Milhares de seguidores, fotos incríveis, vídeos de dublagens e dancinhas divertidas. É muito comum encontrar perfis de influenciadores digitais com essas características, mas o caso de Dinah Neves, de Quirinópolis (GO), ou, como é conhecida em suas redes sociais – Vovó Dinah – tem um elemento inusitado, que a torna ainda mais especial: sua idade.
Ela, que atualmente tem 90 anos, é paciente do Hospital de Amor. Aos 86, começou sua batalha contra o câncer de mama, mas foi em dezembro de 2019 que Dinah recebeu a feliz notícia de que tinha vencido o câncer. Mesmo com muitos motivos para celebrar, ela teve pouco tempo para comemorar com seus amigos e familiares, por conta do início da pandemia. Foi também esse momento que a levou a se conectar virtualmente. “Com o distanciamento social, fui ficando triste. Foi aí que meu neto Murilo teve a ideia de me filmar fazendo pão de queijo e colocar no Instagram, e foi um sucesso, recebi tantas mensagens e tanto carinho que resolvi fazer um Instagram para mim”, conta.
Para a paciente do HA, ter se tornado tão popular na internet é uma alegria muito grande. “Eu fico muito feliz e me sinto abençoada, por saber que, aos 90 anos de idade, ainda tem pessoas que tiram um tempo do seu dia para me ouvir e aprender as coisas que tenho para ensinar. Todos da minha família também adoram as coisas que publico. Gravo vídeos com meus netos e recebo pedidos para gravar várias receitas que sempre faço em família”, relata ela, com muito orgulho.
A receita do sucesso
Mesmo publicando vários tipos de conteúdo, o nome do perfil oficial de dona Dinah (@receitasvodinah) deixa bem claro a maior paixão dessa senhorinha tão ativa e simpática: a culinária. “Sempre gostei de cozinhar e aprendi desde pequena com minha mãe. Depois que me casei, eu e meu marido montamos uma padaria na cidade onde moro, e foi aí que aprendi a fazer coisas ainda mais deliciosas para vender no nosso negócio”. Ela afirma que, mesmo com o mundo vivendo um momento tão complicado, conseguiu enxergar, com a ajuda de um dos seus netos, o Murilo, uma oportunidade de se reinventar na internet. “Estou muito chique e conectada”, brinca.
Carinho com as pessoas e com a causa do HA
Além de seu vínculo como paciente do Hospital de Amor, dona Dinah ainda se mobiliza de maneira voluntária em prol da causa da instituição. Em sua consulta mais recente na unidade de Barretos (SP), além da alegria que carrega por onde passa, ela trouxe centenas de lacres de lata (que juntou com a ajuda de sua família) para doar para a entidade.
Ela cita ainda que, em suas redes sociais, recebe muitas mensagens inspiradoras de pessoas dizendo que são ajudadas por ela através de seus posts. “Eles dizem que me assistindo, se divertem e acabam tendo um motivo a mais para sorrir”. A vovó relembra um relato de uma jovem de 22 anos que a deixou emocionada. “Ela disse que os meus vídeos a ajudaram a sair de uma crise de ansiedade, e que quando ela me vê sorrindo e dançando aos 90 anos de idade, acredita que ela também merece ser feliz e que desperto nela o desejo de chegar animada e plena à 3ª idade”, diz.
Incentivo aos outros idosos
Em sua nova rotina digital, Dona Dinah acha maravilhoso ver que os jovens estão valorizando cada vez mais os idosos e aprendendo com sua experiência de vida, mas sabe também seu papel como referência para outras pessoas de sua idade e deixa uma mensagem de estímulo para eles: “Eu desejo que eles não tenham medo de ser felizes, que não tenham medo do novo, e que acreditem sempre em Deus, pois, graças a ele, eu venci o câncer e consegui tudo que sempre sonhei”, conclui.
Foi em nome da solidariedade que a paciente Juliana Petini, de Fernandópolis (SP), aceitou a missão de participar do “Desafio do Amor”, um pedal solidário (nome dado a trajeto feito em bicicleta em prol de uma causa social), que começou na cidade de Redenção, no Pará, e já se espalhou por todo o Brasil. O desafio dela era iniciar o caminho em frente à unidade do Hospital de Amor (HA), em Jales (SP), cidade onde realizou seu tratamento contra um câncer de mama; seguir para o Instituto de Prevenção da instituição, em Fernandópolis (SP), onde recebeu o diagnóstico da doença; e finalizar na sede da instituição em Barretos (SP), cumprindo seu propósito. Todo o percurso teve 260 km por estrada não pavimentada.
Desafio do Amor
O “Desafio do Amor” foi criado pela engajada advogada Fernanda Teodoro e do arquiteto Magno Weiss, ambos de Redenção (PA). A campanha foi divulgada virtualmente e consistiu em organizações de pedais onde cada indivíduo escolhia o seu desafio pessoal e adquiria seu kit. Os recursos adquiridos nas inscrições e venda desses kits serão destinados ao Hospital de Amor.
Durante a divulgação do evento, Fernanda fez um contato através das redes sociais com Juliana e, após conhecer sua história com o HA, a convidou para ser uma das madrinhas ação. “Diante do convite, eu senti que devia, em nome da minha saúde e de todos os que estão lutando por suas vidas, ser sinônimo de superação, além de motivar pessoas através da iniciativa a participarem do evento a colaborar com o Hospital de Amor, que tanto precisa”, relatou Juliana.
O evento contou com o apoio do artista Felipe Araújo e de um dos maiores organizadores de eventos de mountain bike nacional, Mário Roma.
Superação
Juliana, que também se tornou madrinha da ação #ConectadosPelaPrevenção do ‘Outubro Rosa’ do HA, conta que sua história com o ciclismo começou muito antes do desafio. “Em 2016, comecei a praticar o ciclismo e me apaixonei pelo esporte e pelos desafios que ele me oferece. De espírito competitivo, decidi, em 2017, participar pela primeira vez de uma competição. A partir daí, participei de diversas provas em todo o estado de São Paulo com expressivos resultados”, disse.
No final do ano de 2018, após o diagnóstico de câncer de mama, Juliana precisou suspender as participações nas competições. Para ela, apesar de um processo difícil, com a ajuda de Deus e do Hospital de Amor, foi possível retornar a uma jornada intensa de treinamentos. “Como forma de retribuir todo o amor e dedicação que o hospital me oferece, assim como, estímulo a todos aqueles que estão em tratamento, eu digo: acreditem em suas vidas e desfrutem do impacto positivo da atividade física durante seu tratamento. Foi por esse motivo que decidi realizar em parceria com o ‘Desafio do Amor’ esse trajeto”, explicou Juliana.
Atualmente, a paciente segue em acompanhamento por exames de imagens semestral.
Meta
E não basta percorrer 260km, é preciso ter uma meta. Juliana conta que decidiu estabelecer um tempo para percorrer o trajeto. “Eu e meu preparador físico entendemos que seria possível realizar o percurso em menos de 24 horas. A meta era sair da unidade de Jales, às 17h, na sexta-feira (25) e chegar por volta das 9h, do dia seguinte, em Barretos (SP). ”, explicou Juliana.
Estratégia de ação
A ciclista Juliana Petini contou com o apoio do técnico (carro de apoio) durante todo o percurso, estando acompanhada de seu treinador e duas atletas que também são engajadas com causas, para ajudá-la a manter um ritmo e oferecer apoio emocional.
O carro de apoio levou todo suprimento alimentar, de hidratação e manutenção das bicicletas que foram necessários, garantindo assim a segurança e integridade física.
Devido à pandemia, foram tomadas todas as precauções necessárias, mantendo o distanciamento recomendado pelos órgãos de saúde competentes.
O câncer de mama é, atualmente, o que mais acomete mulheres em todo o mundo, inclusive na América Latina, região onde 27% desses casos ocorrem em mulheres com menos de 45 anos. Para melhor entender as possíveis causas para esse índice, foi desenhado o estudo multicêntrico PRECAMA – Molecular Subtypes Premenopausal Breast Cancer in Latin American Women, que visa compreender como a interação entre os principais agentes etiológicos (tais como: estilo de vida, ambientais, ancestrais e genéticos) pode aumentar o risco de câncer de mama, especificamente em mulheres jovens.
Liderado pela International Agency for Research on Cancer (IARC), o PRECAMA está sendo desenvolvido em grandes hospitais e centros de pesquisa especializados em oncologia localizados nos países do Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Brasil, onde estão sendo recrutadas pacientes com idades entre 20 e 45 anos.
No Brasil, o estudo está sob responsabilidade do Hospital de Amor, que acaba de receber um importante fomento concedido pela The Terry Fox Foundation, levantado pela rede Maple Bear Canadian School também em uma edição da Terry Fox Run, organizada pelo Colégio Santo Agostinho – Unidade Nova Lima. Segundo os pesquisadores envolvidos com o projeto, o aporte é de fundamental importância para a continuidade ao trabalho e garantirá as condições necessárias para o melhor entendimento da doença, a partir da possibilidade de inclusão de novos pesquisadores e profissionais totalmente dedicados a ele.
Gabriela, Carolina, Eva, Jenifer, Ana Júlia, etc. Elas são inspirações para a criação de músicas, poemas, filmes e artes em geral. São mães, avós, tias, filhas, sobrinhas, primas, namoradas, esposas, profissionais, idealistas, sonhadoras, líderes, ousadas. São infinitos os adjetivos que expressam a grandeza das mulheres. Por isso, e por muito mais, no dia 8 de março, o mundo todo celebra o “Dia Internacional da Mulher”, oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, e comemorado desde o início do século 20.
A força da mulher está presente no Hospital de Amor desde a sua origem. Fundado pelos médicos Dr. Paulo Prata (in memoriam) e pela Dra. Scylla Duarte Prata, médica ginecologista, ela foi considerada à frente do seu tempo ao cursar medicina e enfrentar os desafios da época de estudante. Diante disso, a força feminina também foi essencial para fundamentar os valores da instituição.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve crescer até 2030. Com mais anos de estudo, sendo a maioria com ensino superior, as mulheres tornaram-se mais qualificadas do que a mão de obra masculina. Segundo o Sebrae, ao todo, mais de 9 milhões de mulheres estão à frente de uma empresa no país, sendo que o número de ‘chefes de domicílio’ femininas aumentou de 38% para 45%. Estes dados representam o quão ativas elas são na fomentação da economia e nas atividades laborais.
