Surpresa com gostinho de ‘quero mais’ e muita gratidão! No último dia 27 de março, os profissionais de saúde do Hospital de Amor (das unidades adulta e infantojuvenil), do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso), do Hospital Nossa Senhora e da Santa Casa de Misericórdia de Barretos receberam uma deliciosa surpresa. As equipes, que estão trabalhando na linha de frente dessa grande batalha contra o novo coronavírus, foram beneficiadas com 186 combos de produtos da rede mundial de restaurantes, McDonald’s.
Através do programa Bom Vizinho, uma iniciativa da Arcos Dorados (maior franquia independente do McDonald’s no mundo), a ação, que irá doar refeições a 29 instituições de 22 cidades do Brasil, busca oferecer apoio a esses profissionais que possuem papel fundamental no combate ao COVID-19 e que lutam incansavelmente para salvar vidas.
Uma nova parceria surgiu a partir da necessidade do Hospital de Amor no combate ao novo coronavírus. O IRCAD América Latina – centro de treinamento em cirurgia minimamente invasiva que faz parte do complexo do HA, em Barretos (SP) – se transformou em um polo de inovação em prol do enfrentamento do coronavírus (SARS-Cov-2), responsável pela COVID-19, com o desenvolvimento de protetores faciais utilizados pelas equipes médicas que atuam diretamente no atendimento a pacientes.
Desenvolvidas por médicos e membros de startups, as máscaras faciais desinfectáveis de baixo custo têm o objetivo de ampliar a capacidade de atendimento em unidades de terapia intensiva (UTIs), e já estão em fase final de validação médica. “Essas máscaras são fundamentais no atual cenário de enfrentamento da pandemia de COVID-19, visto que se trata de uma doença de alta transmissibilidade e que causa percentual considerável de insuficiência respiratória, colocando os profissionais em risco de serem contaminados ao realizarem procedimentos de assistência respiratória. Além disso, considerando a escassez desses insumos no mercado, a iniciativa de desenvolver um produto seguro, fácil de ser utilizado, com possibilidade de reuso e de baixo custo, é essencial para todo o sistema de saúde”, afirmou o diretor médico e infectologista do Hospital de Amor, Dr. Paulo de Tarso Oliveira e Castro.
Pensando na necessidade de ajudar os hospitais com insumos utilizados diariamente, o grupo desenvolveu o protótipo em 24 horas. De acordo com o médico veterinário do IRCAD, Emílio Belmonte, o custo de cada máscara será 50% mais barato que as vendidas no mercado, e a ideia é, ainda, buscar apoios com fabricantes das matérias primas utilizadas para que o custo aos hospitais seja zero.
Confeccionada com materiais de engenharia, como o plástico PETG (que é mais resistente), TPU, plástico flexível, elástico e acetato, a máscara possibilita que sua viseira seja descartada e sua estrutura desinfectada de forma fácil, mesmo em locais com pouca infraestrutura. Para a produção dos dispositivos de segurança, o grupo conta com impressoras 3D em FDM e resina, scaner 3D e softwares de edição.
As máscaras serão disponibilizadas gratuitamente às unidades sob gestão do Hospital de Amor, para os profissionais que atuam linha de frente.
Além dos diretores médicos do HA, Dra. Cristina Prata Amendola e Dr. Paulo de Tarso Oliveira e Castro, estão envolvidas na ação pessoas e startups que integram a comunidade de inovação de Barretos, ‘BrutoValley’: como o médico veterinário do IRCAD e diretor da Bmed 3D, Emílio Belmonte; Luciano Dovigo e Lucas Alves de Souza, também da Bmed3D; André Vanzolim, gestor do FabLab do UNIFEB; Thiago Ferreira e Jacó Saraiva, da MedLig; Bruno Menezes, da Creative Pack; Christian Silva, da Globin Head; João Batista, da BBQ; Gustavo Felici, da Unifafibe; e Guilherme Sanchez, gestor regional de startups do Sebrae.
A pandemia do novo coronavírus já impôs uma queda significativa na captação de recursos financeiros do Hospital de Amor, maior polo de tratamento oncológico gratuito da América Latina. Por isso, o presidente da instituição, Henrique Prata, está convocando toda a população para ajudar a entidade neste momento difícil. O objetivo, é mobilizar os coordenadores voluntários de leilões de gado, shows, ações entre amigos e outras iniciativas para continuar realizando os eventos, porém, de forma virtual, para que sejam evitados aglomerações e contatos, mas que o hospital não deixe de receber os recursos.
Para manter sua estrutura com 16 institutos de prevenção, cinco unidades de tratamento e mais de 25 unidades móveis, o Hospital de Amor conta com a realização desses eventos beneficentes como forma de arrecadação de recursos e, com a necessidade da quarentena, essas ações foram adiadas. De acordo com Prata, a ausência de leilões e shows equivale a uma quantia que varia entre 7 e 8 milhões de reais/mês. Outra redução drástica enfrentada pela instituição é referente às contribuições via destinação de parte do prêmio do Hiper Saúde (região de Ribeirão Preto – SP) e do Saúde Cap (região de São José do Rio Preto – SP) – títulos de capitalização que arrecadam entre 2,5 a 3 milhões de reais/mês, além de todo o investimento que está sendo realizado para equipar os leitos de unidades de terapia intensivas (UTIs) das unidades do hospital – cerca de R$ 4,5 milhões.
Campanha emergencial
Diante dessa situação, foi lançada uma campanha, que busca apoio por meio da sociedade e também das empresas parceiras da instituição.
“A campanha é uma oportunidade para todos, que já conhecem a seriedade do nosso trabalho, nos ajudar. Mais do que nunca precisamos da contribuição de todos. O enfrentamento vai ser longo e difícil, mas nós não podemos deixar os nossos pacientes sem o atendimento que eles merecem, humanizado e com qualidade. Contamos com a união e a ajuda de todo o Brasil”, declarou Henrique Prata.
“Todo o valor levantado será destinado à manutenção dos procedimentos realizados em todas as unidades e também à compra de equipamentos básicos para a prevenção do coronavírus”, relatou o presidente.
Neste momento, o grande desafio do Hospital de Amor é conscientizar a sociedade a doar por meio da página www.hospitaldeamor.com.br/corona, onde as contribuições podem ser feitas por depósito bancário, boleto ou usando o cartão de crédito. “Queremos que a população se sensibilize a doar, pois os tratamentos continuam e vidas precisam ser salvas”, finalizou Prata.
Hospital de Amor
O Hospital de Amor está presente em 13 estados brasileiros, administra dois centros de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), em Barretos (SP), a Santa Casa de Misericórdia de Barretos e cinco unidades básicas de saúde (UBSs) na cidade. Além disso, conta com mais de 6 mil atendimentos oncológicos diários, 100% gratuitamente, a pacientes vindos de várias partes do Brasil e que são classificados como grupo de risco para o contágio do coronavírus.
A instituição também é corresponsável pela saúde de 18 municípios da DRS V do estado de São Paulo, por estar à frente da atenção primária, secundária e de alta complexidade na região, razão pela qual criou um amplo plano de contingenciamento para enfrentar a epidemia.
Com objetivo de contribuir para um melhor tratamento aos pacientes com a COVID-19 no Brasil, o Hospital de Amor está fazendo parte dos esforços da chamada ‘Coalizão COVID Brasil’, coordenada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). A iniciativa poderá contar com os esforços de até 60 outros hospitais de todo o País.
A Coalizão COVID Brasil é um projeto que está avaliando a eficácia e segurança de medicamentos para pacientes com infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) por meio de ensaios clínicos padronizados em três frentes: a primeira (Coalizão I), que envolverá pacientes de menor gravidade internados; a segunda (Coalizão II), que envolverá casos mais graves e que necessitam de maior suporte respiratório; e a terceira (Coalizão III), que envolverá pacientes com insuficiência respiratória grave e que necessitam de suporte de aparelhos (ventilador mecânico) para respirar.
O Hospital de Amor, que tem como pesquisadora principal a médica intensivista e diretora médica do HA, Dra. Cristina Prata Amendola, está contribuindo com os ensaios clínicos do projeto nas duas primeiras frentes, onde serão verificadas as efetividades dos medicamentos hidroxicloroquina e azitromicina. Segundo as equipes responsáveis pelas pesquisas, os resultados deverão estar disponíveis entre 60 e 90 dias.
A palavra Leucemia ainda espanta muito as pessoas. Há muitos anos, essa doença era associada a um grande número de mortes e, por ser uma enfermidade com desenvolvimento frequente em crianças, o receio crescia ainda mais. Porém, hoje esse cenário se transformou e, felizmente, muitos casos de leucemia podem ser curados, sem contar que mesmo que não o sejam, a sobrevida dos pacientes pode ser aumentada em longos anos com o tratamento adequado.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2020 há uma estimativa de mais de 10 mil casos novos da doença, com uma incidência ligeiramente maior em homens. Atualmente, é o 9º câncer mais comum entre homens e o 11º entre as mulheres. Com números tão alarmantes, é preciso estar atento, entender esse tipo de câncer e saber como diagnosticá-lo precocemente. Você conhece a leucemia?
O que é a doença chamada leucemia?
É o câncer que afeta as células do sangue, ou seja, os leucócitos ou glóbulos brancos (que são as células responsáveis pela defesa do corpo) e se inicia dentro da medula óssea. Segundo descrito pelo INCA, a medula óssea é o local de fabricação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela, são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.
Nas leucemias, há a alteração em uma célula da medula, que se torna anormal (doente) e passa a se multiplicar mais aceleradamente, perdendo a capacidade de se diferenciar e morrendo menos do que as células normais. Desta forma, estas células anormais vão se acumulando na medula óssea, substituindo as células saudáveis e atrapalhando a formação de células “boas” do sangue, que são os glóbulos vermelhos (de transporte de oxigênio), glóbulos brancos (de defesa) e plaquetas (que ajudam na coagulação).
Sob esta denominação, estão agrupadas várias neoplasias diferentes: pode ser dividida pelo tipo de célula afetada – mielóide e linfóide, e pela forma de evolução da doença – aguda e crônica. Assim, os quatro principais subgrupos de leucemia são: Leucemia Linfóide Aguda (LLA), Leucemia Mielóide Aguda (LMA), Leucemia Linfóide Crônica (LLC) e Leucemia Mielóide Crônica (LMC).
