O Hospital de Amor, referência no atendimento de pacientes oncológicos e também no desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao câncer, acredita que a colaboração possui um papel muito importante em suas conquistas. Por conta disso, criou, em 2016, o Institutional Affairs Department (IAD) – cujo nome, em português, pode ser traduzido como Departamento de Assuntos Institucionais – que compõe a frente de extensão do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da instituição, e tem como principal objetivo dar suporte aos pesquisadores, estudantes e profissionais visitantes provenientes de parcerias institucionais, sobretudo, as internacionais, promovendo uma assistência padronizada que resulte em uma maior qualidade nos processos e, consequentemente, na otimização de seus resultados.
O departamento também centraliza o apoio oferecido aos colaboradores do Hospital de Amor que buscam intercâmbio profissional e de formação, assim como, o acolhimento de profissionais que venham até a instituição com este fim, além de auxiliar na organização de eventos internacionais e na elaboração e encaminhamento de projetos que visem parcerias com instituições estrangeiras.
Parceiros internacionais
Atualmente, o Hospital de Amor possui parcerias internacionais importantes, como a que existe com o MD Anderson Cancer Center, maior centro de tratamento e pesquisa em câncer do mundo, e instituições de ensino que são consideradas referência mundialmente, como as norte-americanas Rice University, em Houston, no Texas, e University of Miami, na Flórida, por meio do Sylvester Comprehensive Cancer Center, que trazem resultados tanto na parte assistencial quanto no desenvolvimento científico.
Só em 2018, o IAD foi responsável pelo acompanhamento de mais de 30 grupos de visitas, com rotação de mais de 100 visitantes, além de cerca de 20 intercâmbios institucionais, contabilizando entradas e saídas.
O Hospital de Amor sabe da importância de garantir que as orientações relacionadas ao tratamento, mesmo aquelas de caráter mais delicado, sejam transmitidas da maneira adequada aos pacientes e a seus familiares. Neste contexto, nos dias 22 e 29 de março, a instituição realizou a primeira edição do “Workshop de Comunicação de Más Notícias em Oncologia”. Voltado a médicos residentes do departamento de Oncologia Clínica, o treinamento, que ocorreu na sede da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), teve como intuito possibilitar que estes profissionais pudessem vivenciar de maneira didática a experiência de transmitir notícias difíceis, considerando situações críticas comuns na rotina de um oncologista e embasando-se em protocolos já bem estruturados sobre o tema.
A ação, que contou com 45 participantes (entre médicos titulares, residentes de todos os anos do programa de residência em oncologia clínica – R1, R2 e R3 – e graduandos do curso de medicina da FACISB), foi realizada em uma parceria com o Laboratório Grünenthal e com o Instituto de Ensino e Pesquisa do HA e foi conduzida com o apoio de 4 atores, que simularam contextos de diálogos com pacientes e familiares, com as orientações sobre as possíveis atitudes a serem tomadas em cada caso, a fim de garantir as melhores práticas clínicas. De acordo com o oncologista clínico e membro do Grupo de Pesquisa em Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida da instituição (GPQual), Dr. Carlos Eduardo Paiva, esse tipo de experiência é muito importante para os profissionais, pois contribui para que eles possam desenvolver uma interação mais humana e eficaz com o paciente. “Uma comunicação adequada favorece vários desfechos positivos, como o fortalecimento do vínculo médico-paciente, o aumento da adesão ao tratamento, a melhora da satisfação do paciente, dentre outros fatores”, afirmou.
Para a aluna do 1º ano de residência em Oncologia Clínica do HA, natural de Araguaína (TO), Izabella Santos Negreiros, o evento foi muito proveitoso. “O workshop foi excelente. A maneira como o tema foi abordado foi bem interessante, abrindo espaço para discussões e para que os participantes tirassem suas dúvidas ou expusessem suas dificuldades. Finalizando com uma atividade prática de simulação, que sintetizou tudo o que havia sido dito. Por se tratar de uma realidade frequente no nosso cenário, saber comunicar más notícias é umas das principais habilidades que um oncologista precisa ter, e a iniciativa foi essencial para que eu percebesse meus pontos fracos e aprendesse como poder melhorá-los”, declarou.
Na última segunda-feira, 8 de abril, o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor, em parceria com a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), lançou, oficialmente, seu programa de “Mestrado Profissional de Inovação em Saúde”. A nova modalidade de pós-graduação stricto sensu traz um grande diferencial: não é restrita apenas a profissionais da área da saúde, ou seja, é destinada a todos os segmentos assistenciais do HA, visando possibilitar ao pós-graduando condições para o desenvolvimento de estudos que demonstrem o domínio dos instrumentos conceituais, técnicos e metodológicos essenciais na sua área, com o objetivo de atender as demandas do mercado de trabalho.
A nova modalidade foi aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (CAPES) no dia 27 de dezembro de 2018 e possui a mesma validação e titulação que o mestrado acadêmico. “Apesar de títulos semelhantes, os mestrados possuem objetivos diferentes. O Profissional se difere do Acadêmico nos resultados práticos que ele dá para a sociedade: o primeiro é responsável por explicar e, o mais importante, aplicar um determinado tema de pesquisa; enquanto o segundo tem a função de explicar algum estudo ou pesquisa”, afirmou o diretor de ensino do IEP e coordenador do programa de Mestrado Profissional de Inovação em Saúde, Dr. Ricardo Reis.
Para o diretor geral da FACISB, Dr. Sergio Serrano, o lançamento do programa marcará a história das instituições. “Este momento é um marco, não apenas para o Hospital de Amor e para a FACISB, mas também para toda a comunidade de Barretos e região”, declarou.
De acordo com Reis, o principal objetivo do programa está no desenvolvimento de novos produtos ou protocolos, dos quais a comunidade é beneficiada diretamente, dentro do tema Inovação em Saúde. “É importante destacar que um dos pilares do Mestrado Profissional está nas parcerias e, é por meio delas, que conseguiremos capacitar profissionais das mais diversas áreas de atuação, dando a eles um olhar plural para o assunto”, explicou.
Os alunos do mestrado serão estimulados a desenvolver estudos, protocolos aplicativos e técnicas voltadas para a melhora dos seus desempenhos, com o intuito de atingir altos níveis profissionais. Durante o curso, serão valorizadas as produções artísticas, desenvolvimento de aplicativos para saúde, revisões sistemáticas, artigos científicos, patentes, registros de propriedade intelectual, projetos de elaboração de técnicas, elaboração de protocolos e fluxogramas, publicações de inovações tecnológicas, desenvolvimento de materiais didáticos, educacionais e de instrução, elaboração de processos, produção de programas de mídia, elaboração de softwares, estudos de casos, criação de manuais para operações técnicas, desenvolvimento de protocolo experimental ou de aplicação em serviços, proposta de criação de dispositivos para melhorar procedimentos clínicos ou de serviço e projetos para desenvolvimento ou produção de instrumentos.
“A nossa intenção é despertar no aluno um tipo especial de interesse pela pesquisa e desenvolvimento de produtos, ao ponto que ele possa incluí-la, naturalmente, em sua rotina de trabalho como um elo entre as diferenças etapas de ganho constante de conhecimento e a aplicação dele na prática diária. Dessa forma, um colaborador dos departamentos de engenharia, enfermagem, tecnologia da informação, comunicação, entre tantos outros, pode iniciar a modalidade de mestrado profissional. Basta ter um estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do HA e, partir de então, com o auxílio de um orientador, iniciar a especialização stricto sensu”, declarou Dr. Ricardo Reis.
Segundo o diretor executivo e científico do Instituto de Ensino e Pesquisa e pró-reitor do programa de pós-graduação do Hospital de Amor, Dr. Rui Reis, a nova modalidade irá completar o programa de pós-graduação já existente da instituição. “Esperamos que o mestrado profissional venha estreitar laços com as demais universidades, estabelecimentos de ensino, empresas e entidades, e que consigamos chegar a novas e grandes soluções que possam ser aplicadas à saúde e ao paciente oncológico”, finalizou.
Linhas de Pesquisa
O programa de ‘Mestrado Profissional – Inovação em Saúde’ está estruturado em torno de cinco linhas de pesquisa que abrangem a saúde da comunidade. São elas:
I – Redes em Saúde: Criação, Disseminação e Integração;
II – Informática e Tecnologia;
III – Políticas em Saúde Assistencial;
IV – Prevenção e Políticas de Promoção a Saúde;
V – Reabilitação, Qualidade de Vida e Medicina Integrativa.
Para participar do curso de especialização, os candidatos devem ser colaboradores contratados do Hospital de Amor, Santa Casa de Misericórdia de Barretos, Unidades Básicas de Saúde subordinadas ao HA, serem bolsistas ou terem dedicação exclusiva ao programa de pós-graduação da instituição. “A nossa dica para aqueles que estão interessados em cursar o mestrado é para que desenvolvam seus projetos de pesquisa junto aos seus orientadores (todos eles vinculados à nova modalidade) e enviem para a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Assim, no momento em que abrirem as inscrições, os candidatos já estão com o processo aprovado e preparados para cursar”, explicou o diretor de ensino.
Inscrições
As inscrições estarão abertas de 27 a 31/5. O processo seletivo acontecerá nos dias 6 e 7/6 e a lista dos aprovados será divulgada dia 20/6. Os interessados poderão se inscrever e conferir todas as informações no site da FACISB: www.facisb.edu.br/mestrado.php.
Mais informações, entre em contato com o departamento de Pós-Graduação do Hospital de Amor, através do e-mail ‘posgrad@hcancerbarretos.com.br’.
O Concurso de Redação, iniciativa promovida pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, já virou tradição entre os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II, matriculados nas escolas estaduais do Estado de São Paulo e nas escolas privadas da cidade de Barretos (SP). Com o objetivo de difundir o conhecimento e popularizar a ciência, os jovens talentos são estimulados na investigação científica para que, no futuro, possam gerar aprendizado e inovações que beneficiem toda a sociedade.
