A inovação está no DNA do Hospital de Amor, por isso mesmo, a instituição tem seu próprio centro de inovação: o Harena, que vem fazendo a diferença no cenário da saúde pública desde o início de sua operação.
Nos dias 20 e 21 de dezembro, o time Harena promoveu a 6ª edição do Bootcamp Healthtech Barretos, no IRCAD América Latina, com o apoio do Sebrae-SP. O evento é uma imersão presencial que reúne especialistas em inovação em saúde para discutir oportunidades, desafios e boas práticas com as startups participantes. Durante a imersão, os empreendedores das startups se conectam com diversos líderes e gestores do HA, em Barretos (SP), para construir oportunidades de validação de soluções inovadoras e provas de conceito de tecnologia.
De acordo com o diretor de inovação do Harena, Dr. Luis Gustavo Romagnolo, esse evento é muito importante para cultivar networking e conhecimento junto à comunidade de inovação e saúde de toda região de Barretos e dos demais estados. “Ao longo dos dois dias, foram mais de 100 mentorias para os times das startups participantes do programa Healthtech Barretos. Essas conexões têm como objetivo trazer para o próprio empreendedor a real situação do negócio dele e dar soluções para os nossos pacientes da saúde pública”, afirma.
O médico e fundador da startup Presavi, Dr. Alberto Peron, explica que ele atua à frente da startup que é focada em acompanhar a jornada de prevenção do paciente. “Aproveitamos muito o Bootcamp, pois é o lugar certo para aumentar o networking e para agregar em conhecimento”. Já para a gerente de governança clínica do Hospital de Amor, Carla Carvalho, “é uma honra poder participar como mentora e poder realizar trocas de conhecimentos com várias startups do Brasil inteiro, com o mesmo objetivo: melhorar a saúde pública do país”. A pesquisadora do HA, Dra. Fabiana Vazquez, ressalta a importância da mentoria. “É incrível os contatos que fazemos no evento e espero ter dado soluções para as startups, pois nossa expectativa sempre é resolver os problemas dos nossos pacientes.”
Segundo o gerente de inovação do Harena, Guilherme Sanchez, a 6ª edição do Bootcamp foi um sucesso! “Nós tivemos painéis e uma verdadeira imersão dentro do Hospital de Amor; também houve diversas mentorias com especialistas do HA e convidados externos que falaram sobre fundraising (captação de recursos); e lei geral de proteção de dados; proporcionando essa conexão entre os desafios das startups e os especialistas da instituição e do nosso ecossistema para transformar a saúde pública do Brasil”, finaliza Guilherme.
Ao longo destas cinco edições anteriores, já foram mais de 120 Healthtechs participantes, mais de 310 mentorias individuais realizadas com especialistas, mais de 190 horas de conteúdo técnico avançado para startups e mais de 60 especialistas, mentores e speakers. Esta 6ª edição ficou marcada pelas apresentações de pitchs e muito networking.
Para mais informações, acesse: harena.com.br
A inteligência artificial (IA) tem se estabelecido como uma das mais revolucionárias e transformadoras tecnologias do século XXI, e sua aplicação no segmento da saúde tem potencial para redefinir a maneira como cuidamos do bem-estar dos pacientes. Diante destas possibilidades, a startup “Huna.ai” foi acelerada pelo centro de inovação do Hospital de Amor, o Harena Inovação. Por meio do programa Healthtech Barretos (que contribui para o desenvolvimento dos projetos), a equipe da “Huna.ai” desenvolveu algoritmos inteligentes capazes de identificar sinais precoces de câncer de mama, com auxílio de inteligência artificial na interpretação de exames de sangue.
Segundo o gerente de inovação do Harena, Guilherme Sanchez, a startup entrou no 3º ciclo de aceleração de startups do centro de inovação do HA, em março de 2022. Guilherme explica que o protocolo de intenções, com o objetivo de construir a validação da Huna dentro do hospital, ocorreu em dezembro do ano passado. “Durante o programa, as startups passam por mentorias com especialistas em negócios na área da saúde, bem como pesquisadores e profissionais de saúde do Hospital de Amor. Durante três meses, a Huna.ai participou das iniciativas do programa e, depois, um grupo de pesquisadores liderado pelo Dr. Vinícius Vazquez – diretor executivo do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA – foi nomeado para apoiar a construção da validação da Huna.ai dentro da instituição”, enfatiza.
Para Guilherme, a startup possui visão científica sobre o desenvolvimento do produto. Ele explica que o Harena ajudou a aproximar a solução da jornada dos pacientes e dos desafios reais como prestadora de serviços em saúde, conectando o produto com o mercado ainda durante a aceleração. Após as mentorias, o acordo de cooperação ampliou a parceria para o compartilhamento de dados anonimizados de pacientes para o aprimoramento do algoritmo de inteligência artificial e, agora na nova fase, está prevista a validação real. “O produto já obteve muitas das respostas científicas necessárias para estabelecer a ferramenta. Agora, o foco está em tornar o produto ainda mais acessível ao mercado, buscando a diminuição do custo frente aos outros exames paralelos”, complementa Sanchez.
De acordo com um dos fundadores da Huna.ai, Vinícius Ribeiro, “com o apoio de várias instituições renomadas, como o Hospital de Amor e os Grupos Fleury e Hermes Pardini, foi possível realizar uma pesquisa voltada para o câncer de mama e identificar, a partir dos dados disponibilizados, um painel sanguíneo sugestivo deste tipo de tumor, doravante a análise com algoritmos proprietários de Huna. E o mais importante: com boa performance e um custo muito baixo”.
Para o empreendedor, a detecção precoce de doenças crônicas e, em particular, do câncer, é reconhecidamente importante por trazer uma série de benefícios para os pacientes e para o sistema de saúde, pois possibilita maiores chances de cura, diminui a invasividade/agressividade dos tratamentos, diminui as chances de complicações e sequelas, melhora a qualidade de vida dos pacientes em tratamento e reduz custos para o sistema de saúde. Ribeiro conta que, no Brasil, porém, as taxas de detecção precoce de câncer vêm caindo nos últimos anos, com mais da metade dos casos identificados já em estágios avançados, principalmente pela dificuldade de garantir acesso às estratégias e equipamentos de saúde para rastreamento/diagnóstico.
“Neste momento, a startup Huna.ai está focada em oferecer a tecnologia como um estratificador de risco para câncer (de mama) e apenas para instituições, como gestores de saúde (planos, seguradoras) e hospitais”, afirma.
A tecnologia a favor da vida
A equipe da Huna criou uma ferramenta que reaproveita dados de exames de rotina já realizados para mapear o risco de uma determinada paciente que pode estar com câncer de mama e, dessa forma, encurtar o tempo até o diagnóstico, priorizando assim o seu atendimento, por exemplo. Ribeiro enfatiza que a ferramenta não serve (nem hoje, nem no futuro) como um substituto dos processos de rastreamento/diagnóstico – pelo contrário, ela ajuda a organizar e direcionar os esforços e recursos limitados do sistema de saúde para aquelas pacientes com maior risco.
Atualmente, a ferramenta funciona de forma simples, ao se integrar diretamente na rotina de setores, como o da Prevenção e da Atenção Primária à Saúde de instituições, identificando quais pacientes, especialmente aquelas já em atraso com suas mamografias, precisam ser priorizadas no rastreamento.
“O Harena tem um lugar fundamental na história da Huna, pois foi o primeiro programa de aceleração que participamos, quando tínhamos poucos meses de vida enquanto uma empresa independente. Fomos indicados por outras startups que já haviam participado do programa e recomendaram pela excelência das mentorias e pela proximidade com o Hospital de Amor”, explica. Além disso, o HA também tem um papel fundamental para a Huna, especialmente nos esforços conjuntos de pesquisa para a criação do primeiro produto de mama. “O acesso à rede de profissionais extremamente qualificados que atuam numa jornada altamente complexa e fragmentada, nos ajuda na formatação correta do produto para resolver as reais dores cotidianas do setor de saúde na oncologia, priorizando, acima de tudo, segurança e custos acessíveis”, finaliza Ribeiro.
Para o médico e pesquisador do Hospital de Amor, Dr. Vinícius Vazquez, essa parceria entre o hospital e Huna.ai é uma oportunidade de avanço no diagnóstico precoce do câncer, que se for confirmado, poderá trazer maior conforto, maior velocidade diagnóstica e, eventualmente, menores custos.
A tecnologia tem sido cada vez mais fundamental para revolucionar a medicina em diferentes aspectos, possibilitando diagnósticos mais precisos, tratamentos mais eficazes e melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes, contribuindo também para o seu bem-estar. Projetos inovadores permitem a criação de novas soluções para antigos desafios médicos, além de garantir a oferta de novos recursos, seja de estrutura, atendimento ou financeiro.
O hub Harena Inovação do Hospital de Amor nasceu com o objetivo de identificar novas formas de levar tecnologia à saúde pública, contribuindo assim para o bem dos pacientes, acompanhantes e da instituição, ou seja, todos são beneficiados. Por meio do programa ‘HealthTech Barretos’ ministrado pelo time Harena em parceria com o Sebrae, 61 startups já foram aceleradas pela incubadora que trabalha, exclusivamente, com projetos do nicho de saúde. Dentre elas, duas startups se destacam pelo trabalho realizado e pelos frutos já galgados ao longo desta jornada em parceira com os profissionais do HA.
Segundo o gerente de inovação do Harena, Guilherme Sanchez, “O programa ‘Healthtech Barretos’ conecta startups com soluções inovadoras de todo Brasil, com os desafios reais vivenciados pelo HA. As startups selecionadas passam por uma trilha de validação e desenvolvimento com duração de três meses e, após a aceleração, podem construir um projeto em cooperação técnica com o HA. Em quatro edições do programa, já foram 61 startups aceleradas de 8 estados do país”, explica Sanchez.