Como esse tipo de câncer se desenvolve?
As causas do desenvolvimento de leucemia não são totalmente definidas, mas existem fatores de risco mais relacionados a um ou outro tipo. Para as leucemias agudas, são considerados fatores de risco: exposição a benzeno e a radiação ionizante, exposição a quimioterapia (no caso de tratamento de doenças prévias), exposição a agrotóxicos, entre outros.
Existem também associações com doenças e alterações genéticas, como Síndrome de Down e Anemia de Fanconi (síndrome genética herdada dos pais); e com história familiar, por exemplo: em LLC, há incidência em parentes de primeiro grau em relação a população geral.
Outras doenças hematológicas (aquelas que comprometem a produção dos componentes do sangue) também aumentam o risco de desenvolvimento da leucemia, como síndromes mielodisplásicas (um grupo de distúrbios causados quando algo interrompe a produção de células sanguíneas).
Em relação à faixa etária, é importante alertar: quanto maior a idade, maior o risco de leucemia, exceto o tipo LLA, que é o mais frequente em crianças e é considerado o câncer mais comum na infância. Segundo as oncopediatras do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dra. Anita Frisanco Oliveira e Dra. Bianca Faustini Baglioli, a leucemia linfóide aguda ocorre mais entre crianças de 2 e 5 anos, podendo ser diagnosticada também, em menor frequência, em lactentes (crianças que ainda mamam) e adolescentes. “Já a leucemia mielóide aguda (LMA) é mais frequente nos lactentes, com um declínio até os 9 anos de idade, e um novo aumento da sua incidência a partir da adolescência. A leucemia mielóide crônica (LMC) é mais comum em adolescentes e adultos jovens”, afirma Dra. Bianca.
É possível prevenir a leucemia?
Diferentemente do que acontece na maioria dos casos de câncer, não há fatores de risco conhecidos para a leucemia, não podendo, desta forma, ser prevenida. Porém, a médica hemotalogista do Hospital de Amor, Dra. Iara Zapparoli Gonçalves, explica que ter hábitos saudáveis de vida e cuidados com a saúde, incluindo alimentação adequada e prática de exercícios físicos regularmente; realizar tratamento de doenças concomitantes (que acontecem ao mesmo tempo no organismo); evitar exposição desnecessária a agentes potencialmente tóxicos, incluindo o tabagismo; e fazer o uso adequado de equipamento de proteção individual (EPIs), são exemplos que melhoram a qualidade de saúde e de vida, e deixam os indivíduos fortes para enfrentar as adversidades.
Nas crianças, ao contrário do que acontece com adultos que podem receber orientações quanto a prevenção, a leucemia está relacionada a alterações genéticas, não sendo possível preveni-la, mas sim diagnosticá-la precocemente. Em ambos os casos, o principal exame para a suspeita desse tipo de câncer é o hemograma. Caso haja evidência da doença, outro exame é realizado, o mielograma, onde a coleta de sangue é feita diretamente na medula óssea podendo avaliar sua morfologia, tipo de célula acometida, imunofenotipagem (técnica utilizada para identificar qual tipo exato de célula que compõe um determinado tecido), biologia molecular, etc.
Sinais e sintomas da leucemia
Quando há o desenvolvimento da leucemia no organismo, há também a substituição da medula e, consequentemente, a diminuição de células no sangue. Sendo assim, os principais sintomas da doença são:
– Diminuição de glóbulos vermelhos: anemia, palidez, cansaço e fraqueza.
– Diminuição de glóbulos brancos: queda de imunidade e aumento de risco de infecções.
– Diminuição de plaquetas: sangramentos, manchas roxas e petéquias (pontos vermelhos na pele).
Além disso, os pacientes também podem apresentar dores em ossos (muito comum em LLA), perda de peso, febre, suores noturnos e outros sintomas relacionados ao acumulo de células fora da medula, como aumento de gânglios e desconforto abdominal por aumento do baço e do fígado.
“No caso de leucemias crônicas, onde a doença evolui de forma mais lenta, não há sinais e sintomas aparentes. Por isso, é comum que o diagnóstico seja feito após uma alteração encontrada em um hemograma de rotina”, esclarece Dra. Iara.
Tipos de leucemias existentes e suas características
• Leucemia Linfóide Aguda (LLA): há proliferação de células associadas aos estágios iniciais de maturação linfóide. É a leucemia mais comum em crianças, mas pode ocorrer também em adultos, existindo um segundo pico de incidência a partir dos 50 anos. Existem vários subtipos de LLA e o tratamento depende de vários fatores, como idade, subtipo, alterações citogenéticas e moleculares.
• Leucemia Mielóide Aguda (LMA): há a proliferação de células progenitoras da medula óssea nos estágios iniciais de maturação. Tem um curso clínico agudo e deve ser tratada rapidamente. Pode ocorrer em crianças e adultos, sendo a forma mais comum no período perinatal (logo após o nascimento), porém a incidência aumenta com a idade. Também é dividida em subtipos e o tratamento, como na LLA, depende da idade, comorbidade (doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades), alterações moleculares e citogenéticas.
• Leucemia Linfóide Crônica (LLC): é caracterizada pelo acúmulo de linfócitos maduros no sangue. A maioria (90%) dos pacientes acometidos com a doença tem mais de 50 anos e é extremamente rara em pessoas abaixo dos 25 anos. Cerca de 70% dos pacientes são assintomáticos ao diagnóstico, que é feito a partir de um achado de exame (hemograma) de rotina. Estes pacientes assintomáticos, geralmente, são apenas observados, sem indicação de tratamento.
• Leucemia Mielóide Crônica (LMC): afeta as células mielóides e avança lentamente. É uma neoplasia clonal da célula progenitora hematopoiética pluripotente, caracterizada por uma translocação específica – Cromossomo Philadelfia – sendo disponível terapia alvo (oral). Tem pico de incidência entre 50 e 60 anos.
Apesar de cada tipo de leucemia ter suas características, os tratamentos indicados e o tempo de duração de cada um deles devem ser avaliados e orientados por médicos especialistas, pois há situações em que os procedimentos não são indicados (apenas observações clínicas) e outras, em que o tratamento deve ser intensivo, incluindo o transplante de medula óssea (TMO).
“Recidiva” da doença
Quando falamos em leucemia, falamos também em pacientes que tiveram a “recidiva” da doença. Afinal, o que isso significa?
A recidiva significa que a ‘doença voltou’. Esse problema pode acontecer pouco ou muito tempo após a cura e, na maioria das vezes, ocorre pela proliferação de células doentes, previamente indetectáveis pelos exames de rotina. Durante o tratamento inicial, essa mesma célula pode ter criado resistência aos quimioterápicos utilizados e permanecido em estado de latência, ou seja, em repouso até encontrar um ambiente favorável à sua proliferação.
Devido à melhora no diagnóstico precoce da doença, os índices de leucemia vêm aumentando ao longo dos anos. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em adultos, a estimativa de casos novos para o ano de 2020 (incluindo todos os tipos) é de 10.810, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. Já em pacientes pediátricos, são estimados cerca de 8.460 novos casos de câncer no Brasil. Destes, 2.115 são de leucemias.
Fique atento!
Ao se deparar com sintomas persistentes ou não explicáveis, ou caso haja alguma alteração no hemograma de rotina, procure um médico especialista, também conhecido como hematologista, imediatamente.
As crianças também devem ser encaminhadas a um pediatra de confiança, para que ele faça a coleta detalhada da evolução do quadro do paciente, solicite um hemograma completo e entre em contato com um centro que disponha de atendimento em oncohematologia pediátrica.
Leucemia x Hospital de Amor
Por ser uma instituição referência em tratamento oncológico e contar com um departamento de hematologia, uma unidade só para atender crianças e jovens (com um moderno centro de transplante de medula óssea pediátrica), médicos especialistas atualizados e experientes, e uma competente equipe multiprofissional, o Hospital de Amor realiza o diagnóstico da doença e a avaliação adequada com relação ao prognóstico e ao procedimento mais indicado, proporcionando um tratamento de excelência e humanização aos pacientes que lutam com a leucemia (e também com outros tipos de câncer).
Em sua unidade adulta, são diagnosticados cerca de 100 e 120 casos de leucemia por ano. Já a unidade infantojuvenil do HA conta, atualmente, com 90 pacientes em tratamento. Com a inauguração do novo centro de TMO pediátrico, em abril de 2019, a instituição aumentou significativamente sua capacidade de atendimento: ao todo são 27 leitos de internação, 6 leitos na unidade de terapia intensiva (UTI), 11 leitos no centro de intercorrência ambulatorial (CIA) e 16 leitos na quimioterapia, ou seja, muito mais vidas sendo salvas todos os dias!
O poder do sangue
“Quem doa sangue salva vidas”. Essa frase, dita por muitos profissionais da área da saúde e tão disseminada nos meios de comunicação, retrata a importância da doação de sangue (ato voluntário e de solidariedade, praticamente indolor e rápido) para os pacientes em tratamento contra leucemia, que passam por transplante de medula óssea ou cirurgias. Para se ter uma ideia da relevância desse compromisso social, quando os estoques caem e falta sangue nos hospitais, muitas cirurgias e procedimentos são cancelados.
De acordo com a gerente de captação de doadores do Hemonúcleo do Hospital de Amor, Ana Paula Borges, são realizadas, diariamente, 70 transfusões de sangue na instituição e, a maiores dos pacientes que recebem essas doações, realizam tratamentos contra a leucemia.
Por esse motivo, o Hospital de Amor realiza diversas campanhas na tentativa de conscientizar a população a doar, principalmente em épocas em que as doações despencam: períodos de celebrações, férias, quando as temperaturas ficam mais baixas ou quando o país enfrenta um problema de saúde pública, como a pandemia do coronavírus.
Para doar, é necessário ter um documento com foto, pesar mais de 50 quilos, ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem estar acompanhados por um responsável legal), estar em boas condições de saúde, descansado e bem alimentado. O Hemonúcleo do Hospital de Amor funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h, e aos sábados e domingos, das 7h às 11h. Para outras informações sobre doação de sangue ou de medula óssea, basta entrar em contato com o setor pelo telefone (17) 3321-6600 – Ramal 6941 ou pelo e-mail hemocaptacao@hcancerbarretos.com.br.