No Hospital de Amor, a forte atuação feminina não é diferente. Ao todo, 75% do quadro de funcionários da instituição é formado por mulheres, sendo 3.279 colaboradoras.
A gerente do departamento de gestão de pessoas, Renata Paschoal Fleischer, atua na instituição há 3 anos e acredita que o fato de ser mulher faz com que ela consiga desenvolver ações de maneira mais sensível, sem perder a ‘energia’ necessária para cumprir as metas propostas. Renata fala toda orgulhosa sobre os projetos desenvolvidos pela instituição para o público feminino, como o programa ‘Mamãe Colaboradora’, que leva informações e orientações para as gestantes. “Me sinto privilegiada por ter a oportunidade de fazer a diferença em uma instituição da área da saúde”, afirmou.
Mulheres na ciência
Elas fazem a diferença, há anos, em diversas áreas da sociedade. São advogadas, médicas, empresárias, influenciadoras, esportistas, entre tantas outras profissões. Mas, quantas cientistas você conhece? De acordo com o estudo ‘Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM)’, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), apenas 35% dos estudantes do mundo em áreas de STEM são mulheres.
A pesquisadora do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) e coordenadora do biobanco do Hospital de Amor, Marcia Marques Silveira, é um grande exemplo de mulher na ciência. Há 10 anos, ela atua na instituição em busca de avanços científicos dentro da oncologia molecular do câncer de mama, para que, no futuro, outras mulheres que sofrem com a doença possam se beneficiar. “Sinto muito orgulho do meu trabalho, da minha equipe e da oportunidade de tentar poder fazer a diferença junto à comunidade científica, buscando modelos de excelência em biobancos e pesquisa oncológica”, comentou.
Os desafios nesta área não são poucos e a responsabilidade de estar à frente de setores tão importantes quanto estes é muito grande. Manter os processos, estrutura e controle de qualidade sempre atualizados, seguindo padrões internacionais de sucesso e permitindo a participação do HA em pesquisas junto à medicina oncológica molecular no Brasil e no mundo é o que motiva Marcia. “Ser mulher, mãe e líder de um departamento essencial como o biobanco é uma tarefa árdua e, ao mesmo tempo, muito gratificante. Todos os dias eu me sinto responsável em fazer um bom trabalho em equipe, incentivando profissionais, especialmente as mulheres, em se dedicar por uma causa tão significativa como a pesquisa na oncologia molecular”, finalizou a pesquisadora.
Já a enfermeira Elaine Xavier trabalha no Hospital de Amor desde 2003 e há dois anos está à frente do projeto de prevenção, atuando diretamente nas unidades móveis. Elaine realiza a organização do calendário das unidades que atendem os 17 municípios que integram a DRS V (Departamento Regional de Saúde) de Barretos (SP), e também é responsável pela divulgação dos agendamentos dos exames de mama, colo do útero, intestino e boca. “É um projeto maravilhoso, que visa o cuidado integral e a assistência da mulher e do homem. É um programa que conta com início, meio e fim, ou seja, oferece exames, investigação e tratamento. Esse trabalho é importante, pois com o diagnóstico precoce, maior é a chance de cura”, relatou a enfermeira, que brilha os olhos ao falar da sua rotina de trabalho na instituição.
“Aqui no HA, eu me sinto totalmente realizada. Amo o que eu faço, me entrego de corpo e alma ao meu trabalho. O hospital oferece todos os recursos necessários para o profissional melhorar a cada dia. Agradeço a Deus por fazer parte dessa equipe, e graças a ele o que um dia foi um sonho, hoje é a minha realidade”.
Mulheres na saúde
Durante toda a história, algumas profissões foram consideradas exclusivamente masculinas. Para conquistar um espaço neste cenário, as mulheres tiveram que lutar e enfrentar grandes desafios. De acordo com dados da Demografia Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM), dentre os 414.831 profissionais da medicina em atividade, 225.550 são homens (54,4%) e 189.281, mulheres (45,6%). Contudo, essa diferença vem caindo a cada ano e, graças à feminização da profissão no país, entre os novos médicos registrados desde 2009, há mais mulheres do que homens.
No Hospital de Amor, em meio a tantas atribuições exigidas aos médicos, é preciso ainda aliar competência com capacidade de cuidar e oferecer amor. E quem melhor do que as mulheres para desempenhar esse papel com maestria? Ao andar pelos corredores da instituição é possível perceber a importância delas.
Há 8 anos, a médica coordenadora da unidade de transplante de medula óssea (TMO) do Hospital de Amor Infantojuvenil, Neysimélia Costa Villela – carinhosamente conhecida como Dra. Neysi – trabalha no HA. Junto a toda sua equipe, ela cuida das crianças que precisam ser submetidas ao transplante de medula óssea em todas as etapas de sua realização: desde a preparação para o procedimento, durante a internação e também após, até que elas estejam totalmente recuperadas. Ela garante que isso não é uma tarefa fácil, pois é preciso assegurar que todas as crianças tratadas na unidade recebam o que existe de melhor na medicina; manter a equipe sempre atualizada, proativa e estimulada; oferecer apoio, conforto e acolhimento aos familiares de cada paciente; e o principal: fazer com que os pequenos, mesmo passando por um momento tão difícil e delicado, possam sorrir, brincar e sonhar!
“É uma mistura de sentimentos que envolve orgulho, gratidão a Deus, por me permitir exercer minha profissão de maneira tão plena (aliando medicina de ponta a um tratamento humanizado) e, ao mesmo tempo, consciência da grande responsabilidade de cada um de nós que trabalha aqui, oferecendo, sempre, nada menos do que o melhor de nós mesmos. Acho que a mulher pode até ser mais delicada e amorosa, mas de forma alguma mais frágil ou com menor poder de liderança. No setor de TMO, onde mais de 90% da equipe é composta por mulheres, somos também as mães de todas as crianças que precisam do nosso amor e do nosso carinho, e isso faz com que levantemos da cama todos os dias com a certeza de que podemos fazer sempre mais”, relatou Dra. Neysi.
Imagine alguém que mantém um lindo sorriso no rosto e o brilho nos olhos, todos os dias, trabalhando em uma unidade de cuidados paliativos. Há 15 anos, os pacientes e familiares que passam pelo Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do Hospital de Amor) encontram isso e muito mais na fisioterapeuta Adriana da Silva Martins Ferreira. Atenciosa, criativa, delicada e amada por todos, ela realiza atendimentos aos pacientes internados e ambulatoriais, com condutas que ajudam na melhora da dor, falta de ar, fadiga, edema, entre outros, com o objetivo de aumentar a qualidade de vida de cada um.
Adriana também é preceptora e tutora da residência de atenção ao câncer na unidade, membro da comissão de eventos, responsável pelo programa ‘Selo Hospital Amigo do Idoso’, supervisora de estágio acadêmico em fisioterapia oncológica, membro do comitê de bioética e membro do grupo da dor. “É uma responsabilidade grande, por se tratar de um hospital renomado, que atua com excelência na área da oncologia, mas sinto-me imensamente feliz, honrada e realizada profissionalmente, por ser mulher e liderar um departamento que atua com dedicação e humanização para proporcionar conforto e dignidade aos pacientes que lutam contra o câncer. Os desafios maiores são oferecer brilho nos olhos e alegria a cada paciente, mas sei que posso fazer a diferença na vida de muitas pessoas, com competência e respeito”.
Mais uma guerreira
A funcionária pública e prefeita do município de Vitória Brasil (SP), Ana Lúcia Olhier Módulo, de 54 anos, também é uma mulher guerreira. Ela luta, como todas as outras, por respeito, direitos iguais e liberdade. Mas acumula todas as suas forças para lutar contra um câncer de mama, descoberto após fazer um exame de mamografia.
Mesmo com as sessões de quimioterapias, cirurgia, futuras sessões de radioterapia e alguns efeitos colaterais do tratamento – realizado no Hospital de Amor Jales – Ana Lúcia continua trabalhando, viajando e cumprindo com suas obrigações sem ‘deixar a peteca cair’. Ela é exemplo e representa todas aquelas que passam por situações semelhantes. “A mulher já avançou muito nos seus direitos, mas ainda há muito o que desejar, pois existe preconceito, machismo e feminicídio, principalmente para as mulheres que não sabem se impor. Acredito que há muito o que comemorar, mas também há muito para conquistar”, esclareceu a paciente.
Luta pela igualdade
Conforme divulgado pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres entre 25 e 49 anos ganham 20,5 % a menos que homens. Isto significa que ainda há desigualdade salarial e, embora elas estudem mais do que eles, elas acabam ocupando menos da metade dos cargos de gerentes e diretores no país.
Quando o assunto é violência, infelizmente, o Brasil é um dos líderes de casos de agressão a mulheres. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a cada ano, cerca de 1,3 milhão de mulheres são agredidas nos país. No ano passado, o relatório “International Women´s Day 2019 – Global attitudes toward gender equality” afirmou que 39% dos brasileiros consideram a violência sexual o principal problema enfrentado pelas mulheres hoje, e 52% das pessoas no mundo concordam que a vida é mais fácil para homens do que para as mulheres.
A origem da data
Historicamente, o primeiro ‘Dia da Mulher’ teve origem nos Estados Unidos, em maio de 1908, quando 1.500 mulheres apoiaram uma manifestação em prol da igualdade de gênero, de forma econômica e política. A luta por essas melhorias surgiu no final do século XIX, a partir de organizações femininas que lutavam por menos jornadas de trabalho (que chegavam a 15 horas diárias), além do pedido de aumento de salários, que eram considerados baixíssimos. Segundo relatos mais comuns, a data que celebra a mulher ganhou mais representatividade após um incêndio que ocorreu em uma fábrica têxtil, a Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, quando cerca de 130 operárias faleceram carbonizadas, no dia 25 de março de 1911.
No Brasil, a luta em prol dos direitos femininos ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 1930, ao lutarem pelo direito de voto. E em 1985, surgiu a primeira Delegacia Especializada da Mulher. Atualmente, o termo sororidade tem sido amplamente divulgado nas mídias e nos ambientes de trabalho. Basicamente, a expressão remete o sentimento de união e amizade entre as mulheres, algo tão importante para a efetivação dos direitos igualitários no mercado de trabalho e em todos os ambientes onde são elas estão inseridas.
