Ter os avós em nossas vidas é uma dádiva! Eles são conselheiros, companheiros, amigos, educadores, acolhedores. Possuem todo amor e carinho do mundo armazenados dentro deles e, através desses sentimentos, criam vínculos especiais com seus netos. Eles podem ser velhinhos, mais jovens, cumprir seus papeis de avós ou, muitas vezes, até mesmo de pais. Independentemente da situação e da função que assumem, eles são fundamentais na vida das crianças.
Pensando nisso e após uma pesquisa que teve como tema “O impacto do câncer na família de crianças e adolescentes: a percepção, visão e apoio dos avós”, realizada pelo diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, profissionais da unidade do HA desenvolveram um projeto especial de acolhimento, cuidado e apoio para os avós que acompanham seus netos durante o tratamento de câncer na instituição: o “Encontro de Avós”. “Dentre os familiares, os avós possuem um papel muito importante no suporte aos netos em tratamento, como também aos filhos, genros e noras que passam a lidar com a doença. Alguns avós desempenham uma função parental com seus netos e tornam-se a figura central das relações familiares. Estudos comprovam que os avós sofrem duplamente quando um neto está enfrentando o câncer: pelo próprio neto e pelo filho, por isso, sentimos a necessidade de cuidar deles também”, afirmou a coordenadora do projeto e psicóloga do Hospital de Amor Infantojuvenil, Patrícia Barberá Gallego.
Além dela, o médico responsável pela pesquisa e a psicóloga residente, Fernanda Prado Brocchi, coordenam a iniciativa, que visa proporcionar um espaço de acolhimento, escuta e reflexão para as vivências que afetam os avós ao acompanhar seus netos durante o tratamento de câncer. Através do compartilhamento de experiências, os profissionais buscam fornecer suporte emocional e possibilitar a construção de sentidos para as experiências dos participantes.
De acordo com a psicóloga, os encontros contam com recursos artísticos (poemas, imagens, músicas, etc.) para sensibilizar os participantes e servir como abertura para as discussões e troca de experiências entre os membros. A partir disso, os coordenadores passam a mediar e conduzir as conversas, impulsionando a expressão de sentimentos e vivências, direcionadas pelos próprios avós e baseadas em suas emoções do momento. “Ao proporcionar um espaço de escuta e acolhimento aos avós, pretendemos fortalecer a relação deles com o Hospital e, principalmente, com seus netos e com o modo de enfretamento da doença. Auxiliando essas pessoas, que são verdadeiros cuidadores, estaremos auxiliando também, indiretamente, a maneira com que os pequenos pacientes da instituição enfrentarão a difícil luta contra o câncer”, esclareceu Patrícia.
O papel de avó e mãe
Quem olha a Valdelucia Sousa Pereira, de 39 anos, e João Lucas Siqueira Lima, de apenas 1 ano e 8 meses, não imagina a história de amor incondicional e superação que os dois trazem. Apesar da pouca idade a aparência bem jovem, a avó cumpriu sua função com maestria: decidiu largar tudo e todos em São Félix do Xingu, no Pará, para acompanhar o neto em tratamento no Hospital de Amor Infantojuvenil.
Eles viajaram quatro dias até Barretos (SP) e estão residindo, há uma semana, no Lar de Amor (casa de apoio da instituição). “A mãe do João, minha filha, sofre de depressão e ficou no Pará cuidando da irmãzinha dele. Como somos muito apegados, pois nós já morávamos juntos, eu preferi vir com ele”, contou.
Além da doença, a saudade de casa e de toda a família ainda é um obstáculo muito grande que os dois têm de enfrentar, mas juntos, graças à segurança, os ensinamentos e o afeto que somente os avós podem oferecer, eles vão tirar de letra.
Como participar do Encontro de Avós
O Encontro de Avós é voltado para os familiares de pacientes da unidade infantojivenil do Hospital de Amor, em Barretos (SP), e acontece todas as primeiras terças-feiras de cada mês (de agosto a dezembro de 2019), às 11h, no auditório do hospital. Os interessados em participar das reuniões devem comparecer, no dia e horário indicados, sem agendamento prévio.
A origem da data
O Dia dos Avós, celebrado no dia 26 de julho, surgiu em homenagem à Santa Ana e São Joaquim – os pais da Virgem Maria e avós de Jesus Cristo – considerados os padroeiros de todos os avós pela Igreja Católica. No dia 26 de julho de 1584, os avós de Jesus foram canonizados pelo Papa Gregório VII.