Você sabia que seu imposto de renda pode salvar vidas? Os recursos obtidos através de incentivos fiscais são essenciais para que o Hospital de Amor possa continuar a buscar excelência tecnológica e humana no tratamento de câncer e oferecê-las aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, mais do nunca, é preciso unir forças. O difícil momento que o país está vivendo é repleto de inseguranças e incertezas, por isso, precisamos contar com a solidariedade uns dos outros. Se você tem o desejo de realizar uma boa ação, existe uma maneira simples, sem precisar sair de casa de fazê-la: através das doações incentivadas!
A “Lei do Idoso” e a “Lei da Criança e Adolescente” são alguns dos projetos que podem ser direcionados para o HA. Graças às renúncias fiscais (que é quando o Governo abre mão de parte dos impostos devidos por pessoas físicas e jurídicas para que sejam doados diretamente às entidades), o hospital consegue custear e manter as operações regulares de suas unidades e também as ações de combate ao COVID-19.
Para se ter uma ideia, só em 2019, a instituição, que é o maior polo de tratamento oncológico gratuito da América Latina, captou, por meio do ‘Fundo da Criança e do Adolescente’, mais de R$ 11 milhões, beneficiando 29.200 pacientes. “Os recursos obtidos através dos incentivos fiscais são muito importantes para o Hospital de Amor e nós ficamos muito gratos com o crescimento das doações via imposto de renda. O valor arrecadado é destinado ao diagnóstico e tratamento dessas crianças e adolescentes”, afirmou o diretor de desenvolvimento social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata. Já o projeto ‘Fundo do Idoso’ arrecadou, no último ano, R$ 57.080.299,95, o que auxiliou 122.573 pacientes.
Conheça mais sobre os projetos do ‘Fundo do Idoso’ e ‘Fundo da Criança e do Adolescente’:
Projeto Amparo ao Idoso
No último ano, centenas de milhares de pacientes com mais de 60 anos foram beneficiados com os resultados dessa lei. As doações incentivadas pela Lei do Idoso têm o objetivo de viabilizar o custeio do Hospital São Judas Tadeu – a unidade de cuidados paliativos e de atenção do idoso do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal do Idoso: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Amparo’. Com a doação concluída, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Projeto Cuidar
O intuito deste projeto é arcar com o custeio para o tratamento, prevenção e pesquisa do câncer infantojuvenil, uma vez que os custos subsidiados pelo SUS são insuficientes para o atendimento, na totalidade, da população carente. As doações incentivadas pelo Fundo da Criança e do Adolescente busca viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade pediátrica do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Cuidar’. Com a doação concluída, também é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para p e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Afinal, o que diferencia uma doação ‘convencional’ (feita com um cartão de crédito ou pagamento do boleto gerado pela plataforma do site do Hospital) de uma doação por meio de incentivo fiscal? A resposta é simples: quando as doações são realizadas diretamente a projetos sociais, elas não são enquadradas em leis de incentivos fiscais e não podem ser deduzidas. Por isso, serão declaradas na ficha ‘Doações Efetuadas’ – código 80 – ‘Doações em Espécie’ (dinheiro ou espécie) ou código 81 – ‘Doações em bens e direitos’ (na forma de bens). Na descrição, é necessário informar os dados do beneficiário.
Doações de Pessoas Jurídicas podem ser deduzidas em até 9% no Imposto de Renda, desde que façam apuração no lucro real. Os percentuais de destinação são distribuídos nas seguintes leis:
• 1% – Lei do Idoso;
• 1% – Fumcad (Criança e Adolscente);
• 4% – Lei Rouanet (Cultura) e Audiovisual (limitada em até 3%);
• 1% – Lei do Pronon (Câncer);
• 1% – Lei do Pronas (Pessoa com Deficiência);
• 1% – Lei do Esporte.
Doações de Pessoas Físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que feita a declaração anual de ajuste no modelo completo até o dia 30/12/2020. (Neste caso, o contribuinte pode escolher doar todo esse percentual por meio de uma só lei das listadas acima, exceto as leis do PRONON – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica’ e PRONAS/PCD – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência’, ou dividi-la entre elas). Poderão doar tanto as pessoas que possuem imposto a restituir, quanto as pessoas que possuem imposto a pagar.
O roteiro para a doação no ato do preenchimento da Declaração Anual de Ajuste Completa é relativamente simples, pois o valor disponível para doação é automaticamente informado pelo sistema da Receita Federal e, uma vez paga a DARF da doação, o próprio sistema a processa. É importante estar atento, portanto, ao fato de que é gerada uma DARF específica para a doação que também deve ser paga com a DARF do I.R., quando devida. Se tiver imposto a restituir, o valor de sua DARF será somado e acrescido de sua restituição.
Mas atenção: após concluir a doação, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail: ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’. Essa etapa do processo é essencial, pois é com esse comprovante que a equipe do Hospital de Amor consegue confirmar o recebimento da doação nos fundos.
COVID-19
Devido à atual situação de pandemia causa pelo novo coronavírus (COVID-19), o secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, prorrogou o prazo da entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2020 por 60 dias. A partir dessa decisão, a entrega final passa de 30 de abri (30/4) para 30 de junho (30/6).
Confira os passos a serem seguidos durante o preenchimento da Declaração de I. R.:
1º- Após preencher todos os seus dados e informações financeiras, clique em “Resumo da Declaração” no menu da esquerda;
2º– Em seguida, clique em “Doações diretamente na declaração – ECA”;
3º– Clique em “Incluir novo”;
4º– Selecione as opções “Municipal/SP/Barretos – 19.011.652/0001-50”;
5º– O valor disponível para doação é informado pelo próprio sistema, que elabora os cálculos e informa o montante equivalente aos 3% disponíveis para serem doados. Este valor que aparece é, assim, o máximo que poderá ser doado;
6º– Após indicar o valor a ser doado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Barretos, conforme explicado acima, clique em “Envie sua Declaração”;
7º– Após o envio, localize no menu do lado esquerdo o local onde está a DARF referente à sua doação (“Imprimir DARF – Doações Diretamente na Declaração – ECA”);
8º– Pague a DARF da doação e também a do I.R. devido, quando for o caso. Em seguida, envie a DARF de doação com o respectivo comprovante de pagamento para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’ para que a equipe do Hospital de Amor possa apresentá-lo ao FUMDICAD de Barretos e solicitar o repasse à instituição.
Pessoas físicas também podem doar através da plataforma de doação online do Hospital de Amor: o IR do Amor. Confira o vídeo com o passo a passo completo.
Agora, se você ainda tem alguma outra dúvida sobre como ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas através da doação do seu imposto de renda devido, é só acessar www.hospitaldeamor.com.br/incentivofiscal para mais informações. Escolha a forma que preferir e contribua!
Uma das maiores referências em tratamento e assistência oncológica na América Latina, o Hospital de Amor (novo nome do Hospital de Câncer de Barretos, como ainda é referido no ranking), dá sinais de sua consolidação também na frente de pesquisa. Prova disso, é sua posição no Scimago Institutions Rankings (SIR) 2020. Neste ano, o HA ocupa a primeira posição entre os hospitais de toda a América Latina e o segundo lugar entre as instituições que realizam pesquisas na área da saúde.
O SIR é um recurso internacional de avaliação científica que classifica universidades e instituições públicas ou privadas em todo o mundo, revelando algumas das principais dimensões (pesquisa, inovação e impacto social) de desempenho da pesquisa. O objetivo do ranking é fornecer uma ferramenta métrica útil para as entidades, formuladores de políticas públicas e gerentes de pesquisa para a análise, avaliação e melhoria de suas atividades, produtos e resultados. Só na edição de 2020, mais de 7 mil instituições foram avaliadas em todos os setores, entre elas, mais de 1.200 são da área da saúde. Este é o terceiro ano consecutivo em que a HA está entre as primeiras posições do ranking no setor de saúde, no Brasil e na América Latina.
Há pouco mais de 10 anos, o hospital deu início às atividades do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), cujo objetivo principal é oferecer as melhores condições para a realização de pesquisa de ponta, estimular o ensino pós-graduado, formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de se voltar também para a transmissão desse conhecimento à sociedade com trabalhos e ações de alto impacto, sobretudo, para as crianças e adolescentes em seu ambiente escolar. Até o momento, mais de 120 mestres e doutores já foram formados pelo Hospital.
O IEP mantém, fundamentalmente, a sintonia com as atividades desenvolvidas nos departamentos clínicos da instituição e compõe os alicerces para o desenvolvimento da medicina de futuro (a chamada medicina personalizada) em oncologia. Sua estrutura baseou-se nos mais modernos centros de pesquisa mundiais, enfatizando a praticidade de circulação, a facilidade de acesso aos recursos tecnológicos e a supervisão de profissionais capacitados. A complexa e atual infraestrutura possui desde anfiteatros, salas de ensino modernas e centro de treinamento cirúrgico, até laboratórios de genética molecular e biologia celular, além de unidades móveis de educação, sendo capaz de viabilizar o desenvolvimento de diferentes linhas de pesquisa em oncologia. Suas atividades estão centradas em quatro eixos principais: Epidemiologia e Prevenção do Câncer; Oncologia e Patologia Molecular; Oncologia Clínica e Cirúrgica; e Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida, que buscam incessantemente o desenvolvimento tecnológico e a inovação, visando como resultado final, o melhor atendimento ao paciente oncológico.
De acordo com o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Reis, a produção científica atual do Hospital de Amor conta com uma média de 200 publicações por ano em periódicos de impacto mundial. “A excelência na infraestrutura e organização implementada desde o início das atividades do IEP, além de seu constante aprimoramento, são fundamentais para obtermos esse resultado junto ao Scimago Institutions Rankings. Nossa posição mostra que a aposta da instituição em uma política sólida de ensino e pesquisa não é apenas promissora, mas já traz resultados altamente relevantes para a comunidade científica, pacientes e sociedade em geral”, afirmou Reis.
