O Núcleo de Educação em Câncer do Hospital de Amor, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, lançou na última sexta-feira, 28 de maio, o seu 9º Concurso de Redação, com o tema “Vacina: uma dose de amor – da ciência para a humanidade”. O intuito é que, por meio do desenvolvimento do projeto, os estudantes possam conhecer as principais características, benefícios e contexto histórico das vacinas, principalmente as em evidência atualmente, voltadas para a prevenção do coronavírus. Desta forma, poderão contribuir para a prevenção de possíveis desencadeamentos da doença COVID-19.
Participaram do evento, o secretário executivo da Educação do Estado de São Paulo, Haroldo Rocha; o diretor de extensão do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, Dr. Vinicius Vazquez; o coordenador do NEC, Gerson Lucio Vieira; e o diretor do Instituto Butantan, Dr. Dimas Covas, que fez palestra de abertura, respondeu aos diversos questionamentos sobre o tema e agradeceu a oportunidade de poder falar sobre ciência com um público mais jovem. “A vacina não é para proteção individual, a vacina é para proteção social, é pra proteção da sociedade”, destacou. Na ocasião, a vencedora de 2020, Ana Lívia de Oliveira Leal, da cidade de Coronel Macedo, também esteve presente e pôde ler a redação vencedora da última edição.
Estudantes das escolas municipais e privadas de Barretos e de todas as escolas da rede estadual de Educação de São Paulo. As redações deverão ser manuscritas e redigidas, em 15 a 20 linhas, com letra legível à caneta, preta ou azul. É necessária também a participação de um professor orientador. Os textos deverão ser entregues até o dia 08 de agosto pelos alunos, e depois encaminhados às Diretorias de Ensino (para rede estadual) ou para o Hospital do Amor (redes municipal e particular) até o dia 20 do mesmo mês. Folha de redação, edital, materiais de estudo e mais informação podem ser consultadas aqui.
O autor da melhor redação e seu professor orientador serão premiados com um notebook cada. Os estudantes classificados do 2º ao 5º lugar receberão tablets. Os trabalhos escolhidos serão publicados no site do Hospital de Amor. Os finalistas ainda poderão ser convidados a participar de um estágio de três dias no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) – Hospital de Amor, localizado em Barretos/SP.
No ano passado foram inscritas mais de 11 mil redações para o concurso. Participaram 515 escolas estaduais de 76 Diretorias de Ensino distribuídas por todo estado e 4 escolas particulares e da rede municipal de Barretos. Ao todo foram 918 professores envolvidos.
Foram anunciados, na sexta-feira (6), os finalistas da 8ª edição do Concurso de Redação que, neste ano, teve como tema “Qualidade de vida e Pandemia: como cuidar de si e dos outros em tempos de incertezas”. O concurso foi realizado em parceria entre o Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor e a Secretaria Estadual da Educação.
A cerimônia de premiação foi realizada por webconferência, transmitida pelo Youtube do Centro de Mídias SP, e contou com a participação do secretário de Educação Adjunto, Haroldo Rocha, e do Diretor Executivo e Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, Dr. Rui Manuel Vieira Reis.
O concurso reúne alunos do 9º do Ensino Fundamental das redes estadual de São Paulo e municipal e particular de Barretos. Neste ano, mesmo em um cenário de pandemia, 11.739 redações foram produzidas, com a participação de 515 escolas estaduais e 4 escolas particulares e da rede municipal de Barretos, de 76 Diretorias de Ensino, envolvendo 918 professores.
O objetivo do evento é o de difundir o conhecimento gerado no Hospital do Amor, popularizar a ciência e estimular jovens talentos na investigação científica, visando gerar inovações que sejam revertidas e beneficiem toda a sociedade. “O concurso deste ano foi um grande desafio, devido ao cenário que estamos vivenciando. Foram necessárias várias adaptações e ajustes para que conseguíssemos realizá-lo. Mas, com a parceria e a dedicação dos estudantes e professores, foi possível levarmos a mensagem de qualidade de vida a muitas pessoas. em uma época que clama por isso. Acredito que as mais de 11 mil redações foram sementes lançadas em um terreno que muitas vezes, pode ser árido, mas, com certeza, dará muitas flores e frutos”, afirmou o coordenador do Núcleo de Educação em Câncer do Hospital de Amor, Gerson Lucio Vieira.
Prêmios
Os premiados poderão fazer três dias de estágio no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor, em Barretos, que acontecerá assim que as normas de distanciamento social permitirem. Neste período, os participantes vão desenvolver atividades científicas e laboratoriais, além de serem estimulados a respeito da conscientização sobre os fatores ambientais que podem desencadear o desenvolvimento do câncer e outras doenças.
Além disso, o primeiro colocado vai ganhar um notebook, assim com, o o professor orientador. Os demais finalistas receberão um tablet.
Veja quem são os premiados:
1º Lugar
Estudante: Ana Lívia de Oliveira Leal
Professor: Ângela Virgínia Irmer
Unidade Escolar: E.E. Antônio Ionon
Cidade: Coronel Macedo
Diretoria de Ensino: Itararé
2º Lugar
Estudante: Dhieniffer Stephani Alves Viana
Professor: Cleide Pessoa Cristofo
Unidade Escolar: E.E. Dalva Vieira Ítavo
Cidade: Olímpia
Diretoria de Ensino: Barretos
3º Lugar
Estudante: Vitoria Ellero Brandão
Professor: Naiara Elias de Godói
Unidade Escolar: E.E. Profª Franca Franchi
Cidade: Serra Negra
Diretoria de Ensino: Mogi Mirim
4º Lugar
Estudante: Sophia Vendramini Piovezan
Professor: Adriana Mara Quintino Mendes
Unidade Escolar: E.E. Dr. Álvaro Guião
Cidade: São Carlos
Diretoria de Ensino: São Carlos
5º Lugar
Estudante: Maria Eduarda Paciullo
Professor: Márcia Menezes Sasabriche
Unidade Escolar: Esther Frankel Sampaio
Cidade: São Paulo
O Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos), por meio da Comissão de Ensino do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), torna pública a realização do processo seletivo de candidatos à especialização em dosimetrista para o ano de 2021. Para candidatar-se à vaga é necessário ser brasileiro ou estrangeiro com visto permanente no país; ter concluído a Graduação de Tecnologia em Radiologia ou Biomedicina (ou ter a conclusão prevista para a data limite de 28/02/2021); e possuir registro no Conselho Regional da sua categoria.
