Sabe aquele famoso: beber socialmente? Pois bem, quando o assunto é câncer até essa prática pode ser perigosa! Isso porque o álcool é, comprovadamente, um fator de risco para o desenvolvimento de diversos tipos da doença. De acordo com a Sociedade Americana de Oncologia Clínica, a recomendação é evitar-se completamente a ingestão de bebida alcoólica. E engana-se quem pensa que é por conta do ‘tipo de bebida’, mas sim pela quantidade consumida.
O oncologista clínico do Hospital de Amor, Dr. Gustavo Sanches Faria Pinto, explica que as pessoas que escolhem ingerir álcool devem limitar o consumo a não mais do que: um drinque por dia para mulheres (não gestantes) e dois drinques por dia para homens. “Um drinque padrão de álcool é definido como uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de destilado com 40% de álcool (por exemplo: vodka, whisky, gin, rum etc.). Transformando isso em gramas de álcool, gira em torno de 14 gramas! Ou seja: uma lata de cerveja comum no Brasil, a 4,5% de álcool, tem 12,5 gramas de álcool; uma dose de whisky, a 40% de álcool, tem 14 gramas de álcool. Isso quer dizer que consumir álcool acima de 14 g/dia, torna-se preocupante”, afirma.
Mas afinal, a bebida alcoólica traz algum tipo de benefício para o corpo? O HA fez uma entrevista exclusiva com o oncologista clínico para entender melhor o assunto e alertar todas as pessoas sobre a relação entre álcool e câncer. Confira e cuide da sua saúde!
– A bebida alcoólica é considerada um fator de risco para o desenvolvimento de câncer?
R.: Com certeza! O consumo de álcool é uma causa estabelecida de vários tipos de câncer (pelo menos sete), sendo o uso excessivo de álcool associado ao maior risco.
– Quais são os principais tipos de câncer associados ao consumo?
R.: Câncer de mama, vários tipos de câncer do trato gastrointestinal (esôfago, gástrico, colorretal, pâncreas, fígado e trato biliar) e cânceres de cabeça e pescoço (cavidade oral, orofaringe e laringe).
– Com que frequência o consumo de bebida alcoólica pode ser preocupante?
R.: Se estivermos falando de prevenção contra o câncer, o ideal é não beber álcool! De acordo com dados da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, consumir acima de 14 gramas de álcool por dia, é preocupante!
– Algum tipo de bebida alcoólica é pior? Neste caso, o teor alcoólico influencia?
R.: Não é o ‘tipo de bebida’, mas sim a quantidade ingerida de álcool. Na prática, uma lata de cerveja comum no Brasil a 4,5% de álcool, tem aproximadamente 12,5 gramas de álcool. Enquanto isso, uma dose de whisky a 40% de álcool tem 14 gramas de álcool.
– Existe algum benefício que o álcool traz para o corpo?
R.: Benefícios não! As diretrizes dietéticas Americanas de 2020 a 2025 aconselham não mais do que dois drinques por dia para homens e um drinque por dia para mulheres (não gestantes). Já outras diretrizes e especialistas desafiam essa visão de que exista alguma dose segura e recomendam evitar-se completamente o álcool.
– Paciente oncológico pode consumir álcool, mesmo que moderadamente?
R.: Não! Mesmo entre consumidores leves e moderados, alguns estudos indicam uma tendência para um aumento do risco de câncer, independente de outros fatores. Além disso, pacientes que estão em tratamento oncológico devem compartilhar todas as medicações, hábitos e vícios com seu médico, para que não haja fatores de confusão e as decisões sejam compartilhadas.
– Cirrose causada pelo excesso de álcool pode se desenvolver para um câncer?
R.: Com certeza! Cirrose de qualquer causa aumenta o risco de câncer de fígado. E esse risco varia de acordo com a idade, o sexo do paciente, a causa da cirrose e o grau de comprometimento hepático.
– Existe diferença entre o consumo de álcool de bebidas caseiras (o licor, por exemplo) e de bebidas industriais para o desenvolvimento de câncer?
R.: Não. O que importa, de fato, é o teor alcoólico, que deve ser inferior a 14 gramas por dia.
– Podemos afirmar que o álcool potencializa o surgimento e desenvolvimento de câncer?
R.: Sim! Estima-se que o consumo de álcool é responsável por, aproximadamente, 6% de todos os casos de câncer e 6% das mortes resultantes de câncer globalmente. Isso significa que quanto maior a ingestão, maior o risco. Além disso, existe também uma associação com o tabagismo: para algumas malignidades que estão ligadas tanto ao tabagismo quanto ao consumo de álcool, interações sinérgicas foram estabelecidas entre essas duas causas de câncer.
– O Hospital de Amor oferece algum tipo de apoio para o paciente oncológico que consome álcool?
R.: O HA possui uma equipe de psicologia ampla e experiente, que atua em todos os departamentos da instituição. O consumo de álcool pode ser um problema para a aderência e tolerância ao tratamento oncológico, portanto, se um paciente precisar de ajuda para abandonar o uso do álcool, nós temos os psicólogos ao nosso lado e, principalmente, ao lado dos pacientes nesse sentido.
– Nessa época de Carnaval, qual o seu recado para os foliões em relação ao consumo de álcool?
R.: Se for beber, beba com moderação, saiba os seus limites e, principalmente, não dirija. Divirta-se com responsabilidade! Aproveite o carnaval e mantenha-se hidratado. Vá de Uber/Táxi ou escolha alguém da turma para não beber. Priorize sua segurança e a do próximo. Celebre o carnaval com alegria, mas sempre com consciência!