Em razão do aumento dos casos de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) nas últimas semanas, informamos que diversas medidas de controle estão sendo tomadas nas unidades do Hospital de Amor, a fim de minimizar o risco de infecção entre pacientes, acompanhantes e colaboradores, as quais seguem abaixo:
Para pacientes e acompanhantes:
1- Os pacientes em tratamento oncológico não deverão faltar de suas consultas, exames ou procedimentos marcados, devido ao risco que esse tipo de interrupção pode trazer ao seu tratamento. Contudo, se, no dia do atendimento marcado, o paciente (ainda estando em sua cidade de origem) apresentar febre e sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar, aumento da secreção nasal, espirros, etc.), o mesmo deve entrar em contato com a unidade do Hospital de Amor em que realiza seu tratamento para reagendamento, além de procurar atendimento médico na unidade básica de saúde (UBS) do próprio município;
2- O Hospital de Amor também solicita que os pacientes não tragam acompanhantes que estejam com sintomas respiratórios, como os descritos no item anterior. Caso o acompanhante apresente qualquer um desses sintomas, orientamos que ele seja substituído antes do deslocamento à unidade do Hospital de Amor;
3- A presença de acompanhantes está restrita aos casos previstos por lei (pacientes crianças, idosos e portadores de necessidades especiais). Não há uma idade máxima permitida para os acompanhantes, porém, não recomendamos que pessoas acima de 60 anos ou com comorbidades (portadores de doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades) exerçam essa função;
4- Todas as visitas estão suspensas por tempo indeterminado, em todas as unidades do Hospital de Amor e alojamentos da instituição;
5- Haverá triagem de pacientes sintomáticos respiratórios em todas as recepções da instituição, com organização do fluxo de atendimento para síndrome gripal e isolamento de todos os casos suspeitos de COVID-19. Na unidade de Barretos (SP), os pontos de triagem estão localizados na área de estacionamento dos ambulatórios adultos e infantil, e em frente ao Centro de Intercorrência Ambulatorial (CIA). Em Jales (SP), a triagem acontecerá também no estacionamento da unidade. Já em Porto Velho (RO), o processo será feito na recepção principal.
6- Com o objetivo de evitar aglomerações, serão realizados a redução de agendas ambulatoriais e o adiamento de consultas de retorno (semestral ou anual), assim como, também haverá o adiamento de cirurgias eletivas de baixo risco, principalmente, em pacientes idosos. Reforçamos que cada caso será avaliado individualmente, sempre priorizando a saúde e o bem-estar dos pacientes;
7- As ações de envolvimento social (em todas as unidades), tais como: projetos de voluntariado, eventos científicos, religiosos e recreativos, estão canceladas por tempo indeterminado.
Para colaboradores (profissionais que atuam nas unidades do Hospital de Amor):
1- Caso surjam colaboradores apresentando síndrome gripal (febre com sintomas respiratórios), os mesmos serão afastados do contato com paciente;
2- Medidas extensivas de comunicação interna têm sido tomadas, a fim de garantir que as informações relacionadas aos procedimentos corretos cheguem a todos os envolvidos direta e indiretamente no atendimento aos pacientes. Estão ocorrendo renovações de equipamentos de proteção individuais (EPIs), disposição estratégica de álcool em gel, treinamentos relacionados a medidas de controle e higienização, além da exposição de cartazes e comunicados em todos os setores do hospital.
Funcionamento do hemonúcleo e doações de sangue
O hemonúcleo do Hospital de Amor segue realizando suas atividades normalmente, e as doações de sangue e de medula óssea não estão suspensas. Todo doador que comparece ao setor é submetido a uma triagem para garantir sua aptidão para doar. É importante enfatizar que pessoas que apresentam sintomas gripais devem realizar esse tipo de doação 15 dias após o desaparecimento de todos os sinais.
Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com a unidade onde realiza seu tratamento.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, também deixou orientações importantes sobre o coronavírus e um apelo pela colaboração da população. Confira:
Março é o mês de prevenção do câncer colorretal, tumor que já ocupa o segundo lugar no ranking dos dez mais incidentes entre homens e mulheres. Para o Brasil, são estimados mais de 40 mil novos casos registrados por ano, sendo 20.520 na população masculina e 20.470 na população feminina. Com o objetivo de incentivar a prevenção e a detecção precoce deste tipo de câncer, criou-se a campanha “Março Marinho”, em alusão ao “Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino”, comemorado em 27/3.
Apesar dos números serem alarmantes, o câncer colorretal ainda é pouco divulgado. Conhecer a doença, seus fatores de risco e saber quais são as principais formas de preveni-la, é fundamental para evitá-la. Você conhece esse tipo de câncer?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão do tumor. Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
De acordo com a médica endoscopista e coordenadora do programa de rastreamento de câncer colorretal do Hospital de Amor, Dra. Denise Peixoto Guimarães, existem dois exames que podem ser utilizados para realizar o rastreamento desse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Cabe ao médico indicar qual é a melhor opção para cada paciente.
Desde 2015, o HA conta com seu programa de rastreamento e, de lá para cá, já foram alcançadas 16.713 pessoas com ele. “O programa de rastreamento através do teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos; que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos; e não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais. É muito importante que esses critérios sejam respeitados, pois caso a pessoa não se enquadre nesse perfil, o exame pode não ser a melhor opção para o paciente”, afirmou a médica.
Segundo a especialista, os sintomas só irão se manifestar quando a doença já estiver em estado avançado. Nesse momento, o tratamento já não é tão eficaz, e as chances de cura, menores ainda. “Nessa hora, os principais sintomas a serem percebidos são: sangramento nas fezes, dor abdominal ou nódulo abdominal, emagrecimento ou anemia”, explicou.
Fatores de risco
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer no intestino são: idade igual ou acima de 50 anos; excesso de peso corporal e alimentação não saudável; excessivo consumo de carnes processadas (como por exemplo, salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.
Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
“Evitar qualquer um desses fatores de risco, ou seja, praticar atividade física, manter uma alimentação saudável, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo, além de consultar o médico regularmente, são formas primárias de prevenção contra esse tipo de tumor. É fundamental conscientizarmos a população e os médicos sobre o câncer colorretal. Ele é passível de prevenção, então, por meio de informação correta e de qualidade, conseguimos diminuir o número de casos e fazer com que menos pessoas sofram e morram em decorrência desse tumor”, concluiu Dra. Denise.
Previna-se!
Se você se enquadra nos requisitos e faz parte do público-alvo do programa de rastreamento, venha até o Instituto de Prevenção do Hospital de Amor ou entre em contato através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7194.
“Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer, como é grande o meu amor por você. E não há nada pra comparar, para poder lhe explicar, como é grande o meu amor por você”. Foi com essa linda e clássica canção, composta em 1967 pelo ‘rei’ Roberto Carlos e considerada uma das maiores declarações de amor da música brasileira, que o paciente do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do Hospital de Amor) Anderson Roberto dos Santos esperou sua amada, Amanda Fortuna Lima dos Santos, para o tão sonhado ‘sim’. A tradicional marcha nupcial marcou a entrada da noiva, e o sentimento mais puro e sincero do mundo, o amor, marcou o encontro desses dois corações.
Juntos há mais de 10 anos, porém, sem nunca terem oficializado o matrimônio em uma cerimônia religiosa, os dois viveram momentos de felicidade e muito romantismo no último dia 5 de março. Ao saber do desejo do casal, a equipe multidisciplinar do hospital logo começou a organizar os preparativos, contatar os parceiros e, em apenas cinco dias, estava tudo pronto! “Essa festa foi a realização de um sonho, não apenas para o casal, mas para nós também. Quando eles nos contaram sobre esse desejo, nós fizemos de tudo para que fosse realizado da maneira mais linda e inesquecível possível para eles”, explicou a assistente social da unidade, Desiane Pereira.
E como o casamento é uma aliança feita por Deus, nada melhor do que escolher um celebrante especial para firmar esse compromisso e conduzir as trocas de votos. De acordo com o pastor da Comunidade Cristã de Barretos, Gery Leves, um casamento perfeito é construído com obstáculos e vivido em cima de 3 pilares: paixão, amor e Deus. “É preciso cultivar a presença de Deus e convidá-lo para fazer parte do casamento, sem nunca se esquecer de que o amor tudo crê, tudo suporta, tudo supera. Só o amor constrói e torna possível aquilo que não é possível”.
Com essas sábias palavras, os noivos trocaram as alianças e selaram esse momento com um beijo cheio de afeto e esperança. Foi impossível não se emocionar! Ao deixarem a celebração ao som da música “Fascinação”, entoada no violino pelo musicoterapeuta do hospital, o paciente não conteve as lágrimas. “Isso aqui é um sonho e uma vitória para mim”, declarou.
Após a cerimônia, os noivos foram presenteados com uma deliciosa festa repleta de quitutes, música boa e convidados pra lá de especiais, entre eles seus familiares, pacientes da unidade, acompanhantes e colaboradores do Hospital São Judas Tadeu, todos reunidos para comemorar o Amor.
Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença
“Foi amor à primeira vista”, contou o ex-bombeiro civil, de 45 anos, ao relembrar o momento em que conheceu Amanda, de 38. Os dois moravam na cidade de São Paulo e, por conta da rotina agitada e da vida corrida, decidiram deixar a cerimônia para segundo plano. Nesses anos juntos, ele até chegou a pedir a mão dela em casamento, mas o planejamento nunca saiu do papel. “Hoje, após passarmos por tantos desafios e descobrirmos a doença do Anderson, aprendemos uma coisa: a gente nunca tem tempo. Então, quando quisermos fazer alguma coisa, realizar algum desejo, tem que ser agora, tem que ser hoje”, afirmou Amanda.
Ao descobrir um câncer no rim, com metástase no sistema nervoso central e no pulmão, Anderson precisou mudar-se para o interior do estado e iniciar o tratamento no Hospital de Amor Barretos, posteriormente, na unidade de cuidados paliativos. Amanda, sua companheira, deixou tudo para traz e, cheia de fé, trouxe apenas o essencial para que os dois enfrentassem mais essa batalha juntos: amor.
“Nós ‘empurramos’ esse momento com a barriga e eu cheguei a pensar que esse dia nunca existiria, mas hoje nós estamos vivendo um sonho. Estar aqui me casando com a mulher da minha vida, conseguir andar para recebê-la e receber as bênçãos de Deus, é uma conquista inesquecível. Desejo que esse dia nunca termine”, finalizou Anderson.
Surpresa com gostinho de ‘quero mais’ e muita gratidão! No último dia 27 de março, os profissionais de saúde do Hospital de Amor (das unidades adulta e infantojuvenil), do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso), do Hospital Nossa Senhora e da Santa Casa de Misericórdia de Barretos receberam uma deliciosa surpresa. As equipes, que estão trabalhando na linha de frente dessa grande batalha contra o novo coronavírus, foram beneficiadas com 186 combos de produtos da rede mundial de restaurantes, McDonald’s.
