou a jovem.
O CONCURSO RAINHA RODEIO PELA VIDA 2024
Apesar das adversidades, os pacientes do Hospital de Amor conseguem se redescobrir, se fortalecerem, valorizarem as pequenas coisas e aproveitarem todas as oportunidades da vida. Com a Bianca, não foi diferente!
Como uma forma de participar das atividades institucionais, ela se inscreveu para a 3ª edição do Concurso Rainha Rodeio Pela Vida e ganhou como Madrinha do Amor 2024.
O concurso é um evento onde as pacientes da unidade infantojuvenil do HA participam para representar a instituição durante o Rodeio Pela Vida, uma festa solidária, na qual, todos os recursos arrecadados são revertidos para o Hospital de Amor.
Ao participar desta experiência especial e agitada, a Bianca pôde se redescobrir, criar laços, aprender coisas novas e aproveitar oportunidades inesquecíveis.
Desfilar na passarela, atrair muitos olhares, brilhar e ser protagonista dos holofotes faz parte do sonho de muitas jovens. Com a Ingrid Assis não é diferente! Natural do Amapá (AP), a adolescente de 15 anos parece ser uma jovem comum, mas apenas parece, pois tem algo de realeza nesta história de superação. Cheia de sonhos, desenvolta e muito vaidosa, ela precisou se mudar para Barretos (SP) para dar início ao seu tratamento de osteossarcoma na tíbia direita, em março de 2022.
Elenita de Oliveira Silva, mãe da Ingrid e técnica em enfermagem, revela que a filha começou a apresentar dores no joelho. Após perceber que havia algo de errado com a jovem, ela então a levou para fazer exames e investigar o caso, foi quando receberam o diagnóstico de um tumor. Ao não ter recursos para um bom tratamento na sua cidade de origem e após receber o apoio de um parente que atua como médico ortopedista em Sorocaba (SP), e que conhece o HA, ele a ajudou nos tramites; foi quando a família da jovem decidiu se mudar para o interior de São Paulo.
“Eu conheci o HA por meio de um primo que me falou que o Hospital de Amor é um ótimo hospital e que tem um dos melhores tratamentos do Brasil. Vim para o estado de São Paulo ano passado e, na época, eu ainda não tinha certeza de que eu estava com câncer”, conta a jovem. Inicialmente, a esperança da família da garota é de que o tumor fosse benigno, mas infelizmente, a biópsia resultou em algo oposto ao desejo deles.“Na minha cabeça, era vir a Barretos, tirar o tumor e voltar para casa, achei que seria algo rápido, nada que mudasse a minha vida”, revela a adolescente. No entanto, após os exames foi constatado que o tumor era maligno e deste modo, a garota precisou passar pelo tratamento durante 31 semanas.
Ingrid explica que precisou fazer quimioterapia e que sofreu com a queda de cabelo e com tudo que os procedimentos oncológicos trazem aos pacientes. No meio desta jornada, a jovem precisou realizar uma operação na unidade infantojuvenil do HA. Ela fez a cirurgia, porém, devido à uma infecção, houve a necessidade da amputação da perna dela. “As pessoas aqui do hospital são muito acolhedoras e os médicos são atenciosos. No dia da minha amputação, meu pai me disse que o meu cirurgião quase chorou pela minha situação. Me sinto muito abraçada no Hospital de Amor”, relata a macapaense, sempre com um belo sorriso no rosto.
“Hoje ela é uma vencedora, graças a Deus e a este hospital. Eu estou muito feliz de ver como ela está e com a reabilitação dela. A fisioterapia aqui é maravilhosa. São processos e fases que ela tem vivido. Participar do concurso do rodeio trouxe mais ânimo e alegria para ela. Eu só tenho que agradecer a este local que nos acolheu tão bem”, conta Elenita ao ver a evolução de ver sua filha com a prótese.
Recomeço de uma nova história
Em abril deste ano, a jovem iniciou seu processo de reabilitação no HA, foi quando ela recebeu sua primeira prótese para poder voltar andar normalmente. A paciente conta com o apoio de uma equipe multiprofissional e da ‘Tia Deise’, como é carinhosamente conhecida a fisioterapeuta do HA, Deiseane Bonatelli. “A gente procura oferecer todo suporte necessário para que ela tenha uma maior independência na vida dela, para que ela possa fazer todas as necessidades possíveis”, conta Deise.
A profissional também revela a alegria de poder ajudar a garota a participar de um grande desafio. “Eu me sinto muito feliz de ver ela rainha do Rodeio pela Vida. Quando ela disse que iria entrar no concurso, eu combinei com ela para voltar aqui e treinar para andar bem bonito no dia da competição. Ela voltou, nós treinamos e ela venceu. Eu me sinto muito feliz por ela”, explica com os olhos marejados a ‘Tia’ que é muito querida por todos os pacientes, desde crianças, adultos e idosos.
Quando perguntada sobre o processo de aprendizado de voltar a andar, Ingrid, de imediato responde com um lindo sorriso no rosto: “Não tem limite. O seu limite é você mesmo, mas a prótese não te limita. Eu conheço um homem, pela internet, que escala com prótese”.
Mas engana-se quem pensa que Ingrid não tinha pisado em solo barretense antes de seu tratamento. “Eu vim a Barretos em 2019, para participar de um evento da igreja no qual congrego e nunca imaginei que eu voltaria para cá por outro motivo. É difícil, mas quando a gente entrega tudo nas mãos de Deus, tudo fica mais leve. Eu não sei até hoje porque eu perdi a minha perna, mas eu confio em Deus e sei que tudo tem um propósito”.
A competição e seu reinado
No início do ano, o HA abriu as inscrições para a 3ª edição do Rodeio Pela Vida 2023 – evento que acontece em Barretos (SP) e é organizado pela instituição, com renda 100% em prol do Hospital de Amor. Incentivada pela ‘Tia Lili’, uma das organizadoras do evento ‘Fadas Madrinhas’, Ingrid tomou coragem e fez sua inscrição.
Inicialmente, ela disse acreditar que no máximo ficaria no 3º lugar, pois o páreo parecia duro. Ao ser revelado seu nome como a rainha do rodeio, ela não escondeu a surpresa e ficou em êxtase. “Estou muito feliz de ter sido eleita a rainha, se puder, eu quero muito conhecer o padre Fábio de Mello e dar um abraço nele”, explica a garota entusiasmada.
Ao lado de Ingrid, o concurso elegeu a princesa, Jamily Yasmin Peres do Nascimento, e a madrinha Raquel Galvão de Oliveira. A 3ª edição do “Rodeio Pela Vida” teve início no dia 7 de junho e termina no dia 11 de junho, no Recinto Paulo de Lima Correa. Quando questionada sobre um conselho que a rainha daria para pessoas que estão passando pelo mesmo enfrentamento que recentemente ela concluiu, ela não titubeia e logo responde: “Se você está passando por um problema, confie em Deus que vai dar tudo certo.”
O Hospital de Amor (HA) – referência em oncologia, que acolhe pacientes de todo o país – realiza, entre os dias 17 e 20 de outubro, a 1ª edição do “Rodeio pela Vida”, na cidade de Barretos (SP). O evento, que acontece no Recinto Paulo de Lima Corrêa, em prol do HA, Santa Casa de Misericórdia e entidades assistenciais do município, contará com atrações musicais, rodeio em touros e cavalos (sela americana, bareback e cutiano), provas de Team Penning e Três Tambores.
A equipe de organização, coordenada pelo presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e composta pela comissão de voluntários Renato Junqueira (presidente do Rodeio pela Vida) e Luiz Cândido Junqueira (vice-presidente do Rodeio pela Vida), afirma que a ideia é fixar o “Rodeio pela Vida” no calendário da cidade. “Nosso objetivo é fazer uma festa para toda população de Barretos e região”, afirmou o presidente da comissão. Neste ano, o mesmo formato também será realizado na cidade de Jaborandi (SP).
Atrações
No primeiro dia, 17/10 (quinta-feira), o evento será marcado com show da dupla Edson & Hudson e com o trio de DJs da Make U Sweat (MUS) – composto por Dudu Linhares, Guga Guizelini e Pedro Almeida. No dia 18/10 (sexta-feira), as apresentações ficam por conta das duplas Carreiro & Capataz e Jads & Jadson; e no dia 19/10 (sábado), a dupla sertaneja Munhoz & Mariano e o cantor Juliano Cézar finalizam as atrações musicais, abrilhantando ainda mais essa ação solidária.
