A cada ano que passa, a Caminhada “Passos que Salvam” – uma das principais campanhas de conscientização promovidas pelo Hospital de Amor – ganha espaço e conquista municípios que abraçam a causa em favor do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Após o sucesso da 7ª edição, que aconteceu no dia 25 de novembro de 2018, e para que o projeto continue ajudando ainda mais pessoas a descobrir os sinais e sintomas da doença, o HA deu mais um passo e realizou, pelo sexto ano consecutivo, a ‘Capacitação de Médicos em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’.
O encontro aconteceu nos dias 22 e 23 de março, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos (SP). Das 650 cidades participantes na última caminhada, 140 médicos (que prestam atendimento a crianças e adolescentes na rede pública de saúde), vindos de 11 estados do Brasil, participaram do evento.
As palestras, ministradas por colaboradores da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, tiveram como objetivo orientar e capacitar esses profissionais para que possam colaborar no diagnóstico precoce do câncer e enviar esses pacientes com mais rapidez para tratamento na instituição. Graças ao treinamento, os participantes poderão se tornar referência na cidade onde atuam, criando um acesso direto com os médicos do Hospital, facilitando o envio de exames e a discussão de casos.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, metade das crianças que chegam a Barretos para o tratamento da doença já se encontra em estágio muito avançado, sendo difícil oferecer taxas elevadas de cura. “Nós temos que mostrar para o pediatra como detectar o câncer precocemente, pois se os pacientes continuarem chegando à instituição tarde demais, não conseguiremos melhorar”, afirmou.
Os dois dias de programação contaram com discussões sobre os seguintes temas: Epidemiologia do Câncer Infantil; Aplicação dos Estudos Moleculares e Genéticos no Diagnóstico Precoce; Os Sinais de Alerta no Hemograma do Diagnóstico Precoce; Estudos de Peregrinação das famílias e pacientes até a chegada a Barretos; Indicação de exames de imagem do Diagnóstico Precoce; Aspectos Importantes da Cirurgia Pediátrica; Vacinação no Imunossuprimido; Abordagem teórica e apresentação de casos: Tumores Abdominais, Retinoblastoma, Leucemias, Tumores Cerebrais, Tumores Ósseos e Linfomas.
Segundo o médico, é possível perceber resultados positivos em decorrência dos eventos anteriores. “Já estamos medindo isso. Temos dados estatísticos das crianças que foram encaminhadas para cá antes do treinamento e depois dele. E estamos reduzindo, significativamente, o número de pacientes que chegaram com tumor avançado, e agora chegam com a doença em estágios mais iniciais, permitindo que se curem”, finalizou Lopes.
Para a coordenadora da Caminhada “Passos que Salvam”, Naima Kathib, esse é um dos projetos mais importantes desenvolvidos pelo Hospital. “Desde de 2014, quando começamos a capacitar os médicos de todo o Brasil, já foi possível perceber a mudança no olhar desses profissionais em relação aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Mais de 1.200 médicos já se tornaram referência em seus municípios para o envio de pacientes ao HA e nós não vamos parar por aí!”, relatou a coordenadora.
O câncer infantojuvenil
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), atualmente, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos com câncer podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. Para o Dr. Luiz Fernando Lopes, 12.500 novos casos são diagnosticados todos os anos no Brasil, e a expectativa é de que até 2020 este número aumente em 30%.
Capacitação de Enfermeiros
Os municípios que realizaram a caminhada também poderão enviar seus enfermeiros para participar da ‘Capacitação de Enfermeiros em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’. O treinamento destes profissionais acontecerá nos dias 24 e 25 de maio de 2019. Para mais informações, basta entrar em contato com o departamento responsável pela Caminhada “Passos que Salvam” através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7169, ou e-mail: ‘passosquesalvam@hcancerbarretos.com.br’.
Os recursos obtidos através de incentivos fiscais são essenciais para que o Hospital de Amor possa continuar a buscar excelência tecnológica e humana no tratamento de câncer e oferecê-las aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS). A “Lei do Idoso” e a “Lei da Criança e Adolescente” são alguns dos projetos que podem ser direcionados para a instituição.
Graças às renúncias fiscais – que é quando o Governo abre mão de parte dos impostos devidos por pessoas físicas e jurídicas para que sejam doados diretamente às entidades – o HA consegue custear e manter as operações regulares de suas unidades.
Conheça os projetos do ‘Fundo do Idoso’ e do ‘Fundo da Criança e do Adolescente’:
Projeto Amparo ao Idoso
No último ano, centenas de milhares de pacientes com mais de 60 anos foram beneficiados com os resultados dessa lei. As doações incentivadas pela Lei do Idoso têm o objetivo de viabilizar o custeio do Hospital São Judas Tadeu – a unidade de cuidados paliativos e de atenção do idoso do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal do Idoso: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Amparo’. Com a doação concluída, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para p e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Prestação de contas – Fundo do Idoso:
Projeto Cuidar
O intuito deste projeto é arcar com o custeio para o tratamento, prevenção e pesquisa do câncer infantojuvenil, uma vez que os custos subsidiados pelo SUS são insuficientes para o atendimento, na totalidade, da população carente. As doações incentivadas pelo Fundo da Criança e do Adolescente busca viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor Barretos. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Cuidar’. Com a doação concluída, também é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para p e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Prestação de contas – Fundo da Criança e do Adolescente:
Quero doar meu imposto devido para o Hospital de Amor, e agora?
Confira algumas dúvidas frequentes em relação aos incentivos fiscais e conheça o passo a passo sobre como fazer a sua doação:
1) Quanto foi captado pelo “Fundo do Idoso” e pelo “Fundo da Criança e do Adolescente” no último ano?
R.: O projeto ‘Fundo do Idoso’ arrecadou, em 2018, R$ 55.364.758,78. Já o projeto ‘Fundo da Criança e do Adolescente’ captou R$ 5.865.756,88.
2) Quantas pessoas físicas e jurídicas fizeram doação para cada um desses fundos em 2018?
R.: Fundo do Idoso: 467 pessoas jurídicas e 129 pessoas físicas.
Fundo da Criança e do Adolescente: 89 pessoas jurídicas e 251 pessoas físicas.
3) Percentualmente, quanto foi executado com os recursos desses fundos até o momento?
R.: Fundo do Idoso: o repasse das doações foi recebido em fevereiro deste ano e já foram utilizados 8,40% (referentes aos meses de fevereiro e março de 2019).
Fundo da Criança e do Adolescente: o Hospital de Amor receberá o repasse dessas doações no mês de abril, portanto, ainda nada foi utilizado.
4) Em relação ao ano de 2017, houve um aumento ou diminuição na arrecadação através dos fundos?
R.: Em relação ao Fundo do Idoso, houve uma diminuição (em 2017 foram arrecadados R$ 59.101.104,56).
Em relação ao Fundo da Criança e do Adolescente, houve um aumento (em 2017 foram arrecadados R$ 3.843.080,00).
5) Quantos pacientes foram beneficiados com cada um dos fundos em 2018?
R.: Fundo do Idoso: 115.625 pacientes.
Fundo da Criança e do Adolescente: 38.400 pacientes.
6) O que diferencia uma doação ‘convencional’ (feita com um cartão de crédito ou pagamento o boleto gerado pela plataforma do site do Hospital) de uma doação por meio de incentivos fiscais?
R.: Quando as doações são realizadas diretamente a projetos sociais, elas não são enquadradas em leis de incentivos fiscais e não podem ser deduzidas. Por isso, serão declaradas na ficha ‘Doações Efetuadas’ – código 80 – ‘Doações em Espécie’ (dinheiro ou espécie) ou código 81 – ‘Doações em bens e direitos’ (na forma de bens). Na descrição, é necessário informar os dados do beneficiário.
7) Qual percentual do imposto devido o contribuinte pode direcionar para cada fundo?
R.: Doações de Pessoas Jurídicas podem ser deduzidas em até 9% no Imposto de Renda, desde que façam apuração no lucro real. Os percentuais de destinação são distribuídos nas seguintes leis:
– 1% Lei do Idoso;
– 1% Fumcad (Criança e Adolscente);
– 4% Lei Rouanet (Cultura) e Audiovisual (limitada em até 3%);
– 1% Lei do Pronon (Câncer);
– 1% Lei do Pronas (Pessoa com Deficiência);
– 1% Lei do Esporte.
Doações de Pessoas Físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que feita a declaração anual de ajuste no modelo completo e até o dia 30/12/2019. (Neste caso, o contribuinte pode escolher doar todo esse percentual por meio de uma só lei das listadas acima, exceto as leis do PRONON – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica’ e PRONAS/PCD – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência’, ou dividi-la entre elas).
8) Por que é importante que o contribuinte envie o comprovante da doação para o hospital depois de finalizar a doação?
R.: É importante para que o hospital possa apresentá-lo aos Fundos e confirmar que a doação foi direcionada á instituição.
9) Como essa doação deve ser inserida no formulário da declaração do contribuinte? Como é o passo a passo desse processo?
R.: Para doações incentivadas na declaração de imposto de renda 2019/2018, o contribuinte poderá doar até 3% do imposto devido para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Barretos (FUMDICAD), que os repassará ao Hospital de Amor para o custeio e manutenção da unidade infantojuvenil da entidade.
O roteiro para a doação no ato do preenchimento da Declaração Anual de Ajuste Completa é relativamente simples, pois o valor disponível para doação é automaticamente informado pelo sistema da Receita Federal e, uma vez paga a DARF da doação, o próprio sistema a processa. É importante estar atento, portanto, ao fato de que é gerada uma DARF específica para a doação que também deve ser paga com a DARF do I.R., quando devida. Se tiver imposto a restituir, o valor de sua DARF será somado e acrescido de sua restituição.
Os passos a serem seguidos durante o preenchimento da Declaração de I. R. estão descritos a seguir:
1º- Após preencher todos os seus dados e informações financeiras, clique em “Resumo da Declaração” no menu da esquerda;
2º- Em seguida, clique em “Doações diretamente na declaração – ECA”;
3º- Clique em “Incluir novo”;
4º- Selecione as opções “Municipal/SP/Barretos – 19.011.652/0001-50”;
5º- O valor disponível para doação é informado pelo próprio sistema, que elabora os cálculos e informa o montante equivalente aos 3% disponíveis para serem doados. Este valor que aparece é, assim, o máximo que poderá ser doado;
6º- Após indicar o valor a ser doado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Barretos, conforme acima explicado, clique em “Envie sua Declaração”;
7º- Após o envio, localize no menu do lado esquerdo o local onde está a DARF referente à sua doação (“Imprimir DARF – Doações Diretamente na Declaração – ECA”);
8º- Pague a DARF da doação e também a do I.R. devido, quando for o caso. Em seguida, envie a DARF de doação com o respectivo comprovante de pagamento para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’ para que a equipe do Hospital de Amor possa apresentá-lo ao FUMDICAD de Barretos e solicitar o repasse à instituição.
Agora, se você ainda tem alguma outra dúvida sobre como ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas através da doação do seu imposto de renda devido, é só acessar www.hospitaldeamor.com.br/incentivofiscal para mais informações.