Através do programa Bom Vizinho, uma iniciativa da Arcos Dorados (maior franquia independente do McDonald’s no mundo), a ação, que irá doar refeições a 29 instituições de 22 cidades do Brasil, busca oferecer apoio a esses profissionais que possuem papel fundamental no combate ao COVID-19 e que lutam incansavelmente para salvar vidas.
Uma nova parceria surgiu a partir da necessidade do Hospital de Amor no combate ao novo coronavírus. O IRCAD América Latina – centro de treinamento em cirurgia minimamente invasiva que faz parte do complexo do HA, em Barretos (SP) – se transformou em um polo de inovação em prol do enfrentamento do coronavírus (SARS-Cov-2), responsável pela COVID-19, com o desenvolvimento de protetores faciais utilizados pelas equipes médicas que atuam diretamente no atendimento a pacientes.
Desenvolvidas por médicos e membros de startups, as máscaras faciais desinfectáveis de baixo custo têm o objetivo de ampliar a capacidade de atendimento em unidades de terapia intensiva (UTIs), e já estão em fase final de validação médica. “Essas máscaras são fundamentais no atual cenário de enfrentamento da pandemia de COVID-19, visto que se trata de uma doença de alta transmissibilidade e que causa percentual considerável de insuficiência respiratória, colocando os profissionais em risco de serem contaminados ao realizarem procedimentos de assistência respiratória. Além disso, considerando a escassez desses insumos no mercado, a iniciativa de desenvolver um produto seguro, fácil de ser utilizado, com possibilidade de reuso e de baixo custo, é essencial para todo o sistema de saúde”, afirmou o diretor médico e infectologista do Hospital de Amor, Dr. Paulo de Tarso Oliveira e Castro.
Pensando na necessidade de ajudar os hospitais com insumos utilizados diariamente, o grupo desenvolveu o protótipo em 24 horas. De acordo com o médico veterinário do IRCAD, Emílio Belmonte, o custo de cada máscara será 50% mais barato que as vendidas no mercado, e a ideia é, ainda, buscar apoios com fabricantes das matérias primas utilizadas para que o custo aos hospitais seja zero.
Confeccionada com materiais de engenharia, como o plástico PETG (que é mais resistente), TPU, plástico flexível, elástico e acetato, a máscara possibilita que sua viseira seja descartada e sua estrutura desinfectada de forma fácil, mesmo em locais com pouca infraestrutura. Para a produção dos dispositivos de segurança, o grupo conta com impressoras 3D em FDM e resina, scaner 3D e softwares de edição.
As máscaras serão disponibilizadas gratuitamente às unidades sob gestão do Hospital de Amor, para os profissionais que atuam linha de frente.
Além dos diretores médicos do HA, Dra. Cristina Prata Amendola e Dr. Paulo de Tarso Oliveira e Castro, estão envolvidas na ação pessoas e startups que integram a comunidade de inovação de Barretos, ‘BrutoValley’: como o médico veterinário do IRCAD e diretor da Bmed 3D, Emílio Belmonte; Luciano Dovigo e Lucas Alves de Souza, também da Bmed3D; André Vanzolim, gestor do FabLab do UNIFEB; Thiago Ferreira e Jacó Saraiva, da MedLig; Bruno Menezes, da Creative Pack; Christian Silva, da Globin Head; João Batista, da BBQ; Gustavo Felici, da Unifafibe; e Guilherme Sanchez, gestor regional de startups do Sebrae.
A pandemia do novo coronavírus já impôs uma queda significativa na captação de recursos financeiros do Hospital de Amor, maior polo de tratamento oncológico gratuito da América Latina. Por isso, o presidente da instituição, Henrique Prata, está convocando toda a população para ajudar a entidade neste momento difícil. O objetivo, é mobilizar os coordenadores voluntários de leilões de gado, shows, ações entre amigos e outras iniciativas para continuar realizando os eventos, porém, de forma virtual, para que sejam evitados aglomerações e contatos, mas que o hospital não deixe de receber os recursos.
Para manter sua estrutura com 16 institutos de prevenção, cinco unidades de tratamento e mais de 25 unidades móveis, o Hospital de Amor conta com a realização desses eventos beneficentes como forma de arrecadação de recursos e, com a necessidade da quarentena, essas ações foram adiadas. De acordo com Prata, a ausência de leilões e shows equivale a uma quantia que varia entre 7 e 8 milhões de reais/mês. Outra redução drástica enfrentada pela instituição é referente às contribuições via destinação de parte do prêmio do Hiper Saúde (região de Ribeirão Preto – SP) e do Saúde Cap (região de São José do Rio Preto – SP) – títulos de capitalização que arrecadam entre 2,5 a 3 milhões de reais/mês, além de todo o investimento que está sendo realizado para equipar os leitos de unidades de terapia intensivas (UTIs) das unidades do hospital – cerca de R$ 4,5 milhões.
Campanha emergencial
Diante dessa situação, foi lançada uma campanha, que busca apoio por meio da sociedade e também das empresas parceiras da instituição.
“A campanha é uma oportunidade para todos, que já conhecem a seriedade do nosso trabalho, nos ajudar. Mais do que nunca precisamos da contribuição de todos. O enfrentamento vai ser longo e difícil, mas nós não podemos deixar os nossos pacientes sem o atendimento que eles merecem, humanizado e com qualidade. Contamos com a união e a ajuda de todo o Brasil”, declarou Henrique Prata.
“Todo o valor levantado será destinado à manutenção dos procedimentos realizados em todas as unidades e também à compra de equipamentos básicos para a prevenção do coronavírus”, relatou o presidente.
Neste momento, o grande desafio do Hospital de Amor é conscientizar a sociedade a doar por meio da página www.hospitaldeamor.com.br/corona, onde as contribuições podem ser feitas por depósito bancário, boleto ou usando o cartão de crédito. “Queremos que a população se sensibilize a doar, pois os tratamentos continuam e vidas precisam ser salvas”, finalizou Prata.
Hospital de Amor
O Hospital de Amor está presente em 13 estados brasileiros, administra dois centros de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), em Barretos (SP), a Santa Casa de Misericórdia de Barretos e cinco unidades básicas de saúde (UBSs) na cidade. Além disso, conta com mais de 6 mil atendimentos oncológicos diários, 100% gratuitamente, a pacientes vindos de várias partes do Brasil e que são classificados como grupo de risco para o contágio do coronavírus.
A instituição também é corresponsável pela saúde de 18 municípios da DRS V do estado de São Paulo, por estar à frente da atenção primária, secundária e de alta complexidade na região, razão pela qual criou um amplo plano de contingenciamento para enfrentar a epidemia.
Com objetivo de contribuir para um melhor tratamento aos pacientes com a COVID-19 no Brasil, o Hospital de Amor está fazendo parte dos esforços da chamada ‘Coalizão COVID Brasil’, coordenada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). A iniciativa poderá contar com os esforços de até 60 outros hospitais de todo o País.
A Coalizão COVID Brasil é um projeto que está avaliando a eficácia e segurança de medicamentos para pacientes com infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) por meio de ensaios clínicos padronizados em três frentes: a primeira (Coalizão I), que envolverá pacientes de menor gravidade internados; a segunda (Coalizão II), que envolverá casos mais graves e que necessitam de maior suporte respiratório; e a terceira (Coalizão III), que envolverá pacientes com insuficiência respiratória grave e que necessitam de suporte de aparelhos (ventilador mecânico) para respirar.
O Hospital de Amor, que tem como pesquisadora principal a médica intensivista e diretora médica do HA, Dra. Cristina Prata Amendola, está contribuindo com os ensaios clínicos do projeto nas duas primeiras frentes, onde serão verificadas as efetividades dos medicamentos hidroxicloroquina e azitromicina. Segundo as equipes responsáveis pelas pesquisas, os resultados deverão estar disponíveis entre 60 e 90 dias.
A palavra Leucemia ainda espanta muito as pessoas. Há muitos anos, essa doença era associada a um grande número de mortes e, por ser uma enfermidade com desenvolvimento frequente em crianças, o receio crescia ainda mais. Porém, hoje esse cenário se transformou e, felizmente, muitos casos de leucemia podem ser curados, sem contar que mesmo que não o sejam, a sobrevida dos pacientes pode ser aumentada em longos anos com o tratamento adequado.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2020 há uma estimativa de mais de 10 mil casos novos da doença, com uma incidência ligeiramente maior em homens. Atualmente, é o 9º câncer mais comum entre homens e o 11º entre as mulheres. Com números tão alarmantes, é preciso estar atento, entender esse tipo de câncer e saber como diagnosticá-lo precocemente. Você conhece a leucemia?
O que é a doença chamada leucemia?
É o câncer que afeta as células do sangue, ou seja, os leucócitos ou glóbulos brancos (que são as células responsáveis pela defesa do corpo) e se inicia dentro da medula óssea. Segundo descrito pelo INCA, a medula óssea é o local de fabricação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela, são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.
Nas leucemias, há a alteração em uma célula da medula, que se torna anormal (doente) e passa a se multiplicar mais aceleradamente, perdendo a capacidade de se diferenciar e morrendo menos do que as células normais. Desta forma, estas células anormais vão se acumulando na medula óssea, substituindo as células saudáveis e atrapalhando a formação de células “boas” do sangue, que são os glóbulos vermelhos (de transporte de oxigênio), glóbulos brancos (de defesa) e plaquetas (que ajudam na coagulação).
Sob esta denominação, estão agrupadas várias neoplasias diferentes: pode ser dividida pelo tipo de célula afetada – mielóide e linfóide, e pela forma de evolução da doença – aguda e crônica. Assim, os quatro principais subgrupos de leucemia são: Leucemia Linfóide Aguda (LLA), Leucemia Mielóide Aguda (LMA), Leucemia Linfóide Crônica (LLC) e Leucemia Mielóide Crônica (LMC).
Como esse tipo de câncer se desenvolve?
As causas do desenvolvimento de leucemia não são totalmente definidas, mas existem fatores de risco mais relacionados a um ou outro tipo. Para as leucemias agudas, são considerados fatores de risco: exposição a benzeno e a radiação ionizante, exposição a quimioterapia (no caso de tratamento de doenças prévias), exposição a agrotóxicos, entre outros.
