Você sabia que, no Brasil, o câncer de estômago é o quarto tipo mais frequente entre os homens e o sexto entre as mulheres? E que sua estimativa de novos casos, de acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), é de 21.290, sendo 13.540 em homens e 7.750 em mulheres? Mas afinal, qual a função do estômago e sua importância para o corpo humano?
O estômago é um órgão em forma de “J”, situado na parte superior do abdômen. Faz parte do sistema digestivo, cuja responsabilidade é processar os alimentos ingeridos, extraindo deles nutrientes (vitaminas, minerais, carboidratos, gorduras, proteínas e água). Os alimentos são conduzidos da garganta para o estômago, através de um tubo oco e muscular, chamado esôfago. Após deixar o estômago, os alimentos parcialmente digeridos passam para o intestino delgado e depois para o intestino grosso (cólon).
A parede do estômago é constituída por três camadas de tecido: a camada mucosa (que fica em contato com os alimentos), a camada muscular (camada média), e a camada serosa (externa, a que reveste o estômago).
E o que é o câncer do estômago?
O câncer de estômago (ou câncer gástrico) é o crescimento de células anormais no órgão desse sistema digestivo e pode ocorrer em qualquer local de sua extensão. Grande parte desse tipo de tumor ocorre na camada mucosa, surgindo na forma de pequenas lesões irregulares, com ulcerações (rompimento do tecido) – características de cânceres ou tumores malignos. Conforme a evolução da doença, essas células cancerígenas vão gradualmente substituindo o tecido normal do órgão, migrando para outras partes, podendo até chegar a outros lugares do organismo.
Com o pico de incidência em pessoas do sexo masculino de idade mais avançada (cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com idade superior a 50 anos), o câncer de estômago se apresenta como o terceiro mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres. Dados do INCA revelam que o número de mortes por esse tipo de tumor chega a 14.314, sendo 9.207 em homens e 5.107 em mulheres.
Tipos de câncer de estômago
Os tumores de estômago se apresentam em três diferentes tipos: o adenocarcinoma – responsável por 95% dos tumores; o linfoma – diagnosticado em 3% dos casos; e o leiomiossarcoma – com início em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos.
Adenocarcinoma – é um tipo de câncer que possui características secretórias, se originando em tecidos glandulares.
Linfoma – é um tipo de câncer que tem origem nos linfonodos (gânglios) por todo o corpo, principalmente no timo, baço, amídalas, medula óssea e tecidos linfáticos no intestino. Assim como outros tipos de linfomas, eles são divididos em subtipos entre Linfoma de Hodgkin e Linfoma Não Hodgkin.
O linfoma do estômago apresenta uma incidência baixa (3%), podendo ser dividido em dois tipos:
– Linfoma Gástrico MALT: um tipo de linfoma associado à mucosa constituída por células pequenas e com baixo grau de malignidade.
– Linfoma de células grandes: com alto grau de malignidade, porém, com uma incidência muito rara (quando comparado ao primeiro).
Leiomiossarcoma – é um dos tumores benignos da musculatura lisa do estômago, geralmente também localizado em qualquer outro órgão. Sua incidência é baixa.
• Pólipos Gástricos
É o nome dado a um crescimento anormal de um tecido proveniente de uma membrana mucosa. Desenvolve-se nas cavidades de uma mucosa, podendo ter diferentes constituições e formatos. No estômago, os pólipos podem ser divididos em Adenoma e Pólipos Hiperplásicos.
– Adenoma: consiste em nódulos de epitélio displásico. Ocorrem quase que exclusivamente no antro (porção inicial do estômago), fazendo parte da Síndrome de Gardner (um transtorno genético que ocasiona a presença de múltiplos pólipos) ou gastrite crônica atrófica (condição em que as células da mucosa do estômago são diminuídas, prejudicando a produção do ácido gástrico responsável pela digestão dos alimentos).
A maioria dos carcinomas associados ao adenoma gástrico são maiores que 2 cm de diâmetro. Acredita-se que são necessários 10 a 15 anos para um adenoma se transformar em carcinoma.
– Pólipos Hiperplásicos: são os mais comuns pólipos do estômago (50 a 90% dos pólipos gástricos) e dois terços deles ocorrem no antro (porção inicial do estômago). A anormalidade básica é a hiperplasia (aumento excessivo do número de células) e eles se desenvolvem na mucosa gástrica atrófica. Pode haver associação com o Helicobacter pylori (também conhecido como ‘H. Pylori’). O tratamento é a remoção endoscópica ou cirúrgica.
• Tumores carcinoides
Representam 3% de todos os tumores carcinoides gastrointestinais. Existem três subtipos desse tumor no estômago:
– Carcinoide associado com gastrite atrófica crônica do tipo A com ou sem anemia perniciosa.
A gastrite do tipo A é causada por anticorpos contra as células parietais e o fator intrínseco, agindo na mucosa fúndica, causa atrofia glandular acloridria e eventualmente anemia perniciosa.
– Carcinoide associado com a síndrome de Zollinger-Ellison.