Uma importante parceria entre o Hospital de Amor e a Azul Linhas Aéreas tem beneficiado de maneira muito significativa mulheres atendidas pelas unidades de prevenção do hospital espalhadas pelo Brasil. A Azul tem o “Outubro Rosa” – mês de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama – como sua maior causa social e, há 9 anos, trabalha em ações relacionadas à prevenção e à detecção precoce da doença. Desde 2017, a empresa passou a desenvolver projetos que contribuem com o trabalho de qualidade e humanização que é desenvolvido pelo Hospital de Amor.
As iniciativas, que vão desde o “Conexão Azul Rosa” – que já proporcionou com que mais de 90 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, vindas das diversas regiões do Brasil, tivessem a oportunidade de chegar a um centro especializado de tratamento com o conforto e a agilidade que uma viagem de avião podem oferecer; passando pela coleção “Outubro Rosa” da Azul Collection – que é a linha de produtos oficiais da Azul – que também beneficia a instituição; até o concurso de cartas “Próximo Destino: a Vitória” – uma ação ligada à unidade de negócios da Azul (Azul Viagens), que oferece uma viagem incrível para pacientes com um acompanhante.
Para a coordenadora de responsabilidade social da companhia aérea, Ivana Nascimento, a parceria entre a Azul e o HA tem trazido resultados muito satisfatórios e tende a se expandir cada vez mais. “Nós sabemos o quanto essas iniciativas têm rendido bons frutos e esperamos que elas durem por muito mais tempo. O impacto social que elas trazem é muito grande e positivo”, afirmou.
“Nosso instituto conta com várias iniciativas que visam integrar cultura, saúde e ciência, em busca de trazer à sociedade uma abordagem da temática do câncer que pode ser pensada a partir de atividades lúdicas que vão além do universo da doença, a partir de vivências e linguagens que estimulam a humanização dos processos de prevenção, tratamento e cura, e isso se alinha perfeitamente ao que a Azul quer proporcionar a essas pacientes”, explicou a coordenadora de projetos do Instituto Sociocultural do Hospital de Amor, Marcella Marchioreto.
Premiando histórias inspiradoras
Na última sexta-feira, 18 de outubro, aconteceu a segunda edição da premiação do concurso de cartas “Próximo Destino: a Vitória”, que é realizado numa parceria entre a Azul Viagens e o Instituto Sociocultural do Hospital de Amor. Na cerimônia, duas pacientes – Eliane Rodrigues da Silva e Sirlei Mantovani David – foram contempladas com uma viagem com acompanhante para o Nordeste (podendo optar entre os destinos de Fortaleza/CE e Natal/RN), com tudo pago. Para Sirlei, que vai levar o filho como acompanhante, a conquista foi algo que veio na hora certa. “Eu acho que já estava escrito por Deus, pois, eu sempre sonhei em conhecer uma praia do Nordeste. Meu filho não conhece a praia, e eu sempre quis dar uma viagem para ele”. Eliana já sabe exatamente quem será sua companheira de viagens: a irmã, Erodite. “Ela é mais do que uma irmã. Sempre esteve do meu lado nas lutas, e agora não vai ser diferente”, relatou.
Em seu primeiro ano, o concurso premiou outros duas pacientes que lutaram contra o câncer de mama. Uma dessas mulheres, Luzia Silva, também participou da cerimônia de 2019 e contou sua experiência. O encontro reuniu ainda representantes da Azul, profissionais que atuam no voluntariado da empresa e colaboradores do HA.
Você pode conferir as cartas das duas pacientes ganhadoras deste ano, clicando aqui.
Um voo Azul Rosa
Outra convidada especial abrilhantou ainda mais o evento de celebração dessa parceria de sucesso. A sul-mato-grossense, Zaira Leite, uma das mais de 90 mulheres beneficiadas com o projeto “Conexão Azul Rosa”, trouxe seu relato de esperança, reforçando o impacto dessas ações na vida das pacientes do hospital. “Essa viagem de avião deixou meu tratamento mais leve. É muito difícil lutar contra o câncer e essa, sem dúvida, foi uma aventura que transformou completamente meu tratamento, de uma maneira muito positiva”, declarou.
Uma coleção que salva vidas
Apoiar a causa do “Outubro Rosa” é muito mais fácil com a Azul Collection. A linha de produtos inclui camisetas, chaveiros, copos, bloco de notas, meias e muito mais. Para adquirir os itens solidários, basta clicar no banner abaixo ou acessar o link: www.azulcollection.com.br/outubro-rosa.
O décimo mês do ano é mais do que especial para o Hospital de Amor, pois ele é marcado pela maior campanha de conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia.
O “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama – teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas. A iniciativa chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença. Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo. De acordo com as últimas estatísticas do Globocan 2018 (BRAY, 2018), foram estimados 2,1 milhões de novos casos de câncer e 627 mil óbitos pela doença. No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% da doença em mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer é descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Em 2018, o Hospital de Amor realizou 171.478 exames de mamografia, graças às suas 22 unidades móveis (carretas) e seus 13 institutos de prevenção espalhados pelo país, levando grandes chances de cura contra o câncer de mama a mulheres de 40 a 69 anos. Devido a esse intenso trabalho, 73% dos casos foram descobertos em estágio inicial. “Quanto mais cedo a doença for encontrada, maiores serão as chances de cura. Com certeza, a mamografia ainda é a melhor forma de se fazer isso”, declarou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino.
Faça seu exame
Durante todo o mês de outubro, os Institutos de Prevenção do Hospital de Amor estarão de braços abertos esperando pelas mulheres. Vá até a unidade mais próxima de você e realize, gratuitamente, seu exame de mamografia para a prevenção do câncer de mama.
– Quem deve fazer o exame de mamografia?
Mulheres de 40 a 49 anos, anualmente.
Mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos.
– Como e onde fazer?
Ligue e agende seus exames no Instituto de Prevenção do HA, pelos telefones (17) 3321-6626 ou (17) 3321-6600 (ramais 7054 e 7050).
– O que devo levar?
RG, CPF, comprovante de residência e Cartão SUS.
– Onde estão localizados os Institutos de Prevenção?
O Hospital de Amor conta com unidades fixas de prevenção nas seguintes cidades: Barretos (SP), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Fernandópolis (SP), Ji-Paraná (RO), Juazeiro (BA), Lagarto (SE), Macapá (AP), Nova Andradina (MS), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
Quer saber mais? Para esclarecer as dúvidas sobre o câncer de mama e ainda saber os mitos e verdades que envolvem a doença, clique aqui.
Outubro ainda não chegou, mas as ações que se estenderão durante o mês destinado à conscientização sobre a prevenção do câncer de mama já começaram no Hospital de Amor. Exemplo disso é o projeto Talento Rosa 2019, lançado na última quarta-feira (18) para cerca de 170 professores, dirigentes e representantes das escolas públicas e particulares de Barretos (SP) e região. O projeto, que é organizado pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC), ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, tem o intuito de estimular nos alunos a cultura do autocuidado, qualidade de vida, prevenção primária e secundária do câncer de mama por meio da produção de vídeos, frases, desenhos e cartazes.
Todos os anos, é durante o lançamento que os educadores são capacitados e orientados sobre a aplicação do projeto em sala de aula. Em 2019, o NEC trouxe até Barretos a palestra ‘Prevenir é o alvo’ e a oficina ‘Chaveiro da Vida – Prevenção ao alcance das mãos’, ministradas pela presidente do Instituto HUMSOL (Instituto Humanista de Desenvolvimento Social) e vice-presidente da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), Tânia Mary Gomez. “Eu faço este trabalho há anos Já viajei o para vários lugares do Brasil e do mundo conhecendo de perto trabalhos de conscientização e prevenção de câncer, mas o que é desenvolvido pelo Hospital de Amor e a maneira como os programas são aplicados aqui é incrível, louvável”.
O Coordenador do NEC, Gerson Lucio Vieira, explica que o Talento Rosa, que faz parte do Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas, é um dos projetos de maior capilaridade e que chega a ser aplicado para quase 30 mil crianças e adolescentes. “Os alunos são estimulados a realizar produções artísticas de acordo com os ciclos escolares, e cada sala de aula elege uma que melhor represente a reflexão da turma. No último ano, recebemos 715 produções de 80 instituições de ensino. Para nós, é importante ver o quanto eles se mobilizam e como toda a informação trabalhada em sala de aula também chega aos familiares, neste caso, para as mulheres de seu núcleo familiar”, se orgulha o coordenador. O NEC também é responsável por oferecer todo o material de subsídio teórico sobre o tema aos docentes, como textos, artigos e vídeos.
O Hospital de Amor encerrou o ano de 2018 com duas grandes conquistas: a inauguração de unidades de prevenção nos estados do Acre e do Amapá. Só em 2017, a instituição realizou 880.620 atendimentos a pacientes de todo o Brasil, sendo que 6.365 deles foram para pessoas dessas localidades.
Hospital de Amor Rio Branco
No dia 20 de novembro, a capital do estado do Acre, Rio Branco, ganhou um Instituto de Prevenção destinado ao combate dos cânceres de mama e colo do útero ainda em fase inicial. Além do prédio fixo, a população acreana recebeu também duas unidades móveis (carretas) equipadas, que irão integrar o programa de prevenção e percorrer todo os municípios, realizando exames de mamografia e Papanicolaou.
Denominada ‘Hospital de Amor Rio Branco’, a unidade possui capacidade para 8.390 atendimentos por mês, entre exames, atendimentos ambulatoriais e pequenos procedimentos cirúrgicos, e contará com uma equipe composta por médicos de várias especialidades (como mastologistas e ginecologistas), físicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos e assistentes sociais.
Para que o projeto fosse concretizado, o governo do Acre contribuiu com R$ 31 milhões – recursos vindos de uma negociação relacionada a uma multa trabalhista atribuída ao estado.
Hospital de Amor Macapá
Em Macapá, capital do estado do Amapá, a inauguração do Instituto de Prevenção aconteceu no último dia 15 de dezembro de 2018 e contou com a presença do prefeito do município, Clécio Luís, do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e outras autoridades.