Nesta sexta-feira, dia 22 de março, a população da região Norte do Brasil ganhou uma nova conquista! O Hospital de Amor – referência nacional no tratamento de câncer – inaugurou uma moderna ala dentro do Hospital de Amor Amazônia, unidade da instituição localizada em Porto Velho (RO). O centro oncológico passou a dispor de Centro Cirúrgico, UTI e Internação, atendendo, gratuitamente, com excelência e humanização (práticas reconhecidas da entidade), crianças e adultos em tratamento oncológico. As recém-adquiridas instalações contam com estrutura de 120 leitos de internação, 20 de UTI e 6 salas de cirurgia.
De acordo com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, foram investidos mais de R$ 20 milhões em estrutura e equipamentos. “A concretização desse projeto só foi possível graças ao investimento de voluntários, artistas, como o astro norte-americano, Garth Brooks, e empresas parceiras, como a BigSal, Grupo Irmãos Gonçalves e Grupo Cairu, que estão sempre engajados na causa e acreditam que as doações podem salvar vidas”, ressaltou.
O objetivo da expansão é facilitar, ainda mais, o acesso das pessoas que residem nas cidades da região Norte do país, e também dos indígenas, a um atendimento médico especializado. “O nosso foco foi reduzir a distância que os pacientes, muitas vezes, têm que percorrer até Barretos, visto que 95% dos pacientes oncológicos rondonienses, por exemplo, tinham como referência o Hospital de Amor Barretos, que está localizado a três mil quilômetros do estado de Rondônia”, afirmou Prata.
O Hospital de Amor Amazônia
A unidade, que está em funcionamento desde 2017, possui uma equipe altamente qualificada e uma estrutura de excelência: com duas salas cirúrgicas inteligentes, que podem funcionar em caráter de treinamento, realizando transmissões simultâneas para diversos outros centros. O hospital conta também com uma infraestrutura de ponta, com equipamentos audiovisuais para cirurgias minimamente invasivas.
“Com essa inauguração, estamos implantando um polo completo para tratamento oncológico, com o que há de melhor nesta área, para os pacientes do Norte do Brasil. O valor total de investimento, entre os setores já existentes e os que acabamos de inaugurar, foi de R$ 100 milhões”, relatou o presidente da instituição.
Há 3 anos, desde sua inauguração, o Hospital de Amor Amazônia oferece aos seus pacientes procedimentos de quimioterapia e radioterapia; laboratório de análises clínicas e patológicas; centro de intercorrência ambulatorial (CIA); radiologia com duas salas de raios-X; três aparelhos de ultrassonografia; ressonância magnética, mamógrafo e tomógrafo. Além disso, a unidade possui duas salas de exames e ambulatório com 13 consultórios.
Sobre o Hospital de Amor
Excelência em oncologia, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) assumiu a liderança do ranking 2018 da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre todos os centros de saúde do Brasil e da América Latina. O levantamento é uma ferramenta de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
A instituição é historicamente reconhecida por seu grandioso trabalho. Foi escolhida, em 2000, pelo Ministério da Saúde, como o melhor hospital público do país. Em 2011, tornou-se “instituição irmã” do MD Anderson Cancer Center (EUA), o maior centro de tratamento e pesquisa de câncer do mundo, e ainda recebeu um prêmio da AVON como “Campeão Mundial em Avanço na Área Médica no Combate ao Câncer de Mama”. Em 2012, assinou acordo com o Saint Jude Children´s Research Hospital e tornou-se “instituição gêmea”.
A entidade foi o grande destaque da 4ª Edição do Prêmio “Melhores Hospitais”, projeto realizado pela Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, realizado em dezembro de 2014. O HA ganhou em três categorias: melhor hospital, internação e ambulatório. O principal objetivo da premiação é monitorar a qualidade de atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Na categoria “Internação”, o Hospital de Amor liderou o ranking interior, com mais de 97% de aprovação. A instituição também teve um alto índice no quesito “Ambulatório” – 96,5% dos usuários disseram estar satisfeitos com o trabalho realizado.
Desde 2010, o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor (IEP) auxilia os pesquisadores da instituição no relacionamento com as agências de fomento, através de uma área de apoio institucional ao pesquisador. Em 2012, este departamento recebeu o nome de Escritório de Projetos e Inovação Tecnológica (EPIT). O EPIT é responsável por atuar como interface entre os pesquisadores e as agências de fomento, realizando o suporte técnico-administrativo e financeiro dos projetos de pesquisa da entidade, seja para auxílios individuais, bem como, projetos institucionais.
O objetivo do escritório é auxiliar o pesquisador nas questões administrativas dos projetos, desde a contratação, passando pela compra dos itens concedidos, liberação de recursos, preparação dos documentos para importação, incorporação do material permanente adquirido até a finalização com a apresentação da prestação de contas, dentro dos moldes exigidos por cada agência de fomento.
De acordo com a supervisora de projetos do setor, Joyce Silva, o EPIT tem como missão proteger o patrimônio intelectual de seus pesquisadores e inventores, estimulando e valorizando a atividade criativa pela produção científica e proporcionando novos métodos de desenvolvimento com a inovação. A área de projetos do departamento oferece apoio institucional ao pesquisador, com a criação e atuação na área administrativa e na gestão dos processos, das compras, da organização de documentos e da prestação de contas. “Dessa forma, os pesquisadores ganham mais tempo para se dedicar à pesquisa, garantindo um melhor andamento dos projetos e, consequentemente, aumentando as produções cientificas e fortalecendo das grandes parcerias dentro da comunidade cientifica”, afirma Joyce”. Já a área de Inovação Tecnológica do setor tem como principal objetivo orientar os pesquisadores, destacando o valor da propriedade intelectual com o registro de marcas, patentes e direitos autorais, de acordo com o estabelecido na Política de Propriedade Intelectual do Hospital de Amor.
No campo de pesquisa e desenvolvimento, cabe ao EPIT participar de negociações dos projetos, especificamente no que diz respeito à propriedade intelectual e ao sigilo, assegurando que direitos fundamentais do Hospital de Amor e de seus pesquisadores sejam preservados, de acordo com o que estabelecem as políticas institucionais.
A funcionalidade do EPIT pode ser estabelecida em tópicos, distribuídos da seguinte forma:
1. Estimular o patenteamento e o registro da criação intelectual no hospital;
2. Orientar e prestar assistência aos criadores sobre como elaborar as solicitações de patentes e registros;
3. Receber dos criadores as solicitações de patentes e registros;
4. Analisar a viabilidade técnica e econômica da criação intelectual;
5. Incumbir-se da tramitação do processo de solicitação até a efetivação do depósito da patente;
6. Apoiar a transferência de tecnologia desenvolvida no Hospital de Amor;
7. Administrar a execução dos contratos de exploração de patentes e/ou registros;
8. Instruir os criadores para assegurar a novidade;
9. Exigir a inserção de cláusulas específicas de proteção intelectual nos convênios e contratos firmados;
10. Emitir parecer sobre toda solicitação de pedido de patente e/ou registro encaminhado ao IEP.
Quem pode utilizar os serviços do EPIT?
Todos os pesquisadores, alunos de pós-graduação e colaboradores atuantes na equipe multiprofissional do Hospital de Amor (em qualquer das unidades da instituição espalhadas pelo Brasil) que tenham uma ideia inovadora, um projeto de pesquisa ou pretendem fazer uma parceria com outras instituições, podem contar com o suporte oferecido pelo escritório.
Desde 2015, o Hospital de Amor conta com um programa de rastreamento para a detecção precoce do câncer colorretal – aquele que acomete o trato digestivo (intestino grosso e reto). De lá para cá, já foram alcançadas 12.723 pessoas, sendo 48 pacientes diagnosticados com esse tipo de tumor.
Conheça mais sobre o câncer colorretal, seus sintomas e saiba como se prevenir.
O que é câncer colorretal?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas (também conhecidas como pólipos) que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão da doença. Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores abdominais), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
O que são pólipos?
São tumores benignos, parecidos com verrugas, que se desenvolvem na parte interna do cólon e reto. Cerca de 60% dos pólipos do intestino são adenomas e podem apresentar potencial para se tornarem tumores malignos. É importante que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos precocemente, principalmente após os 50 anos e em caso de história de câncer colorretal na família.
Quais são os sinais e sintomas do câncer colorretal?
Os principais sintomas da doença são: mudança do hábito intestinal, isto é, constipação ou diarreia sem associação com o alimento ingerido; anemia sem causa aparente, principalmente em pessoas com idade acima de 50 anos; fraqueza; desconforto abdominal (com gases ou cólicas); emagrecimento intenso e inexplicável; sangramento pelo reto; e sensação de evacuação incompleta.
Qualquer pessoa que apresentar um desses sintomas deve procurar o médico, principalmente se houver sangramento anal, para que os exames clínicos necessários sejam realizados. Entre os exames estão: realização do toque retal e do exame de colonoscopia (procedimento de vídeo utilizado para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado).
Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da doença?
Uma alimentação rica em carnes vermelhas, carnes processadas (como salsichas e mortadelas) e gorduras, além da ausência de atividade física regularmente (como o sedentarismo), ingestão abusiva de álcool, tabagismo, sobrepeso e obesidade, são alguns fatores externos que podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Pessoas com idade superior a 50 anos, ou que já tenham tido pólipos ou doença inflamatória intestinal, ou que tenham histórico de ocorrência de câncer colorretal em familiares, devem ficar atentas aos sinais.
Como se prevenir deste tipo de câncer?
Prevenir significa evitar os fatores que estão relacionados com o desenvolvimento de câncer colorretal. Adotar uma alimentação rica em frutas, verduras e vegetais, evitar o consumo de carnes vermelhas e embutidos, praticar exercício físico, evitar a obesidade, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, são importantes atitudes de prevenção. Os alimentos ricos em fibras protegem o intestino, pois facilitam a evacuação, aceleram o trânsito intestinal e diminuem o tempo de contato das substâncias carcinogênicas (que levam à formação do câncer) com a parede do intestino.
Refletir sobre os hábitos e estilo de vida é sempre uma forma de se prevenir de qualquer tipo de câncer e conquistar uma vida mais saudável. Confira algumas dicas:
– Praticar exercícios físicos regulares;
– Não fumar;
– Não ingerir bebidas alcóolicas;
– Não ingerir alimentos defumados, enlatados ou embutidos;
– Não ingerir alimentos com corantes e/ou conservantes;
– Se diagnosticado, remover pólipos através do exame de colonoscopia;
– Ingerir alimentos ricos em vitaminas C e E.
Porém, apesar de todos esses cuidados, também é necessário participar dos programas de rastreamento, pois essas medidas não são 100% eficazes. Existem dois exames que podem ser utilizados para rastrear esse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Recomenda-se iniciar o rastreamento a partir dos 50 anos, mas, cabe ao médico indicar qual é a melhor opção de procedimento para cada paciente.
Como é o teste FIT?
Também conhecido como exame de sangue oculto nas fezes, o teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais.
São necessárias três amostras de fezes consecutivas. Alguns dias antes do exame, alguns tipos de alimentos devem ser evitados. Além disso, medicamentos como AAS e anti-inflamatórios não devem ser tomados 7 dias antes do exame, e frutas cítricas e carne vermelha não devem ser consumidas três dias antes do procedimento. Se o resultado para o sangue oculto for positivo, será necessário realizar o exame de colonoscopia.