Confira aqui o edital completo.
Para solicitar a ficha de inscrição, é necessário enviar um e-mail para coreme@hcancerbarretos.com.br ou ensino.hcb@hcancerbarretos.com.br.
Com o intuito de concentrar e apresentar os trabalhos voltados para a pesquisa científica realizados no Hospital de Amor, o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) promove, anualmente, um Encontro Científico que reúne seus pesquisadores, docentes e discentes do Programa de Pós-graduação, além dos alunos de iniciação científica. Neste ano, por conta da pandemia de COVID-19 e a necessidade de isolamento social, que impactaram diretamente nas rotinas de diversos setores e atividades, o evento precisou ser reformulado e aconteceu em edição totalmente online.
“Esse evento representa uma oportunidade singular de integrar todos os nossos alunos quanto aos trabalhos científicos que estão sendo desenvolvidos em nossa instituição com a participação de um comitê avaliador altamente qualificado para avaliar as apresentações, tanto em formato pôster quanto oral”, comentou a Docente Permanente do Programa de Pós-graduação do HA e Coordenadora do Comitê de Bolsas e Pesquisas (CBP), Dra. Marcia Marques Silveira.
Mesmo em um formato fora do escopo habitual, o XI Encontro Científico do HA, que aconteceu no dia 28 de agosto, contou com mais de 120 participantes, que submeteram mais de 110 resumos, dos quais, nove foram escolhidos para apresentação oral, divididos em três categorias: Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado. Os primeiros lugares de cada categoria, tanto na apresentação oral, quanto nos pôsteres, receberam premiações por meio de bônus no Programa de Auxílio e Incentivo aos Pesquisadores, oferecido pela instituição.
Confira a lista completa dos trabalhos premiados:
Iniciação Científica
Apresentação Oral
Título: Detecção de DNA de papilomavírus humano por PCR digital de gotículas em tecido tumoral embebido em parafina e fixado em formalina de pacientes com carcinoma de células escamosas da orofaringe.
Aluno(a): Camila Marques Schiavetto
Pôster
Título: Indisulam sensibiliza as células de glioblastoma ao tratamento de radioterapia.
Aluno(a): Karina dos Santos
Mestrado
Apresentação Oral
Título: Aplicabilidade de um nomograma incluindo variáveis clínicas e moleculares para estratificação de grupos de risco em meduloblastomas pediátricos.
Aluna: Bruna Minniti Mançano
Pôster
Título: Avaliação da expressão dos biomarcadores PD-1 e PD-L1 em tumores de sítio primário desconhecido e seu microambiente tumoral.
Aluno(a): João Neif Antônio Junior
Doutorado
Apresentação Oral
Título: Detecção de antineoplásicos e metabólitos em efluente hospitalar e municipal de Barretos, SP, e avaliação toxicológica e citotóxica.
Aluno(a): Mariana de Oliveira Klein
Pôster
Título: Evaluation the role of miRNAs in Cervical Cancer Cell Lines.
Aluno(a): Rhafaela Lima Causin
Um consórcio científico internacional, que contou com a participação do Hospital de Amor e outras instituições brasileiras, americanas e europeias, apresentou os resultados de uma pesquisa que mostra a descoberta de uma mutação genética que pode explicar o porquê de alguns indivíduos terem um risco maior de desenvolver câncer.
O estudo inédito, publicado na Science Advances – uma das revistas científicas mais conceituadas de todo o mundo – que tem como primeira autora a bióloga e pesquisadora brasileira do St. Jude Children’s Research Hospital, Dra. Emilia Modolo Pinto, mostra que pessoas com a mutação R337H no gene TP53, já associada ao desenvolvimento de alguns tumores, podem apresentar uma outra mutação em um segundo gene, denominado XAF1, também transmitida hereditariamente. A pesquisa mostra também que é a presença ou não dessa segunda mutação que define o risco de câncer entre os portadores da R337H.
A pesquisa partiu do intrigante cenário brasileiro, onde portadores da mutação R337H no gene TP53 podem passar a vida sem desenvolver nenhum tumor; outros, apresentando uma forma de câncer; ou, ainda, existindo a associação a casos de uma mesma família com muitos indivíduos com câncer. “Essa variabilidade de apresentação clínica não poderia ser explicada apenas pela R337H. Outro fator genético ou ambiental (ou ambos) deveria estar presente. Então, nesse estudo foi determinado que 69% dos indivíduos que nascem com a mutação R337H do gene TP53 também nascem com a variante E134* no gene XAF1”, conta a pesquisadora.
Em um esforço colaborativo e multidisciplinar, diversas instituições brasileiras enviaram DNA genômico de pacientes com câncer e membros familiares com a mutação R337H. No total, foram estudadas 203 famílias com pelo menos um caso de câncer, das quais 53 fazem o acompanhamento oncogenético no Hospital de Amor, em Barretos (SP). O trabalho também incluiu estudos de laboratório com uso de tecnologias de ponta. “Nesse estudo, estamos mostrando que a presença da mutação R337H, associada à mutação do XAF1 (portanto, mutações em dois genes supressores tumorais), está aumentada nos pacientes com câncer, em particular, nos que apresentavam sarcoma ou naqueles pacientes que tiveram mais de um tumor”, explica.
Até o momento, a presença de duas mutações tão próximas, modulando o risco de câncer nunca havia sido reportada. Segundo a Dra. Emilia Modolo Pinto, a R337H acomete um em cada 300 indivíduos do Sul e do Sudeste do Brasil, mas já é observada com certa relevância em outras regiões do país e até em outros países, por conta do deslocamento natural dessas pessoas. “Nesse trabalho, estamos mostrando que o risco de câncer é maior para quem herda as duas mutações, se comparado com indivíduos que são portadores apenas da R337H”. A pesquisadora explica também que, na prática clínica, ainda é muito cedo para mudanças de protocolo e manejo, mas o rastreamento para as duas mutações deve ser incorporado enquanto se aprofunda o conhecimento sobre o papel dessas duas mutações no acometimento de câncer.
