
Você, com certeza, já ouviu frases como: doar sangue é um ato de amor; doar sangue é sinônimo de generosidade, de humanização e de amor ao próximo; doar sangue salva vidas. E é exatamente isso! Com apenas uma doação, até quatro vidas podem ser salvas. Se você ainda não é doador, o que está esperando para se tornar um?
Responsável por abastecer a demanda das 18 cidades que compõem a Diretoria Regional de Saúde de Barretos/SP (DRS-V), além das entidades de saúde do município geridas pelo Hospital de Amor, o hemonúcleo da instituição convoca doadores de sangue. Por conta da grande demanda e da necessidade de transfusão de sangue diariamente, o setor está com os estoques de sangue comprometidos, principalmente os tipos A- e O-.
“O nosso trabalho na captação de doadores para que os estoques se mantenham sempre alinhados às necessidades, é árduo. Quando a situação fica crítica e as geladeiras vazias, colocamos em risco cirurgias e outros procedimentos, como radioterapias e quimioterapias no caso dos tratamentos oncológicos. Por isso, o maior desafio da equipe é garantir quantidades satisfatórias de bolsas de sangue no hemonúcleo do HA”, afirmou a coordenadora da captação de doadores de sangue do Hospital de Amor, Ana Paula Borges.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda-se que o número de doadores de um país seja de 3 a 5% do total da população. Entretanto, dados do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, este índice está bem abaixo do aconselhável, não chegando a 2%. Atualmente são doadas cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano, segundo informações da Fundação Pró-Sangue (instituição pública ligada à Secretaria de Estado da Saúde e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
Se você tem o desejo de se tornar um(a) doador(a), aproveite para colocar a sua solidariedade em prática e venha até a nossa unidade de Barretos (SP) doar sangue.
Quais os requisitos para ser um doador?
• Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de 18 anos devem estar acompanhados de um dos seus responsáveis);
• Pesar no mínimo 50 kg;
• Ter dormido pelos menos 6 horas;
• Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
• Não estar em jejum, mas evitar alimentos gordurosos nas 12 horas que antecedem a doação;
• Em caso de tatuagem e/ou piercing – se realizados em estúdio inspecionado pela Vigilância Sanitária, aguardar seis meses. Caso contrário, somente após um ano (exceto para piercings na região genital e na língua – 12 meses após a retirada);
• Em caso de micropigmentação de sobrancelha – se realizado em estúdio inspecionado pela Vigilância Sanitária, aguardar seis meses. Caso contrário, somente após um ano.
• Em caso de diabetes, a doença deverá estar controlada e o paciente não pode fazer uso de insulina;
• Se passou por endoscopia ou colonoscopia, aguardar seis meses;
• Não ter tido doença de Chagas;
• Não ter tido Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
• Candidatos que viajaram para o exterior devem entrar em contato com o Banco de Sangue para entender o período que não pode doar (varia de país a país);
• Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 10 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações. Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma;
• Em caos de dengue: aguardar quatro semanas após a cura (mesmo se só o/a parceiro/a sexual do doador quem teve, o doador fica inapto pelo período);
• Em caso de dengue hemorrágica: aguardar seis meses após a cura;
• Em caso de Zika Vírus: aguardar quatro meses após a cura;
• Em caso de Chikungunya: aguardar 30 dias após a cura e sem uso de medicações;
• Em caso de tratamento de canal: aguardar uma semana após o procedimento;
• Em caso de extração dentária: aguardar uma semana após o procedimento, se não estiver fazendo uso de antibiótico;
• Em caso de pequenas cáries ou ajuste de aparelho: aguardar um dia após o procedimento;
• Em caso de anestesia local (obturações): aguardar três dias após o procedimento;
• Em caso de Betabloqueadores (Propanolol, Atenolol, Oxprenolol ou similares): aguardar 48 horas após a suspensão com orientação médica;
• Em caso de procedimentos estéticos (mesoterapia, botox, microagulhamento, infiltração, etc.): aguardar 72 horas se realizados em local com condições de avaliação. Caso contrário, aguardar seis meses.