Como é a colonoscopia?
É um exame realizado por um aparelho de fibra ótica, longo (180 cm) e flexível, que é introduzido através do ânus e permite a visualização completa do reto e do cólon. Essa visualização ocorre por uma câmera inserida na extremidade do colonoscópio, cuja imagem é enviada para um monitor, permitindo assim, a análise simultânea do interior do cólon. O equipamento também permite a inserção de outros instrumentos especiais para a remoção de possíveis pólipos ou biópsias. O exame é feito sob sedação e analgesia, permitindo que o médico examine detalhadamente o cólon. Os riscos do procedimento são pequenos e estão vinculados ao sangramento depois da retirada de pólipos, biópsias e perfuração intestinal.
Como é tratamento para o câncer colorretal?
O tratamento para os tumores iniciais, geralmente, é menos agressivo, com a retirada de pólipos e lesões através da colonoscopia ou das cirurgias com ressecções locais dos tumores.
Nos tumores maiores do cólon, há a necessidade de cirurgia (convencional, laparoscópica ou robótica).
Nos tumores do reto, pode ser necessário realizar procedimentos radioterápicos e quimioterápicos antes da cirurgia.
Em resumo, o tratamento para o câncer colorretal envolve radioterapia, quimioterapia e/ou cirurgia, dependendo do local, do tamanho e da extensão da doença no cólon ou em outros órgãos (no caso de metástases – aparecimento do tumor em outros órgãos, como fígado ou pulmão, por exemplo). Quanto mais precocemente a doença for diagnosticada, menor a agressividade e o tempo de tratamento, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente.
Há 2 anos, o Hospital de Amor deu início a uma campanha muito importante de incentivo a prevenção e detecção precoce do câncer colorretal. Assim como acontece em vários meses, principalmente quando nos referimos ao movimento conhecido como Outubro Rosa (que estimula a participação da população na prevenção do câncer de mama), criou-se o “Março Marinho”, em alusão ao “Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino”, comemorado em 27/3.
Mas, desde 2015, a instituição conta com seu programa rastreamento e, de lá para cá, já foram alcançadas 12.723 pessoas com ele. Dessas, ao todo, 48 pacientes foram diagnosticados com esse tipo de tumor, que apesar de não ser tão divulgado, é muito frequente no Brasil: o terceiro mais recorrente entre os homens e o segundo entre as mulheres (chegando a ultrapassar as estatísticas do câncer do colo do útero). Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, para cada ano do biênio 2018/2019, serão diagnosticados 36.360 novos casos da doença no Brasil, sendo 17.380 em homens e 18.980 nas mulheres. Em geral, o risco de uma pessoa desenvolver câncer colorretal é de 1 em 22 (4,49%) para eles e 1 em 24 (4,15%) para elas.
Você conhece o câncer colorretal?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão do tumor.
Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
Conheça o programa de rastreamento
Existem dois exames que podem ser utilizados para realizar o rastreamento desse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Cabe ao médico indicar qual é a melhor opção para cada paciente.
O programa de rastreamento através do teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais. “É muito importante que esses critérios sejam respeitados, pois caso a pessoa não se enquadre nesse perfil, o exame pode não ser a melhor opção para o paciente”, afirmou a médica endoscopista do Hospital de Amor, Dra. Denise Peixoto Guimarães.
De acordo com a especialista, os sintomas só irão se manifestar quando a doença já estiver em estado avançado. Nesse momento, o tratamento já não é tão eficaz e as chances de cura, menores ainda. “Nessa hora, os principais sintomas a serem percebidos são: sangramento nas fezes, dor abdominal ou nódulo abdominal, emagrecimento ou anemia”, explicou.
Saiba como se prevenir
Alguns fatores externos podem contribuir para o desenvolvimento da doença, como:
– Consumo de carne vermelha e processada;
– Ausência de atividade física regular (sedentarismo);
– Ingestão abusiva de álcool;
– Tabagismo;
– Sobrepeso e obesidade.
Segundo informações do INCA, as duas regiões do Brasil onde são encontradas as maiores incidências do câncer colorretal são o Sudeste e o Sul do país. Especula-se que isso acontece devido à urbanização e a adoção de hábitos alimentares de países desenvolvidos, onde são encontrados os maiores números de casos da doença. “Por isso, é fundamental conscientizarmos a população e os médicos sobre esse tipo de câncer. Ele é passível de prevenção, então, por meio de informação correta e de qualidade, conseguimos diminuir o número de casos e fazer com que menos pessoas sofram e morram em decorrência desse tumor”, concluiu Dra. Denise.
O câncer colorretal é hereditário?
Existe uma porcentagem mínima de hereditariedade no caso do câncer colorretal, porém, é importante ficar atento caso algum familiar já tenha sido diagnosticado com a doença. “Especialmente nesses casos, nem sempre o sangue oculto nas fezes é indicado. É melhor optar pela colonoscopia, pois os riscos de se encontrar pólipos nessas pessoas são maiores”, finalizou a médica.
“Março Marinho” no HA
Educar, informar e divulgar as informações sobre a prevenção do câncer colorretal e sobre sua incidência no país, são os principais pilares das iniciativas realizadas pelo Hospital de Amor no “Março Marinho”. Durante todo o mês, a instituição promoverá ações em Barretos (SP) para alertar e convidar a população para participar do programa de rastreamento. Além de palestras educativas no Posto de Saúde (Postão), a equipe estará visitando alguns pontos do município com a unidade móvel I (carreta), disponibilizando o teste FIT.
Previna-se! Se você se enquadra nos requisitos e faz parte do público-alvo do programa de rastreamento, venha até o Instituto de Prevenção, no Pavilhão Victor & Léo, ou entre em contato através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7194.
Após concluir a graduação, chega um momento decisório na vida de muitos profissionais da área da saúde: onde realizar sua residência. Para oferecer suporte a esses futuros especialistas, o Hospital de Amor conta com uma Comissão de Residência Médica (COREME) e uma Comissão de Residência Multiprofissional (COREMU). Em entrevista, o coordenador da Comissão de Residência Médica, Dr. Mário José Aguiar de Paula, explica o papel que esses setores exercem na regularização dos residentes dentro da instituição e esclarece algumas dúvidas frequentes. Confira:
1) Como funcionam as residências médicas e multiprofissionais dentro do Hospital de Amor?
R.: A residência médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob forma de curso de especialização (considerada como “padrão de ouro”). O programa de residência, cumprido integralmente dentro de uma determinada especialidade, confere ao médico residente o título de especialista. É importante ressaltar que a expressão “residência médica” só pode ser empregada para programas que sejam credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Seu processo seletivo é realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, através de Seleção Pública para Residência Médica do Sistema Único de Saúde (SUS/SP).
Já a residência multiprofissional é uma formação destinada à especialização de outros profissionais da saúde, com o objetivo de permitir um aprofundamento de estudo e prática de uma determinada área de atuação. No caso do Hospital de Amor, trata-se de um programa que desenvolve atividades de aprendizagem teórica e prática na assistência ao paciente oncológico, possibilitando a integralidade do cuidado nos diversos segmentos da saúde. Este programa está de acordo com as recomendações da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), instituída por meio da Portaria Interministerial nº 45, de 12 de janeiro de 2007, sendo coordenada conjuntamente pelo Ministério da Saúde e do Ministério da Educação. Os cursos disponíveis no HA para este tipo de especialização são: residência em enfermagem, residência em fisioterapia e residência em odontologia. Seu processo seletivo é realizado pela empresa Consesp (Consultoria em Concursos Pesquisas Sociais), através de seleção realizada em três etapas.
2) Além das residências, o departamento também é responsável pelos Estágios Observacionais. Como são esses estágios e quem pode fazê-los?
R.: A visita observacional no Hospital de Amor é uma modalidade de estágio destinada a estudantes médicos, graduados médicos e multiprofissionais, residentes e aperfeiçoandos médicos ou multiprofissionais que desejem expandir seus conhecimentos na área da oncologia. Basta que tenham interesse e possuam vínculo com alguma instituição de ensino, seja como forma de graduação ou qualquer outro gênero de especialização, para poderem participar. Trata-se de um módulo de aprendizagem onde o visitante acompanha as rotinas de trabalho de um preceptor, na tentativa de aprimorá-lo a partir da vivência em campo, atendendo o que dispõe a Lei nº 11.788/08.
3) Como é o retorno dos profissionais que passam pela residência? Qual é o impacto na formação e desenvolvimento profissional deles?
R.: O feedback que recebemos é sempre muito positivo. Nossos residentes comentam que a experiência no Hospital de Amor é muito boa para suas formações. Ao final, esse ‘estudante’ deixa a instituição capacitado, torna-se uma extensão do HA e encontra muitas portas abertas para atuação no mercado de trabalho.
4) Quantos residentes médicos o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 169 residentes médicos.
5) Quantos residentes multiprofissionais o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 81 residentes multiprofissionais.
6) Quantas visitas observacionais o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 2.839 visitantes médicos e 617 visitantes multiprofissionais, totalizando 3.456 visitantes (uma média de 288 por mês).
7) Quais foram as conquistas alcançadas por essas Comissões?
R.: Foram muitas, mas podemos destacar o preenchimento de 90% das vagas disponíveis do programa de residência médica e 100% do de residência multiprofissional; a implementação da pesquisa de satisfação para as visitas observacionais; a aprovação de novas vagas para este ano; a inclusão dos residentes em treinamento laparoscópico em animais e a consolidação do Centro de Treinamento em Laparoscopia.
8) Como fazer para ter mais informações sobre os programas de residência do Hospital de Amor?
R.: Os interessados em fazer parte dos programas de residência devem entrar em contato com a equipe COREME/COREMU, através do e-mail ‘coreme@hcancerbarretos.com.br’, ou pelo telefone (17) 3321-6600, ramal 6791.
Referência no tratamento oncológico com excelência e humanização, o Hospital de Amor também possui grandes diferenciais no que diz respeito às áreas de prevenção, ensino e pesquisa. Há mais de 10 anos, a instituição conta com o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), cujo objetivo é estimular o ensino pós-graduado, formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de oferecer as melhores condições para a realização de projetos de pesquisa (sempre voltados para as questões clínicas e de relevância para o paciente de câncer). Junto a essa consolidada missão, foi instituído, em 2008, o Núcleo de Apoio ao Pesquisador (NAP) do IEP.
O setor, que tem por objetivo promover o desenvolvimento de pesquisas científicas na instituição, também atua como um centro de suporte para a realização de estudos de iniciativa ao investigador, oferecendo subsídios aos pesquisadores no que se refere ao treinamento de equipes de pesquisa, construção, avaliação, execução e análise estatística dos dados do estudo, visando garantir, principalmente, a segurança do participante de pesquisa e a excelência do trabalho. Sua estrutura é organizada em duas equipes: Núcleo de Epidemiologia e Bioestatística (NEB) e Coordenadoria de Pesquisa.