Para o médico geneticista do departamento de oncogenética do HA, que participou do estudo, Dr. Henrique Galvão, esta descoberta contribui para um rastreamento mais preciso entre os portadores da R337H. “Com os resultados do estudo, vamos continuar o trabalho de acompanhamento e incluir o gene XAF1 na prática clínica, com impacto financeiro mínimo para a entidade”. O Hospital de Amor é a única instituição no Brasil que faz o acompanhamento oncogenético de forma gratuita a pacientes e seus familiares. Segundo o geneticista, com os resultados, há a possibilidade de avanço em outros estudos para definir protocolos diferenciados, para os pacientes com e sem a mutação no gene XAF1.
Além do Dr. Henrique Galvão, também contribuíram para o estudo a Dra. Edenir Inez Palmero, docente do programa de pós-graduação em oncologia do hospital, e as discentes do programa de pós-graduação em nível de doutorado da instituição, Cíntia Regina Niederauer Ramos e Sahlua Miguel Volc.
Uma nova parceria surgiu a partir da necessidade do Hospital de Amor no combate ao novo coronavírus. O IRCAD América Latina – centro de treinamento em cirurgia minimamente invasiva que faz parte do complexo do HA, em Barretos (SP) – se transformou em um polo de inovação em prol do enfrentamento do coronavírus (SARS-Cov-2), responsável pela COVID-19, com o desenvolvimento de protetores faciais utilizados pelas equipes médicas que atuam diretamente no atendimento a pacientes.
Desenvolvidas por médicos e membros de startups, as máscaras faciais desinfectáveis de baixo custo têm o objetivo de ampliar a capacidade de atendimento em unidades de terapia intensiva (UTIs), e já estão em fase final de validação médica. “Essas máscaras são fundamentais no atual cenário de enfrentamento da pandemia de COVID-19, visto que se trata de uma doença de alta transmissibilidade e que causa percentual considerável de insuficiência respiratória, colocando os profissionais em risco de serem contaminados ao realizarem procedimentos de assistência respiratória. Além disso, considerando a escassez desses insumos no mercado, a iniciativa de desenvolver um produto seguro, fácil de ser utilizado, com possibilidade de reuso e de baixo custo, é essencial para todo o sistema de saúde”, afirmou o diretor médico e infectologista do Hospital de Amor, Dr. Paulo de Tarso Oliveira e Castro.
Pensando na necessidade de ajudar os hospitais com insumos utilizados diariamente, o grupo desenvolveu o protótipo em 24 horas. De acordo com o médico veterinário do IRCAD, Emílio Belmonte, o custo de cada máscara será 50% mais barato que as vendidas no mercado, e a ideia é, ainda, buscar apoios com fabricantes das matérias primas utilizadas para que o custo aos hospitais seja zero.
Confeccionada com materiais de engenharia, como o plástico PETG (que é mais resistente), TPU, plástico flexível, elástico e acetato, a máscara possibilita que sua viseira seja descartada e sua estrutura desinfectada de forma fácil, mesmo em locais com pouca infraestrutura. Para a produção dos dispositivos de segurança, o grupo conta com impressoras 3D em FDM e resina, scaner 3D e softwares de edição.
As máscaras serão disponibilizadas gratuitamente às unidades sob gestão do Hospital de Amor, para os profissionais que atuam linha de frente.
Além dos diretores médicos do HA, Dra. Cristina Prata Amendola e Dr. Paulo de Tarso Oliveira e Castro, estão envolvidas na ação pessoas e startups que integram a comunidade de inovação de Barretos, ‘BrutoValley’: como o médico veterinário do IRCAD e diretor da Bmed 3D, Emílio Belmonte; Luciano Dovigo e Lucas Alves de Souza, também da Bmed3D; André Vanzolim, gestor do FabLab do UNIFEB; Thiago Ferreira e Jacó Saraiva, da MedLig; Bruno Menezes, da Creative Pack; Christian Silva, da Globin Head; João Batista, da BBQ; Gustavo Felici, da Unifafibe; e Guilherme Sanchez, gestor regional de startups do Sebrae.
Com objetivo de contribuir para um melhor tratamento aos pacientes com a COVID-19 no Brasil, o Hospital de Amor está fazendo parte dos esforços da chamada ‘Coalizão COVID Brasil’, coordenada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). A iniciativa poderá contar com os esforços de até 60 outros hospitais de todo o País.
A Coalizão COVID Brasil é um projeto que está avaliando a eficácia e segurança de medicamentos para pacientes com infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) por meio de ensaios clínicos padronizados em três frentes: a primeira (Coalizão I), que envolverá pacientes de menor gravidade internados; a segunda (Coalizão II), que envolverá casos mais graves e que necessitam de maior suporte respiratório; e a terceira (Coalizão III), que envolverá pacientes com insuficiência respiratória grave e que necessitam de suporte de aparelhos (ventilador mecânico) para respirar.
O Hospital de Amor, que tem como pesquisadora principal a médica intensivista e diretora médica do HA, Dra. Cristina Prata Amendola, está contribuindo com os ensaios clínicos do projeto nas duas primeiras frentes, onde serão verificadas as efetividades dos medicamentos hidroxicloroquina e azitromicina. Segundo as equipes responsáveis pelas pesquisas, os resultados deverão estar disponíveis entre 60 e 90 dias.
Uma das maiores referências em tratamento e assistência oncológica na América Latina, o Hospital de Amor (novo nome do Hospital de Câncer de Barretos, como ainda é referido no ranking), dá sinais de sua consolidação também na frente de pesquisa. Prova disso, é sua posição no Scimago Institutions Rankings (SIR) 2020. Neste ano, o HA ocupa a primeira posição entre os hospitais de toda a América Latina e o segundo lugar entre as instituições que realizam pesquisas na área da saúde.