No último dia 29 de março, o NEC, em parceria com o Departamento de Prevenção e apoio das Secretarias Municipais de Esporte e Cultura, lançou a 7ª edição do concurso, que neste ano traz como tema a prevenção do câncer colorretal (“Alimentação saudável e atividade física: de olho no futuro sem câncer colorretal”), assunto abordado durante o mês de março (conhecido como Março Marinho). O evento, que aconteceu no estacionamento do Ginásio de Esportes João Batista da Rocha – o Rochão, foi aberto a toda comunidade do município e da região e contou com uma programação especial, repleta de atividades físicas e educativas, orientações sobre prevenção, saúde e qualidade, além da presença da unidade móvel de educação ‘Missão Gênese’.
“O Concurso de Redação é, atualmente, uma das principais ferramentas na ampliação do nosso Programa de Divulgação Científica, e as importantes parcerias estabelecidas por meio dele, como o apoio da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que é composta por 91 Diretorias Regionais de Ensino, e da Secretaria Municipal de Educação de Barretos, são de extrema relevância na obtenção de grandes resultados. A expectativa para este ano é ultrapassar as mais de 19 mil redações produzidas em 2018, levando, assim, para mais pessoas e lugares a mensagem de prevenção, qualidade de vida e, consequentemente, uma cultura de autocuidado e de vida mais saudável”, afirmou coordenador do Núcleo de Educação em Câncer, Gerson Vieira.
Março Marinho no Concurso de Redação
Não por acaso, neste ano, o lançamento do Concurso de Redação foi realizado junto ao encerramento da campanha “Março Marinho” – já marcada pela conscientização da importância de se prevenir do câncer colorretal (aquele que acomete o intestino grosso e o reto). Segundo a médica endoscopista e responsável pelo Programa de Rastreamento do Câncer Colorretal do Hospital de Amor, Dra. Denise Guimarães, implantado em Barretos há 3 anos, a incidência da doença vem aumentando progressivamente no país e, ações como esta, trazem resultados importantes. “Assim como o resto do mundo, nós adotamos o mês de março para fazer a campanha e elaboramos uma série de atividades que promovem o conhecimento sobre o câncer colorretal, além de dar destaque para a prevenção, que acontece de maneira simples através da atividade física e alimentação saudável em todas as idades, e do rastreamento para aqueles entre 50 e 65 anos”, declarou.
O Concurso de Redação possui, ao todo, cinto etapas que iniciam hoje, 2 de abril, e seguem até o dia 19 de agosto. Entre as milhares de redações, cinco serão selecionadas e os autores serão premiados com três dias de estágio no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do HA, onde desenvolverão atividades científicas e laboratoriais, além de serem estimulados a respeito da conscientização sobre os fatores ambientais que podem desencadear o desenvolvido do câncer e outras doenças. Já o primeiro colocado ganhará um notebook, assim como o professor orientador, e os demais finalistas ganharão um tablet. “Os temas das redações são anualmente escolhidos com a intenção de que os estudantes participantes se aproximem da pesquisa”, completou o coordenador do NEC.
Para a dirigente regional de ensino da Diretoria de Ensino da Região de Barretos, Solange de Oliveira Bellini, o projeto tem oferecido oportunidade para implementar e enriquecer o currículo escolar, tanto na área das ciências biológicas, quanto na área de linguagens. “Criou-se, entre os estudantes e profissionais das escolas, a expectativa sobre qual temática a ser desenvolvida a cada ano e quais desafios eles terão que vencer para a melhor colocação dos candidatos e instituições. Isso também colabora para um aprendizado voltado para melhoria das habilidades de investigação, pesquisa, criticidade e criatividade na competência escritora dos jovens, diante das temáticas apresentadas. Paralelo a isso, o desafio de competir com um número maior de candidatos também os coloca diante de uma situação real do aprendizado para a vida cotidiana. Neste sentido, muito ganhamos e muito aprendemos com esta parceria”, declarou.
O professor da Escola Estadual Embaixador Macedo Soares (uma das participantes do concurso), Rildo Vasconcelos, afirma que todo o conteúdo absorvido e repassado aos alunos se torna uma importante ferramenta de prevenção do câncer e de outras doenças, além se tornar uma importante ferramenta de criação de autonomia sobre o saber. “Eu tenho certeza de que tudo que os alunos aprendem por meio deste projeto ultrapassa os muros das escolas e, muitas vezes, se sobrepõe ao que chamamos de educação formal”, declarou.
Confira o cronograma do 7º Concurso de Redação:
Fase I | Período de Produção das Redações nas escolas | Entre 02/04 e 24/05 |
Fase II
|
Banca de Avaliação nas escolas
Envio das Redações para as Diretorias Regionais de Ensino |
Entre 27/05 e 07/06
Até 07/06 |
Fase III | Banca de Avaliação nas Diretorias de Ensino Regionais
Envio das Redações para o NEC |
Entre 10/06 e 28/06
Até 28/06 |
Fase IV | Banca de Avaliação no Hospital de Câncer de Barretos
Publicação dos nomes dos finalistas no site do Hospital |
Entre 01/07 e 26/07
29/07 |
Fase V | Cerimônia de Premiação dos finalistas
Estágio no Hospital de Câncer de Barretos |
07/08
07/08 A 09/08 |
Desde 2010, o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor (IEP) auxilia os pesquisadores da instituição no relacionamento com as agências de fomento, através de uma área de apoio institucional ao pesquisador. Em 2012, este departamento recebeu o nome de Escritório de Projetos e Inovação Tecnológica (EPIT). O EPIT é responsável por atuar como interface entre os pesquisadores e as agências de fomento, realizando o suporte técnico-administrativo e financeiro dos projetos de pesquisa da entidade, seja para auxílios individuais, bem como, projetos institucionais.
O objetivo do escritório é auxiliar o pesquisador nas questões administrativas dos projetos, desde a contratação, passando pela compra dos itens concedidos, liberação de recursos, preparação dos documentos para importação, incorporação do material permanente adquirido até a finalização com a apresentação da prestação de contas, dentro dos moldes exigidos por cada agência de fomento.
De acordo com a supervisora de projetos do setor, Joyce Silva, o EPIT tem como missão proteger o patrimônio intelectual de seus pesquisadores e inventores, estimulando e valorizando a atividade criativa pela produção científica e proporcionando novos métodos de desenvolvimento com a inovação. A área de projetos do departamento oferece apoio institucional ao pesquisador, com a criação e atuação na área administrativa e na gestão dos processos, das compras, da organização de documentos e da prestação de contas. “Dessa forma, os pesquisadores ganham mais tempo para se dedicar à pesquisa, garantindo um melhor andamento dos projetos e, consequentemente, aumentando as produções cientificas e fortalecendo das grandes parcerias dentro da comunidade cientifica”, afirma Joyce”. Já a área de Inovação Tecnológica do setor tem como principal objetivo orientar os pesquisadores, destacando o valor da propriedade intelectual com o registro de marcas, patentes e direitos autorais, de acordo com o estabelecido na Política de Propriedade Intelectual do Hospital de Amor.
No campo de pesquisa e desenvolvimento, cabe ao EPIT participar de negociações dos projetos, especificamente no que diz respeito à propriedade intelectual e ao sigilo, assegurando que direitos fundamentais do Hospital de Amor e de seus pesquisadores sejam preservados, de acordo com o que estabelecem as políticas institucionais.
A funcionalidade do EPIT pode ser estabelecida em tópicos, distribuídos da seguinte forma:
1. Estimular o patenteamento e o registro da criação intelectual no hospital;
2. Orientar e prestar assistência aos criadores sobre como elaborar as solicitações de patentes e registros;
3. Receber dos criadores as solicitações de patentes e registros;
4. Analisar a viabilidade técnica e econômica da criação intelectual;
5. Incumbir-se da tramitação do processo de solicitação até a efetivação do depósito da patente;
6. Apoiar a transferência de tecnologia desenvolvida no Hospital de Amor;
7. Administrar a execução dos contratos de exploração de patentes e/ou registros;
8. Instruir os criadores para assegurar a novidade;
9. Exigir a inserção de cláusulas específicas de proteção intelectual nos convênios e contratos firmados;
10. Emitir parecer sobre toda solicitação de pedido de patente e/ou registro encaminhado ao IEP.
Quem pode utilizar os serviços do EPIT?
Todos os pesquisadores, alunos de pós-graduação e colaboradores atuantes na equipe multiprofissional do Hospital de Amor (em qualquer das unidades da instituição espalhadas pelo Brasil) que tenham uma ideia inovadora, um projeto de pesquisa ou pretendem fazer uma parceria com outras instituições, podem contar com o suporte oferecido pelo escritório.
Após concluir a graduação, chega um momento decisório na vida de muitos profissionais da área da saúde: onde realizar sua residência. Para oferecer suporte a esses futuros especialistas, o Hospital de Amor conta com uma Comissão de Residência Médica (COREME) e uma Comissão de Residência Multiprofissional (COREMU). Em entrevista, o coordenador da Comissão de Residência Médica, Dr. Mário José Aguiar de Paula, explica o papel que esses setores exercem na regularização dos residentes dentro da instituição e esclarece algumas dúvidas frequentes. Confira:
1) Como funcionam as residências médicas e multiprofissionais dentro do Hospital de Amor?
R.: A residência médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob forma de curso de especialização (considerada como “padrão de ouro”). O programa de residência, cumprido integralmente dentro de uma determinada especialidade, confere ao médico residente o título de especialista. É importante ressaltar que a expressão “residência médica” só pode ser empregada para programas que sejam credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Seu processo seletivo é realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, através de Seleção Pública para Residência Médica do Sistema Único de Saúde (SUS/SP).
Já a residência multiprofissional é uma formação destinada à especialização de outros profissionais da saúde, com o objetivo de permitir um aprofundamento de estudo e prática de uma determinada área de atuação. No caso do Hospital de Amor, trata-se de um programa que desenvolve atividades de aprendizagem teórica e prática na assistência ao paciente oncológico, possibilitando a integralidade do cuidado nos diversos segmentos da saúde. Este programa está de acordo com as recomendações da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), instituída por meio da Portaria Interministerial nº 45, de 12 de janeiro de 2007, sendo coordenada conjuntamente pelo Ministério da Saúde e do Ministério da Educação. Os cursos disponíveis no HA para este tipo de especialização são: residência em enfermagem, residência em fisioterapia e residência em odontologia. Seu processo seletivo é realizado pela empresa Consesp (Consultoria em Concursos Pesquisas Sociais), através de seleção realizada em três etapas.