Núcleo de Epidemiologia e Bioestatística
Composto por um time de estatísticos e gerenciadores de bancos de dados, o NEB fornece suporte desde a elaboração de projetos, desenvolvimento de fichas clínicas (CRFs) no RedCap, até a análise dos dados do estudo. A equipe é responsável por oferecer acesso à supervisão de pesquisadores experientes, muitas vezes, contribuindo para a estrutura metodológica do projeto.
Coordenadoria de Pesquisa
Composta por uma equipe altamente especializada, a coordenadoria de pesquisa atua oferecendo suporte ao pesquisador no gerenciamento e condução de seu projeto de pesquisa (incluindo estratégias de operacionalização, fluxo de condução da metodologia proposta e análise crítica), visando sempre qualidade, rastreabilidade, confiabilidade e integridade dos dados pretendidos. Os coordenadores e assistentes de pesquisa clínica ficam junto à equipe multidisciplinar de cada especialidade. É de responsabilidade da coordenadoria de pesquisa acompanhar o pesquisador desde a treinamento da equipe de pesquisa para a triagem e busca ativa dos participantes; coleta, registro e verificação de dados; até a coleta, transporte, processamento e armazenamento de material biológico.
Dentre as atividades de apoio ao pesquisador, o departamento fornece uma sólida análise estatística dos casos de câncer, auxilia na elaboração dos instrumentos para o levantamento de dados e ajuda na gestão de projetos que recebem o auxílio dos órgãos de fomento de pesquisa. Além disso, a equipe médica envolvida auxilia na gestão dos estudos, construção dos ensaios clínicos e promoção de palestras, exposição de painéis e participação em congressos, aulas e cursos.
De acordo com a coordenadora do NAP, Viviane Andrade, toda a comunidade interna multiprofissional de pesquisa do Hospital de Amor (alunos matriculados no programa de pós-graduação em oncologia) e pesquisadores externos vinculados à equipe interna, podem utilizar os serviços do departamento. “O acesso a uma equipe especializada no desenvolvimento, gerenciamento e condução de estudos clínicos, oferece aos pesquisadores da instituição a oportunidade de consolidar parcerias com renomados centros nacionais e internacionais, garantindo agilidade, segurança e, principalmente, qualidade na condução de estudos de iniciativa do investigador”, afirmou Viviane.
A infraestrutura de alta tecnologia e suporte qualificado do NAP, permite com que os pesquisadores do HA se dediquem às produções científicas, fortalecendo as importantes parcerias com outros centros de excelência, trazendo resultados positivos, não apenas no aumento do número das publicações, como também na qualidade das pesquisas. “Atualmente, nós temos 89 protocolos de pesquisa em andamento. São 44 (49,4%) em estudos longitudinais – métodos de pesquisa que visam analisar as variações nas caraterísticas dos mesmos elementos de amostra no decorrer de um longo período de tempo – e 24 (26,9%) em ensaios clínicos – estudos de investigação que experimentam novas terapias. Destes, 29 (32,5%) são multicêntricos e 18 (20,2%) são internacionais. No total, o NAP conta com 18.574 participantes incluídos nos estudos e 4.829 em acompanhamento”, explicou a coordenadora.
É muito comum se ouvir o termo ‘radioterapia’ durante um tratamento de câncer. O procedimento pode ser utilizado como um dos principais no combate à doença, agindo como adjuvante (após as cirurgias), como neoadjuvante (antes das cirurgias), como paliativo (para alívio de sintomas) e como tratamento de metástases. Nela, as radiações ionizantes (forma de radiação que tem energia suficiente para ionizar os átomos, retirando os elétrons mais próximos dos núcleos atômicos) destroem as células cancerígenas e as inibem de continuar crescendo. O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a extensão e a localização do tumor, dos resultados dos exames e do estado de saúde do paciente. Dependendo do local onde a doença está, a radioterapia pode ser realizada através de outro método, conhecido como Braquiterapia.
O que é a braquiterapia?
A braquiterapia é um dos tipos de tratamento radioterápicos onde os aplicadores são colocados em contato muito próximo ao tumor, permitindo entregar altas doses de radiação em um curto intervalo de tempo. Segundo o médico rádio-oncologista do Hospital de Amor, Dr. Fábio de Lima Costa Faustino, entre os vários tipos de câncer que podem ser tratados por meio desta alternativa, destacam-se dois muito frequentes: tumores de próstata e ginecológicos. “Aquilo que geralmente é tratado em 39 sessões (radioterapia externa), pode ser feito, com segurança, em duas ou apenas uma sessão na braquiterapia, dependendo do tipo de tumor e das necessidades de cada paciente”, afirmou.
Desde 2014 sendo aplicada na instituição, mais de 100 pacientes já foram beneficiados com a técnica.
Todos os pacientes podem se beneficiar da braquiterapia?
Para usufruir desse procedimento, o paciente não pode ter restrição anestésica (anestesia raquidiana), apresentar doenças inflamatórias preexistentes ou qualquer alteração anatômica considerável. “A técnica de braquiterapia é muito utilizada nos casos de câncer de próstata, pois é possível dar uma alta dose de radiação num intervalo de tempo curto, protegendo os órgãos normais ao redor do tumor”, declarou o médico.
Além da redução do número de sessões e, consequentemente, da diminuição do tempo de tratamento, Dr. Fábio lista diversas outras vantagens que a técnica traz ao paciente oncológico: “a realização do procedimento de braquiterapia gira em torno de duas horas; o paciente é liberado no mesmo dia para ir para casa; os efeitos colaterais são minimizados; a exposição às doses de radiação é reduzida, quando comparada à radioterapia externa; e as chances de sequelas são muito menores”.
De acordo com Faustino, esse tipo de procedimento ainda é pouco utilizado no Brasil. “São poucos os serviços privados que contam com a braquiterapia. Acredito que através do Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital de Amor ainda é a única instituição oncológica a oferecer”.
Caso de sucesso
O sociólogo Orson Camargo, de 56 anos, realizou seu tratamento contra um câncer de próstata no Hospital de Amor, em 2015. Enquanto esteve na instituição e durante seus procedimentos, ele foi submetido à técnica de braquiterapia de alta taxa de dose e tornou-se um caso de sucesso!
Ao realizar um exame preventivo em meio à campanha ‘Novembro Azul’, foi diagnosticado com a doença, ainda em estágio inicial. Depois de algumas consultas e exames, os médicos decidiram que a braquiterapia era a melhor opção de tratamento para o Orson. “Ao agendar o procedimento, fui internado para preparação. No segundo dia, fizemos duas sessões de braquiterapia, e no terceiro, já estava em casa. Foi tudo muito rápido, indolor e eficaz”, contou Orson.
Para o sociólogo, o método utilizado em seu tratamento foi a melhor escolha, pois, além de deixá-lo tranquilo e confiante, ele também não sofreu com nenhuma reação física. “A sequela que tive após o tratamento, devido à ‘destruição’ da próstata, foi a redução praticamente total do líquido seminal produzido pelo órgão. O ‘estrangulamento’ da uretra causa certa dificuldade de urinar e, eventualmente, de manter a ereção no ato sexual. Porém, as duas últimas implicações foram totalmente resolvidas com remédios que são administrados diariamente”.
Atualmente, o sociólogo de Piracicaba (SP) realiza consultas no HA apenas para acompanhamento. “Por incrível que pareça, é sempre uma alegria ir ao Hospital de Amor ter minhas consultas de acompanhamento. Óbvio que isso se deve ao resultado positivo do procedimento de braquiterapia, mas o afeto e o carinho (principalmente daqueles que trabalharam diretamente na minha luta) são inigualáveis e sempre comemoramos o sucesso do tratamento, o respeito mútuo e a alegria de estarmos com saúde”, finalizou Orson.
Atravessar o oceano Atlântico para poder aprimorar os conhecimentos em um centro oncológico que é referência na América Latina, foi uma grande conquista alcançada por duas enfermeiras de Moçambique, na África. Graças a uma parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as profissionais Esperança Fátima Carma A. Guambe, de 53 anos, e Mendriciana Xavier Guambe, de 28, iniciaram, em dezembro de 2018, um treinamento focado em técnicas de radioterapia, no departamento de Radioterapia do Hospital de Amor.
Moçambique, que está localizado no sudoeste da África, também já foi uma antiga colônia portuguesa. Atualmente, possui 29 milhões de habitantes e uma expectativa de vida inferior a 55 anos de idade. A taxa de pobreza do país é considerada alta: cerca de 54%, com Índice de Desenvolvimento Humano em 0.415. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população de Moçambique sofre com doenças transmissíveis, possui altos índices de mortalidade materna e acidentes que representam 66% de óbitos no país. O câncer é responsável por 4% das mortes, porém, embora o número seja baixo em relação às outras causas, ainda são precárias as condições de rastreio para diagnóstico precoce, atendimento e tratamento oncológico, dificultando as possibilidades de cura dos pacientes.
Segundo as enfermeiras moçambicanas, que atuam no maior hospital do país africano – o Hospital Central de Maputo, situado em Maputo (capital do país) – o tratamento radioterápico (uma das principais formas de terapia para combate ao câncer) ainda não é oferecido aos pacientes de lá. “Quando a equipe médica indica a radioterapia como uma parte do processo do tratamento, apenas os pacientes que possuem recursos financeiros conseguem fazer, pois é necessário realizar o deslocamento para outros países, como a África do Sul, por exemplo”, relatou Mendriciana.
As amigas, que nunca haviam saído do continente africano, ficaram extremamente surpresas ao se depararem com a estrutura e com os equipamentos altamente tecnológicos do Hospital de Amor. Desde dezembro do ano passado na instituição, as profissionais ficarão até o mês de julho, acompanhadas pela equipe de enfermagem do HA, atuando como enfermeiras observacionais e tendo a oportunidade de participar de treinamentos sobre procedimentos de radioterapia. “É nítida a diferença em quase todas as coisas por aqui. As pessoas são muito bacanas, a relação entre colaboradores é de muita gentileza e a relação entre médicos e pacientes é amigável e muito admirável. Fiquei muito surpresa! Espero aprender muito nesses 6 meses, para poder aplicar esse conhecimento lá em Moçambique”, declarou Esperança.
Para a enfermeira do departamento de radioterapia do Hospital, Franciele de Oliveira Gomes, essa troca de experiências é muito importante para ambas as partes. “É notável a falta de acessibilidade e tecnologia no local em que a Esperança e a Mendriciana atuam, por isso, o cronograma de atividades delas aqui no HA inclui o trabalho observacional no setor de radioterapia (por um período de 3 meses) e no de oncologia clínica (por mais 3 meses). Além disso, as moçambicanas conhecerão a cidade de Barretos e outros locais da região”, disse Franciele.
Esperança
A enfermeira, cujo nome reflete o motivo da vinda das duas profissionais africanas para o Brasil, não só realizou o sonho de conhecer o país latino-americano, como também está tendo a chance de aprimorar suas habilidades e levar aprendizado para sua terra natal. Para Esperança, essa experiência está ligada a uma grande responsabilidade, que ela pretende honrar na sua volta a Moçambique. “Creio que é um grande passo poder levar conhecimento ao nosso país. Minha esperança é de que esse discernimento possa ser compartilhado de uma maneira profissional, didática e, como aprendi aqui, com muito amor”, finalizou.