O SIR é um recurso internacional de avaliação científica que classifica universidades e instituições públicas ou privadas em todo o mundo, revelando algumas das principais dimensões (pesquisa, inovação e impacto social) de desempenho da pesquisa. O objetivo do ranking é fornecer uma ferramenta métrica útil para as entidades, formuladores de políticas públicas e gerentes de pesquisa para a análise, avaliação e melhoria de suas atividades, produtos e resultados. Só na edição de 2020, mais de 7 mil instituições foram avaliadas em todos os setores, entre elas, mais de 1.200 são da área da saúde. Este é o terceiro ano consecutivo em que a HA está entre as primeiras posições do ranking no setor de saúde, no Brasil e na América Latina.
Há pouco mais de 10 anos, o hospital deu início às atividades do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), cujo objetivo principal é oferecer as melhores condições para a realização de pesquisa de ponta, estimular o ensino pós-graduado, formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de se voltar também para a transmissão desse conhecimento à sociedade com trabalhos e ações de alto impacto, sobretudo, para as crianças e adolescentes em seu ambiente escolar. Até o momento, mais de 120 mestres e doutores já foram formados pelo Hospital.
O IEP mantém, fundamentalmente, a sintonia com as atividades desenvolvidas nos departamentos clínicos da instituição e compõe os alicerces para o desenvolvimento da medicina de futuro (a chamada medicina personalizada) em oncologia. Sua estrutura baseou-se nos mais modernos centros de pesquisa mundiais, enfatizando a praticidade de circulação, a facilidade de acesso aos recursos tecnológicos e a supervisão de profissionais capacitados. A complexa e atual infraestrutura possui desde anfiteatros, salas de ensino modernas e centro de treinamento cirúrgico, até laboratórios de genética molecular e biologia celular, além de unidades móveis de educação, sendo capaz de viabilizar o desenvolvimento de diferentes linhas de pesquisa em oncologia. Suas atividades estão centradas em quatro eixos principais: Epidemiologia e Prevenção do Câncer; Oncologia e Patologia Molecular; Oncologia Clínica e Cirúrgica; e Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida, que buscam incessantemente o desenvolvimento tecnológico e a inovação, visando como resultado final, o melhor atendimento ao paciente oncológico.
De acordo com o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Reis, a produção científica atual do Hospital de Amor conta com uma média de 200 publicações por ano em periódicos de impacto mundial. “A excelência na infraestrutura e organização implementada desde o início das atividades do IEP, além de seu constante aprimoramento, são fundamentais para obtermos esse resultado junto ao Scimago Institutions Rankings. Nossa posição mostra que a aposta da instituição em uma política sólida de ensino e pesquisa não é apenas promissora, mas já traz resultados altamente relevantes para a comunidade científica, pacientes e sociedade em geral”, afirmou Reis.
O Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, lançou na última quinta-feira, dia 5, o “Guia de Educação em Saúde e Câncer”, desenvolvido em parceria com o Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio – SESC. O livro, que começou a ser estruturado há dois anos, é o único deste formato no Brasil e tem como principal objetivo oferecer suporte teórico e prático para ações de Educação em Saúde, sobretudo dentro da temática câncer.
“A temática Educação em Saúde é muito ampla, mas nós tentamos fazer um resgate histórico global, afunilando para América Latina e Brasil, finalizando com a análise dos trabalhos desenvolvidos pelo e no Hospital de Amor durante seus quase 60 anos”, detalhou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. O guia, que também será disponibilizado em formato digital, traça uma linha do tempo desde a fundação da instituição e conceitua as práticas de atenção ao câncer, até culminar nas ações de educação em saúde desenvolvidas com este viés.
O evento reuniu seis secretários de educação e a diretora de ensino da região de Barretos, além de mais de 150 professores, diretores e coordenadores de escolas de toda região, e também marcou a apresentação da Agenda 2020 do “Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas (PESCE)”, que une 12 projetos do NEC desenvolvidos exclusivamente para o ambiente escolar.
Com o intuito de motivar os educadores e ampliar o conhecimento sobre novos métodos de aprendizado, o NEC trouxe para o lançamento a palestra “Jogos Digitais como estratégia para a Educação e a Saúde”, ministrada por Tiago Eugênio, biólogo formado pela UNESP, com mestrado em psicobiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Neste ano, o Hospital de Amor comemora os 20 anos da realização da primeira videolaparoscopia realizada na instituição, técnica que hoje é rotina no tratamento de muitos pacientes. Para celebrar a data e os milhares de procedimentos realizados até o momento, médicos e profissionais que fazem parte dessa história se reuniram em um simpósio comemorativo, no último dia 29 de novembro, que, além de abordar a evolução na indicação do procedimento ao longo dos anos, trouxe discussões sobre o que há de mais inovador na área, sobretudo, na segurança e utilização da tecnologia e novos materiais para a realização da videolaparoscopia.
Segundo o presidente do Hospital de Amor, Henrique Duarte Prata, a decisão de trazer a técnica para a instituição, mesmo com as dificuldades apresentadas na época, foi baseada no objetivo de sempre levar o melhor e mais adequado tratamento aos pacientes. De acordo com o médico titular do departamento do digestivo baixo do HA, Dr. Marcos Denadai, o uso da videolaparoscopia no HA foi fundamental para o avanço e melhoria da tecnologia no Brasil e no mundo, sobretudo, no tratamento oncológico.
Desde 2011, a parceria entre o Hospital de Amor e o Instituto de Treinamento em Técnicas Minimante Invasivas e Cirurgia Robótica – IRCAD – transformou a cidade de Barretos em uma referência também na formação de cirurgiões especialistas técnicas minimamente invasivas, recebendo profissionais de toda a América Latina.
O evento também contou com a presença do fundador e coordenador científico IRCAD, Jacques Marescaux; do médico que iniciou o trabalho com essas técnicas em Barretos e um dos maiores nomes no tratamento cirúrgico das afecções do colón e reto, Dr. Armando Melani; e do cirurgião e coordenador científico do IRCAD, Dr. Luís Gustavo Romagnolo.
