
O Hospital de Amor realizou, na última quarta-feira (26), uma de suas homenagens mais simbólicas a César Menotti & Fabiano: o nome da dupla foi eternizado em um dos pavilhões de instituição, na matriz localizada em Barretos (SP). O gesto reconheceu a longa relação de carinho, apoio e presença dos artistas com o HA, que começou há quase vinte anos, ainda no período em que Hospital de Amor era conhecido como Hospital de Câncer de Barretos.
A primeira participação beneficente documentada da dupla ocorreu em 2007, em um show cuja renda foi revertida para a instituição. Desde então, os irmãos mantiveram uma trajetória contínua de apoio, envolvendo iniciativas solidárias, campanhas de mobilização e presença em eventos dedicados à causa do tratamento oncológico 100% gratuito.

De acordo com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, a homenagem simboliza muito mais do que o reconhecimento artístico: “Os nomes que colocamos nos nossos pavilhões representam pessoas que caminharam conosco, mesmo nos momentos mais desafiadores. César e Fabiano estão ao nosso lado há muito tempo, sempre com generosidade e verdade. Esta homenagem é um agradecimento por tantos anos de parceria e amor ao próximo.”
Emocionados com a honraria, os artistas reforçaram a admiração pela instituição e aproveitaram para fazer um anúncio que fortalece e perpetua o apoio da dupla ao HA. “A gente está fazendo um compromisso perpétuo de que todo show nosso em Barretos (SP), a partir de agora, a renda será inteiramente destinada ao Hospital de Amor, enquanto existir a dupla e tiver show em Barretos, o cachê é 100% do Hospital”, afirmaram.
A cerimônia contou com a presença de diretores, colaboradores e convidados. Após as falas e fotos, foi realizado o descerramento da placa que oficializou a nomeação do pavilhão que abriga o Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA, responsável pelos avanços científicos da instituição, que resultam em tratamentos mais avançados e assertivos aos milhares de pacientes da instituição.
A homenagem integra a tradição do HA de reconhecer pessoas que contribuem significativamente para o fortalecimento da causa, valorizando gestos que ultrapassam a doação material e se conectam com a essência da instituição: salvar vidas com amor, dignidade e excelência.

Pavilhão César Menotti & Fabiano
O novo pavilhão que abriga o Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, é um dos mais sofisticados laboratórios brasileiros de pesquisa experimental e translacional em câncer.
Instalado no prédio do IEP, o desenho do projeto do CPOM enfatiza a praticidade de circulação, a facilidade de acesso aos recursos tecnológicos e a supervisão de profissionais capacitados. Em abril de 2017, a capacidade laboratorial foi substancialmente melhorada e aumentada, através da inauguração de um novo edifício de três andares dedicado exclusivamente à Pesquisa Experimental e Translacional com 3.000 m2.
Nos últimos anos, o CPOM especializou e aprimorou ferramentas experimentais in vitro, e capacitou vários alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado das mais variadas áreas da saúde. Além do extraordinário investimento na infraestrutura e equipamentos, os quais permitiram o desenvolvimento de novas técnicas e capacitação de recursos humanos, o CPOM executou projetos colaborativos com as principais universidades e instituições do país.
O Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor, ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), realizou, nos últimos dias 13 e 14, seu “VII Simpósio Internacional de Oncologia Translacional”, que reuniu cerca de 180 participantes e mais de 100 trabalhos científicos, entre pôsteres e apresentações orais. O evento trouxe para Barretos (SP) vinte palestrantes que são referência no mundo em pesquisas relacionadas à oncologia.