A startup Comsentimento, que foi acelerada na 1ª edição do programa, foi criada para ajudar organizações de saúde a gerarem mais valor com seus dados. Por meio da criação de repositórios clínicos normalizados e conectados em rede, a empresa auxilia a acelerar a inovação, gerar novas evidências, melhorar a prática clínica de todos os agentes da cadeia, desde startups até as empresas farmacêuticas. De acordo Guilherme Sakajiri, fundador da startup, após o programa de aceleração foi construído um acordo de cooperação técnica com o Hospital de Amor para aplicação dos algoritmos de identificação de pacientes com câncer de próstata para três estudos clínicos.
Ao todo, a parceria entre a startup e o Hospital rendeu 27.872 notas clínicas processadas e estruturadas pelo pipeline de NLP da Comsentimento; e 221 pacientes foram identificados para estudos clínicos de câncer de próstata, aumentando assim a eficiência no recrutamento de pacientes em 140%. Com mais de 29 mil notas clínicas processadas, aproximadamente 3 mil pacientes foram beneficiados com este trabalho de inteligência artificial.
“Para a Comsentimento, essa experiência foi extremamente importante, pois nos permitiu desenvolver habilidades essenciais para o crescimento de nossa empresa. Além de ajudar no desenvolvimento e melhoria do produto, pudemos nos conectar com uma rede valiosa de mentores e profissionais que vivem a realidade da pesquisa clínica no dia a dia. Além disso, tivemos a oportunidade de trabalhar ao lado de outras startups incríveis, o que nos proporcionou uma troca de experiências e aprendizados enriquecedora. Além de todo o ganho de desenvolvimento de negócio, é especialmente gratificante para nós trabalharmos com o Hospital de Amor, uma instituição que se renova a cada dia para conseguir levar um atendimento de excelência e um impacto positivo na vida de muitas pessoas”, destacou Sakajiri.
De acordo com a gerente da Unidade de Pesquisa Clínica do Hospital de Amor, Mariana Fabro Mengatto, este perfil de empresa acelera o desenvolvimento tecnológico com objetivo de otimizar processos em parceria com as equipes de saúde e o time da Comsentimento consegue fazer a leitura de notas clínicas. “Atualmente, já são mais de 27.000 notas no projeto, algo que humanamente seria impossível realizar em pouco tempo”.
Mariana explica, ainda, que a Inteligência Artificial consegue rastrear por meio de um banco de dados potenciais candidatos aos estudos clínicos, utilizando critérios precisos para sinalização. Após a análise e validação da equipe da pesquisa, os pacientes são convidados para participar dos estudos, tendo como opção realizar tratamento de última geração. “Até o ano de 2022, estávamos com 308 pacientes participantes de pesquisa, todos em tratamento. Com o auxílio da startup, foram identificados 221 pacientes, sendo que 13 entraram nos estudos”, revela a profissional.
Com o processo de aceleração do recrutamento de pacientes nas pesquisas, mais estudos podem ser alocados para o Brasil e, por meio do uso de medicações já aprovadas em diversos países, será possível proporcionar melhores opções de tratamento aos pacientes, que hoje não estão disponíveis no sistema SUS. De acordo com o gerente de inovação do Harena, já existe um o acordo com previsão de aplicação da IA em novos estudos clínicos para câncer de mama e pulmão, o que aumentará o número de pacientes beneficiados.
A tecnologia chegou às farmácias
Outra startup que também vem fazendo a diferença e gerando resultados positivos é a Norharm.ai. Trata-se de uma plataforma que ajuda a farmácia clínica dos hospitais nas tomadas de decisões, também por meio da Inteligência Artificial.
A startup desenvolveu dois algoritmos para automação da triagem farmacêutica. Ou seja, enquanto um faz a priorização das prescrições fora do padrão, o outro trabalha na identificação de pacientes críticos. Com o auxílio da IA, o sistema indica onde estão os possíveis erros de prescrição, o que possibilita na melhora da qualidade assistencial e eficiência hospitalar.
A supervisora de farmácia do HA, Priscila Moi e Silva, conta que o sistema começou a ser implantado em maio do ano passado. “Fizemos alguns treinamentos, foi parametrizado o sistema e então começamos a utilização. Em outubro, tecnologia passou a ser utilizada pelos farmacêuticos clínicos do Hospital São Judas Tadeu, nossa unidade de cuidados paliativos, e da unidade adulta do Hospital de Amor, ambos em Barretos (SP)”, diz a supervisora.
Priscila revela que ao todo, 192 leitos são beneficiados atualmente no HA. A ferramenta auxilia na análise de prescrição e prevenção de erros de medicação. Através da tela de priorização o farmacêutico consegue verificar e priorizar as análises de prescrição de pacientes críticos, com exames alterados, por exemplo. O sistema possui alertas de medicamentos com interação, medicamentos com contraindicação de sonda, entre vários outros. Mostra os medicamentos diferentes que foram incluídos na prescrição após análise, entre várias outras vantagens que auxiliam no dia a dia do farmacêutico clínico, otimizando o tempo dos profissionais.
Por meio dos indicadores que a plataforma gera é possível, ainda, quantificar a economia gerada através das intervenções farmacêuticas. Até o final de dezembro de 2022, foram realizadas 857 intervenções que geraram uma economia estimada de R$157.620,89. Segundo o cofundador da Norharm.ai, Henrique Dias, o apoio e condução do projeto pelo time do hub Harena Inovação foi fundamental para o sucesso da implantação da plataforma no HA, principalmente, por ajudar no engajamento junto à farmácia da instituição.
A pandemia da COVID-19 impôs ao mundo a busca por novas alternativas, e no Hospital de Amor não foi diferente! Apesar do período ter trazido muitas perdas, ele trouxe também outros olhares e muitos aprendizados. Um deles foi a Telessaúde – uma prestação de serviços de saúde à distância, realizado com a ajuda das tecnologias da informação e comunicação – que completou em 2022, um ano de atuação no HA.
Essa modalidade, que nasceu na pandemia para complementar as consultas presenciais, de modo que o paciente fosse o maior beneficiado (sem precisar vir até a instituição quando não necessário), contribuiu para um atendimento mais ágil e assertivo, sem perder o que o HA tem de melhor: a humanização.
De acordo com supervisora da Telessaúde do hospital, Daniela Donadon de Oliveira, essa tecnologia foi, incialmente, implementada em alguns setores da instituição, porém o sucesso foi tanto, que acabou sendo aderida gradativamente por todos os outros. “Desde que não seja necessário o exame físico, todos os pacientes têm direito ao serviço de telessaúde! Basta ele informar o interesse ao médico no momento da consulta presencial e usufruir do serviço que é repleto de benefícios”, afirmou.
Telessaúde: a tecnologia que veio para ficar
E por falar em serviço prestado pelo Hospital de Amor, humanização é a palavra que define o setor de Telessaúde! Por meio de tecnologias, o setor é responsável por levar atendimento a pacientes de todo o país de maneira segura e completamente ágil. “Os benefícios são inúmeros, pois os pacientes são atendidos no conforto de seus lares, com a presença de seus familiares e assim, nós evitamos desgastes emocionais e físicos, sem falar nos custos com transportes. O serviço também oferece vantagens para a instituição, já que os profissionais podem atender onde quer que eles estejam, de forma integrada com outros colaboradores (se necessário), mesmo estando em locais distintos”, relatou Daniela.
Neste um ano de atendimentos on-line, os números do Telessaúde impressionam: foram realizadas três teleconsultas internacionais e mais de 25 mil atendimentos entre todos os estados brasileiros, ou seja, mais de sete mil pacientes beneficiados com esse serviço! “O que nos deixa mais felizes é perceber que os pacientes têm aderido cada vez mais a essa modalidade, pois eles entenderam que o intuito é complementar as consultas presenciais e não substituí-las. Diante dos atuais atendimentos que estamos realizando, recebemos uma satisfação de 97% do total”, contou a supervisora.
Democratizando o acesso à saúde de qualidade e humanizada
Segundo dados do Ministério da Saúde, além da facilidade do acesso à equipe médica, o serviço de Telessaúde também:
• Transpõe barreiras socioeconômicas, culturais e, sobretudo geográficas, para que os serviços e as informações em saúde cheguem a toda população;
• Atende aos princípios básicos de qualidade dos cuidados de saúde: segura, oportuna, efetiva, eficiente, equitativa e centrada no paciente;
• Reduz o deslocamento do paciente de sua cidade até o hospital;
• Reduz tempo para atendimentos ou diagnósticos;
• Reduz filas de espera;
• Proporciona um atendimento seguro e sigiloso.
Para garantir um serviço de excelência no Hospital de Amor, o setor se divide em: um coordenador médico (Dr. Sérgio Serrano), uma supervisora (Daniela Donadon de Oliveira) e um enfermeiro líder (Ricardo Silva), além de uma equipe de enfermagem especializada para atender ligações de pacientes de segunda a sexta-feira, em horários comerciais. “A partir do momento em que se cria a possibilidade de se aproximar das pessoas e cuidar delas com alguma nova tecnologia, levando saúde e promoção de saúde, é uma passagem sem volta! A equipe de Telessaúde do HA agradece os envolvidos nesse serviço, pois sem a união e o empenho de todos, não seria possível beneficiar tantas vidas”, finalizou.
Contato
Se você é paciente da instituição, ainda não faz parte do serviço de Telessaúde e tem interesse, ou conhece alguém nessa situação, entre em contato com o setor de atendimento e faça a solicitação. O telefone é: 17 3321-6600.