A partir do início deste ano, a população amapaense terá acesso a exames preventivos gratuitamente. O instituto terá capacidade para realizar 500 procedimentos por dia para detecção de câncer de mama e colo de útero, considerados de maior incidência no Amapá. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e o Hospital de Amor pretendem habilitar outras ações para o rastreamento do câncer de próstata, pele, boca, entre outros.
O projeto também contará com uma carreta de diagnóstico para percorrer todo o estado realizando exames preventivos. A estimativa é de que a unidade móvel faça uma média de 130 atendimentos por dia, entre mamografias (para o rastreamento do câncer de mama em mulheres de 40 a 69 anos) e Papanicolaou (para rastreamento do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos).
A implantação do ‘Hospital de Amor Macapá’ só foi possível graças a uma articulação do governo com o HA e a bancada federal, que destinou R$ 22 milhões de emendas. A contrapartida do Estado foi de R$ 3 milhões para obras de infraestrutura nos arredores, como instalações elétrica e hidráulica, sistema de esgoto e obras de mobilidade urbana.
O governo do Estado assinará um convênio com o Hospital de Amor para custear o funcionamento da unidade. O termo será destinado para a manutenção do prédio, recursos humanos, exames, água, luz e internet. O convênio terá custos fixos estabelecidos e variáveis, que dependerão do quantitativo de atendimentos que serão realizados no instituto de prevenção. A contribuição estadual está acontecendo desde 2015, com a articulação para implantação da unidade e doação do terreno para sua construção.
Benefícios
De acordo com o diretor médico das unidades móveis do Hospital de Amor, Dr. Raphael Haikel Júnior, a importância das novas unidades da região Norte do país está na possibilidade de identificação precoce dos cânceres de mama e colo de útero mais facilmente para essa população. “Há 95% de chance de cura para os tumores de mama, quando descobertos em estágios iniciais, e quase 99% para os de colo de útero. Ao identificar a doença rapidamente, a probabilidade é de que o tumor ainda esteja pequeno, o que contribui para que 80% do tratamento seja realizado nos próprios institutos de prevenção. Dessa forma, as mulheres não precisarão ficar distantes de suas famílias, o que é uma grande vantagem”, afirmou.
Para ele, outro benefício está na diminuição de custo, uma vez que o gasto no tratamento de câncer de mama é, inicialmente, de R$ 10 mil. Em estágio avançado, o tratamento da doença pode custar até R$ 140 mil. “Com as novas unidades, será possível levar atendimento de excelência à população dos estados mais carentes em atenção básica de saúde e prevenção. A partir de agora, vamos evitar que as mulheres encontrem tumores em estágios avançados e sem possibilidades de cura”, finalizou Dr. Raphael Haikel Júnior.
Já dizia o famoso poeta brasileiro, Mário Quintana: “Viajar é mudar a roupa da alma”. Uma viagem enche a bagagem de história, nos enriquece de experiências e renova os ares. Os benefícios podem ser tanto físicos quanto psicológicos para aqueles que estão interessados em ‘turistar’ pelo mundo. Sempre focado em desenvolver projetos para os pacientes, acompanhantes e colaboradores do Hospital de Amor, e também com o objetivo de disseminar a humanização e a conscientização sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama, o Instituto Sociocultural da instituição, em parceria com a Azul Linhas Aéreas, lançou, no dia 12 de novembro, o 1º Concurso de Cartas: “Próximo destino: a vitória”.
Contando suas histórias de superação e encorajando as outras pacientes a enfrentar a luta contra o câncer de mama, as participantes (mulheres que realizam ou realizaram tratamento há mais de dois anos no HA) tinham uma missão: escrever uma carta à mão, demonstrando momentos, situações e sentimentos que trouxeram força e coragem para seguir a batalha, e que servissem de inspiração para aquelas que estão iniciando o tratamento.
Ao todo, o Hospital recebeu 25 cartas. Foram 25 relatos diferentes e emocionantes sobre uma mesma fase da vida. Após uma criteriosa avaliação realizada por uma comissão julgadora, formada pela Azul Linhas Aéreas e pelo Instituto Sociocultural, observou-se itens como: tema do concurso; qualidade; nitidez; emprego do português correto e lógica do começo ao fim. Duas mulheres venceram o concurso. O presente delas não poderia ser mais especial: 7 noites com destino a Natal (belíssima capital do Estado do Rio Grande do Norte, localizada na região Nordeste do Brasil), com direito a 1 acompanhante, passagens aéreas de ida e volta, hospedagem em um luxuoso resort e passeios.
A iniciativa
Há nove anos se dedicando de forma intensa a campanha Outubro Rosa e diversas mobilizações contra o câncer de mama, a Azul Linhas Aéreas apoiou essa iniciativa. Após acompanhar a mãe durante o tratamento da doença e ver de perto as dificuldades que esse processo traz para a vida de algumas mulheres, a gerente comercial da Azul Viagens, Izabella Lessa, resolveu abraçar o concurso. “Quando minha mãe descobriu que estava com câncer de mama, estávamos com uma viagem agendada. Por conta das restrições que os procedimentos causam, tivemos que cancelar.
Assim que o tratamento acabou, fomos para Maceió (AL) e eu pude ver o efeito que aquela viagem causou nela. Ela respirava felicidade, se renovou! A partir disso, eu decidi que tinha que fazer isso na vida de outras mulheres. Eu tinha que mostrar a elas que essa ‘passagem’ pode ter um outro lado: neste caso, uma viagem maravilhosa, para que elas aproveitem esses dias de sol, mar e, principalmente, renovação”, contou Izabella.
Vencedoras
O presente foi mais do que merecido. Além de ter a oportunidade de conhecer outra região do país, as duas vencedoras do concurso de cartas poderão viajar, pela primeira vez em suas vidas, de avião.
A professora Luzia Aparecida Gerondo Dionízio da Silva, de Santa Ernestina (SP), município localizado a 115 km de Barretos, terá a chance de realizar uma viagem com o marido, William. Receber a notícia de que eu era uma das ganhadoras foi muito emocionante. Eu senti uma alegria indescritível. Quando a gente descobre que está com câncer, nunca imaginamos que isso irá trazer algum tipo de alegria. Ganhar essa viagem é um conforto diante de tudo o que eu passei. Eu chorei muito de emoção, mas agora estou muito ansiosa para viver tudo isso”, afirmou a professora.
A aposentada Maria Ismar de Freitas Consone, de Colíder, cidade do estado de Mato Grosso, não poder comparecer pessoalmente à entrega do prêmio, mas enviou um recado em agradecimento pela oportunidade. Para ela, a viagem será uma grande chance para descansar e espairecer. “Durante os procedimentos, a gente se sente muito cansada, pois é um tratamento longo e de momentos difíceis. Ganhar esse presente vai me ajudar muito! Há anos eu não vou à praia e eu nunca andei de avião. Estou muito feliz por ter sido contemplada e só tenho que agradecer à Azul e ao Instituto do Hospital de Amor, por fortalecerem e alegrarem o meu coração”, declarou.
Confira os textos das vencedoras do 1º Concurso de Cartas: “Próximo destino: a vitória”.
Outubro é conhecido mundialmente como o mês da prevenção do câncer de mama. Como parte das ações do Hospital de Amor (HA), o Núcleo de Educação em Câncer (NEC), em parceria com o Instituto de Prevenção da instituição, realiza, anualmente, atividades dentro desta temática por meio do projeto Talento Rosa. Neste ano, o lançamento oficial aconteceu no dia 27 de setembro, na Facisb (Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata), e reuniu 130 representantes, entre eles supervisores, diretores, coordenadores e professores, de escolas estaduais, municipais e particulares de Barretos (SP) e região.
O projeto de formação visa incentivar a cultura do autocuidado e qualidade de vida, além de ampliar o conhecimento sobre prevenção entre alunos das mais diversas faixas etárias e seus familiares. Para isto, docentes de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio receberam um breve treinamento com informações e técnicas de aplicabilidade das atividades que podem ser trabalhadas em sala de aula e que resultem na produção de cartazes, desenhos, frases e vídeos sobre a temática.
De acordo com o coordenador do NEC, Gerson Vieira, o principal objetivo do evento é orientar esses profissionais quanto a importância da campanha “Outubro Rosa” para que o assunto seja discutido em sala de aula, desenvolvendo com os alunos diversos trabalhos sobre o tema. “O combate ao câncer de mama é um desafio muito grande, mas, realizar esse feito em parceria com as crianças e adolescentes por meio das escolas se torna mais plausível. A proposta do Talento Rosa é gerar a produção de trabalhos que deem visibilidade à temática, através de cartazes, desenhos, frases, paródias e vídeos. Todo esse cenário dentro da escola é para fazer com que essa garotada se torne multiplicadora da informação para as mulheres de seu convívio, afinal, o apelo de um filho ou de um ente querido é muito mais forte”, afirmou.
No último ano, a ação alcançou 20 mil alunos. A expectativa é que a quinta edição do projeto atinja cerca de 30 mil estudantes de toda a região. Ao final do mês de outubro, os trabalhos realizados pelos alunos serão encaminhados ao NEC, que será responsável pela exposição deles nos ambulatórios e site do Hospital de Amor.
Para a secretária de educação de Barretos, Valéria Recco, essa iniciativa é muito importante para todas as pessoas que estão envolvidas com a educação, sejam elas profissionais ou estudantes. “Esse trabalho não é realizado apenas nesse período, ele acontece durante todo ano nas escolas do nosso município. Através dele, foi possível detectar vários casos de câncer de mama em professores, e os alunos conseguiram levar informações para dentro de suas casas, fazendo com que suas mães realizassem o exame de mamografia”, relatou Valéria.
#TalentoRosa2018
Durante o evento, a equipe do NEC realizou uma ação, incentivando os professores participantes a estimularem seus alunos e colegas a publicar a hashtag #TalentoRosa no dia 19 de outubro, data em que se celebra o “Dia Internacional Contra o Câncer de Mama”, a fim de gerar uma o envolvimento nas redes com o tema.
Sobre o NEC
O Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor desenvolve ações e projetos para diferentes tipos de público com o objetivo de favorecer o diagnóstico precoce de câncer, estimular mudanças nos hábitos de vida, popularizar a ciência e informar a população sobre a doença.