O Núcleo de Educação em Câncer do Hospital de Amor, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, lançou na última sexta-feira, 28 de maio, o seu 9º Concurso de Redação, com o tema “Vacina: uma dose de amor – da ciência para a humanidade”. O intuito é que, por meio do desenvolvimento do projeto, os estudantes possam conhecer as principais características, benefícios e contexto histórico das vacinas, principalmente as em evidência atualmente, voltadas para a prevenção do coronavírus. Desta forma, poderão contribuir para a prevenção de possíveis desencadeamentos da doença COVID-19.
Participaram do evento, o secretário executivo da Educação do Estado de São Paulo, Haroldo Rocha; o diretor de extensão do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, Dr. Vinicius Vazquez; o coordenador do NEC, Gerson Lucio Vieira; e o diretor do Instituto Butantan, Dr. Dimas Covas, que fez palestra de abertura, respondeu aos diversos questionamentos sobre o tema e agradeceu a oportunidade de poder falar sobre ciência com um público mais jovem. “A vacina não é para proteção individual, a vacina é para proteção social, é pra proteção da sociedade”, destacou. Na ocasião, a vencedora de 2020, Ana Lívia de Oliveira Leal, da cidade de Coronel Macedo, também esteve presente e pôde ler a redação vencedora da última edição.
Estudantes das escolas municipais e privadas de Barretos e de todas as escolas da rede estadual de Educação de São Paulo. As redações deverão ser manuscritas e redigidas, em 15 a 20 linhas, com letra legível à caneta, preta ou azul. É necessária também a participação de um professor orientador. Os textos deverão ser entregues até o dia 08 de agosto pelos alunos, e depois encaminhados às Diretorias de Ensino (para rede estadual) ou para o Hospital do Amor (redes municipal e particular) até o dia 20 do mesmo mês. Folha de redação, edital, materiais de estudo e mais informação podem ser consultadas aqui.
O autor da melhor redação e seu professor orientador serão premiados com um notebook cada. Os estudantes classificados do 2º ao 5º lugar receberão tablets. Os trabalhos escolhidos serão publicados no site do Hospital de Amor. Os finalistas ainda poderão ser convidados a participar de um estágio de três dias no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) – Hospital de Amor, localizado em Barretos/SP.
No ano passado foram inscritas mais de 11 mil redações para o concurso. Participaram 515 escolas estaduais de 76 Diretorias de Ensino distribuídas por todo estado e 4 escolas particulares e da rede municipal de Barretos. Ao todo foram 918 professores envolvidos.
Foram anunciados, na sexta-feira (6), os finalistas da 8ª edição do Concurso de Redação que, neste ano, teve como tema “Qualidade de vida e Pandemia: como cuidar de si e dos outros em tempos de incertezas”. O concurso foi realizado em parceria entre o Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor e a Secretaria Estadual da Educação.
A cerimônia de premiação foi realizada por webconferência, transmitida pelo Youtube do Centro de Mídias SP, e contou com a participação do secretário de Educação Adjunto, Haroldo Rocha, e do Diretor Executivo e Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, Dr. Rui Manuel Vieira Reis.
O concurso reúne alunos do 9º do Ensino Fundamental das redes estadual de São Paulo e municipal e particular de Barretos. Neste ano, mesmo em um cenário de pandemia, 11.739 redações foram produzidas, com a participação de 515 escolas estaduais e 4 escolas particulares e da rede municipal de Barretos, de 76 Diretorias de Ensino, envolvendo 918 professores.
O objetivo do evento é o de difundir o conhecimento gerado no Hospital do Amor, popularizar a ciência e estimular jovens talentos na investigação científica, visando gerar inovações que sejam revertidas e beneficiem toda a sociedade. “O concurso deste ano foi um grande desafio, devido ao cenário que estamos vivenciando. Foram necessárias várias adaptações e ajustes para que conseguíssemos realizá-lo. Mas, com a parceria e a dedicação dos estudantes e professores, foi possível levarmos a mensagem de qualidade de vida a muitas pessoas. em uma época que clama por isso. Acredito que as mais de 11 mil redações foram sementes lançadas em um terreno que muitas vezes, pode ser árido, mas, com certeza, dará muitas flores e frutos”, afirmou o coordenador do Núcleo de Educação em Câncer do Hospital de Amor, Gerson Lucio Vieira.
Prêmios
Os premiados poderão fazer três dias de estágio no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor, em Barretos, que acontecerá assim que as normas de distanciamento social permitirem. Neste período, os participantes vão desenvolver atividades científicas e laboratoriais, além de serem estimulados a respeito da conscientização sobre os fatores ambientais que podem desencadear o desenvolvimento do câncer e outras doenças.
Além disso, o primeiro colocado vai ganhar um notebook, assim com, o o professor orientador. Os demais finalistas receberão um tablet.
Veja quem são os premiados:
1º Lugar
Estudante: Ana Lívia de Oliveira Leal
Professor: Ângela Virgínia Irmer
Unidade Escolar: E.E. Antônio Ionon
Cidade: Coronel Macedo
Diretoria de Ensino: Itararé
2º Lugar
Estudante: Dhieniffer Stephani Alves Viana
Professor: Cleide Pessoa Cristofo
Unidade Escolar: E.E. Dalva Vieira Ítavo
Cidade: Olímpia
Diretoria de Ensino: Barretos
3º Lugar
Estudante: Vitoria Ellero Brandão
Professor: Naiara Elias de Godói
Unidade Escolar: E.E. Profª Franca Franchi
Cidade: Serra Negra
Diretoria de Ensino: Mogi Mirim
4º Lugar
Estudante: Sophia Vendramini Piovezan
Professor: Adriana Mara Quintino Mendes
Unidade Escolar: E.E. Dr. Álvaro Guião
Cidade: São Carlos
Diretoria de Ensino: São Carlos
5º Lugar
Estudante: Maria Eduarda Paciullo
Professor: Márcia Menezes Sasabriche
Unidade Escolar: Esther Frankel Sampaio
Cidade: São Paulo
O Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos), por meio da Comissão de Ensino do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), torna pública a realização do processo seletivo de candidatos à especialização em dosimetrista para o ano de 2021. Para candidatar-se à vaga é necessário ser brasileiro ou estrangeiro com visto permanente no país; ter concluído a Graduação de Tecnologia em Radiologia ou Biomedicina (ou ter a conclusão prevista para a data limite de 28/02/2021); e possuir registro no Conselho Regional da sua categoria.