• Usuários de Ozempic: aguardar sete dias após o uso;
• Usuários de Dispositivo Intrauterino (DIU): aguardar sete 7 dias após colocação.

O que levar?
Para doar sangue, é necessário ter em mãos um documento oficial com foto (RG, CNH ou Carteira de Trabalho). Menores de idade precisam estar acompanhados de um responsável. Caso o doador seja hipertenso e/ou use medicamentos controlados para cirurgias ou outras comorbidades, é necessário avisar a equipe de coleta.
Onde doar?
O hemonúcleo, localizado na Rua Antenor Duarte Viléla, nº 1331, no bairro Dr. Paulo Prata, recebe doadores de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 14h, e aos sábados e domingos, das 7h às 11h. O doador pode agendar a doação pelo telefone: (17) 3321-6600, ramais 6814/7114.
Dúvidas frequentes, mitos e verdades!
• Atualmente, o Hospital de Amor necessita, em média, de 40 a 50 doadores por dia. Porém, infelizmente, essa ainda não é a realidade do hemonúcleo da instituição.
• Uma doação pode salvar até quatro vidas! Com uma bolsa de sangue, é possível obter:
– Concentrado de Hemácias (glóbulos vermelhos do sangue): é indicado no tratamento de anemias crônicas, hemorragias e complicações cirúrgicas.
– Plasma fresco congelado: indicado para pacientes com deficiência de fatores de coagulação ou para produção de derivados plasma.
– Concentrado de plaquetas: indicado para hemorragias graves com deficiência plaquetária, tratamento de leucemias e deficiência medular.
– Crioprecipitado: utilizado em tratamentos de hemofilia.
• Os tipos sanguíneos mais utilizados sãos: O+, O- e A-. É importante lembrar que o sangue O- é considerado universal e doa para todos os tipos. Porém, as pessoas com sangue do tipo O – só podem receber doações de pessoas com o mesmo tipo de sangue.
• Além da doação tradicional de sangue, o doador pode realizar aférese de hemácias, aférese de plaquetas e também o cadastro de medula óssea neste ato de solidariedade.
• Doadores de sangue (tradicionais) – Homens podem doar de 2 em 2 meses, não ultrapassando 4 vezes ao ano. Mulheres podem doar de 3 em 3 meses, não ultrapassando 3 vezes ao ano;
• Doadores de aférese de hemácias – Homens podem doar de 4 em 4 meses. Mulheres de 6 em 6 meses.
• Doadores de plaquetas – Homens e Mulheres podem doar até 24 vezes no ano, pois ela se reconstitui no organismo em 3 dias.
• Gestantes não podem doar. Já as lactantes devem esperar 12 meses da data do parto.
• O kit utilizado na doação é individual e descartável, sendo assim, o risco de contaminação de doenças transmissíveis via sangue é de 0%.
• O sangue doado é rapidamente reposto no organismo com a ingestão de líquidos.
• Doar sangue não engrossa o sangue, afina, engorda, emagrece ou vicia. Ao contrário de todas essas especulações, ao doar sangue, o indivíduo estará renovando as suas células e em dia com a saúde.


A Diretoria Regional de Saúde de Barretos (DRS-V) é a única do Estado de São Paulo em que o diagnóstico do câncer bucal em estadiamento inicial ultrapassa o feito em estadiamento avançado. Isso é o que mostra um boletim da Fundação Oncocentro de São Paulo – FOSP, publicado neste semestre e que analisou os dados do Registro Hospitalar de Câncer do Estado de São Paulo – RHC/SP no período de 2000 a 2020.
