O cuidado com a saúde mental é um assunto que está cada vez mais em evidência, inclusive, no ambiente de trabalho. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão ocupa o 1º lugar no ranking de doenças, quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) relatou, em relatório apresentado em 2019, que o Brasil apresenta as maiores taxas de incapacidade causada por depressão (9,3%) e ansiedade (7,5%) do continente americano. Diante desses dados preocupantes, é extremamente necessário instituir uma política de prevenção. Sabendo do aumento do índice de pessoas afetadas, o governo federal publicou em abril do ano passado, a Lei nº 13.819/2019, que regulamenta a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, que estimula ainda mais iniciativas que promovem o bem-estar e a saúde mental.
Com o intuito de realizar ações ligadas ao autocuidado e inspirado pela campanha ‘Janeiro Branco’, o Grupo de Trabalho de Humanização do Hospital de Amor promoveu a 1ª “Semana de Conscientização da Saúde Mental”, nos dias 20, 21, 22 e 23 de janeiro, na Santa Casa de Misericórdia de Barretos e na unidade adulta do HA. Durante a programação, ocorreram diversas atividades referentes à saúde mental, destinadas exclusivamente para os colaboradores das duas instituições, que participaram de palestras, atividades de pinturas lúdicas e ginástica laboral.
Segundo a psicóloga da instituição, Dra. Mariana Ducatti, foi a primeira vez que o HA participou da campanha ‘Janeiro Branco’, por isso, ficou definido que a ação seria voltada apenas para os funcionários e não para os pacientes, que já contam com o apoio da equipe de psicólogos do hospital. A campanha, que teve como tema “Diferentes Tipos de Cuidado”, foi promovida em parceria com os alunos do curso de psicologia, da Faculdade Barretos.
A iniciativa ‘Janeiro Branco’ foi criada em 2014, em Uberlândia (MG), por um grupo de psicólogos. A mobilização já ganhou amplitude mundial, alcançando países como Estados Unidos, Japão e Portugal. Inicialmente, o propósito da ação era convidar a população para discutir sobre felicidade e qualidade de vida. Agora, possui uma amplitude maior: janeiro foi escolhido por representar, de maneira simbólica, um mês de renovação e de novos projetos pessoais e profissionais.
Diferentes tipos de cuidado
A palestra ‘Diferentes tipos de cuidado: como identificar e como se cuidar’, ministrada por alunos do curso de psicologia e que abriu as atividades no dia 20, teve como objetivo apresentar a campanha “Janeiro Branco” e dar dicas de autocuidado. Simultaneamente, os colaboradores tiveram acesso a sessões de reiki, oferecidas por voluntários.
Luis Roberto Toneti é um dos voluntários da Associação Voluntária de Combate ao Câncer (AVCC) e atua no Hospital de Amor há quatro anos. Desde 2019, ele oferece sessões no Instituto de Prevenção para as pacientes. “O reiki é uma energia de amor e nós percebemos que tudo o que é feito para os pacientes no hospital, é feito com muito zelo. Nós trabalhamos com amor e sabemos que os colaboradores da instituição têm essa missão: tratar todas as pessoas com esse sentimento. Sendo assim, nós temos o intuito de oferecer boas energias para todos”, afirmou Luís, que percebeu ótima receptividade por parte dos colaboradores.
Ao todo, 32 funcionários participaram das sessões, dentre eles, a recepcionista Lúcia Helena Domingos, que atua na instituição há sete anos. Ela, que afirmou ter saído energizada da sua primeira experiência com a técnica, também participou da ginástica laboral, no dia 22. “Adorei fazer os exercícios e espero que esta atividade possa continuar. A ginástica laboral é muito importante para ajudar a gente a relaxar e melhorar a postura”, ressaltou. No mesmo dia, a Dra. Mariana apresentou para os líderes do HA a Lei nº 13.819/2019, e aproveitou para tirar dúvidas sobre o tema.
Já a participação da equipe de terapeutas ocupacionais de ambas instituições ocorreu no dia 21, quando os profissionais preparam um momento de relaxamento durante os exercícios lúdicos, com direito a pintura e momentos de reflexão.
Para encerrar o evento, a enfermeira do departamento de psiquiatria do Hospital de Amor e instrutora de terapia cognitiva baseada em mindfulness, Caroline Krauser, foi convidada para falar sobre mindfulness e o seus benefícios, no dia 23, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata. “Mindfulness pode nos ajudar de diversas maneiras e em várias situações. Hoje, a ciência mostra que a técnica é eficaz para prevenção de sintomas depressivos, ligados à ansiedade, dor crônica, para redução do estresse e melhora da qualidade de vida, e para quem deseja estabelecer uma relação mais consciente e saudável com seus pensamentos e sentimentos”, relatou a especialista, que aplicou algumas técnicas durante a sua apresentação.
Caroline também enfatizou sobre a importância de ações focadas no bem-estar e na saúde mental. “Existem diversas campanhas de prevenção de câncer na instituição, o que é de extrema importância. Porém, nunca havíamos falado sobre saúde mental para os colaboradores. Só das pessoas perceberem o impacto da saúde mental em suas vidas e de poderem falar sobre isso no local de trabalho, já é um começo incrível”, declarou a enfermeira.
Para Laura Nunes, encarregada de hotelaria e líder do Grupo de Trabalho de Humanização, a ação foi um sucesso, pois possibilitou a integração da equipe e o surgimento de novas ideias e possíveis projetos, que poderão ampliar ainda mais o trabalho do grupo no HA ao longo do ano.
Com o objetivo de conscientizar a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil e a importância do diagnóstico precoce da doença, o Hospital de Amor realizou, no último domingo, 24 de novembro, a 8ª edição da “Caminhada Passos que Salvam”. Criada em 2012, a ação acontece todos os anos, simultaneamente em centenas de municípios brasileiros e também em cidades do exterior, durante o último domingo do mês de novembro. A escolha da data está relacionada à proximidade com o “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, celebrado no dia 23/11.
Em apenas 8 anos, o projeto já ajudou a aumentar a taxa de cura do câncer infantojuvenil de 55% para 70%, alcançando milhares de crianças e adolescentes. Este ano, mais de 650 cidades do país foram mobilizadas, superando o número das edições anteriores.
Entre os sinais e sintomas mais comuns da doença, estão manchas roxas pelo corpo, dores de cabeça, vômito, perda de peso, fraqueza e dores nos ossos, sintomas que parecem comuns da infância e podem ser confundidos com doenças que acometem crianças e adolescentes, mas também podem ser o primeiro sinal de que há algo errado acontecendo.
De acordo com o diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Luiz Fernando Lopes, a unidade infantojuvenil do HA tem todas as condições de tratar as crianças com a mesma qualidade dos países com alto nível de desenvolvimento (especialistas experientes, medicamentos adequados e uma excelente estrutura), mas nada disso impacta na vida das crianças se elas não chegarem precocemente para o tratamento. “A Passos que Salvam possui três grandes focos: o primeiro é conscientizar a população sobre a existência do câncer em crianças e adolescentes, ressaltando a importância deles chegarem precocemente ao Hospital para tratamento e alertando sobre os principais sinais e sintomas; o segundo é voltado para a captação de recursos com a venda dos kits, ajudando a custear exames e procedimentos que não são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS); e o terceiro é o mais importante: a partir da caminhada, cada município participante tem a chance de enviar um médico para realizar uma capacitação no Hospital de Amor. Eles passam a reconhecer os tumores precocemente e ficam em contato direto com os profissionais do HA, permitindo que as crianças e adolescentes cheguem o quanto antes para tratamento, aumentando suas chances de cura. Ou seja, graças à Passos que Salvam nós conseguimos reduzir em 20% o diagnóstico tardio e, com as próximas edições, acreditamos que vamos conseguir ainda mais! É uma mobilização que só nos traz ganhos!”, declarou.