Para encerrar a festa, no domingo (20/10), acontece o “Festival do Arroz”, organizado pelos “Amigos do Caçu”, que prometem agradar o público com diversos pratos deliciosos.
De acordo com a comissão organizadora do rodeio, os preços serão acessíveis ao público, para que toda a população de Barretos e região possa prestigiar o evento, aproveitando as atrações e contribuindo com a causa. No dia 17/10, a pista custará R$ 20,00 e a área VIP, R$ 80,00. No dia 18/10, a pista terá o valor de R$ 30,00 e a área VIP, R$ 100,00. No dia 19/10, a pista custará R$ 30,00 e a área VIP, R$ 120,00. Já no domingo, a entrada no Recinto será gratuita e o almoço custará R$ 20,00.
Festival de Arroz
Reunir os amigos, preparar uma boa comida e fazer o bem é o que une os vinte voluntários que promovem o “Festival do Arroz – Amigos do Caçu”. Liderado pelo aposentado Orlando Oliveira Silva, 62 anos, o festival irá encerrar as atrações do 1º ‘Rodeio pela Vida’.
A 1ª edição do festival ocorreu em 2018, em Caçu (GO), e foi um grande sucesso, o que estimulou os organizadores a seguirem com o projeto continuamente, em prol do Hospital de Amor e demais entidade da cidade goiana.
De acordo com Orlando, “ver o sucesso dos cofrinhos do Hospital de Amor e como esse trabalho é importante para a instituição, nos motivou a iniciar esse projeto. Temos o maior prazer de poder participar do rodeio, apenas pela satisfação de conseguir ajudar”, afirma o líder da iniciativa.
A tradicional culinária goiana é a principal referência durante o preparo dos pratos. A grande atração é o famoso arroz com pequi, fruto nativo do cerrado e muito consumido no estado de Goiás e no Norte de Minas Gerais. O fruto, que possui o tamanho aproximado de uma maçã pequena, tem um caroço revestido por uma polpa comestível macia e amarela, que libera seu peculiar sabor. O segredo da preparação é o cuidado necessário com a camada de espinhos extremamente finos que a fruta possui. De acordo com a Embrapa, o fruto é rico em vitaminas A e C, além de possuir propriedades antioxidantes e ácidos graxos, que contribuem com a redução dos níveis de colesterol LDL do sangue.
Outro prato que também promete agradar é o arroz com gariroba, palmeira nativa do cerrado, também conhecida como gueroba, gariroba, gairova e coqueiro-amargoso. O palmito extraído do alimento tem um sabor marcante, pois o seu amargor consegue trazer autenticidade e um sabor forte. O palmito é tão utilizado em Goiás que até existe uma lenda local sobre ele. Segunda a mesma, em tempos de lua cheia, o amargo da gariroba é menor. Já em períodos de lua nova, é maior.
Já os demais pratos do festival, como: arroz com galinha (a tradicional galinhada), arroz com linguiça, arroz com carne seca, bolinho de arroz e arroz com suan de porco são mais comuns nos demais estados do país. E para os amantes de doce, não poderia faltar o clássico arroz doce.
A expectativa dos organizadores é de servir 1.200 pratos, no dia 20 de outubro (último dia do RPV), com estimativa de arrecadação superior a 20 mil reais, em prol do Hospital de Amor, Santa Casa de Misericórdia e entidades assistências de Barretos (SP).
Lançamento
Neste dia 19 de setembro, comissão organizadora, parceiros, doadores, entidades assistenciais, autoridades locais, imprensa e convidados se reuniram no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos, para o lançamento do 1º “Rodeio pela Vida”.
Durante a solenidade, os participantes puderam entender mais detalhes desta grande festa em favor da vida e conhecer as atrações, montarias e provas envolvendo competidores renomados do universo do rodeio. O presidente do HA, Henrique Prata, destacou a importância do apoio da sociedade para a realização desse evento. “Decidimos fazer uma festa com preços acessíveis para que muita gente consiga participar. Aguardamos cinco mil pessoas nos dias de semana e dez mil no final de semana, para conseguir arrecadar recursos. Esperamos plantar essa semente para que, no próximo ano, mais patrocinadores acreditem e abracem a nossa causa. Esperamos que a nossa cidade acolha esse projeto, pois ele foi pensado com muito carinho”, afirmou.
A dupla parceira do hospital e também uma das escolhidas para se apresentar no rodeio, Munhoz & Mariano, prestigiou o evento. Padrinho do coral “Papo Furado”, projeto do HA que reúne pacientes laringectomizados, o cantor Mariano contou sobre seu envolvimento com a instituição e sua gratidão, por ter tido sua mãe curada de um câncer na garganta. “Para nós é mais do que um privilégio estar aqui hoje, pois somos colaboradores do Hospital há bastante tempo. No final do ano passado, eu estive aqui no HA com a minha mãe, quando ela iniciou seu tratamento, e realmente eu pude viver o Hospital de Amor, ficando completamente apaixonado e encantando com o que eu vi. Durante os seis meses que eu fiquei ali, eu pude sentir, a cada dia, um pouco do amor que existe em todas as pessoas que atuam nessa instituição. Hoje, graças a Deus minha mãe está curada e, apesar dela já ter saído do hospital, eu não consigo sair nunca mais! Eu tenho certeza de que o Rodeio pela Vida será muito melhor que muitos outros que existem pelo Brasil e tem de tudo para ser um marco e entrar no calendário anual de festas de Barretos e do país. Só temos que agradecer à equipe, aos colaboradores e a todos que irão contribuir com essa causa”, declarou Mariano.
Para fechar com chave de ouro, a dupla cantou dois dos seus maiores sucessos (“Camaro Amarelo” e “A Bela e a Fera”) com o coral e emocionou todas as pessoas que ali estavam. No final, um delicioso almoço com algumas das delícias do Festival de Arroz foi servido – um convite mais do que especial para a grande festa!
Ingressos
Os ingressos já estão à venda nos seguintes locais: Casa das Fraldas (Bom Jesus), Proservice Auto Posto e Conveniência (Jockey), Lela’s Mania Auto Posto e Conveniência, Bar e Lanchonete do Raimundinho (Baroni), Cantina da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), Cadam (av. 43), Golf Class (North Shopping Barretos), Bão Barretos – Western e Fazendinha Agropecuária e Pet Shop (av. 43).
Em Colina (SP), os pontos de venda são: Paro Verde – Viveiro de Mudas e Misturinha Fina.
Mais informações no departamento de captação de recursos do Hospital de Amor, através do telefone, (17) 3321-6607. Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8:00 às 17:00.
Venezuela, Goiás e São Paulo — mais de três mil quilômetros de distância somados. Ashley García, Anna Cristina Nogueira e Vitória Vilela se encontraram em um único lugar, com um único objetivo: ter acesso a um tratamento médico de qualidade, digno e humanizado.
Do país mega diverso e da fauna variada (Venezuela), para o país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza (Brasil)…
Natural de Maturin (VE), Ashley Carolina Garcia tem 11 anos, mas está no Brasil desde os sete anos. Impossibilitada de fazer um transplante de medula óssea em seu país, Greimarys Garcia (29), sua mãe, procurou seus familiares no Brasil e, juntas, elas embarcaram atrás de um tratamento adequado e digno para Ashley.
Tudo começou quando, aos três anos, a mãe notou manchas roxas pelo corpo da filha. Com o passar dos anos, suas plaquetas começaram a cair. Ao procurar um hematologista, o médico afirmou que ela estava bem, já que não havia outros sintomas. Porém, em 2021, aos sete anos, os níveis de plaquetas caíram drasticamente, afetando a hemoglobina e os glóbulos brancos. Diante disso, foi solicitado um exame de medula óssea para investigar uma possível leucemia. O diagnóstico: mielodisplasia.
Ashley iniciou o tratamento, mas não obteve resposta. Após cada ciclo de três meses, ela recaía e seu estado de saúde se agravava.
A Venezuela é um país que não possui programas de saúde para a população, ou seja, todo processo é pago. Por isso, a mãe de Ashley começou a trabalhar duas vezes mais para comprar as medicações que a sua filha precisaria durante o tratamento, além das consultas médicas. Após diversas tentativas de tratamento – e algumas adversidades ao longo desses período – o médico aconselhou Greimarys a procurar ajuda em outro país, caso contrário, sua filha poderia falecer. Neste momento, Grei entrou em contato com os seus familiares de Roraima e pediu ajuda a eles.