O câncer de boca, também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, é um tumor maligno que pode afetar os lábios e/ou as estruturas da boca, como gengivas, bochechas, palato (céu da boca), língua e o assoalho da boca (região embaixo da língua). Por ano, são previstos 15.100 novos casos da doença no Brasil, de acordo com a estimativa para o triênio 2023-2025 do Instituto Nacional de Câncer (INCA), sendo 10.900 em homens e 4.200 em mulheres.
Apesar de ter ido de 5º para 8º lugar entre os tipos de câncer mais prevalentes no país, quando comparado a estimativa anterior, a doença ainda preocupa pela alta taxa de diagnóstico tardio, que reduz consideravelmente as chances de cura, além de tornar necessário a intervenção com tratamentos mais complexos e de alto custo.
Pensando nisso, há 10 anos o Hospital de Amor conta com um programa ativo de rastreamento de câncer de boca, com foco na população de alto risco. Implantado incialmente em toda DRS-V, regional que compreende 18 municípios, incluindo Barretos (SP), cidade que abriga a sede da instituição. O programa possui uma taxa 56,3% de diagnóstico em estadiamento precoce, taxa que é de apenas 26,9% no âmbito nacional de acordo com o INCA e 34,6% no Estado de São Paulo, de acordo com a FOSP.
Só em 2023, o programa foi responsável pela realização de mais de 21 mil exames bucais, onde 806 biópsias foram necessárias, resultando em 223 diagnósticos. De acordo com o coordenador do departamento de odontologia do HA, Dr. Fábio Luiz Coracin, o sucesso desse modelo é composto por diversos fatores, entre eles a parceria e integração sólida entre as atenções primárias, secundárias e terciárias de saúde; e a busca ativa voltada para população de alto risco, que possui resistência ao rastreamento espontâneo.
É importante ressaltar também que a taxa de sobrevida global do câncer de boca possui relação direta com estadiamento clínico do diagnóstico. Ainda de acordo com o boletim da FOSP, a taxa de sobrevida em 5 anos dos pacientes diagnosticados em estádios iniciais é de 57%, enquanto os de pacientes diagnosticados já com a doença avançada é de apenas 21%.
Os dados mostram que o Programa de Rastreamento do Câncer de Boca do Hospital de Amor, responsável por colocar a cidade de Barretos e toda a região como uma exceção em comparação às outras Diretorias Regionais de Saúde, pode servir de exemplo para estratégias mais amplas de prevenção e assistência que unam as estruturas de atenção primária e secundária, sobretudo na saúde pública.
Segundo a última estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados, no Brasil, mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão, para cada ano do triênio 2020-2022. A doença ocupa, atualmente, a terceira colocação no ranking dos tipos de câncer mais incidentes no país, exceto pele não melanoma, mas ainda é o primeiro quando se fala em taxa de mortalidade. Isso ocorre, principalmente, por conta de seu desenvolvimento silencioso, que, quando chama a atenção por meio de sinais e sintomas, geralmente, já está em fase avançada e sem ou com poucas chances de cura.
Apesar dos diversos fatores que favorecem a ocorrência do câncer de pulmão, como exposição a agentes cancerígenos químicos ou físicos, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e fatores genéticos, o tabagismo ainda é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, com até 85% dos casos diagnosticados associados ao consumo e exposição passiva aos derivados do tabaco.
“Nem todo indivíduo que fuma ou fumou desenvolverá câncer de pulmão, e isso ainda é realmente difícil de se prever, mas sabe-se que a chance de seu desenvolvimento está diretamente relacionada à carga de tabaco com a qual que se teve contato”, explica o médico radiologista do Hospital de Amor, Rodrigo Sampaio Chiarantano. Sabe-se também que a mortalidade em decorrência da doença entre os fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, já entre os ex-fumantes essa taxa chega a ser quatro vezes maior.