2) Além das residências, o departamento também é responsável pelos Estágios Observacionais. Como são esses estágios e quem pode fazê-los?
R.: A visita observacional no Hospital de Amor é uma modalidade de estágio destinada a estudantes médicos, graduados médicos e multiprofissionais, residentes e aperfeiçoandos médicos ou multiprofissionais que desejem expandir seus conhecimentos na área da oncologia. Basta que tenham interesse e possuam vínculo com alguma instituição de ensino, seja como forma de graduação ou qualquer outro gênero de especialização, para poderem participar. Trata-se de um módulo de aprendizagem onde o visitante acompanha as rotinas de trabalho de um preceptor, na tentativa de aprimorá-lo a partir da vivência em campo, atendendo o que dispõe a Lei nº 11.788/08.
3) Como é o retorno dos profissionais que passam pela residência? Qual é o impacto na formação e desenvolvimento profissional deles?
R.: O feedback que recebemos é sempre muito positivo. Nossos residentes comentam que a experiência no Hospital de Amor é muito boa para suas formações. Ao final, esse ‘estudante’ deixa a instituição capacitado, torna-se uma extensão do HA e encontra muitas portas abertas para atuação no mercado de trabalho.
4) Quantos residentes médicos o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 169 residentes médicos.
5) Quantos residentes multiprofissionais o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 81 residentes multiprofissionais.
6) Quantas visitas observacionais o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 2.839 visitantes médicos e 617 visitantes multiprofissionais, totalizando 3.456 visitantes (uma média de 288 por mês).
7) Quais foram as conquistas alcançadas por essas Comissões?
R.: Foram muitas, mas podemos destacar o preenchimento de 90% das vagas disponíveis do programa de residência médica e 100% do de residência multiprofissional; a implementação da pesquisa de satisfação para as visitas observacionais; a aprovação de novas vagas para este ano; a inclusão dos residentes em treinamento laparoscópico em animais e a consolidação do Centro de Treinamento em Laparoscopia.
8) Como fazer para ter mais informações sobre os programas de residência do Hospital de Amor?
R.: Os interessados em fazer parte dos programas de residência devem entrar em contato com a equipe COREME/COREMU, através do e-mail ‘coreme@hcancerbarretos.com.br’, ou pelo telefone (17) 3321-6600, ramal 6791.
Referência no tratamento oncológico com excelência e humanização, o Hospital de Amor também possui grandes diferenciais no que diz respeito às áreas de prevenção, ensino e pesquisa. Há mais de 10 anos, a instituição conta com o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), cujo objetivo é estimular o ensino pós-graduado, formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de oferecer as melhores condições para a realização de projetos de pesquisa (sempre voltados para as questões clínicas e de relevância para o paciente de câncer). Junto a essa consolidada missão, foi instituído, em 2008, o Núcleo de Apoio ao Pesquisador (NAP) do IEP.
O setor, que tem por objetivo promover o desenvolvimento de pesquisas científicas na instituição, também atua como um centro de suporte para a realização de estudos de iniciativa ao investigador, oferecendo subsídios aos pesquisadores no que se refere ao treinamento de equipes de pesquisa, construção, avaliação, execução e análise estatística dos dados do estudo, visando garantir, principalmente, a segurança do participante de pesquisa e a excelência do trabalho. Sua estrutura é organizada em duas equipes: Núcleo de Epidemiologia e Bioestatística (NEB) e Coordenadoria de Pesquisa.
Núcleo de Epidemiologia e Bioestatística
Composto por um time de estatísticos e gerenciadores de bancos de dados, o NEB fornece suporte desde a elaboração de projetos, desenvolvimento de fichas clínicas (CRFs) no RedCap, até a análise dos dados do estudo. A equipe é responsável por oferecer acesso à supervisão de pesquisadores experientes, muitas vezes, contribuindo para a estrutura metodológica do projeto.
Coordenadoria de Pesquisa
Composta por uma equipe altamente especializada, a coordenadoria de pesquisa atua oferecendo suporte ao pesquisador no gerenciamento e condução de seu projeto de pesquisa (incluindo estratégias de operacionalização, fluxo de condução da metodologia proposta e análise crítica), visando sempre qualidade, rastreabilidade, confiabilidade e integridade dos dados pretendidos. Os coordenadores e assistentes de pesquisa clínica ficam junto à equipe multidisciplinar de cada especialidade. É de responsabilidade da coordenadoria de pesquisa acompanhar o pesquisador desde a treinamento da equipe de pesquisa para a triagem e busca ativa dos participantes; coleta, registro e verificação de dados; até a coleta, transporte, processamento e armazenamento de material biológico.
Dentre as atividades de apoio ao pesquisador, o departamento fornece uma sólida análise estatística dos casos de câncer, auxilia na elaboração dos instrumentos para o levantamento de dados e ajuda na gestão de projetos que recebem o auxílio dos órgãos de fomento de pesquisa. Além disso, a equipe médica envolvida auxilia na gestão dos estudos, construção dos ensaios clínicos e promoção de palestras, exposição de painéis e participação em congressos, aulas e cursos.
De acordo com a coordenadora do NAP, Viviane Andrade, toda a comunidade interna multiprofissional de pesquisa do Hospital de Amor (alunos matriculados no programa de pós-graduação em oncologia) e pesquisadores externos vinculados à equipe interna, podem utilizar os serviços do departamento. “O acesso a uma equipe especializada no desenvolvimento, gerenciamento e condução de estudos clínicos, oferece aos pesquisadores da instituição a oportunidade de consolidar parcerias com renomados centros nacionais e internacionais, garantindo agilidade, segurança e, principalmente, qualidade na condução de estudos de iniciativa do investigador”, afirmou Viviane.
A infraestrutura de alta tecnologia e suporte qualificado do NAP, permite com que os pesquisadores do HA se dediquem às produções científicas, fortalecendo as importantes parcerias com outros centros de excelência, trazendo resultados positivos, não apenas no aumento do número das publicações, como também na qualidade das pesquisas. “Atualmente, nós temos 89 protocolos de pesquisa em andamento. São 44 (49,4%) em estudos longitudinais – métodos de pesquisa que visam analisar as variações nas caraterísticas dos mesmos elementos de amostra no decorrer de um longo período de tempo – e 24 (26,9%) em ensaios clínicos – estudos de investigação que experimentam novas terapias. Destes, 29 (32,5%) são multicêntricos e 18 (20,2%) são internacionais. No total, o NAP conta com 18.574 participantes incluídos nos estudos e 4.829 em acompanhamento”, explicou a coordenadora.
Atravessar o oceano Atlântico para poder aprimorar os conhecimentos em um centro oncológico que é referência na América Latina, foi uma grande conquista alcançada por duas enfermeiras de Moçambique, na África. Graças a uma parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as profissionais Esperança Fátima Carma A. Guambe, de 53 anos, e Mendriciana Xavier Guambe, de 28, iniciaram, em dezembro de 2018, um treinamento focado em técnicas de radioterapia, no departamento de Radioterapia do Hospital de Amor.
Moçambique, que está localizado no sudoeste da África, também já foi uma antiga colônia portuguesa. Atualmente, possui 29 milhões de habitantes e uma expectativa de vida inferior a 55 anos de idade. A taxa de pobreza do país é considerada alta: cerca de 54%, com Índice de Desenvolvimento Humano em 0.415. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população de Moçambique sofre com doenças transmissíveis, possui altos índices de mortalidade materna e acidentes que representam 66% de óbitos no país. O câncer é responsável por 4% das mortes, porém, embora o número seja baixo em relação às outras causas, ainda são precárias as condições de rastreio para diagnóstico precoce, atendimento e tratamento oncológico, dificultando as possibilidades de cura dos pacientes.
Segundo as enfermeiras moçambicanas, que atuam no maior hospital do país africano – o Hospital Central de Maputo, situado em Maputo (capital do país) – o tratamento radioterápico (uma das principais formas de terapia para combate ao câncer) ainda não é oferecido aos pacientes de lá. “Quando a equipe médica indica a radioterapia como uma parte do processo do tratamento, apenas os pacientes que possuem recursos financeiros conseguem fazer, pois é necessário realizar o deslocamento para outros países, como a África do Sul, por exemplo”, relatou Mendriciana.
As amigas, que nunca haviam saído do continente africano, ficaram extremamente surpresas ao se depararem com a estrutura e com os equipamentos altamente tecnológicos do Hospital de Amor. Desde dezembro do ano passado na instituição, as profissionais ficarão até o mês de julho, acompanhadas pela equipe de enfermagem do HA, atuando como enfermeiras observacionais e tendo a oportunidade de participar de treinamentos sobre procedimentos de radioterapia. “É nítida a diferença em quase todas as coisas por aqui. As pessoas são muito bacanas, a relação entre colaboradores é de muita gentileza e a relação entre médicos e pacientes é amigável e muito admirável. Fiquei muito surpresa! Espero aprender muito nesses 6 meses, para poder aplicar esse conhecimento lá em Moçambique”, declarou Esperança.
Para a enfermeira do departamento de radioterapia do Hospital, Franciele de Oliveira Gomes, essa troca de experiências é muito importante para ambas as partes. “É notável a falta de acessibilidade e tecnologia no local em que a Esperança e a Mendriciana atuam, por isso, o cronograma de atividades delas aqui no HA inclui o trabalho observacional no setor de radioterapia (por um período de 3 meses) e no de oncologia clínica (por mais 3 meses). Além disso, as moçambicanas conhecerão a cidade de Barretos e outros locais da região”, disse Franciele.