Neste dia 18 de julho, o Hospital de Amor tem motivos de sobra para celebrar! Há dois anos, a instituição expandiu seus serviços em prevenção e conscientização a respeito do diagnóstico precoce e inaugurou mais uma unidade: o Hospital de Amor Campinas.
A unidade fixa, localizada na cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo, e suas duas carretas móveis, são responsáveis por realizar exames preventivos gratuitos nas mulheres. Ao todo, já foram mais de 30 mil exames de mamografias, 18.041 Papanicolaous, 6.645 ultrassonografias de mama e 1.351 colposcopias.
Além disso, já foram diagnosticados 225 casos de câncer de mama, na maioria, em fases iniciais – nos estágios 0 e 1. “Fazemos constantemente companhas, convidando as mulheres da cidade a realizar os exames preventivos. Com o diagnóstico precoce, a chance de cura pode chegar a 95% no caso de câncer de mama”, afirmou a enfermeira responsável pela unidade, Thayla Cobacho.
De acordo com a enfermeira, o câncer de mama e os tumores ginecológicos são as doenças que mais acometem as mulheres no Brasil. “Para se ter uma ideia, o câncer de mama é o 2º mais incidente e, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 40% das neoplasias malignas são ginecológicas”, comentou.
Estrutura
Com capacidade para atender 300 mulheres por dia, o Hospital de Amor Campinas conta com:
– Uma recepção e um auditório;
– Sala com mamógrafo de última geração;
– Sala de biópsia com mesa de estereotaxia, que permite a realização de exame com mais qualidade e conforto para a paciente;
– Salas com aparelhos de ultrassom para exames e biópsias de mama;
– Salas de coleta de Papanicolaou;
– Consultórios médicos;
– Centro cirúrgico com duas salas.
Conquista
A concretização desse projeto só foi possível graças às verbas do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região e o apoio da Prefeitura de Campinas, com a cessão de uso do terreno. Parte dos recursos obtidos em uma ação civil pública foram destinados para cinco projetos relacionados à pesquisa e atendimento de saúde. O maior deles, orçado em R$ 69,9 milhões, foi para o Hospital de Amor. Desse montante, R$ 34 milhões foram dispostos para a construção do Instituto de Prevenção em Campinas e das unidades móveis.
Agendamentos
As unidades do Hospital de Amor Campinas (fixa e móveis) estão abertas diariamente para a realização de exames preventivos de mama e colo do útero. As mulheres interessadas devem fazer um agendamento no Centro de Saúde, apresentando os seguintes documentos: RG, CPF, cartão do SUS e comprovante de endereço, tanto no agendamento, quanto no dia do exame.
Locais para exames
Confira onde estão situadas as unidades móveis e a fixa, e escolha a melhor opção para realizar os exames preventivos:
– Unidade Fixa: Avenida das Amoreiras, 860 – Parque Itália.
– Unidade Móvel I: UBS do Tancredo Neves (Tancredão).
– Unidade Móvel II: Lagoa do Taquaral, próximo ao portão 5.
Mais informações através do telefone: (19) 3790-3830.
Há cinco anos, a Federação Internacional das Sociedades Oncológicas de Cabeça e Pescoço (IFHNOS) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) instituíram o dia 27 de julho como o ‘Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço’. A partir de então, o mês ficou conhecido como ‘Julho Verde’ – período em que é realizada a campanha nacional de prevenção deste tipo de câncer, visando conscientizar a população sobre a doença, seus principais fatores de risco e formas de preveni-la.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), por meio de seus associados e parceiros, como a Associação do Câncer de Boca e Garganta (ACBG), trazem em 2019 a campanha: “O câncer tá na cara, mas as vezes você não vê”, que visa alertar a população dos primeiros sinais e sintomas, que possibilitariam um diagnóstico precoce e, em consequência, tratamentos menos agressivos e a maior possibilidade de cura. Neste contexto, o Hospital de Amor (HA) apresenta um papel crucial como instituição de ensino e pesquisa, na divulgação da campanha e nas ações que envolvem a mesma.
De acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres que afetam a região da cabeça e pescoço que, somados, ocupam a segunda maior incidência entre os homens brasileiros. Segundo o cirurgião e vice-coordenador do departamento de cabeça e pescoço do HA, Dr. Ricardo Ribeiro Gama, apesar desse tipo de tumor não ser o mais frequente na população e nem o que apresenta maior índices de morte, ele ainda acomete mais de 500 mil novas pessoas em todo o mundo. Para o médico, o problema é que muitos desses casos são diagnosticados tardiamente, o que prejudica o tratamento e as chances de cura. “A necessidade da campanha nasceu da falta de esclarecimento da população e profissionais da área de saúde sobre a doença. Apesar de ser de fácil acesso o exame clínico, o câncer de boca – o mais comum em nosso meio (em cerca de 70% a 80% das vezes), é diagnosticado em fase avançada, o que acarreta alta mortalidade e graves sequelas relacionadas ao tratamento realizado”, afirma Gama.
Em função do diagnostico tardio, os tumores de cabeça e pescoço, por serem diagnosticados em fase avançada, apresentam altas taxas de mortalidade. Quando um tumor é diagnosticado precocemente, a chance de o paciente sobreviver à doença em cinco anos é de, aproximadamente, 90%. Mas, quando diagnosticado tardiamente, a taxa de sobrevivência cai para algo em torno de 30%, independentemente dos tratamentos realizados com intenção curativa.
Tipos mais comuns
O câncer de cabeça e pescoço compreende um conjunto de neoplasias malignas localizadas em diferentes regiões da via aérea e digestiva superiores, como: boca, faringe, laringe, glândulas salivares, seios da face e cavidade nasal. Dr. Ricardo Gama afirma que os homens são os mais afetados pelos tumores. “Isso acontece pelos hábitos do homem de beber e fumar mais, ter uma qualidade de vida pior e não se preocupar muito em ir ao médico. No entanto, o número de casos em mulheres tem aumentado, devido à maior liberdade do sexo feminino nos tempos atuais”.
Sinais e sintomas
É importante que as pessoas fiquem atentas sobre os sinais e sintomas da doença. Os mais comuns são caroços ou nódulos no pescoço, feridas na boca com mais de 15 dias que não cicatrizam e rouquidão. Muitas vezes, são os profissionais de odontologia que percebem a ocorrência dessas lesões, mas, também é fundamental procurar um médico de sua confiança se perceber qualquer um desses sintomas.
Prevenção
O desenvolvimento desses tumores também está relacionado a hábitos não saudáveis de vida, tais como: consumo exagerado de álcool e tabaco, além de relações sexuais de risco, ou seja, sem uso de preservativos.
Para o médico, a principal forma de se prevenir esse tipo de câncer é não fumar, independente se cigarro de filtro, de palha ou corda, cachimbo, charuto ou narguile, pois todos podem causar câncer na área da cabeça e pescoço. “Outra forma de prevenção é se cuidar com o uso de bebida alcoólica, procurando não ingerir ou, se ingerir, em quantidades pequenas e, de preferência, não diariamente. De forma geral, a pessoa que ingere mais de duas latas ou garrafas pequenas de cerveja por dia; mais de dois cálices de vinho por dia; ou mais de duas doses de destilado vodka, cachaça, conhaque, whisky), já pode ser considerado um consumidor acentuado de álcool”, relatou.
A incorporação de bons hábitos, como a escovação da boca e dental três vezes ao dia, ir ao dentista duas vezes ao ano e alimentação rica em legumes, verduras e frutas, é essencial para a saúde da boca. A vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) também previne contra o câncer de garganta na vida, sendo assim, a vacinação deve ocorrer em meninas e meninos, pré-adolescentes, preferencialmente antes da primeira relação sexual.
Formas de tratamento
Quando diagnosticado na fase inicial, o tratamento consiste em cirurgias menos agressivas ou em radioterapia, causando menos problemas de função, como mastigar, sentir o gosto ou cheiro do alimento, engolir, respirar, falar, menor ou nenhuma deformidade no pescoço e face, e menor chance de complicações para a função do pescoço, ombros e braços. Quando diagnosticado em fase avançada, o tratamento consiste em radioterapia e quimioterapia, que podem ser associados a cirurgias agressivas. Estes tratamentos combinados levam a graves sequelas, muitas delas definitivas, causando grande prejuízo estético e funcional na área da cabeça e pescoço.