Milhares de seguidores, fotos incríveis, vídeos de dublagens e dancinhas divertidas. É muito comum encontrar perfis de influenciadores digitais com essas características, mas o caso de Dinah Neves, de Quirinópolis (GO), ou, como é conhecida em suas redes sociais – Vovó Dinah – tem um elemento inusitado, que a torna ainda mais especial: sua idade.
Ela, que atualmente tem 90 anos, é paciente do Hospital de Amor. Aos 86, começou sua batalha contra o câncer de mama, mas foi em dezembro de 2019 que Dinah recebeu a feliz notícia de que tinha vencido o câncer. Mesmo com muitos motivos para celebrar, ela teve pouco tempo para comemorar com seus amigos e familiares, por conta do início da pandemia. Foi também esse momento que a levou a se conectar virtualmente. “Com o distanciamento social, fui ficando triste. Foi aí que meu neto Murilo teve a ideia de me filmar fazendo pão de queijo e colocar no Instagram, e foi um sucesso, recebi tantas mensagens e tanto carinho que resolvi fazer um Instagram para mim”, conta.
Para a paciente do HA, ter se tornado tão popular na internet é uma alegria muito grande. “Eu fico muito feliz e me sinto abençoada, por saber que, aos 90 anos de idade, ainda tem pessoas que tiram um tempo do seu dia para me ouvir e aprender as coisas que tenho para ensinar. Todos da minha família também adoram as coisas que publico. Gravo vídeos com meus netos e recebo pedidos para gravar várias receitas que sempre faço em família”, relata ela, com muito orgulho.
A receita do sucesso
Mesmo publicando vários tipos de conteúdo, o nome do perfil oficial de dona Dinah (@receitasvodinah) deixa bem claro a maior paixão dessa senhorinha tão ativa e simpática: a culinária. “Sempre gostei de cozinhar e aprendi desde pequena com minha mãe. Depois que me casei, eu e meu marido montamos uma padaria na cidade onde moro, e foi aí que aprendi a fazer coisas ainda mais deliciosas para vender no nosso negócio”. Ela afirma que, mesmo com o mundo vivendo um momento tão complicado, conseguiu enxergar, com a ajuda de um dos seus netos, o Murilo, uma oportunidade de se reinventar na internet. “Estou muito chique e conectada”, brinca.
Carinho com as pessoas e com a causa do HA
Além de seu vínculo como paciente do Hospital de Amor, dona Dinah ainda se mobiliza de maneira voluntária em prol da causa da instituição. Em sua consulta mais recente na unidade de Barretos (SP), além da alegria que carrega por onde passa, ela trouxe centenas de lacres de lata (que juntou com a ajuda de sua família) para doar para a entidade.
Ela cita ainda que, em suas redes sociais, recebe muitas mensagens inspiradoras de pessoas dizendo que são ajudadas por ela através de seus posts. “Eles dizem que me assistindo, se divertem e acabam tendo um motivo a mais para sorrir”. A vovó relembra um relato de uma jovem de 22 anos que a deixou emocionada. “Ela disse que os meus vídeos a ajudaram a sair de uma crise de ansiedade, e que quando ela me vê sorrindo e dançando aos 90 anos de idade, acredita que ela também merece ser feliz e que desperto nela o desejo de chegar animada e plena à 3ª idade”, diz.
Incentivo aos outros idosos
Em sua nova rotina digital, Dona Dinah acha maravilhoso ver que os jovens estão valorizando cada vez mais os idosos e aprendendo com sua experiência de vida, mas sabe também seu papel como referência para outras pessoas de sua idade e deixa uma mensagem de estímulo para eles: “Eu desejo que eles não tenham medo de ser felizes, que não tenham medo do novo, e que acreditem sempre em Deus, pois, graças a ele, eu venci o câncer e consegui tudo que sempre sonhei”, conclui.
Foi em nome da solidariedade que a paciente Juliana Petini, de Fernandópolis (SP), aceitou a missão de participar do “Desafio do Amor”, um pedal solidário (nome dado a trajeto feito em bicicleta em prol de uma causa social), que começou na cidade de Redenção, no Pará, e já se espalhou por todo o Brasil. O desafio dela era iniciar o caminho em frente à unidade do Hospital de Amor (HA), em Jales (SP), cidade onde realizou seu tratamento contra um câncer de mama; seguir para o Instituto de Prevenção da instituição, em Fernandópolis (SP), onde recebeu o diagnóstico da doença; e finalizar na sede da instituição em Barretos (SP), cumprindo seu propósito. Todo o percurso teve 260 km por estrada não pavimentada.
Desafio do Amor
O “Desafio do Amor” foi criado pela engajada advogada Fernanda Teodoro e do arquiteto Magno Weiss, ambos de Redenção (PA). A campanha foi divulgada virtualmente e consistiu em organizações de pedais onde cada indivíduo escolhia o seu desafio pessoal e adquiria seu kit. Os recursos adquiridos nas inscrições e venda desses kits serão destinados ao Hospital de Amor.
Durante a divulgação do evento, Fernanda fez um contato através das redes sociais com Juliana e, após conhecer sua história com o HA, a convidou para ser uma das madrinhas ação. “Diante do convite, eu senti que devia, em nome da minha saúde e de todos os que estão lutando por suas vidas, ser sinônimo de superação, além de motivar pessoas através da iniciativa a participarem do evento a colaborar com o Hospital de Amor, que tanto precisa”, relatou Juliana.
O evento contou com o apoio do artista Felipe Araújo e de um dos maiores organizadores de eventos de mountain bike nacional, Mário Roma.
Superação
Juliana, que também se tornou madrinha da ação #ConectadosPelaPrevenção do ‘Outubro Rosa’ do HA, conta que sua história com o ciclismo começou muito antes do desafio. “Em 2016, comecei a praticar o ciclismo e me apaixonei pelo esporte e pelos desafios que ele me oferece. De espírito competitivo, decidi, em 2017, participar pela primeira vez de uma competição. A partir daí, participei de diversas provas em todo o estado de São Paulo com expressivos resultados”, disse.
No final do ano de 2018, após o diagnóstico de câncer de mama, Juliana precisou suspender as participações nas competições. Para ela, apesar de um processo difícil, com a ajuda de Deus e do Hospital de Amor, foi possível retornar a uma jornada intensa de treinamentos. “Como forma de retribuir todo o amor e dedicação que o hospital me oferece, assim como, estímulo a todos aqueles que estão em tratamento, eu digo: acreditem em suas vidas e desfrutem do impacto positivo da atividade física durante seu tratamento. Foi por esse motivo que decidi realizar em parceria com o ‘Desafio do Amor’ esse trajeto”, explicou Juliana.
Atualmente, a paciente segue em acompanhamento por exames de imagens semestral.
Meta
E não basta percorrer 260km, é preciso ter uma meta. Juliana conta que decidiu estabelecer um tempo para percorrer o trajeto. “Eu e meu preparador físico entendemos que seria possível realizar o percurso em menos de 24 horas. A meta era sair da unidade de Jales, às 17h, na sexta-feira (25) e chegar por volta das 9h, do dia seguinte, em Barretos (SP). ”, explicou Juliana.
Estratégia de ação
A ciclista Juliana Petini contou com o apoio do técnico (carro de apoio) durante todo o percurso, estando acompanhada de seu treinador e duas atletas que também são engajadas com causas, para ajudá-la a manter um ritmo e oferecer apoio emocional.
O carro de apoio levou todo suprimento alimentar, de hidratação e manutenção das bicicletas que foram necessários, garantindo assim a segurança e integridade física.
Devido à pandemia, foram tomadas todas as precauções necessárias, mantendo o distanciamento recomendado pelos órgãos de saúde competentes.
O câncer de mama é, atualmente, o que mais acomete mulheres em todo o mundo, inclusive na América Latina, região onde 27% desses casos ocorrem em mulheres com menos de 45 anos. Para melhor entender as possíveis causas para esse índice, foi desenhado o estudo multicêntrico PRECAMA – Molecular Subtypes Premenopausal Breast Cancer in Latin American Women, que visa compreender como a interação entre os principais agentes etiológicos (tais como: estilo de vida, ambientais, ancestrais e genéticos) pode aumentar o risco de câncer de mama, especificamente em mulheres jovens.
Liderado pela International Agency for Research on Cancer (IARC), o PRECAMA está sendo desenvolvido em grandes hospitais e centros de pesquisa especializados em oncologia localizados nos países do Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Brasil, onde estão sendo recrutadas pacientes com idades entre 20 e 45 anos.
No Brasil, o estudo está sob responsabilidade do Hospital de Amor, que acaba de receber um importante fomento concedido pela The Terry Fox Foundation, levantado pela rede Maple Bear Canadian School também em uma edição da Terry Fox Run, organizada pelo Colégio Santo Agostinho – Unidade Nova Lima. Segundo os pesquisadores envolvidos com o projeto, o aporte é de fundamental importância para a continuidade ao trabalho e garantirá as condições necessárias para o melhor entendimento da doença, a partir da possibilidade de inclusão de novos pesquisadores e profissionais totalmente dedicados a ele.
Gabriela, Carolina, Eva, Jenifer, Ana Júlia, etc. Elas são inspirações para a criação de músicas, poemas, filmes e artes em geral. São mães, avós, tias, filhas, sobrinhas, primas, namoradas, esposas, profissionais, idealistas, sonhadoras, líderes, ousadas. São infinitos os adjetivos que expressam a grandeza das mulheres. Por isso, e por muito mais, no dia 8 de março, o mundo todo celebra o “Dia Internacional da Mulher”, oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, e comemorado desde o início do século 20.
A força da mulher está presente no Hospital de Amor desde a sua origem. Fundado pelos médicos Dr. Paulo Prata (in memoriam) e pela Dra. Scylla Duarte Prata, médica ginecologista, ela foi considerada à frente do seu tempo ao cursar medicina e enfrentar os desafios da época de estudante. Diante disso, a força feminina também foi essencial para fundamentar os valores da instituição.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve crescer até 2030. Com mais anos de estudo, sendo a maioria com ensino superior, as mulheres tornaram-se mais qualificadas do que a mão de obra masculina. Segundo o Sebrae, ao todo, mais de 9 milhões de mulheres estão à frente de uma empresa no país, sendo que o número de ‘chefes de domicílio’ femininas aumentou de 38% para 45%. Estes dados representam o quão ativas elas são na fomentação da economia e nas atividades laborais.