Pioneirismo
Com o intuito de reduzir tais taxas, o HA lançou, em 2019, um programa de rastreamento ativo de câncer de pulmão como parte de uma iniciativa mais ampla da instituição, que se destaca por incluir também atividades de prevenção primária e pesquisa científica de ponta com marcadores biomoleculares. Para que isso fosse possível, o Hospital de Amor contou com a colaboração da Secretaria Municipal de Saúde de Barretos, facilitando o treinamento e a constituição de grupos de cessação de tabagismo em suas unidades básicas de saúde (UBSs), que posteriormente passaram a enviar indivíduos elegíveis.
Em um formato pioneiro na América Latina, uma unidade móvel foi equipada com um tomógrafo computadorizado de baixa dose e direcionada a fazer o acompanhamento da população de risco. O programa é o único no Brasil que integra dados de diversas esferas da área da saúde e oferece gratuitamente esse exame aos usuários do Sistema Único de Saúde.
Inicialmente, o projeto atendeu com exclusividade os encaminhamentos dos participantes dos grupos de cessação de tabagismo, mas, desde janeiro deste ano, o rastreamento está disponível para todos os indivíduos que fazem parte do grupo de risco e que residem em um dos 18 municípios que compõem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS-V).
O Dr. Rodrigo Chiarantano explica que existem alguns critérios que definem a situação de alto risco para se desenvolver câncer de pulmão. “O mais amplamente empregado é: ter entre 55 e 75 anos, ser fumante atual ou ex-fumante que tenha parado há menos de 15 anos, com uma carga tabágica igual ou maior que 30 (essa carga tabágica se obtém quando multiplicamos o número de anos que a pessoa fumou pelo número de maços de cigarro que fumava em média por dia; assim, se alguém fumou dois maços por dia, por 25 anos, terá uma carga tabágica de 50, superior a 30, e, portanto, de alto risco)”.

Até o momento, aproximadamente 500 pessoas já realizaram o exame. Entre elas, um caso já foi diagnosticado e outros nove estão sendo investigados. Mas a expansão do projeto prevê números muito maiores. Segundo seu escopo inicial, a proporção da população que se enquadra nos critérios foi estimada em 3%, significando, só Barretos, cerca de 3.400 pessoas e na DRS-V mais de 13 mil pessoas com alto risco para desenvolver câncer de pulmão, grupo para o qual o rastreamento por tomografia de baixa dose é indicado de forma periódica.
Outro diferencial é o laudo que foi elaborado para o programa, pensando em tornar a informação mais acessível ao paciente. O documento é composto por texto em linguagem mais simples e direta, acompanhado de um reforço visual que ilustra o significado dos achados. No laudo, são descritos os achados do exame potencialmente relacionados ao tabagismo e explicados os passos seguintes a partir dali. Ele foi desenvolvido pensando no melhor entendimento do indivíduo participante, estimulando o autocuidado e a vigilância de saúde. Os pacientes têm retornado com grande satisfação. Alguns deles relataram, inclusive, que o processo de rastreamento como um todo auxiliou na decisão de parar de fumar.
Avanços científicos
Consequência da seriedade e qualidade do programa de prevenção e rastreamento de câncer de pulmão, o Hospital de Amor foi aceito como colaborador em um grande consórcio de pesquisa internacional, o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), que possibilitará melhorar o entendimento da genética relacionada ao câncer de pulmão, a melhor caracterização de grupos de risco e de fatores de decisão em relação aos achados de exame. “Trata-se de pesquisa de ponta e de qualidade, com grande potencial de contribuição para a ciência e para a redução da mortalidade por câncer de pulmão. Com base em informações obtidas sob consentimento em amostras biológicas dos indivíduos participantes, diversas características genéticas e biomoleculares estão sendo investigadas, traçando um perfil particular da nossa população, que se somam aos dados já obtidos de outras populações ao redor do mundo”, ressalta o radiologista.
Como participar
Os indivíduos que se enquadrem nos critérios para o rastreamento podem realizar o agendamento do exame pelo telefone (17) 3321-6600 – ramal 7010 ou 7080; o contato também está disponível para os fumantes ou ex-fumantes há menos de 15 anos que tiverem dúvidas sobre os critérios.