A cada ano que passa, a Caminhada “Passos que Salvam” – uma das principais campanhas de conscientização promovidas pelo Hospital de Amor – ganha espaço e conquista municípios que abraçam a causa em favor do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Após o sucesso da 7ª edição, que aconteceu no dia 25 de novembro de 2018, e para que o projeto continue ajudando ainda mais pessoas a descobrir os sinais e sintomas da doença, o HA deu mais um passo e realizou, pelo sexto ano consecutivo, a ‘Capacitação de Médicos em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’.
O encontro aconteceu nos dias 22 e 23 de março, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos (SP). Das 650 cidades participantes na última caminhada, 140 médicos (que prestam atendimento a crianças e adolescentes na rede pública de saúde), vindos de 11 estados do Brasil, participaram do evento.
As palestras, ministradas por colaboradores da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, tiveram como objetivo orientar e capacitar esses profissionais para que possam colaborar no diagnóstico precoce do câncer e enviar esses pacientes com mais rapidez para tratamento na instituição. Graças ao treinamento, os participantes poderão se tornar referência na cidade onde atuam, criando um acesso direto com os médicos do Hospital, facilitando o envio de exames e a discussão de casos.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, metade das crianças que chegam a Barretos para o tratamento da doença já se encontra em estágio muito avançado, sendo difícil oferecer taxas elevadas de cura. “Nós temos que mostrar para o pediatra como detectar o câncer precocemente, pois se os pacientes continuarem chegando à instituição tarde demais, não conseguiremos melhorar”, afirmou.
Os dois dias de programação contaram com discussões sobre os seguintes temas: Epidemiologia do Câncer Infantil; Aplicação dos Estudos Moleculares e Genéticos no Diagnóstico Precoce; Os Sinais de Alerta no Hemograma do Diagnóstico Precoce; Estudos de Peregrinação das famílias e pacientes até a chegada a Barretos; Indicação de exames de imagem do Diagnóstico Precoce; Aspectos Importantes da Cirurgia Pediátrica; Vacinação no Imunossuprimido; Abordagem teórica e apresentação de casos: Tumores Abdominais, Retinoblastoma, Leucemias, Tumores Cerebrais, Tumores Ósseos e Linfomas.
Segundo o médico, é possível perceber resultados positivos em decorrência dos eventos anteriores. “Já estamos medindo isso. Temos dados estatísticos das crianças que foram encaminhadas para cá antes do treinamento e depois dele. E estamos reduzindo, significativamente, o número de pacientes que chegaram com tumor avançado, e agora chegam com a doença em estágios mais iniciais, permitindo que se curem”, finalizou Lopes.
Para a coordenadora da Caminhada “Passos que Salvam”, Naima Kathib, esse é um dos projetos mais importantes desenvolvidos pelo Hospital. “Desde de 2014, quando começamos a capacitar os médicos de todo o Brasil, já foi possível perceber a mudança no olhar desses profissionais em relação aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Mais de 1.200 médicos já se tornaram referência em seus municípios para o envio de pacientes ao HA e nós não vamos parar por aí!”, relatou a coordenadora.
O câncer infantojuvenil
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), atualmente, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos com câncer podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. Para o Dr. Luiz Fernando Lopes, 12.500 novos casos são diagnosticados todos os anos no Brasil, e a expectativa é de que até 2020 este número aumente em 30%.
Capacitação de Enfermeiros
Os municípios que realizaram a caminhada também poderão enviar seus enfermeiros para participar da ‘Capacitação de Enfermeiros em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’. O treinamento destes profissionais acontecerá nos dias 24 e 25 de maio de 2019. Para mais informações, basta entrar em contato com o departamento responsável pela Caminhada “Passos que Salvam” através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7169, ou e-mail: ‘passosquesalvam@hcancerbarretos.com.br’.
Os recursos obtidos através de incentivos fiscais são essenciais para que o Hospital de Amor possa continuar a buscar excelência tecnológica e humana no tratamento de câncer e oferecê-las aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS). A “Lei do Idoso” e a “Lei da Criança e Adolescente” são alguns dos projetos que podem ser direcionados para a instituição.
Graças às renúncias fiscais – que é quando o Governo abre mão de parte dos impostos devidos por pessoas físicas e jurídicas para que sejam doados diretamente às entidades – o HA consegue custear e manter as operações regulares de suas unidades.
Conheça os projetos do ‘Fundo do Idoso’ e do ‘Fundo da Criança e do Adolescente’:
Projeto Amparo ao Idoso
No último ano, centenas de milhares de pacientes com mais de 60 anos foram beneficiados com os resultados dessa lei. As doações incentivadas pela Lei do Idoso têm o objetivo de viabilizar o custeio do Hospital São Judas Tadeu – a unidade de cuidados paliativos e de atenção do idoso do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal do Idoso: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Amparo’. Com a doação concluída, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para p e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Prestação de contas – Fundo do Idoso:
Projeto Cuidar
O intuito deste projeto é arcar com o custeio para o tratamento, prevenção e pesquisa do câncer infantojuvenil, uma vez que os custos subsidiados pelo SUS são insuficientes para o atendimento, na totalidade, da população carente. As doações incentivadas pelo Fundo da Criança e do Adolescente busca viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor Barretos. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Cuidar’. Com a doação concluída, também é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para p e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Prestação de contas – Fundo da Criança e do Adolescente:
Quero doar meu imposto devido para o Hospital de Amor, e agora?
Confira algumas dúvidas frequentes em relação aos incentivos fiscais e conheça o passo a passo sobre como fazer a sua doação:
1) Quanto foi captado pelo “Fundo do Idoso” e pelo “Fundo da Criança e do Adolescente” no último ano?
R.: O projeto ‘Fundo do Idoso’ arrecadou, em 2018, R$ 55.364.758,78. Já o projeto ‘Fundo da Criança e do Adolescente’ captou R$ 5.865.756,88.
2) Quantas pessoas físicas e jurídicas fizeram doação para cada um desses fundos em 2018?
R.: Fundo do Idoso: 467 pessoas jurídicas e 129 pessoas físicas.
Fundo da Criança e do Adolescente: 89 pessoas jurídicas e 251 pessoas físicas.
3) Percentualmente, quanto foi executado com os recursos desses fundos até o momento?
R.: Fundo do Idoso: o repasse das doações foi recebido em fevereiro deste ano e já foram utilizados 8,40% (referentes aos meses de fevereiro e março de 2019).
Fundo da Criança e do Adolescente: o Hospital de Amor receberá o repasse dessas doações no mês de abril, portanto, ainda nada foi utilizado.
4) Em relação ao ano de 2017, houve um aumento ou diminuição na arrecadação através dos fundos?
R.: Em relação ao Fundo do Idoso, houve uma diminuição (em 2017 foram arrecadados R$ 59.101.104,56).
Em relação ao Fundo da Criança e do Adolescente, houve um aumento (em 2017 foram arrecadados R$ 3.843.080,00).
5) Quantos pacientes foram beneficiados com cada um dos fundos em 2018?
R.: Fundo do Idoso: 115.625 pacientes.
Fundo da Criança e do Adolescente: 38.400 pacientes.
6) O que diferencia uma doação ‘convencional’ (feita com um cartão de crédito ou pagamento o boleto gerado pela plataforma do site do Hospital) de uma doação por meio de incentivos fiscais?
R.: Quando as doações são realizadas diretamente a projetos sociais, elas não são enquadradas em leis de incentivos fiscais e não podem ser deduzidas. Por isso, serão declaradas na ficha ‘Doações Efetuadas’ – código 80 – ‘Doações em Espécie’ (dinheiro ou espécie) ou código 81 – ‘Doações em bens e direitos’ (na forma de bens). Na descrição, é necessário informar os dados do beneficiário.
7) Qual percentual do imposto devido o contribuinte pode direcionar para cada fundo?
R.: Doações de Pessoas Jurídicas podem ser deduzidas em até 9% no Imposto de Renda, desde que façam apuração no lucro real. Os percentuais de destinação são distribuídos nas seguintes leis:
– 1% Lei do Idoso;
– 1% Fumcad (Criança e Adolscente);
– 4% Lei Rouanet (Cultura) e Audiovisual (limitada em até 3%);
– 1% Lei do Pronon (Câncer);
– 1% Lei do Pronas (Pessoa com Deficiência);
– 1% Lei do Esporte.
Doações de Pessoas Físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que feita a declaração anual de ajuste no modelo completo e até o dia 30/12/2019. (Neste caso, o contribuinte pode escolher doar todo esse percentual por meio de uma só lei das listadas acima, exceto as leis do PRONON – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica’ e PRONAS/PCD – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência’, ou dividi-la entre elas).
8) Por que é importante que o contribuinte envie o comprovante da doação para o hospital depois de finalizar a doação?
R.: É importante para que o hospital possa apresentá-lo aos Fundos e confirmar que a doação foi direcionada á instituição.
9) Como essa doação deve ser inserida no formulário da declaração do contribuinte? Como é o passo a passo desse processo?
R.: Para doações incentivadas na declaração de imposto de renda 2019/2018, o contribuinte poderá doar até 3% do imposto devido para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Barretos (FUMDICAD), que os repassará ao Hospital de Amor para o custeio e manutenção da unidade infantojuvenil da entidade.
O roteiro para a doação no ato do preenchimento da Declaração Anual de Ajuste Completa é relativamente simples, pois o valor disponível para doação é automaticamente informado pelo sistema da Receita Federal e, uma vez paga a DARF da doação, o próprio sistema a processa. É importante estar atento, portanto, ao fato de que é gerada uma DARF específica para a doação que também deve ser paga com a DARF do I.R., quando devida. Se tiver imposto a restituir, o valor de sua DARF será somado e acrescido de sua restituição.
Os passos a serem seguidos durante o preenchimento da Declaração de I. R. estão descritos a seguir:
1º- Após preencher todos os seus dados e informações financeiras, clique em “Resumo da Declaração” no menu da esquerda;
2º- Em seguida, clique em “Doações diretamente na declaração – ECA”;
3º- Clique em “Incluir novo”;
4º- Selecione as opções “Municipal/SP/Barretos – 19.011.652/0001-50”;
5º- O valor disponível para doação é informado pelo próprio sistema, que elabora os cálculos e informa o montante equivalente aos 3% disponíveis para serem doados. Este valor que aparece é, assim, o máximo que poderá ser doado;
6º- Após indicar o valor a ser doado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Barretos, conforme acima explicado, clique em “Envie sua Declaração”;
7º- Após o envio, localize no menu do lado esquerdo o local onde está a DARF referente à sua doação (“Imprimir DARF – Doações Diretamente na Declaração – ECA”);
8º- Pague a DARF da doação e também a do I.R. devido, quando for o caso. Em seguida, envie a DARF de doação com o respectivo comprovante de pagamento para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’ para que a equipe do Hospital de Amor possa apresentá-lo ao FUMDICAD de Barretos e solicitar o repasse à instituição.
Agora, se você ainda tem alguma outra dúvida sobre como ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas através da doação do seu imposto de renda devido, é só acessar www.hospitaldeamor.com.br/incentivofiscal para mais informações.