“É importante lembrar que apesar dos tratamentos agressivos para estes tumores avançados, as chances de curas são pequenas: cerca de 30% em 5 anos após o diagnóstico de um câncer avançado, por mais que o melhor tratamento seja realizado. Por isso, o diagnóstico precoce é muito importante, assim como a conscientização da população sobre a doença, seus sinais e sintomas e de como preveni-la, através de campanhas como o “Julho Verde”, finalizou Gama.
A campanha no Hospital de Amor
Sabendo da importância do diagnóstico precoce, formas de prevenção e manejo do tratamento e de suas complicações a curto, médio e longo prazo, visando melhorias na qualidade de vida do paciente e melhor prognóstico, o departamento de cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital de Amor auxilia na divulgação do ‘Julho Verde’.
No dia 31 de julho, profissionais dos setores de cabeça e pescoço, fonoaudiologia, enfermagem, epidemiologia e prevenção da instituição se reunirão para um evento especial, que tem como objetivo divulgar a especialidade e a equipe multidisciplinar que a envolve, além de esclarecer o que trata a Oncologia de Cabeça e Pescoço.
De acordo com o Dr. Ricardo Gama, serão realizadas palestras que abordarão temáticas destinadas para profissionais da área da saúde. “O evento mostrará a importância da equipe multidisciplinar no manejo clínico destes pacientes e enfatizará a epidemiologia, os fatores de risco, diagnóstico, tratamento e o prognóstico de pacientes com os dois tipos mais comuns de tumor da via aerodigestiva superior: o câncer de boca e o de laringe. Nossa intenção é mostrar o que o departamento tem avançado no tratamento e na reabilitação destes pacientes”, declarou.
Além do evento, haverá mobilização no calçadão de Barretos (SP), aos sábados, onde profissionais do hospital estarão falando com a população sobre a doença e oferecendo exames gratuitos de boca. A Unidade Móvel de Prevenção Odontológica do Hospital de Amor, ficará estacionada no calçadão, em datas que serão previamente divulgadas, oferecendo os exames que serão realizados por dentistas.
Entre os dias 20 e 31 de maio, o Hospital de Amor, através do seu Centro de Treinamento em Prevenção e do Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia, realizou mais um treinamento para os colaboradores do SESC. A 6ª turma, que contou com 29 novos profissionais, entre eles: coordenadores, enfermeiros, técnicos de radiologia e educadores em saúde, veio de várias partes do Brasil para participar da capacitação.
De acordo com a analista de saúde do departamento nacional do SESC, Roberta Vilhena, trata-se de uma formação destinada aos novos colaboradores do projeto “Sesc Saúde Mulher” – composto por unidades móveis que realizam exames para prevenção de câncer de mama e colo de útero, além do desenvolvimento de ações educativas para promoção em saúde. “Esse treinamento é extremamente importante para que os funcionários iniciem suas atividades em nossa instituição alinhados com nossa proposta metodológica e alcançando o nível de qualidade que esperamos. Sendo assim, devido à excelência e qualidade reconhecidos internacionalmente, não poderíamos deixar de ter o Hospital de Amor como parceiro nesse trabalho”, afirmou.
Ao todo, o HA já capacitou 196 alunos do SESC, entre os cursos de ‘Reciclagem em Mamografia’ (onde os técnicos em mamografia são orientados para fazer o posicionamento correto da mama no exame), ‘Gerência em Prevenção do Câncer de Mama com Ênfase em Qualidade’ (destinado para colaboradores que são responsáveis pelas unidades móveis), ‘Educação em Saúde’, ‘Coleta de Papanicolaou’ (destinado a enfermeiras) e ‘Suporte Básico à Vida’. Todas as capacitações são realizadas por profissionais do Hospital de Amor, que oferecem também suporte em tempo integral aos participantes.
Segundo o coordenador do Centro de Treinamento do Hospital de Amor, Thiago Buosi Silva, além dos treinamentos dos profissionais, o hospital emite os laudos de mamografia de todas as unidades móveis do SESC (sendo 25 no total) e faz o controle de qualidade técnico, clínico e médico dessas imagens. “Graças a essa parceria, todas as pessoas que começam a atuar na equipe do SESC, vêm ao Hospital de Amor receber a capacitação. Com a expansão do projeto, outras unidades sendo inauguradas e também novas admissões, finalizamos a 6ª turma e já estamos planejando a 7ª”, declarou o coordenador.