Para a coordenadora da ação, Naima Khatib, o objetivo da Caminhada é trazer à discussão a importância dessa conscientização, de maneira lúdica, envolvendo assim toda a sociedade, de modo que permita com que mais diagnósticos precoces aconteçam, consequentemente, haverá maior chances de cura, sendo ampliadas para até 95%.
Caminhando a caráter
Heverton Felipe Soares Costa, de 12 anos, foi a caráter para a caminhada e encantou a todos. Vindo de uma tribo indígena de Boa Vista, capital do estado de Roraima, ele faz tratamento no Hospital de Amor e, pela primeira vez, pôde receber alta médica para participar da ação. O pai, Laersio Matias Mendes, que acompanha o filho em Barretos (SP), reconhece a importância dessa mobilização para as crianças como o Heverton, que lutam contra o câncer. “Essa caminhada nos mostra o quanto existem pessoas especiais que ajudam o Hospital. Nós, indígenas, precisamos muito dessa ajuda, e eu fico muito feliz em saber que meu filho está aqui. Adoramos a caminhada e tenho certeza de que o povo de Roraima também abraçou essa causa”, finalizou.
Voluntariado
E não foram apenas os profissionais e pacientes do Hospital de Amor que acordaram cedinho no domingo para dar os ‘passos que salvam vidas’. Há 15 anos atuando como voluntária, a assistente social Vera Lucia Ribeiro Pena participou, pelo terceiro ano, da “Caminhada Passos que Salvam”. O motivo? “Por conta da importância da caminhada e, principalmente, da conscientização sobre a prevenção do câncer infantojuvenil. A prevenção é o único caminho para a cura. Eu pretendo estar aqui por mais muito outros anos, pois não há dinheiro que pague poder fazer parte disso!”, esclareceu a voluntária.
Números que salvam
Em 2012, ocorreu a primeira mobilização, 19 municípios do Estado de São Paulo e dois de Rondônia caminharam, levando a população, empresas e entidades para participar do evento. Já no ano seguinte, o número mais que quadruplicou: 80 municípios participaram da caminhada em oito estados. A terceira edição foi ainda melhor: 201 cidades em 11 estados brasileiros caminharam juntas, no mesmo dia e horário, levando mais de 150 mil pessoas às ruas. Em 2015, foram 306 cidades de 12 estados que caminharam, comprometidos na luta contra o câncer infantojuvenil. Em 2017 a caminhada mobilizou 300 mil pessoas em cerca de 500 cidades de todo o Brasil. No ano passado, cerca de 600 cidades, em 19 estados do país, além de um grupo de brasileiros que reside em Londres, no Reino Unido, se uniram em favor dessa causa.
Captação de Recursos
Além de disseminar essas importantes informações, a “Caminhada Passos que Salvam” também possui uma ação para arrecadar fundos para o tratamento dos pacientes no Hospital de Amor Infantojuvenil. Ao adquirir um kit com camiseta, boné e ‘sacochila’, cada participante contribuiu com o valor de R$ 35,00, que foi direcionado à instituição.
Confira mais fotos da 8ª “Caminhada Passos que Salvam”, realizada em Barretos (SP), em nosso flickr oficial. Clique aqui.
No mês de dezembro, o Hospital de Amor – maior centro de tratamento oncológico gratuito da América Latina – lançou na última terça-feira, 27 de novembro, a campanha nacional de captação de recursos, carinhosamente nominada de “Caminhos de Amor”. Criada pela agência WMcCANN, a campanha tem uma razão de ser, afinal, existem muitos caminhos para doar amor aos milhares de pacientes que lutam contra o câncer na instituição.
Com o objetivo de motivar e conscientizar a população brasileira sobre a importância das doações para o funcionamento e manutenção dos 11 hospitais fixos de prevenção, cinco unidades de tratamento e mais 18 unidades móveis, o HA apresenta diferentes formas de doação, com destaque para os números de telefone (0500), disponibilizados pela Anatel, e também para as renúncias fiscais no imposto de renda (de pessoas físicas e jurídicas).
A escolha da data para o início da campanha tem um motivo especial: 27/11 é marcado pelo “Dia Mundial de Doar” e pelo “Dia Nacional de Combate ao Câncer”. De acordo com informações da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), o caminho para um Brasil melhor passa por uma sociedade civil mais forte e esse fortalecimento depende da existência de organizações e de projetos financeiramente sustentáveis.
O Hospital de Amor estenderá a ação às suas redes sociais e canais oficiais até o dia 30 de dezembro. “As doações são fundamentais para mantermos os nossos programas com excelência e continuar beneficiando milhares de pessoas”, afirmou o diretor de responsabilidade social do HA, Henrique Moraes Prata. Parte das despesas da instituição, incluindo cirurgias e salários dos profissionais, é bancada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sendo assim, os eventos e doações (de empresas e pessoas) realizados solidariamente são essenciais para completar a renda. Em 2017, o Hospital encerrou o ano com um déficit operacional de R$ 292,7 milhões.
Caminhos de Amor
O amor sempre encontra um caminho para chegar ao seu objetivo. É por isso que o Hospital de Amor oferece os mais diferentes caminhos para que esse amor chegue até as pessoas que mais precisam dele. Na campanha “Caminhos de Amor” não existe um valor mínimo e nem máximo para a doação. Conheça as várias formas para ajudar o HA a continuar salvando vidas através de: ligação telefônica, depósito bancário, boleto bancário, cartão de crédito e imposto de renda.
– Ligação telefônica (0500)
0500 504 1210 – para doar R$ 10,00
0500 504 1220 – para doar R$ 20,00
0500 504 1250 – para doar R$ 50,00
* R$ 0,39 – impostos por ligações de telefone fixo.
* R$ 0,71 – impostos por ligações de celular.
Essas doações não são dedutíveis do imposto de renda. As ligações não podem ser feitas de telefones pré-pagos (de crédito) e comerciais. Os números de 0500 funcionam de 01/12 a 30/12. Após esta data, deve-se entrar em contato no (17) 3321-6607.
– Site
Na página do Hospital de Amor (hospitaldeamor.com.br) as contribuições podem ser feitas por depósito bancário, boleto ou utilizando o cartão de crédito.
– Incentivo fiscal
Através de renúncias fiscais, pessoas físicas e jurídicas podem destinar percentuais do imposto de renda para projetos de saúde, idosos e crianças. Acesse bit.do/incentivosfiscais e doe.
Sobre o #DiaDeDoar
A campanha anual que busca chamar a atenção para a importância da doação e da captação de recursos, foi inspirada numa iniciativa que surgiu nos Estados Unidos em 2012 com o nome de #GivingTuesday (em tradução livre: Terça-feira de Doar), na tentativa de ser um contraponto solidário à data comercial do ‘Black Friday’. No Brasil, o movimento ficou conhecido como #DiaDeDoar. A ação também aconteceu em mais de 50 outros países, na terça-feira, 27 de novembro.
O alcance da campanha no país tem sido cada vez maior, com cada vez mais pessoas e entidades participando ativamente. Segundo dados da ABCR, em 2017, foram mais de 16 milhões de engajamentos nas redes sociais e, pelo menos, R$ 700 mil doados a diversas causas no Brasil inteiro.