A síndrome de Zollinger-Ellison é o nome dado ao distúrbio causado por níveis excessivos do hormônio gastrina. A presença excessiva deste hormônio, por sua vez, faz o estômago produzir ácido clorídrico em excesso.
Esse distúrbio pode gerar um tipo de tumor que representa 8,6% dos tumores carcinoides gástricos e ocorrem quase que exclusivamente em pacientes com síndrome MEN-1 (Neoplasia Endócrina Múltipla). A hipergastrinemia está associada ao gastrinoma no pâncreas. O tratamento consiste em remover o gastrinoma ou a gastrectomia total.
– Tumor carcinoide de forma esporádica.
Não associados ao excesso de gastrina, esse tipo corresponde a 25% dos tumores carcinoides gástricos e têm um prognóstico pior que os tumores carcinoides associados à gastrite atrófica crônica e a síndrome de Zollinger-Ellinson. Como os tumores geralmente são grandes e a doença mais avançada, o tratamento necessita de cirurgia associada a radio e quimioterapia.
Sintomas do câncer de estômago
Estes sintomas podem caracterizar o câncer gástrico, mas outras condições ou doenças também podem causar os mesmos sintomas.
– Dor epigástrica (região central do abdômen – “boca do estômago”);
– Sensação de “estômago cheio” após as refeições e perda do apetite durante as refeições;
– Emagrecimento;
– Vômitos;
– Vômitos com sangue;
– Azia intensa;
– Diarreia;
– Constipação;
– Fadiga e Fraqueza;
– Fezes com sangue ou muito escurecidas (tipo borra de café);
– Dificuldade para se alimentar.
Deve-se tomar cuidado, pois esses sintomas muitas vezes não são percebidos pelos pacientes e só se tornam evidentes quando o tumor atinge um tamanho suficiente para diminuir o espaço de passagem do alimento.
Existem sintomas comuns em estágios avançados, como o emagrecimento intenso (caquexia) e pele e olhos amarelados pelo acúmulo do material metabólico de bilirrubina (icterícia). O paciente com câncer de estômago em estágios avançados também pode sentir dor quando o estômago é palpado.
Se você notar a persistência de qualquer desses sintomas, é necessário procurar um médico especialista na área gástrica, como um gastroenterologista.
Prevenção de câncer de estômago
Por ser um órgão que recebe diretamente os alimentos, a dieta é um fator essencial para a prevenção do câncer de estômago. O consumo excessivo de certos tipos de alimentos, suas conservações e a ausência de alguns deles, podem colaborar com a formação de um tumor.
Abaixo, relacionamos quais são essas condutas alimentares:
– Evitar a ingestão excessiva de nitritos e nitratos: os nitritos e nitratos podem ser encontrados em carnes e peixes em que se utiliza o método secagem para sua preservação – utilizado, por exemplo, em alimentos defumados. O nitrito, ao ser recebido no estômago, transforma-se em nitrosaminas, substâncias altamente cancerígenas.
– Evitar o consumo excessivo de alimentos enlatados, defumados, corantes ou alimentos conservados em sal.
– Evitar o consumo de alimentos guardados fora da geladeira ou mal conservados.
– Evitar o consumo de água com poços com altas concentrações de nitrato.
– Evitar uma alimentação carente das vitaminas A e C.
– Consumir carnes e peixes regularmente.
– Consumir frutas e verduras frescas, contendo ácido ascórbico e beta caroteno.
Esses elementos são benéficos por evitar que os nitritos se transformem em nitrosaminas.
Fatores de risco de câncer de estômago
Os fatores de risco para câncer gástrico incluem:
– Infecção do estômago por Helicobacter pylori (H. pylori), que são bactérias que vivem no estômago humano, responsáveis por alguns tipos de gastrite, úlcera e cancros. Seu formato permite atravessar com facilidade a camada de muco protetora do epitélio gástrico.
– Gastrite crônica (inflamação do estômago).
– Realização de cirurgia para úlcera.
– Anemia perniciosa: distúrbio que pode ocasionar facilitação ou dificuldade de absorção da vitamina B12 pelas células gástricas parietais (responsáveis pela liberação de ácido hidroclorídrico).
– Metaplasia intestinal: uma condição na qual o revestimento normal do estômago passa a ser do tipo de células que revestem o intestino.
– Polipose adenomatosa familiar (PAF): condição hereditária que gera inúmeros pólipos no intestino grosso.
– Pólipos gástricos.
– Tabagismo.
– Tabagismo associado ao consumo de álcool.
– Ter uma mãe, pai, irmã ou irmão que teve câncer de estômago.
Diagnóstico de câncer de estômago
O diagnóstico para esse tipo de câncer pode ser feito através de alguns exames:
– Exames de sangue (bioquímica): um procedimento em que uma amostra de sangue é coletada para medir a quantidade de certas substâncias liberadas no sangue, órgãos e tecidos do organismo. Uma quantidade alterada (superior ou inferior à normal) de uma substância pode ser um sinal de doença no órgão ou tecido que a produz. Nesse procedimento, o hemograma completo (um procedimento em que uma amostra do sangue é extraída e analisada) procura verificar:
– O número de glóbulos vermelhos (hemácias, que carregam o oxigênio), os glóbulos brancos (células de defesa) e plaquetas (responsáveis por ajudar a conter sangramentos).