Entre os temas debatidos, estiveram os últimos desenvolvimentos científicos e tecnológicos da área, como a imunoterapia translacional e novos modelos experimentais promissores, entre os quais, o potencial uso terapêutico do vírus da Zika, trazido pela bióloga molecular e geneticista Mayana Zatz, reconhecida internacionalmente pela defesa e pioneirismo no estudo com células-tronco no Brasil. A pesquisadora, que aproveitou a estadia em Barretos para conhecer a estrutura oferecida pelo HA, tanto em pesquisa quanto em assistência, mostrou-se impressionada com a ciência realizada pela instituição e ressaltou a importância de continuar dedicando esforços nesse campo. “Investir em ciência é, absolutamente, essencial. Naturalmente, é mais compreensível quando se investe em ciência aplicada à parte clínica, mas não podemos esquecer da ciência básica. Estar aqui me trouxe uma visão extremamente otimista sobre como é possível fazer ciência de primeiro mundo, apesar das dificuldades, e as possibilidades de expandir isso”.
Para o diretor executivo e científico do IEP e coordenador do CPOM, Dr. Rui Reis, a participação de palestrantes que apresentaram suas próprias experiências e resultados em temas altamente relevantes dentro da oncologia translacional, que faz a ponte entre a pesquisa básica e sua aplicação clínica, foi o grande diferencial do evento, além da descentralização do conhecimento que, no Brasil, acaba de restringindo aos grandes centros e capitais. “O simpósio, em sua sétima edição, tem gerado vários frutos e parcerias nacionais e internacionais entre os centros de referência de todo o mundo, o que traz, consequentemente, mais know-how e expertise para os grupos envolvidos. Acima de tudo, cria-se uma cultura científica com um alto padrão de excelência, que leva certamente ao crescimento de todos”.
O evento se encerrou com a promessa de uma próxima edição para 2021, que deverá acontecer novamente no mês de setembro.
Confira também o vídeo sobre o encontro:
Mais de 15 mil redações enviadas por alunos de aproximadamente 300 escolas de todo o estado de São Paulo. Estes são os números do 7º Concurso de Redação do Hospital de Amor, organizado pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) da instituição, que se encerrou na sexta-feira, 9 de agosto, com a premiação dos cinco finalistas e anúncio da grande vencedora: Joana Albuquerque Copetti. A cerimônia, que reuniu alunos e professores de Barretos (SP) e região, contou com a presença do secretário executivo de educação do estado de São Paulo, Haroldo Corrêa Rocha, além da dirigente regional de ensino de Barretos, Solange de Oliveira Bellini, do diretor executivo e científico do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, Rui Reis, e do diretor de extensão do IEP, Vinicius de Lima Vazquez.

Nos três dias que antecederam a premiação, os finalistas participaram de um estágio guiado no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do HA, onde puderam conhecer, na prática, a rotina dos pesquisadores e saber mais sobre o seu papel na instituição. “O Concurso de Redação tem como principal objetivo difundir o conhecimento, popularizar a ciência e estimular jovens talentos na investigação científica, por isso, entendemos que é extremamente importante proporcionar esta experiência aos autores das melhores redações. É uma maneira de trazê-los para mais perto desta realidade e, quem sabe, despertá-los para uma futura profissão”, ressaltou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. Além do estágio, a primeira colocada também ganhou um notebook, assim como, a sua professora orientadora, e os demais finalistas foram premiados com tablets.
Haroldo Corrêa Rocha, que visitou a instituição pela primeira vez, enfatizou a importância da ação e reafirmou o compromisso da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que é parceria do projeto desde 2016. “Sabemos do valor – e as dificuldades – em se trabalhar com Saúde e Educação e é louvável a maneira como essas duas áreas tão essenciais se unem aqui. Com certeza é um exemplo a ser replicado!”.

O concurso é voltado aos alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental II e, neste ano, trouxe como tema central “Alimentação saudável e atividade física: de olho no futuro sem câncer colorretal”, onde os alunos puderam refletir sobre prevenção, as influências ambientais e os fatores externos que estão associados ao desenvolvimento do câncer colorretal, que, apesar de pouco falado, é o terceiro mais frequente entre homens.
Confira a classificação dos finalistas de 2019:
1º lugar: Joana Albuquerque Copetti
Unidade Escolar: E.E. Manoel Silveira Bueno
Cidade: Borborema (SP)
Diretoria de Ensino: Taquaritinga (SP)
2º lugar: Yzadora Calza Siqueira
Unidade Escolar: E. E. Conde do Pinhal
Cidade: São Carlos (SP)
Diretoria de Ensino: São Carlos (SP)
3º lugar: Emanuelle Carvalho Oliveira
Unidade Escolar: E. E. Professora Regina Dias Antunes da Silva
Cidade: Apiaí (SP)
Diretoria de Ensino: Apiaí (SP)
4º lugar: Adrian Mais dos Santos de Jesus
Unidade Escolar: E.E. João Jacinto do Nascimento
Cidade: Ibaté (SP)
Diretoria de Ensino: São Carlos (SP)
5º lugar: Gabriela Marini de Lima
Unidade Escolar: E. E. Doutora Isabel Campos
Cidade: Presidente Venceslau (SP)
Diretoria de Ensino: Santo Anastácio (SP)


O Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM), ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor, realizou, entre os dias 22 e 26 de julho, a quinta edição do Curso de Inverno em Oncologia Molecular (CIOM), que recebe anualmente 60 alunos de graduação e mestrado de todo o Brasil, interessados em conhecer as linhas de pesquisa, pós-graduação e projetos realizados na instituição. O intuito é permitir o contato mais próximo destes alunos com toda a estrutura de ciência, ensino e pesquisa do HA.
O curso intensivo oferece conteúdos sobre oncologia e biologia molecular, por meio de aulas e palestras com pesquisadores do HA, que também ficam disponíveis para atender aos participantes durante todo o decorrer do evento. Segundo a integrante da comissão organizadora do CIOM, Flávia Fernandes, neste ano, o curso foi pensado para tornar a ciência mais próxima da realidade dos estudantes, com palestras que foram na aplicação da pesquisa na prática clínica. “Nós trouxemos temas como câncer hereditário e imunoterapia, que foram apresentados por médicos oncologistas da instituição. Com isso, os alunos conseguiram ver, de fato, o impacto e importância da pesquisa e como ela muda a vida dos pacientes. Além de conhecerem um pouco da rotina do hospital, que se equipara aos melhores do mundo”.
Outra novidade deste ano foi a utilização de um aplicativo que propiciou um maior envolvimento dos alunos, que puderam compartilhar opiniões, tirar suas dúvidas e também votar sobre a qualidade das atividades de forma anônima em tempo real. A intenção, de acordo com a comissão organizadora, foi criar um ambiente mais confortável de interação. “Percebemos que os alunos mais introvertidos puderam também ter voz e participar das discussões, em um espaço onde ficaram bastante à vontade para elogiar, criticar e perguntar ao final de cada palestra. O aplicativo realmente trouxe contribuições relevantes que talvez não teriam surgido sem ele”, ressaltou Flávia.
Muitos dos atuais pesquisadores e discentes do programa de pós-graduação do HA passaram pelo Curso de Inverno em Oncologia Molecular em edições passadas, o que serve de incentivo aos futuros alunos e contribui para a divulgação e avanço da pesquisa instituição.


Reconhecido mundialmente por oferecer o que há de mais avançado a pacientes em tratamento oncológico, o Hospital de Amor trabalha também para se tornar referência no que diz respeito à Educação em Saúde. Este é o principal objetivo do Simpósio de Educação em Saúde, promovido pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) – ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da instituição – que este ano chegou à sua terceira edição, trazendo como tema principal a perspectiva de paradigmas metodológicos.

De acordo com o coordenador do NEC, Gerson Vieira, até o ano passado, o evento acontecia em formato de encontro científico, mas uma mudança de estrutura e objetivo geral possibilitou o formato de simpósio. Esta edição, que aconteceu nos dias 6 e 7 de novembro e reuniu cerca de 120 profissionais e acadêmicos, também contou com o apoio de quatro grandes parceiros: Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), Fundação Ilumina, SESC e Liga Nacional de Comunicação Científica, o que permitiu a promoção de workshops e uma programação pré-simpósio, com a presença de profissionais de referência na área.
“Nosso intuito é promover e estimular o diálogo sobre temáticas que versam sobre os campos da educação e da saúde, tendo em vista a troca de experiências e a oportunidade de desenvolver estratégias que embasem os trabalhos e projetos neste campo. As parcerias ampliaram os nossos horizontes, principalmente no campo da divulgação cientifica, sobretudo dentro da temática que pretendeu debater as tendências metodológicas”, ressaltou o coordenador. A expectativa para o evento nos próximos anos é fortalecer, cada vez mais, as parcerias já existentes e conquistar outros públicos, ampliando o alcance e a capilaridade da proposta.