Sobre o Hospital de Amor
O Hospital de Amor registra cerca de 880 mil atendimentos por ano, 100% gratuitos. Por dia, são realizados mais de 6.000 atendimentos em suas unidades. A entidade trabalha com um déficit operacional mensal acima de R$ 20 milhões. Em 2017, a instituição atendeu 171.454 pacientes procedentes de 2.107 municípios de todos os estados do país – um recorde de cobertura. Foram realizadas 23.048 internações, 93.254 quimioterapias e 7 mil refeições são servidas diariamente. O HA reúne 380 médicos e mais e mais de 3.500 funcionários.
Levar a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil é a principal missão da “Caminhada Passos que Salvam” – a maior mobilização promovida pelo Hospital de Amor, simultaneamente, em centenas de cidades de todo o país.
A 7ª edição da campanha, realizada dia 25 de novembro, foi um sucesso: movimentou mais de 650 municípios, em 20 estados do Brasil. A grande novidade dessa edição é que a caminhada também foi realizada por um grupo de brasileiros residente em Londres, no Reino Unido. A ação acontece, todos os anos, durante o último domingo do mês, já que a escolha da data está relacionada à proximidade com o “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, celebrado em 23 de novembro.
Em Barretos, cerca de 500 pessoas se uniram para participar da campanha, que teve início às 8h, na unidade infantojuvenil, e seguiu até o North Shopping, levando conscientização e muita diversão à toda população.
Sinais e Sintomas
Entre os sinais e sintomas mais comuns da doença, estão manchas roxas pelo corpo, dores de cabeça, vômito, perda de peso, fraqueza e dores nos ossos, sintomas que parecem comuns na infância e podem ser confundidos com doenças que acometem crianças e adolescentes, mas também podem ser o primeiro sinal de que há algo errado acontecendo.
De acordo com o diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Luiz Fernando Lopes, a unidade infantojuvenil do HA tem todas as condições de tratar as crianças com a mesma qualidade dos países com alto nível de desenvolvimento (especialistas experientes, medicamentos adequados e uma excelente estrutura), mas nada disso impacta na vida das crianças se elas não chegarem precocemente para o tratamento. “Ainda há uma quantidade significativa de crianças chegando tardiamente em nossa instituição. O que falta é a conscientização de médicos, enfermeiros e familiares, e essa campanha é uma das melhores formas que encontramos para sensibilizar essas pessoas. Nós só alcançaremos níveis internacionais de cura se tivermos esse cenário favorável”, declarou.
Para a coordenadora da ação, Naima Kathib, o objetivo da Caminhada é trazer à discussão a importância dessa conscientização, de maneira lúdica, envolvendo assim toda a sociedade, de modo que permita com que mais diagnósticos precoces aconteçam, consequentemente, haverá maior chances de cura, sendo ampliadas para até 95%.
O escrevente técnico judiciário de Barretos, Fernando de Souza Teixeira, é voluntário no evento há 4 anos e o que o motiva a continuar apoiando a causa, é a importância da conscientização que ela leva a todas as pessoas e o quanto isso impacta, positivamente, na vida e na saúde de todas a crianças e adolescentes. “Eu me sinto responsável e impulsionado a dar uma força a quem está trabalhando em prol da comunidade. Todos os anos eu reservo essa data e, na próxima, podem contar comigo, pois minha presença é garantida”.
Outra presença marcante em todas as edições da caminhada é o vice-diretor médico da unidade infantojuvenil do HA, Dr. Robson Coelho. Ele, que sabe como ninguém o quanto é essencial que as crianças cheguem precocemente para tratamento no Hospital, agradeceu o trabalho da equipe organizadora da ação. “A caminhada serve para alertar a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Quanto mais rápido forem diagnosticados pelo pediatra ou pelo clínico geral, mais rápido a criança chega para o tratamento e maiores são as chances de cura. Então, qualquer campanha dessa que seja realizada, no Brasil e no mundo, na tentativa de conscientizar a população, é de grande valia. Precisamos agradecer ao HA e, principalmente, a equipe responsável pela organização do evento, por reunirem tantas cidades para abraçar a causa e participar”, ressaltou.
Números
Em 2012, primeiro ano em que ocorreu a mobilização, 19 municípios do Estado de São Paulo e dois de Rondônia caminharam, levando a população, empresas e entidades para participar do evento. Já no ano seguinte, o número quase quadruplicou: 80 municípios participaram da caminhada em oito estados. A terceira edição foi ainda melhor: 201 cidades em 11 estados brasileiros caminharam juntas, no mesmo dia e horário, levando mais de 150 mil pessoas às ruas. Em 2015, foram 306 cidades de 12 estados que caminharam, comprometidos na luta contra o câncer infantojuvenil. No ano passado, a “Passos que Salvam” mobilizou 300 mil pessoas em cerca de 500 municípios de todo o Brasil.
Captação de Recursos
Além de disseminar essas importantes informações, a “Caminhada Passos que Salvam” também possui uma ação para arrecadar fundos para o tratamento dos pacientes no Hospital de Amor Infantojuvenil. Ao adquirir um kit com camiseta, boné e ‘sacochila’, cada participante contribuiu com o valor de R$ 35,00, que será direcionado à instituição.
Para obter mais informações e saber se sua cidade já aderiu a esse movimento, acesse: www.hcancerbarretos.com.br/passosquesalvam.
Levar a conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia é o principal objetivo da campanha “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama. A mobilização, que teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas, chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença.
Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tumor maligno mais frequente entre as mulheres no mundo. Para o Brasil, estimam-se 59.700 novos casos de câncer de mama para cada ano do biênio 2018/2019. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer será descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Para falar sobre o assunto e esclarecer as principais dúvidas sobre a doença, o Hospital de Amor entrevistou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino. Confira:
1 – Quais são os números atuais do câncer de mama no Brasil?
R.: De acordo com dados do INCA, o câncer de mama é o principal tipo de tumor que atinge as mulheres em todas as regiões brasileiras, exceto no Norte, que é o segundo lugar, ficando atrás apenas do câncer de colo de útero. É também a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres. No ano de 2012, mais de 1.600.000 mulheres escutaram a frase “você tem câncer de mama”, em todo o mundo.
2 – Qual é a maneira correta de se identificar a doença precocemente?
R.: A recomendação do Ministério da Saúde é a participação das mulheres nas ações de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama, através da realização da mamografia para as mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos, devendo permanecer alertas para os sinais e sintomas suspeitos, como nódulos nas mamas, saída de secreção transparente ou sanguinolenta pelos mamilos ou qualquer modificação de formato ou na pele das mamas.
3 – Quais exames as mulheres devem fazer?
R.: A mamografia é o principal exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Em situações especiais e sob indicação médica, ela poderá ser complementada com ultrassonografia ou ressonância magnética.
4 – Como funciona esse exame?
R.: O mamógrafo é um aparelho de raios-x modificado para realizar o exame das mamas. Durante o procedimento, são realizadas 4 imagens (uma de cada vez) com as mamas comprimidas entre placas. A compressão das mamas é importante para separar o tecido mamário normal de um eventual câncer, já que ambos possuem características semelhantes. Se alguma alteração for observada, imagens adicionais podem ser necessárias. O exame de mamografia pode ser complementado com ultrassonografia e, em alguns casos, por ressonância magnética.
5 – De quanto em quanto tempo é necessário realizar esse exame? Por quê?
R.: As diretrizes de sociedades médicas orientam a realização do exame de mamografia anualmente, a partir dos 40 anos. Porém, o preconizado pelo Ministério da Saúde é a realização a cada 2 anos, dos 50 anos até os 69.
As faixas etárias estão relacionadas às maiores incidências de câncer de mama na população feminina e a periodicidade visa garantir que uma lesão que começar a se desenvolver, possa ser identificada e tratada rapidamente.
6 – Caso algo seja detectado, qual o próximo passo?