Ao chegar no Brasil, Grei e Ashley foram até o posto de saúde de Boa Vista (RR) e, posteriormente, foram encaminhadas ao hospital infantil do município. Após três meses sem tratamento efetivo, Ashley foi internada para avaliar a resposta da medula a um novo protocolo, mas, infelizmente, também foi ineficaz. A médica responsável então confirmou a necessidade de transplante de medula óssea.
“Nessa consulta, a profissional solicitou novamente o exame aspirado da medula e uma biópsia. Com a confirmação da mielodisplasia, ela explicou que Roraima não tinha estrutura para o transplante. Então, fomos encaminhadas para Brasília, onde passamos quatro meses tentando um tipo de quimioterapia. Como os resultados não eram satisfatórios, perguntaram se Ashley tinha irmãos ou se o pai poderia vir ao Brasil para fazer o teste de compatibilidade. Como não havia essa possibilidade, fomos inscritas no banco de doadores”, relembra Grei.
Felizmente, encontraram um doador 100% compatível. Contudo, o procedimento não poderia ser feito em Brasília. Assim, mãe e filha foram encaminhadas à unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, em Barretos (SP).
Ao chegar ao Hospital de Amor, Ashley realizou o transplante de medula óssea. No entanto, o cenário não melhorou imediatamente. Infelizmente, ela enfrentou diversas complicações e precisou ser internada várias vezes, chegando a pesar apenas 21 kg. Ashley teve problemas no fígado, no intestino, contraiu COVID-19 e outros vírus devido à baixa imunidade. Além disso, sofreu infecções e passou muito mal após o procedimento. Sua mãe relata que o processo foi extremamente difícil. “Ela vivia internada no hospital… Passou por muitas coisas. Depois do transplante, percebi que algo estava estranho. No início, achamos que era por causa da transfusão, mas ela dormia demais. Foi solicitada uma tomografia, que confirmou toxoplasmose na cabeça”, desabafa Grei.
E, mesmo em tempos difíceis, coisas maravilhosas podem acontecer. Durante o tratamento, Ashley conheceu Raílla Coelho, também paciente infantojuvenil do Hospital de Amor e que, assim como ela, precisou de um transplante de medula óssea e, logo, elas tornaram-se inseparáveis.
Essa amizade foi além das paredes do hospital. Juntas, participaram da 4ª edição do Concurso Rainha do Rodeio Pela Vida. “Ashley não esperava ganhar, e eu, como mãe, também não. Autorizei que ela participasse apenas para apoiar sua amiga, porque elas viveram momentos muito difíceis. Raílla quase faleceu e isso deixou a Ashley – e todos nós [familiares e amigos] – muito triste”, relembra Grei Garcia.
Durante os ensaios e no grande dia do evento, Ashley ensinou para todos que a acompanharam que o amor, a amizade e o cuidado fazem a diferença na vida das pessoas. Na noite do desfile, para acompanhar e dar suporte a Raílla, Ashley desfilou de mãos dadas com a amiga.
Hoje, Ashley segue o tratamento com imunossupressores, e sua previsão de alta é para agosto de 2025. Para ela, representar o Hospital de Amor na 5ª edição do Rodeio Pela Vida é motivo de orgulho e gratidão.
“Graças ao Hospital de Amor — e a Deus — minha filha está curada”, diz Grei, emocionada.
*O Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) foi criado em 1993, em São Paulo, para reunir informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante. Desde 1998, é coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro.
Com mais de 5,5 milhões de doadores cadastrados, o REDOME é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo e pertence ao Ministério da Saúde, sendo o maior banco com financiamento exclusivamente público. Anualmente são incluídos mais de 125 mil novos doadores no cadastro do REDOME.
Fonte: REDOME.
Da Venezuela ao local dos maiores produtores de soja do Brasil…
Natural de Rio Verde (GO), Anna Cristina Nogueira, de 14 anos, sempre foi uma menina alegre, carinhosa e muito apegada à mãe. Mas, aos 13 anos, sua vida mudou com o diagnóstico de câncer.
Tudo começou com dores no joelho e uma leve dificuldade para andar. Como fazia musculação na época, Anna acreditava que se tratava de uma dor muscular, causada pelos treinos. Com o tempo, as dores aumentaram e o joelho começou a inchar. A mãe a levou ao médico, que inicialmente diagnosticou como “dor do crescimento”.
Sem melhora, a família buscou uma consulta particular com um ortopedista. Após ouvir o relato, o médico solicitou um raio-X. O resultado o deixou preocupado, então, ele pediu uma tomografia para confirmação. Ao receber os exames, o profissional comunicou que ela estava com um tumor no joelho, e ofereceu duas opções de tratamento: Barretos (SP) ou Jales (SP).
Sem saber o que significa a palavra ‘tumor’, Anna fez um post no seu Instagram – para os amigos mais próximos – dizendo: “Estou com um tumor no joelho, o que é isso?”. Curiosa e preocupada, procurou a resposta no Google. Foi aí que a ficha caiu. O impacto da descoberta a deixou muito abalada.
Mesmo assim, não ficou sozinha. Contou com o apoio fundamental da melhor amiga, Gabriele de Oliveira, e da família. Ela relembra que a amiga foi um anjo na sua vida, “ela que me dá força para aguentar tudo isso, toda vez que eu volto para Rio Verde (GO), ela vai na minha casa”, relata, Anna.
Para a mãe – que não pôde estar na consulta porque estava trabalhando – a notícia também foi devastadora. “Quando minha mãe me falou que poderia ser osteossarcoma, eu estava trabalhando, dentro da indústria. Naquela hora, o chão se abriu. Entrei em desespero. Meu marido me viu chorando e veio correndo. Procurei no Google o que era, e foi um momento desesperador”, relembra a mãe da Anna, Kely Nogueira.
Kely ainda faz uma crítica sobre a forma como o câncer é retratado no cinema. “Nos filmes, quase nunca mostram finais felizes para quem tem câncer. Os relatos de cura são poucos. Quando recebi o diagnóstico, pensei: vou lutar com todas as minhas forças. Deus me deu minha filha, e Ele não vai levá-la agora”, desabafou ela.
Receber o diagnóstico de câncer é algo muito difícil, não só para o paciente, mas para toda a família. Explicar para uma criança os próximos passos dessa trajetória requer muita sabedoria, força e amor. Em outubro de 2024, Anna Cristina chegou à unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, localizada em Barretos (SP).
Na primeira consulta, os profissionais do HA refizeram os exames e explicaram as possibilidades de tratamento. Também a alertaram que, se a resposta à quimioterapia não fosse satisfatória, a amputação poderia ser necessária. Após sete sessões de quimioterapia, veio a notícia mais temida: seria preciso amputar a perna. Ao relembrar desse momento, ela diz que foi um momento muito difícil, pois ela e sua mãe choraram muito ao assinar o documento de autorização. “Para uma menina de 13 anos, amputar a perna não é fácil. […] No começo, fiquei com raiva, mas também fiquei feliz, porque eu iria continuar viva. Foi difícil, mas hoje agradeço. Estou muito melhor sem a minha perna”, afirma Anna, com uma maturidade surpreendente.
Com o diagnostico oncológico, muitos aspectos de sua vida mudaram, entre eles, a sua profissão dos sonhos. Hoje, ela sonha em ser enfermeira para ajudar as pessoas que estão passando por momentos difíceis. “O Hospital de Amor faz jus ao nome, né? Lembro de uma postagem nas redes sociais que dizia: com amor tudo fica mais fácil. Com o amor da minha família, dos amigos e do HA, tudo ficou mais leve. Ter pessoas ao seu lado o tempo todo é muito acolhedor”, destacou a paciente.
Hoje, Anna já é uma inspiração para outras crianças e adolescentes que passam pela mesma situação. E, sem saber, já exerce o papel de ajudar o próximo com sua força e exemplo. Com sua participação no Concurso Rainha do Rodeio Pela Vida, ela provou que sonhos podem ser adaptados, mas não precisam ser deixados para trás.
Durante os ensaios, se divertiu, fez novas amizades, viveu experiências incríveis no salão de beleza e brilhou na passarela.