Assistência, prevenção, ensino, pesquisa e inovação, sempre foram os pilares do Hospital de Amor. Há quase 60 anos, a instituição, que é referência em tratamento oncológico na América Latina, alia tudo isso com um dos seus principais valores: a humanização – encontrada em todas as suas unidades, inclusive, nas salas de mamografia.
A grande novidade é que o Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), conta com uma sala de mamografia com o tema Aurora Boreal (um fenômeno óptico que permite que um brilho extraordinário possa ser visto nos céus noturnos de regiões do Polo Norte). O motivo da temática é, além de proporcionar o máximo de conforto para a mulher que está realizando o exame, também oferecer excelência no processo com um equipamento de altíssima tecnologia.
De acordo com a médica radiologista do hospital, Dra. Silvia Sabino, o desenvolvimento da sala vem de encontro com a missão da instituição, em suas diversas áreas de atuação. “O exame de mamografia sempre vem acompanhado de uma grande ansiedade e medo, seja do próprio exame, de sentir dor, se machucar e até do diagnóstico (de câncer) que pode vir após o exame. Esses temores afastam muitas mulheres da possibilidade do diagnóstico precoce do câncer de mama e, muitas vezes, geram a propagação de informações negativas sobre o exame, por isso, a ideia de criar um ambiente mais harmonioso e acolhedor”, afirmou.
A nova sala conta com um mamógrafo da mais alta tecnologia, capaz de realizar a mamografia digital tradicional 2D, a tomossíntese (mamografia 3D que adquire de 200 a 400 imagens da mama evitando a sobreposição de estruturas, como tecido mamário e o próprio câncer), a mamografia espectral de contraste (exame com contraste venoso que similar a ressonância magnética) e o grande diferencial: os procedimentos de biópsia e marcação pré-operatória guiados por tomossíntese (e futuramente, também por mamografia com contraste).
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 66.280 novos casos de câncer de mama são estimados para o Brasil, em cada ano do triênio 2020/2022 – valor que corresponde a um risco de aproximadamente 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. “Além de todos esses benefícios tecnológicos, a sala humanizada Aurora Boreal do HA tem o objetivo de desfocar a atenção da mulher que está realizando o exame para a beleza do ambiente, reduzindo a ansiedade e promovendo maior relaxamento e cooperação para o posicionamento adequado do mamógrafo. Com tudo isso, nós conseguimos ter diagnósticos mais precisos, evitando que eventuais cânceres sejam perdidos ou subestimados, pois 95% das falhas observadas no exame, correspondem a erros de posicionamento!”, declarou a médica.
Parceria
A conquista do novo espaço se deu graças à uma importante aliada do Hospital de Amor, a GE Healthcare – uma das maiores parceiras da instituição, tanto no âmbito comercial quanto em projetos científicos, de educação e de desenvolvimento de novas tecnologias. “Desde 2012, a empresa nos cedeu a primeira sala sensorial de mamografia das Américas (HDC). Quando a pandemia impediu nossos projetos educacionais, a GE nos sugeriu a construção de um ambiente temático que unisse a humanização, que já fazia parte das nossas outras salas, com a possibilidade de transmissão on-line de aulas, treinamentos de posicionamento e procedimentos de biópsia e visitas técnicas virtuais”, contou Dra. Silvia.
Com o término dos atendimentos restritos causados pelo período pandêmico, a previsão do Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), é de que mais de 1.200 mulheres, por mês, possam usufruir desta experiência ao realizar exames de mamografia, gerando maior adesão ao projeto de rastreamento mamográfico e alcançado o objetivo final da instituição: reduzir os dados de mortalidade por câncer de mama!
Reconhecido como o maior centro oncológico da América Latina, o Hospital de Amor fortalece ainda mais o seu papel pioneiro no cenário médico do país. Ao unir humanização e tecnologia, a instituição reforça seus pilares diante de uma nova conquista: a disponibilização de cirurgias torácicas com auxílio de robôs aos seus pacientes, gratuitamente.
Desde 2014, o HA já oferece cirurgia minimamente invasiva robótica, quando foi o primeiro centro do interior de SP a disponibilizar este tipo de procedimento via Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o médico cirurgião do hospital, Dr. Luís Gustavo Romagnolo, esse tipo de procedimento é uma melhor opção para o paciente. “Com essa tecnologia, conseguimos contribuir com um melhor resultado estético, menos dor e desconforto durante o pós-operatório, menos riscos de infecções na ferida operatória e menos chances de hérnias incisionais a curto e médio prazo”, afirmou.
A iniciativa inovadora foi idealizada pelo grupo de cirurgiões do departamento de cirurgia torácica oncológica do HA, formado pelos médicos Dr. Wilson Chubassi de Aveiro, Dr. Maurício Cusmanich, Dr. Rachid Eduardo Noleto da Nóbrega Oliveira e o chefe do departamento, Dr. José Elias Abrão Miziara.
Neste mês de agosto, a instituição completou 1.500 cirurgias robóticas, algo expressivo, considerando que todos os procedimentos são gratuitos. Segundo Romagnolo, os pacientes que realizam tratamento de neoplasia no pulmão poderão ser beneficiados com o procedimento. “A data do lançamento da cirurgia torácica no Hospital de Amor ocorreu em agosto por ser o mês de conscientização e prevenção do câncer de pulmão, doença que na maior parte das vezes é silenciosa e que pode ser fatal. As cirurgias serão executadas exclusivamente nos pacientes que tratam neoplasias de pulmão na instituição”, finalizou.
Câncer de pulmão
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente entre homens e o quarto entre as mulheres no país, com a estimativa de mais de 30 mil novos casos por ano. O estudo epidemiológico intitulado “Neoplasias malignas nas 18 cidades pertencentes à regional de saúde de Barretos, São Paulo: A importância de um Registro de Câncer de Base Populacional”, realizado pelo HA, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), avaliou a incidência, mortalidade e sobrevida dos indivíduos com câncer de pulmão em Barretos (SP) e em 17 cidades pertencentes à sua regional de saúde ao longo de 15 anos (2002-2016). Durante o período, foram diagnosticados 1.116 novos casos deste tipo de tumor, dos quais, 695 foram em homens e 421 em mulheres, apresentando uma taxa de incidência de 15,1 para cada 100.00 mil habitantes. De acordo com o mesmo estudo, a taxa de mortalidade foi de 13,6 para cada 100,00 mil habitantes, contabilizando 1.016 mortes pela doença, sendo 634 em homens e 382 em mulheres. O trabalho mostrou também que a taxa de sobrevida para câncer de pulmão em 5 anos foi de 5,8%.
Neste ano, o Hospital de Amor comemora os 20 anos da realização da primeira videolaparoscopia realizada na instituição, técnica que hoje é rotina no tratamento de muitos pacientes. Para celebrar a data e os milhares de procedimentos realizados até o momento, médicos e profissionais que fazem parte dessa história se reuniram em um simpósio comemorativo, no último dia 29 de novembro, que, além de abordar a evolução na indicação do procedimento ao longo dos anos, trouxe discussões sobre o que há de mais inovador na área, sobretudo, na segurança e utilização da tecnologia e novos materiais para a realização da videolaparoscopia.
Segundo o presidente do Hospital de Amor, Henrique Duarte Prata, a decisão de trazer a técnica para a instituição, mesmo com as dificuldades apresentadas na época, foi baseada no objetivo de sempre levar o melhor e mais adequado tratamento aos pacientes. De acordo com o médico titular do departamento do digestivo baixo do HA, Dr. Marcos Denadai, o uso da videolaparoscopia no HA foi fundamental para o avanço e melhoria da tecnologia no Brasil e no mundo, sobretudo, no tratamento oncológico.
Desde 2011, a parceria entre o Hospital de Amor e o Instituto de Treinamento em Técnicas Minimante Invasivas e Cirurgia Robótica – IRCAD – transformou a cidade de Barretos em uma referência também na formação de cirurgiões especialistas técnicas minimamente invasivas, recebendo profissionais de toda a América Latina.
O evento também contou com a presença do fundador e coordenador científico IRCAD, Jacques Marescaux; do médico que iniciou o trabalho com essas técnicas em Barretos e um dos maiores nomes no tratamento cirúrgico das afecções do colón e reto, Dr. Armando Melani; e do cirurgião e coordenador científico do IRCAD, Dr. Luís Gustavo Romagnolo.
O departamento de radioterapia do Hospital de Amor deu mais um grande passo no que se refere à tecnologia e excelência e publicou, no dia 23 de outubro de 2018, na revista científica BMC Cancer (um periódico médico de acesso aberto, revisado por profissionais que publicam pesquisas originais sobre câncer e oncologia), um estudo chamado HIPO-CP. Trata-se de um ensaio clínico feito no HA com o objetivo de estudar a viabilidade de se realizar um tratamento com “radioterapia acelerada”, associado com quimioterapia, para o tratamento de câncer de cabeça e pescoço.
Através de uma tecnologia chamada IMRT (do inglês intensity modulated radiation therapy) foi possível comprovar a segurança do tratamento, que passou a ter duração de apenas 4 semanas, ao invés de 7, e resultados expressivos à doença. Pioneiro no Brasil, o estudo também foi o primeiro no mundo a usar cisplatina (quimioterapia mais recomendada para se associar à radioterapia nesta doença).
De acordo com o coordenador científico do departamento de radioterapia do Hospital de Amor, Dr. Alexandre Arthur Jacinto, mais de 160 pacientes em tratamento de câncer de cabeça e pescoço na instituição já foram beneficiados com a radioterapia acelerada. “A partir deste método, abre-se um novo potencial de estudo em câncer de cabeça e pescoço e uma mudança no padrão de tratamento para este tipo de doença”, afirmou.