Existem também associações com doenças e alterações genéticas, como Síndrome de Down e Anemia de Fanconi (síndrome genética herdada dos pais); e com história familiar, por exemplo: em LLC, há incidência em parentes de primeiro grau em relação a população geral.
Outras doenças hematológicas (aquelas que comprometem a produção dos componentes do sangue) também aumentam o risco de desenvolvimento da leucemia, como síndromes mielodisplásicas (um grupo de distúrbios causados quando algo interrompe a produção de células sanguíneas).
Em relação à faixa etária, é importante alertar: quanto maior a idade, maior o risco de leucemia, exceto o tipo LLA, que é o mais frequente em crianças e é considerado o câncer mais comum na infância. Segundo as oncopediatras do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dra. Anita Frisanco Oliveira e Dra. Bianca Faustini Baglioli, a leucemia linfóide aguda ocorre mais entre crianças de 2 e 5 anos, podendo ser diagnosticada também, em menor frequência, em lactentes (crianças que ainda mamam) e adolescentes. “Já a leucemia mielóide aguda (LMA) é mais frequente nos lactentes, com um declínio até os 9 anos de idade, e um novo aumento da sua incidência a partir da adolescência. A leucemia mielóide crônica (LMC) é mais comum em adolescentes e adultos jovens”, afirma Dra. Bianca.
É possível prevenir a leucemia?
Diferentemente do que acontece na maioria dos casos de câncer, não há fatores de risco conhecidos para a leucemia, não podendo, desta forma, ser prevenida. Porém, a médica hemotalogista do Hospital de Amor, Dra. Iara Zapparoli Gonçalves, explica que ter hábitos saudáveis de vida e cuidados com a saúde, incluindo alimentação adequada e prática de exercícios físicos regularmente; realizar tratamento de doenças concomitantes (que acontecem ao mesmo tempo no organismo); evitar exposição desnecessária a agentes potencialmente tóxicos, incluindo o tabagismo; e fazer o uso adequado de equipamento de proteção individual (EPIs), são exemplos que melhoram a qualidade de saúde e de vida, e deixam os indivíduos fortes para enfrentar as adversidades.
Nas crianças, ao contrário do que acontece com adultos que podem receber orientações quanto a prevenção, a leucemia está relacionada a alterações genéticas, não sendo possível preveni-la, mas sim diagnosticá-la precocemente. Em ambos os casos, o principal exame para a suspeita desse tipo de câncer é o hemograma. Caso haja evidência da doença, outro exame é realizado, o mielograma, onde a coleta de sangue é feita diretamente na medula óssea podendo avaliar sua morfologia, tipo de célula acometida, imunofenotipagem (técnica utilizada para identificar qual tipo exato de célula que compõe um determinado tecido), biologia molecular, etc.
Sinais e sintomas da leucemia
Quando há o desenvolvimento da leucemia no organismo, há também a substituição da medula e, consequentemente, a diminuição de células no sangue. Sendo assim, os principais sintomas da doença são:
– Diminuição de glóbulos vermelhos: anemia, palidez, cansaço e fraqueza.
– Diminuição de glóbulos brancos: queda de imunidade e aumento de risco de infecções.
– Diminuição de plaquetas: sangramentos, manchas roxas e petéquias (pontos vermelhos na pele).
Além disso, os pacientes também podem apresentar dores em ossos (muito comum em LLA), perda de peso, febre, suores noturnos e outros sintomas relacionados ao acumulo de células fora da medula, como aumento de gânglios e desconforto abdominal por aumento do baço e do fígado.
“No caso de leucemias crônicas, onde a doença evolui de forma mais lenta, não há sinais e sintomas aparentes. Por isso, é comum que o diagnóstico seja feito após uma alteração encontrada em um hemograma de rotina”, esclarece Dra. Iara.
Tipos de leucemias existentes e suas características
• Leucemia Linfóide Aguda (LLA): há proliferação de células associadas aos estágios iniciais de maturação linfóide. É a leucemia mais comum em crianças, mas pode ocorrer também em adultos, existindo um segundo pico de incidência a partir dos 50 anos. Existem vários subtipos de LLA e o tratamento depende de vários fatores, como idade, subtipo, alterações citogenéticas e moleculares.
• Leucemia Mielóide Aguda (LMA): há a proliferação de células progenitoras da medula óssea nos estágios iniciais de maturação. Tem um curso clínico agudo e deve ser tratada rapidamente. Pode ocorrer em crianças e adultos, sendo a forma mais comum no período perinatal (logo após o nascimento), porém a incidência aumenta com a idade. Também é dividida em subtipos e o tratamento, como na LLA, depende da idade, comorbidade (doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades), alterações moleculares e citogenéticas.
• Leucemia Linfóide Crônica (LLC): é caracterizada pelo acúmulo de linfócitos maduros no sangue. A maioria (90%) dos pacientes acometidos com a doença tem mais de 50 anos e é extremamente rara em pessoas abaixo dos 25 anos. Cerca de 70% dos pacientes são assintomáticos ao diagnóstico, que é feito a partir de um achado de exame (hemograma) de rotina. Estes pacientes assintomáticos, geralmente, são apenas observados, sem indicação de tratamento.
• Leucemia Mielóide Crônica (LMC): afeta as células mielóides e avança lentamente. É uma neoplasia clonal da célula progenitora hematopoiética pluripotente, caracterizada por uma translocação específica – Cromossomo Philadelfia – sendo disponível terapia alvo (oral). Tem pico de incidência entre 50 e 60 anos.
Apesar de cada tipo de leucemia ter suas características, os tratamentos indicados e o tempo de duração de cada um deles devem ser avaliados e orientados por médicos especialistas, pois há situações em que os procedimentos não são indicados (apenas observações clínicas) e outras, em que o tratamento deve ser intensivo, incluindo o transplante de medula óssea (TMO).
“Recidiva” da doença
Quando falamos em leucemia, falamos também em pacientes que tiveram a “recidiva” da doença. Afinal, o que isso significa?
A recidiva significa que a ‘doença voltou’. Esse problema pode acontecer pouco ou muito tempo após a cura e, na maioria das vezes, ocorre pela proliferação de células doentes, previamente indetectáveis pelos exames de rotina. Durante o tratamento inicial, essa mesma célula pode ter criado resistência aos quimioterápicos utilizados e permanecido em estado de latência, ou seja, em repouso até encontrar um ambiente favorável à sua proliferação.
Devido à melhora no diagnóstico precoce da doença, os índices de leucemia vêm aumentando ao longo dos anos. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em adultos, a estimativa de casos novos para o ano de 2020 (incluindo todos os tipos) é de 10.810, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. Já em pacientes pediátricos, são estimados cerca de 8.460 novos casos de câncer no Brasil. Destes, 2.115 são de leucemias.
Fique atento!
Ao se deparar com sintomas persistentes ou não explicáveis, ou caso haja alguma alteração no hemograma de rotina, procure um médico especialista, também conhecido como hematologista, imediatamente.
As crianças também devem ser encaminhadas a um pediatra de confiança, para que ele faça a coleta detalhada da evolução do quadro do paciente, solicite um hemograma completo e entre em contato com um centro que disponha de atendimento em oncohematologia pediátrica.
Leucemia x Hospital de Amor
Por ser uma instituição referência em tratamento oncológico e contar com um departamento de hematologia, uma unidade só para atender crianças e jovens (com um moderno centro de transplante de medula óssea pediátrica), médicos especialistas atualizados e experientes, e uma competente equipe multiprofissional, o Hospital de Amor realiza o diagnóstico da doença e a avaliação adequada com relação ao prognóstico e ao procedimento mais indicado, proporcionando um tratamento de excelência e humanização aos pacientes que lutam com a leucemia (e também com outros tipos de câncer).
Em sua unidade adulta, são diagnosticados cerca de 100 e 120 casos de leucemia por ano. Já a unidade infantojuvenil do HA conta, atualmente, com 90 pacientes em tratamento. Com a inauguração do novo centro de TMO pediátrico, em abril de 2019, a instituição aumentou significativamente sua capacidade de atendimento: ao todo são 27 leitos de internação, 6 leitos na unidade de terapia intensiva (UTI), 11 leitos no centro de intercorrência ambulatorial (CIA) e 16 leitos na quimioterapia, ou seja, muito mais vidas sendo salvas todos os dias!
O poder do sangue
“Quem doa sangue salva vidas”. Essa frase, dita por muitos profissionais da área da saúde e tão disseminada nos meios de comunicação, retrata a importância da doação de sangue (ato voluntário e de solidariedade, praticamente indolor e rápido) para os pacientes em tratamento contra leucemia, que passam por transplante de medula óssea ou cirurgias. Para se ter uma ideia da relevância desse compromisso social, quando os estoques caem e falta sangue nos hospitais, muitas cirurgias e procedimentos são cancelados.
De acordo com a gerente de captação de doadores do Hemonúcleo do Hospital de Amor, Ana Paula Borges, são realizadas, diariamente, 70 transfusões de sangue na instituição e, a maiores dos pacientes que recebem essas doações, realizam tratamentos contra a leucemia.
Por esse motivo, o Hospital de Amor realiza diversas campanhas na tentativa de conscientizar a população a doar, principalmente em épocas em que as doações despencam: períodos de celebrações, férias, quando as temperaturas ficam mais baixas ou quando o país enfrenta um problema de saúde pública, como a pandemia do coronavírus.
Para doar, é necessário ter um documento com foto, pesar mais de 50 quilos, ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem estar acompanhados por um responsável legal), estar em boas condições de saúde, descansado e bem alimentado. O Hemonúcleo do Hospital de Amor funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h, e aos sábados e domingos, das 7h às 11h. Para outras informações sobre doação de sangue ou de medula óssea, basta entrar em contato com o setor pelo telefone (17) 3321-6600 – Ramal 6941 ou pelo e-mail hemocaptacao@hcancerbarretos.com.br.
Você sabia que seu imposto de renda pode salvar vidas? Os recursos obtidos através de incentivos fiscais são essenciais para que o Hospital de Amor possa continuar a buscar excelência tecnológica e humana no tratamento de câncer e oferecê-las aos pacientes, vindos de todos os estados do Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, mais do nunca, é preciso unir forças. O difícil momento que o país está vivendo é repleto de inseguranças e incertezas, por isso, precisamos contar com a solidariedade uns dos outros. Se você tem o desejo de realizar uma boa ação, existe uma maneira simples, sem precisar sair de casa de fazê-la: através das doações incentivadas!