Nesta sexta-feira, dia 22 de março, a população da região Norte do Brasil ganhou uma nova conquista! O Hospital de Amor – referência nacional no tratamento de câncer – inaugurou uma moderna ala dentro do Hospital de Amor Amazônia, unidade da instituição localizada em Porto Velho (RO). O centro oncológico passou a dispor de Centro Cirúrgico, UTI e Internação, atendendo, gratuitamente, com excelência e humanização (práticas reconhecidas da entidade), crianças e adultos em tratamento oncológico. As recém-adquiridas instalações contam com estrutura de 120 leitos de internação, 20 de UTI e 6 salas de cirurgia.
De acordo com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, foram investidos mais de R$ 20 milhões em estrutura e equipamentos. “A concretização desse projeto só foi possível graças ao investimento de voluntários, artistas, como o astro norte-americano, Garth Brooks, e empresas parceiras, como a BigSal, Grupo Irmãos Gonçalves e Grupo Cairu, que estão sempre engajados na causa e acreditam que as doações podem salvar vidas”, ressaltou.
O objetivo da expansão é facilitar, ainda mais, o acesso das pessoas que residem nas cidades da região Norte do país, e também dos indígenas, a um atendimento médico especializado. “O nosso foco foi reduzir a distância que os pacientes, muitas vezes, têm que percorrer até Barretos, visto que 95% dos pacientes oncológicos rondonienses, por exemplo, tinham como referência o Hospital de Amor Barretos, que está localizado a três mil quilômetros do estado de Rondônia”, afirmou Prata.
O Hospital de Amor Amazônia
A unidade, que está em funcionamento desde 2017, possui uma equipe altamente qualificada e uma estrutura de excelência: com duas salas cirúrgicas inteligentes, que podem funcionar em caráter de treinamento, realizando transmissões simultâneas para diversos outros centros. O hospital conta também com uma infraestrutura de ponta, com equipamentos audiovisuais para cirurgias minimamente invasivas.
“Com essa inauguração, estamos implantando um polo completo para tratamento oncológico, com o que há de melhor nesta área, para os pacientes do Norte do Brasil. O valor total de investimento, entre os setores já existentes e os que acabamos de inaugurar, foi de R$ 100 milhões”, relatou o presidente da instituição.
Há 3 anos, desde sua inauguração, o Hospital de Amor Amazônia oferece aos seus pacientes procedimentos de quimioterapia e radioterapia; laboratório de análises clínicas e patológicas; centro de intercorrência ambulatorial (CIA); radiologia com duas salas de raios-X; três aparelhos de ultrassonografia; ressonância magnética, mamógrafo e tomógrafo. Além disso, a unidade possui duas salas de exames e ambulatório com 13 consultórios.
Sobre o Hospital de Amor
Excelência em oncologia, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) assumiu a liderança do ranking 2018 da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre todos os centros de saúde do Brasil e da América Latina. O levantamento é uma ferramenta de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
A instituição é historicamente reconhecida por seu grandioso trabalho. Foi escolhida, em 2000, pelo Ministério da Saúde, como o melhor hospital público do país. Em 2011, tornou-se “instituição irmã” do MD Anderson Cancer Center (EUA), o maior centro de tratamento e pesquisa de câncer do mundo, e ainda recebeu um prêmio da AVON como “Campeão Mundial em Avanço na Área Médica no Combate ao Câncer de Mama”. Em 2012, assinou acordo com o Saint Jude Children´s Research Hospital e tornou-se “instituição gêmea”.
A entidade foi o grande destaque da 4ª Edição do Prêmio “Melhores Hospitais”, projeto realizado pela Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, realizado em dezembro de 2014. O HA ganhou em três categorias: melhor hospital, internação e ambulatório. O principal objetivo da premiação é monitorar a qualidade de atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Na categoria “Internação”, o Hospital de Amor liderou o ranking interior, com mais de 97% de aprovação. A instituição também teve um alto índice no quesito “Ambulatório” – 96,5% dos usuários disseram estar satisfeitos com o trabalho realizado.
Desde 2010, o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor (IEP) auxilia os pesquisadores da instituição no relacionamento com as agências de fomento, através de uma área de apoio institucional ao pesquisador. Em 2012, este departamento recebeu o nome de Escritório de Projetos e Inovação Tecnológica (EPIT). O EPIT é responsável por atuar como interface entre os pesquisadores e as agências de fomento, realizando o suporte técnico-administrativo e financeiro dos projetos de pesquisa da entidade, seja para auxílios individuais, bem como, projetos institucionais.
O objetivo do escritório é auxiliar o pesquisador nas questões administrativas dos projetos, desde a contratação, passando pela compra dos itens concedidos, liberação de recursos, preparação dos documentos para importação, incorporação do material permanente adquirido até a finalização com a apresentação da prestação de contas, dentro dos moldes exigidos por cada agência de fomento.
De acordo com a supervisora de projetos do setor, Joyce Silva, o EPIT tem como missão proteger o patrimônio intelectual de seus pesquisadores e inventores, estimulando e valorizando a atividade criativa pela produção científica e proporcionando novos métodos de desenvolvimento com a inovação. A área de projetos do departamento oferece apoio institucional ao pesquisador, com a criação e atuação na área administrativa e na gestão dos processos, das compras, da organização de documentos e da prestação de contas. “Dessa forma, os pesquisadores ganham mais tempo para se dedicar à pesquisa, garantindo um melhor andamento dos projetos e, consequentemente, aumentando as produções cientificas e fortalecendo das grandes parcerias dentro da comunidade cientifica”, afirma Joyce”. Já a área de Inovação Tecnológica do setor tem como principal objetivo orientar os pesquisadores, destacando o valor da propriedade intelectual com o registro de marcas, patentes e direitos autorais, de acordo com o estabelecido na Política de Propriedade Intelectual do Hospital de Amor.
No campo de pesquisa e desenvolvimento, cabe ao EPIT participar de negociações dos projetos, especificamente no que diz respeito à propriedade intelectual e ao sigilo, assegurando que direitos fundamentais do Hospital de Amor e de seus pesquisadores sejam preservados, de acordo com o que estabelecem as políticas institucionais.
A funcionalidade do EPIT pode ser estabelecida em tópicos, distribuídos da seguinte forma:
1. Estimular o patenteamento e o registro da criação intelectual no hospital;
2. Orientar e prestar assistência aos criadores sobre como elaborar as solicitações de patentes e registros;
3. Receber dos criadores as solicitações de patentes e registros;
4. Analisar a viabilidade técnica e econômica da criação intelectual;
5. Incumbir-se da tramitação do processo de solicitação até a efetivação do depósito da patente;
6. Apoiar a transferência de tecnologia desenvolvida no Hospital de Amor;
7. Administrar a execução dos contratos de exploração de patentes e/ou registros;
8. Instruir os criadores para assegurar a novidade;
9. Exigir a inserção de cláusulas específicas de proteção intelectual nos convênios e contratos firmados;
10. Emitir parecer sobre toda solicitação de pedido de patente e/ou registro encaminhado ao IEP.
Quem pode utilizar os serviços do EPIT?
Todos os pesquisadores, alunos de pós-graduação e colaboradores atuantes na equipe multiprofissional do Hospital de Amor (em qualquer das unidades da instituição espalhadas pelo Brasil) que tenham uma ideia inovadora, um projeto de pesquisa ou pretendem fazer uma parceria com outras instituições, podem contar com o suporte oferecido pelo escritório.
Desde 2015, o Hospital de Amor conta com um programa de rastreamento para a detecção precoce do câncer colorretal – aquele que acomete o trato digestivo (intestino grosso e reto). De lá para cá, já foram alcançadas 12.723 pessoas, sendo 48 pacientes diagnosticados com esse tipo de tumor.
Conheça mais sobre o câncer colorretal, seus sintomas e saiba como se prevenir.
O que é câncer colorretal?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas (também conhecidas como pólipos) que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão da doença. Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores abdominais), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
O que são pólipos?
São tumores benignos, parecidos com verrugas, que se desenvolvem na parte interna do cólon e reto. Cerca de 60% dos pólipos do intestino são adenomas e podem apresentar potencial para se tornarem tumores malignos. É importante que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos precocemente, principalmente após os 50 anos e em caso de história de câncer colorretal na família.
Quais são os sinais e sintomas do câncer colorretal?
Os principais sintomas da doença são: mudança do hábito intestinal, isto é, constipação ou diarreia sem associação com o alimento ingerido; anemia sem causa aparente, principalmente em pessoas com idade acima de 50 anos; fraqueza; desconforto abdominal (com gases ou cólicas); emagrecimento intenso e inexplicável; sangramento pelo reto; e sensação de evacuação incompleta.
Qualquer pessoa que apresentar um desses sintomas deve procurar o médico, principalmente se houver sangramento anal, para que os exames clínicos necessários sejam realizados. Entre os exames estão: realização do toque retal e do exame de colonoscopia (procedimento de vídeo utilizado para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado).
Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da doença?
Uma alimentação rica em carnes vermelhas, carnes processadas (como salsichas e mortadelas) e gorduras, além da ausência de atividade física regularmente (como o sedentarismo), ingestão abusiva de álcool, tabagismo, sobrepeso e obesidade, são alguns fatores externos que podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Pessoas com idade superior a 50 anos, ou que já tenham tido pólipos ou doença inflamatória intestinal, ou que tenham histórico de ocorrência de câncer colorretal em familiares, devem ficar atentas aos sinais.
Como se prevenir deste tipo de câncer?
Prevenir significa evitar os fatores que estão relacionados com o desenvolvimento de câncer colorretal. Adotar uma alimentação rica em frutas, verduras e vegetais, evitar o consumo de carnes vermelhas e embutidos, praticar exercício físico, evitar a obesidade, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, são importantes atitudes de prevenção. Os alimentos ricos em fibras protegem o intestino, pois facilitam a evacuação, aceleram o trânsito intestinal e diminuem o tempo de contato das substâncias carcinogênicas (que levam à formação do câncer) com a parede do intestino.
Refletir sobre os hábitos e estilo de vida é sempre uma forma de se prevenir de qualquer tipo de câncer e conquistar uma vida mais saudável. Confira algumas dicas:
– Praticar exercícios físicos regulares;
– Não fumar;
– Não ingerir bebidas alcóolicas;
– Não ingerir alimentos defumados, enlatados ou embutidos;
– Não ingerir alimentos com corantes e/ou conservantes;
– Se diagnosticado, remover pólipos através do exame de colonoscopia;
– Ingerir alimentos ricos em vitaminas C e E.
Porém, apesar de todos esses cuidados, também é necessário participar dos programas de rastreamento, pois essas medidas não são 100% eficazes. Existem dois exames que podem ser utilizados para rastrear esse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Recomenda-se iniciar o rastreamento a partir dos 50 anos, mas, cabe ao médico indicar qual é a melhor opção de procedimento para cada paciente.
Como é o teste FIT?
Também conhecido como exame de sangue oculto nas fezes, o teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais.
São necessárias três amostras de fezes consecutivas. Alguns dias antes do exame, alguns tipos de alimentos devem ser evitados. Além disso, medicamentos como AAS e anti-inflamatórios não devem ser tomados 7 dias antes do exame, e frutas cítricas e carne vermelha não devem ser consumidas três dias antes do procedimento. Se o resultado para o sangue oculto for positivo, será necessário realizar o exame de colonoscopia.