Os benefícios
Segundo o médico, quando falamos em câncer, estamos nos referindo a uma doença muito agressiva, onde os tratamentos acelerados podem ser bem mais efetivos. Além disso, trata-se de uma enfermidade muito frequente no mundo todo, sendo mais frequente e com maiores taxas de mortalidade em países com menos recursos de saúde, especialmente aqueles com baixo acesso à radioterapia, como é o caso do Brasil.
Graças ao estudo, é possível oferecer um tratamento com potencial maior de cura e com tempo de duração mais rápido que o habitual, permitindo que o paciente volte para sua casa antes, já que a grande maioria dos pacientes do HA viajam longas distâncias para receber tratamento. “Apesar de todos esses benefícios, o maior impacto deste estudo é a possibilidade de se otimizar o uso dos poucos equipamentos de radioterapia existentes no país, onde há longas filas de espera para se conseguir realizar o procedimento. É importante lembrarmos que, infelizmente, muitos pacientes morrem antes mesmo de se conseguir receber a radioterapia por falta de acesso ao tratamento. Isso é uma realidade não apenas do nosso país, mas de muitos outros também”, declarou Jacinto.
Dentre todos os benefícios proporcionados pela radioterapia acelerada, estão:
1) Maior potencial de cura para uma doença tão frequente e grave;
2) Tratamento mais rápido e pacientes com retornos antecipados para suas casas;
3) Mais acesso dos pacientes com câncer ao tratamento de radioterapia, já que o procedimento será encurtado.
Atualmente, o departamento de radioterapia do Hospital de Amor está participando de um grande projeto de pesquisa internacional, que visa comparar este tratamento de radioterapia acelerada, com a radioterapia convencional. Trata-se do HYPNO TRIAL – coordenado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). O estudo multicêntrico já recrutou 700 pacientes, entre 850 previstos.
A boa notícia é que o Hospital de Amor é considerado um dos maiores centros em termos de taxas de inclusão no estudo.
Para ter acesso à publicação do estudo referente à radioterapia acelerada, clique aqui.
No último dia 28 dezembro de 2018, o Hospital de Amor deu um grande passo tecnológico, um avanço em ciência e desenvolvimento ao criar o ‘Centro de Inovação em Tecnologias para a Oncologia 4.0’ – projeto nomeado smartAMOR, que permitirá maior agilidade no atendimento, diagnóstico e tratamento dos pacientes oncológicos por meio da integração de dados em prontuários eletrônicos e da patologia digital, que faz uso de Inteligência Artificial para otimizar a integração e operacionalização em larga escala.
Financiado pelo Ministério da Saúde, através do Departamento do Complexo Industrial e Inovação da Saúde (DECIIS), e coordenado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor, o projeto conta com as parcerias da Escola Politécnica da USP (Poli-USP), por meio da Gestão e Automação em TI (GAESI), e do Instituto e Tecnologia de Software (ITS). A cerimônia de lançamento do smartAMOR teve a participação do presidente do HA, Henrique Prata, do então Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, e de outras autoridades.
Para Prata, a criação do centro é um marco na história da instituição e um avanço muito importante em ciência e tecnologia. “Sempre foi um sonho do meu pai que o hospital oferecesse para o paciente muito além do tratamento do câncer, abrangendo áreas como prevenção e pesquisa. E hoje, cada vez mais, eu consigo ver o quanto dar esses passos é realmente é importante. É uma alegria e um orgulho muito grande pra mim saber que estamos indo no caminho certo”.
Benefícios
O modelo de oncologia 4.0 irá agilizar a tomada de decisões nos pontos de atendimento aos pacientes, possibilitando a intervenção precoce e a cura de lesões. Sem tratamento imediato e de baixo custo, as chances de cura são reduzidas e têm um grande impacto financeiro no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a implantação do centro, a rede de cuidados do Hospital de Amor (5 hospitais, 11 unidades fixas de prevenção e 18 unidades móveis para fazer rastreamento oncológico) e as outras instituições envolvidas no projeto irão atuar de maneira inter e multidisciplinar.
O smartAMOR contará com três núcleos temáticos: Integração, Imagem e Ômica (análise global dos sistemas biológicos), com distintos projetos dentro de cada um deles. “ A revolução 4.0, que prevê cruzar os limites entre o mundo digital, físico e biológico, também está se materializando no âmbito da saúde, com a convergência tecnológica de universos como a internet das coisas, inteligência artificial, big data e realidade aumentada. A Saúde 4.0 engloba a digitalização de dados, a interconectividade entre máquinas e comandos, bancos de dados mais eficientes e, principalmente, uma maior autonomia dos pacientes em relação à própria saúde”, afirmou o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Manuel Reis.
Durante a solenidade, Gilberto Occhi realizou um dos últimos atos como ministro da saúde e assinou um convênio de R$ 28 milhões para a implantação do Centro de Inovação em Tecnologia. “Assino, no último dia de gestão, essa parceria para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Será o início da grande mudança que ajudará a saúde. Com esse projeto, teremos capacidade para armazenar as informações necessárias que irão contribuir com os tratamentos. O trabalho que é desenvolvido no Hospital de Amor traz esperança, e eu creio que é o amor e a fé que os movem. Eu já lutei contra o câncer e gostaria de ter tido o apoio desse hospital. Aqui é diferente, é especial. Foi uma grande honra poder contribuir. Desejo um grande ano para toda essa equipe”, declarou Occhi.
De acordo com o coordenador do GAESI, Eduardo Mário Dias, a implantação do smartAMOR é importante não só para o Hospital de Amor, mas para todo o país, pois representa uma revolução positiva no SUS. Trata-se de uma inovação mundial e, por isso, é necessária muita precisão em sua aplicação. “Vai ser um desafio muito grande integrar a base de dados de diversos setores, mas nós vamos trazer o conhecimento de outras áreas. Ao todo, são 12 profissionais da USP envolvidos no projeto, além da minha participação acadêmica e de outro professor. Agradeço à equipe do HA por nos permitir desenvolver algo tão importante, com esse grau de ousadia”, contou.
Tecnologia
Para o gerente do departamento de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital de Amor, Luís Alexandre Covello, o projeto irá possibilitar que a instituição continue evoluindo na busca por conhecimento na luta contra o câncer. “Só para termos uma ideia da importância do smartAMOR: em 2005, quando o Hospital ainda dava seus primeiros passos na área de informática, nós tínhamos 2 equipamentos dessa ‘camada’ que vamos ter em 2019, ou seja, eram 2 servidores para sustentar 300 pontos de rede. Agora, contamos com mais de 30 servidores e 300 pontos de rede, com infraestrutura e de maneira integrada. Esses 14 anos de crescimento da TI (que também acompanha a evolução do HA) mostram o valor do projeto e dessa revolução”, finalizou Covello.
A estimativa é de que o smartAMOR inicie suas atividades após a instalação de toda a infraestrutura de tecnologia e da implementação da patologia digital de milhares de exames realizados anualmente.
Com intuito de gerar reflexões e promover trocas de experiências relacionadas ao tratamento radioterápico, o Hospital de Amor, em parceria com a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e a reconhecida empresa do ramo radiológico, Varian Medical Systems, realizou o congresso internacional de radioterapia “Barretos-UCLA Week.” Nos dias 14, 16 e 17 de novembro, o evento reuniu, no IRCAD América Latina, profissionais do HA, médicos de todo o Brasil e representantes da universidade norte-americana, para debater sobre as novas tecnologias aplicadas na área e compartilhar os conhecimentos de inovações no tratamento de câncer.
De acordo com o médico e professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles, Dr. Percy Lee, o simpósio é extremamente importante para as instituições envolvidas, principalmente em relação ao compartilhamento de ideias e novas técnicas. “Graças a eventos como esse, nós podemos aprender uns com os outros. Sei que os colegas que atuam no Hospital de Amor estão sempre buscando aprender e otimizar o desenvolvimento de seus trabalhos, adaptando-se às novas tecnologias. Por isso, embora os cursos sejam de curta duração, são muito produtivos, e quem ganha são os pacientes e toda a comunidade”, relatou. Durante sua palestra, Lee afirmou estar impressionado com a estrutura da instituição e qualificou-a como um dos melhores hospitais do país.
Para o coordenador do departamento de radioterapia do HA, Dr. Alisson Bruno Barcelos Borges, o congresso reforça o laço de amizade e a parceria institucional com a UCLA. “Essa parceria tem melhorado significativamente a questão cientifica do nosso departamento, além de ter melhorado a qualidade do tratamento que nós oferecemos aos nossos pacientes”, declarou.
Os 200 profissionais que participaram do evento, entre eles, oito convidados que atuam na UCLA, além de médicos, físicos, enfermeiros e técnicos do hospital, se dividiram em dois grupos: radioterapia e física médica. Dentro desses segmentos, discutiram assuntos multidisciplinares sobre radioterapia, oncologia clínica, cirurgia, suporte clínico, entre outros relacionados ao tratamento dos pacientes.
Edições anteriores
Essa foi a segunda edição do congresso em que profissionais de outras instituições puderam participar. Após a consolidação da parceria entre as duas instituições, o evento se expandiu e foi aberto ao público do segmento, crescendo ano a ano.
Para o rádio-oncologista que atua na Santa Casa de Araraquara (SP) e de São Carlos (SP), Dr. Guilherme Paulão Mendes, é enriquecedor poder aprender com os profissionais americanos sobre novas tecnologias. “Na instituição de Araraquara, nós iremos passar por uma reforma e será necessário levar novos equipamentos, que irão contribuir para um atendimento mais eficaz aos nossos pacientes. Por isso, é fundamental que a gente tenha contato com essas tecnologias e com essa troca de experiências. Esse tipo de simpósio que o Hospital de Amor realiza é muito importante para todos nós”, finalizou.