– A quantidade de hemoglobina (proteína que transporta oxigênio) nas células vermelhas do sangue.
– Endoscopia: um procedimento para examinar o interior do esôfago, estômago e duodeno (primeira parte do intestino delgado), para verificar a ocorrência de áreas anormais. Um endoscópio (um tubo fino e iluminado) é passado através da boca e da garganta para o esôfago.
– Sangue oculto nas fezes: um teste para verificar a presença de sangue oculto nas fezes, que só pode ser visto com a ajuda de um microscópio. Pequenas amostras de fezes são colocadas em placas especiais e é feita a sua análise no laboratório.
– EED: é uma série de raios-x do esôfago e do estômago. O paciente bebe um líquido (contraste) que contém uma substância (bário) que os raios-X não conseguem atravessar, fazendo, desse modo, que seja possível enxergar melhor os órgãos a serem analisados. Este procedimento também pode ser chamado de seriografia gastrointestinal superior (seriografia do esôfago, estômago e duodeno) quando estes três órgãos são analisados.
– Biópsia: é a remoção de amostras de células ou tecidos para possibilitar a análise através de um microscópio, por um médico patologista, para verificar se há sinais de câncer ou algum outro tipo de doença. A biópsia geralmente é feita durante a endoscopia. Às vezes, uma biópsia pode mostrar alterações no estômago que não são câncer, mas que podem levar ao câncer.
– TC (Tomografia Computadorizada): é o exame no qual é feita uma série de imagens detalhadas de áreas no interior do corpo, tomadas de ângulos diferentes. As imagens são feitas por um computador ligado a uma máquina de raios-X. Um contraste pode ser injetado em uma veia, ingerido, ou ainda injetado através do reto para ajudar os órgãos ou tecidos a aparecem mais claramente.
Estadiamento do câncer de estômago
Alguns exames e procedimentos podem ser utilizados no processo de estadiamento da doença, entretanto, nem todos são necessários a todos os pacientes.
– Exames de β-hCG (Beta-gonadotrofina coriônica humana), CA-125 e CEA (Antígeno carcinoembrionário): são exames que medem os níveis de β-hCG, CA-125 e CEA no sangue. Essas substâncias são liberadas na corrente sanguínea, tanto por células sadias, quanto por células cancerígenas. Quando encontradas em quantidades mais elevadas do que normal, esses elementos podem representar um sinal de câncer gástrico ou outras doenças.
– Radiografia de tórax: é um raio X dos órgãos e ossos dentro do peito. Um raio-x é um tipo de raio de energia que pode atravessar o corpo e realizar um retrato de áreas dentro do corpo.
– Ultrassonografia endoscópica: é um procedimento em que um endoscópio é inserido no corpo, geralmente através da boca. Um endoscópio é um instrumento fino, de forma tubular, com uma luz e uma lente para a visão. A sonda na ponta do endoscópio é usada para produzir ondas sonoras de alta energia (ultrassom) e fazer ecos. Os ecos formam imagens dos tecidos do corpo possibilitando a avaliação do médico. Este procedimento também é chamado de endossonografia.
– TC (Tomografia Computadorizada): é o exame no qual são feitas uma série de imagens detalhadas de áreas no interior do corpo, tomadas de ângulos diferentes. As imagens são feitas por um computador ligado a uma máquina de raios-X. Um contraste pode ser injetado em uma veia, ingerido, ou ainda injetado através do reto para ajudar os órgãos ou tecidos a aparecem mais claramente.
– Laparoscopia: é um procedimento cirúrgico para olhar os órgãos dentro do abdômen para checar sinais de doença. Pequenas incisões (cortes) são feitas na parede do abdômen e um laparoscópio (um tubo fino e iluminado) é inserido em uma das incisões. Outros instrumentos podem ser inseridos através das incisões para realizar procedimentos, como a remoção de amostras de tecidos para pesquisas. Pode também, em alguns casos, realizar-se parte da cirurgia para tratamento por esse método.
– PET Scan (Tomografia por emissão de pósitrons scan): é um exame que combina a tomografia computadorizada e uma espécie de cintilografia. É utilizada uma substância radioativa (fluordesoxiglicose – FDG), que é injetada por uma veia e é mais absorvida por células tumorais, fazendo com que o câncer possa ser diagnosticado ou analisado com grande precisão.
Tratamento do câncer de estômago
Três tipos de tratamento são utilizados para o câncer de estomago. São eles:
– Cirurgia: é o tratamento mais comum para todos os estágios do câncer de estômago. Os seguintes tipos de cirurgia podem ser utilizados:
• Gastrectomia subtotal: remoção de parte do estômago que contém o câncer, linfonodos próximos, tecidos ou órgãos que possam estar acometidos pelo tumor.