R.: Se alguma alteração for detectada e confirmada pelos exames, será necessária a obtenção de uma amostra da lesão. Este procedimento é denominado de biópsia e pode ser realizado através de agulha (biópsia percutânea) ou através de cirurgia (biópsia cirúrgica). Estatisticamente, a cada 4 biópsias mamárias, 1 acaba por revelar um câncer.
7 – Quando o câncer de mama é detectado precocemente, quais são as chances de cura?
R.: Tumores de mama descobertos com menos de 1 cm ou que ainda estejam restritos ao ducto mamário – estrutura que carrega o leite durante a amamentação – apresentam cerca de 95% de chance de cura.
8 – Quais são os tratamentos mais utilizados para o câncer de mama? Como funcionam esses tratamentos?
R.: Atualmente, os tratamentos para o câncer de mama são personalizados e baseados no tipo e extensão tumoral, podendo incluir: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonoterapia e, mais recentemente, terapia alvo e imunoterapia.
• A cirurgia é o tratamento mais comum para o câncer de mama, sendo seu principal objetivo retirar o máximo possível do tumor com uma margem de segurança. A definição do tipo de cirurgia mamária – se conservadora (quando apenas a região acometida da mama é retirada) ou não – dependerá do tamanho do tumor e dos benefícios para a paciente.
• A radioterapia é a segunda principal modalidade de tratamento, usando radiação para destruir células anormais que formam um tumor. Pode ser instituída como o tratamento principal do câncer; tratamento adjuvante (quando realizada após a cirurgia, com objetivo de eliminar as células tumorais remanescentes, diminuindo a incidência de recidiva e metástases à distância); tratamento paliativo (sem finalidade curativa, sendo utilizada para melhorar a qualidade da sobrevida da paciente); para alívio de sintomas da doença, como dor ou sangramento; e para o tratamento de metástases ou, mais modernamente, como tratamento neoadjuvante (o que ocorre antes do tratamento cirúrgico em tumores muito iniciais).
• O tratamento quimioterápico utiliza medicamentos para destruir de maneira sistêmica as células tumorais. A medicação pode ser injetada ou ingerida e também pode ser utilizada no esquema neoadjuvante, adjuvante ou paliativo.
• Muitos tumores de mama apresentam, em sua superfície, receptores de hormônio (estrógeno, progesterona e andrógeno) e podem, assim, utilizar os próprios hormônios da mulher para seu crescimento. A hormonoterapia é uma opção terapêutica sistêmica, que tem como objetivo bloquear a ação destes hormônios em células sensíveis, podendo ser usada de forma isolada ou em combinação com outras formas terapêuticas.
• Outra modalidade de tratamento sistêmico é a terapia alvo, que utiliza medicamentos que atacam especificamente elementos encontrados na superfície ou no interior das células do tumor de mama.
• Finalmente, a imunoterapia é um tratamento biológico sistêmico que potencializa o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos pela própria paciente ou em laboratório, estimulando a ação das células de defesa do nosso organismo para que o tumor seja reconhecido como um agente agressor.
9 – Por que a mamografia, na maioria das vezes, é desconfortável?
R.: As mamas são extremamente sensíveis e um exame que necessita comprimir as glândulas mamárias pode provocar desconforto, que varia de mínimo a intenso, dependendo da sensibilidade da mulher e, sobretudo, da fase do período menstrual em que está sendo realizado.
10 – O que a mulher pode fazer para tornar a mamografia mais confortável? Quais dicas práticas poderia dar?
R.: A principal dica para tornar o exame menos desconfortável é realizá-lo na primeira semana após o final da menstruação. Após a menstruação, as glândulas mamárias estão menos edemaciadas (inchadas) e sua compressão será menos dolorosa.
Outra dica, nem sempre fácil, é tentar relaxar durante o posicionamento das mamas no equipamento. As mamas são unidas ao tórax através da musculatura peitoral. Quando ficamos tensas, contraímos estes músculos e, consequentemente, endurecemos a mama. Se deixarmos o corpo e, sobretudo, os braços relaxados, as mamas serão comprimidas com mais facilidade e sem tanto desconforto. Avisar a técnica de radiologia que as suas mamas são ou estão sensíveis, também traz melhores resultados em relação à percepção de desconforto do exame.
11 – Por que é interessante avisar a técnica sobre a prótese de silicone?
R.: A mamografia em mulheres que possuam implantes mamários pode e deve ser realizada, porém, exige cuidados e posicionamentos específicos da mama para tentar retirar a sobreposição do silicone. Normalmente, serão realizadas de 6 a 8 imagens das mamas. Paciência e colaboração é tudo para um exame rápido e de sucesso!
12 – Quais são os principais fatores de risco do câncer de mama?
R.: Idade da primeira menstruação menor do que 12 anos; menopausa após os 55 anos; mulheres que nunca engravidaram ou nunca tiveram filhos; primeira gravidez após os 30 anos; uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa, especialmente se por tempo prolongado; exposição à radiação ionizante; consumo de bebidas alcoólicas; dietas hipercalóricas; sedentarismo; e predisposição genética (pelas mutações em determinados genes transmitidos na herança genética familiar – principalmente por dois genes de alto risco, BRCA1 e BRCA2), são os principais fatores de risco do câncer de mama.
Mitos x Verdades
– O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres?
Verdade. Inclusive, ele responde por 29,5% dos casos novos a cada ano e a prevenção deve ser feita através da realização de mamografia e hábitos de vida saudáveis.
– O exame de mamografia auxilia na detecção precoce do câncer de mama?
Verdade. O exame ainda é o método mais eficaz de diagnóstico para detecção da doença. Quanto mais precoce a descoberta e remoção do tumor em sua fase inicial, maiores são as chances de cura, podendo ultrapassar 95%.
– O autoexame de mama substitui a realização da mamografia?
Mito. Apenas a mamografia é capaz de detectar nódulos menores que 1cm e imperceptíveis ao autoexame.
– O câncer de mama tem cura?
Verdade. Se detectado em estágios inicias, as chances de cura chegam a 95%.
– A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama?
Verdade. A amamentação pode reduzir o risco da mulher de contrair a doença, mas isso não significa que a mulher que amamentou não terá câncer de mama.
– As mulheres que têm prótese de silicone nas mamas não podem realizar mamografia?
Mito. Podem e devem realizar o exame. Uma mamografia realizada corretamente não traz nenhum dano às próteses. É sempre bom avisar o técnico sobre a presença do silicone para que ele possa aplicar menos pressão.
– Homens podem ter câncer de mama?
Verdade. Porém, são mais raros, correspondendo a cerca de 1% dos casos.
– O uso de desodorante antitranspirante pode causar câncer de mama?
Mito. Não existem pesquisas que evidenciem relação direta entre o uso desse tipo de produto e o desenvolvimento da doença.
– Sintomas como nódulo palpável, presença de secreção aquosa, com aspecto transparente ou sangue pelo mamilo e alterações na pele podem ser sinais de câncer de mama?
Verdade. Se você perceber algum desses sinais, fique alerta e procure um médico de sua confiança para ser avaliada.
– O câncer de mama pode ser causado por um trauma, como bater a mama na maçaneta da porta ou outros locais, por exemplo?
Mito. O que pode ocorrer nesses casos é que, após o trauma, a mulher passa a se observar e/ou se tocais mais e descubra um nódulo que já estava presente.
– A radiação emitida pelo aparelho de mamografia é prejudicial à saúde?
Mito. A quantidade de radiação emitida durante o exame é relativamente baixa e o risco associado à exposição é mínimo.
– O sutiã pode aumentar o risco de câncer de mama?
Mito. Não existem estudos que evidenciem relação direta entre o uso do sutiã e o desenvolvimento da doença.