Até o momento, o Centro de Treinamento já realizou 190 cursos e capacitou 1.126 alunos de instituições de todos os estados do país.
Sobre o Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia
Criado em 2012, na cidade de Barretos, interior do estado de São Paulo, o Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia presta serviços nas áreas de capacitação, reciclagem, treinamento e pós-graduação em mamografia, em parceria com o Instituto de Prevenção do Hospital de Amor e com a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB).
Para atender a uma demanda do meio profissional e acadêmico, e com o objetivo de fornecer instrumentos de avaliação práticos, válidos e confiáveis, o núcleo elabora e administra cursos 80% práticos, baseados em modelos europeus de qualidade.
Os cursos oferecidos são reconhecidos na área educacional pelo Ministério da Educação (MEC) e apoiados por centros de treinamento internacionais, como o LRCB – National Expert and Training Centre for Breast Cancer Screening, e também por profissionais de saúde que coordenam serviços de mamografia em diversos locais do Brasil, devido aos resultados precisos e consistentes fornecidos.
Além disso, o reconhecimento dos cursos do Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia possibilitou a criação de uma certificação de abrangência nacional adequada às necessidades do país como uma alternativa aos certificados internacionais disponíveis.
Saiba mais sobre o núcleo acessando: www.nucleodemamografia.com.br.
No último dia 29 de maio foi realizado, na Casa Fasano, em São Paulo (SP), o espetacular “Gala e Amor”. Um jantar beneficente organizado para refletir, celebrar e apoiar o trabalho do Hospital de Amor. Promovido pelo casal de empresários Tom e Ana Paneguini e dirigido por Stella Matos, da empresa ‘1 Coisa & Outra Produções’, o evento contou com mais de 500 convidados de gala, além da presença de artistas ilustres que apoiam a causa, como Xuxa Meneghel, Ivete Sangalo, Ana Paula Padrão, Érick Jacquin, Paola Carosella, Sidney Oliveira, Raul Gil, Sílvia Poppovic, Denilson, Renata Fan, Dom Odilo Scherer, entre outras personalidades, arrecadando mais de R$ 2 milhões para o Hospital.
Durante o coquetel, 5 personagens simbolizando os ‘sentimentos’ e inspirados na delicadeza e profundidade do atendimento realizado no HA, circulavam entre os convidados, dando as boas-vindas ao evento. “Coração de Ouro”, “Senhorita Esperança”, Alegria do Dia”, “Felicidade Sonhadora”, “Carinho Doce” e “Nuvem Passageira” usavam figurinos e maquiagens produzidos especialmente para o evento, para despertar a emoção das pessoas.
O ambiente também foi cuidadosamente decorado, tendo como inspiração o vídeo “O amor é maior que o medo”, que conta a história da Nina, uma pequena valente que enfrentou corajosamente o câncer com o apoio de sua família, amigos e toda a equipe do HA.
Para abrilhantar ainda mais a festa, a atriz Marisa Orth e o ator Daniel Boaventura subiram ao palco para comandar a noite. Após citarem a emoção do evento e a seriedade e profundidade da causa, chamaram alguns convidados mais do que especiais. Entre eles, Marcelo Marcon, que enfrentou uma batalha contra um câncer de pulmão, foi curado e hoje atua na instituição como o “Palhaço Mingal”, levando alegria para os pacientes da unidade infantojuvenil. Após contar sua história de superação, foi sucedido no palco pela jornalista e apresentadora, Ana Paula Padrão, que explicou a importância das doações para que o hospital possa, não apenas cumprir suas funções, mas também superar as metas de atendimento e serviço. Ela também destacou os benefícios fiscais que as contribuições de pessoas físicas e jurídicas podem trazer.
E as surpresas não pararam por aí! Todos os garçons e garçonetes estavam vestidos como médicos, de jalecos com o nome Hospital de Amor, estetoscópio e com seus verdadeiros nomes trocados por novas identidades: “Dra. Compreensão”, “Dr. Bem-Querer”, “Dra. Solidariedade”, “Dr. Sorriso”, “Dra. Esperança” e muitos outros. Em um certo momento, lindas modelos invadiram o salão e iniciaram um desfile de vestidos assinados por outra grande apoiadora do HA, a estilista Martha Madeiros.