• Gastrectomia total: remoção de todo o estômago, os linfonodos próximos, parte do esôfago, duodeno e outros tecidos próximos ao tumor. O baço pode ser removido. O esôfago é ligado ao intestino delgado para que o paciente possa continuar a comer e engolir. Se o tumor está obstruindo o estômago, mas o câncer não pode ser completamente removido por cirurgia, pode se realizar a colocação de uma prótese (um tubo fino e expansível), realizado através de endoscopia, a fim de manter uma passagem para o alimento.
– Radioterapia: a radioterapia é um tratamento contra o câncer que utiliza tipos de radiação para matar células cancerígenas ou impedi-las de crescer. Existem dois tipos de radioterapia: a terapia de radiação externa – a mais comum, que utiliza uma máquina para enviar radiação para o câncer; e a terapia de radiação interna (braquiterapia) – na qual a substância radioativa é colocada diretamente em contato com o tecido tumoral.
– Quimioterapia: um tratamento de câncer que usa medicamentos (remédios) para parar o crescimento das células cancerosas, matá-las ou impedi-las de se dividir. Quando a quimioterapia é tomada via oral ou injetada numa veia ou músculo, os remédios entram na corrente sanguínea e podem atingir as células cancerosas por todo o corpo (quimioterapia sistêmica). Quando a quimioterapia é colocada diretamente na coluna vertebral, um órgão ou uma cavidade do corpo, como o abdômen, as drogas afetam principalmente as células do câncer nessas áreas (quimioterapia regional). A forma como a quimioterapia é dada depende do tipo e estágio do câncer a ser tratado.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 30% de todos os tumores malignos diagnosticados no Brasil correspondem ao câncer de pele, que é o mais comum no país, com cerca de 176 mil novos casos por ano. Existem 2 tipos de câncer de pele: o câncer de pele não melanoma e o melanoma. Este segundo é o tipo menos frequente e apresenta um prognóstico menos favorável e um alto índice de mortalidade, por ser um câncer de pele mais agressivo. No entanto, quando há detecção precoce da doença, as chances de cura deste câncer são de mais de 90%.
Com o objetivo de promover o diagnóstico precoce do câncer de pele e orientar a população quanto as medidas necessárias para evitar este tipo de câncer, o HA promoveu uma ação especial, no dia 7 de dezembro, com o apoio de uma unidade móvel, na praça Francisco Barreto, em Barretos (SP). Médicas especialistas em dermatologia e uma equipe formada por enfermeiros e técnicos estavam à disposição para avaliar as pessoas com lesões de pele suspeitas para câncer de pele.
De acordo com a dermatologista do HA, Dra. Cristiane Cárcano, os sinais e sintomas do câncer de pele são muito variáveis. Porém, de um modo geral, alguns sinais de alerta para o câncer de pele são: a mudança na aparência de manchas de nascença, o crescimento rápido de alguma pinta ou de uma lesão de pele nova, a mudança na coloração ou na textura de um sinal ou de uma pinta. Outro cuidado importante também é atentar-se ao surgimento de feridas que sangram e que não cicatrizam.
Cuidados necessários e tratamento
A especialista afirma que evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação ultravioleta são as melhores estratégias para prevenir o câncer de pele. Segundo Cristiane, os grupos de maior risco para desenvolver o câncer de pele são as pessoas de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros, as pessoas que trabalham expostas ao sol e aqueles com história familiar de câncer de pele. “Pessoas com histórico de queimaduras solares e aquelas que possuem muitas pintas também devem redobrar a atenção e os cuidados. Fique atento, pois as principais medidas de proteção são: usar chapéus, camisetas, óculos escuros; cobrir as áreas expostas ao sol com roupas apropriadas; evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas; usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão. É importante utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Além de reaplicar o protetor solar a cada 2 horas ou menos, nas atividades de lazer realizadas ao ar livre. É importante observar regularmente a própria pele, ou seja, ficar atento ao surgimento de pintas ou sinais suspeitos; e sempre manter bebês e crianças protegidos do sol. Os filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses, e sempre consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo”, afirma a especialista.
A profissional esclarece ainda que o tratamento de câncer de pele varia conforme o tipo, o tamanho, a agressividade e a localização do tumor, bem como, a idade e o estado geral de saúde do paciente. Segundo a especialista, algumas opções de tratamento são a cirurgia, a radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia, o uso de medicações orais e em forma de cremes.
Parceria e Ação
A viabilização deste importante projeto só foi possível graças a uma parceria firmada com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que possibilitou que Hospital de Amor pudesse atuar com um posto de atendimento à população. Dra. Cristiane explica que a SBD fornece material de apoio para divulgar a campanha. Além disso, o HA também contou com o apoio das empresas Johnson & Johnson, L´Oréal Divisão Cosmética Ativa, Mantecorp e Galderma, que foram as patrocinadoras da campanha do câncer da pele de 2019 – ‘Dezembro Laranja’.
Durante todo o dia da ação, foram entregues amostras de protetor solar disponibilizadas pelas empresas parceiras. A equipe do Instituto de Prevenção do HA considera a ação um sucesso, uma vez que, após a realização da análise na pele de diversas pessoas, ao todo, 21 casos foram encaminhados para a realização de exames de biópsia.