Junto de outras sete pacientes, Anna representou o Hospital de Amor com graça, leveza e coragem. Agora, carrega o título de Princesa do Amor no 5º Rodeio Pela Vida.
Dos maiores produtores de soja do Brasil para o interior paulista…
Natural de José Bonifácio (SP), Vitória de Souza, de 14 anos, começou o seu tratamento oncológico bem nova. Aos 8 meses de idade, ela apresentava febre constante — principalmente à noite — e não ganhava peso. Durante as trocas de fralda, sua mãe, Mércia Vilela, percebeu algo anormal na genitália da filha.
Preocupada, ela levou Vitória ao médico. Inicialmente, os profissionais garantiram que estava tudo dentro da normalidade. Mas, com o passar do tempo, o inchaço no local aumentou e uma anomalia se formou. Um novo exame foi solicitado, desta vez, uma ultrassonografia. O resultado foi: um tumor no colo do útero, em estágio avançado, que já atingia a bexiga.
No mesmo dia, Vitória foi encaminhada a unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, localizada em Barretos (SP), onde foi atendida pela equipe infantojuvenil, sob os cuidados das médicas Dra. Erica Boldrini e Dra. Bruna, para dar início ao tratamento.
Foram dois anos de quimioterapia e radioterapia, marcados por muitas internações e reações intensas aos medicamentos. Ao receber alta, a sua mãe não esperava – e nem a Vitória –que iria retornar à instituição 12 anos depois.
Aos 14 anos, Vitória começou a fazer tratamento com hormônios. Logo em seguida, passou a sentir fortes dores na perna esquerda, que dificultavam sua locomoção. O diagnóstico confirmou o pior: o câncer havia voltado, desta vez, nos ossos.
“Saber que o meu câncer voltou depois de 12 anos foi muito difícil. Para mim, o meu cabelo e as minhas unhas são muito importantes. Eu sabia que meu cabelo cairia e minhas unhas ficariam fracas. Na primeira quimioterapia, fiquei internada por 12 dias seguidos e precisei cortar tudo de uma vez”, desabafou a pequena.
Atualmente, ela continua o tratamento no Hospital de Amor, acompanhada de perto pela equipe médica. Para Mércia, esta nova etapa tem sido ainda mais desafiadora: “Dessa vez está sendo mais doloroso. Agora ela está mais velha, é muito vaidosa… então está sendo complicado. Mas, graças a Deus, o tratamento está funcionando e ela está reagindo bem.”
Como forma de distração, Mércia autorizou a participação da filha na 4ª edição do Concurso Rainha Rodeio Pela Vida. Apesar da timidez e da falta de experiência na passarela, Vitória ficou em terceiro lugar e conquistou o título de Madrinha do Amor, tornando-se uma das representantes oficiais da instituição no 5º Rodeio Pela Vida.
Ao ser questionada sobre experiência no concurso Rainha Rodeio Pela Vida, ela comenta que foi muito legal. “Eu nunca tinha desfilado, e sou muito tímida, tenho vergonha de falar em público. Mas assim que pisei no palco, o medo passou. A energia das pessoas torcendo por nós foi muito forte. Foi muito legal. Estou muito feliz por representar o Hospital de Amor no 5º Rodeio Pela Vida”, disse Vitória.
Rodeio Pela Vida
O Hospital de Amor – referência em oncologia, que acolhe pacientes de todo o país – realizará, entre os dias 5 e 7 de junho, a 5ª edição do “Rodeio pela Vida”, na cidade de Barretos (SP). O evento, que acontece no Recinto Paulo de Lima Corrêa em prol do HA, contará com atrações musicais, rodeio em touro e cavalo (sela americana, bareback e cutiano), breakaway roping e Três Tambores.
Priorizando a qualidade do rodeio, a comissão organizadora firmou parceria com a ACR – Associação dos Campeões de Rodeio – para a seleção dos competidores do rodeio em touro, enquanto a ProHorse será a responsável pela organização do rodeio em cavalos. Nas provas cronometradas, a modalidade Três Tambores será em parceria com a ANTT – Associação Nacional dos Três Tambores.
Além das provas, o evento contará com o apoio de cantores parceiros da instituição. No primeiro dia, Murilo Huff fará o primeiro show da 5ª edição. Já no segundo dia, as apresentações ficarão por conta do grupo Traia Véia e da dupla Bruninho & Davi. Por fim, no último dia, para encerrar a festa com chave de ouro, Felipe Araújo finaliza as atrações musicais desta ação solidária. Acesse o site e compre seu ingresso.
No dia 4 de maio de 2025, o Hospital de Amor fez história mais uma vez. Com o objetivo de promover ações que visam o resgate da cultura tropeira, o HA – por meio do Rodeio Pela Vida – e o Instituto Sociocultural realizaram eventos que reuniram diversas pessoas com um único propósito: salvar vidas.
No último dia 4 de abril, o Instituto Sociocultural do Hospital de Amor, por meio do Ministério da Cultura, realizou, pela primeira vez no município de Barretos (SP), o “Desfile da Cultura Tropeira”.
Com o objetivo de resgatar as tradições do interior, homenagear aspectos da cultura tropeira, sertaneja e rural, e destacar a importância do campo para a construção da identidade regional, o ISHA trouxe para as ruas barretenses 10 carros alegóricos, que foram confeccionados pelo decorador Mauricio Valente.
As alegorias foram nomeadas da seguinte forma: Cultura Tropeira, Rainhas do Rodeio, Os Independentes (70 anos), Queima do Alho, Berranteiro, Agronegócio, Catira, Viola, Rodeio e Boi Soberano. Em cada carro, havia convidados especiais, que, além de serem parceiros do HA, também são grandes apoiadores da cultura local.
Para abrir o desfile, o evento também contou com a participação especial da Banda Marcial Municipal de Promissão, que percorreu as ruas da cidade realizando uma performance com coreografias belíssimas e participação de todos os seus músicos, além do apoio do Grupo de Escoteiros de Barretos, Chão Preto.
Antes da entrada dos carros alegóricos, a comissão de frente do desfile foi composta pelo presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, que carregava a bandeira do Brasil; pelo integrante da comissão do Rodeio Pela Vida, Renato Junqueira, que levou a bandeira do Estado de São Paulo; pelo prefeito do município, Odair Silva, que carregou a bandeira do município de Barretos; e pelo Dr. Sérgio Serrano – médico do HA – e Raimundo Neto – colaborador do departamento de equoterapia do HA – que carregaram a bandeira da instituição.
Coordenado pelo turismólogo e locutor Paulo Cesar Lopes, o desfile saiu do Recinto Paulo de Lima Corrêa, às 9h, e percorreu as ruas de Barretos (SP) até a Praça Francisco Barreto, onde foram montadas arquibancadas para o público, uma área exclusiva para pessoas com deficiência (PCD) e um palco para autoridades e convidados. Para falar sobre as informações de cada carro, foi convidado o carnavalesco e parceiro do HA, Patrício Augusto.
Para Paulo Lopes, conhecido carinhosamente como ‘Paulinho 1001’, o evento é uma oportunidade de conectar as novas gerações às raízes culturais da região. “A cultura rural é a base da nossa identidade no interior. Resgatar essa tradição, por meio do desfile, é fundamental para que nossos jovens conheçam e valorizem a história que nos trouxe até aqui. É um momento de celebração e aprendizado”, destacou ele.
Um dos objetivos do Instituto Sociocultural é preservar o legado cultural e afirmar seu compromisso perante a sociedade. Para a coordenadora do ISHA, Aline Dias, é muito importante trazer a nossa cultura. “É gratificante saber que o Instituto Sociocultural contribui com isso. Nosso papel é trazer cultura, não apenas para o Hospital de Amor, mas também para a sociedade”, relatou ela.
O evento, que foi realizado por meio do Ministério da Cultura, contou com a participação de convidados especiais. Além disso, teve distribuição de água, acessibilidade, guarda civil, intérprete de libras, banheiro químico, bombeiros, seguranças e ambulâncias à disposição do público.
No mesmo dia, 4 de maio, também foi realizada a 4ª Cavalgada Pela Vida – evento que faz parte da grade de atividades do Rodeio Pela Vida – em prol ao Hospital de Amor.