Você, com certeza, já ouviu frases como: doar sangue é um ato de amor; doar sangue é sinônimo de generosidade, de humanização e de amor ao próximo; doar sangue salva vidas. E é exatamente isso! Com apenas uma doação, até quatro vidas podem ser salvas. Se você ainda não é doador, o que está esperando para se tornar um?
Responsável por abastecer a demanda das 18 cidades que compõem a Diretoria Regional de Saúde de Barretos/SP (DRS-V), além das entidades de saúde do município geridas pelo Hospital de Amor, o hemonúcleo da instituição convoca doadores de sangue. Por conta da grande demanda e da necessidade de transfusão de sangue diariamente, o setor está com os estoques de sangue comprometidos, principalmente os tipos A- e O-.
“O nosso trabalho na captação de doadores para que os estoques se mantenham sempre alinhados às necessidades, é árduo. Quando a situação fica crítica e as geladeiras vazias, colocamos em risco cirurgias e outros procedimentos, como radioterapias e quimioterapias no caso dos tratamentos oncológicos. Por isso, o maior desafio da equipe é garantir quantidades satisfatórias de bolsas de sangue no hemonúcleo do HA”, afirmou a coordenadora da captação de doadores de sangue do Hospital de Amor, Ana Paula Borges.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda-se que o número de doadores de um país seja de 3 a 5% do total da população. Entretanto, dados do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, este índice está bem abaixo do aconselhável, não chegando a 2%. Atualmente são doadas cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano, segundo informações da Fundação Pró-Sangue (instituição pública ligada à Secretaria de Estado da Saúde e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
Se você tem o desejo de se tornar um(a) doador(a), aproveite para colocar a sua solidariedade em prática e venha até a nossa unidade de Barretos (SP) doar sangue.
Quais os requisitos para ser um doador?
• Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de 18 anos devem estar acompanhados de um dos seus responsáveis);
• Pesar no mínimo 50 kg;
• Ter dormido pelos menos 6 horas;
• Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
• Não estar em jejum, mas evitar alimentos gordurosos nas 12 horas que antecedem a doação;
• Em caso de tatuagem e/ou piercing – se realizados em estúdio inspecionado pela Vigilância Sanitária, aguardar seis meses. Caso contrário, somente após um ano (exceto para piercings na região genital e na língua – 12 meses após a retirada);
• Em caso de micropigmentação de sobrancelha – se realizado em estúdio inspecionado pela Vigilância Sanitária, aguardar seis meses. Caso contrário, somente após um ano.
• Em caso de diabetes, a doença deverá estar controlada e o paciente não pode fazer uso de insulina;
• Se passou por endoscopia ou colonoscopia, aguardar seis meses;
• Não ter tido doença de Chagas;
• Não ter tido Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
• Candidatos que viajaram para o exterior devem entrar em contato com o Banco de Sangue para entender o período que não pode doar (varia de país a país);
• Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 10 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações. Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma;
• Em caos de dengue: aguardar quatro semanas após a cura (mesmo se só o/a parceiro/a sexual do doador quem teve, o doador fica inapto pelo período);
• Em caso de dengue hemorrágica: aguardar seis meses após a cura;
• Em caso de Zika Vírus: aguardar quatro meses após a cura;
• Em caso de Chikungunya: aguardar 30 dias após a cura e sem uso de medicações;
• Em caso de tratamento de canal: aguardar uma semana após o procedimento;
• Em caso de extração dentária: aguardar uma semana após o procedimento, se não estiver fazendo uso de antibiótico;
• Em caso de pequenas cáries ou ajuste de aparelho: aguardar um dia após o procedimento;
• Em caso de anestesia local (obturações): aguardar três dias após o procedimento;
• Em caso de Betabloqueadores (Propanolol, Atenolol, Oxprenolol ou similares): aguardar 48 horas após a suspensão com orientação médica;
• Em caso de procedimentos estéticos (mesoterapia, botox, microagulhamento, infiltração, etc.): aguardar 72 horas se realizados em local com condições de avaliação. Caso contrário, aguardar seis meses.