Os desafios e a importância da divulgação e comunicação científica, bem como a possibilidade de aproximar a temática de toda a população ao falar sobre ciência de maneira clara e objetiva, guiaram o primeiro dia de evento, definido como pré-simpósio, organizado pela Liga Nacional de Divulgação Científica (criada em abril de 2017 com o intuito de reunir interessados em comunicação e divulgação científica de todo Brasil). “Sabemos da importância da ciência na vida das pessoas e o quanto falta para que a informação científica chegue ao outro lado da ponte, a quem de fato interessa, então precisamos melhorar nossa ponte para que isso aconteça, melhorar a maneira como estamos comunicando informações científicas para a população leiga. Este é o principal objetivo da Liga: comunicar a ciência de uma maneira acessível, conscientizar os cientistas que precisamos simplificar nossa linguagem para que a informação realmente chegue”, explicou a bióloga, mestranda do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor e coordenadora da Liga, Cris Cousseau.
O evento também marcou a etapa final do concurso de divulgação científica “Ligando a Ciência”, que trouxe participantes do Rio de Janeiro, Mato Grosso e São Paulo, além de expor e premiar trabalhos desenvolvidos na área de Educação em Saúde, que foram avaliados por uma banca externa, formada por docentes da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto.
Com estrutura inaugurada em março de 2017, junto ao Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, o biotério da instituição deu início, oficialmente, às suas atividades na última semana de novembro, com o I Encontro da Comissão de Ética no Uso de Animais da instituição, marcado pela presença e palestras de dois importantes nomes da área no cenário nacional: Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, pesquisadoras e membros do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O evento reuniu, além da própria Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA-CPOM), pesquisadores e profissionais que farão parte da equipe responsável pela nova área.

Segundo a coordenadora do local, Dra. Silvia Teixeira, o início das atividades completa os diferentes campos da pesquisa na instituição e é um importante passo na busca pela integração com os departamentos clínicos do Hospital, que contemplam no biotério uma possibilidade de novas abordagens terapêuticas. “Também será possível complementar a capacitação dos alunos de pós-graduação e pesquisadores, que terão um novo enfoque para o desenvolvimento de estudos inovadores que poderão levar a uma melhora na qualidade dos tratamentos dos pacientes. As pesquisas poderão ser direcionadas para a busca de terapias ainda mais personalizadas, validação de ensaios in vitro para novos alvos terapêuticos, entre outras. Os resultados poderão indicar medicamentos, ou associação de medicamentos, e terapias que possam ser mais eficazes e poderão implicar em aumento na sobrevida e na qualidade de vida dos pacientes”, explicou.
Durante o evento, as pesquisadoras, Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, destacaram a importância da pluralidade da CEUA-CPOM, composta por docentes, pesquisadores, colaboradores das áreas das ciências exatas e biológicas, além de um representante da sociedade protetora dos animais; e afirmaram que tal composição garante uma melhor qualidade na pesquisa e, principalmente, o máximo rigor a todos os princípios éticos na experimentação animal.
Para a médica veterinária, Dra. Ekaterina Riviera, mestre em Ciências de Animais de Laboratório pela Universidade de Londres e Doutora Notório Saber pela Universidade Federal de Goiás (UFG), os princípios do Hospital de Amor guiarão o biotério para que se torne um dos únicos – se não o único – do País a aplicar, de maneira estruturada, o que ela chamou de Cultura da Consciência, que, de forma simplificada, é a responsabilidade e consciência de sua importância por parte de todos os agentes envolvidos no processo, desde a parte administrativa até os profissionais responsáveis pela limpeza.
Silvia esclareceu, ainda, que, para que um projeto seja proposto e aceito, é necessário que a pergunta seja adequada, que todos os outros meios de buscar respostas tenham sido contemplados e que a relevância da pesquisa seja convincente. “Essa é a filosofia de toda a equipe do Biotério, pensamos e buscamos ao máximo propor bem-estar aos animais. Para isso, estamos promovendo todos os cuidados necessários, enriquecimento ambiental adequado durante os processos de criação e experimentação. Pretendemos colaborar com os pesquisadores no direcionamento do projeto, de forma a minimizar o uso de animais, e a promover o cuidado necessário durante o desenvolvimento das pesquisas. Todo esse cuidado não é só por poder interferir nos resultados, gerando viés na pesquisa, mas também porque temos uma grande responsabilidade nesse processo. Toda a estrutura oferecida pelo IEP e pelo CPOM nos permite realizar estes procedimentos de forma adequada. Além disso, o investimento na capacitação da equipe do biotério, visando a qualificação dos colaboradores, permitiu que esse perfil fosse desenvolvido. Com esses cuidados, acreditamos que os resultados poderão levar a um aumento na reprodutibilidade e aplicação dos resultados na clínica, tendo em vista a melhora das condições e qualidade de vida das pessoas com câncer”, finalizou.