Você sabia que, no Brasil, o câncer de estômago é o quarto tipo mais frequente entre os homens e o sexto entre as mulheres? E que sua estimativa de novos casos, de acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), é de 21.290, sendo 13.540 em homens e 7.750 em mulheres? Mas afinal, qual a função do estômago e sua importância para o corpo humano?
O estômago é um órgão em forma de “J”, situado na parte superior do abdômen. Faz parte do sistema digestivo, cuja responsabilidade é processar os alimentos ingeridos, extraindo deles nutrientes (vitaminas, minerais, carboidratos, gorduras, proteínas e água). Os alimentos são conduzidos da garganta para o estômago, através de um tubo oco e muscular, chamado esôfago. Após deixar o estômago, os alimentos parcialmente digeridos passam para o intestino delgado e depois para o intestino grosso (cólon).
A parede do estômago é constituída por três camadas de tecido: a camada mucosa (que fica em contato com os alimentos), a camada muscular (camada média), e a camada serosa (externa, a que reveste o estômago).
E o que é o câncer do estômago?
O câncer de estômago (ou câncer gástrico) é o crescimento de células anormais no órgão desse sistema digestivo e pode ocorrer em qualquer local de sua extensão. Grande parte desse tipo de tumor ocorre na camada mucosa, surgindo na forma de pequenas lesões irregulares, com ulcerações (rompimento do tecido) – características de cânceres ou tumores malignos. Conforme a evolução da doença, essas células cancerígenas vão gradualmente substituindo o tecido normal do órgão, migrando para outras partes, podendo até chegar a outros lugares do organismo.
Com o pico de incidência em pessoas do sexo masculino de idade mais avançada (cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com idade superior a 50 anos), o câncer de estômago se apresenta como o terceiro mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres. Dados do INCA revelam que o número de mortes por esse tipo de tumor chega a 14.314, sendo 9.207 em homens e 5.107 em mulheres.
Tipos de câncer de estômago
Os tumores de estômago se apresentam em três diferentes tipos: o adenocarcinoma – responsável por 95% dos tumores; o linfoma – diagnosticado em 3% dos casos; e o leiomiossarcoma – com início em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos.
Adenocarcinoma – é um tipo de câncer que possui características secretórias, se originando em tecidos glandulares.
Linfoma – é um tipo de câncer que tem origem nos linfonodos (gânglios) por todo o corpo, principalmente no timo, baço, amídalas, medula óssea e tecidos linfáticos no intestino. Assim como outros tipos de linfomas, eles são divididos em subtipos entre Linfoma de Hodgkin e Linfoma Não Hodgkin.
O linfoma do estômago apresenta uma incidência baixa (3%), podendo ser dividido em dois tipos:
– Linfoma Gástrico MALT: um tipo de linfoma associado à mucosa constituída por células pequenas e com baixo grau de malignidade.
– Linfoma de células grandes: com alto grau de malignidade, porém, com uma incidência muito rara (quando comparado ao primeiro).
Leiomiossarcoma – é um dos tumores benignos da musculatura lisa do estômago, geralmente também localizado em qualquer outro órgão. Sua incidência é baixa.
• Pólipos Gástricos
É o nome dado a um crescimento anormal de um tecido proveniente de uma membrana mucosa. Desenvolve-se nas cavidades de uma mucosa, podendo ter diferentes constituições e formatos. No estômago, os pólipos podem ser divididos em Adenoma e Pólipos Hiperplásicos.
– Adenoma: consiste em nódulos de epitélio displásico. Ocorrem quase que exclusivamente no antro (porção inicial do estômago), fazendo parte da Síndrome de Gardner (um transtorno genético que ocasiona a presença de múltiplos pólipos) ou gastrite crônica atrófica (condição em que as células da mucosa do estômago são diminuídas, prejudicando a produção do ácido gástrico responsável pela digestão dos alimentos).
A maioria dos carcinomas associados ao adenoma gástrico são maiores que 2 cm de diâmetro. Acredita-se que são necessários 10 a 15 anos para um adenoma se transformar em carcinoma.
– Pólipos Hiperplásicos: são os mais comuns pólipos do estômago (50 a 90% dos pólipos gástricos) e dois terços deles ocorrem no antro (porção inicial do estômago). A anormalidade básica é a hiperplasia (aumento excessivo do número de células) e eles se desenvolvem na mucosa gástrica atrófica. Pode haver associação com o Helicobacter pylori (também conhecido como ‘H. Pylori’). O tratamento é a remoção endoscópica ou cirúrgica.
• Tumores carcinoides
Representam 3% de todos os tumores carcinoides gastrointestinais. Existem três subtipos desse tumor no estômago:
– Carcinoide associado com gastrite atrófica crônica do tipo A com ou sem anemia perniciosa.
A gastrite do tipo A é causada por anticorpos contra as células parietais e o fator intrínseco, agindo na mucosa fúndica, causa atrofia glandular acloridria e eventualmente anemia perniciosa.
– Carcinoide associado com a síndrome de Zollinger-Ellison.