O cuidado com a saúde mental é um assunto que está cada vez mais em evidência, inclusive, no ambiente de trabalho. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão ocupa o 1º lugar no ranking de doenças, quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) relatou, em relatório apresentado em 2019, que o Brasil apresenta as maiores taxas de incapacidade causada por depressão (9,3%) e ansiedade (7,5%) do continente americano. Diante desses dados preocupantes, é extremamente necessário instituir uma política de prevenção. Sabendo do aumento do índice de pessoas afetadas, o governo federal publicou em abril do ano passado, a Lei nº 13.819/2019, que regulamenta a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, que estimula ainda mais iniciativas que promovem o bem-estar e a saúde mental.
Com o intuito de realizar ações ligadas ao autocuidado e inspirado pela campanha ‘Janeiro Branco’, o Grupo de Trabalho de Humanização do Hospital de Amor promoveu a 1ª “Semana de Conscientização da Saúde Mental”, nos dias 20, 21, 22 e 23 de janeiro, na Santa Casa de Misericórdia de Barretos e na unidade adulta do HA. Durante a programação, ocorreram diversas atividades referentes à saúde mental, destinadas exclusivamente para os colaboradores das duas instituições, que participaram de palestras, atividades de pinturas lúdicas e ginástica laboral.
Segundo a psicóloga da instituição, Dra. Mariana Ducatti, foi a primeira vez que o HA participou da campanha ‘Janeiro Branco’, por isso, ficou definido que a ação seria voltada apenas para os funcionários e não para os pacientes, que já contam com o apoio da equipe de psicólogos do hospital. A campanha, que teve como tema “Diferentes Tipos de Cuidado”, foi promovida em parceria com os alunos do curso de psicologia, da Faculdade Barretos.
A iniciativa ‘Janeiro Branco’ foi criada em 2014, em Uberlândia (MG), por um grupo de psicólogos. A mobilização já ganhou amplitude mundial, alcançando países como Estados Unidos, Japão e Portugal. Inicialmente, o propósito da ação era convidar a população para discutir sobre felicidade e qualidade de vida. Agora, possui uma amplitude maior: janeiro foi escolhido por representar, de maneira simbólica, um mês de renovação e de novos projetos pessoais e profissionais.
Diferentes tipos de cuidado
A palestra ‘Diferentes tipos de cuidado: como identificar e como se cuidar’, ministrada por alunos do curso de psicologia e que abriu as atividades no dia 20, teve como objetivo apresentar a campanha “Janeiro Branco” e dar dicas de autocuidado. Simultaneamente, os colaboradores tiveram acesso a sessões de reiki, oferecidas por voluntários.
Luis Roberto Toneti é um dos voluntários da Associação Voluntária de Combate ao Câncer (AVCC) e atua no Hospital de Amor há quatro anos. Desde 2019, ele oferece sessões no Instituto de Prevenção para as pacientes. “O reiki é uma energia de amor e nós percebemos que tudo o que é feito para os pacientes no hospital, é feito com muito zelo. Nós trabalhamos com amor e sabemos que os colaboradores da instituição têm essa missão: tratar todas as pessoas com esse sentimento. Sendo assim, nós temos o intuito de oferecer boas energias para todos”, afirmou Luís, que percebeu ótima receptividade por parte dos colaboradores.
Ao todo, 32 funcionários participaram das sessões, dentre eles, a recepcionista Lúcia Helena Domingos, que atua na instituição há sete anos. Ela, que afirmou ter saído energizada da sua primeira experiência com a técnica, também participou da ginástica laboral, no dia 22. “Adorei fazer os exercícios e espero que esta atividade possa continuar. A ginástica laboral é muito importante para ajudar a gente a relaxar e melhorar a postura”, ressaltou. No mesmo dia, a Dra. Mariana apresentou para os líderes do HA a Lei nº 13.819/2019, e aproveitou para tirar dúvidas sobre o tema.
Já a participação da equipe de terapeutas ocupacionais de ambas instituições ocorreu no dia 21, quando os profissionais preparam um momento de relaxamento durante os exercícios lúdicos, com direito a pintura e momentos de reflexão.
Para encerrar o evento, a enfermeira do departamento de psiquiatria do Hospital de Amor e instrutora de terapia cognitiva baseada em mindfulness, Caroline Krauser, foi convidada para falar sobre mindfulness e o seus benefícios, no dia 23, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata. “Mindfulness pode nos ajudar de diversas maneiras e em várias situações. Hoje, a ciência mostra que a técnica é eficaz para prevenção de sintomas depressivos, ligados à ansiedade, dor crônica, para redução do estresse e melhora da qualidade de vida, e para quem deseja estabelecer uma relação mais consciente e saudável com seus pensamentos e sentimentos”, relatou a especialista, que aplicou algumas técnicas durante a sua apresentação.
Caroline também enfatizou sobre a importância de ações focadas no bem-estar e na saúde mental. “Existem diversas campanhas de prevenção de câncer na instituição, o que é de extrema importância. Porém, nunca havíamos falado sobre saúde mental para os colaboradores. Só das pessoas perceberem o impacto da saúde mental em suas vidas e de poderem falar sobre isso no local de trabalho, já é um começo incrível”, declarou a enfermeira.
Para Laura Nunes, encarregada de hotelaria e líder do Grupo de Trabalho de Humanização, a ação foi um sucesso, pois possibilitou a integração da equipe e o surgimento de novas ideias e possíveis projetos, que poderão ampliar ainda mais o trabalho do grupo no HA ao longo do ano.
Com o objetivo de conscientizar a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil e a importância do diagnóstico precoce da doença, o Hospital de Amor realizou, no último domingo, 24 de novembro, a 8ª edição da “Caminhada Passos que Salvam”. Criada em 2012, a ação acontece todos os anos, simultaneamente em centenas de municípios brasileiros e também em cidades do exterior, durante o último domingo do mês de novembro. A escolha da data está relacionada à proximidade com o “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, celebrado no dia 23/11.
Em apenas 8 anos, o projeto já ajudou a aumentar a taxa de cura do câncer infantojuvenil de 55% para 70%, alcançando milhares de crianças e adolescentes. Este ano, mais de 650 cidades do país foram mobilizadas, superando o número das edições anteriores.
Entre os sinais e sintomas mais comuns da doença, estão manchas roxas pelo corpo, dores de cabeça, vômito, perda de peso, fraqueza e dores nos ossos, sintomas que parecem comuns da infância e podem ser confundidos com doenças que acometem crianças e adolescentes, mas também podem ser o primeiro sinal de que há algo errado acontecendo.
De acordo com o diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Luiz Fernando Lopes, a unidade infantojuvenil do HA tem todas as condições de tratar as crianças com a mesma qualidade dos países com alto nível de desenvolvimento (especialistas experientes, medicamentos adequados e uma excelente estrutura), mas nada disso impacta na vida das crianças se elas não chegarem precocemente para o tratamento. “A Passos que Salvam possui três grandes focos: o primeiro é conscientizar a população sobre a existência do câncer em crianças e adolescentes, ressaltando a importância deles chegarem precocemente ao Hospital para tratamento e alertando sobre os principais sinais e sintomas; o segundo é voltado para a captação de recursos com a venda dos kits, ajudando a custear exames e procedimentos que não são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS); e o terceiro é o mais importante: a partir da caminhada, cada município participante tem a chance de enviar um médico para realizar uma capacitação no Hospital de Amor. Eles passam a reconhecer os tumores precocemente e ficam em contato direto com os profissionais do HA, permitindo que as crianças e adolescentes cheguem o quanto antes para tratamento, aumentando suas chances de cura. Ou seja, graças à Passos que Salvam nós conseguimos reduzir em 20% o diagnóstico tardio e, com as próximas edições, acreditamos que vamos conseguir ainda mais! É uma mobilização que só nos traz ganhos!”, declarou.