A inovação está no DNA do Hospital de Amor, por isso mesmo, a instituição tem seu próprio centro de inovação: o Harena, que vem fazendo a diferença no cenário da saúde pública desde o início de sua operação.
Nos dias 20 e 21 de dezembro, o time Harena promoveu a 6ª edição do Bootcamp Healthtech Barretos, no IRCAD América Latina, com o apoio do Sebrae-SP. O evento é uma imersão presencial que reúne especialistas em inovação em saúde para discutir oportunidades, desafios e boas práticas com as startups participantes. Durante a imersão, os empreendedores das startups se conectam com diversos líderes e gestores do HA, em Barretos (SP), para construir oportunidades de validação de soluções inovadoras e provas de conceito de tecnologia.
De acordo com o diretor de inovação do Harena, Dr. Luis Gustavo Romagnolo, esse evento é muito importante para cultivar networking e conhecimento junto à comunidade de inovação e saúde de toda região de Barretos e dos demais estados. “Ao longo dos dois dias, foram mais de 100 mentorias para os times das startups participantes do programa Healthtech Barretos. Essas conexões têm como objetivo trazer para o próprio empreendedor a real situação do negócio dele e dar soluções para os nossos pacientes da saúde pública”, afirma.
O médico e fundador da startup Presavi, Dr. Alberto Peron, explica que ele atua à frente da startup que é focada em acompanhar a jornada de prevenção do paciente. “Aproveitamos muito o Bootcamp, pois é o lugar certo para aumentar o networking e para agregar em conhecimento”. Já para a gerente de governança clínica do Hospital de Amor, Carla Carvalho, “é uma honra poder participar como mentora e poder realizar trocas de conhecimentos com várias startups do Brasil inteiro, com o mesmo objetivo: melhorar a saúde pública do país”. A pesquisadora do HA, Dra. Fabiana Vazquez, ressalta a importância da mentoria. “É incrível os contatos que fazemos no evento e espero ter dado soluções para as startups, pois nossa expectativa sempre é resolver os problemas dos nossos pacientes.”
Segundo o gerente de inovação do Harena, Guilherme Sanchez, a 6ª edição do Bootcamp foi um sucesso! “Nós tivemos painéis e uma verdadeira imersão dentro do Hospital de Amor; também houve diversas mentorias com especialistas do HA e convidados externos que falaram sobre fundraising (captação de recursos); e lei geral de proteção de dados; proporcionando essa conexão entre os desafios das startups e os especialistas da instituição e do nosso ecossistema para transformar a saúde pública do Brasil”, finaliza Guilherme.
Ao longo destas cinco edições anteriores, já foram mais de 120 Healthtechs participantes, mais de 310 mentorias individuais realizadas com especialistas, mais de 190 horas de conteúdo técnico avançado para startups e mais de 60 especialistas, mentores e speakers. Esta 6ª edição ficou marcada pelas apresentações de pitchs e muito networking.
Para mais informações, acesse: harena.com.br
A inteligência artificial (IA) tem se estabelecido como uma das mais revolucionárias e transformadoras tecnologias do século XXI, e sua aplicação no segmento da saúde tem potencial para redefinir a maneira como cuidamos do bem-estar dos pacientes. Diante destas possibilidades, a startup “Huna.ai” foi acelerada pelo centro de inovação do Hospital de Amor, o Harena Inovação. Por meio do programa Healthtech Barretos (que contribui para o desenvolvimento dos projetos), a equipe da “Huna.ai” desenvolveu algoritmos inteligentes capazes de identificar sinais precoces de câncer de mama, com auxílio de inteligência artificial na interpretação de exames de sangue.
Segundo o gerente de inovação do Harena, Guilherme Sanchez, a startup entrou no 3º ciclo de aceleração de startups do centro de inovação do HA, em março de 2022. Guilherme explica que o protocolo de intenções, com o objetivo de construir a validação da Huna dentro do hospital, ocorreu em dezembro do ano passado. “Durante o programa, as startups passam por mentorias com especialistas em negócios na área da saúde, bem como pesquisadores e profissionais de saúde do Hospital de Amor. Durante três meses, a Huna.ai participou das iniciativas do programa e, depois, um grupo de pesquisadores liderado pelo Dr. Vinícius Vazquez – diretor executivo do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA – foi nomeado para apoiar a construção da validação da Huna.ai dentro da instituição”, enfatiza.
Para Guilherme, a startup possui visão científica sobre o desenvolvimento do produto. Ele explica que o Harena ajudou a aproximar a solução da jornada dos pacientes e dos desafios reais como prestadora de serviços em saúde, conectando o produto com o mercado ainda durante a aceleração. Após as mentorias, o acordo de cooperação ampliou a parceria para o compartilhamento de dados anonimizados de pacientes para o aprimoramento do algoritmo de inteligência artificial e, agora na nova fase, está prevista a validação real. “O produto já obteve muitas das respostas científicas necessárias para estabelecer a ferramenta. Agora, o foco está em tornar o produto ainda mais acessível ao mercado, buscando a diminuição do custo frente aos outros exames paralelos”, complementa Sanchez.
De acordo com um dos fundadores da Huna.ai, Vinícius Ribeiro, “com o apoio de várias instituições renomadas, como o Hospital de Amor e os Grupos Fleury e Hermes Pardini, foi possível realizar uma pesquisa voltada para o câncer de mama e identificar, a partir dos dados disponibilizados, um painel sanguíneo sugestivo deste tipo de tumor, doravante a análise com algoritmos proprietários de Huna. E o mais importante: com boa performance e um custo muito baixo”.
Para o empreendedor, a detecção precoce de doenças crônicas e, em particular, do câncer, é reconhecidamente importante por trazer uma série de benefícios para os pacientes e para o sistema de saúde, pois possibilita maiores chances de cura, diminui a invasividade/agressividade dos tratamentos, diminui as chances de complicações e sequelas, melhora a qualidade de vida dos pacientes em tratamento e reduz custos para o sistema de saúde. Ribeiro conta que, no Brasil, porém, as taxas de detecção precoce de câncer vêm caindo nos últimos anos, com mais da metade dos casos identificados já em estágios avançados, principalmente pela dificuldade de garantir acesso às estratégias e equipamentos de saúde para rastreamento/diagnóstico.
“Neste momento, a startup Huna.ai está focada em oferecer a tecnologia como um estratificador de risco para câncer (de mama) e apenas para instituições, como gestores de saúde (planos, seguradoras) e hospitais”, afirma.
A tecnologia a favor da vida
A equipe da Huna criou uma ferramenta que reaproveita dados de exames de rotina já realizados para mapear o risco de uma determinada paciente que pode estar com câncer de mama e, dessa forma, encurtar o tempo até o diagnóstico, priorizando assim o seu atendimento, por exemplo. Ribeiro enfatiza que a ferramenta não serve (nem hoje, nem no futuro) como um substituto dos processos de rastreamento/diagnóstico – pelo contrário, ela ajuda a organizar e direcionar os esforços e recursos limitados do sistema de saúde para aquelas pacientes com maior risco.
Atualmente, a ferramenta funciona de forma simples, ao se integrar diretamente na rotina de setores, como o da Prevenção e da Atenção Primária à Saúde de instituições, identificando quais pacientes, especialmente aquelas já em atraso com suas mamografias, precisam ser priorizadas no rastreamento.
“O Harena tem um lugar fundamental na história da Huna, pois foi o primeiro programa de aceleração que participamos, quando tínhamos poucos meses de vida enquanto uma empresa independente. Fomos indicados por outras startups que já haviam participado do programa e recomendaram pela excelência das mentorias e pela proximidade com o Hospital de Amor”, explica. Além disso, o HA também tem um papel fundamental para a Huna, especialmente nos esforços conjuntos de pesquisa para a criação do primeiro produto de mama. “O acesso à rede de profissionais extremamente qualificados que atuam numa jornada altamente complexa e fragmentada, nos ajuda na formatação correta do produto para resolver as reais dores cotidianas do setor de saúde na oncologia, priorizando, acima de tudo, segurança e custos acessíveis”, finaliza Ribeiro.
Para o médico e pesquisador do Hospital de Amor, Dr. Vinícius Vazquez, essa parceria entre o hospital e Huna.ai é uma oportunidade de avanço no diagnóstico precoce do câncer, que se for confirmado, poderá trazer maior conforto, maior velocidade diagnóstica e, eventualmente, menores custos.
A tecnologia tem sido cada vez mais fundamental para revolucionar a medicina em diferentes aspectos, possibilitando diagnósticos mais precisos, tratamentos mais eficazes e melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes, contribuindo também para o seu bem-estar. Projetos inovadores permitem a criação de novas soluções para antigos desafios médicos, além de garantir a oferta de novos recursos, seja de estrutura, atendimento ou financeiro.
O hub Harena Inovação do Hospital de Amor nasceu com o objetivo de identificar novas formas de levar tecnologia à saúde pública, contribuindo assim para o bem dos pacientes, acompanhantes e da instituição, ou seja, todos são beneficiados. Por meio do programa ‘HealthTech Barretos’ ministrado pelo time Harena em parceria com o Sebrae, 61 startups já foram aceleradas pela incubadora que trabalha, exclusivamente, com projetos do nicho de saúde. Dentre elas, duas startups se destacam pelo trabalho realizado e pelos frutos já galgados ao longo desta jornada em parceira com os profissionais do HA.
Segundo o gerente de inovação do Harena, Guilherme Sanchez, “O programa ‘Healthtech Barretos’ conecta startups com soluções inovadoras de todo Brasil, com os desafios reais vivenciados pelo HA. As startups selecionadas passam por uma trilha de validação e desenvolvimento com duração de três meses e, após a aceleração, podem construir um projeto em cooperação técnica com o HA. Em quatro edições do programa, já foram 61 startups aceleradas de 8 estados do país”, explica Sanchez.