A síndrome de Zollinger-Ellison é o nome dado ao distúrbio causado por níveis excessivos do hormônio gastrina. A presença excessiva deste hormônio, por sua vez, faz o estômago produzir ácido clorídrico em excesso.
Esse distúrbio pode gerar um tipo de tumor que representa 8,6% dos tumores carcinoides gástricos e ocorrem quase que exclusivamente em pacientes com síndrome MEN-1 (Neoplasia Endócrina Múltipla). A hipergastrinemia está associada ao gastrinoma no pâncreas. O tratamento consiste em remover o gastrinoma ou a gastrectomia total.
– Tumor carcinoide de forma esporádica.
Não associados ao excesso de gastrina, esse tipo corresponde a 25% dos tumores carcinoides gástricos e têm um prognóstico pior que os tumores carcinoides associados à gastrite atrófica crônica e a síndrome de Zollinger-Ellinson. Como os tumores geralmente são grandes e a doença mais avançada, o tratamento necessita de cirurgia associada a radio e quimioterapia.
Sintomas do câncer de estômago
Estes sintomas podem caracterizar o câncer gástrico, mas outras condições ou doenças também podem causar os mesmos sintomas.
– Dor epigástrica (região central do abdômen – “boca do estômago”);
– Sensação de “estômago cheio” após as refeições e perda do apetite durante as refeições;
– Emagrecimento;
– Vômitos;
– Vômitos com sangue;
– Azia intensa;
– Diarreia;
– Constipação;
– Fadiga e Fraqueza;
– Fezes com sangue ou muito escurecidas (tipo borra de café);
– Dificuldade para se alimentar.
Deve-se tomar cuidado, pois esses sintomas muitas vezes não são percebidos pelos pacientes e só se tornam evidentes quando o tumor atinge um tamanho suficiente para diminuir o espaço de passagem do alimento.
Existem sintomas comuns em estágios avançados, como o emagrecimento intenso (caquexia) e pele e olhos amarelados pelo acúmulo do material metabólico de bilirrubina (icterícia). O paciente com câncer de estômago em estágios avançados também pode sentir dor quando o estômago é palpado.
Se você notar a persistência de qualquer desses sintomas, é necessário procurar um médico especialista na área gástrica, como um gastroenterologista.
Prevenção de câncer de estômago
Por ser um órgão que recebe diretamente os alimentos, a dieta é um fator essencial para a prevenção do câncer de estômago. O consumo excessivo de certos tipos de alimentos, suas conservações e a ausência de alguns deles, podem colaborar com a formação de um tumor.
Abaixo, relacionamos quais são essas condutas alimentares:
– Evitar a ingestão excessiva de nitritos e nitratos: os nitritos e nitratos podem ser encontrados em carnes e peixes em que se utiliza o método secagem para sua preservação – utilizado, por exemplo, em alimentos defumados. O nitrito, ao ser recebido no estômago, transforma-se em nitrosaminas, substâncias altamente cancerígenas.
– Evitar o consumo excessivo de alimentos enlatados, defumados, corantes ou alimentos conservados em sal.
– Evitar o consumo de alimentos guardados fora da geladeira ou mal conservados.
– Evitar o consumo de água com poços com altas concentrações de nitrato.
– Evitar uma alimentação carente das vitaminas A e C.
– Consumir carnes e peixes regularmente.
– Consumir frutas e verduras frescas, contendo ácido ascórbico e beta caroteno.
Esses elementos são benéficos por evitar que os nitritos se transformem em nitrosaminas.
Fatores de risco de câncer de estômago
Os fatores de risco para câncer gástrico incluem:
– Infecção do estômago por Helicobacter pylori (H. pylori), que são bactérias que vivem no estômago humano, responsáveis por alguns tipos de gastrite, úlcera e cancros. Seu formato permite atravessar com facilidade a camada de muco protetora do epitélio gástrico.
– Gastrite crônica (inflamação do estômago).
– Realização de cirurgia para úlcera.
– Anemia perniciosa: distúrbio que pode ocasionar facilitação ou dificuldade de absorção da vitamina B12 pelas células gástricas parietais (responsáveis pela liberação de ácido hidroclorídrico).
– Metaplasia intestinal: uma condição na qual o revestimento normal do estômago passa a ser do tipo de células que revestem o intestino.
– Polipose adenomatosa familiar (PAF): condição hereditária que gera inúmeros pólipos no intestino grosso.
– Pólipos gástricos.
– Tabagismo.
– Tabagismo associado ao consumo de álcool.
– Ter uma mãe, pai, irmã ou irmão que teve câncer de estômago.
Diagnóstico de câncer de estômago
O diagnóstico para esse tipo de câncer pode ser feito através de alguns exames:
– Exames de sangue (bioquímica): um procedimento em que uma amostra de sangue é coletada para medir a quantidade de certas substâncias liberadas no sangue, órgãos e tecidos do organismo. Uma quantidade alterada (superior ou inferior à normal) de uma substância pode ser um sinal de doença no órgão ou tecido que a produz. Nesse procedimento, o hemograma completo (um procedimento em que uma amostra do sangue é extraída e analisada) procura verificar:
– O número de glóbulos vermelhos (hemácias, que carregam o oxigênio), os glóbulos brancos (células de defesa) e plaquetas (responsáveis por ajudar a conter sangramentos).