Para a coordenadora da ação, Naima Khatib, o objetivo da Caminhada é trazer à discussão a importância dessa conscientização, de maneira lúdica, envolvendo assim toda a sociedade, de modo que permita com que mais diagnósticos precoces aconteçam, consequentemente, haverá maior chances de cura, sendo ampliadas para até 95%.
Caminhando a caráter
Heverton Felipe Soares Costa, de 12 anos, foi a caráter para a caminhada e encantou a todos. Vindo de uma tribo indígena de Boa Vista, capital do estado de Roraima, ele faz tratamento no Hospital de Amor e, pela primeira vez, pôde receber alta médica para participar da ação. O pai, Laersio Matias Mendes, que acompanha o filho em Barretos (SP), reconhece a importância dessa mobilização para as crianças como o Heverton, que lutam contra o câncer. “Essa caminhada nos mostra o quanto existem pessoas especiais que ajudam o Hospital. Nós, indígenas, precisamos muito dessa ajuda, e eu fico muito feliz em saber que meu filho está aqui. Adoramos a caminhada e tenho certeza de que o povo de Roraima também abraçou essa causa”, finalizou.
Voluntariado
E não foram apenas os profissionais e pacientes do Hospital de Amor que acordaram cedinho no domingo para dar os ‘passos que salvam vidas’. Há 15 anos atuando como voluntária, a assistente social Vera Lucia Ribeiro Pena participou, pelo terceiro ano, da “Caminhada Passos que Salvam”. O motivo? “Por conta da importância da caminhada e, principalmente, da conscientização sobre a prevenção do câncer infantojuvenil. A prevenção é o único caminho para a cura. Eu pretendo estar aqui por mais muito outros anos, pois não há dinheiro que pague poder fazer parte disso!”, esclareceu a voluntária.
Números que salvam
Em 2012, ocorreu a primeira mobilização, 19 municípios do Estado de São Paulo e dois de Rondônia caminharam, levando a população, empresas e entidades para participar do evento. Já no ano seguinte, o número mais que quadruplicou: 80 municípios participaram da caminhada em oito estados. A terceira edição foi ainda melhor: 201 cidades em 11 estados brasileiros caminharam juntas, no mesmo dia e horário, levando mais de 150 mil pessoas às ruas. Em 2015, foram 306 cidades de 12 estados que caminharam, comprometidos na luta contra o câncer infantojuvenil. Em 2017 a caminhada mobilizou 300 mil pessoas em cerca de 500 cidades de todo o Brasil. No ano passado, cerca de 600 cidades, em 19 estados do país, além de um grupo de brasileiros que reside em Londres, no Reino Unido, se uniram em favor dessa causa.
Captação de Recursos
Além de disseminar essas importantes informações, a “Caminhada Passos que Salvam” também possui uma ação para arrecadar fundos para o tratamento dos pacientes no Hospital de Amor Infantojuvenil. Ao adquirir um kit com camiseta, boné e ‘sacochila’, cada participante contribuiu com o valor de R$ 35,00, que foi direcionado à instituição.
Confira mais fotos da 8ª “Caminhada Passos que Salvam”, realizada em Barretos (SP), em nosso flickr oficial. Clique aqui.
No mês de dezembro, o Hospital de Amor – maior centro de tratamento oncológico gratuito da América Latina – lançou na última terça-feira, 27 de novembro, a campanha nacional de captação de recursos, carinhosamente nominada de “Caminhos de Amor”. Criada pela agência WMcCANN, a campanha tem uma razão de ser, afinal, existem muitos caminhos para doar amor aos milhares de pacientes que lutam contra o câncer na instituição.
Com o objetivo de motivar e conscientizar a população brasileira sobre a importância das doações para o funcionamento e manutenção dos 11 hospitais fixos de prevenção, cinco unidades de tratamento e mais 18 unidades móveis, o HA apresenta diferentes formas de doação, com destaque para os números de telefone (0500), disponibilizados pela Anatel, e também para as renúncias fiscais no imposto de renda (de pessoas físicas e jurídicas).
A escolha da data para o início da campanha tem um motivo especial: 27/11 é marcado pelo “Dia Mundial de Doar” e pelo “Dia Nacional de Combate ao Câncer”. De acordo com informações da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), o caminho para um Brasil melhor passa por uma sociedade civil mais forte e esse fortalecimento depende da existência de organizações e de projetos financeiramente sustentáveis.
O Hospital de Amor estenderá a ação às suas redes sociais e canais oficiais até o dia 30 de dezembro. “As doações são fundamentais para mantermos os nossos programas com excelência e continuar beneficiando milhares de pessoas”, afirmou o diretor de responsabilidade social do HA, Henrique Moraes Prata. Parte das despesas da instituição, incluindo cirurgias e salários dos profissionais, é bancada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sendo assim, os eventos e doações (de empresas e pessoas) realizados solidariamente são essenciais para completar a renda. Em 2017, o Hospital encerrou o ano com um déficit operacional de R$ 292,7 milhões.
Caminhos de Amor
O amor sempre encontra um caminho para chegar ao seu objetivo. É por isso que o Hospital de Amor oferece os mais diferentes caminhos para que esse amor chegue até as pessoas que mais precisam dele. Na campanha “Caminhos de Amor” não existe um valor mínimo e nem máximo para a doação. Conheça as várias formas para ajudar o HA a continuar salvando vidas através de: ligação telefônica, depósito bancário, boleto bancário, cartão de crédito e imposto de renda.
– Ligação telefônica (0500)
0500 504 1210 – para doar R$ 10,00
0500 504 1220 – para doar R$ 20,00
0500 504 1250 – para doar R$ 50,00
* R$ 0,39 – impostos por ligações de telefone fixo.
* R$ 0,71 – impostos por ligações de celular.
Essas doações não são dedutíveis do imposto de renda. As ligações não podem ser feitas de telefones pré-pagos (de crédito) e comerciais. Os números de 0500 funcionam de 01/12 a 30/12. Após esta data, deve-se entrar em contato no (17) 3321-6607.
– Site
Na página do Hospital de Amor (hospitaldeamor.com.br) as contribuições podem ser feitas por depósito bancário, boleto ou utilizando o cartão de crédito.
– Incentivo fiscal
Através de renúncias fiscais, pessoas físicas e jurídicas podem destinar percentuais do imposto de renda para projetos de saúde, idosos e crianças. Acesse bit.do/incentivosfiscais e doe.
Sobre o #DiaDeDoar
A campanha anual que busca chamar a atenção para a importância da doação e da captação de recursos, foi inspirada numa iniciativa que surgiu nos Estados Unidos em 2012 com o nome de #GivingTuesday (em tradução livre: Terça-feira de Doar), na tentativa de ser um contraponto solidário à data comercial do ‘Black Friday’. No Brasil, o movimento ficou conhecido como #DiaDeDoar. A ação também aconteceu em mais de 50 outros países, na terça-feira, 27 de novembro.
O alcance da campanha no país tem sido cada vez maior, com cada vez mais pessoas e entidades participando ativamente. Segundo dados da ABCR, em 2017, foram mais de 16 milhões de engajamentos nas redes sociais e, pelo menos, R$ 700 mil doados a diversas causas no Brasil inteiro.