Confira aqui o edital completo.
Para solicitar a ficha de inscrição, é necessário enviar um e-mail para coreme@hcancerbarretos.com.br ou ensino.hcb@hcancerbarretos.com.br.
Com o intuito de concentrar e apresentar os trabalhos voltados para a pesquisa científica realizados no Hospital de Amor, o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) promove, anualmente, um Encontro Científico que reúne seus pesquisadores, docentes e discentes do Programa de Pós-graduação, além dos alunos de iniciação científica. Neste ano, por conta da pandemia de COVID-19 e a necessidade de isolamento social, que impactaram diretamente nas rotinas de diversos setores e atividades, o evento precisou ser reformulado e aconteceu em edição totalmente online.
“Esse evento representa uma oportunidade singular de integrar todos os nossos alunos quanto aos trabalhos científicos que estão sendo desenvolvidos em nossa instituição com a participação de um comitê avaliador altamente qualificado para avaliar as apresentações, tanto em formato pôster quanto oral”, comentou a Docente Permanente do Programa de Pós-graduação do HA e Coordenadora do Comitê de Bolsas e Pesquisas (CBP), Dra. Marcia Marques Silveira.
Mesmo em um formato fora do escopo habitual, o XI Encontro Científico do HA, que aconteceu no dia 28 de agosto, contou com mais de 120 participantes, que submeteram mais de 110 resumos, dos quais, nove foram escolhidos para apresentação oral, divididos em três categorias: Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado. Os primeiros lugares de cada categoria, tanto na apresentação oral, quanto nos pôsteres, receberam premiações por meio de bônus no Programa de Auxílio e Incentivo aos Pesquisadores, oferecido pela instituição.
Confira a lista completa dos trabalhos premiados:
Iniciação Científica
Apresentação Oral
Título: Detecção de DNA de papilomavírus humano por PCR digital de gotículas em tecido tumoral embebido em parafina e fixado em formalina de pacientes com carcinoma de células escamosas da orofaringe.
Aluno(a): Camila Marques Schiavetto
Pôster
Título: Indisulam sensibiliza as células de glioblastoma ao tratamento de radioterapia.
Aluno(a): Karina dos Santos
Mestrado
Apresentação Oral
Título: Aplicabilidade de um nomograma incluindo variáveis clínicas e moleculares para estratificação de grupos de risco em meduloblastomas pediátricos.
Aluna: Bruna Minniti Mançano
Pôster
Título: Avaliação da expressão dos biomarcadores PD-1 e PD-L1 em tumores de sítio primário desconhecido e seu microambiente tumoral.
Aluno(a): João Neif Antônio Junior
Doutorado
Apresentação Oral
Título: Detecção de antineoplásicos e metabólitos em efluente hospitalar e municipal de Barretos, SP, e avaliação toxicológica e citotóxica.
Aluno(a): Mariana de Oliveira Klein
Pôster
Título: Evaluation the role of miRNAs in Cervical Cancer Cell Lines.
Aluno(a): Rhafaela Lima Causin
Um consórcio científico internacional, que contou com a participação do Hospital de Amor e outras instituições brasileiras, americanas e europeias, apresentou os resultados de uma pesquisa que mostra a descoberta de uma mutação genética que pode explicar o porquê de alguns indivíduos terem um risco maior de desenvolver câncer.
O estudo inédito, publicado na Science Advances – uma das revistas científicas mais conceituadas de todo o mundo – que tem como primeira autora a bióloga e pesquisadora brasileira do St. Jude Children’s Research Hospital, Dra. Emilia Modolo Pinto, mostra que pessoas com a mutação R337H no gene TP53, já associada ao desenvolvimento de alguns tumores, podem apresentar uma outra mutação em um segundo gene, denominado XAF1, também transmitida hereditariamente. A pesquisa mostra também que é a presença ou não dessa segunda mutação que define o risco de câncer entre os portadores da R337H.
A pesquisa partiu do intrigante cenário brasileiro, onde portadores da mutação R337H no gene TP53 podem passar a vida sem desenvolver nenhum tumor; outros, apresentando uma forma de câncer; ou, ainda, existindo a associação a casos de uma mesma família com muitos indivíduos com câncer. “Essa variabilidade de apresentação clínica não poderia ser explicada apenas pela R337H. Outro fator genético ou ambiental (ou ambos) deveria estar presente. Então, nesse estudo foi determinado que 69% dos indivíduos que nascem com a mutação R337H do gene TP53 também nascem com a variante E134* no gene XAF1”, conta a pesquisadora.
Em um esforço colaborativo e multidisciplinar, diversas instituições brasileiras enviaram DNA genômico de pacientes com câncer e membros familiares com a mutação R337H. No total, foram estudadas 203 famílias com pelo menos um caso de câncer, das quais 53 fazem o acompanhamento oncogenético no Hospital de Amor, em Barretos (SP). O trabalho também incluiu estudos de laboratório com uso de tecnologias de ponta. “Nesse estudo, estamos mostrando que a presença da mutação R337H, associada à mutação do XAF1 (portanto, mutações em dois genes supressores tumorais), está aumentada nos pacientes com câncer, em particular, nos que apresentavam sarcoma ou naqueles pacientes que tiveram mais de um tumor”, explica.
Até o momento, a presença de duas mutações tão próximas, modulando o risco de câncer nunca havia sido reportada. Segundo a Dra. Emilia Modolo Pinto, a R337H acomete um em cada 300 indivíduos do Sul e do Sudeste do Brasil, mas já é observada com certa relevância em outras regiões do país e até em outros países, por conta do deslocamento natural dessas pessoas. “Nesse trabalho, estamos mostrando que o risco de câncer é maior para quem herda as duas mutações, se comparado com indivíduos que são portadores apenas da R337H”. A pesquisadora explica também que, na prática clínica, ainda é muito cedo para mudanças de protocolo e manejo, mas o rastreamento para as duas mutações deve ser incorporado enquanto se aprofunda o conhecimento sobre o papel dessas duas mutações no acometimento de câncer.