Esperança
A enfermeira, cujo nome reflete o motivo da vinda das duas profissionais africanas para o Brasil, não só realizou o sonho de conhecer o país latino-americano, como também está tendo a chance de aprimorar suas habilidades e levar aprendizado para sua terra natal. Para Esperança, essa experiência está ligada a uma grande responsabilidade, que ela pretende honrar na sua volta a Moçambique. “Creio que é um grande passo poder levar conhecimento ao nosso país. Minha esperança é de que esse discernimento possa ser compartilhado de uma maneira profissional, didática e, como aprendi aqui, com muito amor”, finalizou.
O Instituto de Ensino de Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor iniciou o ano com uma grande novidade para os colaboradores da instituição: o Mestrado Profissional. A nova modalidade de pós-graduação, que tem como tema ‘Inovação em Saúde’, traz outro diferencial muito importante: não é restrita apenas a profissionais da área da saúde, ou seja, é destinada a todos os segmentos assistenciais do HA, visando possibilitar ao pós-graduando condições para o desenvolvimento de estudos que demonstrem o domínio dos instrumentos conceituais, técnicos e metodológicos essenciais na sua área.
De acordo com o diretor de ensino do IEP, Dr. Ricardo Reis, a nova modalidade foi aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (CAPES) no dia 27 de dezembro do último ano e possui a mesma validação e titulação que o mestrado acadêmico. “Apesar de títulos semelhantes, os mestrados possuem objetivos diferentes. O acadêmico tem a função de explicar algum estudo ou pesquisa; já o profissional, é responsável por explicar e, o mais importante, aplicar um determinado tema de pesquisa. Por isso, a ideia é abranger todas as áreas de atuação do Hospital de Amor”, relatou Reis.
Os alunos do mestrado serão estimulados a desenvolver estudos, protocolos, aplicativos e técnicas voltadas para a melhora dos seus desempenhos, com o intuito de atingir altos níveis profissionais. Durante o curso, serão valorizadas as produções artísticas, desenvolvimento de aplicativos para saúde, revisões sistemáticas, artigos científicos, patentes, registros de propriedade intelectual, projetos de elaboração de técnicas, elaboração de protocolos e fluxogramas, publicações de inovações tecnológicas, desenvolvimento de materiais didáticos, educacionais e de instrução, elaboração de processos, produção de programas de mídia, elaboração de softwares, estudos de casos, criação de manuais para operações técnicas, desenvolvimento de protocolo experimental ou de aplicação em serviços, proposta de criação de dispositivos para melhorar procedimentos clínicos ou de serviço e projetos para desenvolvimento ou produção de instrumentos.
“A nossa intenção é despertar no aluno um tipo especial de interesse pela pesquisa e desenvolvimento de produtos, ao ponto que ele possa incluí-la, naturalmente, em sua rotina de trabalho como um elo entre as diferentes etapas de ganho constante de conhecimento e a aplicação dele na prática diária. Dessa forma, um colaborador dos departamentos de engenharia, enfermagem, tecnologia da informação, comunicação, entre tantos outros, pode iniciar a modalidade de mestrado profissional. Basta ter um estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do HA e, a partir de então, com o auxílio de um orientador, iniciar a especialização stricto sensu.
Linhas de Pesquisa
O programa de ‘Mestrado Profissional – Inovação em Saúde’ está estruturado em torno de cinco linhas de pesquisa que abrangem a saúde da comunidade. São elas:
I – Redes em Saúde: Criação, Disseminação e Integração;
II – Informática e Tecnologia;
III – Políticas em Saúde Assistencial;
IV – Prevenção e Políticas de Promoção a Saúde;
V – Reabilitação, Qualidade de Vida e Medicina Integrativa.
Para participar do curso de especialização, os candidatos devem ser colaboradores contratados do Hospital de Amor, Santa Casa de Misericórdia de Barretos, Unidades Básicas de Saúde subordinadas ao HA, serem bolsistas ou terem dedicação exclusiva ao programa de pós-graduação da instituição. “A nossa dica para aqueles que estão interessados em cursar o mestrado é para que desenvolvam seus projetos de pesquisa junto aos seus orientadores (todos eles vinculados à nova modalidade) e enviem para a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Assim, no momento em que abrirem as inscrições, os candidatos já estão com o processo aprovado e preparados para cursar”, explicou o diretor de ensino.
Expectativas
Apesar de, inicialmente, o curso ser destinado aos colaboradores do Hospital de Amor, a expectativa é de que seja aberto ao público e possa abranger o Brasil inteiro, como já acontece com o mestrado acadêmico da instituição. “Nós já temos mais de 30 professores/orientadores dentro do mestrado profissional e diversos centros querendo enviar alunos para a especialização. O plano é de que, nos próximos dois meses, a equipe organize a estrutura do programa (secretariado, disciplinas, professores, locais onde as aulas serão ministradas, etc.) para que em abril a 1ª turma (com aproximadamente 40 alunos) seja aberta”, declarou Reis.
Os interessados podem entrar em contato com o departamento de Pós-Graduação do Hospital de Amor, através do e-mail ‘posgrad@hcancerbarretos.com.br’, além de ficarem atentos às informações do site www.hospitaldeamor.com.br.
“Estamos todos muito felizes com essa fantástica inovação, que irá contribuir com o aprimoramento dos profissionais e dos serviços prestados pela instituição”, finalizou o Dr. Ricardo Reis.
No último dia 28 dezembro de 2018, o Hospital de Amor deu um grande passo tecnológico, um avanço em ciência e desenvolvimento ao criar o ‘Centro de Inovação em Tecnologias para a Oncologia 4.0’ – projeto nomeado smartAMOR, que permitirá maior agilidade no atendimento, diagnóstico e tratamento dos pacientes oncológicos por meio da integração de dados em prontuários eletrônicos e da patologia digital, que faz uso de Inteligência Artificial para otimizar a integração e operacionalização em larga escala.
Financiado pelo Ministério da Saúde, através do Departamento do Complexo Industrial e Inovação da Saúde (DECIIS), e coordenado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor, o projeto conta com as parcerias da Escola Politécnica da USP (Poli-USP), por meio da Gestão e Automação em TI (GAESI), e do Instituto e Tecnologia de Software (ITS). A cerimônia de lançamento do smartAMOR teve a participação do presidente do HA, Henrique Prata, do então Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, e de outras autoridades.
Para Prata, a criação do centro é um marco na história da instituição e um avanço muito importante em ciência e tecnologia. “Sempre foi um sonho do meu pai que o hospital oferecesse para o paciente muito além do tratamento do câncer, abrangendo áreas como prevenção e pesquisa. E hoje, cada vez mais, eu consigo ver o quanto dar esses passos é realmente é importante. É uma alegria e um orgulho muito grande pra mim saber que estamos indo no caminho certo”.
Benefícios
O modelo de oncologia 4.0 irá agilizar a tomada de decisões nos pontos de atendimento aos pacientes, possibilitando a intervenção precoce e a cura de lesões. Sem tratamento imediato e de baixo custo, as chances de cura são reduzidas e têm um grande impacto financeiro no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a implantação do centro, a rede de cuidados do Hospital de Amor (5 hospitais, 11 unidades fixas de prevenção e 18 unidades móveis para fazer rastreamento oncológico) e as outras instituições envolvidas no projeto irão atuar de maneira inter e multidisciplinar.
O smartAMOR contará com três núcleos temáticos: Integração, Imagem e Ômica (análise global dos sistemas biológicos), com distintos projetos dentro de cada um deles. “ A revolução 4.0, que prevê cruzar os limites entre o mundo digital, físico e biológico, também está se materializando no âmbito da saúde, com a convergência tecnológica de universos como a internet das coisas, inteligência artificial, big data e realidade aumentada. A Saúde 4.0 engloba a digitalização de dados, a interconectividade entre máquinas e comandos, bancos de dados mais eficientes e, principalmente, uma maior autonomia dos pacientes em relação à própria saúde”, afirmou o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Manuel Reis.
Durante a solenidade, Gilberto Occhi realizou um dos últimos atos como ministro da saúde e assinou um convênio de R$ 28 milhões para a implantação do Centro de Inovação em Tecnologia. “Assino, no último dia de gestão, essa parceria para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Será o início da grande mudança que ajudará a saúde. Com esse projeto, teremos capacidade para armazenar as informações necessárias que irão contribuir com os tratamentos. O trabalho que é desenvolvido no Hospital de Amor traz esperança, e eu creio que é o amor e a fé que os movem. Eu já lutei contra o câncer e gostaria de ter tido o apoio desse hospital. Aqui é diferente, é especial. Foi uma grande honra poder contribuir. Desejo um grande ano para toda essa equipe”, declarou Occhi.
De acordo com o coordenador do GAESI, Eduardo Mário Dias, a implantação do smartAMOR é importante não só para o Hospital de Amor, mas para todo o país, pois representa uma revolução positiva no SUS. Trata-se de uma inovação mundial e, por isso, é necessária muita precisão em sua aplicação. “Vai ser um desafio muito grande integrar a base de dados de diversos setores, mas nós vamos trazer o conhecimento de outras áreas. Ao todo, são 12 profissionais da USP envolvidos no projeto, além da minha participação acadêmica e de outro professor. Agradeço à equipe do HA por nos permitir desenvolver algo tão importante, com esse grau de ousadia”, contou.
Tecnologia
Para o gerente do departamento de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital de Amor, Luís Alexandre Covello, o projeto irá possibilitar que a instituição continue evoluindo na busca por conhecimento na luta contra o câncer. “Só para termos uma ideia da importância do smartAMOR: em 2005, quando o Hospital ainda dava seus primeiros passos na área de informática, nós tínhamos 2 equipamentos dessa ‘camada’ que vamos ter em 2019, ou seja, eram 2 servidores para sustentar 300 pontos de rede. Agora, contamos com mais de 30 servidores e 300 pontos de rede, com infraestrutura e de maneira integrada. Esses 14 anos de crescimento da TI (que também acompanha a evolução do HA) mostram o valor do projeto e dessa revolução”, finalizou Covello.
A estimativa é de que o smartAMOR inicie suas atividades após a instalação de toda a infraestrutura de tecnologia e da implementação da patologia digital de milhares de exames realizados anualmente.