A startup Comsentimento, que foi acelerada na 1ª edição do programa, foi criada para ajudar organizações de saúde a gerarem mais valor com seus dados. Por meio da criação de repositórios clínicos normalizados e conectados em rede, a empresa auxilia a acelerar a inovação, gerar novas evidências, melhorar a prática clínica de todos os agentes da cadeia, desde startups até as empresas farmacêuticas. De acordo Guilherme Sakajiri, fundador da startup, após o programa de aceleração foi construído um acordo de cooperação técnica com o Hospital de Amor para aplicação dos algoritmos de identificação de pacientes com câncer de próstata para três estudos clínicos.
Ao todo, a parceria entre a startup e o Hospital rendeu 27.872 notas clínicas processadas e estruturadas pelo pipeline de NLP da Comsentimento; e 221 pacientes foram identificados para estudos clínicos de câncer de próstata, aumentando assim a eficiência no recrutamento de pacientes em 140%. Com mais de 29 mil notas clínicas processadas, aproximadamente 3 mil pacientes foram beneficiados com este trabalho de inteligência artificial.
“Para a Comsentimento, essa experiência foi extremamente importante, pois nos permitiu desenvolver habilidades essenciais para o crescimento de nossa empresa. Além de ajudar no desenvolvimento e melhoria do produto, pudemos nos conectar com uma rede valiosa de mentores e profissionais que vivem a realidade da pesquisa clínica no dia a dia. Além disso, tivemos a oportunidade de trabalhar ao lado de outras startups incríveis, o que nos proporcionou uma troca de experiências e aprendizados enriquecedora. Além de todo o ganho de desenvolvimento de negócio, é especialmente gratificante para nós trabalharmos com o Hospital de Amor, uma instituição que se renova a cada dia para conseguir levar um atendimento de excelência e um impacto positivo na vida de muitas pessoas”, destacou Sakajiri.
De acordo com a gerente da Unidade de Pesquisa Clínica do Hospital de Amor, Mariana Fabro Mengatto, este perfil de empresa acelera o desenvolvimento tecnológico com objetivo de otimizar processos em parceria com as equipes de saúde e o time da Comsentimento consegue fazer a leitura de notas clínicas. “Atualmente, já são mais de 27.000 notas no projeto, algo que humanamente seria impossível realizar em pouco tempo”.
Mariana explica, ainda, que a Inteligência Artificial consegue rastrear por meio de um banco de dados potenciais candidatos aos estudos clínicos, utilizando critérios precisos para sinalização. Após a análise e validação da equipe da pesquisa, os pacientes são convidados para participar dos estudos, tendo como opção realizar tratamento de última geração. “Até o ano de 2022, estávamos com 308 pacientes participantes de pesquisa, todos em tratamento. Com o auxílio da startup, foram identificados 221 pacientes, sendo que 13 entraram nos estudos”, revela a profissional.
Com o processo de aceleração do recrutamento de pacientes nas pesquisas, mais estudos podem ser alocados para o Brasil e, por meio do uso de medicações já aprovadas em diversos países, será possível proporcionar melhores opções de tratamento aos pacientes, que hoje não estão disponíveis no sistema SUS. De acordo com o gerente de inovação do Harena, já existe um o acordo com previsão de aplicação da IA em novos estudos clínicos para câncer de mama e pulmão, o que aumentará o número de pacientes beneficiados.
A tecnologia chegou às farmácias
Outra startup que também vem fazendo a diferença e gerando resultados positivos é a Norharm.ai. Trata-se de uma plataforma que ajuda a farmácia clínica dos hospitais nas tomadas de decisões, também por meio da Inteligência Artificial.
A startup desenvolveu dois algoritmos para automação da triagem farmacêutica. Ou seja, enquanto um faz a priorização das prescrições fora do padrão, o outro trabalha na identificação de pacientes críticos. Com o auxílio da IA, o sistema indica onde estão os possíveis erros de prescrição, o que possibilita na melhora da qualidade assistencial e eficiência hospitalar.
A supervisora de farmácia do HA, Priscila Moi e Silva, conta que o sistema começou a ser implantado em maio do ano passado. “Fizemos alguns treinamentos, foi parametrizado o sistema e então começamos a utilização. Em outubro, tecnologia passou a ser utilizada pelos farmacêuticos clínicos do Hospital São Judas Tadeu, nossa unidade de cuidados paliativos, e da unidade adulta do Hospital de Amor, ambos em Barretos (SP)”, diz a supervisora.
Priscila revela que ao todo, 192 leitos são beneficiados atualmente no HA. A ferramenta auxilia na análise de prescrição e prevenção de erros de medicação. Através da tela de priorização o farmacêutico consegue verificar e priorizar as análises de prescrição de pacientes críticos, com exames alterados, por exemplo. O sistema possui alertas de medicamentos com interação, medicamentos com contraindicação de sonda, entre vários outros. Mostra os medicamentos diferentes que foram incluídos na prescrição após análise, entre várias outras vantagens que auxiliam no dia a dia do farmacêutico clínico, otimizando o tempo dos profissionais.
Por meio dos indicadores que a plataforma gera é possível, ainda, quantificar a economia gerada através das intervenções farmacêuticas. Até o final de dezembro de 2022, foram realizadas 857 intervenções que geraram uma economia estimada de R$157.620,89. Segundo o cofundador da Norharm.ai, Henrique Dias, o apoio e condução do projeto pelo time do hub Harena Inovação foi fundamental para o sucesso da implantação da plataforma no HA, principalmente, por ajudar no engajamento junto à farmácia da instituição.
A pandemia da COVID-19 impôs ao mundo a busca por novas alternativas, e no Hospital de Amor não foi diferente! Apesar do período ter trazido muitas perdas, ele trouxe também outros olhares e muitos aprendizados. Um deles foi a Telessaúde – uma prestação de serviços de saúde à distância, realizado com a ajuda das tecnologias da informação e comunicação – que completou em 2022, um ano de atuação no HA.
Essa modalidade, que nasceu na pandemia para complementar as consultas presenciais, de modo que o paciente fosse o maior beneficiado (sem precisar vir até a instituição quando não necessário), contribuiu para um atendimento mais ágil e assertivo, sem perder o que o HA tem de melhor: a humanização.
De acordo com supervisora da Telessaúde do hospital, Daniela Donadon de Oliveira, essa tecnologia foi, incialmente, implementada em alguns setores da instituição, porém o sucesso foi tanto, que acabou sendo aderida gradativamente por todos os outros. “Desde que não seja necessário o exame físico, todos os pacientes têm direito ao serviço de telessaúde! Basta ele informar o interesse ao médico no momento da consulta presencial e usufruir do serviço que é repleto de benefícios”, afirmou.
Telessaúde: a tecnologia que veio para ficar
E por falar em serviço prestado pelo Hospital de Amor, humanização é a palavra que define o setor de Telessaúde! Por meio de tecnologias, o setor é responsável por levar atendimento a pacientes de todo o país de maneira segura e completamente ágil. “Os benefícios são inúmeros, pois os pacientes são atendidos no conforto de seus lares, com a presença de seus familiares e assim, nós evitamos desgastes emocionais e físicos, sem falar nos custos com transportes. O serviço também oferece vantagens para a instituição, já que os profissionais podem atender onde quer que eles estejam, de forma integrada com outros colaboradores (se necessário), mesmo estando em locais distintos”, relatou Daniela.
Neste um ano de atendimentos on-line, os números do Telessaúde impressionam: foram realizadas três teleconsultas internacionais e mais de 25 mil atendimentos entre todos os estados brasileiros, ou seja, mais de sete mil pacientes beneficiados com esse serviço! “O que nos deixa mais felizes é perceber que os pacientes têm aderido cada vez mais a essa modalidade, pois eles entenderam que o intuito é complementar as consultas presenciais e não substituí-las. Diante dos atuais atendimentos que estamos realizando, recebemos uma satisfação de 97% do total”, contou a supervisora.
Democratizando o acesso à saúde de qualidade e humanizada
Segundo dados do Ministério da Saúde, além da facilidade do acesso à equipe médica, o serviço de Telessaúde também:
• Transpõe barreiras socioeconômicas, culturais e, sobretudo geográficas, para que os serviços e as informações em saúde cheguem a toda população;
• Atende aos princípios básicos de qualidade dos cuidados de saúde: segura, oportuna, efetiva, eficiente, equitativa e centrada no paciente;
• Reduz o deslocamento do paciente de sua cidade até o hospital;
• Reduz tempo para atendimentos ou diagnósticos;
• Reduz filas de espera;
• Proporciona um atendimento seguro e sigiloso.
Para garantir um serviço de excelência no Hospital de Amor, o setor se divide em: um coordenador médico (Dr. Sérgio Serrano), uma supervisora (Daniela Donadon de Oliveira) e um enfermeiro líder (Ricardo Silva), além de uma equipe de enfermagem especializada para atender ligações de pacientes de segunda a sexta-feira, em horários comerciais. “A partir do momento em que se cria a possibilidade de se aproximar das pessoas e cuidar delas com alguma nova tecnologia, levando saúde e promoção de saúde, é uma passagem sem volta! A equipe de Telessaúde do HA agradece os envolvidos nesse serviço, pois sem a união e o empenho de todos, não seria possível beneficiar tantas vidas”, finalizou.
Contato
Se você é paciente da instituição, ainda não faz parte do serviço de Telessaúde e tem interesse, ou conhece alguém nessa situação, entre em contato com o setor de atendimento e faça a solicitação. O telefone é: 17 3321-6600.