Sobre o Hospital de Amor
O Hospital de Amor registra cerca de 880 mil atendimentos por ano, 100% gratuitos. Por dia, são realizados mais de 6.000 atendimentos em suas unidades. A entidade trabalha com um déficit operacional mensal acima de R$ 20 milhões. Em 2017, a instituição atendeu 171.454 pacientes procedentes de 2.107 municípios de todos os estados do país – um recorde de cobertura. Foram realizadas 23.048 internações, 93.254 quimioterapias e 7 mil refeições são servidas diariamente. O HA reúne 380 médicos e mais e mais de 3.500 funcionários.
Levar a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil é a principal missão da “Caminhada Passos que Salvam” – a maior mobilização promovida pelo Hospital de Amor, simultaneamente, em centenas de cidades de todo o país.
A 7ª edição da campanha, realizada dia 25 de novembro, foi um sucesso: movimentou mais de 650 municípios, em 20 estados do Brasil. A grande novidade dessa edição é que a caminhada também foi realizada por um grupo de brasileiros residente em Londres, no Reino Unido. A ação acontece, todos os anos, durante o último domingo do mês, já que a escolha da data está relacionada à proximidade com o “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, celebrado em 23 de novembro.
Em Barretos, cerca de 500 pessoas se uniram para participar da campanha, que teve início às 8h, na unidade infantojuvenil, e seguiu até o North Shopping, levando conscientização e muita diversão à toda população.
Sinais e Sintomas
Entre os sinais e sintomas mais comuns da doença, estão manchas roxas pelo corpo, dores de cabeça, vômito, perda de peso, fraqueza e dores nos ossos, sintomas que parecem comuns na infância e podem ser confundidos com doenças que acometem crianças e adolescentes, mas também podem ser o primeiro sinal de que há algo errado acontecendo.
De acordo com o diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Luiz Fernando Lopes, a unidade infantojuvenil do HA tem todas as condições de tratar as crianças com a mesma qualidade dos países com alto nível de desenvolvimento (especialistas experientes, medicamentos adequados e uma excelente estrutura), mas nada disso impacta na vida das crianças se elas não chegarem precocemente para o tratamento. “Ainda há uma quantidade significativa de crianças chegando tardiamente em nossa instituição. O que falta é a conscientização de médicos, enfermeiros e familiares, e essa campanha é uma das melhores formas que encontramos para sensibilizar essas pessoas. Nós só alcançaremos níveis internacionais de cura se tivermos esse cenário favorável”, declarou.
Para a coordenadora da ação, Naima Kathib, o objetivo da Caminhada é trazer à discussão a importância dessa conscientização, de maneira lúdica, envolvendo assim toda a sociedade, de modo que permita com que mais diagnósticos precoces aconteçam, consequentemente, haverá maior chances de cura, sendo ampliadas para até 95%.
O escrevente técnico judiciário de Barretos, Fernando de Souza Teixeira, é voluntário no evento há 4 anos e o que o motiva a continuar apoiando a causa, é a importância da conscientização que ela leva a todas as pessoas e o quanto isso impacta, positivamente, na vida e na saúde de todas a crianças e adolescentes. “Eu me sinto responsável e impulsionado a dar uma força a quem está trabalhando em prol da comunidade. Todos os anos eu reservo essa data e, na próxima, podem contar comigo, pois minha presença é garantida”.
Outra presença marcante em todas as edições da caminhada é o vice-diretor médico da unidade infantojuvenil do HA, Dr. Robson Coelho. Ele, que sabe como ninguém o quanto é essencial que as crianças cheguem precocemente para tratamento no Hospital, agradeceu o trabalho da equipe organizadora da ação. “A caminhada serve para alertar a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Quanto mais rápido forem diagnosticados pelo pediatra ou pelo clínico geral, mais rápido a criança chega para o tratamento e maiores são as chances de cura. Então, qualquer campanha dessa que seja realizada, no Brasil e no mundo, na tentativa de conscientizar a população, é de grande valia. Precisamos agradecer ao HA e, principalmente, a equipe responsável pela organização do evento, por reunirem tantas cidades para abraçar a causa e participar”, ressaltou.
Números
Em 2012, primeiro ano em que ocorreu a mobilização, 19 municípios do Estado de São Paulo e dois de Rondônia caminharam, levando a população, empresas e entidades para participar do evento. Já no ano seguinte, o número quase quadruplicou: 80 municípios participaram da caminhada em oito estados. A terceira edição foi ainda melhor: 201 cidades em 11 estados brasileiros caminharam juntas, no mesmo dia e horário, levando mais de 150 mil pessoas às ruas. Em 2015, foram 306 cidades de 12 estados que caminharam, comprometidos na luta contra o câncer infantojuvenil. No ano passado, a “Passos que Salvam” mobilizou 300 mil pessoas em cerca de 500 municípios de todo o Brasil.
Captação de Recursos
Além de disseminar essas importantes informações, a “Caminhada Passos que Salvam” também possui uma ação para arrecadar fundos para o tratamento dos pacientes no Hospital de Amor Infantojuvenil. Ao adquirir um kit com camiseta, boné e ‘sacochila’, cada participante contribuiu com o valor de R$ 35,00, que será direcionado à instituição.
Para obter mais informações e saber se sua cidade já aderiu a esse movimento, acesse: www.hcancerbarretos.com.br/passosquesalvam.
Levar a conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia é o principal objetivo da campanha “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama. A mobilização, que teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas, chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença.
Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tumor maligno mais frequente entre as mulheres no mundo. Para o Brasil, estimam-se 59.700 novos casos de câncer de mama para cada ano do biênio 2018/2019. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer será descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Para falar sobre o assunto e esclarecer as principais dúvidas sobre a doença, o Hospital de Amor entrevistou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino. Confira:
1 – Quais são os números atuais do câncer de mama no Brasil?
R.: De acordo com dados do INCA, o câncer de mama é o principal tipo de tumor que atinge as mulheres em todas as regiões brasileiras, exceto no Norte, que é o segundo lugar, ficando atrás apenas do câncer de colo de útero. É também a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres. No ano de 2012, mais de 1.600.000 mulheres escutaram a frase “você tem câncer de mama”, em todo o mundo.
2 – Qual é a maneira correta de se identificar a doença precocemente?
R.: A recomendação do Ministério da Saúde é a participação das mulheres nas ações de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama, através da realização da mamografia para as mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos, devendo permanecer alertas para os sinais e sintomas suspeitos, como nódulos nas mamas, saída de secreção transparente ou sanguinolenta pelos mamilos ou qualquer modificação de formato ou na pele das mamas.
3 – Quais exames as mulheres devem fazer?
R.: A mamografia é o principal exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Em situações especiais e sob indicação médica, ela poderá ser complementada com ultrassonografia ou ressonância magnética.
4 – Como funciona esse exame?
R.: O mamógrafo é um aparelho de raios-x modificado para realizar o exame das mamas. Durante o procedimento, são realizadas 4 imagens (uma de cada vez) com as mamas comprimidas entre placas. A compressão das mamas é importante para separar o tecido mamário normal de um eventual câncer, já que ambos possuem características semelhantes. Se alguma alteração for observada, imagens adicionais podem ser necessárias. O exame de mamografia pode ser complementado com ultrassonografia e, em alguns casos, por ressonância magnética.
5 – De quanto em quanto tempo é necessário realizar esse exame? Por quê?
R.: As diretrizes de sociedades médicas orientam a realização do exame de mamografia anualmente, a partir dos 40 anos. Porém, o preconizado pelo Ministério da Saúde é a realização a cada 2 anos, dos 50 anos até os 69.
As faixas etárias estão relacionadas às maiores incidências de câncer de mama na população feminina e a periodicidade visa garantir que uma lesão que começar a se desenvolver, possa ser identificada e tratada rapidamente.
6 – Caso algo seja detectado, qual o próximo passo?
