Você sabia que seu imposto de renda pode salvar vidas? Os recursos obtidos através de incentivos fiscais são essenciais para que o Hospital de Amor possa continuar a buscar excelência tecnológica e humana no tratamento de câncer e oferecê-las aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, mais do nunca, é preciso unir forças. O difícil momento que o país está vivendo é repleto de inseguranças e incertezas, por isso, precisamos contar com a solidariedade uns dos outros. Se você tem o desejo de realizar uma boa ação, existe uma maneira simples, sem precisar sair de casa de fazê-la: através das doações incentivadas!
A “Lei do Idoso” e a “Lei da Criança e Adolescente” são alguns dos projetos que podem ser direcionados para o HA. Graças às renúncias fiscais (que é quando o Governo abre mão de parte dos impostos devidos por pessoas físicas e jurídicas para que sejam doados diretamente às entidades), o hospital consegue custear e manter as operações regulares de suas unidades e também as ações de combate ao COVID-19.
Para se ter uma ideia, só em 2019, a instituição, que é o maior polo de tratamento oncológico gratuito da América Latina, captou, por meio do ‘Fundo da Criança e do Adolescente’, mais de R$ 11 milhões, beneficiando 29.200 pacientes. “Os recursos obtidos através dos incentivos fiscais são muito importantes para o Hospital de Amor e nós ficamos muito gratos com o crescimento das doações via imposto de renda. O valor arrecadado é destinado ao diagnóstico e tratamento dessas crianças e adolescentes”, afirmou o diretor de desenvolvimento social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata. Já o projeto ‘Fundo do Idoso’ arrecadou, no último ano, R$ 57.080.299,95, o que auxiliou 122.573 pacientes.
Conheça mais sobre os projetos do ‘Fundo do Idoso’ e ‘Fundo da Criança e do Adolescente’:
Projeto Amparo ao Idoso
No último ano, centenas de milhares de pacientes com mais de 60 anos foram beneficiados com os resultados dessa lei. As doações incentivadas pela Lei do Idoso têm o objetivo de viabilizar o custeio do Hospital São Judas Tadeu – a unidade de cuidados paliativos e de atenção do idoso do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal do Idoso: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Amparo’. Com a doação concluída, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Projeto Cuidar
O intuito deste projeto é arcar com o custeio para o tratamento, prevenção e pesquisa do câncer infantojuvenil, uma vez que os custos subsidiados pelo SUS são insuficientes para o atendimento, na totalidade, da população carente. As doações incentivadas pelo Fundo da Criança e do Adolescente busca viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade pediátrica do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Cuidar’. Com a doação concluída, também é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para p e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Afinal, o que diferencia uma doação ‘convencional’ (feita com um cartão de crédito ou pagamento do boleto gerado pela plataforma do site do Hospital) de uma doação por meio de incentivo fiscal? A resposta é simples: quando as doações são realizadas diretamente a projetos sociais, elas não são enquadradas em leis de incentivos fiscais e não podem ser deduzidas. Por isso, serão declaradas na ficha ‘Doações Efetuadas’ – código 80 – ‘Doações em Espécie’ (dinheiro ou espécie) ou código 81 – ‘Doações em bens e direitos’ (na forma de bens). Na descrição, é necessário informar os dados do beneficiário.
Doações de Pessoas Jurídicas podem ser deduzidas em até 9% no Imposto de Renda, desde que façam apuração no lucro real. Os percentuais de destinação são distribuídos nas seguintes leis:
• 1% – Lei do Idoso;
• 1% – Fumcad (Criança e Adolscente);
• 4% – Lei Rouanet (Cultura) e Audiovisual (limitada em até 3%);
• 1% – Lei do Pronon (Câncer);
• 1% – Lei do Pronas (Pessoa com Deficiência);
• 1% – Lei do Esporte.
Doações de Pessoas Físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que feita a declaração anual de ajuste no modelo completo até o dia 30/12/2020. (Neste caso, o contribuinte pode escolher doar todo esse percentual por meio de uma só lei das listadas acima, exceto as leis do PRONON – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica’ e PRONAS/PCD – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência’, ou dividi-la entre elas). Poderão doar tanto as pessoas que possuem imposto a restituir, quanto as pessoas que possuem imposto a pagar.
O roteiro para a doação no ato do preenchimento da Declaração Anual de Ajuste Completa é relativamente simples, pois o valor disponível para doação é automaticamente informado pelo sistema da Receita Federal e, uma vez paga a DARF da doação, o próprio sistema a processa. É importante estar atento, portanto, ao fato de que é gerada uma DARF específica para a doação que também deve ser paga com a DARF do I.R., quando devida. Se tiver imposto a restituir, o valor de sua DARF será somado e acrescido de sua restituição.
Mas atenção: após concluir a doação, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail: ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’. Essa etapa do processo é essencial, pois é com esse comprovante que a equipe do Hospital de Amor consegue confirmar o recebimento da doação nos fundos.
COVID-19
Devido à atual situação de pandemia causa pelo novo coronavírus (COVID-19), o secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, prorrogou o prazo da entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2020 por 60 dias. A partir dessa decisão, a entrega final passa de 30 de abri (30/4) para 30 de junho (30/6).
Confira os passos a serem seguidos durante o preenchimento da Declaração de I. R.:
1º- Após preencher todos os seus dados e informações financeiras, clique em “Resumo da Declaração” no menu da esquerda;
2º– Em seguida, clique em “Doações diretamente na declaração – ECA”;
3º– Clique em “Incluir novo”;
4º– Selecione as opções “Municipal/SP/Barretos – 19.011.652/0001-50”;
5º– O valor disponível para doação é informado pelo próprio sistema, que elabora os cálculos e informa o montante equivalente aos 3% disponíveis para serem doados. Este valor que aparece é, assim, o máximo que poderá ser doado;
6º– Após indicar o valor a ser doado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Barretos, conforme explicado acima, clique em “Envie sua Declaração”;
7º– Após o envio, localize no menu do lado esquerdo o local onde está a DARF referente à sua doação (“Imprimir DARF – Doações Diretamente na Declaração – ECA”);
8º– Pague a DARF da doação e também a do I.R. devido, quando for o caso. Em seguida, envie a DARF de doação com o respectivo comprovante de pagamento para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’ para que a equipe do Hospital de Amor possa apresentá-lo ao FUMDICAD de Barretos e solicitar o repasse à instituição.
Pessoas físicas também podem doar através da plataforma de doação online do Hospital de Amor: o IR do Amor. Confira o vídeo com o passo a passo completo.
Agora, se você ainda tem alguma outra dúvida sobre como ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas através da doação do seu imposto de renda devido, é só acessar www.hospitaldeamor.com.br/incentivofiscal para mais informações. Escolha a forma que preferir e contribua!
Uma das maiores referências em tratamento e assistência oncológica na América Latina, o Hospital de Amor (novo nome do Hospital de Câncer de Barretos, como ainda é referido no ranking), dá sinais de sua consolidação também na frente de pesquisa. Prova disso, é sua posição no Scimago Institutions Rankings (SIR) 2020. Neste ano, o HA ocupa a primeira posição entre os hospitais de toda a América Latina e o segundo lugar entre as instituições que realizam pesquisas na área da saúde.
O SIR é um recurso internacional de avaliação científica que classifica universidades e instituições públicas ou privadas em todo o mundo, revelando algumas das principais dimensões (pesquisa, inovação e impacto social) de desempenho da pesquisa. O objetivo do ranking é fornecer uma ferramenta métrica útil para as entidades, formuladores de políticas públicas e gerentes de pesquisa para a análise, avaliação e melhoria de suas atividades, produtos e resultados. Só na edição de 2020, mais de 7 mil instituições foram avaliadas em todos os setores, entre elas, mais de 1.200 são da área da saúde. Este é o terceiro ano consecutivo em que a HA está entre as primeiras posições do ranking no setor de saúde, no Brasil e na América Latina.
Há pouco mais de 10 anos, o hospital deu início às atividades do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), cujo objetivo principal é oferecer as melhores condições para a realização de pesquisa de ponta, estimular o ensino pós-graduado, formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de se voltar também para a transmissão desse conhecimento à sociedade com trabalhos e ações de alto impacto, sobretudo, para as crianças e adolescentes em seu ambiente escolar. Até o momento, mais de 120 mestres e doutores já foram formados pelo Hospital.
O IEP mantém, fundamentalmente, a sintonia com as atividades desenvolvidas nos departamentos clínicos da instituição e compõe os alicerces para o desenvolvimento da medicina de futuro (a chamada medicina personalizada) em oncologia. Sua estrutura baseou-se nos mais modernos centros de pesquisa mundiais, enfatizando a praticidade de circulação, a facilidade de acesso aos recursos tecnológicos e a supervisão de profissionais capacitados. A complexa e atual infraestrutura possui desde anfiteatros, salas de ensino modernas e centro de treinamento cirúrgico, até laboratórios de genética molecular e biologia celular, além de unidades móveis de educação, sendo capaz de viabilizar o desenvolvimento de diferentes linhas de pesquisa em oncologia. Suas atividades estão centradas em quatro eixos principais: Epidemiologia e Prevenção do Câncer; Oncologia e Patologia Molecular; Oncologia Clínica e Cirúrgica; e Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida, que buscam incessantemente o desenvolvimento tecnológico e a inovação, visando como resultado final, o melhor atendimento ao paciente oncológico.
De acordo com o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Reis, a produção científica atual do Hospital de Amor conta com uma média de 200 publicações por ano em periódicos de impacto mundial. “A excelência na infraestrutura e organização implementada desde o início das atividades do IEP, além de seu constante aprimoramento, são fundamentais para obtermos esse resultado junto ao Scimago Institutions Rankings. Nossa posição mostra que a aposta da instituição em uma política sólida de ensino e pesquisa não é apenas promissora, mas já traz resultados altamente relevantes para a comunidade científica, pacientes e sociedade em geral”, afirmou Reis.
Em razão do aumento dos casos de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) nas últimas semanas, informamos que diversas medidas de controle estão sendo tomadas nas unidades do Hospital de Amor, a fim de minimizar o risco de infecção entre pacientes, acompanhantes e colaboradores, as quais seguem abaixo:
Para pacientes e acompanhantes:
1- Os pacientes em tratamento oncológico não deverão faltar de suas consultas, exames ou procedimentos marcados, devido ao risco que esse tipo de interrupção pode trazer ao seu tratamento. Contudo, se, no dia do atendimento marcado, o paciente (ainda estando em sua cidade de origem) apresentar febre e sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar, aumento da secreção nasal, espirros, etc.), o mesmo deve entrar em contato com a unidade do Hospital de Amor em que realiza seu tratamento para reagendamento, além de procurar atendimento médico na unidade básica de saúde (UBS) do próprio município;
2- O Hospital de Amor também solicita que os pacientes não tragam acompanhantes que estejam com sintomas respiratórios, como os descritos no item anterior. Caso o acompanhante apresente qualquer um desses sintomas, orientamos que ele seja substituído antes do deslocamento à unidade do Hospital de Amor;
3- A presença de acompanhantes está restrita aos casos previstos por lei (pacientes crianças, idosos e portadores de necessidades especiais). Não há uma idade máxima permitida para os acompanhantes, porém, não recomendamos que pessoas acima de 60 anos ou com comorbidades (portadores de doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades) exerçam essa função;
4- Todas as visitas estão suspensas por tempo indeterminado, em todas as unidades do Hospital de Amor e alojamentos da instituição;
5- Haverá triagem de pacientes sintomáticos respiratórios em todas as recepções da instituição, com organização do fluxo de atendimento para síndrome gripal e isolamento de todos os casos suspeitos de COVID-19. Na unidade de Barretos (SP), os pontos de triagem estão localizados na área de estacionamento dos ambulatórios adultos e infantil, e em frente ao Centro de Intercorrência Ambulatorial (CIA). Em Jales (SP), a triagem acontecerá também no estacionamento da unidade. Já em Porto Velho (RO), o processo será feito na recepção principal.
6- Com o objetivo de evitar aglomerações, serão realizados a redução de agendas ambulatoriais e o adiamento de consultas de retorno (semestral ou anual), assim como, também haverá o adiamento de cirurgias eletivas de baixo risco, principalmente, em pacientes idosos. Reforçamos que cada caso será avaliado individualmente, sempre priorizando a saúde e o bem-estar dos pacientes;
7- As ações de envolvimento social (em todas as unidades), tais como: projetos de voluntariado, eventos científicos, religiosos e recreativos, estão canceladas por tempo indeterminado.