– A quantidade de hemoglobina (proteína que transporta oxigênio) nas células vermelhas do sangue.
– Endoscopia: um procedimento para examinar o interior do esôfago, estômago e duodeno (primeira parte do intestino delgado), para verificar a ocorrência de áreas anormais. Um endoscópio (um tubo fino e iluminado) é passado através da boca e da garganta para o esôfago.
– Sangue oculto nas fezes: um teste para verificar a presença de sangue oculto nas fezes, que só pode ser visto com a ajuda de um microscópio. Pequenas amostras de fezes são colocadas em placas especiais e é feita a sua análise no laboratório.
– EED: é uma série de raios-x do esôfago e do estômago. O paciente bebe um líquido (contraste) que contém uma substância (bário) que os raios-X não conseguem atravessar, fazendo, desse modo, que seja possível enxergar melhor os órgãos a serem analisados. Este procedimento também pode ser chamado de seriografia gastrointestinal superior (seriografia do esôfago, estômago e duodeno) quando estes três órgãos são analisados.
– Biópsia: é a remoção de amostras de células ou tecidos para possibilitar a análise através de um microscópio, por um médico patologista, para verificar se há sinais de câncer ou algum outro tipo de doença. A biópsia geralmente é feita durante a endoscopia. Às vezes, uma biópsia pode mostrar alterações no estômago que não são câncer, mas que podem levar ao câncer.
– TC (Tomografia Computadorizada): é o exame no qual é feita uma série de imagens detalhadas de áreas no interior do corpo, tomadas de ângulos diferentes. As imagens são feitas por um computador ligado a uma máquina de raios-X. Um contraste pode ser injetado em uma veia, ingerido, ou ainda injetado através do reto para ajudar os órgãos ou tecidos a aparecem mais claramente.
Estadiamento do câncer de estômago
Alguns exames e procedimentos podem ser utilizados no processo de estadiamento da doença, entretanto, nem todos são necessários a todos os pacientes.
– Exames de β-hCG (Beta-gonadotrofina coriônica humana), CA-125 e CEA (Antígeno carcinoembrionário): são exames que medem os níveis de β-hCG, CA-125 e CEA no sangue. Essas substâncias são liberadas na corrente sanguínea, tanto por células sadias, quanto por células cancerígenas. Quando encontradas em quantidades mais elevadas do que normal, esses elementos podem representar um sinal de câncer gástrico ou outras doenças.
– Radiografia de tórax: é um raio X dos órgãos e ossos dentro do peito. Um raio-x é um tipo de raio de energia que pode atravessar o corpo e realizar um retrato de áreas dentro do corpo.
– Ultrassonografia endoscópica: é um procedimento em que um endoscópio é inserido no corpo, geralmente através da boca. Um endoscópio é um instrumento fino, de forma tubular, com uma luz e uma lente para a visão. A sonda na ponta do endoscópio é usada para produzir ondas sonoras de alta energia (ultrassom) e fazer ecos. Os ecos formam imagens dos tecidos do corpo possibilitando a avaliação do médico. Este procedimento também é chamado de endossonografia.
– TC (Tomografia Computadorizada): é o exame no qual são feitas uma série de imagens detalhadas de áreas no interior do corpo, tomadas de ângulos diferentes. As imagens são feitas por um computador ligado a uma máquina de raios-X. Um contraste pode ser injetado em uma veia, ingerido, ou ainda injetado através do reto para ajudar os órgãos ou tecidos a aparecem mais claramente.
– Laparoscopia: é um procedimento cirúrgico para olhar os órgãos dentro do abdômen para checar sinais de doença. Pequenas incisões (cortes) são feitas na parede do abdômen e um laparoscópio (um tubo fino e iluminado) é inserido em uma das incisões. Outros instrumentos podem ser inseridos através das incisões para realizar procedimentos, como a remoção de amostras de tecidos para pesquisas. Pode também, em alguns casos, realizar-se parte da cirurgia para tratamento por esse método.
– PET Scan (Tomografia por emissão de pósitrons scan): é um exame que combina a tomografia computadorizada e uma espécie de cintilografia. É utilizada uma substância radioativa (fluordesoxiglicose – FDG), que é injetada por uma veia e é mais absorvida por células tumorais, fazendo com que o câncer possa ser diagnosticado ou analisado com grande precisão.
Tratamento do câncer de estômago
Três tipos de tratamento são utilizados para o câncer de estomago. São eles:
– Cirurgia: é o tratamento mais comum para todos os estágios do câncer de estômago. Os seguintes tipos de cirurgia podem ser utilizados:
• Gastrectomia subtotal: remoção de parte do estômago que contém o câncer, linfonodos próximos, tecidos ou órgãos que possam estar acometidos pelo tumor.