No Hospital de Amor, a forte atuação feminina não é diferente. Ao todo, 75% do quadro de funcionários da instituição é formado por mulheres, sendo 3.279 colaboradoras.
A gerente do departamento de gestão de pessoas, Renata Paschoal Fleischer, atua na instituição há 3 anos e acredita que o fato de ser mulher faz com que ela consiga desenvolver ações de maneira mais sensível, sem perder a ‘energia’ necessária para cumprir as metas propostas. Renata fala toda orgulhosa sobre os projetos desenvolvidos pela instituição para o público feminino, como o programa ‘Mamãe Colaboradora’, que leva informações e orientações para as gestantes. “Me sinto privilegiada por ter a oportunidade de fazer a diferença em uma instituição da área da saúde”, afirmou.
Mulheres na ciência
Elas fazem a diferença, há anos, em diversas áreas da sociedade. São advogadas, médicas, empresárias, influenciadoras, esportistas, entre tantas outras profissões. Mas, quantas cientistas você conhece? De acordo com o estudo ‘Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM)’, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), apenas 35% dos estudantes do mundo em áreas de STEM são mulheres.
A pesquisadora do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) e coordenadora do biobanco do Hospital de Amor, Marcia Marques Silveira, é um grande exemplo de mulher na ciência. Há 10 anos, ela atua na instituição em busca de avanços científicos dentro da oncologia molecular do câncer de mama, para que, no futuro, outras mulheres que sofrem com a doença possam se beneficiar. “Sinto muito orgulho do meu trabalho, da minha equipe e da oportunidade de tentar poder fazer a diferença junto à comunidade científica, buscando modelos de excelência em biobancos e pesquisa oncológica”, comentou.
Os desafios nesta área não são poucos e a responsabilidade de estar à frente de setores tão importantes quanto estes é muito grande. Manter os processos, estrutura e controle de qualidade sempre atualizados, seguindo padrões internacionais de sucesso e permitindo a participação do HA em pesquisas junto à medicina oncológica molecular no Brasil e no mundo é o que motiva Marcia. “Ser mulher, mãe e líder de um departamento essencial como o biobanco é uma tarefa árdua e, ao mesmo tempo, muito gratificante. Todos os dias eu me sinto responsável em fazer um bom trabalho em equipe, incentivando profissionais, especialmente as mulheres, em se dedicar por uma causa tão significativa como a pesquisa na oncologia molecular”, finalizou a pesquisadora.
Já a enfermeira Elaine Xavier trabalha no Hospital de Amor desde 2003 e há dois anos está à frente do projeto de prevenção, atuando diretamente nas unidades móveis. Elaine realiza a organização do calendário das unidades que atendem os 17 municípios que integram a DRS V (Departamento Regional de Saúde) de Barretos (SP), e também é responsável pela divulgação dos agendamentos dos exames de mama, colo do útero, intestino e boca. “É um projeto maravilhoso, que visa o cuidado integral e a assistência da mulher e do homem. É um programa que conta com início, meio e fim, ou seja, oferece exames, investigação e tratamento. Esse trabalho é importante, pois com o diagnóstico precoce, maior é a chance de cura”, relatou a enfermeira, que brilha os olhos ao falar da sua rotina de trabalho na instituição.
“Aqui no HA, eu me sinto totalmente realizada. Amo o que eu faço, me entrego de corpo e alma ao meu trabalho. O hospital oferece todos os recursos necessários para o profissional melhorar a cada dia. Agradeço a Deus por fazer parte dessa equipe, e graças a ele o que um dia foi um sonho, hoje é a minha realidade”.
Mulheres na saúde
Durante toda a história, algumas profissões foram consideradas exclusivamente masculinas. Para conquistar um espaço neste cenário, as mulheres tiveram que lutar e enfrentar grandes desafios. De acordo com dados da Demografia Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM), dentre os 414.831 profissionais da medicina em atividade, 225.550 são homens (54,4%) e 189.281, mulheres (45,6%). Contudo, essa diferença vem caindo a cada ano e, graças à feminização da profissão no país, entre os novos médicos registrados desde 2009, há mais mulheres do que homens.
No Hospital de Amor, em meio a tantas atribuições exigidas aos médicos, é preciso ainda aliar competência com capacidade de cuidar e oferecer amor. E quem melhor do que as mulheres para desempenhar esse papel com maestria? Ao andar pelos corredores da instituição é possível perceber a importância delas.
Há 8 anos, a médica coordenadora da unidade de transplante de medula óssea (TMO) do Hospital de Amor Infantojuvenil, Neysimélia Costa Villela – carinhosamente conhecida como Dra. Neysi – trabalha no HA. Junto a toda sua equipe, ela cuida das crianças que precisam ser submetidas ao transplante de medula óssea em todas as etapas de sua realização: desde a preparação para o procedimento, durante a internação e também após, até que elas estejam totalmente recuperadas. Ela garante que isso não é uma tarefa fácil, pois é preciso assegurar que todas as crianças tratadas na unidade recebam o que existe de melhor na medicina; manter a equipe sempre atualizada, proativa e estimulada; oferecer apoio, conforto e acolhimento aos familiares de cada paciente; e o principal: fazer com que os pequenos, mesmo passando por um momento tão difícil e delicado, possam sorrir, brincar e sonhar!
“É uma mistura de sentimentos que envolve orgulho, gratidão a Deus, por me permitir exercer minha profissão de maneira tão plena (aliando medicina de ponta a um tratamento humanizado) e, ao mesmo tempo, consciência da grande responsabilidade de cada um de nós que trabalha aqui, oferecendo, sempre, nada menos do que o melhor de nós mesmos. Acho que a mulher pode até ser mais delicada e amorosa, mas de forma alguma mais frágil ou com menor poder de liderança. No setor de TMO, onde mais de 90% da equipe é composta por mulheres, somos também as mães de todas as crianças que precisam do nosso amor e do nosso carinho, e isso faz com que levantemos da cama todos os dias com a certeza de que podemos fazer sempre mais”, relatou Dra. Neysi.
Imagine alguém que mantém um lindo sorriso no rosto e o brilho nos olhos, todos os dias, trabalhando em uma unidade de cuidados paliativos. Há 15 anos, os pacientes e familiares que passam pelo Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do Hospital de Amor) encontram isso e muito mais na fisioterapeuta Adriana da Silva Martins Ferreira. Atenciosa, criativa, delicada e amada por todos, ela realiza atendimentos aos pacientes internados e ambulatoriais, com condutas que ajudam na melhora da dor, falta de ar, fadiga, edema, entre outros, com o objetivo de aumentar a qualidade de vida de cada um.
Adriana também é preceptora e tutora da residência de atenção ao câncer na unidade, membro da comissão de eventos, responsável pelo programa ‘Selo Hospital Amigo do Idoso’, supervisora de estágio acadêmico em fisioterapia oncológica, membro do comitê de bioética e membro do grupo da dor. “É uma responsabilidade grande, por se tratar de um hospital renomado, que atua com excelência na área da oncologia, mas sinto-me imensamente feliz, honrada e realizada profissionalmente, por ser mulher e liderar um departamento que atua com dedicação e humanização para proporcionar conforto e dignidade aos pacientes que lutam contra o câncer. Os desafios maiores são oferecer brilho nos olhos e alegria a cada paciente, mas sei que posso fazer a diferença na vida de muitas pessoas, com competência e respeito”.
Mais uma guerreira
A funcionária pública e prefeita do município de Vitória Brasil (SP), Ana Lúcia Olhier Módulo, de 54 anos, também é uma mulher guerreira. Ela luta, como todas as outras, por respeito, direitos iguais e liberdade. Mas acumula todas as suas forças para lutar contra um câncer de mama, descoberto após fazer um exame de mamografia.
Mesmo com as sessões de quimioterapias, cirurgia, futuras sessões de radioterapia e alguns efeitos colaterais do tratamento – realizado no Hospital de Amor Jales – Ana Lúcia continua trabalhando, viajando e cumprindo com suas obrigações sem ‘deixar a peteca cair’. Ela é exemplo e representa todas aquelas que passam por situações semelhantes. “A mulher já avançou muito nos seus direitos, mas ainda há muito o que desejar, pois existe preconceito, machismo e feminicídio, principalmente para as mulheres que não sabem se impor. Acredito que há muito o que comemorar, mas também há muito para conquistar”, esclareceu a paciente.
Luta pela igualdade
Conforme divulgado pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres entre 25 e 49 anos ganham 20,5 % a menos que homens. Isto significa que ainda há desigualdade salarial e, embora elas estudem mais do que eles, elas acabam ocupando menos da metade dos cargos de gerentes e diretores no país.
Quando o assunto é violência, infelizmente, o Brasil é um dos líderes de casos de agressão a mulheres. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a cada ano, cerca de 1,3 milhão de mulheres são agredidas nos país. No ano passado, o relatório “International Women´s Day 2019 – Global attitudes toward gender equality” afirmou que 39% dos brasileiros consideram a violência sexual o principal problema enfrentado pelas mulheres hoje, e 52% das pessoas no mundo concordam que a vida é mais fácil para homens do que para as mulheres.
A origem da data
Historicamente, o primeiro ‘Dia da Mulher’ teve origem nos Estados Unidos, em maio de 1908, quando 1.500 mulheres apoiaram uma manifestação em prol da igualdade de gênero, de forma econômica e política. A luta por essas melhorias surgiu no final do século XIX, a partir de organizações femininas que lutavam por menos jornadas de trabalho (que chegavam a 15 horas diárias), além do pedido de aumento de salários, que eram considerados baixíssimos. Segundo relatos mais comuns, a data que celebra a mulher ganhou mais representatividade após um incêndio que ocorreu em uma fábrica têxtil, a Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, quando cerca de 130 operárias faleceram carbonizadas, no dia 25 de março de 1911.