O Hospital de Amor realizou, na última quarta-feira (26), uma de suas homenagens mais simbólicas a César Menotti & Fabiano: o nome da dupla foi eternizado em um dos pavilhões de instituição, na matriz localizada em Barretos (SP). O gesto reconheceu a longa relação de carinho, apoio e presença dos artistas com o HA, que começou há quase vinte anos, ainda no período em que Hospital de Amor era conhecido como Hospital de Câncer de Barretos.
A primeira participação beneficente documentada da dupla ocorreu em 2007, em um show cuja renda foi revertida para a instituição. Desde então, os irmãos mantiveram uma trajetória contínua de apoio, envolvendo iniciativas solidárias, campanhas de mobilização e presença em eventos dedicados à causa do tratamento oncológico 100% gratuito.

De acordo com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, a homenagem simboliza muito mais do que o reconhecimento artístico: “Os nomes que colocamos nos nossos pavilhões representam pessoas que caminharam conosco, mesmo nos momentos mais desafiadores. César e Fabiano estão ao nosso lado há muito tempo, sempre com generosidade e verdade. Esta homenagem é um agradecimento por tantos anos de parceria e amor ao próximo.”
Emocionados com a honraria, os artistas reforçaram a admiração pela instituição e aproveitaram para fazer um anúncio que fortalece e perpetua o apoio da dupla ao HA. “A gente está fazendo um compromisso perpétuo de que todo show nosso em Barretos (SP), a partir de agora, a renda será inteiramente destinada ao Hospital de Amor, enquanto existir a dupla e tiver show em Barretos, o cachê é 100% do Hospital”, afirmaram.
A cerimônia contou com a presença de diretores, colaboradores e convidados. Após as falas e fotos, foi realizado o descerramento da placa que oficializou a nomeação do pavilhão que abriga o Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do Instituto de Ensino e Pesquisa do HA, responsável pelos avanços científicos da instituição, que resultam em tratamentos mais avançados e assertivos aos milhares de pacientes da instituição.
A homenagem integra a tradição do HA de reconhecer pessoas que contribuem significativamente para o fortalecimento da causa, valorizando gestos que ultrapassam a doação material e se conectam com a essência da instituição: salvar vidas com amor, dignidade e excelência.

Pavilhão César Menotti & Fabiano
O novo pavilhão que abriga o Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, é um dos mais sofisticados laboratórios brasileiros de pesquisa experimental e translacional em câncer.
Instalado no prédio do IEP, o desenho do projeto do CPOM enfatiza a praticidade de circulação, a facilidade de acesso aos recursos tecnológicos e a supervisão de profissionais capacitados. Em abril de 2017, a capacidade laboratorial foi substancialmente melhorada e aumentada, através da inauguração de um novo edifício de três andares dedicado exclusivamente à Pesquisa Experimental e Translacional com 3.000 m2.
Nos últimos anos, o CPOM especializou e aprimorou ferramentas experimentais in vitro, e capacitou vários alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado das mais variadas áreas da saúde. Além do extraordinário investimento na infraestrutura e equipamentos, os quais permitiram o desenvolvimento de novas técnicas e capacitação de recursos humanos, o CPOM executou projetos colaborativos com as principais universidades e instituições do país.
O Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor, ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), realizou, nos últimos dias 13 e 14, seu “VII Simpósio Internacional de Oncologia Translacional”, que reuniu cerca de 180 participantes e mais de 100 trabalhos científicos, entre pôsteres e apresentações orais. O evento trouxe para Barretos (SP) vinte palestrantes que são referência no mundo em pesquisas relacionadas à oncologia.