• Usuários de Ozempic: aguardar sete dias após o uso;
• Usuários de Dispositivo Intrauterino (DIU): aguardar sete 7 dias após colocação.

O que levar?
Para doar sangue, é necessário ter em mãos um documento oficial com foto (RG, CNH ou Carteira de Trabalho). Menores de idade precisam estar acompanhados de um responsável. Caso o doador seja hipertenso e/ou use medicamentos controlados para cirurgias ou outras comorbidades, é necessário avisar a equipe de coleta.
Onde doar?
O hemonúcleo, localizado na Rua Antenor Duarte Viléla, nº 1331, no bairro Dr. Paulo Prata, recebe doadores de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 14h, e aos sábados e domingos, das 7h às 11h. O doador pode agendar a doação pelo telefone: (17) 3321-6600, ramais 6814/7114.
Dúvidas frequentes, mitos e verdades!
• Atualmente, o Hospital de Amor necessita, em média, de 40 a 50 doadores por dia. Porém, infelizmente, essa ainda não é a realidade do hemonúcleo da instituição.
• Uma doação pode salvar até quatro vidas! Com uma bolsa de sangue, é possível obter:
– Concentrado de Hemácias (glóbulos vermelhos do sangue): é indicado no tratamento de anemias crônicas, hemorragias e complicações cirúrgicas.
– Plasma fresco congelado: indicado para pacientes com deficiência de fatores de coagulação ou para produção de derivados plasma.
– Concentrado de plaquetas: indicado para hemorragias graves com deficiência plaquetária, tratamento de leucemias e deficiência medular.
– Crioprecipitado: utilizado em tratamentos de hemofilia.
• Os tipos sanguíneos mais utilizados sãos: O+, O- e A-. É importante lembrar que o sangue O- é considerado universal e doa para todos os tipos. Porém, as pessoas com sangue do tipo O – só podem receber doações de pessoas com o mesmo tipo de sangue.
• Além da doação tradicional de sangue, o doador pode realizar aférese de hemácias, aférese de plaquetas e também o cadastro de medula óssea neste ato de solidariedade.
• Doadores de sangue (tradicionais) – Homens podem doar de 2 em 2 meses, não ultrapassando 4 vezes ao ano. Mulheres podem doar de 3 em 3 meses, não ultrapassando 3 vezes ao ano;
• Doadores de aférese de hemácias – Homens podem doar de 4 em 4 meses. Mulheres de 6 em 6 meses.
• Doadores de plaquetas – Homens e Mulheres podem doar até 24 vezes no ano, pois ela se reconstitui no organismo em 3 dias.
• Gestantes não podem doar. Já as lactantes devem esperar 12 meses da data do parto.
• O kit utilizado na doação é individual e descartável, sendo assim, o risco de contaminação de doenças transmissíveis via sangue é de 0%.
• O sangue doado é rapidamente reposto no organismo com a ingestão de líquidos.
• Doar sangue não engrossa o sangue, afina, engorda, emagrece ou vicia. Ao contrário de todas essas especulações, ao doar sangue, o indivíduo estará renovando as suas células e em dia com a saúde.


A Diretoria Regional de Saúde de Barretos (DRS-V) é a única do Estado de São Paulo em que o diagnóstico do câncer bucal em estadiamento inicial ultrapassa o feito em estadiamento avançado. Isso é o que mostra um boletim da Fundação Oncocentro de São Paulo – FOSP, publicado neste semestre e que analisou os dados do Registro Hospitalar de Câncer do Estado de São Paulo – RHC/SP no período de 2000 a 2020.