Como é a colonoscopia?
É um exame realizado por um aparelho de fibra ótica, longo (180 cm) e flexível, que é introduzido através do ânus e permite a visualização completa do reto e do cólon. Essa visualização ocorre por uma câmera inserida na extremidade do colonoscópio, cuja imagem é enviada para um monitor, permitindo assim, a análise simultânea do interior do cólon. O equipamento também permite a inserção de outros instrumentos especiais para a remoção de possíveis pólipos ou biópsias. O exame é feito sob sedação e analgesia, permitindo que o médico examine detalhadamente o cólon. Os riscos do procedimento são pequenos e estão vinculados ao sangramento depois da retirada de pólipos, biópsias e perfuração intestinal.
Como é tratamento para o câncer colorretal?
O tratamento para os tumores iniciais, geralmente, é menos agressivo, com a retirada de pólipos e lesões através da colonoscopia ou das cirurgias com ressecções locais dos tumores.
Nos tumores maiores do cólon, há a necessidade de cirurgia (convencional, laparoscópica ou robótica).
Nos tumores do reto, pode ser necessário realizar procedimentos radioterápicos e quimioterápicos antes da cirurgia.
Em resumo, o tratamento para o câncer colorretal envolve radioterapia, quimioterapia e/ou cirurgia, dependendo do local, do tamanho e da extensão da doença no cólon ou em outros órgãos (no caso de metástases – aparecimento do tumor em outros órgãos, como fígado ou pulmão, por exemplo). Quanto mais precocemente a doença for diagnosticada, menor a agressividade e o tempo de tratamento, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente.
Há 2 anos, o Hospital de Amor deu início a uma campanha muito importante de incentivo a prevenção e detecção precoce do câncer colorretal. Assim como acontece em vários meses, principalmente quando nos referimos ao movimento conhecido como Outubro Rosa (que estimula a participação da população na prevenção do câncer de mama), criou-se o “Março Marinho”, em alusão ao “Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino”, comemorado em 27/3.
Mas, desde 2015, a instituição conta com seu programa rastreamento e, de lá para cá, já foram alcançadas 12.723 pessoas com ele. Dessas, ao todo, 48 pacientes foram diagnosticados com esse tipo de tumor, que apesar de não ser tão divulgado, é muito frequente no Brasil: o terceiro mais recorrente entre os homens e o segundo entre as mulheres (chegando a ultrapassar as estatísticas do câncer do colo do útero). Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, para cada ano do biênio 2018/2019, serão diagnosticados 36.360 novos casos da doença no Brasil, sendo 17.380 em homens e 18.980 nas mulheres. Em geral, o risco de uma pessoa desenvolver câncer colorretal é de 1 em 22 (4,49%) para eles e 1 em 24 (4,15%) para elas.
Você conhece o câncer colorretal?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão do tumor.
Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
Conheça o programa de rastreamento
Existem dois exames que podem ser utilizados para realizar o rastreamento desse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Cabe ao médico indicar qual é a melhor opção para cada paciente.
O programa de rastreamento através do teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais. “É muito importante que esses critérios sejam respeitados, pois caso a pessoa não se enquadre nesse perfil, o exame pode não ser a melhor opção para o paciente”, afirmou a médica endoscopista do Hospital de Amor, Dra. Denise Peixoto Guimarães.
De acordo com a especialista, os sintomas só irão se manifestar quando a doença já estiver em estado avançado. Nesse momento, o tratamento já não é tão eficaz e as chances de cura, menores ainda. “Nessa hora, os principais sintomas a serem percebidos são: sangramento nas fezes, dor abdominal ou nódulo abdominal, emagrecimento ou anemia”, explicou.
Saiba como se prevenir
Alguns fatores externos podem contribuir para o desenvolvimento da doença, como:
– Consumo de carne vermelha e processada;
– Ausência de atividade física regular (sedentarismo);
– Ingestão abusiva de álcool;
– Tabagismo;
– Sobrepeso e obesidade.
Segundo informações do INCA, as duas regiões do Brasil onde são encontradas as maiores incidências do câncer colorretal são o Sudeste e o Sul do país. Especula-se que isso acontece devido à urbanização e a adoção de hábitos alimentares de países desenvolvidos, onde são encontrados os maiores números de casos da doença. “Por isso, é fundamental conscientizarmos a população e os médicos sobre esse tipo de câncer. Ele é passível de prevenção, então, por meio de informação correta e de qualidade, conseguimos diminuir o número de casos e fazer com que menos pessoas sofram e morram em decorrência desse tumor”, concluiu Dra. Denise.
O câncer colorretal é hereditário?
Existe uma porcentagem mínima de hereditariedade no caso do câncer colorretal, porém, é importante ficar atento caso algum familiar já tenha sido diagnosticado com a doença. “Especialmente nesses casos, nem sempre o sangue oculto nas fezes é indicado. É melhor optar pela colonoscopia, pois os riscos de se encontrar pólipos nessas pessoas são maiores”, finalizou a médica.
“Março Marinho” no HA
Educar, informar e divulgar as informações sobre a prevenção do câncer colorretal e sobre sua incidência no país, são os principais pilares das iniciativas realizadas pelo Hospital de Amor no “Março Marinho”. Durante todo o mês, a instituição promoverá ações em Barretos (SP) para alertar e convidar a população para participar do programa de rastreamento. Além de palestras educativas no Posto de Saúde (Postão), a equipe estará visitando alguns pontos do município com a unidade móvel I (carreta), disponibilizando o teste FIT.
Previna-se! Se você se enquadra nos requisitos e faz parte do público-alvo do programa de rastreamento, venha até o Instituto de Prevenção, no Pavilhão Victor & Léo, ou entre em contato através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7194.
Após concluir a graduação, chega um momento decisório na vida de muitos profissionais da área da saúde: onde realizar sua residência. Para oferecer suporte a esses futuros especialistas, o Hospital de Amor conta com uma Comissão de Residência Médica (COREME) e uma Comissão de Residência Multiprofissional (COREMU). Em entrevista, o coordenador da Comissão de Residência Médica, Dr. Mário José Aguiar de Paula, explica o papel que esses setores exercem na regularização dos residentes dentro da instituição e esclarece algumas dúvidas frequentes. Confira:
1) Como funcionam as residências médicas e multiprofissionais dentro do Hospital de Amor?
R.: A residência médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob forma de curso de especialização (considerada como “padrão de ouro”). O programa de residência, cumprido integralmente dentro de uma determinada especialidade, confere ao médico residente o título de especialista. É importante ressaltar que a expressão “residência médica” só pode ser empregada para programas que sejam credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Seu processo seletivo é realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, através de Seleção Pública para Residência Médica do Sistema Único de Saúde (SUS/SP).
Já a residência multiprofissional é uma formação destinada à especialização de outros profissionais da saúde, com o objetivo de permitir um aprofundamento de estudo e prática de uma determinada área de atuação. No caso do Hospital de Amor, trata-se de um programa que desenvolve atividades de aprendizagem teórica e prática na assistência ao paciente oncológico, possibilitando a integralidade do cuidado nos diversos segmentos da saúde. Este programa está de acordo com as recomendações da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), instituída por meio da Portaria Interministerial nº 45, de 12 de janeiro de 2007, sendo coordenada conjuntamente pelo Ministério da Saúde e do Ministério da Educação. Os cursos disponíveis no HA para este tipo de especialização são: residência em enfermagem, residência em fisioterapia e residência em odontologia. Seu processo seletivo é realizado pela empresa Consesp (Consultoria em Concursos Pesquisas Sociais), através de seleção realizada em três etapas.
2) Além das residências, o departamento também é responsável pelos Estágios Observacionais. Como são esses estágios e quem pode fazê-los?
R.: A visita observacional no Hospital de Amor é uma modalidade de estágio destinada a estudantes médicos, graduados médicos e multiprofissionais, residentes e aperfeiçoandos médicos ou multiprofissionais que desejem expandir seus conhecimentos na área da oncologia. Basta que tenham interesse e possuam vínculo com alguma instituição de ensino, seja como forma de graduação ou qualquer outro gênero de especialização, para poderem participar. Trata-se de um módulo de aprendizagem onde o visitante acompanha as rotinas de trabalho de um preceptor, na tentativa de aprimorá-lo a partir da vivência em campo, atendendo o que dispõe a Lei nº 11.788/08.
3) Como é o retorno dos profissionais que passam pela residência? Qual é o impacto na formação e desenvolvimento profissional deles?
R.: O feedback que recebemos é sempre muito positivo. Nossos residentes comentam que a experiência no Hospital de Amor é muito boa para suas formações. Ao final, esse ‘estudante’ deixa a instituição capacitado, torna-se uma extensão do HA e encontra muitas portas abertas para atuação no mercado de trabalho.
4) Quantos residentes médicos o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 169 residentes médicos.
5) Quantos residentes multiprofissionais o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 81 residentes multiprofissionais.
6) Quantas visitas observacionais o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 2.839 visitantes médicos e 617 visitantes multiprofissionais, totalizando 3.456 visitantes (uma média de 288 por mês).
7) Quais foram as conquistas alcançadas por essas Comissões?
R.: Foram muitas, mas podemos destacar o preenchimento de 90% das vagas disponíveis do programa de residência médica e 100% do de residência multiprofissional; a implementação da pesquisa de satisfação para as visitas observacionais; a aprovação de novas vagas para este ano; a inclusão dos residentes em treinamento laparoscópico em animais e a consolidação do Centro de Treinamento em Laparoscopia.
8) Como fazer para ter mais informações sobre os programas de residência do Hospital de Amor?
R.: Os interessados em fazer parte dos programas de residência devem entrar em contato com a equipe COREME/COREMU, através do e-mail ‘coreme@hcancerbarretos.com.br’, ou pelo telefone (17) 3321-6600, ramal 6791.
Referência no tratamento oncológico com excelência e humanização, o Hospital de Amor também possui grandes diferenciais no que diz respeito às áreas de prevenção, ensino e pesquisa. Há mais de 10 anos, a instituição conta com o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), cujo objetivo é estimular o ensino pós-graduado, formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de oferecer as melhores condições para a realização de projetos de pesquisa (sempre voltados para as questões clínicas e de relevância para o paciente de câncer). Junto a essa consolidada missão, foi instituído, em 2008, o Núcleo de Apoio ao Pesquisador (NAP) do IEP.
O setor, que tem por objetivo promover o desenvolvimento de pesquisas científicas na instituição, também atua como um centro de suporte para a realização de estudos de iniciativa ao investigador, oferecendo subsídios aos pesquisadores no que se refere ao treinamento de equipes de pesquisa, construção, avaliação, execução e análise estatística dos dados do estudo, visando garantir, principalmente, a segurança do participante de pesquisa e a excelência do trabalho. Sua estrutura é organizada em duas equipes: Núcleo de Epidemiologia e Bioestatística (NEB) e Coordenadoria de Pesquisa.