• Gastrectomia total: remoção de todo o estômago, os linfonodos próximos, parte do esôfago, duodeno e outros tecidos próximos ao tumor. O baço pode ser removido. O esôfago é ligado ao intestino delgado para que o paciente possa continuar a comer e engolir. Se o tumor está obstruindo o estômago, mas o câncer não pode ser completamente removido por cirurgia, pode se realizar a colocação de uma prótese (um tubo fino e expansível), realizado através de endoscopia, a fim de manter uma passagem para o alimento.
– Radioterapia: a radioterapia é um tratamento contra o câncer que utiliza tipos de radiação para matar células cancerígenas ou impedi-las de crescer. Existem dois tipos de radioterapia: a terapia de radiação externa – a mais comum, que utiliza uma máquina para enviar radiação para o câncer; e a terapia de radiação interna (braquiterapia) – na qual a substância radioativa é colocada diretamente em contato com o tecido tumoral.
– Quimioterapia: um tratamento de câncer que usa medicamentos (remédios) para parar o crescimento das células cancerosas, matá-las ou impedi-las de se dividir. Quando a quimioterapia é tomada via oral ou injetada numa veia ou músculo, os remédios entram na corrente sanguínea e podem atingir as células cancerosas por todo o corpo (quimioterapia sistêmica). Quando a quimioterapia é colocada diretamente na coluna vertebral, um órgão ou uma cavidade do corpo, como o abdômen, as drogas afetam principalmente as células do câncer nessas áreas (quimioterapia regional). A forma como a quimioterapia é dada depende do tipo e estágio do câncer a ser tratado.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 30% de todos os tumores malignos diagnosticados no Brasil correspondem ao câncer de pele, que é o mais comum no país, com cerca de 176 mil novos casos por ano. Existem 2 tipos de câncer de pele: o câncer de pele não melanoma e o melanoma. Este segundo é o tipo menos frequente e apresenta um prognóstico menos favorável e um alto índice de mortalidade, por ser um câncer de pele mais agressivo. No entanto, quando há detecção precoce da doença, as chances de cura deste câncer são de mais de 90%.
Com o objetivo de promover o diagnóstico precoce do câncer de pele e orientar a população quanto as medidas necessárias para evitar este tipo de câncer, o HA promoveu uma ação especial, no dia 7 de dezembro, com o apoio de uma unidade móvel, na praça Francisco Barreto, em Barretos (SP). Médicas especialistas em dermatologia e uma equipe formada por enfermeiros e técnicos estavam à disposição para avaliar as pessoas com lesões de pele suspeitas para câncer de pele.
De acordo com a dermatologista do HA, Dra. Cristiane Cárcano, os sinais e sintomas do câncer de pele são muito variáveis. Porém, de um modo geral, alguns sinais de alerta para o câncer de pele são: a mudança na aparência de manchas de nascença, o crescimento rápido de alguma pinta ou de uma lesão de pele nova, a mudança na coloração ou na textura de um sinal ou de uma pinta. Outro cuidado importante também é atentar-se ao surgimento de feridas que sangram e que não cicatrizam.
Cuidados necessários e tratamento
A especialista afirma que evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação ultravioleta são as melhores estratégias para prevenir o câncer de pele. Segundo Cristiane, os grupos de maior risco para desenvolver o câncer de pele são as pessoas de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros, as pessoas que trabalham expostas ao sol e aqueles com história familiar de câncer de pele. “Pessoas com histórico de queimaduras solares e aquelas que possuem muitas pintas também devem redobrar a atenção e os cuidados. Fique atento, pois as principais medidas de proteção são: usar chapéus, camisetas, óculos escuros; cobrir as áreas expostas ao sol com roupas apropriadas; evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas; usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão. É importante utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Além de reaplicar o protetor solar a cada 2 horas ou menos, nas atividades de lazer realizadas ao ar livre. É importante observar regularmente a própria pele, ou seja, ficar atento ao surgimento de pintas ou sinais suspeitos; e sempre manter bebês e crianças protegidos do sol. Os filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses, e sempre consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo”, afirma a especialista.
A profissional esclarece ainda que o tratamento de câncer de pele varia conforme o tipo, o tamanho, a agressividade e a localização do tumor, bem como, a idade e o estado geral de saúde do paciente. Segundo a especialista, algumas opções de tratamento são a cirurgia, a radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia, o uso de medicações orais e em forma de cremes.
Parceria e Ação
A viabilização deste importante projeto só foi possível graças a uma parceria firmada com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que possibilitou que Hospital de Amor pudesse atuar com um posto de atendimento à população. Dra. Cristiane explica que a SBD fornece material de apoio para divulgar a campanha. Além disso, o HA também contou com o apoio das empresas Johnson & Johnson, L´Oréal Divisão Cosmética Ativa, Mantecorp e Galderma, que foram as patrocinadoras da campanha do câncer da pele de 2019 – ‘Dezembro Laranja’.
Durante todo o dia da ação, foram entregues amostras de protetor solar disponibilizadas pelas empresas parceiras. A equipe do Instituto de Prevenção do HA considera a ação um sucesso, uma vez que, após a realização da análise na pele de diversas pessoas, ao todo, 21 casos foram encaminhados para a realização de exames de biópsia.