Para colaboradores (profissionais que atuam nas unidades do Hospital de Amor):
1- Caso surjam colaboradores apresentando síndrome gripal (febre com sintomas respiratórios), os mesmos serão afastados do contato com paciente;
2- Medidas extensivas de comunicação interna têm sido tomadas, a fim de garantir que as informações relacionadas aos procedimentos corretos cheguem a todos os envolvidos direta e indiretamente no atendimento aos pacientes. Estão ocorrendo renovações de equipamentos de proteção individuais (EPIs), disposição estratégica de álcool em gel, treinamentos relacionados a medidas de controle e higienização, além da exposição de cartazes e comunicados em todos os setores do hospital.
Funcionamento do hemonúcleo e doações de sangue
O hemonúcleo do Hospital de Amor segue realizando suas atividades normalmente, e as doações de sangue e de medula óssea não estão suspensas. Todo doador que comparece ao setor é submetido a uma triagem para garantir sua aptidão para doar. É importante enfatizar que pessoas que apresentam sintomas gripais devem realizar esse tipo de doação 15 dias após o desaparecimento de todos os sinais.
Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com a unidade onde realiza seu tratamento.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, também deixou orientações importantes sobre o coronavírus e um apelo pela colaboração da população. Confira:
Março é o mês de prevenção do câncer colorretal, tumor que já ocupa o segundo lugar no ranking dos dez mais incidentes entre homens e mulheres. Para o Brasil, são estimados mais de 40 mil novos casos registrados por ano, sendo 20.520 na população masculina e 20.470 na população feminina. Com o objetivo de incentivar a prevenção e a detecção precoce deste tipo de câncer, criou-se a campanha “Março Marinho”, em alusão ao “Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino”, comemorado em 27/3.
Apesar dos números serem alarmantes, o câncer colorretal ainda é pouco divulgado. Conhecer a doença, seus fatores de risco e saber quais são as principais formas de preveni-la, é fundamental para evitá-la. Você conhece esse tipo de câncer?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão do tumor. Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
De acordo com a médica endoscopista e coordenadora do programa de rastreamento de câncer colorretal do Hospital de Amor, Dra. Denise Peixoto Guimarães, existem dois exames que podem ser utilizados para realizar o rastreamento desse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Cabe ao médico indicar qual é a melhor opção para cada paciente.
Desde 2015, o HA conta com seu programa de rastreamento e, de lá para cá, já foram alcançadas 16.713 pessoas com ele. “O programa de rastreamento através do teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos; que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos; e não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais. É muito importante que esses critérios sejam respeitados, pois caso a pessoa não se enquadre nesse perfil, o exame pode não ser a melhor opção para o paciente”, afirmou a médica.
Segundo a especialista, os sintomas só irão se manifestar quando a doença já estiver em estado avançado. Nesse momento, o tratamento já não é tão eficaz, e as chances de cura, menores ainda. “Nessa hora, os principais sintomas a serem percebidos são: sangramento nas fezes, dor abdominal ou nódulo abdominal, emagrecimento ou anemia”, explicou.
Fatores de risco
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer no intestino são: idade igual ou acima de 50 anos; excesso de peso corporal e alimentação não saudável; excessivo consumo de carnes processadas (como por exemplo, salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.
Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
“Evitar qualquer um desses fatores de risco, ou seja, praticar atividade física, manter uma alimentação saudável, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo, além de consultar o médico regularmente, são formas primárias de prevenção contra esse tipo de tumor. É fundamental conscientizarmos a população e os médicos sobre o câncer colorretal. Ele é passível de prevenção, então, por meio de informação correta e de qualidade, conseguimos diminuir o número de casos e fazer com que menos pessoas sofram e morram em decorrência desse tumor”, concluiu Dra. Denise.
Previna-se!
Se você se enquadra nos requisitos e faz parte do público-alvo do programa de rastreamento, venha até o Instituto de Prevenção do Hospital de Amor ou entre em contato através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7194.
“Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer, como é grande o meu amor por você. E não há nada pra comparar, para poder lhe explicar, como é grande o meu amor por você”. Foi com essa linda e clássica canção, composta em 1967 pelo ‘rei’ Roberto Carlos e considerada uma das maiores declarações de amor da música brasileira, que o paciente do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do Hospital de Amor) Anderson Roberto dos Santos esperou sua amada, Amanda Fortuna Lima dos Santos, para o tão sonhado ‘sim’. A tradicional marcha nupcial marcou a entrada da noiva, e o sentimento mais puro e sincero do mundo, o amor, marcou o encontro desses dois corações.
Juntos há mais de 10 anos, porém, sem nunca terem oficializado o matrimônio em uma cerimônia religiosa, os dois viveram momentos de felicidade e muito romantismo no último dia 5 de março. Ao saber do desejo do casal, a equipe multidisciplinar do hospital logo começou a organizar os preparativos, contatar os parceiros e, em apenas cinco dias, estava tudo pronto! “Essa festa foi a realização de um sonho, não apenas para o casal, mas para nós também. Quando eles nos contaram sobre esse desejo, nós fizemos de tudo para que fosse realizado da maneira mais linda e inesquecível possível para eles”, explicou a assistente social da unidade, Desiane Pereira.
E como o casamento é uma aliança feita por Deus, nada melhor do que escolher um celebrante especial para firmar esse compromisso e conduzir as trocas de votos. De acordo com o pastor da Comunidade Cristã de Barretos, Gery Leves, um casamento perfeito é construído com obstáculos e vivido em cima de 3 pilares: paixão, amor e Deus. “É preciso cultivar a presença de Deus e convidá-lo para fazer parte do casamento, sem nunca se esquecer de que o amor tudo crê, tudo suporta, tudo supera. Só o amor constrói e torna possível aquilo que não é possível”.
Com essas sábias palavras, os noivos trocaram as alianças e selaram esse momento com um beijo cheio de afeto e esperança. Foi impossível não se emocionar! Ao deixarem a celebração ao som da música “Fascinação”, entoada no violino pelo musicoterapeuta do hospital, o paciente não conteve as lágrimas. “Isso aqui é um sonho e uma vitória para mim”, declarou.
Após a cerimônia, os noivos foram presenteados com uma deliciosa festa repleta de quitutes, música boa e convidados pra lá de especiais, entre eles seus familiares, pacientes da unidade, acompanhantes e colaboradores do Hospital São Judas Tadeu, todos reunidos para comemorar o Amor.
Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença
“Foi amor à primeira vista”, contou o ex-bombeiro civil, de 45 anos, ao relembrar o momento em que conheceu Amanda, de 38. Os dois moravam na cidade de São Paulo e, por conta da rotina agitada e da vida corrida, decidiram deixar a cerimônia para segundo plano. Nesses anos juntos, ele até chegou a pedir a mão dela em casamento, mas o planejamento nunca saiu do papel. “Hoje, após passarmos por tantos desafios e descobrirmos a doença do Anderson, aprendemos uma coisa: a gente nunca tem tempo. Então, quando quisermos fazer alguma coisa, realizar algum desejo, tem que ser agora, tem que ser hoje”, afirmou Amanda.
Ao descobrir um câncer no rim, com metástase no sistema nervoso central e no pulmão, Anderson precisou mudar-se para o interior do estado e iniciar o tratamento no Hospital de Amor Barretos, posteriormente, na unidade de cuidados paliativos. Amanda, sua companheira, deixou tudo para traz e, cheia de fé, trouxe apenas o essencial para que os dois enfrentassem mais essa batalha juntos: amor.
“Nós ‘empurramos’ esse momento com a barriga e eu cheguei a pensar que esse dia nunca existiria, mas hoje nós estamos vivendo um sonho. Estar aqui me casando com a mulher da minha vida, conseguir andar para recebê-la e receber as bênçãos de Deus, é uma conquista inesquecível. Desejo que esse dia nunca termine”, finalizou Anderson.
O Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, lançou na última quinta-feira, dia 5, o “Guia de Educação em Saúde e Câncer”, desenvolvido em parceria com o Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio – SESC. O livro, que começou a ser estruturado há dois anos, é o único deste formato no Brasil e tem como principal objetivo oferecer suporte teórico e prático para ações de Educação em Saúde, sobretudo dentro da temática câncer.
“A temática Educação em Saúde é muito ampla, mas nós tentamos fazer um resgate histórico global, afunilando para América Latina e Brasil, finalizando com a análise dos trabalhos desenvolvidos pelo e no Hospital de Amor durante seus quase 60 anos”, detalhou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. O guia, que também será disponibilizado em formato digital, traça uma linha do tempo desde a fundação da instituição e conceitua as práticas de atenção ao câncer, até culminar nas ações de educação em saúde desenvolvidas com este viés.
O evento reuniu seis secretários de educação e a diretora de ensino da região de Barretos, além de mais de 150 professores, diretores e coordenadores de escolas de toda região, e também marcou a apresentação da Agenda 2020 do “Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas (PESCE)”, que une 12 projetos do NEC desenvolvidos exclusivamente para o ambiente escolar.
Com o intuito de motivar os educadores e ampliar o conhecimento sobre novos métodos de aprendizado, o NEC trouxe para o lançamento a palestra “Jogos Digitais como estratégia para a Educação e a Saúde”, ministrada por Tiago Eugênio, biólogo formado pela UNESP, com mestrado em psicobiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Gabriela, Carolina, Eva, Jenifer, Ana Júlia, etc. Elas são inspirações para a criação de músicas, poemas, filmes e artes em geral. São mães, avós, tias, filhas, sobrinhas, primas, namoradas, esposas, profissionais, idealistas, sonhadoras, líderes, ousadas. São infinitos os adjetivos que expressam a grandeza das mulheres. Por isso, e por muito mais, no dia 8 de março, o mundo todo celebra o “Dia Internacional da Mulher”, oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, e comemorado desde o início do século 20.
A força da mulher está presente no Hospital de Amor desde a sua origem. Fundado pelos médicos Dr. Paulo Prata (in memoriam) e pela Dra. Scylla Duarte Prata, médica ginecologista, ela foi considerada à frente do seu tempo ao cursar medicina e enfrentar os desafios da época de estudante. Diante disso, a força feminina também foi essencial para fundamentar os valores da instituição.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve crescer até 2030. Com mais anos de estudo, sendo a maioria com ensino superior, as mulheres tornaram-se mais qualificadas do que a mão de obra masculina. Segundo o Sebrae, ao todo, mais de 9 milhões de mulheres estão à frente de uma empresa no país, sendo que o número de ‘chefes de domicílio’ femininas aumentou de 38% para 45%. Estes dados representam o quão ativas elas são na fomentação da economia e nas atividades laborais.
No Hospital de Amor, a forte atuação feminina não é diferente. Ao todo, 75% do quadro de funcionários da instituição é formado por mulheres, sendo 3.279 colaboradoras.
A gerente do departamento de gestão de pessoas, Renata Paschoal Fleischer, atua na instituição há 3 anos e acredita que o fato de ser mulher faz com que ela consiga desenvolver ações de maneira mais sensível, sem perder a ‘energia’ necessária para cumprir as metas propostas. Renata fala toda orgulhosa sobre os projetos desenvolvidos pela instituição para o público feminino, como o programa ‘Mamãe Colaboradora’, que leva informações e orientações para as gestantes. “Me sinto privilegiada por ter a oportunidade de fazer a diferença em uma instituição da área da saúde”, afirmou.
Mulheres na ciência
Elas fazem a diferença, há anos, em diversas áreas da sociedade. São advogadas, médicas, empresárias, influenciadoras, esportistas, entre tantas outras profissões. Mas, quantas cientistas você conhece? De acordo com o estudo ‘Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM)’, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), apenas 35% dos estudantes do mundo em áreas de STEM são mulheres.
A pesquisadora do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) e coordenadora do biobanco do Hospital de Amor, Marcia Marques Silveira, é um grande exemplo de mulher na ciência. Há 10 anos, ela atua na instituição em busca de avanços científicos dentro da oncologia molecular do câncer de mama, para que, no futuro, outras mulheres que sofrem com a doença possam se beneficiar. “Sinto muito orgulho do meu trabalho, da minha equipe e da oportunidade de tentar poder fazer a diferença junto à comunidade científica, buscando modelos de excelência em biobancos e pesquisa oncológica”, comentou.
Os desafios nesta área não são poucos e a responsabilidade de estar à frente de setores tão importantes quanto estes é muito grande. Manter os processos, estrutura e controle de qualidade sempre atualizados, seguindo padrões internacionais de sucesso e permitindo a participação do HA em pesquisas junto à medicina oncológica molecular no Brasil e no mundo é o que motiva Marcia. “Ser mulher, mãe e líder de um departamento essencial como o biobanco é uma tarefa árdua e, ao mesmo tempo, muito gratificante. Todos os dias eu me sinto responsável em fazer um bom trabalho em equipe, incentivando profissionais, especialmente as mulheres, em se dedicar por uma causa tão significativa como a pesquisa na oncologia molecular”, finalizou a pesquisadora.