Além dos organizadores, outros grandes parceiros contribuíram e fizeram da noite do Gala de Amor um encontro simplesmente único São eles: Ultrafarma, Hiper Saúde, Ideamaker, Safe Ink, Diageo, Moet&Chandon, Rede Bandeirantes, Rede TV, Adega Alentejana, Wine Collection, EMS, Marfrig, Embramaco, Martha Medeiros, Louis Vuitton, Shopping Cidade Jardim, Dolce & Gabbana, Maison Alexandrine, Ana Abelha Doces, D. Filipa, Grupo Formigres, Banco Maxima, Barbero Advogados e Horaios.
De acordo com o diretor de responsabilidade social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata, que também esteve presente no jantar, a realização do evento tem uma grande importância para a entidade. “Sempre quisemos realizar um jantar de gala para falar sobre o trabalho do hospital a um público de São Paulo e de outras capitais que não conhecem Barretos. O evento de maio foi muito mais do que algum dia sonhamos, foi perfeito e inesquecível para todos que lá estiveram. Com certeza, os voluntários que trabalharam na organização ajudaram a mudar, para sempre, a percepção que o público da capital tem de nossa obra e também nossa esperança em realizar novos eventos como este para grandes captações. No que diz respeito ao meu trabalho, ouvir a Ana Paula Padrão falando com tanta autoridade a todos os convidados sobre a importância de doarem imposto de renda, dá novo ânimo para seguirmos com esta pauta, que é nossa e do terceiro setor como um todo”, concluiu.
Mais de 450 alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio das redes escolares pública e privada de Barretos e região participaram, no dia 12 de maio, da 6ª edição do Festival Cuidar, desenvolvido pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, em parceria com o Hospital São Judas Tadeu, com o objetivo de desmistificar os tabus sobre Cuidados Paliativos existentes na sociedade.
Segundo o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira, o projeto é um desafio, pois trabalha um assunto considerado delicado para a comunidade em geral. “A proposta se torna ainda mais desafiadora por abordar esta temática junto aos adolescentes, mesmo sendo através de um festival de apresentações artísticas. Porém, inserir este assunto em ambientes escolares é um exercício interessante, que possibilita a realização de um trabalho de forma mais didática. A ideia é proporcionar aos alunos a conscientização para esta realidade e prepará-los para o futuro”.
Neste ano, o festival, que contou com o apoio da Diretoria Regional de Ensino de Barretos e a Secretaria Municipal de Educação de Monte Azul Paulista, passou por algumas alterações, com a finalidade de levar a informação de maneira mais clara e objetiva. “As orientações e os conteúdos foram passados para um professor responsável de cada escola e não diretamente para os alunos dos grêmios estudantis, como acontecia anteriormente, e sua finalização passou a ser com as apresentações artísticas produzidas pelos alunos, não mais as provas de gincana. Constatamos que estas mudanças contribuíram muito para a melhor compreensão da proposta do projeto”, explicou o coordenador.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o termo Cuidados Paliativos é definido como a abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento, que requer a avaliação e identificação precoce para o tratamento impecável da dor e de outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual.
Premiação
Entre música, dança, teatro e produções audiovisuais, 17 escolas finalistas se apresentaram no palco do anfiteatro Anna Hora Prata, na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos – Dr. Paulo Prata (FACISB). Após uma disputa acirrada, onde a banca julgadora precisou decidir pelo desempate, a Escola Estadual Profª Maria Helena Scannavino foi anunciada como a grande vencedora deste ano, levando, além do troféu, o prêmio que dá direito a um dia no Clube Rio das Pedras para 45 alunos. As escolas estaduais Prof. Paulina Nunes de Moraes e Mario Vieira Marcondes, que ficaram em segundo e terceiro lugar respectivamente, também receberam um troféu pela participação.