Para Osmar Marchi – integrante da comissão organizadora do Rodeio Pela Vida – este evento é o encontro de gerações. “Não podemos esquecer as nossas raízes e de onde tudo surgiu. Nós estamos resgatando tradições porque tudo o que temos hoje – antes de vir os maquinários – foi construído com pessoas montadas em cima de cavalos, burros ou de um carro de boi, então, a cavalgada traz isso. O Desfile da Cultura Tropeira também nos ajuda a relembrar das nossas origens, por meio da catira e das tradições que tínhamos fortemente em décadas passadas”, destaca ele.
A cavalgada, que também foi comandada pelo locutor Paulinho 1001, teve um percurso de aproximadamente 7km. Iniciada no Recinto Paulo de Lima Corrêa, ela percorreu os pontos turísticos do município, até chegar ao Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, onde aconteceu a tradicional Queima do Alho.
Para deixar o evento ainda mais gostoso, 14 comitivas se reuniram no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata para realizar a tradicional Queima do Alho. O evento, marcado pelas comidas típicas dos peões de boiadeiro, também contou com a apresentação da Banda Marcial Municipal de Promissão e do grupo Espora de Prata, que dançou catira. Além disso, o público presente pôde ouvir o tradicional toque do berrante e apreciar modas de viola.
Para Sérgio Ribeiro – integrante da comissão organizadora do Rodeio Pela Vida – a Queima do Alho é um marco para a sociedade. “O objetivo de realizarmos a Queima do Alho no lançamento do 5º Rodeio Pela Vida é resgatar as tradições sertanejas, que vêm perdendo espaço ao longo dos anos. Antigamente, os tropeiros iam buscar boi em diferentes estados do Brasil e, quando voltavam, precisavam se alimentar. Os carros-chefe dessas refeições eram: arroz carreteiro, feijão gordo e feijão tropeiro. Uma das tradições era levar um frango durante essas viagens e, como elas duravam muitos meses, o frango se tornava um galo, e os tropeiros acabavam se apegando ao animal. Por isso, nesta edição da Queima do Alho, vimos muitas comitivas com um galo, representando essa tradição”, relatou ele.
Ao ser questionado sobre as perspectivas para as próximas edições, ele afirmou que haverá muita festa e ainda mais tradição. “Para 2026, queremos trazer mais comitivas para este encontro, para continuarmos resgatando as tradições e, ao mesmo tempo, trocando experiências, preservando assim o legado da nossa história”, destacou Sérgio Ribeiro.
A 4ª Cavalgada pela Vida e a Queima do Alho marcaram, oficialmente, o lançamento da 5ª edição do Rodeio Pela Vida.
O Hospital de Amor – referência em oncologia, que acolhe pacientes de todo o país – realizará, entre os dias 5 e 7 de junho, a 5ª edição do “Rodeio pela Vida”, na cidade de Barretos (SP). O evento, que acontece no Recinto Paulo de Lima Corrêa em prol do HA, contará com atrações musicais, rodeio em touro e cavalo (sela americana, bareback e cutiano), breakaway roping e Três Tambores.
Priorizando a qualidade do rodeio, a comissão organizadora firmou parceria com a ACR – Associação dos Campeões de Rodeio – para a seleção dos competidores do rodeio em touro, enquanto a ProHorse será a responsável pela organização do rodeio em cavalos. Nas provas cronometradas, a modalidade Três Tambores será em parceria com a ANTT – Associação Nacional dos Três Tambores.
Além das provas, o evento contará com o apoio de cantores parceiros da instituição. No primeiro dia, Murilo Huff fará o primeiro show da 5ª edição. Já no segundo dia, as apresentações ficarão por conta do grupo Traia Véia e da dupla Bruninho & Davi. Por fim, no último dia, para encerrar a festa com chave de ouro, Felipe Araújo finaliza as atrações musicais desta ação solidária. Acesse o site e compre seu ingresso.
O Hospital de Amor é cheio de histórias bonitas de fé, superação e finais felizes! Em seus mais de 60 anos, o HA já transformou, reescreveu e salvou a vida de milhares de pessoas. E dentre inúmeros motivos, este é um dos que justifica tanto amor.
A história do João Borges da Silva Junior, o querido Johny Barreto, tem tudo isso e algo a mais: o sentimento de gratidão! Seu primeiro contato com a instituição se deu em 2002 e surgiu pela admiração. O locutor foi convidado para apresentar uma das edições do Leilão ‘Direito de Viver’ em Palmeira D’Oeste (SP), em prol do HA e, como grande admirador da causa, aceitou. “Aquele evento foi um sucesso, e ele foi só o primeiro. Depois disso, desde 2007, comecei a narrar rodeios por todo Brasil e a apresentar diversos ‘Desafios do Bem’ – ação de arrecadação do HA”.
Atuando como locutor desde 1997, o barretense (que traz no coração o orgulho de possuir no ‘quintal de casa’ um hospital que é referência em oncologia), teve anos depois um envolvimento mais profundo com a instituição: como paciente.
Johny paciente
No final do ano de 2017, uma reviravolta mudou o rumo e os planos de Johny. Após sentir fortes dores abdominais e passar por uma consulta com especialista, o locutor foi encaminhado ao Instituto de Prevenção do HA para fazer exames preventivos. “Fiz o exame e, quando acordei da anestesia, a médica me disse que havia feito uma cirurgia para retirar um pequeno tumor do meu intestino. Dali 30 dias saiu a biópsia e o resultado me assustou”, contou.
Apesar do tumor de Johny não ser considerado invasivo, ele sentiu medo ao se ver do outro lado – agora como paciente. “Senti muito medo, principalmente ao esperar pelo resultado da biopsia, mas sempre tive uma sensação de paz, de que Deus estava comigo. Fiz os procedimentos necessários, acompanhei por alguns anos e, graças a Deus, o tumor sumiu”, explicou.
Johny acompanhante
Seis anos depois, no início de 2023, o caminho de Johny se cruzou novamente com o do Hospital de Amor! Desta vez, ele precisou que a instituição cuidasse do seu pai, João Borges da Silva, de 92 anos. “Meu pai tinha uma ferida bem grande na cabeça. Ele dizia que tinha machucado, porém era uma lesão que não cicatrizava. Após a consulta com o médico, foi feita uma biopsia e, mais uma vez o medo tomou conta de mim, pois ela recebeu o diagnóstico de câncer”.
De acordo com o locutor, a princípio o tumor aparentava ser na pele, mas após realizar vários exames constatou-se que a doença tinha atingido os ossos da cabeça. Também no HA, o senhor João realizou todo o tratamento na instituição e sabe quem foi seu acompanhante? O filho, Johny Barreto.
“O meu carinho e admiração já existiam pelo Hospital, mas durante os dias que meu pai ficou internado e que eu fiquei o tempo todo com ele, pude acompanhar a enfermeira passando de manhã dando os medicamentos; a fonoaudióloga ajudando ele a mastigar; a nutricionista; os médicos que passavam e conversavam todas as manhãs; os fisioterapeutas; o pessoal da limpeza; sem contar a alimentação que era muito boa, tanto para o paciente quanto para mim, que era o acompanhante. Ali eu pude perceber com mais detalhes o quanto é caro manter o Hospital de portas abertas, e o quanto seria difícil para uma pessoa, não só pobre, mas também de classe média, conseguir pagar um tratamento de combate ao câncer. A partir daí, minha vontade de ajudar o HA aumentou e cresceu dentro de mim”, afirmou Johny.
O senhor João finalizou todo o tratamento e segue bem, firme e forte ao lado da família.
Johny voluntário
O desejo virou realidade! Virou ação! Virou locução! Com um dom nato, Johny – que há 27 anos atua profissionalmente em locuções de rodeios e já fazia trabalhos em prol do HA – tornou-se voluntário em um dos eventos mais especiais promovidos pela instituição: o “Rodeio Pela Vida”.
Realizado em Barretos (SP), o evento, que neste ano chegou em sua quarta edição sendo recorde de público e de solidariedade, contou com a voz, narração e talento de Johny durante as competições desde o primeiro ano. “Eu fico muito feliz em dar uma pequena contribuição para o Hospital de Amor e espero participar desses eventos como voluntário por muito tempo”.
E depois de conhecermos e contarmos uma história tão bonita quanto essa, quer saber o que deixa nosso coração mais feliz ainda?
– Johny, depois de ser paciente, filho de paciente e voluntário, o que você tem a dizer sobre o HA?