Já a enfermeira Elaine Xavier trabalha no Hospital de Amor desde 2003 e há dois anos está à frente do projeto de prevenção, atuando diretamente nas unidades móveis. Elaine realiza a organização do calendário das unidades que atendem os 17 municípios que integram a DRS V (Departamento Regional de Saúde) de Barretos (SP), e também é responsável pela divulgação dos agendamentos dos exames de mama, colo do útero, intestino e boca. “É um projeto maravilhoso, que visa o cuidado integral e a assistência da mulher e do homem. É um programa que conta com início, meio e fim, ou seja, oferece exames, investigação e tratamento. Esse trabalho é importante, pois com o diagnóstico precoce, maior é a chance de cura”, relatou a enfermeira, que brilha os olhos ao falar da sua rotina de trabalho na instituição.
“Aqui no HA, eu me sinto totalmente realizada. Amo o que eu faço, me entrego de corpo e alma ao meu trabalho. O hospital oferece todos os recursos necessários para o profissional melhorar a cada dia. Agradeço a Deus por fazer parte dessa equipe, e graças a ele o que um dia foi um sonho, hoje é a minha realidade”.
Mulheres na saúde
Durante toda a história, algumas profissões foram consideradas exclusivamente masculinas. Para conquistar um espaço neste cenário, as mulheres tiveram que lutar e enfrentar grandes desafios. De acordo com dados da Demografia Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM), dentre os 414.831 profissionais da medicina em atividade, 225.550 são homens (54,4%) e 189.281, mulheres (45,6%). Contudo, essa diferença vem caindo a cada ano e, graças à feminização da profissão no país, entre os novos médicos registrados desde 2009, há mais mulheres do que homens.
No Hospital de Amor, em meio a tantas atribuições exigidas aos médicos, é preciso ainda aliar competência com capacidade de cuidar e oferecer amor. E quem melhor do que as mulheres para desempenhar esse papel com maestria? Ao andar pelos corredores da instituição é possível perceber a importância delas.
Há 8 anos, a médica coordenadora da unidade de transplante de medula óssea (TMO) do Hospital de Amor Infantojuvenil, Neysimélia Costa Villela – carinhosamente conhecida como Dra. Neysi – trabalha no HA. Junto a toda sua equipe, ela cuida das crianças que precisam ser submetidas ao transplante de medula óssea em todas as etapas de sua realização: desde a preparação para o procedimento, durante a internação e também após, até que elas estejam totalmente recuperadas. Ela garante que isso não é uma tarefa fácil, pois é preciso assegurar que todas as crianças tratadas na unidade recebam o que existe de melhor na medicina; manter a equipe sempre atualizada, proativa e estimulada; oferecer apoio, conforto e acolhimento aos familiares de cada paciente; e o principal: fazer com que os pequenos, mesmo passando por um momento tão difícil e delicado, possam sorrir, brincar e sonhar!
“É uma mistura de sentimentos que envolve orgulho, gratidão a Deus, por me permitir exercer minha profissão de maneira tão plena (aliando medicina de ponta a um tratamento humanizado) e, ao mesmo tempo, consciência da grande responsabilidade de cada um de nós que trabalha aqui, oferecendo, sempre, nada menos do que o melhor de nós mesmos. Acho que a mulher pode até ser mais delicada e amorosa, mas de forma alguma mais frágil ou com menor poder de liderança. No setor de TMO, onde mais de 90% da equipe é composta por mulheres, somos também as mães de todas as crianças que precisam do nosso amor e do nosso carinho, e isso faz com que levantemos da cama todos os dias com a certeza de que podemos fazer sempre mais”, relatou Dra. Neysi.
Imagine alguém que mantém um lindo sorriso no rosto e o brilho nos olhos, todos os dias, trabalhando em uma unidade de cuidados paliativos. Há 15 anos, os pacientes e familiares que passam pelo Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do Hospital de Amor) encontram isso e muito mais na fisioterapeuta Adriana da Silva Martins Ferreira. Atenciosa, criativa, delicada e amada por todos, ela realiza atendimentos aos pacientes internados e ambulatoriais, com condutas que ajudam na melhora da dor, falta de ar, fadiga, edema, entre outros, com o objetivo de aumentar a qualidade de vida de cada um.
Adriana também é preceptora e tutora da residência de atenção ao câncer na unidade, membro da comissão de eventos, responsável pelo programa ‘Selo Hospital Amigo do Idoso’, supervisora de estágio acadêmico em fisioterapia oncológica, membro do comitê de bioética e membro do grupo da dor. “É uma responsabilidade grande, por se tratar de um hospital renomado, que atua com excelência na área da oncologia, mas sinto-me imensamente feliz, honrada e realizada profissionalmente, por ser mulher e liderar um departamento que atua com dedicação e humanização para proporcionar conforto e dignidade aos pacientes que lutam contra o câncer. Os desafios maiores são oferecer brilho nos olhos e alegria a cada paciente, mas sei que posso fazer a diferença na vida de muitas pessoas, com competência e respeito”.
Mais uma guerreira
A funcionária pública e prefeita do município de Vitória Brasil (SP), Ana Lúcia Olhier Módulo, de 54 anos, também é uma mulher guerreira. Ela luta, como todas as outras, por respeito, direitos iguais e liberdade. Mas acumula todas as suas forças para lutar contra um câncer de mama, descoberto após fazer um exame de mamografia.
Mesmo com as sessões de quimioterapias, cirurgia, futuras sessões de radioterapia e alguns efeitos colaterais do tratamento – realizado no Hospital de Amor Jales – Ana Lúcia continua trabalhando, viajando e cumprindo com suas obrigações sem ‘deixar a peteca cair’. Ela é exemplo e representa todas aquelas que passam por situações semelhantes. “A mulher já avançou muito nos seus direitos, mas ainda há muito o que desejar, pois existe preconceito, machismo e feminicídio, principalmente para as mulheres que não sabem se impor. Acredito que há muito o que comemorar, mas também há muito para conquistar”, esclareceu a paciente.
Luta pela igualdade
Conforme divulgado pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres entre 25 e 49 anos ganham 20,5 % a menos que homens. Isto significa que ainda há desigualdade salarial e, embora elas estudem mais do que eles, elas acabam ocupando menos da metade dos cargos de gerentes e diretores no país.
Quando o assunto é violência, infelizmente, o Brasil é um dos líderes de casos de agressão a mulheres. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a cada ano, cerca de 1,3 milhão de mulheres são agredidas nos país. No ano passado, o relatório “International Women´s Day 2019 – Global attitudes toward gender equality” afirmou que 39% dos brasileiros consideram a violência sexual o principal problema enfrentado pelas mulheres hoje, e 52% das pessoas no mundo concordam que a vida é mais fácil para homens do que para as mulheres.
A origem da data
Historicamente, o primeiro ‘Dia da Mulher’ teve origem nos Estados Unidos, em maio de 1908, quando 1.500 mulheres apoiaram uma manifestação em prol da igualdade de gênero, de forma econômica e política. A luta por essas melhorias surgiu no final do século XIX, a partir de organizações femininas que lutavam por menos jornadas de trabalho (que chegavam a 15 horas diárias), além do pedido de aumento de salários, que eram considerados baixíssimos. Segundo relatos mais comuns, a data que celebra a mulher ganhou mais representatividade após um incêndio que ocorreu em uma fábrica têxtil, a Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, quando cerca de 130 operárias faleceram carbonizadas, no dia 25 de março de 1911.
No Brasil, a luta em prol dos direitos femininos ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 1930, ao lutarem pelo direito de voto. E em 1985, surgiu a primeira Delegacia Especializada da Mulher. Atualmente, o termo sororidade tem sido amplamente divulgado nas mídias e nos ambientes de trabalho. Basicamente, a expressão remete o sentimento de união e amizade entre as mulheres, algo tão importante para a efetivação dos direitos igualitários no mercado de trabalho e em todos os ambientes onde são elas estão inseridas.
Segundo a última estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados, no Brasil, mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão, para cada ano do triênio 2020-2022. A doença ocupa, atualmente, a terceira colocação no ranking dos tipos de câncer mais incidentes no país, exceto pele não melanoma, mas ainda é o primeiro quando se fala em taxa de mortalidade. Isso ocorre, principalmente, por conta de seu desenvolvimento silencioso, que, quando chama a atenção por meio de sinais e sintomas, geralmente, já está em fase avançada e sem ou com poucas chances de cura.
Apesar dos diversos fatores que favorecem a ocorrência do câncer de pulmão, como exposição a agentes cancerígenos químicos ou físicos, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e fatores genéticos, o tabagismo ainda é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, com até 85% dos casos diagnosticados associados ao consumo e exposição passiva aos derivados do tabaco.
“Nem todo indivíduo que fuma ou fumou desenvolverá câncer de pulmão, e isso ainda é realmente difícil de se prever, mas sabe-se que a chance de seu desenvolvimento está diretamente relacionada à carga de tabaco com a qual que se teve contato”, explica o médico radiologista do Hospital de Amor, Rodrigo Sampaio Chiarantano. Sabe-se também que a mortalidade em decorrência da doença entre os fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, já entre os ex-fumantes essa taxa chega a ser quatro vezes maior.
Pioneirismo
Com o intuito de reduzir tais taxas, o HA lançou, em 2019, um programa de rastreamento ativo de câncer de pulmão como parte de uma iniciativa mais ampla da instituição, que se destaca por incluir também atividades de prevenção primária e pesquisa científica de ponta com marcadores biomoleculares. Para que isso fosse possível, o Hospital de Amor contou com a colaboração da Secretaria Municipal de Saúde de Barretos, facilitando o treinamento e a constituição de grupos de cessação de tabagismo em suas unidades básicas de saúde (UBSs), que posteriormente passaram a enviar indivíduos elegíveis.
Em um formato pioneiro na América Latina, uma unidade móvel foi equipada com um tomógrafo computadorizado de baixa dose e direcionada a fazer o acompanhamento da população de risco. O programa é o único no Brasil que integra dados de diversas esferas da área da saúde e oferece gratuitamente esse exame aos usuários do Sistema Único de Saúde.
Inicialmente, o projeto atendeu com exclusividade os encaminhamentos dos participantes dos grupos de cessação de tabagismo, mas, desde janeiro deste ano, o rastreamento está disponível para todos os indivíduos que fazem parte do grupo de risco e que residem em um dos 18 municípios que compõem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS-V).
O Dr. Rodrigo Chiarantano explica que existem alguns critérios que definem a situação de alto risco para se desenvolver câncer de pulmão. “O mais amplamente empregado é: ter entre 55 e 75 anos, ser fumante atual ou ex-fumante que tenha parado há menos de 15 anos, com uma carga tabágica igual ou maior que 30 (essa carga tabágica se obtém quando multiplicamos o número de anos que a pessoa fumou pelo número de maços de cigarro que fumava em média por dia; assim, se alguém fumou dois maços por dia, por 25 anos, terá uma carga tabágica de 50, superior a 30, e, portanto, de alto risco)”.
Até o momento, aproximadamente 500 pessoas já realizaram o exame. Entre elas, um caso já foi diagnosticado e outros nove estão sendo investigados. Mas a expansão do projeto prevê números muito maiores. Segundo seu escopo inicial, a proporção da população que se enquadra nos critérios foi estimada em 3%, significando, só Barretos, cerca de 3.400 pessoas e na DRS-V mais de 13 mil pessoas com alto risco para desenvolver câncer de pulmão, grupo para o qual o rastreamento por tomografia de baixa dose é indicado de forma periódica.
Outro diferencial é o laudo que foi elaborado para o programa, pensando em tornar a informação mais acessível ao paciente. O documento é composto por texto em linguagem mais simples e direta, acompanhado de um reforço visual que ilustra o significado dos achados. No laudo, são descritos os achados do exame potencialmente relacionados ao tabagismo e explicados os passos seguintes a partir dali. Ele foi desenvolvido pensando no melhor entendimento do indivíduo participante, estimulando o autocuidado e a vigilância de saúde. Os pacientes têm retornado com grande satisfação. Alguns deles relataram, inclusive, que o processo de rastreamento como um todo auxiliou na decisão de parar de fumar.