O Hospital de Amor, referência no atendimento de pacientes oncológicos e também no desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao câncer, acredita que a colaboração possui um papel muito importante em suas conquistas. Por conta disso, criou, em 2016, o Institutional Affairs Department (IAD) – cujo nome, em português, pode ser traduzido como Departamento de Assuntos Institucionais – que compõe a frente de extensão do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da instituição, e tem como principal objetivo dar suporte aos pesquisadores, estudantes e profissionais visitantes provenientes de parcerias institucionais, sobretudo, as internacionais, promovendo uma assistência padronizada que resulte em uma maior qualidade nos processos e, consequentemente, na otimização de seus resultados.
O departamento também centraliza o apoio oferecido aos colaboradores do Hospital de Amor que buscam intercâmbio profissional e de formação, assim como, o acolhimento de profissionais que venham até a instituição com este fim, além de auxiliar na organização de eventos internacionais e na elaboração e encaminhamento de projetos que visem parcerias com instituições estrangeiras.
Parceiros internacionais
Atualmente, o Hospital de Amor possui parcerias internacionais importantes, como a que existe com o MD Anderson Cancer Center, maior centro de tratamento e pesquisa em câncer do mundo, e instituições de ensino que são consideradas referência mundialmente, como as norte-americanas Rice University, em Houston, no Texas, e University of Miami, na Flórida, por meio do Sylvester Comprehensive Cancer Center, que trazem resultados tanto na parte assistencial quanto no desenvolvimento científico.
Só em 2018, o IAD foi responsável pelo acompanhamento de mais de 30 grupos de visitas, com rotação de mais de 100 visitantes, além de cerca de 20 intercâmbios institucionais, contabilizando entradas e saídas.
O Hospital de Amor sabe da importância de garantir que as orientações relacionadas ao tratamento, mesmo aquelas de caráter mais delicado, sejam transmitidas da maneira adequada aos pacientes e a seus familiares. Neste contexto, nos dias 22 e 29 de março, a instituição realizou a primeira edição do “Workshop de Comunicação de Más Notícias em Oncologia”. Voltado a médicos residentes do departamento de Oncologia Clínica, o treinamento, que ocorreu na sede da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), teve como intuito possibilitar que estes profissionais pudessem vivenciar de maneira didática a experiência de transmitir notícias difíceis, considerando situações críticas comuns na rotina de um oncologista e embasando-se em protocolos já bem estruturados sobre o tema.
A ação, que contou com 45 participantes (entre médicos titulares, residentes de todos os anos do programa de residência em oncologia clínica – R1, R2 e R3 – e graduandos do curso de medicina da FACISB), foi realizada em uma parceria com o Laboratório Grünenthal e com o Instituto de Ensino e Pesquisa do HA e foi conduzida com o apoio de 4 atores, que simularam contextos de diálogos com pacientes e familiares, com as orientações sobre as possíveis atitudes a serem tomadas em cada caso, a fim de garantir as melhores práticas clínicas. De acordo com o oncologista clínico e membro do Grupo de Pesquisa em Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida da instituição (GPQual), Dr. Carlos Eduardo Paiva, esse tipo de experiência é muito importante para os profissionais, pois contribui para que eles possam desenvolver uma interação mais humana e eficaz com o paciente. “Uma comunicação adequada favorece vários desfechos positivos, como o fortalecimento do vínculo médico-paciente, o aumento da adesão ao tratamento, a melhora da satisfação do paciente, dentre outros fatores”, afirmou.
Para a aluna do 1º ano de residência em Oncologia Clínica do HA, natural de Araguaína (TO), Izabella Santos Negreiros, o evento foi muito proveitoso. “O workshop foi excelente. A maneira como o tema foi abordado foi bem interessante, abrindo espaço para discussões e para que os participantes tirassem suas dúvidas ou expusessem suas dificuldades. Finalizando com uma atividade prática de simulação, que sintetizou tudo o que havia sido dito. Por se tratar de uma realidade frequente no nosso cenário, saber comunicar más notícias é umas das principais habilidades que um oncologista precisa ter, e a iniciativa foi essencial para que eu percebesse meus pontos fracos e aprendesse como poder melhorá-los”, declarou.
Na última segunda-feira, 8 de abril, o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor, em parceria com a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), lançou, oficialmente, seu programa de “Mestrado Profissional de Inovação em Saúde”. A nova modalidade de pós-graduação stricto sensu traz um grande diferencial: não é restrita apenas a profissionais da área da saúde, ou seja, é destinada a todos os segmentos assistenciais do HA, visando possibilitar ao pós-graduando condições para o desenvolvimento de estudos que demonstrem o domínio dos instrumentos conceituais, técnicos e metodológicos essenciais na sua área, com o objetivo de atender as demandas do mercado de trabalho.
A nova modalidade foi aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (CAPES) no dia 27 de dezembro de 2018 e possui a mesma validação e titulação que o mestrado acadêmico. “Apesar de títulos semelhantes, os mestrados possuem objetivos diferentes. O Profissional se difere do Acadêmico nos resultados práticos que ele dá para a sociedade: o primeiro é responsável por explicar e, o mais importante, aplicar um determinado tema de pesquisa; enquanto o segundo tem a função de explicar algum estudo ou pesquisa”, afirmou o diretor de ensino do IEP e coordenador do programa de Mestrado Profissional de Inovação em Saúde, Dr. Ricardo Reis.
Para o diretor geral da FACISB, Dr. Sergio Serrano, o lançamento do programa marcará a história das instituições. “Este momento é um marco, não apenas para o Hospital de Amor e para a FACISB, mas também para toda a comunidade de Barretos e região”, declarou.
De acordo com Reis, o principal objetivo do programa está no desenvolvimento de novos produtos ou protocolos, dos quais a comunidade é beneficiada diretamente, dentro do tema Inovação em Saúde. “É importante destacar que um dos pilares do Mestrado Profissional está nas parcerias e, é por meio delas, que conseguiremos capacitar profissionais das mais diversas áreas de atuação, dando a eles um olhar plural para o assunto”, explicou.
Os alunos do mestrado serão estimulados a desenvolver estudos, protocolos aplicativos e técnicas voltadas para a melhora dos seus desempenhos, com o intuito de atingir altos níveis profissionais. Durante o curso, serão valorizadas as produções artísticas, desenvolvimento de aplicativos para saúde, revisões sistemáticas, artigos científicos, patentes, registros de propriedade intelectual, projetos de elaboração de técnicas, elaboração de protocolos e fluxogramas, publicações de inovações tecnológicas, desenvolvimento de materiais didáticos, educacionais e de instrução, elaboração de processos, produção de programas de mídia, elaboração de softwares, estudos de casos, criação de manuais para operações técnicas, desenvolvimento de protocolo experimental ou de aplicação em serviços, proposta de criação de dispositivos para melhorar procedimentos clínicos ou de serviço e projetos para desenvolvimento ou produção de instrumentos.
“A nossa intenção é despertar no aluno um tipo especial de interesse pela pesquisa e desenvolvimento de produtos, ao ponto que ele possa incluí-la, naturalmente, em sua rotina de trabalho como um elo entre as diferenças etapas de ganho constante de conhecimento e a aplicação dele na prática diária. Dessa forma, um colaborador dos departamentos de engenharia, enfermagem, tecnologia da informação, comunicação, entre tantos outros, pode iniciar a modalidade de mestrado profissional. Basta ter um estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do HA e, partir de então, com o auxílio de um orientador, iniciar a especialização stricto sensu”, declarou Dr. Ricardo Reis.
Segundo o diretor executivo e científico do Instituto de Ensino e Pesquisa e pró-reitor do programa de pós-graduação do Hospital de Amor, Dr. Rui Reis, a nova modalidade irá completar o programa de pós-graduação já existente da instituição. “Esperamos que o mestrado profissional venha estreitar laços com as demais universidades, estabelecimentos de ensino, empresas e entidades, e que consigamos chegar a novas e grandes soluções que possam ser aplicadas à saúde e ao paciente oncológico”, finalizou.
Linhas de Pesquisa
O programa de ‘Mestrado Profissional – Inovação em Saúde’ está estruturado em torno de cinco linhas de pesquisa que abrangem a saúde da comunidade. São elas:
I – Redes em Saúde: Criação, Disseminação e Integração;
II – Informática e Tecnologia;
III – Políticas em Saúde Assistencial;
IV – Prevenção e Políticas de Promoção a Saúde;
V – Reabilitação, Qualidade de Vida e Medicina Integrativa.
Para participar do curso de especialização, os candidatos devem ser colaboradores contratados do Hospital de Amor, Santa Casa de Misericórdia de Barretos, Unidades Básicas de Saúde subordinadas ao HA, serem bolsistas ou terem dedicação exclusiva ao programa de pós-graduação da instituição. “A nossa dica para aqueles que estão interessados em cursar o mestrado é para que desenvolvam seus projetos de pesquisa junto aos seus orientadores (todos eles vinculados à nova modalidade) e enviem para a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Assim, no momento em que abrirem as inscrições, os candidatos já estão com o processo aprovado e preparados para cursar”, explicou o diretor de ensino.
Inscrições
As inscrições estarão abertas de 27 a 31/5. O processo seletivo acontecerá nos dias 6 e 7/6 e a lista dos aprovados será divulgada dia 20/6. Os interessados poderão se inscrever e conferir todas as informações no site da FACISB: www.facisb.edu.br/mestrado.php.
Mais informações, entre em contato com o departamento de Pós-Graduação do Hospital de Amor, através do e-mail ‘posgrad@hcancerbarretos.com.br’.
O Concurso de Redação, iniciativa promovida pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, já virou tradição entre os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II, matriculados nas escolas estaduais do Estado de São Paulo e nas escolas privadas da cidade de Barretos (SP). Com o objetivo de difundir o conhecimento e popularizar a ciência, os jovens talentos são estimulados na investigação científica para que, no futuro, possam gerar aprendizado e inovações que beneficiem toda a sociedade.