R.: O Hospital de Amor é uma instituição muito séria, onde todos os funcionários tratam os pacientes e familiares com muito amor e carinho. O profissionalismo é impressionante, os equipamentos são de última geração. Posso dizer que já presenciei tudo ali dentro e, com base nisto, peço que as pessoas façam suas doações! A despesa ali é muito grande, mas o que os pacientes recebem não tem preço. Se hoje você não tem dinheiro para doação, doe uma parte de seu tempo em algum projeto para ajudar, seja voluntário de alguma forma, convide amigos, familiares, pessoas a sua volta, e ajude o Hospital de Amor.
Se o Johny falou, tá falado!
Doe!
Quer ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas? Então, faça a sua doação! Existem diversas formas de contribuir com a instituição, dentre elas, três que são rápidas, fáceis e seguras:
• pela página de doação (ha.com.vc/doar)
• pelo PIX (chave: doar@hospitaldeamor.com.br)
• pela Central de Relacionamento (17 3321-6607)
Independente de onde estiver, basta ter seu celular em mãos e doar qualquer quantia para ajudar o maior centro oncológico de atendimento 100% gratuito da América Latina. Faça parte dessa missão que salva milhares de vidas.
Natural de Santa Fé do Sul (SP), mas criada em Porto Esperdião (MT), a pequena Bianca Nogueira, de 13 anos, descobriu um tumor ósseo quando tinha apenas 12 anos. Enquanto brincava em uma rede no sítio, ela caiu e sentiu uma fisgada forte no braço esquerdo, mas inicialmente a jovem não contou do tombo para os pais. Com o passar dos dias, ela começou a sentir fortes dores no braço e então, a mãe, Edilane Nogueira, a levou até um médico.
O diagnóstico inicial foi dor de crescimento, algo muito comum na infância. Após a consulta, ela retornou para casa com uma receita médica de remédios específicos para aliviar a dor, porém, o desconforto voltou e se intensificou.
Durante meses, a Bianca não contou para os pais que a dor havia aumentado. Com medo dos pais não acreditarem nela, ela pegava analgésicos escondido no armário, ia para o sofá da sala e, segurando o seu terço, rezava para Nossa Senhora, dizendo: “eu vou rezar três Ave Marias e a senhora tira essa dor de mim?”.
Meses se passaram e Bianca continuou fazendo esse ritual, até que em uma noite, o seu pai, Eurico Nogueira, a viu tomando remédio escondido e, após conversar com Edilane, eles decidiram levá-la ao médico novamente.
A INVESTIGAÇÃO E O DIAGNÓSTICO
Eles partiram para a capital Cuiabá (MT) para passar por uma nova consulta. Desta vez, o médico responsável solicitou alguns exames de imagem para diagnosticar o motivo da dor que se intensificava cada dia mais.
Ao pegar o resultado do Raio-X, ele viu algo semelhante a uma linha na parte óssea da Bianca, mas para fechar o diagnostico, solicitou uma ressonância. Quando o resultado saiu, ele questionou a Bianca sobre um possível tombo, e então, neste momento, ela se lembrou de quando caiu da rede e contou para eles.
Após a conversa e a verificação nos exames, ele solicitou que a mãe da paciente procurasse um oncologista para verificar o exame, e então, começou a investigação.
No dia 19 de julho de 2023, o resultado da biópsia saiu: positivo para neoplasia.
QUANDO A FÉ SUPERA O MEDO
Com muita devoção à Nossa Senhora, a família da Bianca é católica, estando sempre presentes em missas e eventos religiosos. “Maria passa na frente” é uma frase que marcou essa etapa da vida da família. Enquanto a pequena rezava para Nossa Senhora e pedia para ela retirar a dor que estava sentindo, a sua mãe teve um sonho especial com a santa.
“Eu estava indo para Cuiabá (MT) para pegar o resultado da biópsia e tive um sonho com Nossa Senhora. Eu tenho muito medo de altura e no sonho eu estava em uma torre muito alta. Eu olhava para baixo e estava com muito medo, de repente, eu virei o pescoço e vi Nossa Senhora de Fátima e o Imaculado Coração de Maria atrás de mim e daí, eu acordei”, relata Edilane Nogueira.
A mãe conta que ficou pensando no sonho que teve, como se fosse um sinal. “Depois eu fiquei pensando o porquê daquele sonho, então, antes de chegar em Cuiabá (MT), eu disse para o meu marido ‘a notícia não é boa, a Bianca vai testar positivo para o câncer’ e quando ele me questionou o porquê, eu contei para ele sobre o meu sonho e interpretei como: ‘confia, porque eu estou contigo’. Depois disso, em todos os lugares que eu ia, tinha uma capela ou uma imagem de Nossa Senhora. Então, eu tive a certeza de que ela estava passando a frente de tudo e que tudo era providência”, compartilhou.
CHEGADA AO HOSPITAL DE AMOR
Bianca foi diagnosticada com Sarcoma de Ewing, um tumor que provoca dor óssea, que piora à noite ou com atividade e que pode ser confundido com infecções ou dores de crescimento.
Após o resultado, sempre com muita fé em Nossa Senhora e com o terço na mão, a família da Bia chegou em Barretos (SP) para tentar o tratamento na unidade infantojuvenil do Hospital de Amor. Ao passar com o corpo clínico da instituição e fazer os novos exames, eles informaram que o tratamento iria durar aproximadamente dois anos, contanto com algumas intercorrências.
O tratamento iniciou com sessões de quimioterapia para reduzir o tamanho do tumor e, após isso, os profissionais do HA optaram por realizar uma cirurgia de ressecção. Durante a cirurgia, foi retirado o úmero – maior osso do membro superior – e colocado uma endoprótese (prótese não convencional, utilizada para substituição de grandes ressecções articulares oncológicas) total de úmero com articulação reversa no lugar. Após algumas horas de cirurgia, a família da pequena, que já imaginava uma amputação, teve uma boa notícia: com a quimioterapia, as células cancerígenas haviam diminuído 95%, o que facilitou para que a cirurgia da Bianca fosse bem-sucedida.
A CIRURGIA DA BIANCA NOGUEIRA | PARTE TÉCNICA
Ao conversar sobre o caso da paciente Bianca Nogueira, o ortopedista oncológico do Hospital de Amor, Dr. Sylvio Sargentini, relatou em detalhes como foi o processo cirúrgico. Para a unidade infantojuvenil do HA, a operação da Bianca foi muito especial. O motivo é pelo fato desta cirurgia nunca ter sido realizada na unidade, até aquele momento. Por ser um implante de alto custo, este procedimento aconteceu apenas em duas ocasiões na unidade adulta do HA.
Sargentini explica que os casos devem ser bem selecionados para que a função permitida pela reconstrução, com esse modelo de prótese, seja alcançada. “Os resultados desses procedimentos são surpreendentes porque os pacientes além de apresentar uma função melhor de ombro, não se queixam das próteses que podem sair do lugar”, esclarece. Em alguns casos, as próteses que não contém articulação da glenoide (articulação do ombro), podem ser instáveis e gerar uma luxação.
Com uma endoprótese total de úmero com articulação reversa, eles fizeram uma ressecção (retirada) do tumor ósseo e realizaram a substituição. De acordo com o especialista, a prótese utilizada no caso da Bianca permite que ela consiga realizar os movimentos do ombro. Durante a cirurgia, manteve-se a musculatura do manguito rotador e do músculo deltoide, o que permitiu com que ela faça o movimento.
A cirurgia da paciente durou cerca de três horas e foi muito bem-sucedida. Atualmente, ela ainda continua com o seu ciclo de quimioterapia e realizará algumas sessões de fisioterapia para adaptação de movimentos com a nova prótese.
A REABILITAÇÃO
Após 60 dias com a tipoia para auxiliar na recuperação da cirurgia, a pequena iniciou as sessões convencionais de fisioterapia. De acordo com os profissionais do Centro de Reabilitação do HA que cuidam da Bianca, com a dedicação e o apoio da família, a recuperação da jovem está sendo bem-sucedida, com previsão de alta em menos de um ano.
HUMANIZAÇÃO, AMIZADE E NOVOS LAÇOS
Quando a família recebe o resultado positivo do diagnóstico, o chão caí e o mundo dá uma volta em 360º. Ao questionar a professora de educação infantil e mãe da paciente Bianca, Edilane Nogueira, ela relata que começar o tratamento é viver no escuro. “Eu digo para ela [Bianca], ‘sempre um dia de cada vez, a preocupação de hoje basta e a de amanhã, deixa pra amanhã’.