Avanços científicos
Consequência da seriedade e qualidade do programa de prevenção e rastreamento de câncer de pulmão, o Hospital de Amor foi aceito como colaborador em um grande consórcio de pesquisa internacional, o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), que possibilitará melhorar o entendimento da genética relacionada ao câncer de pulmão, a melhor caracterização de grupos de risco e de fatores de decisão em relação aos achados de exame. “Trata-se de pesquisa de ponta e de qualidade, com grande potencial de contribuição para a ciência e para a redução da mortalidade por câncer de pulmão. Com base em informações obtidas sob consentimento em amostras biológicas dos indivíduos participantes, diversas características genéticas e biomoleculares estão sendo investigadas, traçando um perfil particular da nossa população, que se somam aos dados já obtidos de outras populações ao redor do mundo”, ressalta o radiologista.
Como participar
Os indivíduos que se enquadrem nos critérios para o rastreamento podem realizar o agendamento do exame pelo telefone (17) 3321-6600 – ramal 7010 ou 7080; o contato também está disponível para os fumantes ou ex-fumantes há menos de 15 anos que tiverem dúvidas sobre os critérios.
Cozinhar é uma arte que envolve talento, disciplina e, principalmente, muito amor. Poder reunir amigos queridos e familiares à mesa e servir uma deliciosa refeição é um momento muito especial. Foi isso que o paciente Pedro Bartholo Nery, 55 anos, fez na última quinta-feira, 20 de fevereiro, no IRCAD América Latina – centro de treinamento que faz parte do complexo do Hospital de Amor, em Barretos (SP).
Nery, que é consultor de orçamento, iniciou tratamento no HA em agosto de 2019, quando foi diagnosticado com um tumor no intestino. Desde então, ele enfrenta uma das suas mais difíceis batalhas: a luta contra o câncer. Muito simpático e bom de papo, ele começou seu tratamento paliativo no Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do HA) na segunda quinzena de fevereiro deste ano, após ser diagnosticado com metástase no pulmão. E foi durante um de seus papos descontraídos com a equipe da unidade que Nery foi questionado sobre qual seria o seu maior sonho e o que ele gostaria de fazer. Sem titubear, o paciente disse que desejava entrar em uma cozinha e comandar uma equipe de cozinheiros. “A minha paixão é a gastronomia, embora eu nunca tenha feito faculdade, eu nasci com esse dom. E não sou eu quem falo, não. Os meus amigos chefs sempre me pedem conselhos”, afirmou ele, que comandou um Pub, quando tinha 21 anos, em Brasília (DF).
Enquanto pedia alimentos específicos e dava atribuições, a ansiedade de Nery era visível. A alegria dele em poder cozinhar novamente também foi motivo de felicidade para todos os envolvidos nessa ação especial, dentre eles, as cozinheiras do IRCAD e a equipe multiprofissional do HA. Segundo a enfermeira do Hospital São Judas Tadeu, Nayara Silva, foi muito gratificante ver a animação e o brilho nos olhos do paciente. “Em nossa unidade, nós sempre promovemos eventos que visam proporcionar bem-estar tantos dos pacientes, quanto dos acompanhantes”, relatou a profissional, que acompanhou esse momento e ficou à disposição de Nery durante toda o evento, auxiliando o paciente sempre que necessário.
Já que Pedro Nery acredita que para haver uma boa comida é necessário contar com uma ótima equipe, é claro que não podiam faltar importantes escudeiras. Devido à fragilidade do paciente, em decorrência do tratamento, o ‘chef do dia’ contou com a ajuda das cozinheiras do IRCAD, Divina Ferreira, Gessica Burgheti e Sandra Gomes, que trabalharam com todo carinho e dedicação. Afinal, todos estavam reunidos com o mesmo propósito: celebrar a vida. “Poder auxiliar um paciente que deseja cozinhar é gratificante. Nem sempre podemos ajudar todos, mas fico muito contente. Para mim, hoje é um dia de muita satisfação”, contou com os olhos marejados a simpática Divina, cozinheira que comanda a cozinha do IRCAD há nove anos.
Um amor que tempera a vida
Casada oficialmente com Nery há dois anos, Silvia Souto mostra toda orgulhosa as fotos dos pratos preparados pelo marido. “Em casa, ele é o chef. O Pedro domina massas, doces, comida oriental e panificação em geral. Sempre que viajamos e quando pode, ele faz questão de pescar o alimento e preparar a refeição na hora. Tudo sempre muito fresco e feito com muito carinho. Nós temos cinco filhos lindos, dos nossos primeiros relacionamentos, mas eu sei que nós somos uma família muito unida. E tudo isso que enfrentamos nos fortalece ainda mais”, explicou a esposa, que aproveitou para tirar várias fotos enquanto o marido comandava a cozinha.
Silvia relatou já ter ouvido falar sobre o HA anteriormente, mas quando chegou na unidade e viu todo o tratamento que é oferecido, não restou outra alternativa além de admirar o trabalho realizado na instituição. “Aqui, em Barretos, eu me encantei. Em cada profissional, em cada gesto, só consigo ver carinho e amor. Ao ver o trabalho das pessoas do Hospital de Amor, eu voltei a acreditar na humanidade. A gente vê tanta notícia ruim, mas aqui no hospital eu aprendi a acreditar na bondade do ser humano novamente. Só posso agradecer por tudo que vocês fazem por nós”, disse emocionada.
Quando questionado sobre qual chef ele mais admira, Nery afirma gostar do chef Érick Jacquin, devido à vontade dele de valorizar ainda mais a cozinha tradicional. Ele também demonstra empolgação ao falar do lançamento do seu livro, cujo conteúdo terá 100 receitas autorais.
Após todo o cuidadoso preparo dos alimentos, o almoço especial foi servido para ele, sua esposa e para toda a equipe de profissionais que cuida dele no Hospital São Judas Tadeu, dentre eles: médico, assistente social, enfermeiras, fisioterapeutas e todos aqueles que ganharam a admiração do casal de Brasília, que proporcionou um momento lindo, dando mais sabor à vida. Com muito afeto e gentileza de todos, a refeição foi selada com um emocionante brinde: “Eu quero fazer um brinde à humanidade, porque nós somos seres humanos e, em um momento de dor e sofrimento, é disso que precisamos. Tenho a certeza de que esse momento valeu muito mais do que qualquer remédio que eu já tomei no hospital. Por isso, um brinde à humanidade“, finalizou ele, emocionado.
E como toda bela amizade, grande amor e deliciosa refeição, os preciosos momentos também são eternizados nas memórias, assim como afirma a jornalista e também paciente paliativa, Ana Michelle Soares: “se tem um jeito de a gente ser eterno, é vivendo nas pessoas”.
Receita que foi servida durante o almoço:
Linguiça embriagada do chef Nery
Ingredientes
– 1/2 quilo de linguiça fresca, fina e pura de porco;
– 4 colheres de sopa de mel;
– 1 copo de cerveja tipo pilsen;
– 1 dose de pinga, conhaque ou whisky;
– Salsa ou coentro fresco, bem picadinho.
Modo de fazer
Corte a linguiça em pedaços de 1,5 cm. Aqueça bem a frigideira e coloque o azeite de oliva e a linguiça. Quando a linguiça começar a dourar, abaixe o fogo e deixe criar o caldo (por isso é importante a linguiça ser fresca, já que o objetivo é formar bastante caldo, que é fundamental para a receita dar certo).
Quando houver bastante ‘caldo’, coloque o mel e abaixe o fogo, deixando caramelizar o mel com o caldo no fundo. Mexa um pouco, isso ajudará durante o processo.
Assim que estiver bem caramelizado (lembre-se: caramelizado não é carbonizado, não deixe queimar, mas sim ficar na cor ferrugem, bem escura). Feita a caramelização corretamente, coloque a cerveja de uma vez, desmanchando o caramelo e formando um caldo bonito, na cor marrom. Deixe o caldo reduzir até engrossar, como a espessura do mel ou um pouco mais grosso.
Nesse momento exato, jogue a pinga ou a bebida que escolheu e flambe. Use o seu método.
No momento em que o flambado se apagar, passe a linguiça para a tigela em que vai servir. Decore com a erva picada que você escolheu. Bom apetite!
“É mais importante adotar a estratégia correta do que buscar o lucro imediato”. A frase do professor e pesquisador norte-americano, considerado pai do Marketing, Philip Kotler, define bem o objetivo da realização da primeira edição do encontro de planejamento estratégico de captação de recursos, realizado pelo Hospital de Amor (HA), entre os dias 4 e 6 de fevereiro. Conduzido pelos consultores Rodrigo Alvarez (da Mobiliza Consultoria) e Bruno Benjamin (da ActionAid) e com a participação de profissionais atuantes nas diversas frentes de angariação de fundos em prol da instituição, além de representantes da diretoria, dos departamentos de comunicação e de gestão de pessoas, assim como, da secretaria de governança da entidade, o encontro ocorreu na cidade de Olímpia, no interior de São Paulo.
Atualmente, o HA possui dezenas de unidades espalhadas pelo Brasil, e os vários esforços relacionados à área de captação de recursos são essenciais para que a instituição consiga contornar seu déficit operacional, que excede os R$ 25 milhões mensais. Essas frentes vêm se desenvolvendo ao longo dos últimos 30 anos, desde que o atual presidente da entidade, Henrique Prata, passou a conduzir o engajamento da sociedade civil para a obra de seus pais e transformou a forma humanizada de cuidar em Barretos no maior projeto filantrópico do país. “Esses 30 anos têm sido de sucesso, como é possível se observar em todos os locais onde o hospital tem suas unidades. Contudo, em razão de parcerias internacionais que temos, como o St. Jude Children’s Research Hospital, de Memphis, nos Estados Unidos, e também por diversos estudos da área de captação de recursos, sentiu-se a necessidade de aprimorar modelos e incorporar outras fontes de captação para termos um orçamento mais robusto e de acordo com as necessidades ordinárias e atuais do hospital. Acreditamos que, com maior organização e uma equipe mais bem treinada, será possível captarmos mais”, afirma o diretor de responsabilidade social do HA, Henrique Moraes Prata.
O propósito de um evento de três dias fora do ambiente do próprio hospital está relacionado à promoção de uma maior integração da equipe que existe atualmente, buscando o aprofundamento de pontos essenciais à captação de recursos para os próximos anos, como é o caso das campanhas digitais. “Um planejamento estratégico é vital para todos os setores de uma empresa. Quando pensamos numa instituição filantrópica, que sobrevive graças a doações, e que não para de crescer e aumentar o número de atendidos, o planejamento estratégico da captação se torna a base de sustentação de todos os projetos do Hospital. São as diretrizes definidas em momentos de planejamento que irão nortear as campanhas e projetos futuros para garantir a viabilidade financeira da instituição” reforça Prata.
Envolvimento de setores-chave
A participação de departamentos diretamente ligados às tomadas de decisão dentro da instituição foi essencial para um melhor desenvolvimento da iniciativa. De acordo com a gerente de recursos humanos, Renata Paschoal Fleischer, é indispensável que a área de gestão de pessoas atue como parceira de todos os departamentos do hospital nesse sentido. “É de extrema importância que estejamos conectados com a estratégia de cada área e com as necessidades para podermos ter uma atuação mais assertiva. As pessoas conseguem ter um alto nível de produtividade quando entendem os “porquês” de cada atividade. Envolver todos para a construção dessa estratégia é fundamental para um maior engajamento, um sentimento de pertencer e, consequentemente, uma melhor entrega de resultados”, esclarece.
O gerente de captação de recursos, Luiz Antônio Zardini, também enfatizou a relevância de ações como essa, a fim de permitir uma atuação mais efetiva e alinhada dentro da instituição. “Os direcionamentos recebidos nos iluminam para continuarmos na busca de novas fontes de recursos. Esperamos poder concretizar os pontos abordados no encontro o mais rápido possível, assim como, que possamos dar sequência nessa iniciativa nos próximos anos”, afirma.
Novas edições
Mesmo esta primeira série de reuniões sendo considerada o pontapé inicial para o desenvolvimento de um direcionamento mais estratégico e propositivo das ações de captação de recursos do Hospital de Amor, a ideia é que o encontro aconteça anualmente, sempre alinhado a um planejamento trienal para esses projetos. “Isso é importante para termos novas pessoas e novas áreas sempre alinhadas com as diretrizes institucionais e da área da captação, além de possibilitar uma melhor monitoramento e avaliação das campanhas e projetos em andamento”, frisa também Henrique Moraes Prata.
“Este planejamento é fruto de diversas inovações administrativas que vêm sendo desenvolvidas, sempre visando a transparência e segurança das relações, seja do paciente, como é o caso do processo de acreditação junto à Joint Comission International – JCI (que é um organismo internacional de reconhecimento de unidades de saúde), seja de doadores e voluntários do hospital, como é nossa filiação à Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) e acordos internacionais de melhores práticas e política interna de compliance”, conclui o diretor de responsabilidade social.