Sabe aquele famoso: beber socialmente? Pois bem, quando o assunto é câncer até essa prática pode ser perigosa! Isso porque o álcool é, comprovadamente, um fator de risco para o desenvolvimento de diversos tipos da doença. De acordo com a Sociedade Americana de Oncologia Clínica, a recomendação é evitar-se completamente a ingestão de bebida alcoólica. E engana-se quem pensa que é por conta do ‘tipo de bebida’, mas sim pela quantidade consumida.
O oncologista clínico do Hospital de Amor, Dr. Gustavo Sanches Faria Pinto, explica que as pessoas que escolhem ingerir álcool devem limitar o consumo a não mais do que: um drinque por dia para mulheres (não gestantes) e dois drinques por dia para homens. “Um drinque padrão de álcool é definido como uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de destilado com 40% de álcool (por exemplo: vodka, whisky, gin, rum etc.). Transformando isso em gramas de álcool, gira em torno de 14 gramas! Ou seja: uma lata de cerveja comum no Brasil, a 4,5% de álcool, tem 12,5 gramas de álcool; uma dose de whisky, a 40% de álcool, tem 14 gramas de álcool. Isso quer dizer que consumir álcool acima de 14 g/dia, torna-se preocupante”, afirma.
Mas afinal, a bebida alcoólica traz algum tipo de benefício para o corpo? O HA fez uma entrevista exclusiva com o oncologista clínico para entender melhor o assunto e alertar todas as pessoas sobre a relação entre álcool e câncer. Confira e cuide da sua saúde!
– A bebida alcoólica é considerada um fator de risco para o desenvolvimento de câncer?
R.: Com certeza! O consumo de álcool é uma causa estabelecida de vários tipos de câncer (pelo menos sete), sendo o uso excessivo de álcool associado ao maior risco.
– Quais são os principais tipos de câncer associados ao consumo?
R.: Câncer de mama, vários tipos de câncer do trato gastrointestinal (esôfago, gástrico, colorretal, pâncreas, fígado e trato biliar) e cânceres de cabeça e pescoço (cavidade oral, orofaringe e laringe).
– Com que frequência o consumo de bebida alcoólica pode ser preocupante?
R.: Se estivermos falando de prevenção contra o câncer, o ideal é não beber álcool! De acordo com dados da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, consumir acima de 14 gramas de álcool por dia, é preocupante!
– Algum tipo de bebida alcoólica é pior? Neste caso, o teor alcoólico influencia?
R.: Não é o ‘tipo de bebida’, mas sim a quantidade ingerida de álcool. Na prática, uma lata de cerveja comum no Brasil a 4,5% de álcool, tem aproximadamente 12,5 gramas de álcool. Enquanto isso, uma dose de whisky a 40% de álcool tem 14 gramas de álcool.
– Existe algum benefício que o álcool traz para o corpo?
R.: Benefícios não! As diretrizes dietéticas Americanas de 2020 a 2025 aconselham não mais do que dois drinques por dia para homens e um drinque por dia para mulheres (não gestantes). Já outras diretrizes e especialistas desafiam essa visão de que exista alguma dose segura e recomendam evitar-se completamente o álcool.
– Paciente oncológico pode consumir álcool, mesmo que moderadamente?
R.: Não! Mesmo entre consumidores leves e moderados, alguns estudos indicam uma tendência para um aumento do risco de câncer, independente de outros fatores. Além disso, pacientes que estão em tratamento oncológico devem compartilhar todas as medicações, hábitos e vícios com seu médico, para que não haja fatores de confusão e as decisões sejam compartilhadas.
– Cirrose causada pelo excesso de álcool pode se desenvolver para um câncer?
R.: Com certeza! Cirrose de qualquer causa aumenta o risco de câncer de fígado. E esse risco varia de acordo com a idade, o sexo do paciente, a causa da cirrose e o grau de comprometimento hepático.
– Existe diferença entre o consumo de álcool de bebidas caseiras (o licor, por exemplo) e de bebidas industriais para o desenvolvimento de câncer?
R.: Não. O que importa, de fato, é o teor alcoólico, que deve ser inferior a 14 gramas por dia.
– Podemos afirmar que o álcool potencializa o surgimento e desenvolvimento de câncer?
R.: Sim! Estima-se que o consumo de álcool é responsável por, aproximadamente, 6% de todos os casos de câncer e 6% das mortes resultantes de câncer globalmente. Isso significa que quanto maior a ingestão, maior o risco. Além disso, existe também uma associação com o tabagismo: para algumas malignidades que estão ligadas tanto ao tabagismo quanto ao consumo de álcool, interações sinérgicas foram estabelecidas entre essas duas causas de câncer.
– O Hospital de Amor oferece algum tipo de apoio para o paciente oncológico que consome álcool?
R.: O HA possui uma equipe de psicologia ampla e experiente, que atua em todos os departamentos da instituição. O consumo de álcool pode ser um problema para a aderência e tolerância ao tratamento oncológico, portanto, se um paciente precisar de ajuda para abandonar o uso do álcool, nós temos os psicólogos ao nosso lado e, principalmente, ao lado dos pacientes nesse sentido.
– Nessa época de Carnaval, qual o seu recado para os foliões em relação ao consumo de álcool?
R.: Se for beber, beba com moderação, saiba os seus limites e, principalmente, não dirija. Divirta-se com responsabilidade! Aproveite o carnaval e mantenha-se hidratado. Vá de Uber/Táxi ou escolha alguém da turma para não beber. Priorize sua segurança e a do próximo. Celebre o carnaval com alegria, mas sempre com consciência!