Emocionada, ela continua falando sobre a importância do Hospital de Amor para ela. “Eu já conhecia o HA, a minha irmã fez tratamento aqui quando foi diagnosticada com câncer de mama. Aqui é um pedaço do céu na terra, eu nunca vi um local com tanta humanização, sabe? Eu admiro o trabalho do Henrique Prata. Eu admiro o trabalho das pessoas que trabalham aqui”, relatou.
Cada família tem a sua própria vivência, mas, neste momento de preocupação e angústia, eles se unem e se apegam nas pessoas que estão passando pela mesma situação, criando uma relação familiar. Este foi o caso da Edilane Nogueira e da Rosania Silva, que é mãe da paciente Lauani.
Rosania foi quem acolheu Edilane quando ela chegou no HA com a Bianca. Ela aconselhou, ajudou e cuidou da Edilane, pois sabia exatamente o que ela estava passando naquele momento. Desde então, juntas, elas se ajudam e dão força uma para a outra, além de acolher outras as mães que estão com as mesmas preocupações que as delas.
Mas o amor e o afeto não pararam por aí. As pacientes Bianca e Lauani também se aproximaram e se tornaram amigas. Para a Bia, esta relação das duas é muito importante e ela vê a amiga como uma irmã. “Ela tem um carinho por mim e eu tenho um carinho por ela, é como se fôssemos irmãs. Toda vez que a gente se vê, a gente conversa”, relata a pequena.
Bia ainda conta que aprendeu muitas coisas no HA e com as amizades que fez na instituição. “Durante o tratamento, eu aprendi a olhar o próximo. Eu posso estar passando por uma dificuldade, mas a outra pessoa pode estar pior e, ainda assim, estar sorrindo”, desabafou a jovem.
O CONCURSO RAINHA RODEIO PELA VIDA 2024
Apesar das adversidades, os pacientes do Hospital de Amor conseguem se redescobrir, se fortalecerem, valorizarem as pequenas coisas e aproveitarem todas as oportunidades da vida. Com a Bianca, não foi diferente!
Como uma forma de participar das atividades institucionais, ela se inscreveu para a 3ª edição do Concurso Rainha Rodeio Pela Vida e ganhou como Madrinha do Amor 2024.
O concurso é um evento onde as pacientes da unidade infantojuvenil do HA participam para representar a instituição durante o Rodeio Pela Vida, uma festa solidária, na qual, todos os recursos arrecadados são revertidos para o Hospital de Amor.
Ao participar desta experiência especial e agitada, a Bianca pôde se redescobrir, criar laços, aprender coisas novas e aproveitar oportunidades inesquecíveis.
Desfilar na passarela, atrair muitos olhares, brilhar e ser protagonista dos holofotes faz parte do sonho de muitas jovens. Com a Ingrid Assis não é diferente! Natural do Amapá (AP), a adolescente de 15 anos parece ser uma jovem comum, mas apenas parece, pois tem algo de realeza nesta história de superação. Cheia de sonhos, desenvolta e muito vaidosa, ela precisou se mudar para Barretos (SP) para dar início ao seu tratamento de osteossarcoma na tíbia direita, em março de 2022.
Elenita de Oliveira Silva, mãe da Ingrid e técnica em enfermagem, revela que a filha começou a apresentar dores no joelho. Após perceber que havia algo de errado com a jovem, ela então a levou para fazer exames e investigar o caso, foi quando receberam o diagnóstico de um tumor. Ao não ter recursos para um bom tratamento na sua cidade de origem e após receber o apoio de um parente que atua como médico ortopedista em Sorocaba (SP), e que conhece o HA, ele a ajudou nos tramites; foi quando a família da jovem decidiu se mudar para o interior de São Paulo.
“Eu conheci o HA por meio de um primo que me falou que o Hospital de Amor é um ótimo hospital e que tem um dos melhores tratamentos do Brasil. Vim para o estado de São Paulo ano passado e, na época, eu ainda não tinha certeza de que eu estava com câncer”, conta a jovem. Inicialmente, a esperança da família da garota é de que o tumor fosse benigno, mas infelizmente, a biópsia resultou em algo oposto ao desejo deles.“Na minha cabeça, era vir a Barretos, tirar o tumor e voltar para casa, achei que seria algo rápido, nada que mudasse a minha vida”, revela a adolescente. No entanto, após os exames foi constatado que o tumor era maligno e deste modo, a garota precisou passar pelo tratamento durante 31 semanas.
Ingrid explica que precisou fazer quimioterapia e que sofreu com a queda de cabelo e com tudo que os procedimentos oncológicos trazem aos pacientes. No meio desta jornada, a jovem precisou realizar uma operação na unidade infantojuvenil do HA. Ela fez a cirurgia, porém, devido à uma infecção, houve a necessidade da amputação da perna dela. “As pessoas aqui do hospital são muito acolhedoras e os médicos são atenciosos. No dia da minha amputação, meu pai me disse que o meu cirurgião quase chorou pela minha situação. Me sinto muito abraçada no Hospital de Amor”, relata a macapaense, sempre com um belo sorriso no rosto.
“Hoje ela é uma vencedora, graças a Deus e a este hospital. Eu estou muito feliz de ver como ela está e com a reabilitação dela. A fisioterapia aqui é maravilhosa. São processos e fases que ela tem vivido. Participar do concurso do rodeio trouxe mais ânimo e alegria para ela. Eu só tenho que agradecer a este local que nos acolheu tão bem”, conta Elenita ao ver a evolução de ver sua filha com a prótese.
Recomeço de uma nova história
Em abril deste ano, a jovem iniciou seu processo de reabilitação no HA, foi quando ela recebeu sua primeira prótese para poder voltar andar normalmente. A paciente conta com o apoio de uma equipe multiprofissional e da ‘Tia Deise’, como é carinhosamente conhecida a fisioterapeuta do HA, Deiseane Bonatelli. “A gente procura oferecer todo suporte necessário para que ela tenha uma maior independência na vida dela, para que ela possa fazer todas as necessidades possíveis”, conta Deise.
A profissional também revela a alegria de poder ajudar a garota a participar de um grande desafio. “Eu me sinto muito feliz de ver ela rainha do Rodeio pela Vida. Quando ela disse que iria entrar no concurso, eu combinei com ela para voltar aqui e treinar para andar bem bonito no dia da competição. Ela voltou, nós treinamos e ela venceu. Eu me sinto muito feliz por ela”, explica com os olhos marejados a ‘Tia’ que é muito querida por todos os pacientes, desde crianças, adultos e idosos.
Quando perguntada sobre o processo de aprendizado de voltar a andar, Ingrid, de imediato responde com um lindo sorriso no rosto: “Não tem limite. O seu limite é você mesmo, mas a prótese não te limita. Eu conheço um homem, pela internet, que escala com prótese”.
Mas engana-se quem pensa que Ingrid não tinha pisado em solo barretense antes de seu tratamento. “Eu vim a Barretos em 2019, para participar de um evento da igreja no qual congrego e nunca imaginei que eu voltaria para cá por outro motivo. É difícil, mas quando a gente entrega tudo nas mãos de Deus, tudo fica mais leve. Eu não sei até hoje porque eu perdi a minha perna, mas eu confio em Deus e sei que tudo tem um propósito”.
A competição e seu reinado
No início do ano, o HA abriu as inscrições para a 3ª edição do Rodeio Pela Vida 2023 – evento que acontece em Barretos (SP) e é organizado pela instituição, com renda 100% em prol do Hospital de Amor. Incentivada pela ‘Tia Lili’, uma das organizadoras do evento ‘Fadas Madrinhas’, Ingrid tomou coragem e fez sua inscrição.
Inicialmente, ela disse acreditar que no máximo ficaria no 3º lugar, pois o páreo parecia duro. Ao ser revelado seu nome como a rainha do rodeio, ela não escondeu a surpresa e ficou em êxtase. “Estou muito feliz de ter sido eleita a rainha, se puder, eu quero muito conhecer o padre Fábio de Mello e dar um abraço nele”, explica a garota entusiasmada.
Ao lado de Ingrid, o concurso elegeu a princesa, Jamily Yasmin Peres do Nascimento, e a madrinha Raquel Galvão de Oliveira. A 3ª edição do “Rodeio Pela Vida” teve início no dia 7 de junho e termina no dia 11 de junho, no Recinto Paulo de Lima Correa. Quando questionada sobre um conselho que a rainha daria para pessoas que estão passando pelo mesmo enfrentamento que recentemente ela concluiu, ela não titubeia e logo responde: “Se você está passando por um problema, confie em Deus que vai dar tudo certo.”