Você sabia que seu imposto de renda pode salvar vidas? Os recursos obtidos através de incentivos fiscais são essenciais para que o Hospital de Amor possa continuar a buscar excelência tecnológica e humana no tratamento de câncer e oferecê-las aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, mais do nunca, é preciso unir forças. O difícil momento que o país está vivendo é repleto de inseguranças e incertezas, por isso, precisamos contar com a solidariedade uns dos outros. Se você tem o desejo de realizar uma boa ação, existe uma maneira simples, sem precisar sair de casa de fazê-la: através das doações incentivadas!
A “Lei do Idoso” e a “Lei da Criança e Adolescente” são alguns dos projetos que podem ser direcionados para o HA. Graças às renúncias fiscais (que é quando o Governo abre mão de parte dos impostos devidos por pessoas físicas e jurídicas para que sejam doados diretamente às entidades), o hospital consegue custear e manter as operações regulares de suas unidades e também as ações de combate ao COVID-19.
Para se ter uma ideia, só em 2019, a instituição, que é o maior polo de tratamento oncológico gratuito da América Latina, captou, por meio do ‘Fundo da Criança e do Adolescente’, mais de R$ 11 milhões, beneficiando 29.200 pacientes. “Os recursos obtidos através dos incentivos fiscais são muito importantes para o Hospital de Amor e nós ficamos muito gratos com o crescimento das doações via imposto de renda. O valor arrecadado é destinado ao diagnóstico e tratamento dessas crianças e adolescentes”, afirmou o diretor de desenvolvimento social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata. Já o projeto ‘Fundo do Idoso’ arrecadou, no último ano, R$ 57.080.299,95, o que auxiliou 122.573 pacientes.
Conheça mais sobre os projetos do ‘Fundo do Idoso’ e ‘Fundo da Criança e do Adolescente’:
Projeto Amparo ao Idoso
No último ano, centenas de milhares de pacientes com mais de 60 anos foram beneficiados com os resultados dessa lei. As doações incentivadas pela Lei do Idoso têm o objetivo de viabilizar o custeio do Hospital São Judas Tadeu – a unidade de cuidados paliativos e de atenção do idoso do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal do Idoso: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Amparo’. Com a doação concluída, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Projeto Cuidar
O intuito deste projeto é arcar com o custeio para o tratamento, prevenção e pesquisa do câncer infantojuvenil, uma vez que os custos subsidiados pelo SUS são insuficientes para o atendimento, na totalidade, da população carente. As doações incentivadas pelo Fundo da Criança e do Adolescente busca viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade pediátrica do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Cuidar’. Com a doação concluída, também é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para p e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Afinal, o que diferencia uma doação ‘convencional’ (feita com um cartão de crédito ou pagamento do boleto gerado pela plataforma do site do Hospital) de uma doação por meio de incentivo fiscal? A resposta é simples: quando as doações são realizadas diretamente a projetos sociais, elas não são enquadradas em leis de incentivos fiscais e não podem ser deduzidas. Por isso, serão declaradas na ficha ‘Doações Efetuadas’ – código 80 – ‘Doações em Espécie’ (dinheiro ou espécie) ou código 81 – ‘Doações em bens e direitos’ (na forma de bens). Na descrição, é necessário informar os dados do beneficiário.
Doações de Pessoas Jurídicas podem ser deduzidas em até 9% no Imposto de Renda, desde que façam apuração no lucro real. Os percentuais de destinação são distribuídos nas seguintes leis:
• 1% – Lei do Idoso;
• 1% – Fumcad (Criança e Adolscente);
• 4% – Lei Rouanet (Cultura) e Audiovisual (limitada em até 3%);
• 1% – Lei do Pronon (Câncer);
• 1% – Lei do Pronas (Pessoa com Deficiência);
• 1% – Lei do Esporte.
Doações de Pessoas Físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que feita a declaração anual de ajuste no modelo completo até o dia 30/12/2020. (Neste caso, o contribuinte pode escolher doar todo esse percentual por meio de uma só lei das listadas acima, exceto as leis do PRONON – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica’ e PRONAS/PCD – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência’, ou dividi-la entre elas). Poderão doar tanto as pessoas que possuem imposto a restituir, quanto as pessoas que possuem imposto a pagar.
O roteiro para a doação no ato do preenchimento da Declaração Anual de Ajuste Completa é relativamente simples, pois o valor disponível para doação é automaticamente informado pelo sistema da Receita Federal e, uma vez paga a DARF da doação, o próprio sistema a processa. É importante estar atento, portanto, ao fato de que é gerada uma DARF específica para a doação que também deve ser paga com a DARF do I.R., quando devida. Se tiver imposto a restituir, o valor de sua DARF será somado e acrescido de sua restituição.
Mas atenção: após concluir a doação, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail: ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’. Essa etapa do processo é essencial, pois é com esse comprovante que a equipe do Hospital de Amor consegue confirmar o recebimento da doação nos fundos.
COVID-19
Devido à atual situação de pandemia causa pelo novo coronavírus (COVID-19), o secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, prorrogou o prazo da entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2020 por 60 dias. A partir dessa decisão, a entrega final passa de 30 de abri (30/4) para 30 de junho (30/6).
Confira os passos a serem seguidos durante o preenchimento da Declaração de I. R.:
1º- Após preencher todos os seus dados e informações financeiras, clique em “Resumo da Declaração” no menu da esquerda;
2º– Em seguida, clique em “Doações diretamente na declaração – ECA”;
3º– Clique em “Incluir novo”;
4º– Selecione as opções “Municipal/SP/Barretos – 19.011.652/0001-50”;
5º– O valor disponível para doação é informado pelo próprio sistema, que elabora os cálculos e informa o montante equivalente aos 3% disponíveis para serem doados. Este valor que aparece é, assim, o máximo que poderá ser doado;
6º– Após indicar o valor a ser doado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Barretos, conforme explicado acima, clique em “Envie sua Declaração”;
7º– Após o envio, localize no menu do lado esquerdo o local onde está a DARF referente à sua doação (“Imprimir DARF – Doações Diretamente na Declaração – ECA”);
8º– Pague a DARF da doação e também a do I.R. devido, quando for o caso. Em seguida, envie a DARF de doação com o respectivo comprovante de pagamento para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’ para que a equipe do Hospital de Amor possa apresentá-lo ao FUMDICAD de Barretos e solicitar o repasse à instituição.
Pessoas físicas também podem doar através da plataforma de doação online do Hospital de Amor: o IR do Amor. Confira o vídeo com o passo a passo completo.
Agora, se você ainda tem alguma outra dúvida sobre como ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas através da doação do seu imposto de renda devido, é só acessar www.hospitaldeamor.com.br/incentivofiscal para mais informações. Escolha a forma que preferir e contribua!
Uma das maiores referências em tratamento e assistência oncológica na América Latina, o Hospital de Amor (novo nome do Hospital de Câncer de Barretos, como ainda é referido no ranking), dá sinais de sua consolidação também na frente de pesquisa. Prova disso, é sua posição no Scimago Institutions Rankings (SIR) 2020. Neste ano, o HA ocupa a primeira posição entre os hospitais de toda a América Latina e o segundo lugar entre as instituições que realizam pesquisas na área da saúde.
O SIR é um recurso internacional de avaliação científica que classifica universidades e instituições públicas ou privadas em todo o mundo, revelando algumas das principais dimensões (pesquisa, inovação e impacto social) de desempenho da pesquisa. O objetivo do ranking é fornecer uma ferramenta métrica útil para as entidades, formuladores de políticas públicas e gerentes de pesquisa para a análise, avaliação e melhoria de suas atividades, produtos e resultados. Só na edição de 2020, mais de 7 mil instituições foram avaliadas em todos os setores, entre elas, mais de 1.200 são da área da saúde. Este é o terceiro ano consecutivo em que a HA está entre as primeiras posições do ranking no setor de saúde, no Brasil e na América Latina.
Há pouco mais de 10 anos, o hospital deu início às atividades do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), cujo objetivo principal é oferecer as melhores condições para a realização de pesquisa de ponta, estimular o ensino pós-graduado, formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de se voltar também para a transmissão desse conhecimento à sociedade com trabalhos e ações de alto impacto, sobretudo, para as crianças e adolescentes em seu ambiente escolar. Até o momento, mais de 120 mestres e doutores já foram formados pelo Hospital.
O IEP mantém, fundamentalmente, a sintonia com as atividades desenvolvidas nos departamentos clínicos da instituição e compõe os alicerces para o desenvolvimento da medicina de futuro (a chamada medicina personalizada) em oncologia. Sua estrutura baseou-se nos mais modernos centros de pesquisa mundiais, enfatizando a praticidade de circulação, a facilidade de acesso aos recursos tecnológicos e a supervisão de profissionais capacitados. A complexa e atual infraestrutura possui desde anfiteatros, salas de ensino modernas e centro de treinamento cirúrgico, até laboratórios de genética molecular e biologia celular, além de unidades móveis de educação, sendo capaz de viabilizar o desenvolvimento de diferentes linhas de pesquisa em oncologia. Suas atividades estão centradas em quatro eixos principais: Epidemiologia e Prevenção do Câncer; Oncologia e Patologia Molecular; Oncologia Clínica e Cirúrgica; e Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida, que buscam incessantemente o desenvolvimento tecnológico e a inovação, visando como resultado final, o melhor atendimento ao paciente oncológico.
De acordo com o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Reis, a produção científica atual do Hospital de Amor conta com uma média de 200 publicações por ano em periódicos de impacto mundial. “A excelência na infraestrutura e organização implementada desde o início das atividades do IEP, além de seu constante aprimoramento, são fundamentais para obtermos esse resultado junto ao Scimago Institutions Rankings. Nossa posição mostra que a aposta da instituição em uma política sólida de ensino e pesquisa não é apenas promissora, mas já traz resultados altamente relevantes para a comunidade científica, pacientes e sociedade em geral”, afirmou Reis.
Em razão do aumento dos casos de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) nas últimas semanas, informamos que diversas medidas de controle estão sendo tomadas nas unidades do Hospital de Amor, a fim de minimizar o risco de infecção entre pacientes, acompanhantes e colaboradores, as quais seguem abaixo:
Para pacientes e acompanhantes:
1- Os pacientes em tratamento oncológico não deverão faltar de suas consultas, exames ou procedimentos marcados, devido ao risco que esse tipo de interrupção pode trazer ao seu tratamento. Contudo, se, no dia do atendimento marcado, o paciente (ainda estando em sua cidade de origem) apresentar febre e sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar, aumento da secreção nasal, espirros, etc.), o mesmo deve entrar em contato com a unidade do Hospital de Amor em que realiza seu tratamento para reagendamento, além de procurar atendimento médico na unidade básica de saúde (UBS) do próprio município;
2- O Hospital de Amor também solicita que os pacientes não tragam acompanhantes que estejam com sintomas respiratórios, como os descritos no item anterior. Caso o acompanhante apresente qualquer um desses sintomas, orientamos que ele seja substituído antes do deslocamento à unidade do Hospital de Amor;
3- A presença de acompanhantes está restrita aos casos previstos por lei (pacientes crianças, idosos e portadores de necessidades especiais). Não há uma idade máxima permitida para os acompanhantes, porém, não recomendamos que pessoas acima de 60 anos ou com comorbidades (portadores de doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades) exerçam essa função;
4- Todas as visitas estão suspensas por tempo indeterminado, em todas as unidades do Hospital de Amor e alojamentos da instituição;
5- Haverá triagem de pacientes sintomáticos respiratórios em todas as recepções da instituição, com organização do fluxo de atendimento para síndrome gripal e isolamento de todos os casos suspeitos de COVID-19. Na unidade de Barretos (SP), os pontos de triagem estão localizados na área de estacionamento dos ambulatórios adultos e infantil, e em frente ao Centro de Intercorrência Ambulatorial (CIA). Em Jales (SP), a triagem acontecerá também no estacionamento da unidade. Já em Porto Velho (RO), o processo será feito na recepção principal.
6- Com o objetivo de evitar aglomerações, serão realizados a redução de agendas ambulatoriais e o adiamento de consultas de retorno (semestral ou anual), assim como, também haverá o adiamento de cirurgias eletivas de baixo risco, principalmente, em pacientes idosos. Reforçamos que cada caso será avaliado individualmente, sempre priorizando a saúde e o bem-estar dos pacientes;
7- As ações de envolvimento social (em todas as unidades), tais como: projetos de voluntariado, eventos científicos, religiosos e recreativos, estão canceladas por tempo indeterminado.