No último dia 29 de março, o NEC, em parceria com o Departamento de Prevenção e apoio das Secretarias Municipais de Esporte e Cultura, lançou a 7ª edição do concurso, que neste ano traz como tema a prevenção do câncer colorretal (“Alimentação saudável e atividade física: de olho no futuro sem câncer colorretal”), assunto abordado durante o mês de março (conhecido como Março Marinho). O evento, que aconteceu no estacionamento do Ginásio de Esportes João Batista da Rocha – o Rochão, foi aberto a toda comunidade do município e da região e contou com uma programação especial, repleta de atividades físicas e educativas, orientações sobre prevenção, saúde e qualidade, além da presença da unidade móvel de educação ‘Missão Gênese’.
“O Concurso de Redação é, atualmente, uma das principais ferramentas na ampliação do nosso Programa de Divulgação Científica, e as importantes parcerias estabelecidas por meio dele, como o apoio da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que é composta por 91 Diretorias Regionais de Ensino, e da Secretaria Municipal de Educação de Barretos, são de extrema relevância na obtenção de grandes resultados. A expectativa para este ano é ultrapassar as mais de 19 mil redações produzidas em 2018, levando, assim, para mais pessoas e lugares a mensagem de prevenção, qualidade de vida e, consequentemente, uma cultura de autocuidado e de vida mais saudável”, afirmou coordenador do Núcleo de Educação em Câncer, Gerson Vieira.
Março Marinho no Concurso de Redação
Não por acaso, neste ano, o lançamento do Concurso de Redação foi realizado junto ao encerramento da campanha “Março Marinho” – já marcada pela conscientização da importância de se prevenir do câncer colorretal (aquele que acomete o intestino grosso e o reto). Segundo a médica endoscopista e responsável pelo Programa de Rastreamento do Câncer Colorretal do Hospital de Amor, Dra. Denise Guimarães, implantado em Barretos há 3 anos, a incidência da doença vem aumentando progressivamente no país e, ações como esta, trazem resultados importantes. “Assim como o resto do mundo, nós adotamos o mês de março para fazer a campanha e elaboramos uma série de atividades que promovem o conhecimento sobre o câncer colorretal, além de dar destaque para a prevenção, que acontece de maneira simples através da atividade física e alimentação saudável em todas as idades, e do rastreamento para aqueles entre 50 e 65 anos”, declarou.
O Concurso de Redação possui, ao todo, cinto etapas que iniciam hoje, 2 de abril, e seguem até o dia 19 de agosto. Entre as milhares de redações, cinco serão selecionadas e os autores serão premiados com três dias de estágio no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do HA, onde desenvolverão atividades científicas e laboratoriais, além de serem estimulados a respeito da conscientização sobre os fatores ambientais que podem desencadear o desenvolvido do câncer e outras doenças. Já o primeiro colocado ganhará um notebook, assim como o professor orientador, e os demais finalistas ganharão um tablet. “Os temas das redações são anualmente escolhidos com a intenção de que os estudantes participantes se aproximem da pesquisa”, completou o coordenador do NEC.
Para a dirigente regional de ensino da Diretoria de Ensino da Região de Barretos, Solange de Oliveira Bellini, o projeto tem oferecido oportunidade para implementar e enriquecer o currículo escolar, tanto na área das ciências biológicas, quanto na área de linguagens. “Criou-se, entre os estudantes e profissionais das escolas, a expectativa sobre qual temática a ser desenvolvida a cada ano e quais desafios eles terão que vencer para a melhor colocação dos candidatos e instituições. Isso também colabora para um aprendizado voltado para melhoria das habilidades de investigação, pesquisa, criticidade e criatividade na competência escritora dos jovens, diante das temáticas apresentadas. Paralelo a isso, o desafio de competir com um número maior de candidatos também os coloca diante de uma situação real do aprendizado para a vida cotidiana. Neste sentido, muito ganhamos e muito aprendemos com esta parceria”, declarou.
O professor da Escola Estadual Embaixador Macedo Soares (uma das participantes do concurso), Rildo Vasconcelos, afirma que todo o conteúdo absorvido e repassado aos alunos se torna uma importante ferramenta de prevenção do câncer e de outras doenças, além se tornar uma importante ferramenta de criação de autonomia sobre o saber. “Eu tenho certeza de que tudo que os alunos aprendem por meio deste projeto ultrapassa os muros das escolas e, muitas vezes, se sobrepõe ao que chamamos de educação formal”, declarou.
Confira o cronograma do 7º Concurso de Redação:
Fase I | Período de Produção das Redações nas escolas | Entre 02/04 e 24/05 |
Fase II
|
Banca de Avaliação nas escolas
Envio das Redações para as Diretorias Regionais de Ensino |
Entre 27/05 e 07/06
Até 07/06 |
Fase III | Banca de Avaliação nas Diretorias de Ensino Regionais
Envio das Redações para o NEC |
Entre 10/06 e 28/06
Até 28/06 |
Fase IV | Banca de Avaliação no Hospital de Câncer de Barretos
Publicação dos nomes dos finalistas no site do Hospital |
Entre 01/07 e 26/07
29/07 |
Fase V | Cerimônia de Premiação dos finalistas
Estágio no Hospital de Câncer de Barretos |
07/08
07/08 A 09/08 |
Desde 2010, o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor (IEP) auxilia os pesquisadores da instituição no relacionamento com as agências de fomento, através de uma área de apoio institucional ao pesquisador. Em 2012, este departamento recebeu o nome de Escritório de Projetos e Inovação Tecnológica (EPIT). O EPIT é responsável por atuar como interface entre os pesquisadores e as agências de fomento, realizando o suporte técnico-administrativo e financeiro dos projetos de pesquisa da entidade, seja para auxílios individuais, bem como, projetos institucionais.
O objetivo do escritório é auxiliar o pesquisador nas questões administrativas dos projetos, desde a contratação, passando pela compra dos itens concedidos, liberação de recursos, preparação dos documentos para importação, incorporação do material permanente adquirido até a finalização com a apresentação da prestação de contas, dentro dos moldes exigidos por cada agência de fomento.
De acordo com a supervisora de projetos do setor, Joyce Silva, o EPIT tem como missão proteger o patrimônio intelectual de seus pesquisadores e inventores, estimulando e valorizando a atividade criativa pela produção científica e proporcionando novos métodos de desenvolvimento com a inovação. A área de projetos do departamento oferece apoio institucional ao pesquisador, com a criação e atuação na área administrativa e na gestão dos processos, das compras, da organização de documentos e da prestação de contas. “Dessa forma, os pesquisadores ganham mais tempo para se dedicar à pesquisa, garantindo um melhor andamento dos projetos e, consequentemente, aumentando as produções cientificas e fortalecendo das grandes parcerias dentro da comunidade cientifica”, afirma Joyce”. Já a área de Inovação Tecnológica do setor tem como principal objetivo orientar os pesquisadores, destacando o valor da propriedade intelectual com o registro de marcas, patentes e direitos autorais, de acordo com o estabelecido na Política de Propriedade Intelectual do Hospital de Amor.
No campo de pesquisa e desenvolvimento, cabe ao EPIT participar de negociações dos projetos, especificamente no que diz respeito à propriedade intelectual e ao sigilo, assegurando que direitos fundamentais do Hospital de Amor e de seus pesquisadores sejam preservados, de acordo com o que estabelecem as políticas institucionais.
A funcionalidade do EPIT pode ser estabelecida em tópicos, distribuídos da seguinte forma:
1. Estimular o patenteamento e o registro da criação intelectual no hospital;
2. Orientar e prestar assistência aos criadores sobre como elaborar as solicitações de patentes e registros;
3. Receber dos criadores as solicitações de patentes e registros;
4. Analisar a viabilidade técnica e econômica da criação intelectual;
5. Incumbir-se da tramitação do processo de solicitação até a efetivação do depósito da patente;
6. Apoiar a transferência de tecnologia desenvolvida no Hospital de Amor;
7. Administrar a execução dos contratos de exploração de patentes e/ou registros;
8. Instruir os criadores para assegurar a novidade;
9. Exigir a inserção de cláusulas específicas de proteção intelectual nos convênios e contratos firmados;
10. Emitir parecer sobre toda solicitação de pedido de patente e/ou registro encaminhado ao IEP.
Quem pode utilizar os serviços do EPIT?
Todos os pesquisadores, alunos de pós-graduação e colaboradores atuantes na equipe multiprofissional do Hospital de Amor (em qualquer das unidades da instituição espalhadas pelo Brasil) que tenham uma ideia inovadora, um projeto de pesquisa ou pretendem fazer uma parceria com outras instituições, podem contar com o suporte oferecido pelo escritório.
Após concluir a graduação, chega um momento decisório na vida de muitos profissionais da área da saúde: onde realizar sua residência. Para oferecer suporte a esses futuros especialistas, o Hospital de Amor conta com uma Comissão de Residência Médica (COREME) e uma Comissão de Residência Multiprofissional (COREMU). Em entrevista, o coordenador da Comissão de Residência Médica, Dr. Mário José Aguiar de Paula, explica o papel que esses setores exercem na regularização dos residentes dentro da instituição e esclarece algumas dúvidas frequentes. Confira:
1) Como funcionam as residências médicas e multiprofissionais dentro do Hospital de Amor?
R.: A residência médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob forma de curso de especialização (considerada como “padrão de ouro”). O programa de residência, cumprido integralmente dentro de uma determinada especialidade, confere ao médico residente o título de especialista. É importante ressaltar que a expressão “residência médica” só pode ser empregada para programas que sejam credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Seu processo seletivo é realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, através de Seleção Pública para Residência Médica do Sistema Único de Saúde (SUS/SP).
Já a residência multiprofissional é uma formação destinada à especialização de outros profissionais da saúde, com o objetivo de permitir um aprofundamento de estudo e prática de uma determinada área de atuação. No caso do Hospital de Amor, trata-se de um programa que desenvolve atividades de aprendizagem teórica e prática na assistência ao paciente oncológico, possibilitando a integralidade do cuidado nos diversos segmentos da saúde. Este programa está de acordo com as recomendações da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), instituída por meio da Portaria Interministerial nº 45, de 12 de janeiro de 2007, sendo coordenada conjuntamente pelo Ministério da Saúde e do Ministério da Educação. Os cursos disponíveis no HA para este tipo de especialização são: residência em enfermagem, residência em fisioterapia e residência em odontologia. Seu processo seletivo é realizado pela empresa Consesp (Consultoria em Concursos Pesquisas Sociais), através de seleção realizada em três etapas.