Entre os temas debatidos, estiveram os últimos desenvolvimentos científicos e tecnológicos da área, como a imunoterapia translacional e novos modelos experimentais promissores, entre os quais, o potencial uso terapêutico do vírus da Zika, trazido pela bióloga molecular e geneticista Mayana Zatz, reconhecida internacionalmente pela defesa e pioneirismo no estudo com células-tronco no Brasil. A pesquisadora, que aproveitou a estadia em Barretos para conhecer a estrutura oferecida pelo HA, tanto em pesquisa quanto em assistência, mostrou-se impressionada com a ciência realizada pela instituição e ressaltou a importância de continuar dedicando esforços nesse campo. “Investir em ciência é, absolutamente, essencial. Naturalmente, é mais compreensível quando se investe em ciência aplicada à parte clínica, mas não podemos esquecer da ciência básica. Estar aqui me trouxe uma visão extremamente otimista sobre como é possível fazer ciência de primeiro mundo, apesar das dificuldades, e as possibilidades de expandir isso”.
Para o diretor executivo e científico do IEP e coordenador do CPOM, Dr. Rui Reis, a participação de palestrantes que apresentaram suas próprias experiências e resultados em temas altamente relevantes dentro da oncologia translacional, que faz a ponte entre a pesquisa básica e sua aplicação clínica, foi o grande diferencial do evento, além da descentralização do conhecimento que, no Brasil, acaba de restringindo aos grandes centros e capitais. “O simpósio, em sua sétima edição, tem gerado vários frutos e parcerias nacionais e internacionais entre os centros de referência de todo o mundo, o que traz, consequentemente, mais know-how e expertise para os grupos envolvidos. Acima de tudo, cria-se uma cultura científica com um alto padrão de excelência, que leva certamente ao crescimento de todos”.
O evento se encerrou com a promessa de uma próxima edição para 2021, que deverá acontecer novamente no mês de setembro.
Confira também o vídeo sobre o encontro:
Mais de 15 mil redações enviadas por alunos de aproximadamente 300 escolas de todo o estado de São Paulo. Estes são os números do 7º Concurso de Redação do Hospital de Amor, organizado pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) da instituição, que se encerrou na sexta-feira, 9 de agosto, com a premiação dos cinco finalistas e anúncio da grande vencedora: Joana Albuquerque Copetti. A cerimônia, que reuniu alunos e professores de Barretos (SP) e região, contou com a presença do secretário executivo de educação do estado de São Paulo, Haroldo Corrêa Rocha, além da dirigente regional de ensino de Barretos, Solange de Oliveira Bellini, do diretor executivo e científico do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, Rui Reis, e do diretor de extensão do IEP, Vinicius de Lima Vazquez.

Nos três dias que antecederam a premiação, os finalistas participaram de um estágio guiado no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do HA, onde puderam conhecer, na prática, a rotina dos pesquisadores e saber mais sobre o seu papel na instituição. “O Concurso de Redação tem como principal objetivo difundir o conhecimento, popularizar a ciência e estimular jovens talentos na investigação científica, por isso, entendemos que é extremamente importante proporcionar esta experiência aos autores das melhores redações. É uma maneira de trazê-los para mais perto desta realidade e, quem sabe, despertá-los para uma futura profissão”, ressaltou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. Além do estágio, a primeira colocada também ganhou um notebook, assim como, a sua professora orientadora, e os demais finalistas foram premiados com tablets.
Haroldo Corrêa Rocha, que visitou a instituição pela primeira vez, enfatizou a importância da ação e reafirmou o compromisso da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que é parceria do projeto desde 2016. “Sabemos do valor – e as dificuldades – em se trabalhar com Saúde e Educação e é louvável a maneira como essas duas áreas tão essenciais se unem aqui. Com certeza é um exemplo a ser replicado!”.

O concurso é voltado aos alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental II e, neste ano, trouxe como tema central “Alimentação saudável e atividade física: de olho no futuro sem câncer colorretal”, onde os alunos puderam refletir sobre prevenção, as influências ambientais e os fatores externos que estão associados ao desenvolvimento do câncer colorretal, que, apesar de pouco falado, é o terceiro mais frequente entre homens.
Confira a classificação dos finalistas de 2019:
1º lugar: Joana Albuquerque Copetti
Unidade Escolar: E.E. Manoel Silveira Bueno
Cidade: Borborema (SP)
Diretoria de Ensino: Taquaritinga (SP)
2º lugar: Yzadora Calza Siqueira
Unidade Escolar: E. E. Conde do Pinhal
Cidade: São Carlos (SP)
Diretoria de Ensino: São Carlos (SP)
3º lugar: Emanuelle Carvalho Oliveira
Unidade Escolar: E. E. Professora Regina Dias Antunes da Silva
Cidade: Apiaí (SP)
Diretoria de Ensino: Apiaí (SP)
4º lugar: Adrian Mais dos Santos de Jesus
Unidade Escolar: E.E. João Jacinto do Nascimento
Cidade: Ibaté (SP)
Diretoria de Ensino: São Carlos (SP)
5º lugar: Gabriela Marini de Lima
Unidade Escolar: E. E. Doutora Isabel Campos
Cidade: Presidente Venceslau (SP)
Diretoria de Ensino: Santo Anastácio (SP)


O Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM), ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor, realizou, entre os dias 22 e 26 de julho, a quinta edição do Curso de Inverno em Oncologia Molecular (CIOM), que recebe anualmente 60 alunos de graduação e mestrado de todo o Brasil, interessados em conhecer as linhas de pesquisa, pós-graduação e projetos realizados na instituição. O intuito é permitir o contato mais próximo destes alunos com toda a estrutura de ciência, ensino e pesquisa do HA.
O curso intensivo oferece conteúdos sobre oncologia e biologia molecular, por meio de aulas e palestras com pesquisadores do HA, que também ficam disponíveis para atender aos participantes durante todo o decorrer do evento. Segundo a integrante da comissão organizadora do CIOM, Flávia Fernandes, neste ano, o curso foi pensado para tornar a ciência mais próxima da realidade dos estudantes, com palestras que foram na aplicação da pesquisa na prática clínica. “Nós trouxemos temas como câncer hereditário e imunoterapia, que foram apresentados por médicos oncologistas da instituição. Com isso, os alunos conseguiram ver, de fato, o impacto e importância da pesquisa e como ela muda a vida dos pacientes. Além de conhecerem um pouco da rotina do hospital, que se equipara aos melhores do mundo”.
Outra novidade deste ano foi a utilização de um aplicativo que propiciou um maior envolvimento dos alunos, que puderam compartilhar opiniões, tirar suas dúvidas e também votar sobre a qualidade das atividades de forma anônima em tempo real. A intenção, de acordo com a comissão organizadora, foi criar um ambiente mais confortável de interação. “Percebemos que os alunos mais introvertidos puderam também ter voz e participar das discussões, em um espaço onde ficaram bastante à vontade para elogiar, criticar e perguntar ao final de cada palestra. O aplicativo realmente trouxe contribuições relevantes que talvez não teriam surgido sem ele”, ressaltou Flávia.
Muitos dos atuais pesquisadores e discentes do programa de pós-graduação do HA passaram pelo Curso de Inverno em Oncologia Molecular em edições passadas, o que serve de incentivo aos futuros alunos e contribui para a divulgação e avanço da pesquisa instituição.


Reconhecido mundialmente por oferecer o que há de mais avançado a pacientes em tratamento oncológico, o Hospital de Amor trabalha também para se tornar referência no que diz respeito à Educação em Saúde. Este é o principal objetivo do Simpósio de Educação em Saúde, promovido pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) – ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da instituição – que este ano chegou à sua terceira edição, trazendo como tema principal a perspectiva de paradigmas metodológicos.

De acordo com o coordenador do NEC, Gerson Vieira, até o ano passado, o evento acontecia em formato de encontro científico, mas uma mudança de estrutura e objetivo geral possibilitou o formato de simpósio. Esta edição, que aconteceu nos dias 6 e 7 de novembro e reuniu cerca de 120 profissionais e acadêmicos, também contou com o apoio de quatro grandes parceiros: Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), Fundação Ilumina, SESC e Liga Nacional de Comunicação Científica, o que permitiu a promoção de workshops e uma programação pré-simpósio, com a presença de profissionais de referência na área.
“Nosso intuito é promover e estimular o diálogo sobre temáticas que versam sobre os campos da educação e da saúde, tendo em vista a troca de experiências e a oportunidade de desenvolver estratégias que embasem os trabalhos e projetos neste campo. As parcerias ampliaram os nossos horizontes, principalmente no campo da divulgação cientifica, sobretudo dentro da temática que pretendeu debater as tendências metodológicas”, ressaltou o coordenador. A expectativa para o evento nos próximos anos é fortalecer, cada vez mais, as parcerias já existentes e conquistar outros públicos, ampliando o alcance e a capilaridade da proposta.