Para o médico geneticista do departamento de oncogenética do HA, que participou do estudo, Dr. Henrique Galvão, esta descoberta contribui para um rastreamento mais preciso entre os portadores da R337H. “Com os resultados do estudo, vamos continuar o trabalho de acompanhamento e incluir o gene XAF1 na prática clínica, com impacto financeiro mínimo para a entidade”. O Hospital de Amor é a única instituição no Brasil que faz o acompanhamento oncogenético de forma gratuita a pacientes e seus familiares. Segundo o geneticista, com os resultados, há a possibilidade de avanço em outros estudos para definir protocolos diferenciados, para os pacientes com e sem a mutação no gene XAF1.
Além do Dr. Henrique Galvão, também contribuíram para o estudo a Dra. Edenir Inez Palmero, docente do programa de pós-graduação em oncologia do hospital, e as discentes do programa de pós-graduação em nível de doutorado da instituição, Cíntia Regina Niederauer Ramos e Sahlua Miguel Volc.
Uma nova parceria surgiu a partir da necessidade do Hospital de Amor no combate ao novo coronavírus. O IRCAD América Latina – centro de treinamento em cirurgia minimamente invasiva que faz parte do complexo do HA, em Barretos (SP) – se transformou em um polo de inovação em prol do enfrentamento do coronavírus (SARS-Cov-2), responsável pela COVID-19, com o desenvolvimento de protetores faciais utilizados pelas equipes médicas que atuam diretamente no atendimento a pacientes.
Desenvolvidas por médicos e membros de startups, as máscaras faciais desinfectáveis de baixo custo têm o objetivo de ampliar a capacidade de atendimento em unidades de terapia intensiva (UTIs), e já estão em fase final de validação médica. “Essas máscaras são fundamentais no atual cenário de enfrentamento da pandemia de COVID-19, visto que se trata de uma doença de alta transmissibilidade e que causa percentual considerável de insuficiência respiratória, colocando os profissionais em risco de serem contaminados ao realizarem procedimentos de assistência respiratória. Além disso, considerando a escassez desses insumos no mercado, a iniciativa de desenvolver um produto seguro, fácil de ser utilizado, com possibilidade de reuso e de baixo custo, é essencial para todo o sistema de saúde”, afirmou o diretor médico e infectologista do Hospital de Amor, Dr. Paulo de Tarso Oliveira e Castro.
Pensando na necessidade de ajudar os hospitais com insumos utilizados diariamente, o grupo desenvolveu o protótipo em 24 horas. De acordo com o médico veterinário do IRCAD, Emílio Belmonte, o custo de cada máscara será 50% mais barato que as vendidas no mercado, e a ideia é, ainda, buscar apoios com fabricantes das matérias primas utilizadas para que o custo aos hospitais seja zero.
Confeccionada com materiais de engenharia, como o plástico PETG (que é mais resistente), TPU, plástico flexível, elástico e acetato, a máscara possibilita que sua viseira seja descartada e sua estrutura desinfectada de forma fácil, mesmo em locais com pouca infraestrutura. Para a produção dos dispositivos de segurança, o grupo conta com impressoras 3D em FDM e resina, scaner 3D e softwares de edição.
As máscaras serão disponibilizadas gratuitamente às unidades sob gestão do Hospital de Amor, para os profissionais que atuam linha de frente.
Além dos diretores médicos do HA, Dra. Cristina Prata Amendola e Dr. Paulo de Tarso Oliveira e Castro, estão envolvidas na ação pessoas e startups que integram a comunidade de inovação de Barretos, ‘BrutoValley’: como o médico veterinário do IRCAD e diretor da Bmed 3D, Emílio Belmonte; Luciano Dovigo e Lucas Alves de Souza, também da Bmed3D; André Vanzolim, gestor do FabLab do UNIFEB; Thiago Ferreira e Jacó Saraiva, da MedLig; Bruno Menezes, da Creative Pack; Christian Silva, da Globin Head; João Batista, da BBQ; Gustavo Felici, da Unifafibe; e Guilherme Sanchez, gestor regional de startups do Sebrae.
Com objetivo de contribuir para um melhor tratamento aos pacientes com a COVID-19 no Brasil, o Hospital de Amor está fazendo parte dos esforços da chamada ‘Coalizão COVID Brasil’, coordenada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). A iniciativa poderá contar com os esforços de até 60 outros hospitais de todo o País.
A Coalizão COVID Brasil é um projeto que está avaliando a eficácia e segurança de medicamentos para pacientes com infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) por meio de ensaios clínicos padronizados em três frentes: a primeira (Coalizão I), que envolverá pacientes de menor gravidade internados; a segunda (Coalizão II), que envolverá casos mais graves e que necessitam de maior suporte respiratório; e a terceira (Coalizão III), que envolverá pacientes com insuficiência respiratória grave e que necessitam de suporte de aparelhos (ventilador mecânico) para respirar.
O Hospital de Amor, que tem como pesquisadora principal a médica intensivista e diretora médica do HA, Dra. Cristina Prata Amendola, está contribuindo com os ensaios clínicos do projeto nas duas primeiras frentes, onde serão verificadas as efetividades dos medicamentos hidroxicloroquina e azitromicina. Segundo as equipes responsáveis pelas pesquisas, os resultados deverão estar disponíveis entre 60 e 90 dias.
Uma das maiores referências em tratamento e assistência oncológica na América Latina, o Hospital de Amor (novo nome do Hospital de Câncer de Barretos, como ainda é referido no ranking), dá sinais de sua consolidação também na frente de pesquisa. Prova disso, é sua posição no Scimago Institutions Rankings (SIR) 2020. Neste ano, o HA ocupa a primeira posição entre os hospitais de toda a América Latina e o segundo lugar entre as instituições que realizam pesquisas na área da saúde.