No Brasil, a luta em prol dos direitos femininos ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 1930, ao lutarem pelo direito de voto. E em 1985, surgiu a primeira Delegacia Especializada da Mulher. Atualmente, o termo sororidade tem sido amplamente divulgado nas mídias e nos ambientes de trabalho. Basicamente, a expressão remete o sentimento de união e amizade entre as mulheres, algo tão importante para a efetivação dos direitos igualitários no mercado de trabalho e em todos os ambientes onde são elas estão inseridas.
Uma importante parceria entre o Hospital de Amor e a Azul Linhas Aéreas tem beneficiado de maneira muito significativa mulheres atendidas pelas unidades de prevenção do hospital espalhadas pelo Brasil. A Azul tem o “Outubro Rosa” – mês de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama – como sua maior causa social e, há 9 anos, trabalha em ações relacionadas à prevenção e à detecção precoce da doença. Desde 2017, a empresa passou a desenvolver projetos que contribuem com o trabalho de qualidade e humanização que é desenvolvido pelo Hospital de Amor.
As iniciativas, que vão desde o “Conexão Azul Rosa” – que já proporcionou com que mais de 90 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, vindas das diversas regiões do Brasil, tivessem a oportunidade de chegar a um centro especializado de tratamento com o conforto e a agilidade que uma viagem de avião podem oferecer; passando pela coleção “Outubro Rosa” da Azul Collection – que é a linha de produtos oficiais da Azul – que também beneficia a instituição; até o concurso de cartas “Próximo Destino: a Vitória” – uma ação ligada à unidade de negócios da Azul (Azul Viagens), que oferece uma viagem incrível para pacientes com um acompanhante.
Para a coordenadora de responsabilidade social da companhia aérea, Ivana Nascimento, a parceria entre a Azul e o HA tem trazido resultados muito satisfatórios e tende a se expandir cada vez mais. “Nós sabemos o quanto essas iniciativas têm rendido bons frutos e esperamos que elas durem por muito mais tempo. O impacto social que elas trazem é muito grande e positivo”, afirmou.
“Nosso instituto conta com várias iniciativas que visam integrar cultura, saúde e ciência, em busca de trazer à sociedade uma abordagem da temática do câncer que pode ser pensada a partir de atividades lúdicas que vão além do universo da doença, a partir de vivências e linguagens que estimulam a humanização dos processos de prevenção, tratamento e cura, e isso se alinha perfeitamente ao que a Azul quer proporcionar a essas pacientes”, explicou a coordenadora de projetos do Instituto Sociocultural do Hospital de Amor, Marcella Marchioreto.
Premiando histórias inspiradoras
Na última sexta-feira, 18 de outubro, aconteceu a segunda edição da premiação do concurso de cartas “Próximo Destino: a Vitória”, que é realizado numa parceria entre a Azul Viagens e o Instituto Sociocultural do Hospital de Amor. Na cerimônia, duas pacientes – Eliane Rodrigues da Silva e Sirlei Mantovani David – foram contempladas com uma viagem com acompanhante para o Nordeste (podendo optar entre os destinos de Fortaleza/CE e Natal/RN), com tudo pago. Para Sirlei, que vai levar o filho como acompanhante, a conquista foi algo que veio na hora certa. “Eu acho que já estava escrito por Deus, pois, eu sempre sonhei em conhecer uma praia do Nordeste. Meu filho não conhece a praia, e eu sempre quis dar uma viagem para ele”. Eliana já sabe exatamente quem será sua companheira de viagens: a irmã, Erodite. “Ela é mais do que uma irmã. Sempre esteve do meu lado nas lutas, e agora não vai ser diferente”, relatou.
Em seu primeiro ano, o concurso premiou outros duas pacientes que lutaram contra o câncer de mama. Uma dessas mulheres, Luzia Silva, também participou da cerimônia de 2019 e contou sua experiência. O encontro reuniu ainda representantes da Azul, profissionais que atuam no voluntariado da empresa e colaboradores do HA.
Você pode conferir as cartas das duas pacientes ganhadoras deste ano, clicando aqui.
Um voo Azul Rosa
Outra convidada especial abrilhantou ainda mais o evento de celebração dessa parceria de sucesso. A sul-mato-grossense, Zaira Leite, uma das mais de 90 mulheres beneficiadas com o projeto “Conexão Azul Rosa”, trouxe seu relato de esperança, reforçando o impacto dessas ações na vida das pacientes do hospital. “Essa viagem de avião deixou meu tratamento mais leve. É muito difícil lutar contra o câncer e essa, sem dúvida, foi uma aventura que transformou completamente meu tratamento, de uma maneira muito positiva”, declarou.
Uma coleção que salva vidas
Apoiar a causa do “Outubro Rosa” é muito mais fácil com a Azul Collection. A linha de produtos inclui camisetas, chaveiros, copos, bloco de notas, meias e muito mais. Para adquirir os itens solidários, basta clicar no banner abaixo ou acessar o link: www.azulcollection.com.br/outubro-rosa.
O décimo mês do ano é mais do que especial para o Hospital de Amor, pois ele é marcado pela maior campanha de conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia.
O “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama – teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas. A iniciativa chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença. Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo. De acordo com as últimas estatísticas do Globocan 2018 (BRAY, 2018), foram estimados 2,1 milhões de novos casos de câncer e 627 mil óbitos pela doença. No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% da doença em mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer é descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Em 2018, o Hospital de Amor realizou 171.478 exames de mamografia, graças às suas 22 unidades móveis (carretas) e seus 13 institutos de prevenção espalhados pelo país, levando grandes chances de cura contra o câncer de mama a mulheres de 40 a 69 anos. Devido a esse intenso trabalho, 73% dos casos foram descobertos em estágio inicial. “Quanto mais cedo a doença for encontrada, maiores serão as chances de cura. Com certeza, a mamografia ainda é a melhor forma de se fazer isso”, declarou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino.
Faça seu exame
Durante todo o mês de outubro, os Institutos de Prevenção do Hospital de Amor estarão de braços abertos esperando pelas mulheres. Vá até a unidade mais próxima de você e realize, gratuitamente, seu exame de mamografia para a prevenção do câncer de mama.
– Quem deve fazer o exame de mamografia?
Mulheres de 40 a 49 anos, anualmente.
Mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos.
– Como e onde fazer?
Ligue e agende seus exames no Instituto de Prevenção do HA, pelos telefones (17) 3321-6626 ou (17) 3321-6600 (ramais 7054 e 7050).
– O que devo levar?
RG, CPF, comprovante de residência e Cartão SUS.
– Onde estão localizados os Institutos de Prevenção?
O Hospital de Amor conta com unidades fixas de prevenção nas seguintes cidades: Barretos (SP), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Fernandópolis (SP), Ji-Paraná (RO), Juazeiro (BA), Lagarto (SE), Macapá (AP), Nova Andradina (MS), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
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Outubro ainda não chegou, mas as ações que se estenderão durante o mês destinado à conscientização sobre a prevenção do câncer de mama já começaram no Hospital de Amor. Exemplo disso é o projeto Talento Rosa 2019, lançado na última quarta-feira (18) para cerca de 170 professores, dirigentes e representantes das escolas públicas e particulares de Barretos (SP) e região. O projeto, que é organizado pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC), ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, tem o intuito de estimular nos alunos a cultura do autocuidado, qualidade de vida, prevenção primária e secundária do câncer de mama por meio da produção de vídeos, frases, desenhos e cartazes.
Todos os anos, é durante o lançamento que os educadores são capacitados e orientados sobre a aplicação do projeto em sala de aula. Em 2019, o NEC trouxe até Barretos a palestra ‘Prevenir é o alvo’ e a oficina ‘Chaveiro da Vida – Prevenção ao alcance das mãos’, ministradas pela presidente do Instituto HUMSOL (Instituto Humanista de Desenvolvimento Social) e vice-presidente da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), Tânia Mary Gomez. “Eu faço este trabalho há anos Já viajei o para vários lugares do Brasil e do mundo conhecendo de perto trabalhos de conscientização e prevenção de câncer, mas o que é desenvolvido pelo Hospital de Amor e a maneira como os programas são aplicados aqui é incrível, louvável”.
O Coordenador do NEC, Gerson Lucio Vieira, explica que o Talento Rosa, que faz parte do Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas, é um dos projetos de maior capilaridade e que chega a ser aplicado para quase 30 mil crianças e adolescentes. “Os alunos são estimulados a realizar produções artísticas de acordo com os ciclos escolares, e cada sala de aula elege uma que melhor represente a reflexão da turma. No último ano, recebemos 715 produções de 80 instituições de ensino. Para nós, é importante ver o quanto eles se mobilizam e como toda a informação trabalhada em sala de aula também chega aos familiares, neste caso, para as mulheres de seu núcleo familiar”, se orgulha o coordenador. O NEC também é responsável por oferecer todo o material de subsídio teórico sobre o tema aos docentes, como textos, artigos e vídeos.
O Hospital de Amor encerrou o ano de 2018 com duas grandes conquistas: a inauguração de unidades de prevenção nos estados do Acre e do Amapá. Só em 2017, a instituição realizou 880.620 atendimentos a pacientes de todo o Brasil, sendo que 6.365 deles foram para pessoas dessas localidades.
Hospital de Amor Rio Branco
No dia 20 de novembro, a capital do estado do Acre, Rio Branco, ganhou um Instituto de Prevenção destinado ao combate dos cânceres de mama e colo do útero ainda em fase inicial. Além do prédio fixo, a população acreana recebeu também duas unidades móveis (carretas) equipadas, que irão integrar o programa de prevenção e percorrer todo os municípios, realizando exames de mamografia e Papanicolaou.
Denominada ‘Hospital de Amor Rio Branco’, a unidade possui capacidade para 8.390 atendimentos por mês, entre exames, atendimentos ambulatoriais e pequenos procedimentos cirúrgicos, e contará com uma equipe composta por médicos de várias especialidades (como mastologistas e ginecologistas), físicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos e assistentes sociais.
Para que o projeto fosse concretizado, o governo do Acre contribuiu com R$ 31 milhões – recursos vindos de uma negociação relacionada a uma multa trabalhista atribuída ao estado.
Hospital de Amor Macapá
Em Macapá, capital do estado do Amapá, a inauguração do Instituto de Prevenção aconteceu no último dia 15 de dezembro de 2018 e contou com a presença do prefeito do município, Clécio Luís, do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e outras autoridades.