R.: Se alguma alteração for detectada e confirmada pelos exames, será necessária a obtenção de uma amostra da lesão. Este procedimento é denominado de biópsia e pode ser realizado através de agulha (biópsia percutânea) ou através de cirurgia (biópsia cirúrgica). Estatisticamente, a cada 4 biópsias mamárias, 1 acaba por revelar um câncer.
7 – Quando o câncer de mama é detectado precocemente, quais são as chances de cura?
R.: Tumores de mama descobertos com menos de 1 cm ou que ainda estejam restritos ao ducto mamário – estrutura que carrega o leite durante a amamentação – apresentam cerca de 95% de chance de cura.
8 – Quais são os tratamentos mais utilizados para o câncer de mama? Como funcionam esses tratamentos?
R.: Atualmente, os tratamentos para o câncer de mama são personalizados e baseados no tipo e extensão tumoral, podendo incluir: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonoterapia e, mais recentemente, terapia alvo e imunoterapia.
• A cirurgia é o tratamento mais comum para o câncer de mama, sendo seu principal objetivo retirar o máximo possível do tumor com uma margem de segurança. A definição do tipo de cirurgia mamária – se conservadora (quando apenas a região acometida da mama é retirada) ou não – dependerá do tamanho do tumor e dos benefícios para a paciente.
• A radioterapia é a segunda principal modalidade de tratamento, usando radiação para destruir células anormais que formam um tumor. Pode ser instituída como o tratamento principal do câncer; tratamento adjuvante (quando realizada após a cirurgia, com objetivo de eliminar as células tumorais remanescentes, diminuindo a incidência de recidiva e metástases à distância); tratamento paliativo (sem finalidade curativa, sendo utilizada para melhorar a qualidade da sobrevida da paciente); para alívio de sintomas da doença, como dor ou sangramento; e para o tratamento de metástases ou, mais modernamente, como tratamento neoadjuvante (o que ocorre antes do tratamento cirúrgico em tumores muito iniciais).
• O tratamento quimioterápico utiliza medicamentos para destruir de maneira sistêmica as células tumorais. A medicação pode ser injetada ou ingerida e também pode ser utilizada no esquema neoadjuvante, adjuvante ou paliativo.
• Muitos tumores de mama apresentam, em sua superfície, receptores de hormônio (estrógeno, progesterona e andrógeno) e podem, assim, utilizar os próprios hormônios da mulher para seu crescimento. A hormonoterapia é uma opção terapêutica sistêmica, que tem como objetivo bloquear a ação destes hormônios em células sensíveis, podendo ser usada de forma isolada ou em combinação com outras formas terapêuticas.
• Outra modalidade de tratamento sistêmico é a terapia alvo, que utiliza medicamentos que atacam especificamente elementos encontrados na superfície ou no interior das células do tumor de mama.
• Finalmente, a imunoterapia é um tratamento biológico sistêmico que potencializa o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos pela própria paciente ou em laboratório, estimulando a ação das células de defesa do nosso organismo para que o tumor seja reconhecido como um agente agressor.
9 – Por que a mamografia, na maioria das vezes, é desconfortável?
R.: As mamas são extremamente sensíveis e um exame que necessita comprimir as glândulas mamárias pode provocar desconforto, que varia de mínimo a intenso, dependendo da sensibilidade da mulher e, sobretudo, da fase do período menstrual em que está sendo realizado.
10 – O que a mulher pode fazer para tornar a mamografia mais confortável? Quais dicas práticas poderia dar?
R.: A principal dica para tornar o exame menos desconfortável é realizá-lo na primeira semana após o final da menstruação. Após a menstruação, as glândulas mamárias estão menos edemaciadas (inchadas) e sua compressão será menos dolorosa.
Outra dica, nem sempre fácil, é tentar relaxar durante o posicionamento das mamas no equipamento. As mamas são unidas ao tórax através da musculatura peitoral. Quando ficamos tensas, contraímos estes músculos e, consequentemente, endurecemos a mama. Se deixarmos o corpo e, sobretudo, os braços relaxados, as mamas serão comprimidas com mais facilidade e sem tanto desconforto. Avisar a técnica de radiologia que as suas mamas são ou estão sensíveis, também traz melhores resultados em relação à percepção de desconforto do exame.
11 – Por que é interessante avisar a técnica sobre a prótese de silicone?
R.: A mamografia em mulheres que possuam implantes mamários pode e deve ser realizada, porém, exige cuidados e posicionamentos específicos da mama para tentar retirar a sobreposição do silicone. Normalmente, serão realizadas de 6 a 8 imagens das mamas. Paciência e colaboração é tudo para um exame rápido e de sucesso!
12 – Quais são os principais fatores de risco do câncer de mama?
R.: Idade da primeira menstruação menor do que 12 anos; menopausa após os 55 anos; mulheres que nunca engravidaram ou nunca tiveram filhos; primeira gravidez após os 30 anos; uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa, especialmente se por tempo prolongado; exposição à radiação ionizante; consumo de bebidas alcoólicas; dietas hipercalóricas; sedentarismo; e predisposição genética (pelas mutações em determinados genes transmitidos na herança genética familiar – principalmente por dois genes de alto risco, BRCA1 e BRCA2), são os principais fatores de risco do câncer de mama.
Mitos x Verdades
– O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres?
Verdade. Inclusive, ele responde por 29,5% dos casos novos a cada ano e a prevenção deve ser feita através da realização de mamografia e hábitos de vida saudáveis.
– O exame de mamografia auxilia na detecção precoce do câncer de mama?
Verdade. O exame ainda é o método mais eficaz de diagnóstico para detecção da doença. Quanto mais precoce a descoberta e remoção do tumor em sua fase inicial, maiores são as chances de cura, podendo ultrapassar 95%.
– O autoexame de mama substitui a realização da mamografia?
Mito. Apenas a mamografia é capaz de detectar nódulos menores que 1cm e imperceptíveis ao autoexame.
– O câncer de mama tem cura?
Verdade. Se detectado em estágios inicias, as chances de cura chegam a 95%.
– A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama?
Verdade. A amamentação pode reduzir o risco da mulher de contrair a doença, mas isso não significa que a mulher que amamentou não terá câncer de mama.
– As mulheres que têm prótese de silicone nas mamas não podem realizar mamografia?
Mito. Podem e devem realizar o exame. Uma mamografia realizada corretamente não traz nenhum dano às próteses. É sempre bom avisar o técnico sobre a presença do silicone para que ele possa aplicar menos pressão.
– Homens podem ter câncer de mama?
Verdade. Porém, são mais raros, correspondendo a cerca de 1% dos casos.
– O uso de desodorante antitranspirante pode causar câncer de mama?
Mito. Não existem pesquisas que evidenciem relação direta entre o uso desse tipo de produto e o desenvolvimento da doença.
– Sintomas como nódulo palpável, presença de secreção aquosa, com aspecto transparente ou sangue pelo mamilo e alterações na pele podem ser sinais de câncer de mama?
Verdade. Se você perceber algum desses sinais, fique alerta e procure um médico de sua confiança para ser avaliada.
– O câncer de mama pode ser causado por um trauma, como bater a mama na maçaneta da porta ou outros locais, por exemplo?
Mito. O que pode ocorrer nesses casos é que, após o trauma, a mulher passa a se observar e/ou se tocais mais e descubra um nódulo que já estava presente.
– A radiação emitida pelo aparelho de mamografia é prejudicial à saúde?
Mito. A quantidade de radiação emitida durante o exame é relativamente baixa e o risco associado à exposição é mínimo.
– O sutiã pode aumentar o risco de câncer de mama?
Mito. Não existem estudos que evidenciem relação direta entre o uso do sutiã e o desenvolvimento da doença.