Para colaboradores (profissionais que atuam nas unidades do Hospital de Amor):
1- Caso surjam colaboradores apresentando síndrome gripal (febre com sintomas respiratórios), os mesmos serão afastados do contato com paciente;
2- Medidas extensivas de comunicação interna têm sido tomadas, a fim de garantir que as informações relacionadas aos procedimentos corretos cheguem a todos os envolvidos direta e indiretamente no atendimento aos pacientes. Estão ocorrendo renovações de equipamentos de proteção individuais (EPIs), disposição estratégica de álcool em gel, treinamentos relacionados a medidas de controle e higienização, além da exposição de cartazes e comunicados em todos os setores do hospital.
Funcionamento do hemonúcleo e doações de sangue
O hemonúcleo do Hospital de Amor segue realizando suas atividades normalmente, e as doações de sangue e de medula óssea não estão suspensas. Todo doador que comparece ao setor é submetido a uma triagem para garantir sua aptidão para doar. É importante enfatizar que pessoas que apresentam sintomas gripais devem realizar esse tipo de doação 15 dias após o desaparecimento de todos os sinais.
Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com a unidade onde realiza seu tratamento.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, também deixou orientações importantes sobre o coronavírus e um apelo pela colaboração da população. Confira:
Março é o mês de prevenção do câncer colorretal, tumor que já ocupa o segundo lugar no ranking dos dez mais incidentes entre homens e mulheres. Para o Brasil, são estimados mais de 40 mil novos casos registrados por ano, sendo 20.520 na população masculina e 20.470 na população feminina. Com o objetivo de incentivar a prevenção e a detecção precoce deste tipo de câncer, criou-se a campanha “Março Marinho”, em alusão ao “Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino”, comemorado em 27/3.
Apesar dos números serem alarmantes, o câncer colorretal ainda é pouco divulgado. Conhecer a doença, seus fatores de risco e saber quais são as principais formas de preveni-la, é fundamental para evitá-la. Você conhece esse tipo de câncer?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão do tumor. Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
De acordo com a médica endoscopista e coordenadora do programa de rastreamento de câncer colorretal do Hospital de Amor, Dra. Denise Peixoto Guimarães, existem dois exames que podem ser utilizados para realizar o rastreamento desse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Cabe ao médico indicar qual é a melhor opção para cada paciente.
Desde 2015, o HA conta com seu programa de rastreamento e, de lá para cá, já foram alcançadas 16.713 pessoas com ele. “O programa de rastreamento através do teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos; que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos; e não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais. É muito importante que esses critérios sejam respeitados, pois caso a pessoa não se enquadre nesse perfil, o exame pode não ser a melhor opção para o paciente”, afirmou a médica.
Segundo a especialista, os sintomas só irão se manifestar quando a doença já estiver em estado avançado. Nesse momento, o tratamento já não é tão eficaz, e as chances de cura, menores ainda. “Nessa hora, os principais sintomas a serem percebidos são: sangramento nas fezes, dor abdominal ou nódulo abdominal, emagrecimento ou anemia”, explicou.
Fatores de risco
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer no intestino são: idade igual ou acima de 50 anos; excesso de peso corporal e alimentação não saudável; excessivo consumo de carnes processadas (como por exemplo, salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.
Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
“Evitar qualquer um desses fatores de risco, ou seja, praticar atividade física, manter uma alimentação saudável, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo, além de consultar o médico regularmente, são formas primárias de prevenção contra esse tipo de tumor. É fundamental conscientizarmos a população e os médicos sobre o câncer colorretal. Ele é passível de prevenção, então, por meio de informação correta e de qualidade, conseguimos diminuir o número de casos e fazer com que menos pessoas sofram e morram em decorrência desse tumor”, concluiu Dra. Denise.
Previna-se!
Se você se enquadra nos requisitos e faz parte do público-alvo do programa de rastreamento, venha até o Instituto de Prevenção do Hospital de Amor ou entre em contato através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7194.
“Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer, como é grande o meu amor por você. E não há nada pra comparar, para poder lhe explicar, como é grande o meu amor por você”. Foi com essa linda e clássica canção, composta em 1967 pelo ‘rei’ Roberto Carlos e considerada uma das maiores declarações de amor da música brasileira, que o paciente do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do Hospital de Amor) Anderson Roberto dos Santos esperou sua amada, Amanda Fortuna Lima dos Santos, para o tão sonhado ‘sim’. A tradicional marcha nupcial marcou a entrada da noiva, e o sentimento mais puro e sincero do mundo, o amor, marcou o encontro desses dois corações.
Juntos há mais de 10 anos, porém, sem nunca terem oficializado o matrimônio em uma cerimônia religiosa, os dois viveram momentos de felicidade e muito romantismo no último dia 5 de março. Ao saber do desejo do casal, a equipe multidisciplinar do hospital logo começou a organizar os preparativos, contatar os parceiros e, em apenas cinco dias, estava tudo pronto! “Essa festa foi a realização de um sonho, não apenas para o casal, mas para nós também. Quando eles nos contaram sobre esse desejo, nós fizemos de tudo para que fosse realizado da maneira mais linda e inesquecível possível para eles”, explicou a assistente social da unidade, Desiane Pereira.
E como o casamento é uma aliança feita por Deus, nada melhor do que escolher um celebrante especial para firmar esse compromisso e conduzir as trocas de votos. De acordo com o pastor da Comunidade Cristã de Barretos, Gery Leves, um casamento perfeito é construído com obstáculos e vivido em cima de 3 pilares: paixão, amor e Deus. “É preciso cultivar a presença de Deus e convidá-lo para fazer parte do casamento, sem nunca se esquecer de que o amor tudo crê, tudo suporta, tudo supera. Só o amor constrói e torna possível aquilo que não é possível”.
Com essas sábias palavras, os noivos trocaram as alianças e selaram esse momento com um beijo cheio de afeto e esperança. Foi impossível não se emocionar! Ao deixarem a celebração ao som da música “Fascinação”, entoada no violino pelo musicoterapeuta do hospital, o paciente não conteve as lágrimas. “Isso aqui é um sonho e uma vitória para mim”, declarou.
Após a cerimônia, os noivos foram presenteados com uma deliciosa festa repleta de quitutes, música boa e convidados pra lá de especiais, entre eles seus familiares, pacientes da unidade, acompanhantes e colaboradores do Hospital São Judas Tadeu, todos reunidos para comemorar o Amor.
Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença
“Foi amor à primeira vista”, contou o ex-bombeiro civil, de 45 anos, ao relembrar o momento em que conheceu Amanda, de 38. Os dois moravam na cidade de São Paulo e, por conta da rotina agitada e da vida corrida, decidiram deixar a cerimônia para segundo plano. Nesses anos juntos, ele até chegou a pedir a mão dela em casamento, mas o planejamento nunca saiu do papel. “Hoje, após passarmos por tantos desafios e descobrirmos a doença do Anderson, aprendemos uma coisa: a gente nunca tem tempo. Então, quando quisermos fazer alguma coisa, realizar algum desejo, tem que ser agora, tem que ser hoje”, afirmou Amanda.
Ao descobrir um câncer no rim, com metástase no sistema nervoso central e no pulmão, Anderson precisou mudar-se para o interior do estado e iniciar o tratamento no Hospital de Amor Barretos, posteriormente, na unidade de cuidados paliativos. Amanda, sua companheira, deixou tudo para traz e, cheia de fé, trouxe apenas o essencial para que os dois enfrentassem mais essa batalha juntos: amor.
“Nós ‘empurramos’ esse momento com a barriga e eu cheguei a pensar que esse dia nunca existiria, mas hoje nós estamos vivendo um sonho. Estar aqui me casando com a mulher da minha vida, conseguir andar para recebê-la e receber as bênçãos de Deus, é uma conquista inesquecível. Desejo que esse dia nunca termine”, finalizou Anderson.
O Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, lançou na última quinta-feira, dia 5, o “Guia de Educação em Saúde e Câncer”, desenvolvido em parceria com o Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio – SESC. O livro, que começou a ser estruturado há dois anos, é o único deste formato no Brasil e tem como principal objetivo oferecer suporte teórico e prático para ações de Educação em Saúde, sobretudo dentro da temática câncer.
“A temática Educação em Saúde é muito ampla, mas nós tentamos fazer um resgate histórico global, afunilando para América Latina e Brasil, finalizando com a análise dos trabalhos desenvolvidos pelo e no Hospital de Amor durante seus quase 60 anos”, detalhou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. O guia, que também será disponibilizado em formato digital, traça uma linha do tempo desde a fundação da instituição e conceitua as práticas de atenção ao câncer, até culminar nas ações de educação em saúde desenvolvidas com este viés.
O evento reuniu seis secretários de educação e a diretora de ensino da região de Barretos, além de mais de 150 professores, diretores e coordenadores de escolas de toda região, e também marcou a apresentação da Agenda 2020 do “Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas (PESCE)”, que une 12 projetos do NEC desenvolvidos exclusivamente para o ambiente escolar.
Com o intuito de motivar os educadores e ampliar o conhecimento sobre novos métodos de aprendizado, o NEC trouxe para o lançamento a palestra “Jogos Digitais como estratégia para a Educação e a Saúde”, ministrada por Tiago Eugênio, biólogo formado pela UNESP, com mestrado em psicobiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Gabriela, Carolina, Eva, Jenifer, Ana Júlia, etc. Elas são inspirações para a criação de músicas, poemas, filmes e artes em geral. São mães, avós, tias, filhas, sobrinhas, primas, namoradas, esposas, profissionais, idealistas, sonhadoras, líderes, ousadas. São infinitos os adjetivos que expressam a grandeza das mulheres. Por isso, e por muito mais, no dia 8 de março, o mundo todo celebra o “Dia Internacional da Mulher”, oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, e comemorado desde o início do século 20.
A força da mulher está presente no Hospital de Amor desde a sua origem. Fundado pelos médicos Dr. Paulo Prata (in memoriam) e pela Dra. Scylla Duarte Prata, médica ginecologista, ela foi considerada à frente do seu tempo ao cursar medicina e enfrentar os desafios da época de estudante. Diante disso, a força feminina também foi essencial para fundamentar os valores da instituição.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve crescer até 2030. Com mais anos de estudo, sendo a maioria com ensino superior, as mulheres tornaram-se mais qualificadas do que a mão de obra masculina. Segundo o Sebrae, ao todo, mais de 9 milhões de mulheres estão à frente de uma empresa no país, sendo que o número de ‘chefes de domicílio’ femininas aumentou de 38% para 45%. Estes dados representam o quão ativas elas são na fomentação da economia e nas atividades laborais.
No Hospital de Amor, a forte atuação feminina não é diferente. Ao todo, 75% do quadro de funcionários da instituição é formado por mulheres, sendo 3.279 colaboradoras.
A gerente do departamento de gestão de pessoas, Renata Paschoal Fleischer, atua na instituição há 3 anos e acredita que o fato de ser mulher faz com que ela consiga desenvolver ações de maneira mais sensível, sem perder a ‘energia’ necessária para cumprir as metas propostas. Renata fala toda orgulhosa sobre os projetos desenvolvidos pela instituição para o público feminino, como o programa ‘Mamãe Colaboradora’, que leva informações e orientações para as gestantes. “Me sinto privilegiada por ter a oportunidade de fazer a diferença em uma instituição da área da saúde”, afirmou.
Mulheres na ciência
Elas fazem a diferença, há anos, em diversas áreas da sociedade. São advogadas, médicas, empresárias, influenciadoras, esportistas, entre tantas outras profissões. Mas, quantas cientistas você conhece? De acordo com o estudo ‘Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM)’, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), apenas 35% dos estudantes do mundo em áreas de STEM são mulheres.
A pesquisadora do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) e coordenadora do biobanco do Hospital de Amor, Marcia Marques Silveira, é um grande exemplo de mulher na ciência. Há 10 anos, ela atua na instituição em busca de avanços científicos dentro da oncologia molecular do câncer de mama, para que, no futuro, outras mulheres que sofrem com a doença possam se beneficiar. “Sinto muito orgulho do meu trabalho, da minha equipe e da oportunidade de tentar poder fazer a diferença junto à comunidade científica, buscando modelos de excelência em biobancos e pesquisa oncológica”, comentou.
Os desafios nesta área não são poucos e a responsabilidade de estar à frente de setores tão importantes quanto estes é muito grande. Manter os processos, estrutura e controle de qualidade sempre atualizados, seguindo padrões internacionais de sucesso e permitindo a participação do HA em pesquisas junto à medicina oncológica molecular no Brasil e no mundo é o que motiva Marcia. “Ser mulher, mãe e líder de um departamento essencial como o biobanco é uma tarefa árdua e, ao mesmo tempo, muito gratificante. Todos os dias eu me sinto responsável em fazer um bom trabalho em equipe, incentivando profissionais, especialmente as mulheres, em se dedicar por uma causa tão significativa como a pesquisa na oncologia molecular”, finalizou a pesquisadora.