A partir do início deste ano, a população amapaense terá acesso a exames preventivos gratuitamente. O instituto terá capacidade para realizar 500 procedimentos por dia para detecção de câncer de mama e colo de útero, considerados de maior incidência no Amapá. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e o Hospital de Amor pretendem habilitar outras ações para o rastreamento do câncer de próstata, pele, boca, entre outros.
O projeto também contará com uma carreta de diagnóstico para percorrer todo o estado realizando exames preventivos. A estimativa é de que a unidade móvel faça uma média de 130 atendimentos por dia, entre mamografias (para o rastreamento do câncer de mama em mulheres de 40 a 69 anos) e Papanicolaou (para rastreamento do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos).
A implantação do ‘Hospital de Amor Macapá’ só foi possível graças a uma articulação do governo com o HA e a bancada federal, que destinou R$ 22 milhões de emendas. A contrapartida do Estado foi de R$ 3 milhões para obras de infraestrutura nos arredores, como instalações elétrica e hidráulica, sistema de esgoto e obras de mobilidade urbana.
O governo do Estado assinará um convênio com o Hospital de Amor para custear o funcionamento da unidade. O termo será destinado para a manutenção do prédio, recursos humanos, exames, água, luz e internet. O convênio terá custos fixos estabelecidos e variáveis, que dependerão do quantitativo de atendimentos que serão realizados no instituto de prevenção. A contribuição estadual está acontecendo desde 2015, com a articulação para implantação da unidade e doação do terreno para sua construção.
Benefícios
De acordo com o diretor médico das unidades móveis do Hospital de Amor, Dr. Raphael Haikel Júnior, a importância das novas unidades da região Norte do país está na possibilidade de identificação precoce dos cânceres de mama e colo de útero mais facilmente para essa população. “Há 95% de chance de cura para os tumores de mama, quando descobertos em estágios iniciais, e quase 99% para os de colo de útero. Ao identificar a doença rapidamente, a probabilidade é de que o tumor ainda esteja pequeno, o que contribui para que 80% do tratamento seja realizado nos próprios institutos de prevenção. Dessa forma, as mulheres não precisarão ficar distantes de suas famílias, o que é uma grande vantagem”, afirmou.
Para ele, outro benefício está na diminuição de custo, uma vez que o gasto no tratamento de câncer de mama é, inicialmente, de R$ 10 mil. Em estágio avançado, o tratamento da doença pode custar até R$ 140 mil. “Com as novas unidades, será possível levar atendimento de excelência à população dos estados mais carentes em atenção básica de saúde e prevenção. A partir de agora, vamos evitar que as mulheres encontrem tumores em estágios avançados e sem possibilidades de cura”, finalizou Dr. Raphael Haikel Júnior.
Já dizia o famoso poeta brasileiro, Mário Quintana: “Viajar é mudar a roupa da alma”. Uma viagem enche a bagagem de história, nos enriquece de experiências e renova os ares. Os benefícios podem ser tanto físicos quanto psicológicos para aqueles que estão interessados em ‘turistar’ pelo mundo. Sempre focado em desenvolver projetos para os pacientes, acompanhantes e colaboradores do Hospital de Amor, e também com o objetivo de disseminar a humanização e a conscientização sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama, o Instituto Sociocultural da instituição, em parceria com a Azul Linhas Aéreas, lançou, no dia 12 de novembro, o 1º Concurso de Cartas: “Próximo destino: a vitória”.
Contando suas histórias de superação e encorajando as outras pacientes a enfrentar a luta contra o câncer de mama, as participantes (mulheres que realizam ou realizaram tratamento há mais de dois anos no HA) tinham uma missão: escrever uma carta à mão, demonstrando momentos, situações e sentimentos que trouxeram força e coragem para seguir a batalha, e que servissem de inspiração para aquelas que estão iniciando o tratamento.
Ao todo, o Hospital recebeu 25 cartas. Foram 25 relatos diferentes e emocionantes sobre uma mesma fase da vida. Após uma criteriosa avaliação realizada por uma comissão julgadora, formada pela Azul Linhas Aéreas e pelo Instituto Sociocultural, observou-se itens como: tema do concurso; qualidade; nitidez; emprego do português correto e lógica do começo ao fim. Duas mulheres venceram o concurso. O presente delas não poderia ser mais especial: 7 noites com destino a Natal (belíssima capital do Estado do Rio Grande do Norte, localizada na região Nordeste do Brasil), com direito a 1 acompanhante, passagens aéreas de ida e volta, hospedagem em um luxuoso resort e passeios.
A iniciativa
Há nove anos se dedicando de forma intensa a campanha Outubro Rosa e diversas mobilizações contra o câncer de mama, a Azul Linhas Aéreas apoiou essa iniciativa. Após acompanhar a mãe durante o tratamento da doença e ver de perto as dificuldades que esse processo traz para a vida de algumas mulheres, a gerente comercial da Azul Viagens, Izabella Lessa, resolveu abraçar o concurso. “Quando minha mãe descobriu que estava com câncer de mama, estávamos com uma viagem agendada. Por conta das restrições que os procedimentos causam, tivemos que cancelar.
Assim que o tratamento acabou, fomos para Maceió (AL) e eu pude ver o efeito que aquela viagem causou nela. Ela respirava felicidade, se renovou! A partir disso, eu decidi que tinha que fazer isso na vida de outras mulheres. Eu tinha que mostrar a elas que essa ‘passagem’ pode ter um outro lado: neste caso, uma viagem maravilhosa, para que elas aproveitem esses dias de sol, mar e, principalmente, renovação”, contou Izabella.
Vencedoras
O presente foi mais do que merecido. Além de ter a oportunidade de conhecer outra região do país, as duas vencedoras do concurso de cartas poderão viajar, pela primeira vez em suas vidas, de avião.
A professora Luzia Aparecida Gerondo Dionízio da Silva, de Santa Ernestina (SP), município localizado a 115 km de Barretos, terá a chance de realizar uma viagem com o marido, William. Receber a notícia de que eu era uma das ganhadoras foi muito emocionante. Eu senti uma alegria indescritível. Quando a gente descobre que está com câncer, nunca imaginamos que isso irá trazer algum tipo de alegria. Ganhar essa viagem é um conforto diante de tudo o que eu passei. Eu chorei muito de emoção, mas agora estou muito ansiosa para viver tudo isso”, afirmou a professora.
A aposentada Maria Ismar de Freitas Consone, de Colíder, cidade do estado de Mato Grosso, não poder comparecer pessoalmente à entrega do prêmio, mas enviou um recado em agradecimento pela oportunidade. Para ela, a viagem será uma grande chance para descansar e espairecer. “Durante os procedimentos, a gente se sente muito cansada, pois é um tratamento longo e de momentos difíceis. Ganhar esse presente vai me ajudar muito! Há anos eu não vou à praia e eu nunca andei de avião. Estou muito feliz por ter sido contemplada e só tenho que agradecer à Azul e ao Instituto do Hospital de Amor, por fortalecerem e alegrarem o meu coração”, declarou.
Confira os textos das vencedoras do 1º Concurso de Cartas: “Próximo destino: a vitória”.
Outubro é conhecido mundialmente como o mês da prevenção do câncer de mama. Como parte das ações do Hospital de Amor (HA), o Núcleo de Educação em Câncer (NEC), em parceria com o Instituto de Prevenção da instituição, realiza, anualmente, atividades dentro desta temática por meio do projeto Talento Rosa. Neste ano, o lançamento oficial aconteceu no dia 27 de setembro, na Facisb (Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata), e reuniu 130 representantes, entre eles supervisores, diretores, coordenadores e professores, de escolas estaduais, municipais e particulares de Barretos (SP) e região.
O projeto de formação visa incentivar a cultura do autocuidado e qualidade de vida, além de ampliar o conhecimento sobre prevenção entre alunos das mais diversas faixas etárias e seus familiares. Para isto, docentes de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio receberam um breve treinamento com informações e técnicas de aplicabilidade das atividades que podem ser trabalhadas em sala de aula e que resultem na produção de cartazes, desenhos, frases e vídeos sobre a temática.
De acordo com o coordenador do NEC, Gerson Vieira, o principal objetivo do evento é orientar esses profissionais quanto a importância da campanha “Outubro Rosa” para que o assunto seja discutido em sala de aula, desenvolvendo com os alunos diversos trabalhos sobre o tema. “O combate ao câncer de mama é um desafio muito grande, mas, realizar esse feito em parceria com as crianças e adolescentes por meio das escolas se torna mais plausível. A proposta do Talento Rosa é gerar a produção de trabalhos que deem visibilidade à temática, através de cartazes, desenhos, frases, paródias e vídeos. Todo esse cenário dentro da escola é para fazer com que essa garotada se torne multiplicadora da informação para as mulheres de seu convívio, afinal, o apelo de um filho ou de um ente querido é muito mais forte”, afirmou.
No último ano, a ação alcançou 20 mil alunos. A expectativa é que a quinta edição do projeto atinja cerca de 30 mil estudantes de toda a região. Ao final do mês de outubro, os trabalhos realizados pelos alunos serão encaminhados ao NEC, que será responsável pela exposição deles nos ambulatórios e site do Hospital de Amor.
Para a secretária de educação de Barretos, Valéria Recco, essa iniciativa é muito importante para todas as pessoas que estão envolvidas com a educação, sejam elas profissionais ou estudantes. “Esse trabalho não é realizado apenas nesse período, ele acontece durante todo ano nas escolas do nosso município. Através dele, foi possível detectar vários casos de câncer de mama em professores, e os alunos conseguiram levar informações para dentro de suas casas, fazendo com que suas mães realizassem o exame de mamografia”, relatou Valéria.
#TalentoRosa2018
Durante o evento, a equipe do NEC realizou uma ação, incentivando os professores participantes a estimularem seus alunos e colegas a publicar a hashtag #TalentoRosa no dia 19 de outubro, data em que se celebra o “Dia Internacional Contra o Câncer de Mama”, a fim de gerar uma o envolvimento nas redes com o tema.
Sobre o NEC
O Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor desenvolve ações e projetos para diferentes tipos de público com o objetivo de favorecer o diagnóstico precoce de câncer, estimular mudanças nos hábitos de vida, popularizar a ciência e informar a população sobre a doença.