2) Além das residências, o departamento também é responsável pelos Estágios Observacionais. Como são esses estágios e quem pode fazê-los?
R.: A visita observacional no Hospital de Amor é uma modalidade de estágio destinada a estudantes médicos, graduados médicos e multiprofissionais, residentes e aperfeiçoandos médicos ou multiprofissionais que desejem expandir seus conhecimentos na área da oncologia. Basta que tenham interesse e possuam vínculo com alguma instituição de ensino, seja como forma de graduação ou qualquer outro gênero de especialização, para poderem participar. Trata-se de um módulo de aprendizagem onde o visitante acompanha as rotinas de trabalho de um preceptor, na tentativa de aprimorá-lo a partir da vivência em campo, atendendo o que dispõe a Lei nº 11.788/08.
3) Como é o retorno dos profissionais que passam pela residência? Qual é o impacto na formação e desenvolvimento profissional deles?
R.: O feedback que recebemos é sempre muito positivo. Nossos residentes comentam que a experiência no Hospital de Amor é muito boa para suas formações. Ao final, esse ‘estudante’ deixa a instituição capacitado, torna-se uma extensão do HA e encontra muitas portas abertas para atuação no mercado de trabalho.
4) Quantos residentes médicos o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 169 residentes médicos.
5) Quantos residentes multiprofissionais o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 81 residentes multiprofissionais.
6) Quantas visitas observacionais o HA recebeu no último ano?
R.: Em 2018, recebemos 2.839 visitantes médicos e 617 visitantes multiprofissionais, totalizando 3.456 visitantes (uma média de 288 por mês).
7) Quais foram as conquistas alcançadas por essas Comissões?
R.: Foram muitas, mas podemos destacar o preenchimento de 90% das vagas disponíveis do programa de residência médica e 100% do de residência multiprofissional; a implementação da pesquisa de satisfação para as visitas observacionais; a aprovação de novas vagas para este ano; a inclusão dos residentes em treinamento laparoscópico em animais e a consolidação do Centro de Treinamento em Laparoscopia.
8) Como fazer para ter mais informações sobre os programas de residência do Hospital de Amor?
R.: Os interessados em fazer parte dos programas de residência devem entrar em contato com a equipe COREME/COREMU, através do e-mail ‘coreme@hcancerbarretos.com.br’, ou pelo telefone (17) 3321-6600, ramal 6791.
Referência no tratamento oncológico com excelência e humanização, o Hospital de Amor também possui grandes diferenciais no que diz respeito às áreas de prevenção, ensino e pesquisa. Há mais de 10 anos, a instituição conta com o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), cujo objetivo é estimular o ensino pós-graduado, formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de oferecer as melhores condições para a realização de projetos de pesquisa (sempre voltados para as questões clínicas e de relevância para o paciente de câncer). Junto a essa consolidada missão, foi instituído, em 2008, o Núcleo de Apoio ao Pesquisador (NAP) do IEP.
O setor, que tem por objetivo promover o desenvolvimento de pesquisas científicas na instituição, também atua como um centro de suporte para a realização de estudos de iniciativa ao investigador, oferecendo subsídios aos pesquisadores no que se refere ao treinamento de equipes de pesquisa, construção, avaliação, execução e análise estatística dos dados do estudo, visando garantir, principalmente, a segurança do participante de pesquisa e a excelência do trabalho. Sua estrutura é organizada em duas equipes: Núcleo de Epidemiologia e Bioestatística (NEB) e Coordenadoria de Pesquisa.
Núcleo de Epidemiologia e Bioestatística
Composto por um time de estatísticos e gerenciadores de bancos de dados, o NEB fornece suporte desde a elaboração de projetos, desenvolvimento de fichas clínicas (CRFs) no RedCap, até a análise dos dados do estudo. A equipe é responsável por oferecer acesso à supervisão de pesquisadores experientes, muitas vezes, contribuindo para a estrutura metodológica do projeto.
Coordenadoria de Pesquisa
Composta por uma equipe altamente especializada, a coordenadoria de pesquisa atua oferecendo suporte ao pesquisador no gerenciamento e condução de seu projeto de pesquisa (incluindo estratégias de operacionalização, fluxo de condução da metodologia proposta e análise crítica), visando sempre qualidade, rastreabilidade, confiabilidade e integridade dos dados pretendidos. Os coordenadores e assistentes de pesquisa clínica ficam junto à equipe multidisciplinar de cada especialidade. É de responsabilidade da coordenadoria de pesquisa acompanhar o pesquisador desde a treinamento da equipe de pesquisa para a triagem e busca ativa dos participantes; coleta, registro e verificação de dados; até a coleta, transporte, processamento e armazenamento de material biológico.
Dentre as atividades de apoio ao pesquisador, o departamento fornece uma sólida análise estatística dos casos de câncer, auxilia na elaboração dos instrumentos para o levantamento de dados e ajuda na gestão de projetos que recebem o auxílio dos órgãos de fomento de pesquisa. Além disso, a equipe médica envolvida auxilia na gestão dos estudos, construção dos ensaios clínicos e promoção de palestras, exposição de painéis e participação em congressos, aulas e cursos.
De acordo com a coordenadora do NAP, Viviane Andrade, toda a comunidade interna multiprofissional de pesquisa do Hospital de Amor (alunos matriculados no programa de pós-graduação em oncologia) e pesquisadores externos vinculados à equipe interna, podem utilizar os serviços do departamento. “O acesso a uma equipe especializada no desenvolvimento, gerenciamento e condução de estudos clínicos, oferece aos pesquisadores da instituição a oportunidade de consolidar parcerias com renomados centros nacionais e internacionais, garantindo agilidade, segurança e, principalmente, qualidade na condução de estudos de iniciativa do investigador”, afirmou Viviane.
A infraestrutura de alta tecnologia e suporte qualificado do NAP, permite com que os pesquisadores do HA se dediquem às produções científicas, fortalecendo as importantes parcerias com outros centros de excelência, trazendo resultados positivos, não apenas no aumento do número das publicações, como também na qualidade das pesquisas. “Atualmente, nós temos 89 protocolos de pesquisa em andamento. São 44 (49,4%) em estudos longitudinais – métodos de pesquisa que visam analisar as variações nas caraterísticas dos mesmos elementos de amostra no decorrer de um longo período de tempo – e 24 (26,9%) em ensaios clínicos – estudos de investigação que experimentam novas terapias. Destes, 29 (32,5%) são multicêntricos e 18 (20,2%) são internacionais. No total, o NAP conta com 18.574 participantes incluídos nos estudos e 4.829 em acompanhamento”, explicou a coordenadora.
Atravessar o oceano Atlântico para poder aprimorar os conhecimentos em um centro oncológico que é referência na América Latina, foi uma grande conquista alcançada por duas enfermeiras de Moçambique, na África. Graças a uma parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as profissionais Esperança Fátima Carma A. Guambe, de 53 anos, e Mendriciana Xavier Guambe, de 28, iniciaram, em dezembro de 2018, um treinamento focado em técnicas de radioterapia, no departamento de Radioterapia do Hospital de Amor.
Moçambique, que está localizado no sudoeste da África, também já foi uma antiga colônia portuguesa. Atualmente, possui 29 milhões de habitantes e uma expectativa de vida inferior a 55 anos de idade. A taxa de pobreza do país é considerada alta: cerca de 54%, com Índice de Desenvolvimento Humano em 0.415. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população de Moçambique sofre com doenças transmissíveis, possui altos índices de mortalidade materna e acidentes que representam 66% de óbitos no país. O câncer é responsável por 4% das mortes, porém, embora o número seja baixo em relação às outras causas, ainda são precárias as condições de rastreio para diagnóstico precoce, atendimento e tratamento oncológico, dificultando as possibilidades de cura dos pacientes.
Segundo as enfermeiras moçambicanas, que atuam no maior hospital do país africano – o Hospital Central de Maputo, situado em Maputo (capital do país) – o tratamento radioterápico (uma das principais formas de terapia para combate ao câncer) ainda não é oferecido aos pacientes de lá. “Quando a equipe médica indica a radioterapia como uma parte do processo do tratamento, apenas os pacientes que possuem recursos financeiros conseguem fazer, pois é necessário realizar o deslocamento para outros países, como a África do Sul, por exemplo”, relatou Mendriciana.
As amigas, que nunca haviam saído do continente africano, ficaram extremamente surpresas ao se depararem com a estrutura e com os equipamentos altamente tecnológicos do Hospital de Amor. Desde dezembro do ano passado na instituição, as profissionais ficarão até o mês de julho, acompanhadas pela equipe de enfermagem do HA, atuando como enfermeiras observacionais e tendo a oportunidade de participar de treinamentos sobre procedimentos de radioterapia. “É nítida a diferença em quase todas as coisas por aqui. As pessoas são muito bacanas, a relação entre colaboradores é de muita gentileza e a relação entre médicos e pacientes é amigável e muito admirável. Fiquei muito surpresa! Espero aprender muito nesses 6 meses, para poder aplicar esse conhecimento lá em Moçambique”, declarou Esperança.
Para a enfermeira do departamento de radioterapia do Hospital, Franciele de Oliveira Gomes, essa troca de experiências é muito importante para ambas as partes. “É notável a falta de acessibilidade e tecnologia no local em que a Esperança e a Mendriciana atuam, por isso, o cronograma de atividades delas aqui no HA inclui o trabalho observacional no setor de radioterapia (por um período de 3 meses) e no de oncologia clínica (por mais 3 meses). Além disso, as moçambicanas conhecerão a cidade de Barretos e outros locais da região”, disse Franciele.