O SIR é um recurso internacional de avaliação científica que classifica universidades e instituições públicas ou privadas em todo o mundo, revelando algumas das principais dimensões (pesquisa, inovação e impacto social) de desempenho da pesquisa. O objetivo do ranking é fornecer uma ferramenta métrica útil para as entidades, formuladores de políticas públicas e gerentes de pesquisa para a análise, avaliação e melhoria de suas atividades, produtos e resultados. Só na edição de 2020, mais de 7 mil instituições foram avaliadas em todos os setores, entre elas, mais de 1.200 são da área da saúde. Este é o terceiro ano consecutivo em que a HA está entre as primeiras posições do ranking no setor de saúde, no Brasil e na América Latina.
Há pouco mais de 10 anos, o hospital deu início às atividades do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), cujo objetivo principal é oferecer as melhores condições para a realização de pesquisa de ponta, estimular o ensino pós-graduado, formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de se voltar também para a transmissão desse conhecimento à sociedade com trabalhos e ações de alto impacto, sobretudo, para as crianças e adolescentes em seu ambiente escolar. Até o momento, mais de 120 mestres e doutores já foram formados pelo Hospital.
O IEP mantém, fundamentalmente, a sintonia com as atividades desenvolvidas nos departamentos clínicos da instituição e compõe os alicerces para o desenvolvimento da medicina de futuro (a chamada medicina personalizada) em oncologia. Sua estrutura baseou-se nos mais modernos centros de pesquisa mundiais, enfatizando a praticidade de circulação, a facilidade de acesso aos recursos tecnológicos e a supervisão de profissionais capacitados. A complexa e atual infraestrutura possui desde anfiteatros, salas de ensino modernas e centro de treinamento cirúrgico, até laboratórios de genética molecular e biologia celular, além de unidades móveis de educação, sendo capaz de viabilizar o desenvolvimento de diferentes linhas de pesquisa em oncologia. Suas atividades estão centradas em quatro eixos principais: Epidemiologia e Prevenção do Câncer; Oncologia e Patologia Molecular; Oncologia Clínica e Cirúrgica; e Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida, que buscam incessantemente o desenvolvimento tecnológico e a inovação, visando como resultado final, o melhor atendimento ao paciente oncológico.
De acordo com o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Reis, a produção científica atual do Hospital de Amor conta com uma média de 200 publicações por ano em periódicos de impacto mundial. “A excelência na infraestrutura e organização implementada desde o início das atividades do IEP, além de seu constante aprimoramento, são fundamentais para obtermos esse resultado junto ao Scimago Institutions Rankings. Nossa posição mostra que a aposta da instituição em uma política sólida de ensino e pesquisa não é apenas promissora, mas já traz resultados altamente relevantes para a comunidade científica, pacientes e sociedade em geral”, afirmou Reis.
O Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, lançou na última quinta-feira, dia 5, o “Guia de Educação em Saúde e Câncer”, desenvolvido em parceria com o Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio – SESC. O livro, que começou a ser estruturado há dois anos, é o único deste formato no Brasil e tem como principal objetivo oferecer suporte teórico e prático para ações de Educação em Saúde, sobretudo dentro da temática câncer.
“A temática Educação em Saúde é muito ampla, mas nós tentamos fazer um resgate histórico global, afunilando para América Latina e Brasil, finalizando com a análise dos trabalhos desenvolvidos pelo e no Hospital de Amor durante seus quase 60 anos”, detalhou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. O guia, que também será disponibilizado em formato digital, traça uma linha do tempo desde a fundação da instituição e conceitua as práticas de atenção ao câncer, até culminar nas ações de educação em saúde desenvolvidas com este viés.
O evento reuniu seis secretários de educação e a diretora de ensino da região de Barretos, além de mais de 150 professores, diretores e coordenadores de escolas de toda região, e também marcou a apresentação da Agenda 2020 do “Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas (PESCE)”, que une 12 projetos do NEC desenvolvidos exclusivamente para o ambiente escolar.
Com o intuito de motivar os educadores e ampliar o conhecimento sobre novos métodos de aprendizado, o NEC trouxe para o lançamento a palestra “Jogos Digitais como estratégia para a Educação e a Saúde”, ministrada por Tiago Eugênio, biólogo formado pela UNESP, com mestrado em psicobiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Neste ano, o Hospital de Amor comemora os 20 anos da realização da primeira videolaparoscopia realizada na instituição, técnica que hoje é rotina no tratamento de muitos pacientes. Para celebrar a data e os milhares de procedimentos realizados até o momento, médicos e profissionais que fazem parte dessa história se reuniram em um simpósio comemorativo, no último dia 29 de novembro, que, além de abordar a evolução na indicação do procedimento ao longo dos anos, trouxe discussões sobre o que há de mais inovador na área, sobretudo, na segurança e utilização da tecnologia e novos materiais para a realização da videolaparoscopia.
Segundo o presidente do Hospital de Amor, Henrique Duarte Prata, a decisão de trazer a técnica para a instituição, mesmo com as dificuldades apresentadas na época, foi baseada no objetivo de sempre levar o melhor e mais adequado tratamento aos pacientes. De acordo com o médico titular do departamento do digestivo baixo do HA, Dr. Marcos Denadai, o uso da videolaparoscopia no HA foi fundamental para o avanço e melhoria da tecnologia no Brasil e no mundo, sobretudo, no tratamento oncológico.
Desde 2011, a parceria entre o Hospital de Amor e o Instituto de Treinamento em Técnicas Minimante Invasivas e Cirurgia Robótica – IRCAD – transformou a cidade de Barretos em uma referência também na formação de cirurgiões especialistas técnicas minimamente invasivas, recebendo profissionais de toda a América Latina.
O evento também contou com a presença do fundador e coordenador científico IRCAD, Jacques Marescaux; do médico que iniciou o trabalho com essas técnicas em Barretos e um dos maiores nomes no tratamento cirúrgico das afecções do colón e reto, Dr. Armando Melani; e do cirurgião e coordenador científico do IRCAD, Dr. Luís Gustavo Romagnolo.