O câncer de boca, também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, é um tumor maligno que pode afetar os lábios e/ou as estruturas da boca, como gengivas, bochechas, palato (céu da boca), língua e o assoalho da boca (região embaixo da língua). Por ano, são previstos 15.100 novos casos da doença no Brasil, de acordo com a estimativa para o triênio 2023-2025 do Instituto Nacional de Câncer (INCA), sendo 10.900 em homens e 4.200 em mulheres.
Apesar de ter ido de 5º para 8º lugar entre os tipos de câncer mais prevalentes no país, quando comparado a estimativa anterior, a doença ainda preocupa pela alta taxa de diagnóstico tardio, que reduz consideravelmente as chances de cura, além de tornar necessário a intervenção com tratamentos mais complexos e de alto custo.
Pensando nisso, há 10 anos o Hospital de Amor conta com um programa ativo de rastreamento de câncer de boca, com foco na população de alto risco. Implantado incialmente em toda DRS-V, regional que compreende 18 municípios, incluindo Barretos (SP), cidade que abriga a sede da instituição. O programa possui uma taxa 56,3% de diagnóstico em estadiamento precoce, taxa que é de apenas 26,9% no âmbito nacional de acordo com o INCA e 34,6% no Estado de São Paulo, de acordo com a FOSP.
Só em 2023, o programa foi responsável pela realização de mais de 21 mil exames bucais, onde 806 biópsias foram necessárias, resultando em 223 diagnósticos. De acordo com o coordenador do departamento de odontologia do HA, Dr. Fábio Luiz Coracin, o sucesso desse modelo é composto por diversos fatores, entre eles a parceria e integração sólida entre as atenções primárias, secundárias e terciárias de saúde; e a busca ativa voltada para população de alto risco, que possui resistência ao rastreamento espontâneo.
É importante ressaltar também que a taxa de sobrevida global do câncer de boca possui relação direta com estadiamento clínico do diagnóstico. Ainda de acordo com o boletim da FOSP, a taxa de sobrevida em 5 anos dos pacientes diagnosticados em estádios iniciais é de 57%, enquanto os de pacientes diagnosticados já com a doença avançada é de apenas 21%.
Os dados mostram que o Programa de Rastreamento do Câncer de Boca do Hospital de Amor, responsável por colocar a cidade de Barretos e toda a região como uma exceção em comparação às outras Diretorias Regionais de Saúde, pode servir de exemplo para estratégias mais amplas de prevenção e assistência que unam as estruturas de atenção primária e secundária, sobretudo na saúde pública.
Segundo a última estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados, no Brasil, mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão, para cada ano do triênio 2020-2022. A doença ocupa, atualmente, a terceira colocação no ranking dos tipos de câncer mais incidentes no país, exceto pele não melanoma, mas ainda é o primeiro quando se fala em taxa de mortalidade. Isso ocorre, principalmente, por conta de seu desenvolvimento silencioso, que, quando chama a atenção por meio de sinais e sintomas, geralmente, já está em fase avançada e sem ou com poucas chances de cura.
Apesar dos diversos fatores que favorecem a ocorrência do câncer de pulmão, como exposição a agentes cancerígenos químicos ou físicos, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e fatores genéticos, o tabagismo ainda é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, com até 85% dos casos diagnosticados associados ao consumo e exposição passiva aos derivados do tabaco.
“Nem todo indivíduo que fuma ou fumou desenvolverá câncer de pulmão, e isso ainda é realmente difícil de se prever, mas sabe-se que a chance de seu desenvolvimento está diretamente relacionada à carga de tabaco com a qual que se teve contato”, explica o médico radiologista do Hospital de Amor, Rodrigo Sampaio Chiarantano. Sabe-se também que a mortalidade em decorrência da doença entre os fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, já entre os ex-fumantes essa taxa chega a ser quatro vezes maior.