Núcleo de Epidemiologia e Bioestatística
Composto por um time de estatísticos e gerenciadores de bancos de dados, o NEB fornece suporte desde a elaboração de projetos, desenvolvimento de fichas clínicas (CRFs) no RedCap, até a análise dos dados do estudo. A equipe é responsável por oferecer acesso à supervisão de pesquisadores experientes, muitas vezes, contribuindo para a estrutura metodológica do projeto.
Coordenadoria de Pesquisa
Composta por uma equipe altamente especializada, a coordenadoria de pesquisa atua oferecendo suporte ao pesquisador no gerenciamento e condução de seu projeto de pesquisa (incluindo estratégias de operacionalização, fluxo de condução da metodologia proposta e análise crítica), visando sempre qualidade, rastreabilidade, confiabilidade e integridade dos dados pretendidos. Os coordenadores e assistentes de pesquisa clínica ficam junto à equipe multidisciplinar de cada especialidade. É de responsabilidade da coordenadoria de pesquisa acompanhar o pesquisador desde a treinamento da equipe de pesquisa para a triagem e busca ativa dos participantes; coleta, registro e verificação de dados; até a coleta, transporte, processamento e armazenamento de material biológico.
Dentre as atividades de apoio ao pesquisador, o departamento fornece uma sólida análise estatística dos casos de câncer, auxilia na elaboração dos instrumentos para o levantamento de dados e ajuda na gestão de projetos que recebem o auxílio dos órgãos de fomento de pesquisa. Além disso, a equipe médica envolvida auxilia na gestão dos estudos, construção dos ensaios clínicos e promoção de palestras, exposição de painéis e participação em congressos, aulas e cursos.
De acordo com a coordenadora do NAP, Viviane Andrade, toda a comunidade interna multiprofissional de pesquisa do Hospital de Amor (alunos matriculados no programa de pós-graduação em oncologia) e pesquisadores externos vinculados à equipe interna, podem utilizar os serviços do departamento. “O acesso a uma equipe especializada no desenvolvimento, gerenciamento e condução de estudos clínicos, oferece aos pesquisadores da instituição a oportunidade de consolidar parcerias com renomados centros nacionais e internacionais, garantindo agilidade, segurança e, principalmente, qualidade na condução de estudos de iniciativa do investigador”, afirmou Viviane.
A infraestrutura de alta tecnologia e suporte qualificado do NAP, permite com que os pesquisadores do HA se dediquem às produções científicas, fortalecendo as importantes parcerias com outros centros de excelência, trazendo resultados positivos, não apenas no aumento do número das publicações, como também na qualidade das pesquisas. “Atualmente, nós temos 89 protocolos de pesquisa em andamento. São 44 (49,4%) em estudos longitudinais – métodos de pesquisa que visam analisar as variações nas caraterísticas dos mesmos elementos de amostra no decorrer de um longo período de tempo – e 24 (26,9%) em ensaios clínicos – estudos de investigação que experimentam novas terapias. Destes, 29 (32,5%) são multicêntricos e 18 (20,2%) são internacionais. No total, o NAP conta com 18.574 participantes incluídos nos estudos e 4.829 em acompanhamento”, explicou a coordenadora.
É muito comum se ouvir o termo ‘radioterapia’ durante um tratamento de câncer. O procedimento pode ser utilizado como um dos principais no combate à doença, agindo como adjuvante (após as cirurgias), como neoadjuvante (antes das cirurgias), como paliativo (para alívio de sintomas) e como tratamento de metástases. Nela, as radiações ionizantes (forma de radiação que tem energia suficiente para ionizar os átomos, retirando os elétrons mais próximos dos núcleos atômicos) destroem as células cancerígenas e as inibem de continuar crescendo. O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a extensão e a localização do tumor, dos resultados dos exames e do estado de saúde do paciente. Dependendo do local onde a doença está, a radioterapia pode ser realizada através de outro método, conhecido como Braquiterapia.
O que é a braquiterapia?
A braquiterapia é um dos tipos de tratamento radioterápicos onde os aplicadores são colocados em contato muito próximo ao tumor, permitindo entregar altas doses de radiação em um curto intervalo de tempo. Segundo o médico rádio-oncologista do Hospital de Amor, Dr. Fábio de Lima Costa Faustino, entre os vários tipos de câncer que podem ser tratados por meio desta alternativa, destacam-se dois muito frequentes: tumores de próstata e ginecológicos. “Aquilo que geralmente é tratado em 39 sessões (radioterapia externa), pode ser feito, com segurança, em duas ou apenas uma sessão na braquiterapia, dependendo do tipo de tumor e das necessidades de cada paciente”, afirmou.
Desde 2014 sendo aplicada na instituição, mais de 100 pacientes já foram beneficiados com a técnica.
Todos os pacientes podem se beneficiar da braquiterapia?
Para usufruir desse procedimento, o paciente não pode ter restrição anestésica (anestesia raquidiana), apresentar doenças inflamatórias preexistentes ou qualquer alteração anatômica considerável. “A técnica de braquiterapia é muito utilizada nos casos de câncer de próstata, pois é possível dar uma alta dose de radiação num intervalo de tempo curto, protegendo os órgãos normais ao redor do tumor”, declarou o médico.
Além da redução do número de sessões e, consequentemente, da diminuição do tempo de tratamento, Dr. Fábio lista diversas outras vantagens que a técnica traz ao paciente oncológico: “a realização do procedimento de braquiterapia gira em torno de duas horas; o paciente é liberado no mesmo dia para ir para casa; os efeitos colaterais são minimizados; a exposição às doses de radiação é reduzida, quando comparada à radioterapia externa; e as chances de sequelas são muito menores”.
De acordo com Faustino, esse tipo de procedimento ainda é pouco utilizado no Brasil. “São poucos os serviços privados que contam com a braquiterapia. Acredito que através do Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital de Amor ainda é a única instituição oncológica a oferecer”.
Caso de sucesso
O sociólogo Orson Camargo, de 56 anos, realizou seu tratamento contra um câncer de próstata no Hospital de Amor, em 2015. Enquanto esteve na instituição e durante seus procedimentos, ele foi submetido à técnica de braquiterapia de alta taxa de dose e tornou-se um caso de sucesso!
Ao realizar um exame preventivo em meio à campanha ‘Novembro Azul’, foi diagnosticado com a doença, ainda em estágio inicial. Depois de algumas consultas e exames, os médicos decidiram que a braquiterapia era a melhor opção de tratamento para o Orson. “Ao agendar o procedimento, fui internado para preparação. No segundo dia, fizemos duas sessões de braquiterapia, e no terceiro, já estava em casa. Foi tudo muito rápido, indolor e eficaz”, contou Orson.
Para o sociólogo, o método utilizado em seu tratamento foi a melhor escolha, pois, além de deixá-lo tranquilo e confiante, ele também não sofreu com nenhuma reação física. “A sequela que tive após o tratamento, devido à ‘destruição’ da próstata, foi a redução praticamente total do líquido seminal produzido pelo órgão. O ‘estrangulamento’ da uretra causa certa dificuldade de urinar e, eventualmente, de manter a ereção no ato sexual. Porém, as duas últimas implicações foram totalmente resolvidas com remédios que são administrados diariamente”.
Atualmente, o sociólogo de Piracicaba (SP) realiza consultas no HA apenas para acompanhamento. “Por incrível que pareça, é sempre uma alegria ir ao Hospital de Amor ter minhas consultas de acompanhamento. Óbvio que isso se deve ao resultado positivo do procedimento de braquiterapia, mas o afeto e o carinho (principalmente daqueles que trabalharam diretamente na minha luta) são inigualáveis e sempre comemoramos o sucesso do tratamento, o respeito mútuo e a alegria de estarmos com saúde”, finalizou Orson.
Atravessar o oceano Atlântico para poder aprimorar os conhecimentos em um centro oncológico que é referência na América Latina, foi uma grande conquista alcançada por duas enfermeiras de Moçambique, na África. Graças a uma parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as profissionais Esperança Fátima Carma A. Guambe, de 53 anos, e Mendriciana Xavier Guambe, de 28, iniciaram, em dezembro de 2018, um treinamento focado em técnicas de radioterapia, no departamento de Radioterapia do Hospital de Amor.
Moçambique, que está localizado no sudoeste da África, também já foi uma antiga colônia portuguesa. Atualmente, possui 29 milhões de habitantes e uma expectativa de vida inferior a 55 anos de idade. A taxa de pobreza do país é considerada alta: cerca de 54%, com Índice de Desenvolvimento Humano em 0.415. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população de Moçambique sofre com doenças transmissíveis, possui altos índices de mortalidade materna e acidentes que representam 66% de óbitos no país. O câncer é responsável por 4% das mortes, porém, embora o número seja baixo em relação às outras causas, ainda são precárias as condições de rastreio para diagnóstico precoce, atendimento e tratamento oncológico, dificultando as possibilidades de cura dos pacientes.
Segundo as enfermeiras moçambicanas, que atuam no maior hospital do país africano – o Hospital Central de Maputo, situado em Maputo (capital do país) – o tratamento radioterápico (uma das principais formas de terapia para combate ao câncer) ainda não é oferecido aos pacientes de lá. “Quando a equipe médica indica a radioterapia como uma parte do processo do tratamento, apenas os pacientes que possuem recursos financeiros conseguem fazer, pois é necessário realizar o deslocamento para outros países, como a África do Sul, por exemplo”, relatou Mendriciana.
As amigas, que nunca haviam saído do continente africano, ficaram extremamente surpresas ao se depararem com a estrutura e com os equipamentos altamente tecnológicos do Hospital de Amor. Desde dezembro do ano passado na instituição, as profissionais ficarão até o mês de julho, acompanhadas pela equipe de enfermagem do HA, atuando como enfermeiras observacionais e tendo a oportunidade de participar de treinamentos sobre procedimentos de radioterapia. “É nítida a diferença em quase todas as coisas por aqui. As pessoas são muito bacanas, a relação entre colaboradores é de muita gentileza e a relação entre médicos e pacientes é amigável e muito admirável. Fiquei muito surpresa! Espero aprender muito nesses 6 meses, para poder aplicar esse conhecimento lá em Moçambique”, declarou Esperança.
Para a enfermeira do departamento de radioterapia do Hospital, Franciele de Oliveira Gomes, essa troca de experiências é muito importante para ambas as partes. “É notável a falta de acessibilidade e tecnologia no local em que a Esperança e a Mendriciana atuam, por isso, o cronograma de atividades delas aqui no HA inclui o trabalho observacional no setor de radioterapia (por um período de 3 meses) e no de oncologia clínica (por mais 3 meses). Além disso, as moçambicanas conhecerão a cidade de Barretos e outros locais da região”, disse Franciele.
Esperança
A enfermeira, cujo nome reflete o motivo da vinda das duas profissionais africanas para o Brasil, não só realizou o sonho de conhecer o país latino-americano, como também está tendo a chance de aprimorar suas habilidades e levar aprendizado para sua terra natal. Para Esperança, essa experiência está ligada a uma grande responsabilidade, que ela pretende honrar na sua volta a Moçambique. “Creio que é um grande passo poder levar conhecimento ao nosso país. Minha esperança é de que esse discernimento possa ser compartilhado de uma maneira profissional, didática e, como aprendi aqui, com muito amor”, finalizou.