Os desafios e a importância da divulgação e comunicação científica, bem como a possibilidade de aproximar a temática de toda a população ao falar sobre ciência de maneira clara e objetiva, guiaram o primeiro dia de evento, definido como pré-simpósio, organizado pela Liga Nacional de Divulgação Científica (criada em abril de 2017 com o intuito de reunir interessados em comunicação e divulgação científica de todo Brasil). “Sabemos da importância da ciência na vida das pessoas e o quanto falta para que a informação científica chegue ao outro lado da ponte, a quem de fato interessa, então precisamos melhorar nossa ponte para que isso aconteça, melhorar a maneira como estamos comunicando informações científicas para a população leiga. Este é o principal objetivo da Liga: comunicar a ciência de uma maneira acessível, conscientizar os cientistas que precisamos simplificar nossa linguagem para que a informação realmente chegue”, explicou a bióloga, mestranda do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor e coordenadora da Liga, Cris Cousseau.
O evento também marcou a etapa final do concurso de divulgação científica “Ligando a Ciência”, que trouxe participantes do Rio de Janeiro, Mato Grosso e São Paulo, além de expor e premiar trabalhos desenvolvidos na área de Educação em Saúde, que foram avaliados por uma banca externa, formada por docentes da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto.
Com estrutura inaugurada em março de 2017, junto ao Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, o biotério da instituição deu início, oficialmente, às suas atividades na última semana de novembro, com o I Encontro da Comissão de Ética no Uso de Animais da instituição, marcado pela presença e palestras de dois importantes nomes da área no cenário nacional: Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, pesquisadoras e membros do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O evento reuniu, além da própria Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA-CPOM), pesquisadores e profissionais que farão parte da equipe responsável pela nova área.

Segundo a coordenadora do local, Dra. Silvia Teixeira, o início das atividades completa os diferentes campos da pesquisa na instituição e é um importante passo na busca pela integração com os departamentos clínicos do Hospital, que contemplam no biotério uma possibilidade de novas abordagens terapêuticas. “Também será possível complementar a capacitação dos alunos de pós-graduação e pesquisadores, que terão um novo enfoque para o desenvolvimento de estudos inovadores que poderão levar a uma melhora na qualidade dos tratamentos dos pacientes. As pesquisas poderão ser direcionadas para a busca de terapias ainda mais personalizadas, validação de ensaios in vitro para novos alvos terapêuticos, entre outras. Os resultados poderão indicar medicamentos, ou associação de medicamentos, e terapias que possam ser mais eficazes e poderão implicar em aumento na sobrevida e na qualidade de vida dos pacientes”, explicou.
Durante o evento, as pesquisadoras, Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, destacaram a importância da pluralidade da CEUA-CPOM, composta por docentes, pesquisadores, colaboradores das áreas das ciências exatas e biológicas, além de um representante da sociedade protetora dos animais; e afirmaram que tal composição garante uma melhor qualidade na pesquisa e, principalmente, o máximo rigor a todos os princípios éticos na experimentação animal.
Para a médica veterinária, Dra. Ekaterina Riviera, mestre em Ciências de Animais de Laboratório pela Universidade de Londres e Doutora Notório Saber pela Universidade Federal de Goiás (UFG), os princípios do Hospital de Amor guiarão o biotério para que se torne um dos únicos – se não o único – do País a aplicar, de maneira estruturada, o que ela chamou de Cultura da Consciência, que, de forma simplificada, é a responsabilidade e consciência de sua importância por parte de todos os agentes envolvidos no processo, desde a parte administrativa até os profissionais responsáveis pela limpeza.
Silvia esclareceu, ainda, que, para que um projeto seja proposto e aceito, é necessário que a pergunta seja adequada, que todos os outros meios de buscar respostas tenham sido contemplados e que a relevância da pesquisa seja convincente. “Essa é a filosofia de toda a equipe do Biotério, pensamos e buscamos ao máximo propor bem-estar aos animais. Para isso, estamos promovendo todos os cuidados necessários, enriquecimento ambiental adequado durante os processos de criação e experimentação. Pretendemos colaborar com os pesquisadores no direcionamento do projeto, de forma a minimizar o uso de animais, e a promover o cuidado necessário durante o desenvolvimento das pesquisas. Todo esse cuidado não é só por poder interferir nos resultados, gerando viés na pesquisa, mas também porque temos uma grande responsabilidade nesse processo. Toda a estrutura oferecida pelo IEP e pelo CPOM nos permite realizar estes procedimentos de forma adequada. Além disso, o investimento na capacitação da equipe do biotério, visando a qualificação dos colaboradores, permitiu que esse perfil fosse desenvolvido. Com esses cuidados, acreditamos que os resultados poderão levar a um aumento na reprodutibilidade e aplicação dos resultados na clínica, tendo em vista a melhora das condições e qualidade de vida das pessoas com câncer”, finalizou.