Esperança
A enfermeira, cujo nome reflete o motivo da vinda das duas profissionais africanas para o Brasil, não só realizou o sonho de conhecer o país latino-americano, como também está tendo a chance de aprimorar suas habilidades e levar aprendizado para sua terra natal. Para Esperança, essa experiência está ligada a uma grande responsabilidade, que ela pretende honrar na sua volta a Moçambique. “Creio que é um grande passo poder levar conhecimento ao nosso país. Minha esperança é de que esse discernimento possa ser compartilhado de uma maneira profissional, didática e, como aprendi aqui, com muito amor”, finalizou.
O Instituto de Ensino de Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor iniciou o ano com uma grande novidade para os colaboradores da instituição: o Mestrado Profissional. A nova modalidade de pós-graduação, que tem como tema ‘Inovação em Saúde’, traz outro diferencial muito importante: não é restrita apenas a profissionais da área da saúde, ou seja, é destinada a todos os segmentos assistenciais do HA, visando possibilitar ao pós-graduando condições para o desenvolvimento de estudos que demonstrem o domínio dos instrumentos conceituais, técnicos e metodológicos essenciais na sua área.
De acordo com o diretor de ensino do IEP, Dr. Ricardo Reis, a nova modalidade foi aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (CAPES) no dia 27 de dezembro do último ano e possui a mesma validação e titulação que o mestrado acadêmico. “Apesar de títulos semelhantes, os mestrados possuem objetivos diferentes. O acadêmico tem a função de explicar algum estudo ou pesquisa; já o profissional, é responsável por explicar e, o mais importante, aplicar um determinado tema de pesquisa. Por isso, a ideia é abranger todas as áreas de atuação do Hospital de Amor”, relatou Reis.
Os alunos do mestrado serão estimulados a desenvolver estudos, protocolos, aplicativos e técnicas voltadas para a melhora dos seus desempenhos, com o intuito de atingir altos níveis profissionais. Durante o curso, serão valorizadas as produções artísticas, desenvolvimento de aplicativos para saúde, revisões sistemáticas, artigos científicos, patentes, registros de propriedade intelectual, projetos de elaboração de técnicas, elaboração de protocolos e fluxogramas, publicações de inovações tecnológicas, desenvolvimento de materiais didáticos, educacionais e de instrução, elaboração de processos, produção de programas de mídia, elaboração de softwares, estudos de casos, criação de manuais para operações técnicas, desenvolvimento de protocolo experimental ou de aplicação em serviços, proposta de criação de dispositivos para melhorar procedimentos clínicos ou de serviço e projetos para desenvolvimento ou produção de instrumentos.
“A nossa intenção é despertar no aluno um tipo especial de interesse pela pesquisa e desenvolvimento de produtos, ao ponto que ele possa incluí-la, naturalmente, em sua rotina de trabalho como um elo entre as diferentes etapas de ganho constante de conhecimento e a aplicação dele na prática diária. Dessa forma, um colaborador dos departamentos de engenharia, enfermagem, tecnologia da informação, comunicação, entre tantos outros, pode iniciar a modalidade de mestrado profissional. Basta ter um estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do HA e, a partir de então, com o auxílio de um orientador, iniciar a especialização stricto sensu.
Linhas de Pesquisa
O programa de ‘Mestrado Profissional – Inovação em Saúde’ está estruturado em torno de cinco linhas de pesquisa que abrangem a saúde da comunidade. São elas:
I – Redes em Saúde: Criação, Disseminação e Integração;
II – Informática e Tecnologia;
III – Políticas em Saúde Assistencial;
IV – Prevenção e Políticas de Promoção a Saúde;
V – Reabilitação, Qualidade de Vida e Medicina Integrativa.
Para participar do curso de especialização, os candidatos devem ser colaboradores contratados do Hospital de Amor, Santa Casa de Misericórdia de Barretos, Unidades Básicas de Saúde subordinadas ao HA, serem bolsistas ou terem dedicação exclusiva ao programa de pós-graduação da instituição. “A nossa dica para aqueles que estão interessados em cursar o mestrado é para que desenvolvam seus projetos de pesquisa junto aos seus orientadores (todos eles vinculados à nova modalidade) e enviem para a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Assim, no momento em que abrirem as inscrições, os candidatos já estão com o processo aprovado e preparados para cursar”, explicou o diretor de ensino.
Expectativas
Apesar de, inicialmente, o curso ser destinado aos colaboradores do Hospital de Amor, a expectativa é de que seja aberto ao público e possa abranger o Brasil inteiro, como já acontece com o mestrado acadêmico da instituição. “Nós já temos mais de 30 professores/orientadores dentro do mestrado profissional e diversos centros querendo enviar alunos para a especialização. O plano é de que, nos próximos dois meses, a equipe organize a estrutura do programa (secretariado, disciplinas, professores, locais onde as aulas serão ministradas, etc.) para que em abril a 1ª turma (com aproximadamente 40 alunos) seja aberta”, declarou Reis.
Os interessados podem entrar em contato com o departamento de Pós-Graduação do Hospital de Amor, através do e-mail ‘posgrad@hcancerbarretos.com.br’, além de ficarem atentos às informações do site www.hospitaldeamor.com.br.
“Estamos todos muito felizes com essa fantástica inovação, que irá contribuir com o aprimoramento dos profissionais e dos serviços prestados pela instituição”, finalizou o Dr. Ricardo Reis.
No último dia 28 dezembro de 2018, o Hospital de Amor deu um grande passo tecnológico, um avanço em ciência e desenvolvimento ao criar o ‘Centro de Inovação em Tecnologias para a Oncologia 4.0’ – projeto nomeado smartAMOR, que permitirá maior agilidade no atendimento, diagnóstico e tratamento dos pacientes oncológicos por meio da integração de dados em prontuários eletrônicos e da patologia digital, que faz uso de Inteligência Artificial para otimizar a integração e operacionalização em larga escala.
Financiado pelo Ministério da Saúde, através do Departamento do Complexo Industrial e Inovação da Saúde (DECIIS), e coordenado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor, o projeto conta com as parcerias da Escola Politécnica da USP (Poli-USP), por meio da Gestão e Automação em TI (GAESI), e do Instituto e Tecnologia de Software (ITS). A cerimônia de lançamento do smartAMOR teve a participação do presidente do HA, Henrique Prata, do então Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, e de outras autoridades.
Para Prata, a criação do centro é um marco na história da instituição e um avanço muito importante em ciência e tecnologia. “Sempre foi um sonho do meu pai que o hospital oferecesse para o paciente muito além do tratamento do câncer, abrangendo áreas como prevenção e pesquisa. E hoje, cada vez mais, eu consigo ver o quanto dar esses passos é realmente é importante. É uma alegria e um orgulho muito grande pra mim saber que estamos indo no caminho certo”.
Benefícios
O modelo de oncologia 4.0 irá agilizar a tomada de decisões nos pontos de atendimento aos pacientes, possibilitando a intervenção precoce e a cura de lesões. Sem tratamento imediato e de baixo custo, as chances de cura são reduzidas e têm um grande impacto financeiro no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a implantação do centro, a rede de cuidados do Hospital de Amor (5 hospitais, 11 unidades fixas de prevenção e 18 unidades móveis para fazer rastreamento oncológico) e as outras instituições envolvidas no projeto irão atuar de maneira inter e multidisciplinar.
O smartAMOR contará com três núcleos temáticos: Integração, Imagem e Ômica (análise global dos sistemas biológicos), com distintos projetos dentro de cada um deles. “ A revolução 4.0, que prevê cruzar os limites entre o mundo digital, físico e biológico, também está se materializando no âmbito da saúde, com a convergência tecnológica de universos como a internet das coisas, inteligência artificial, big data e realidade aumentada. A Saúde 4.0 engloba a digitalização de dados, a interconectividade entre máquinas e comandos, bancos de dados mais eficientes e, principalmente, uma maior autonomia dos pacientes em relação à própria saúde”, afirmou o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Manuel Reis.
Durante a solenidade, Gilberto Occhi realizou um dos últimos atos como ministro da saúde e assinou um convênio de R$ 28 milhões para a implantação do Centro de Inovação em Tecnologia. “Assino, no último dia de gestão, essa parceria para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Será o início da grande mudança que ajudará a saúde. Com esse projeto, teremos capacidade para armazenar as informações necessárias que irão contribuir com os tratamentos. O trabalho que é desenvolvido no Hospital de Amor traz esperança, e eu creio que é o amor e a fé que os movem. Eu já lutei contra o câncer e gostaria de ter tido o apoio desse hospital. Aqui é diferente, é especial. Foi uma grande honra poder contribuir. Desejo um grande ano para toda essa equipe”, declarou Occhi.
De acordo com o coordenador do GAESI, Eduardo Mário Dias, a implantação do smartAMOR é importante não só para o Hospital de Amor, mas para todo o país, pois representa uma revolução positiva no SUS. Trata-se de uma inovação mundial e, por isso, é necessária muita precisão em sua aplicação. “Vai ser um desafio muito grande integrar a base de dados de diversos setores, mas nós vamos trazer o conhecimento de outras áreas. Ao todo, são 12 profissionais da USP envolvidos no projeto, além da minha participação acadêmica e de outro professor. Agradeço à equipe do HA por nos permitir desenvolver algo tão importante, com esse grau de ousadia”, contou.
Tecnologia
Para o gerente do departamento de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital de Amor, Luís Alexandre Covello, o projeto irá possibilitar que a instituição continue evoluindo na busca por conhecimento na luta contra o câncer. “Só para termos uma ideia da importância do smartAMOR: em 2005, quando o Hospital ainda dava seus primeiros passos na área de informática, nós tínhamos 2 equipamentos dessa ‘camada’ que vamos ter em 2019, ou seja, eram 2 servidores para sustentar 300 pontos de rede. Agora, contamos com mais de 30 servidores e 300 pontos de rede, com infraestrutura e de maneira integrada. Esses 14 anos de crescimento da TI (que também acompanha a evolução do HA) mostram o valor do projeto e dessa revolução”, finalizou Covello.
A estimativa é de que o smartAMOR inicie suas atividades após a instalação de toda a infraestrutura de tecnologia e da implementação da patologia digital de milhares de exames realizados anualmente.