A “Lei do Idoso” e a “Lei da Criança e Adolescente” são alguns dos projetos que podem ser direcionados para o HA. Graças às renúncias fiscais (que é quando o Governo abre mão de parte dos impostos devidos por pessoas físicas e jurídicas para que sejam doados diretamente às entidades), o hospital consegue custear e manter as operações regulares de suas unidades e também as ações de combate ao COVID-19.
Para se ter uma ideia, só em 2019, a instituição, que é o maior polo de tratamento oncológico gratuito da América Latina, captou, por meio do ‘Fundo da Criança e do Adolescente’, mais de R$ 11 milhões, beneficiando 29.200 pacientes. “Os recursos obtidos através dos incentivos fiscais são muito importantes para o Hospital de Amor e nós ficamos muito gratos com o crescimento das doações via imposto de renda. O valor arrecadado é destinado ao diagnóstico e tratamento dessas crianças e adolescentes”, afirmou o diretor de desenvolvimento social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata. Já o projeto ‘Fundo do Idoso’ arrecadou, no último ano, R$ 57.080.299,95, o que auxiliou 122.573 pacientes.
Conheça mais sobre os projetos do ‘Fundo do Idoso’ e ‘Fundo da Criança e do Adolescente’:
Projeto Amparo ao Idoso
No último ano, centenas de milhares de pacientes com mais de 60 anos foram beneficiados com os resultados dessa lei. As doações incentivadas pela Lei do Idoso têm o objetivo de viabilizar o custeio do Hospital São Judas Tadeu – a unidade de cuidados paliativos e de atenção do idoso do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal do Idoso: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Amparo’. Com a doação concluída, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Projeto Cuidar
O intuito deste projeto é arcar com o custeio para o tratamento, prevenção e pesquisa do câncer infantojuvenil, uma vez que os custos subsidiados pelo SUS são insuficientes para o atendimento, na totalidade, da população carente. As doações incentivadas pelo Fundo da Criança e do Adolescente busca viabilizar o tratamento de crianças e adolescentes da unidade pediátrica do Hospital de Amor. A doação deve ser feita por meio de emissão de boleto bancário no site do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente: após preencher o cadastro inicial, o doador deve escolher a opção ‘Fundação Pio XII – Projeto Cuidar’. Com a doação concluída, também é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para p e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’.
Afinal, o que diferencia uma doação ‘convencional’ (feita com um cartão de crédito ou pagamento do boleto gerado pela plataforma do site do Hospital) de uma doação por meio de incentivo fiscal? A resposta é simples: quando as doações são realizadas diretamente a projetos sociais, elas não são enquadradas em leis de incentivos fiscais e não podem ser deduzidas. Por isso, serão declaradas na ficha ‘Doações Efetuadas’ – código 80 – ‘Doações em Espécie’ (dinheiro ou espécie) ou código 81 – ‘Doações em bens e direitos’ (na forma de bens). Na descrição, é necessário informar os dados do beneficiário.
Doações de Pessoas Jurídicas podem ser deduzidas em até 9% no Imposto de Renda, desde que façam apuração no lucro real. Os percentuais de destinação são distribuídos nas seguintes leis:
• 1% – Lei do Idoso;
• 1% – Fumcad (Criança e Adolscente);
• 4% – Lei Rouanet (Cultura) e Audiovisual (limitada em até 3%);
• 1% – Lei do Pronon (Câncer);
• 1% – Lei do Pronas (Pessoa com Deficiência);
• 1% – Lei do Esporte.
Doações de Pessoas Físicas podem ser deduzidas em até 6% no Imposto de Renda, desde que feita a declaração anual de ajuste no modelo completo até o dia 30/12/2020. (Neste caso, o contribuinte pode escolher doar todo esse percentual por meio de uma só lei das listadas acima, exceto as leis do PRONON – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica’ e PRONAS/PCD – ‘Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência’, ou dividi-la entre elas). Poderão doar tanto as pessoas que possuem imposto a restituir, quanto as pessoas que possuem imposto a pagar.
O roteiro para a doação no ato do preenchimento da Declaração Anual de Ajuste Completa é relativamente simples, pois o valor disponível para doação é automaticamente informado pelo sistema da Receita Federal e, uma vez paga a DARF da doação, o próprio sistema a processa. É importante estar atento, portanto, ao fato de que é gerada uma DARF específica para a doação que também deve ser paga com a DARF do I.R., quando devida. Se tiver imposto a restituir, o valor de sua DARF será somado e acrescido de sua restituição.
Mas atenção: após concluir a doação, é necessário enviar o comprovante de pagamento do boleto para o e-mail: ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’. Essa etapa do processo é essencial, pois é com esse comprovante que a equipe do Hospital de Amor consegue confirmar o recebimento da doação nos fundos.
COVID-19
Devido à atual situação de pandemia causa pelo novo coronavírus (COVID-19), o secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, prorrogou o prazo da entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2020 por 60 dias. A partir dessa decisão, a entrega final passa de 30 de abri (30/4) para 30 de junho (30/6).
Confira os passos a serem seguidos durante o preenchimento da Declaração de I. R.:
1º- Após preencher todos os seus dados e informações financeiras, clique em “Resumo da Declaração” no menu da esquerda;
2º– Em seguida, clique em “Doações diretamente na declaração – ECA”;
3º– Clique em “Incluir novo”;
4º– Selecione as opções “Municipal/SP/Barretos – 19.011.652/0001-50”;
5º– O valor disponível para doação é informado pelo próprio sistema, que elabora os cálculos e informa o montante equivalente aos 3% disponíveis para serem doados. Este valor que aparece é, assim, o máximo que poderá ser doado;
6º– Após indicar o valor a ser doado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Barretos, conforme explicado acima, clique em “Envie sua Declaração”;
7º– Após o envio, localize no menu do lado esquerdo o local onde está a DARF referente à sua doação (“Imprimir DARF – Doações Diretamente na Declaração – ECA”);
8º– Pague a DARF da doação e também a do I.R. devido, quando for o caso. Em seguida, envie a DARF de doação com o respectivo comprovante de pagamento para o e-mail ‘escritoriosp@hcancerbarretos.com.br’ para que a equipe do Hospital de Amor possa apresentá-lo ao FUMDICAD de Barretos e solicitar o repasse à instituição.
Pessoas físicas também podem doar através da plataforma de doação online do Hospital de Amor: o IR do Amor. Confira o vídeo com o passo a passo completo.
Agora, se você ainda tem alguma outra dúvida sobre como ajudar o Hospital de Amor a continuar salvando vidas através da doação do seu imposto de renda devido, é só acessar www.hospitaldeamor.com.br/incentivofiscal para mais informações. Escolha a forma que preferir e contribua!
Uma das maiores referências em tratamento e assistência oncológica na América Latina, o Hospital de Amor (novo nome do Hospital de Câncer de Barretos, como ainda é referido no ranking), dá sinais de sua consolidação também na frente de pesquisa. Prova disso, é sua posição no Scimago Institutions Rankings (SIR) 2020. Neste ano, o HA ocupa a primeira posição entre os hospitais de toda a América Latina e o segundo lugar entre as instituições que realizam pesquisas na área da saúde.
O SIR é um recurso internacional de avaliação científica que classifica universidades e instituições públicas ou privadas em todo o mundo, revelando algumas das principais dimensões (pesquisa, inovação e impacto social) de desempenho da pesquisa. O objetivo do ranking é fornecer uma ferramenta métrica útil para as entidades, formuladores de políticas públicas e gerentes de pesquisa para a análise, avaliação e melhoria de suas atividades, produtos e resultados. Só na edição de 2020, mais de 7 mil instituições foram avaliadas em todos os setores, entre elas, mais de 1.200 são da área da saúde. Este é o terceiro ano consecutivo em que a HA está entre as primeiras posições do ranking no setor de saúde, no Brasil e na América Latina.
Há pouco mais de 10 anos, o hospital deu início às atividades do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), cujo objetivo principal é oferecer as melhores condições para a realização de pesquisa de ponta, estimular o ensino pós-graduado, formação de residentes médicos e de outros profissionais de saúde, além de se voltar também para a transmissão desse conhecimento à sociedade com trabalhos e ações de alto impacto, sobretudo, para as crianças e adolescentes em seu ambiente escolar. Até o momento, mais de 120 mestres e doutores já foram formados pelo Hospital.
O IEP mantém, fundamentalmente, a sintonia com as atividades desenvolvidas nos departamentos clínicos da instituição e compõe os alicerces para o desenvolvimento da medicina de futuro (a chamada medicina personalizada) em oncologia. Sua estrutura baseou-se nos mais modernos centros de pesquisa mundiais, enfatizando a praticidade de circulação, a facilidade de acesso aos recursos tecnológicos e a supervisão de profissionais capacitados. A complexa e atual infraestrutura possui desde anfiteatros, salas de ensino modernas e centro de treinamento cirúrgico, até laboratórios de genética molecular e biologia celular, além de unidades móveis de educação, sendo capaz de viabilizar o desenvolvimento de diferentes linhas de pesquisa em oncologia. Suas atividades estão centradas em quatro eixos principais: Epidemiologia e Prevenção do Câncer; Oncologia e Patologia Molecular; Oncologia Clínica e Cirúrgica; e Cuidados Paliativos e Qualidade de Vida, que buscam incessantemente o desenvolvimento tecnológico e a inovação, visando como resultado final, o melhor atendimento ao paciente oncológico.
De acordo com o diretor executivo e científico do IEP, Dr. Rui Reis, a produção científica atual do Hospital de Amor conta com uma média de 200 publicações por ano em periódicos de impacto mundial. “A excelência na infraestrutura e organização implementada desde o início das atividades do IEP, além de seu constante aprimoramento, são fundamentais para obtermos esse resultado junto ao Scimago Institutions Rankings. Nossa posição mostra que a aposta da instituição em uma política sólida de ensino e pesquisa não é apenas promissora, mas já traz resultados altamente relevantes para a comunidade científica, pacientes e sociedade em geral”, afirmou Reis.