O Hospital de Amor (HA) – referência em oncologia, que acolhe pacientes de todo o país – realiza, entre os dias 17 e 20 de outubro, a 1ª edição do “Rodeio pela Vida”, na cidade de Barretos (SP). O evento, que acontece no Recinto Paulo de Lima Corrêa, em prol do HA, Santa Casa de Misericórdia e entidades assistenciais do município, contará com atrações musicais, rodeio em touros e cavalos (sela americana, bareback e cutiano), provas de Team Penning e Três Tambores.
A equipe de organização, coordenada pelo presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e composta pela comissão de voluntários Renato Junqueira (presidente do Rodeio pela Vida) e Luiz Cândido Junqueira (vice-presidente do Rodeio pela Vida), afirma que a ideia é fixar o “Rodeio pela Vida” no calendário da cidade. “Nosso objetivo é fazer uma festa para toda população de Barretos e região”, afirmou o presidente da comissão. Neste ano, o mesmo formato também será realizado na cidade de Jaborandi (SP).
Atrações
No primeiro dia, 17/10 (quinta-feira), o evento será marcado com show da dupla Edson & Hudson e com o trio de DJs da Make U Sweat (MUS) – composto por Dudu Linhares, Guga Guizelini e Pedro Almeida. No dia 18/10 (sexta-feira), as apresentações ficam por conta das duplas Carreiro & Capataz e Jads & Jadson; e no dia 19/10 (sábado), a dupla sertaneja Munhoz & Mariano e o cantor Juliano Cézar finalizam as atrações musicais, abrilhantando ainda mais essa ação solidária.
Para encerrar a festa, no domingo (20/10), acontece o “Festival do Arroz”, organizado pelos “Amigos do Caçu”, que prometem agradar o público com diversos pratos deliciosos.
De acordo com a comissão organizadora do rodeio, os preços serão acessíveis ao público, para que toda a população de Barretos e região possa prestigiar o evento, aproveitando as atrações e contribuindo com a causa. No dia 17/10, a pista custará R$ 20,00 e a área VIP, R$ 80,00. No dia 18/10, a pista terá o valor de R$ 30,00 e a área VIP, R$ 100,00. No dia 19/10, a pista custará R$ 30,00 e a área VIP, R$ 120,00. Já no domingo, a entrada no Recinto será gratuita e o almoço custará R$ 20,00.
Festival de Arroz
Reunir os amigos, preparar uma boa comida e fazer o bem é o que une os vinte voluntários que promovem o “Festival do Arroz – Amigos do Caçu”. Liderado pelo aposentado Orlando Oliveira Silva, 62 anos, o festival irá encerrar as atrações do 1º ‘Rodeio pela Vida’.
A 1ª edição do festival ocorreu em 2018, em Caçu (GO), e foi um grande sucesso, o que estimulou os organizadores a seguirem com o projeto continuamente, em prol do Hospital de Amor e demais entidade da cidade goiana.
De acordo com Orlando, “ver o sucesso dos cofrinhos do Hospital de Amor e como esse trabalho é importante para a instituição, nos motivou a iniciar esse projeto. Temos o maior prazer de poder participar do rodeio, apenas pela satisfação de conseguir ajudar”, afirma o líder da iniciativa.
A tradicional culinária goiana é a principal referência durante o preparo dos pratos. A grande atração é o famoso arroz com pequi, fruto nativo do cerrado e muito consumido no estado de Goiás e no Norte de Minas Gerais. O fruto, que possui o tamanho aproximado de uma maçã pequena, tem um caroço revestido por uma polpa comestível macia e amarela, que libera seu peculiar sabor. O segredo da preparação é o cuidado necessário com a camada de espinhos extremamente finos que a fruta possui. De acordo com a Embrapa, o fruto é rico em vitaminas A e C, além de possuir propriedades antioxidantes e ácidos graxos, que contribuem com a redução dos níveis de colesterol LDL do sangue.
Outro prato que também promete agradar é o arroz com gariroba, palmeira nativa do cerrado, também conhecida como gueroba, gariroba, gairova e coqueiro-amargoso. O palmito extraído do alimento tem um sabor marcante, pois o seu amargor consegue trazer autenticidade e um sabor forte. O palmito é tão utilizado em Goiás que até existe uma lenda local sobre ele. Segunda a mesma, em tempos de lua cheia, o amargo da gariroba é menor. Já em períodos de lua nova, é maior.
Já os demais pratos do festival, como: arroz com galinha (a tradicional galinhada), arroz com linguiça, arroz com carne seca, bolinho de arroz e arroz com suan de porco são mais comuns nos demais estados do país. E para os amantes de doce, não poderia faltar o clássico arroz doce.
A expectativa dos organizadores é de servir 1.200 pratos, no dia 20 de outubro (último dia do RPV), com estimativa de arrecadação superior a 20 mil reais, em prol do Hospital de Amor, Santa Casa de Misericórdia e entidades assistências de Barretos (SP).
Lançamento
Neste dia 19 de setembro, comissão organizadora, parceiros, doadores, entidades assistenciais, autoridades locais, imprensa e convidados se reuniram no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos, para o lançamento do 1º “Rodeio pela Vida”.
Durante a solenidade, os participantes puderam entender mais detalhes desta grande festa em favor da vida e conhecer as atrações, montarias e provas envolvendo competidores renomados do universo do rodeio. O presidente do HA, Henrique Prata, destacou a importância do apoio da sociedade para a realização desse evento. “Decidimos fazer uma festa com preços acessíveis para que muita gente consiga participar. Aguardamos cinco mil pessoas nos dias de semana e dez mil no final de semana, para conseguir arrecadar recursos. Esperamos plantar essa semente para que, no próximo ano, mais patrocinadores acreditem e abracem a nossa causa. Esperamos que a nossa cidade acolha esse projeto, pois ele foi pensado com muito carinho”, afirmou.
A dupla parceira do hospital e também uma das escolhidas para se apresentar no rodeio, Munhoz & Mariano, prestigiou o evento. Padrinho do coral “Papo Furado”, projeto do HA que reúne pacientes laringectomizados, o cantor Mariano contou sobre seu envolvimento com a instituição e sua gratidão, por ter tido sua mãe curada de um câncer na garganta. “Para nós é mais do que um privilégio estar aqui hoje, pois somos colaboradores do Hospital há bastante tempo. No final do ano passado, eu estive aqui no HA com a minha mãe, quando ela iniciou seu tratamento, e realmente eu pude viver o Hospital de Amor, ficando completamente apaixonado e encantando com o que eu vi. Durante os seis meses que eu fiquei ali, eu pude sentir, a cada dia, um pouco do amor que existe em todas as pessoas que atuam nessa instituição. Hoje, graças a Deus minha mãe está curada e, apesar dela já ter saído do hospital, eu não consigo sair nunca mais! Eu tenho certeza de que o Rodeio pela Vida será muito melhor que muitos outros que existem pelo Brasil e tem de tudo para ser um marco e entrar no calendário anual de festas de Barretos e do país. Só temos que agradecer à equipe, aos colaboradores e a todos que irão contribuir com essa causa”, declarou Mariano.
Para fechar com chave de ouro, a dupla cantou dois dos seus maiores sucessos (“Camaro Amarelo” e “A Bela e a Fera”) com o coral e emocionou todas as pessoas que ali estavam. No final, um delicioso almoço com algumas das delícias do Festival de Arroz foi servido – um convite mais do que especial para a grande festa!
Ingressos
Os ingressos já estão à venda nos seguintes locais: Casa das Fraldas (Bom Jesus), Proservice Auto Posto e Conveniência (Jockey), Lela’s Mania Auto Posto e Conveniência, Bar e Lanchonete do Raimundinho (Baroni), Cantina da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), Cadam (av. 43), Golf Class (North Shopping Barretos), Bão Barretos – Western e Fazendinha Agropecuária e Pet Shop (av. 43).
Em Colina (SP), os pontos de venda são: Paro Verde – Viveiro de Mudas e Misturinha Fina.
Mais informações no departamento de captação de recursos do Hospital de Amor, através do telefone, (17) 3321-6607. Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8:00 às 17:00.