Assistência, prevenção, ensino, pesquisa e inovação, sempre foram os pilares do Hospital de Amor. Há quase 60 anos, a instituição, que é referência em tratamento oncológico na América Latina, alia tudo isso com um dos seus principais valores: a humanização – encontrada em todas as suas unidades, inclusive, nas salas de mamografia.
A grande novidade é que o Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), conta com uma sala de mamografia com o tema Aurora Boreal (um fenômeno óptico que permite que um brilho extraordinário possa ser visto nos céus noturnos de regiões do Polo Norte). O motivo da temática é, além de proporcionar o máximo de conforto para a mulher que está realizando o exame, também oferecer excelência no processo com um equipamento de altíssima tecnologia.
De acordo com a médica radiologista do hospital, Dra. Silvia Sabino, o desenvolvimento da sala vem de encontro com a missão da instituição, em suas diversas áreas de atuação. “O exame de mamografia sempre vem acompanhado de uma grande ansiedade e medo, seja do próprio exame, de sentir dor, se machucar e até do diagnóstico (de câncer) que pode vir após o exame. Esses temores afastam muitas mulheres da possibilidade do diagnóstico precoce do câncer de mama e, muitas vezes, geram a propagação de informações negativas sobre o exame, por isso, a ideia de criar um ambiente mais harmonioso e acolhedor”, afirmou.
A nova sala conta com um mamógrafo da mais alta tecnologia, capaz de realizar a mamografia digital tradicional 2D, a tomossíntese (mamografia 3D que adquire de 200 a 400 imagens da mama evitando a sobreposição de estruturas, como tecido mamário e o próprio câncer), a mamografia espectral de contraste (exame com contraste venoso que similar a ressonância magnética) e o grande diferencial: os procedimentos de biópsia e marcação pré-operatória guiados por tomossíntese (e futuramente, também por mamografia com contraste).
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 66.280 novos casos de câncer de mama são estimados para o Brasil, em cada ano do triênio 2020/2022 – valor que corresponde a um risco de aproximadamente 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. “Além de todos esses benefícios tecnológicos, a sala humanizada Aurora Boreal do HA tem o objetivo de desfocar a atenção da mulher que está realizando o exame para a beleza do ambiente, reduzindo a ansiedade e promovendo maior relaxamento e cooperação para o posicionamento adequado do mamógrafo. Com tudo isso, nós conseguimos ter diagnósticos mais precisos, evitando que eventuais cânceres sejam perdidos ou subestimados, pois 95% das falhas observadas no exame, correspondem a erros de posicionamento!”, declarou a médica.
Parceria
A conquista do novo espaço se deu graças à uma importante aliada do Hospital de Amor, a GE Healthcare – uma das maiores parceiras da instituição, tanto no âmbito comercial quanto em projetos científicos, de educação e de desenvolvimento de novas tecnologias. “Desde 2012, a empresa nos cedeu a primeira sala sensorial de mamografia das Américas (HDC). Quando a pandemia impediu nossos projetos educacionais, a GE nos sugeriu a construção de um ambiente temático que unisse a humanização, que já fazia parte das nossas outras salas, com a possibilidade de transmissão on-line de aulas, treinamentos de posicionamento e procedimentos de biópsia e visitas técnicas virtuais”, contou Dra. Silvia.
Com o término dos atendimentos restritos causados pelo período pandêmico, a previsão do Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), é de que mais de 1.200 mulheres, por mês, possam usufruir desta experiência ao realizar exames de mamografia, gerando maior adesão ao projeto de rastreamento mamográfico e alcançado o objetivo final da instituição: reduzir os dados de mortalidade por câncer de mama!
Reconhecido como o maior centro oncológico da América Latina, o Hospital de Amor fortalece ainda mais o seu papel pioneiro no cenário médico do país. Ao unir humanização e tecnologia, a instituição reforça seus pilares diante de uma nova conquista: a disponibilização de cirurgias torácicas com auxílio de robôs aos seus pacientes, gratuitamente.
Desde 2014, o HA já oferece cirurgia minimamente invasiva robótica, quando foi o primeiro centro do interior de SP a disponibilizar este tipo de procedimento via Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o médico cirurgião do hospital, Dr. Luís Gustavo Romagnolo, esse tipo de procedimento é uma melhor opção para o paciente. “Com essa tecnologia, conseguimos contribuir com um melhor resultado estético, menos dor e desconforto durante o pós-operatório, menos riscos de infecções na ferida operatória e menos chances de hérnias incisionais a curto e médio prazo”, afirmou.
A iniciativa inovadora foi idealizada pelo grupo de cirurgiões do departamento de cirurgia torácica oncológica do HA, formado pelos médicos Dr. Wilson Chubassi de Aveiro, Dr. Maurício Cusmanich, Dr. Rachid Eduardo Noleto da Nóbrega Oliveira e o chefe do departamento, Dr. José Elias Abrão Miziara.
Neste mês de agosto, a instituição completou 1.500 cirurgias robóticas, algo expressivo, considerando que todos os procedimentos são gratuitos. Segundo Romagnolo, os pacientes que realizam tratamento de neoplasia no pulmão poderão ser beneficiados com o procedimento. “A data do lançamento da cirurgia torácica no Hospital de Amor ocorreu em agosto por ser o mês de conscientização e prevenção do câncer de pulmão, doença que na maior parte das vezes é silenciosa e que pode ser fatal. As cirurgias serão executadas exclusivamente nos pacientes que tratam neoplasias de pulmão na instituição”, finalizou.
Câncer de pulmão
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente entre homens e o quarto entre as mulheres no país, com a estimativa de mais de 30 mil novos casos por ano. O estudo epidemiológico intitulado “Neoplasias malignas nas 18 cidades pertencentes à regional de saúde de Barretos, São Paulo: A importância de um Registro de Câncer de Base Populacional”, realizado pelo HA, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), avaliou a incidência, mortalidade e sobrevida dos indivíduos com câncer de pulmão em Barretos (SP) e em 17 cidades pertencentes à sua regional de saúde ao longo de 15 anos (2002-2016). Durante o período, foram diagnosticados 1.116 novos casos deste tipo de tumor, dos quais, 695 foram em homens e 421 em mulheres, apresentando uma taxa de incidência de 15,1 para cada 100.00 mil habitantes. De acordo com o mesmo estudo, a taxa de mortalidade foi de 13,6 para cada 100,00 mil habitantes, contabilizando 1.016 mortes pela doença, sendo 634 em homens e 382 em mulheres. O trabalho mostrou também que a taxa de sobrevida para câncer de pulmão em 5 anos foi de 5,8%.
Neste ano, o Hospital de Amor comemora os 20 anos da realização da primeira videolaparoscopia realizada na instituição, técnica que hoje é rotina no tratamento de muitos pacientes. Para celebrar a data e os milhares de procedimentos realizados até o momento, médicos e profissionais que fazem parte dessa história se reuniram em um simpósio comemorativo, no último dia 29 de novembro, que, além de abordar a evolução na indicação do procedimento ao longo dos anos, trouxe discussões sobre o que há de mais inovador na área, sobretudo, na segurança e utilização da tecnologia e novos materiais para a realização da videolaparoscopia.
Segundo o presidente do Hospital de Amor, Henrique Duarte Prata, a decisão de trazer a técnica para a instituição, mesmo com as dificuldades apresentadas na época, foi baseada no objetivo de sempre levar o melhor e mais adequado tratamento aos pacientes. De acordo com o médico titular do departamento do digestivo baixo do HA, Dr. Marcos Denadai, o uso da videolaparoscopia no HA foi fundamental para o avanço e melhoria da tecnologia no Brasil e no mundo, sobretudo, no tratamento oncológico.
Desde 2011, a parceria entre o Hospital de Amor e o Instituto de Treinamento em Técnicas Minimante Invasivas e Cirurgia Robótica – IRCAD – transformou a cidade de Barretos em uma referência também na formação de cirurgiões especialistas técnicas minimamente invasivas, recebendo profissionais de toda a América Latina.
O evento também contou com a presença do fundador e coordenador científico IRCAD, Jacques Marescaux; do médico que iniciou o trabalho com essas técnicas em Barretos e um dos maiores nomes no tratamento cirúrgico das afecções do colón e reto, Dr. Armando Melani; e do cirurgião e coordenador científico do IRCAD, Dr. Luís Gustavo Romagnolo.
O departamento de radioterapia do Hospital de Amor deu mais um grande passo no que se refere à tecnologia e excelência e publicou, no dia 23 de outubro de 2018, na revista científica BMC Cancer (um periódico médico de acesso aberto, revisado por profissionais que publicam pesquisas originais sobre câncer e oncologia), um estudo chamado HIPO-CP. Trata-se de um ensaio clínico feito no HA com o objetivo de estudar a viabilidade de se realizar um tratamento com “radioterapia acelerada”, associado com quimioterapia, para o tratamento de câncer de cabeça e pescoço.
Através de uma tecnologia chamada IMRT (do inglês intensity modulated radiation therapy) foi possível comprovar a segurança do tratamento, que passou a ter duração de apenas 4 semanas, ao invés de 7, e resultados expressivos à doença. Pioneiro no Brasil, o estudo também foi o primeiro no mundo a usar cisplatina (quimioterapia mais recomendada para se associar à radioterapia nesta doença).
De acordo com o coordenador científico do departamento de radioterapia do Hospital de Amor, Dr. Alexandre Arthur Jacinto, mais de 160 pacientes em tratamento de câncer de cabeça e pescoço na instituição já foram beneficiados com a radioterapia acelerada. “A partir deste método, abre-se um novo potencial de estudo em câncer de cabeça e pescoço e uma mudança no padrão de tratamento para este tipo de doença”, afirmou.