Em razão do aumento dos casos de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) nas últimas semanas, informamos que diversas medidas de controle estão sendo tomadas nas unidades do Hospital de Amor, a fim de minimizar o risco de infecção entre pacientes, acompanhantes e colaboradores, as quais seguem abaixo:
Para pacientes e acompanhantes:
1- Os pacientes em tratamento oncológico não deverão faltar de suas consultas, exames ou procedimentos marcados, devido ao risco que esse tipo de interrupção pode trazer ao seu tratamento. Contudo, se, no dia do atendimento marcado, o paciente (ainda estando em sua cidade de origem) apresentar febre e sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar, aumento da secreção nasal, espirros, etc.), o mesmo deve entrar em contato com a unidade do Hospital de Amor em que realiza seu tratamento para reagendamento, além de procurar atendimento médico na unidade básica de saúde (UBS) do próprio município;
2- O Hospital de Amor também solicita que os pacientes não tragam acompanhantes que estejam com sintomas respiratórios, como os descritos no item anterior. Caso o acompanhante apresente qualquer um desses sintomas, orientamos que ele seja substituído antes do deslocamento à unidade do Hospital de Amor;
3- A presença de acompanhantes está restrita aos casos previstos por lei (pacientes crianças, idosos e portadores de necessidades especiais). Não há uma idade máxima permitida para os acompanhantes, porém, não recomendamos que pessoas acima de 60 anos ou com comorbidades (portadores de doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades) exerçam essa função;
4- Todas as visitas estão suspensas por tempo indeterminado, em todas as unidades do Hospital de Amor e alojamentos da instituição;
5- Haverá triagem de pacientes sintomáticos respiratórios em todas as recepções da instituição, com organização do fluxo de atendimento para síndrome gripal e isolamento de todos os casos suspeitos de COVID-19. Na unidade de Barretos (SP), os pontos de triagem estão localizados na área de estacionamento dos ambulatórios adultos e infantil, e em frente ao Centro de Intercorrência Ambulatorial (CIA). Em Jales (SP), a triagem acontecerá também no estacionamento da unidade. Já em Porto Velho (RO), o processo será feito na recepção principal.
6- Com o objetivo de evitar aglomerações, serão realizados a redução de agendas ambulatoriais e o adiamento de consultas de retorno (semestral ou anual), assim como, também haverá o adiamento de cirurgias eletivas de baixo risco, principalmente, em pacientes idosos. Reforçamos que cada caso será avaliado individualmente, sempre priorizando a saúde e o bem-estar dos pacientes;
7- As ações de envolvimento social (em todas as unidades), tais como: projetos de voluntariado, eventos científicos, religiosos e recreativos, estão canceladas por tempo indeterminado.
Para colaboradores (profissionais que atuam nas unidades do Hospital de Amor):
1- Caso surjam colaboradores apresentando síndrome gripal (febre com sintomas respiratórios), os mesmos serão afastados do contato com paciente;
2- Medidas extensivas de comunicação interna têm sido tomadas, a fim de garantir que as informações relacionadas aos procedimentos corretos cheguem a todos os envolvidos direta e indiretamente no atendimento aos pacientes. Estão ocorrendo renovações de equipamentos de proteção individuais (EPIs), disposição estratégica de álcool em gel, treinamentos relacionados a medidas de controle e higienização, além da exposição de cartazes e comunicados em todos os setores do hospital.
Funcionamento do hemonúcleo e doações de sangue
O hemonúcleo do Hospital de Amor segue realizando suas atividades normalmente, e as doações de sangue e de medula óssea não estão suspensas. Todo doador que comparece ao setor é submetido a uma triagem para garantir sua aptidão para doar. É importante enfatizar que pessoas que apresentam sintomas gripais devem realizar esse tipo de doação 15 dias após o desaparecimento de todos os sinais.
Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com a unidade onde realiza seu tratamento.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, também deixou orientações importantes sobre o coronavírus e um apelo pela colaboração da população. Confira:
Março é o mês de prevenção do câncer colorretal, tumor que já ocupa o segundo lugar no ranking dos dez mais incidentes entre homens e mulheres. Para o Brasil, são estimados mais de 40 mil novos casos registrados por ano, sendo 20.520 na população masculina e 20.470 na população feminina. Com o objetivo de incentivar a prevenção e a detecção precoce deste tipo de câncer, criou-se a campanha “Março Marinho”, em alusão ao “Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino”, comemorado em 27/3.
Apesar dos números serem alarmantes, o câncer colorretal ainda é pouco divulgado. Conhecer a doença, seus fatores de risco e saber quais são as principais formas de preveni-la, é fundamental para evitá-la. Você conhece esse tipo de câncer?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão do tumor. Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
De acordo com a médica endoscopista e coordenadora do programa de rastreamento de câncer colorretal do Hospital de Amor, Dra. Denise Peixoto Guimarães, existem dois exames que podem ser utilizados para realizar o rastreamento desse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Cabe ao médico indicar qual é a melhor opção para cada paciente.
Desde 2015, o HA conta com seu programa de rastreamento e, de lá para cá, já foram alcançadas 16.713 pessoas com ele. “O programa de rastreamento através do teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos; que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos; e não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais. É muito importante que esses critérios sejam respeitados, pois caso a pessoa não se enquadre nesse perfil, o exame pode não ser a melhor opção para o paciente”, afirmou a médica.
Segundo a especialista, os sintomas só irão se manifestar quando a doença já estiver em estado avançado. Nesse momento, o tratamento já não é tão eficaz, e as chances de cura, menores ainda. “Nessa hora, os principais sintomas a serem percebidos são: sangramento nas fezes, dor abdominal ou nódulo abdominal, emagrecimento ou anemia”, explicou.
Fatores de risco
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer no intestino são: idade igual ou acima de 50 anos; excesso de peso corporal e alimentação não saudável; excessivo consumo de carnes processadas (como por exemplo, salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.
Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
“Evitar qualquer um desses fatores de risco, ou seja, praticar atividade física, manter uma alimentação saudável, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo, além de consultar o médico regularmente, são formas primárias de prevenção contra esse tipo de tumor. É fundamental conscientizarmos a população e os médicos sobre o câncer colorretal. Ele é passível de prevenção, então, por meio de informação correta e de qualidade, conseguimos diminuir o número de casos e fazer com que menos pessoas sofram e morram em decorrência desse tumor”, concluiu Dra. Denise.
Previna-se!
Se você se enquadra nos requisitos e faz parte do público-alvo do programa de rastreamento, venha até o Instituto de Prevenção do Hospital de Amor ou entre em contato através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7194.
“Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer, como é grande o meu amor por você. E não há nada pra comparar, para poder lhe explicar, como é grande o meu amor por você”. Foi com essa linda e clássica canção, composta em 1967 pelo ‘rei’ Roberto Carlos e considerada uma das maiores declarações de amor da música brasileira, que o paciente do Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do Hospital de Amor) Anderson Roberto dos Santos esperou sua amada, Amanda Fortuna Lima dos Santos, para o tão sonhado ‘sim’. A tradicional marcha nupcial marcou a entrada da noiva, e o sentimento mais puro e sincero do mundo, o amor, marcou o encontro desses dois corações.
Juntos há mais de 10 anos, porém, sem nunca terem oficializado o matrimônio em uma cerimônia religiosa, os dois viveram momentos de felicidade e muito romantismo no último dia 5 de março. Ao saber do desejo do casal, a equipe multidisciplinar do hospital logo começou a organizar os preparativos, contatar os parceiros e, em apenas cinco dias, estava tudo pronto! “Essa festa foi a realização de um sonho, não apenas para o casal, mas para nós também. Quando eles nos contaram sobre esse desejo, nós fizemos de tudo para que fosse realizado da maneira mais linda e inesquecível possível para eles”, explicou a assistente social da unidade, Desiane Pereira.
E como o casamento é uma aliança feita por Deus, nada melhor do que escolher um celebrante especial para firmar esse compromisso e conduzir as trocas de votos. De acordo com o pastor da Comunidade Cristã de Barretos, Gery Leves, um casamento perfeito é construído com obstáculos e vivido em cima de 3 pilares: paixão, amor e Deus. “É preciso cultivar a presença de Deus e convidá-lo para fazer parte do casamento, sem nunca se esquecer de que o amor tudo crê, tudo suporta, tudo supera. Só o amor constrói e torna possível aquilo que não é possível”.
Com essas sábias palavras, os noivos trocaram as alianças e selaram esse momento com um beijo cheio de afeto e esperança. Foi impossível não se emocionar! Ao deixarem a celebração ao som da música “Fascinação”, entoada no violino pelo musicoterapeuta do hospital, o paciente não conteve as lágrimas. “Isso aqui é um sonho e uma vitória para mim”, declarou.
Após a cerimônia, os noivos foram presenteados com uma deliciosa festa repleta de quitutes, música boa e convidados pra lá de especiais, entre eles seus familiares, pacientes da unidade, acompanhantes e colaboradores do Hospital São Judas Tadeu, todos reunidos para comemorar o Amor.
Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença
“Foi amor à primeira vista”, contou o ex-bombeiro civil, de 45 anos, ao relembrar o momento em que conheceu Amanda, de 38. Os dois moravam na cidade de São Paulo e, por conta da rotina agitada e da vida corrida, decidiram deixar a cerimônia para segundo plano. Nesses anos juntos, ele até chegou a pedir a mão dela em casamento, mas o planejamento nunca saiu do papel. “Hoje, após passarmos por tantos desafios e descobrirmos a doença do Anderson, aprendemos uma coisa: a gente nunca tem tempo. Então, quando quisermos fazer alguma coisa, realizar algum desejo, tem que ser agora, tem que ser hoje”, afirmou Amanda.
Ao descobrir um câncer no rim, com metástase no sistema nervoso central e no pulmão, Anderson precisou mudar-se para o interior do estado e iniciar o tratamento no Hospital de Amor Barretos, posteriormente, na unidade de cuidados paliativos. Amanda, sua companheira, deixou tudo para traz e, cheia de fé, trouxe apenas o essencial para que os dois enfrentassem mais essa batalha juntos: amor.
“Nós ‘empurramos’ esse momento com a barriga e eu cheguei a pensar que esse dia nunca existiria, mas hoje nós estamos vivendo um sonho. Estar aqui me casando com a mulher da minha vida, conseguir andar para recebê-la e receber as bênçãos de Deus, é uma conquista inesquecível. Desejo que esse dia nunca termine”, finalizou Anderson.