Já a enfermeira Elaine Xavier trabalha no Hospital de Amor desde 2003 e há dois anos está à frente do projeto de prevenção, atuando diretamente nas unidades móveis. Elaine realiza a organização do calendário das unidades que atendem os 17 municípios que integram a DRS V (Departamento Regional de Saúde) de Barretos (SP), e também é responsável pela divulgação dos agendamentos dos exames de mama, colo do útero, intestino e boca. “É um projeto maravilhoso, que visa o cuidado integral e a assistência da mulher e do homem. É um programa que conta com início, meio e fim, ou seja, oferece exames, investigação e tratamento. Esse trabalho é importante, pois com o diagnóstico precoce, maior é a chance de cura”, relatou a enfermeira, que brilha os olhos ao falar da sua rotina de trabalho na instituição.
“Aqui no HA, eu me sinto totalmente realizada. Amo o que eu faço, me entrego de corpo e alma ao meu trabalho. O hospital oferece todos os recursos necessários para o profissional melhorar a cada dia. Agradeço a Deus por fazer parte dessa equipe, e graças a ele o que um dia foi um sonho, hoje é a minha realidade”.
Mulheres na saúde
Durante toda a história, algumas profissões foram consideradas exclusivamente masculinas. Para conquistar um espaço neste cenário, as mulheres tiveram que lutar e enfrentar grandes desafios. De acordo com dados da Demografia Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM), dentre os 414.831 profissionais da medicina em atividade, 225.550 são homens (54,4%) e 189.281, mulheres (45,6%). Contudo, essa diferença vem caindo a cada ano e, graças à feminização da profissão no país, entre os novos médicos registrados desde 2009, há mais mulheres do que homens.
No Hospital de Amor, em meio a tantas atribuições exigidas aos médicos, é preciso ainda aliar competência com capacidade de cuidar e oferecer amor. E quem melhor do que as mulheres para desempenhar esse papel com maestria? Ao andar pelos corredores da instituição é possível perceber a importância delas.
Há 8 anos, a médica coordenadora da unidade de transplante de medula óssea (TMO) do Hospital de Amor Infantojuvenil, Neysimélia Costa Villela – carinhosamente conhecida como Dra. Neysi – trabalha no HA. Junto a toda sua equipe, ela cuida das crianças que precisam ser submetidas ao transplante de medula óssea em todas as etapas de sua realização: desde a preparação para o procedimento, durante a internação e também após, até que elas estejam totalmente recuperadas. Ela garante que isso não é uma tarefa fácil, pois é preciso assegurar que todas as crianças tratadas na unidade recebam o que existe de melhor na medicina; manter a equipe sempre atualizada, proativa e estimulada; oferecer apoio, conforto e acolhimento aos familiares de cada paciente; e o principal: fazer com que os pequenos, mesmo passando por um momento tão difícil e delicado, possam sorrir, brincar e sonhar!
“É uma mistura de sentimentos que envolve orgulho, gratidão a Deus, por me permitir exercer minha profissão de maneira tão plena (aliando medicina de ponta a um tratamento humanizado) e, ao mesmo tempo, consciência da grande responsabilidade de cada um de nós que trabalha aqui, oferecendo, sempre, nada menos do que o melhor de nós mesmos. Acho que a mulher pode até ser mais delicada e amorosa, mas de forma alguma mais frágil ou com menor poder de liderança. No setor de TMO, onde mais de 90% da equipe é composta por mulheres, somos também as mães de todas as crianças que precisam do nosso amor e do nosso carinho, e isso faz com que levantemos da cama todos os dias com a certeza de que podemos fazer sempre mais”, relatou Dra. Neysi.
Imagine alguém que mantém um lindo sorriso no rosto e o brilho nos olhos, todos os dias, trabalhando em uma unidade de cuidados paliativos. Há 15 anos, os pacientes e familiares que passam pelo Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do Hospital de Amor) encontram isso e muito mais na fisioterapeuta Adriana da Silva Martins Ferreira. Atenciosa, criativa, delicada e amada por todos, ela realiza atendimentos aos pacientes internados e ambulatoriais, com condutas que ajudam na melhora da dor, falta de ar, fadiga, edema, entre outros, com o objetivo de aumentar a qualidade de vida de cada um.
Adriana também é preceptora e tutora da residência de atenção ao câncer na unidade, membro da comissão de eventos, responsável pelo programa ‘Selo Hospital Amigo do Idoso’, supervisora de estágio acadêmico em fisioterapia oncológica, membro do comitê de bioética e membro do grupo da dor. “É uma responsabilidade grande, por se tratar de um hospital renomado, que atua com excelência na área da oncologia, mas sinto-me imensamente feliz, honrada e realizada profissionalmente, por ser mulher e liderar um departamento que atua com dedicação e humanização para proporcionar conforto e dignidade aos pacientes que lutam contra o câncer. Os desafios maiores são oferecer brilho nos olhos e alegria a cada paciente, mas sei que posso fazer a diferença na vida de muitas pessoas, com competência e respeito”.
Mais uma guerreira
A funcionária pública e prefeita do município de Vitória Brasil (SP), Ana Lúcia Olhier Módulo, de 54 anos, também é uma mulher guerreira. Ela luta, como todas as outras, por respeito, direitos iguais e liberdade. Mas acumula todas as suas forças para lutar contra um câncer de mama, descoberto após fazer um exame de mamografia.
Mesmo com as sessões de quimioterapias, cirurgia, futuras sessões de radioterapia e alguns efeitos colaterais do tratamento – realizado no Hospital de Amor Jales – Ana Lúcia continua trabalhando, viajando e cumprindo com suas obrigações sem ‘deixar a peteca cair’. Ela é exemplo e representa todas aquelas que passam por situações semelhantes. “A mulher já avançou muito nos seus direitos, mas ainda há muito o que desejar, pois existe preconceito, machismo e feminicídio, principalmente para as mulheres que não sabem se impor. Acredito que há muito o que comemorar, mas também há muito para conquistar”, esclareceu a paciente.
Luta pela igualdade
Conforme divulgado pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres entre 25 e 49 anos ganham 20,5 % a menos que homens. Isto significa que ainda há desigualdade salarial e, embora elas estudem mais do que eles, elas acabam ocupando menos da metade dos cargos de gerentes e diretores no país.
Quando o assunto é violência, infelizmente, o Brasil é um dos líderes de casos de agressão a mulheres. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a cada ano, cerca de 1,3 milhão de mulheres são agredidas nos país. No ano passado, o relatório “International Women´s Day 2019 – Global attitudes toward gender equality” afirmou que 39% dos brasileiros consideram a violência sexual o principal problema enfrentado pelas mulheres hoje, e 52% das pessoas no mundo concordam que a vida é mais fácil para homens do que para as mulheres.
A origem da data
Historicamente, o primeiro ‘Dia da Mulher’ teve origem nos Estados Unidos, em maio de 1908, quando 1.500 mulheres apoiaram uma manifestação em prol da igualdade de gênero, de forma econômica e política. A luta por essas melhorias surgiu no final do século XIX, a partir de organizações femininas que lutavam por menos jornadas de trabalho (que chegavam a 15 horas diárias), além do pedido de aumento de salários, que eram considerados baixíssimos. Segundo relatos mais comuns, a data que celebra a mulher ganhou mais representatividade após um incêndio que ocorreu em uma fábrica têxtil, a Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, quando cerca de 130 operárias faleceram carbonizadas, no dia 25 de março de 1911.
No Brasil, a luta em prol dos direitos femininos ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 1930, ao lutarem pelo direito de voto. E em 1985, surgiu a primeira Delegacia Especializada da Mulher. Atualmente, o termo sororidade tem sido amplamente divulgado nas mídias e nos ambientes de trabalho. Basicamente, a expressão remete o sentimento de união e amizade entre as mulheres, algo tão importante para a efetivação dos direitos igualitários no mercado de trabalho e em todos os ambientes onde são elas estão inseridas.
Segundo a última estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados, no Brasil, mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão, para cada ano do triênio 2020-2022. A doença ocupa, atualmente, a terceira colocação no ranking dos tipos de câncer mais incidentes no país, exceto pele não melanoma, mas ainda é o primeiro quando se fala em taxa de mortalidade. Isso ocorre, principalmente, por conta de seu desenvolvimento silencioso, que, quando chama a atenção por meio de sinais e sintomas, geralmente, já está em fase avançada e sem ou com poucas chances de cura.
Apesar dos diversos fatores que favorecem a ocorrência do câncer de pulmão, como exposição a agentes cancerígenos químicos ou físicos, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e fatores genéticos, o tabagismo ainda é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, com até 85% dos casos diagnosticados associados ao consumo e exposição passiva aos derivados do tabaco.
“Nem todo indivíduo que fuma ou fumou desenvolverá câncer de pulmão, e isso ainda é realmente difícil de se prever, mas sabe-se que a chance de seu desenvolvimento está diretamente relacionada à carga de tabaco com a qual que se teve contato”, explica o médico radiologista do Hospital de Amor, Rodrigo Sampaio Chiarantano. Sabe-se também que a mortalidade em decorrência da doença entre os fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, já entre os ex-fumantes essa taxa chega a ser quatro vezes maior.
Pioneirismo
Com o intuito de reduzir tais taxas, o HA lançou, em 2019, um programa de rastreamento ativo de câncer de pulmão como parte de uma iniciativa mais ampla da instituição, que se destaca por incluir também atividades de prevenção primária e pesquisa científica de ponta com marcadores biomoleculares. Para que isso fosse possível, o Hospital de Amor contou com a colaboração da Secretaria Municipal de Saúde de Barretos, facilitando o treinamento e a constituição de grupos de cessação de tabagismo em suas unidades básicas de saúde (UBSs), que posteriormente passaram a enviar indivíduos elegíveis.
Em um formato pioneiro na América Latina, uma unidade móvel foi equipada com um tomógrafo computadorizado de baixa dose e direcionada a fazer o acompanhamento da população de risco. O programa é o único no Brasil que integra dados de diversas esferas da área da saúde e oferece gratuitamente esse exame aos usuários do Sistema Único de Saúde.
Inicialmente, o projeto atendeu com exclusividade os encaminhamentos dos participantes dos grupos de cessação de tabagismo, mas, desde janeiro deste ano, o rastreamento está disponível para todos os indivíduos que fazem parte do grupo de risco e que residem em um dos 18 municípios que compõem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS-V).
O Dr. Rodrigo Chiarantano explica que existem alguns critérios que definem a situação de alto risco para se desenvolver câncer de pulmão. “O mais amplamente empregado é: ter entre 55 e 75 anos, ser fumante atual ou ex-fumante que tenha parado há menos de 15 anos, com uma carga tabágica igual ou maior que 30 (essa carga tabágica se obtém quando multiplicamos o número de anos que a pessoa fumou pelo número de maços de cigarro que fumava em média por dia; assim, se alguém fumou dois maços por dia, por 25 anos, terá uma carga tabágica de 50, superior a 30, e, portanto, de alto risco)”.
Até o momento, aproximadamente 500 pessoas já realizaram o exame. Entre elas, um caso já foi diagnosticado e outros nove estão sendo investigados. Mas a expansão do projeto prevê números muito maiores. Segundo seu escopo inicial, a proporção da população que se enquadra nos critérios foi estimada em 3%, significando, só Barretos, cerca de 3.400 pessoas e na DRS-V mais de 13 mil pessoas com alto risco para desenvolver câncer de pulmão, grupo para o qual o rastreamento por tomografia de baixa dose é indicado de forma periódica.
Outro diferencial é o laudo que foi elaborado para o programa, pensando em tornar a informação mais acessível ao paciente. O documento é composto por texto em linguagem mais simples e direta, acompanhado de um reforço visual que ilustra o significado dos achados. No laudo, são descritos os achados do exame potencialmente relacionados ao tabagismo e explicados os passos seguintes a partir dali. Ele foi desenvolvido pensando no melhor entendimento do indivíduo participante, estimulando o autocuidado e a vigilância de saúde. Os pacientes têm retornado com grande satisfação. Alguns deles relataram, inclusive, que o processo de rastreamento como um todo auxiliou na decisão de parar de fumar.