Pioneirismo
Com o intuito de reduzir tais taxas, o HA lançou, em 2019, um programa de rastreamento ativo de câncer de pulmão como parte de uma iniciativa mais ampla da instituição, que se destaca por incluir também atividades de prevenção primária e pesquisa científica de ponta com marcadores biomoleculares. Para que isso fosse possível, o Hospital de Amor contou com a colaboração da Secretaria Municipal de Saúde de Barretos, facilitando o treinamento e a constituição de grupos de cessação de tabagismo em suas unidades básicas de saúde (UBSs), que posteriormente passaram a enviar indivíduos elegíveis.
Em um formato pioneiro na América Latina, uma unidade móvel foi equipada com um tomógrafo computadorizado de baixa dose e direcionada a fazer o acompanhamento da população de risco. O programa é o único no Brasil que integra dados de diversas esferas da área da saúde e oferece gratuitamente esse exame aos usuários do Sistema Único de Saúde.
Inicialmente, o projeto atendeu com exclusividade os encaminhamentos dos participantes dos grupos de cessação de tabagismo, mas, desde janeiro deste ano, o rastreamento está disponível para todos os indivíduos que fazem parte do grupo de risco e que residem em um dos 18 municípios que compõem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS-V).
O Dr. Rodrigo Chiarantano explica que existem alguns critérios que definem a situação de alto risco para se desenvolver câncer de pulmão. “O mais amplamente empregado é: ter entre 55 e 75 anos, ser fumante atual ou ex-fumante que tenha parado há menos de 15 anos, com uma carga tabágica igual ou maior que 30 (essa carga tabágica se obtém quando multiplicamos o número de anos que a pessoa fumou pelo número de maços de cigarro que fumava em média por dia; assim, se alguém fumou dois maços por dia, por 25 anos, terá uma carga tabágica de 50, superior a 30, e, portanto, de alto risco)”.

Até o momento, aproximadamente 500 pessoas já realizaram o exame. Entre elas, um caso já foi diagnosticado e outros nove estão sendo investigados. Mas a expansão do projeto prevê números muito maiores. Segundo seu escopo inicial, a proporção da população que se enquadra nos critérios foi estimada em 3%, significando, só Barretos, cerca de 3.400 pessoas e na DRS-V mais de 13 mil pessoas com alto risco para desenvolver câncer de pulmão, grupo para o qual o rastreamento por tomografia de baixa dose é indicado de forma periódica.
Outro diferencial é o laudo que foi elaborado para o programa, pensando em tornar a informação mais acessível ao paciente. O documento é composto por texto em linguagem mais simples e direta, acompanhado de um reforço visual que ilustra o significado dos achados. No laudo, são descritos os achados do exame potencialmente relacionados ao tabagismo e explicados os passos seguintes a partir dali. Ele foi desenvolvido pensando no melhor entendimento do indivíduo participante, estimulando o autocuidado e a vigilância de saúde. Os pacientes têm retornado com grande satisfação. Alguns deles relataram, inclusive, que o processo de rastreamento como um todo auxiliou na decisão de parar de fumar.
Avanços científicos
Consequência da seriedade e qualidade do programa de prevenção e rastreamento de câncer de pulmão, o Hospital de Amor foi aceito como colaborador em um grande consórcio de pesquisa internacional, o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), que possibilitará melhorar o entendimento da genética relacionada ao câncer de pulmão, a melhor caracterização de grupos de risco e de fatores de decisão em relação aos achados de exame. “Trata-se de pesquisa de ponta e de qualidade, com grande potencial de contribuição para a ciência e para a redução da mortalidade por câncer de pulmão. Com base em informações obtidas sob consentimento em amostras biológicas dos indivíduos participantes, diversas características genéticas e biomoleculares estão sendo investigadas, traçando um perfil particular da nossa população, que se somam aos dados já obtidos de outras populações ao redor do mundo”, ressalta o radiologista.
Como participar
Os indivíduos que se enquadrem nos critérios para o rastreamento podem realizar o agendamento do exame pelo telefone (17) 3321-6600 – ramal 7010 ou 7080; o contato também está disponível para os fumantes ou ex-fumantes há menos de 15 anos que tiverem dúvidas sobre os critérios.