Os benefícios
Segundo o médico, quando falamos em câncer, estamos nos referindo a uma doença muito agressiva, onde os tratamentos acelerados podem ser bem mais efetivos. Além disso, trata-se de uma enfermidade muito frequente no mundo todo, sendo mais frequente e com maiores taxas de mortalidade em países com menos recursos de saúde, especialmente aqueles com baixo acesso à radioterapia, como é o caso do Brasil.
Graças ao estudo, é possível oferecer um tratamento com potencial maior de cura e com tempo de duração mais rápido que o habitual, permitindo que o paciente volte para sua casa antes, já que a grande maioria dos pacientes do HA viajam longas distâncias para receber tratamento. “Apesar de todos esses benefícios, o maior impacto deste estudo é a possibilidade de se otimizar o uso dos poucos equipamentos de radioterapia existentes no país, onde há longas filas de espera para se conseguir realizar o procedimento. É importante lembrarmos que, infelizmente, muitos pacientes morrem antes mesmo de se conseguir receber a radioterapia por falta de acesso ao tratamento. Isso é uma realidade não apenas do nosso país, mas de muitos outros também”, declarou Jacinto.
Dentre todos os benefícios proporcionados pela radioterapia acelerada, estão:
1) Maior potencial de cura para uma doença tão frequente e grave;
2) Tratamento mais rápido e pacientes com retornos antecipados para suas casas;
3) Mais acesso dos pacientes com câncer ao tratamento de radioterapia, já que o procedimento será encurtado.
Atualmente, o departamento de radioterapia do Hospital de Amor está participando de um grande projeto de pesquisa internacional, que visa comparar este tratamento de radioterapia acelerada, com a radioterapia convencional. Trata-se do HYPNO TRIAL – coordenado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). O estudo multicêntrico já recrutou 700 pacientes, entre 850 previstos.
A boa notícia é que o Hospital de Amor é considerado um dos maiores centros em termos de taxas de inclusão no estudo.
Para ter acesso à publicação do estudo referente à radioterapia acelerada, clique aqui.
No último dia 28 dezembro de 2018, o Hospital de Amor deu um grande passo tecnológico, um avanço em ciência e desenvolvimento ao criar o ‘Centro de Inovação em Tecnologias para a Oncologia 4.0’ – projeto nomeado smartAMOR, que permitirá maior agilidade no atendimento, diagnóstico e tratamento dos pacientes oncológicos por meio da integração de dados em prontuários eletrônicos e da patologia digital, que faz uso de Inteligência Artificial para otimizar a integração e operacionalização em larga escala.
Financiado pelo Ministério da Saúde, através do Departamento do Complexo Industrial e Inovação da Saúde (DECIIS), e coordenado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor, o projeto conta com as parcerias da Escola Politécnica da USP (Poli-USP), por meio da Gestão e Automação em TI (GAESI), e do Instituto e Tecnologia de Software (ITS). A cerimônia de lançamento do smartAMOR teve a participação do presidente do HA, Henrique Prata, do então Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, e de outras autoridades.
Para Prata, a criação do centro é um marco na história da instituição e um avanço muito importante em ciência e tecnologia. “Sempre foi um sonho do meu pai que o hospital oferecesse para o paciente muito além do tratamento do câncer, abrangendo áreas como prevenção e pesquisa. E hoje, cada vez mais, eu consigo ver o quanto dar esses passos é realmente é importante. É uma alegria e um orgulho muito grande pra mim saber que estamos indo no caminho certo”.
Benefícios
O modelo de oncologia 4.0 irá agilizar a tomada de decisões nos pontos de atendimento aos pacientes, possibilitando a intervenção precoce e a cura de lesões. Sem tratamento imediato e de baixo custo, as chances de cura são reduzidas e têm um grande impacto financeiro no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a implantação do centro, a rede de cuidados do Hospital de Amor (5 hospitais, 11 unidades fixas de prevenção e 18 unidades móveis para fazer rastreamento oncológico) e as outras instituições envolvidas no projeto irão atuar de maneira inter e multidisciplinar.
O smartAMOR contará com três núcleos temáticos: Integração, Imagem e Ômica (análise global dos sistemas biológicos), com distintos projetos dentro de cada um deles. “ A revolução 4.0, que prevê cruzar os limites entre o mundo digital, físico e biológico, também está se materializando no âmbito da saúde, com a convergência tecnológica de universos como a internet das coisas, inteligência artificial, big data e realidade aumentada. A Saúde 4.0 engloba a digitalização de dados, a interconectividade entre máquinas e comandos, bancos de dados mais eficientes e, principalmente, uma maior autonomia dos pacientes em relação à própria saúde”, afirmou o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Manuel Reis.
Durante a solenidade, Gilberto Occhi realizou um dos últimos atos como ministro da saúde e assinou um convênio de R$ 28 milhões para a implantação do Centro de Inovação em Tecnologia. “Assino, no último dia de gestão, essa parceria para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Será o início da grande mudança que ajudará a saúde. Com esse projeto, teremos capacidade para armazenar as informações necessárias que irão contribuir com os tratamentos. O trabalho que é desenvolvido no Hospital de Amor traz esperança, e eu creio que é o amor e a fé que os movem. Eu já lutei contra o câncer e gostaria de ter tido o apoio desse hospital. Aqui é diferente, é especial. Foi uma grande honra poder contribuir. Desejo um grande ano para toda essa equipe”, declarou Occhi.
De acordo com o coordenador do GAESI, Eduardo Mário Dias, a implantação do smartAMOR é importante não só para o Hospital de Amor, mas para todo o país, pois representa uma revolução positiva no SUS. Trata-se de uma inovação mundial e, por isso, é necessária muita precisão em sua aplicação. “Vai ser um desafio muito grande integrar a base de dados de diversos setores, mas nós vamos trazer o conhecimento de outras áreas. Ao todo, são 12 profissionais da USP envolvidos no projeto, além da minha participação acadêmica e de outro professor. Agradeço à equipe do HA por nos permitir desenvolver algo tão importante, com esse grau de ousadia”, contou.
Tecnologia
Para o gerente do departamento de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital de Amor, Luís Alexandre Covello, o projeto irá possibilitar que a instituição continue evoluindo na busca por conhecimento na luta contra o câncer. “Só para termos uma ideia da importância do smartAMOR: em 2005, quando o Hospital ainda dava seus primeiros passos na área de informática, nós tínhamos 2 equipamentos dessa ‘camada’ que vamos ter em 2019, ou seja, eram 2 servidores para sustentar 300 pontos de rede. Agora, contamos com mais de 30 servidores e 300 pontos de rede, com infraestrutura e de maneira integrada. Esses 14 anos de crescimento da TI (que também acompanha a evolução do HA) mostram o valor do projeto e dessa revolução”, finalizou Covello.
A estimativa é de que o smartAMOR inicie suas atividades após a instalação de toda a infraestrutura de tecnologia e da implementação da patologia digital de milhares de exames realizados anualmente.
Com intuito de gerar reflexões e promover trocas de experiências relacionadas ao tratamento radioterápico, o Hospital de Amor, em parceria com a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e a reconhecida empresa do ramo radiológico, Varian Medical Systems, realizou o congresso internacional de radioterapia “Barretos-UCLA Week.” Nos dias 14, 16 e 17 de novembro, o evento reuniu, no IRCAD América Latina, profissionais do HA, médicos de todo o Brasil e representantes da universidade norte-americana, para debater sobre as novas tecnologias aplicadas na área e compartilhar os conhecimentos de inovações no tratamento de câncer.
De acordo com o médico e professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles, Dr. Percy Lee, o simpósio é extremamente importante para as instituições envolvidas, principalmente em relação ao compartilhamento de ideias e novas técnicas. “Graças a eventos como esse, nós podemos aprender uns com os outros. Sei que os colegas que atuam no Hospital de Amor estão sempre buscando aprender e otimizar o desenvolvimento de seus trabalhos, adaptando-se às novas tecnologias. Por isso, embora os cursos sejam de curta duração, são muito produtivos, e quem ganha são os pacientes e toda a comunidade”, relatou. Durante sua palestra, Lee afirmou estar impressionado com a estrutura da instituição e qualificou-a como um dos melhores hospitais do país.
Para o coordenador do departamento de radioterapia do HA, Dr. Alisson Bruno Barcelos Borges, o congresso reforça o laço de amizade e a parceria institucional com a UCLA. “Essa parceria tem melhorado significativamente a questão cientifica do nosso departamento, além de ter melhorado a qualidade do tratamento que nós oferecemos aos nossos pacientes”, declarou.
Os 200 profissionais que participaram do evento, entre eles, oito convidados que atuam na UCLA, além de médicos, físicos, enfermeiros e técnicos do hospital, se dividiram em dois grupos: radioterapia e física médica. Dentro desses segmentos, discutiram assuntos multidisciplinares sobre radioterapia, oncologia clínica, cirurgia, suporte clínico, entre outros relacionados ao tratamento dos pacientes.
Edições anteriores
Essa foi a segunda edição do congresso em que profissionais de outras instituições puderam participar. Após a consolidação da parceria entre as duas instituições, o evento se expandiu e foi aberto ao público do segmento, crescendo ano a ano.
Para o rádio-oncologista que atua na Santa Casa de Araraquara (SP) e de São Carlos (SP), Dr. Guilherme Paulão Mendes, é enriquecedor poder aprender com os profissionais americanos sobre novas tecnologias. “Na instituição de Araraquara, nós iremos passar por uma reforma e será necessário levar novos equipamentos, que irão contribuir para um atendimento mais eficaz aos nossos pacientes. Por isso, é fundamental que a gente tenha contato com essas tecnologias e com essa troca de experiências. Esse tipo de simpósio que o Hospital de Amor realiza é muito importante para todos nós”, finalizou.