Avanços científicos
Consequência da seriedade e qualidade do programa de prevenção e rastreamento de câncer de pulmão, o Hospital de Amor foi aceito como colaborador em um grande consórcio de pesquisa internacional, o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), que possibilitará melhorar o entendimento da genética relacionada ao câncer de pulmão, a melhor caracterização de grupos de risco e de fatores de decisão em relação aos achados de exame. “Trata-se de pesquisa de ponta e de qualidade, com grande potencial de contribuição para a ciência e para a redução da mortalidade por câncer de pulmão. Com base em informações obtidas sob consentimento em amostras biológicas dos indivíduos participantes, diversas características genéticas e biomoleculares estão sendo investigadas, traçando um perfil particular da nossa população, que se somam aos dados já obtidos de outras populações ao redor do mundo”, ressalta o radiologista.
Como participar
Os indivíduos que se enquadrem nos critérios para o rastreamento podem realizar o agendamento do exame pelo telefone (17) 3321-6600 – ramal 7010 ou 7080; o contato também está disponível para os fumantes ou ex-fumantes há menos de 15 anos que tiverem dúvidas sobre os critérios.
Cozinhar é uma arte que envolve talento, disciplina e, principalmente, muito amor. Poder reunir amigos queridos e familiares à mesa e servir uma deliciosa refeição é um momento muito especial. Foi isso que o paciente Pedro Bartholo Nery, 55 anos, fez na última quinta-feira, 20 de fevereiro, no IRCAD América Latina – centro de treinamento que faz parte do complexo do Hospital de Amor, em Barretos (SP).
Nery, que é consultor de orçamento, iniciou tratamento no HA em agosto de 2019, quando foi diagnosticado com um tumor no intestino. Desde então, ele enfrenta uma das suas mais difíceis batalhas: a luta contra o câncer. Muito simpático e bom de papo, ele começou seu tratamento paliativo no Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do HA) na segunda quinzena de fevereiro deste ano, após ser diagnosticado com metástase no pulmão. E foi durante um de seus papos descontraídos com a equipe da unidade que Nery foi questionado sobre qual seria o seu maior sonho e o que ele gostaria de fazer. Sem titubear, o paciente disse que desejava entrar em uma cozinha e comandar uma equipe de cozinheiros. “A minha paixão é a gastronomia, embora eu nunca tenha feito faculdade, eu nasci com esse dom. E não sou eu quem falo, não. Os meus amigos chefs sempre me pedem conselhos”, afirmou ele, que comandou um Pub, quando tinha 21 anos, em Brasília (DF).
Enquanto pedia alimentos específicos e dava atribuições, a ansiedade de Nery era visível. A alegria dele em poder cozinhar novamente também foi motivo de felicidade para todos os envolvidos nessa ação especial, dentre eles, as cozinheiras do IRCAD e a equipe multiprofissional do HA. Segundo a enfermeira do Hospital São Judas Tadeu, Nayara Silva, foi muito gratificante ver a animação e o brilho nos olhos do paciente. “Em nossa unidade, nós sempre promovemos eventos que visam proporcionar bem-estar tantos dos pacientes, quanto dos acompanhantes”, relatou a profissional, que acompanhou esse momento e ficou à disposição de Nery durante toda o evento, auxiliando o paciente sempre que necessário.
Já que Pedro Nery acredita que para haver uma boa comida é necessário contar com uma ótima equipe, é claro que não podiam faltar importantes escudeiras. Devido à fragilidade do paciente, em decorrência do tratamento, o ‘chef do dia’ contou com a ajuda das cozinheiras do IRCAD, Divina Ferreira, Gessica Burgheti e Sandra Gomes, que trabalharam com todo carinho e dedicação. Afinal, todos estavam reunidos com o mesmo propósito: celebrar a vida. “Poder auxiliar um paciente que deseja cozinhar é gratificante. Nem sempre podemos ajudar todos, mas fico muito contente. Para mim, hoje é um dia de muita satisfação”, contou com os olhos marejados a simpática Divina, cozinheira que comanda a cozinha do IRCAD há nove anos.
Um amor que tempera a vida
Casada oficialmente com Nery há dois anos, Silvia Souto mostra toda orgulhosa as fotos dos pratos preparados pelo marido. “Em casa, ele é o chef. O Pedro domina massas, doces, comida oriental e panificação em geral. Sempre que viajamos e quando pode, ele faz questão de pescar o alimento e preparar a refeição na hora. Tudo sempre muito fresco e feito com muito carinho. Nós temos cinco filhos lindos, dos nossos primeiros relacionamentos, mas eu sei que nós somos uma família muito unida. E tudo isso que enfrentamos nos fortalece ainda mais”, explicou a esposa, que aproveitou para tirar várias fotos enquanto o marido comandava a cozinha.
Silvia relatou já ter ouvido falar sobre o HA anteriormente, mas quando chegou na unidade e viu todo o tratamento que é oferecido, não restou outra alternativa além de admirar o trabalho realizado na instituição. “Aqui, em Barretos, eu me encantei. Em cada profissional, em cada gesto, só consigo ver carinho e amor. Ao ver o trabalho das pessoas do Hospital de Amor, eu voltei a acreditar na humanidade. A gente vê tanta notícia ruim, mas aqui no hospital eu aprendi a acreditar na bondade do ser humano novamente. Só posso agradecer por tudo que vocês fazem por nós”, disse emocionada.
Quando questionado sobre qual chef ele mais admira, Nery afirma gostar do chef Érick Jacquin, devido à vontade dele de valorizar ainda mais a cozinha tradicional. Ele também demonstra empolgação ao falar do lançamento do seu livro, cujo conteúdo terá 100 receitas autorais.
Após todo o cuidadoso preparo dos alimentos, o almoço especial foi servido para ele, sua esposa e para toda a equipe de profissionais que cuida dele no Hospital São Judas Tadeu, dentre eles: médico, assistente social, enfermeiras, fisioterapeutas e todos aqueles que ganharam a admiração do casal de Brasília, que proporcionou um momento lindo, dando mais sabor à vida. Com muito afeto e gentileza de todos, a refeição foi selada com um emocionante brinde: “Eu quero fazer um brinde à humanidade, porque nós somos seres humanos e, em um momento de dor e sofrimento, é disso que precisamos. Tenho a certeza de que esse momento valeu muito mais do que qualquer remédio que eu já tomei no hospital. Por isso, um brinde à humanidade“, finalizou ele, emocionado.
E como toda bela amizade, grande amor e deliciosa refeição, os preciosos momentos também são eternizados nas memórias, assim como afirma a jornalista e também paciente paliativa, Ana Michelle Soares: “se tem um jeito de a gente ser eterno, é vivendo nas pessoas”.
Receita que foi servida durante o almoço:
Linguiça embriagada do chef Nery
Ingredientes
– 1/2 quilo de linguiça fresca, fina e pura de porco;
– 4 colheres de sopa de mel;
– 1 copo de cerveja tipo pilsen;
– 1 dose de pinga, conhaque ou whisky;
– Salsa ou coentro fresco, bem picadinho.
Modo de fazer
Corte a linguiça em pedaços de 1,5 cm. Aqueça bem a frigideira e coloque o azeite de oliva e a linguiça. Quando a linguiça começar a dourar, abaixe o fogo e deixe criar o caldo (por isso é importante a linguiça ser fresca, já que o objetivo é formar bastante caldo, que é fundamental para a receita dar certo).
Quando houver bastante ‘caldo’, coloque o mel e abaixe o fogo, deixando caramelizar o mel com o caldo no fundo. Mexa um pouco, isso ajudará durante o processo.
Assim que estiver bem caramelizado (lembre-se: caramelizado não é carbonizado, não deixe queimar, mas sim ficar na cor ferrugem, bem escura). Feita a caramelização corretamente, coloque a cerveja de uma vez, desmanchando o caramelo e formando um caldo bonito, na cor marrom. Deixe o caldo reduzir até engrossar, como a espessura do mel ou um pouco mais grosso.
Nesse momento exato, jogue a pinga ou a bebida que escolheu e flambe. Use o seu método.
No momento em que o flambado se apagar, passe a linguiça para a tigela em que vai servir. Decore com a erva picada que você escolheu. Bom apetite!
“É mais importante adotar a estratégia correta do que buscar o lucro imediato”. A frase do professor e pesquisador norte-americano, considerado pai do Marketing, Philip Kotler, define bem o objetivo da realização da primeira edição do encontro de planejamento estratégico de captação de recursos, realizado pelo Hospital de Amor (HA), entre os dias 4 e 6 de fevereiro. Conduzido pelos consultores Rodrigo Alvarez (da Mobiliza Consultoria) e Bruno Benjamin (da ActionAid) e com a participação de profissionais atuantes nas diversas frentes de angariação de fundos em prol da instituição, além de representantes da diretoria, dos departamentos de comunicação e de gestão de pessoas, assim como, da secretaria de governança da entidade, o encontro ocorreu na cidade de Olímpia, no interior de São Paulo.
Atualmente, o HA possui dezenas de unidades espalhadas pelo Brasil, e os vários esforços relacionados à área de captação de recursos são essenciais para que a instituição consiga contornar seu déficit operacional, que excede os R$ 25 milhões mensais. Essas frentes vêm se desenvolvendo ao longo dos últimos 30 anos, desde que o atual presidente da entidade, Henrique Prata, passou a conduzir o engajamento da sociedade civil para a obra de seus pais e transformou a forma humanizada de cuidar em Barretos no maior projeto filantrópico do país. “Esses 30 anos têm sido de sucesso, como é possível se observar em todos os locais onde o hospital tem suas unidades. Contudo, em razão de parcerias internacionais que temos, como o St. Jude Children’s Research Hospital, de Memphis, nos Estados Unidos, e também por diversos estudos da área de captação de recursos, sentiu-se a necessidade de aprimorar modelos e incorporar outras fontes de captação para termos um orçamento mais robusto e de acordo com as necessidades ordinárias e atuais do hospital. Acreditamos que, com maior organização e uma equipe mais bem treinada, será possível captarmos mais”, afirma o diretor de responsabilidade social do HA, Henrique Moraes Prata.
O propósito de um evento de três dias fora do ambiente do próprio hospital está relacionado à promoção de uma maior integração da equipe que existe atualmente, buscando o aprofundamento de pontos essenciais à captação de recursos para os próximos anos, como é o caso das campanhas digitais. “Um planejamento estratégico é vital para todos os setores de uma empresa. Quando pensamos numa instituição filantrópica, que sobrevive graças a doações, e que não para de crescer e aumentar o número de atendidos, o planejamento estratégico da captação se torna a base de sustentação de todos os projetos do Hospital. São as diretrizes definidas em momentos de planejamento que irão nortear as campanhas e projetos futuros para garantir a viabilidade financeira da instituição” reforça Prata.
Envolvimento de setores-chave
A participação de departamentos diretamente ligados às tomadas de decisão dentro da instituição foi essencial para um melhor desenvolvimento da iniciativa. De acordo com a gerente de recursos humanos, Renata Paschoal Fleischer, é indispensável que a área de gestão de pessoas atue como parceira de todos os departamentos do hospital nesse sentido. “É de extrema importância que estejamos conectados com a estratégia de cada área e com as necessidades para podermos ter uma atuação mais assertiva. As pessoas conseguem ter um alto nível de produtividade quando entendem os “porquês” de cada atividade. Envolver todos para a construção dessa estratégia é fundamental para um maior engajamento, um sentimento de pertencer e, consequentemente, uma melhor entrega de resultados”, esclarece.
O gerente de captação de recursos, Luiz Antônio Zardini, também enfatizou a relevância de ações como essa, a fim de permitir uma atuação mais efetiva e alinhada dentro da instituição. “Os direcionamentos recebidos nos iluminam para continuarmos na busca de novas fontes de recursos. Esperamos poder concretizar os pontos abordados no encontro o mais rápido possível, assim como, que possamos dar sequência nessa iniciativa nos próximos anos”, afirma.
Novas edições
Mesmo esta primeira série de reuniões sendo considerada o pontapé inicial para o desenvolvimento de um direcionamento mais estratégico e propositivo das ações de captação de recursos do Hospital de Amor, a ideia é que o encontro aconteça anualmente, sempre alinhado a um planejamento trienal para esses projetos. “Isso é importante para termos novas pessoas e novas áreas sempre alinhadas com as diretrizes institucionais e da área da captação, além de possibilitar uma melhor monitoramento e avaliação das campanhas e projetos em andamento”, frisa também Henrique Moraes Prata.
“Este planejamento é fruto de diversas inovações administrativas que vêm sendo desenvolvidas, sempre visando a transparência e segurança das relações, seja do paciente, como é o caso do processo de acreditação junto à Joint Comission International – JCI (que é um organismo internacional de reconhecimento de unidades de saúde), seja de doadores e voluntários do hospital, como é nossa filiação à Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) e acordos internacionais de melhores práticas e política interna de compliance”, conclui o diretor de responsabilidade social.