Confira também o vídeo com os melhores momentos do evento:
“Ajudar o próximo é ajudar a si mesmo, é agradar a Deus, é só fazer o bem, sem olhar pra quem”. Este trecho da música tema do programa “Acima de Tudo o Amor” reflete muito bem a solidariedade de milhares de pessoas que se dedicam à causa do Hospital de Amor, realizando eventos beneficentes em prol da instituição, voluntariamente, em centenas de cidades por todo o país. E foi nesse clima de amor ao próximo que, no último dia 18 de maio, representantes dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, se reuniram no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos (SP) para uma nova edição do “Encontro Regional de Coordenadores” do Sudeste. A ação, que está em seu 3º ano, reuniu cerca de 400 pessoas, entre coordenadores voluntários de eventos, padrinhos e madrinhas de: cofrinhos, de arrecadação de alimentos e da “Caminhada Passos que Salvam” (que é a maior mobilização do Hospital de Amor para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer em crianças e adolescentes). A atividade faz parte de uma série de encontros regionais, que ocorre antes da grande reunião nacional voltada a esse público, em outubro.
De acordo com o analista de captação de recursos do Hospital de Amor, Jody Lawrence Wood, o evento é uma maneira de agradecer o importante trabalho realizado por esses indivíduos. “Dia a dia, mês a mês, ano a ano, esses voluntários se dedicam arduamente em favor do hospital. Eles entendem que têm a grandiosa missão de salvar vidas. Por isso, nós temos que retribuir de alguma maneira o que eles fazem por nossos pacientes. E essa é a ideia desse encontro: permitir que eles sejam reconhecidos, confraternizem-se e troquem experiências e informações sobre como aprimorar cada vez mais essas ações de solidariedade”. O analista também esclarece que a reunião também tem a intenção de atualizar esses voluntários sobre as conquistas do hospital, orientá-los sobre os protocolos da instituição e permitir que eles dividam suas dificuldades com a equipe da entidade. “Nós sabemos que eles também vêm aqui para ouvir os representantes do Hospital. Aqui é a o momento que eles têm para ‘recarregar suas baterias’ para começar um novo ciclo, para descobrir o que há de novo e dividir com suas comunidades essas novidades”, afirma.
Vinda de Santa Maria Madalena, no Rio de Janeiro, a cerca de 950 quilômetros de Barretos, a madrinha da “Caminhada Passos que Salvam” no município, Maria Luiza Feijó Pinheiro, acredita que a viagem de mais de 12 horas para participar do encontro e o engajamento nas causas do hospital valem muito a pena. “Nós começamos a caminhada lá em ‘Madalena’ há 3 anos. Nossa cidade tem 10 mil habitantes, mas nós não medimos esforços para apoiar o Hospital de Amor. É maravilhoso você ver pessoas que estão ao seu redor vindo se tratar nesta instituição, se recuperando e voltando bem nossa cidade, sem ter que pagar nada por isso. É muito gratificante. Por isso, que a nossa comunidade não se cansa de abraçar esse projeto”, relata.
Para o coordenador voluntário de eventos, da cidade de Orindiúva (SP), Sérgio Aparecido Sales, o trabalho solidário pelo hospital e o encontro também têm um enorme significado. “Eu, como coordenador, acho muito importante apoiar o que é feito aqui no Hospital. Eu comecei a ser coordenador há 10 anos, logo depois que meu pai faleceu. Ele era paciente e sempre recebeu o melhor atendimento. Quando ele se foi, eu prometi que faria algo para agradecer o que foi feito por ele durante o tratamento. Por isso, é um compromisso meu continuar apoiando essa causa”, disse.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, que também participou do evento e dialogou com os participantes, novamente reconheceu os esforços dessas pessoas. “Eu não tenho dúvida de que cada um desses anjos sabe o seu papel no trabalho do Hospital de Amor. Nós não conseguiríamos lutar todas essas batalhas se não tivéssemos eles na retaguarda, levantando esses recursos para que a nossa instituição continue fazendo esse trabalho em favor do próximo, em favor daqueles que mais precisam. Eles merecem esse evento e a nossa gratidão”, concluiu.
Eventos que salvam vidas
Os eventos beneficentes são essenciais para a manutenção dos projetos do Hospital de Amor. Anualmente, os recursos obtidos através de centenas de ações em prol da causa contribuem significativamente com a redução do déficit da instituição, que ultrapassa a casa dos R$ 21 milhões mensais. Só em 2018, ocorreram 480 eventos (tais como leilões, quermesses, jantares e outras festas), que, juntos, arrecadaram mais de R$ 55 milhões. O HA conta atualmente com cerca de 800 coordenadores voluntários de eventos espalhados pelo Brasil.
No Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) lançou oficialmente uma unidade móvel equipada com aparelho radiológico de Rastreamento de Câncer de Pulmão, pioneira na América Latina. A novidade faz parte da expansão do programa de apoio antitabaco, realizado pela instituição em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Barretos. De acordo com o médico radiologista do Hospital de Amor, Rodrigo Sampaio Chiarantano, esse é um projeto revolucionário, visto que a tomografia computadorizada de baixa dose (rastreamento) para detecção de câncer de pulmão ainda é indisponível no SUS e na maior parte da rede privada de saúde do país. “Por meio da unidade móvel, esse exame poderá chegar, em um futuro próximo, a diferentes lugares do país”, afirma.
Para se ter uma ideia da importância dessa ação, segundo os critérios estabelecidos pelo programa, estima-se que, apenas em Barretos, 3.376 indivíduos sejam elegíveis para o rastreamento.
A doença
O câncer de pulmão é um dos tumores que mais mata no Brasil, muito por conta do diagnóstico tardio. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) de 2018, essa doença silenciosa é a segunda que mais incide entre os homens e o quarto tipo de câncer mais frequente em mulheres. No ano passado, o Hospital de Amor tratou cerca de 1.300 pacientes com essa neoplastia maligna de pulmão, sendo 400 novos casos.
“A importância dessa ação é que a maioria dos fumantes se concentra nos estratos mais carentes da população, de onde vem também a maior parte dos casos de câncer de pulmão. Essa doença é silenciosa e geralmente identificada no estágio avançado. Com a detecção precoce, a taxa de sobrevida é estimada em 56%”, diz Chiarantano.
O projeto
O programa inicialmente será realizado em Barretos com os fumantes atendidos pelas unidades básicas de saúde (UBSs) da cidade, que se enquadram nos critérios de maior risco para o câncer de pulmão. “A ideia a médio prazo é que o exame seja oferecido a toda a população da cidade. A longo prazo, o Hospital de Amor espera disponibilizar o programa aos municípios vizinhos e nas demais cidades com unidades de prevenção da instituição, como Campinas”, conta o médico.
Os critérios para o rastreamento são: que a pessoa seja fumante ou ex-fumante (neste segundo caso, que tenha parado há menos de 15 anos), possua entre 55 e 75 anos e histórico de consumo maior ou igual a 30 anos-maço (número de anos que fumou multiplicado por quantos maços fumava por dia, resultando no número de anos-maço).
Evento em Barretos
Para apresentar o projeto para a população, incluindo o programa antitabaco oferecido pelas unidades básicas de saúde de Barretos, o Hospital de Amor e a Secretaria Municipal de Saúde do município realizaram, nos dias 31 de maio e 1 de junho, uma ação que reuniu centenas de pessoas no centro da cidade. Ao todo, 85 tomografias foram realizadas e mais de 50 foram agendadas para os próximos dias.
“Carismático”, “alegre”, “simpático” e “talentoso” são alguns dos adjetivos usados para definir Walter Cezar Duarte, mais lembrado nos corredores do Hospital de Amor Jales como “Walter da Gaita”, da cidade de Murutinga do Sul (SP). Walter é conhecido por todos, pois toda vez que vem passar por uma consulta, ele faz questão de trazer um pouquinho de alegria e descontração para os outros pacientes, por meio da música, de um jeito bem peculiar: tocando gaita e sanfona ao mesmo tempo.
O musicista conta que sua paixão pela música começou muito cedo, desde quando tinha 9 anos de idade e aprendeu a tocar o instrumento de sopro. Apesar de estar ligado à música desde muito cedo, ele conta que, em alguns momentos da vida, desempenhou alguns papéis na sociedade, como quando trabalhou como jornalista (seu primeiro emprego com carteira assinada) e professor de adultos e crianças no Rio de Janeiro, em 1972. Hoje, aos 68 anos, a música é sua fiel escudeira e, com ela, está sempre muito bem-humorado. Por onde passa, conquista amigos e admiradores do seu trabalho. Quem o vê assim, sempre sorrindo, não imagina quantas histórias e quantos desafios ele já viveu em sua vida.
Paciente do Hospital de Amor desde 2012, Walter conta que chegou à instituição com uma lesão na boca que não se curava. Ele contou também que, antes de começar o tratamento no HA, tinha tentado usar muitas pomadas e realizado muitos tratamentos alternativos, mas que não tinha obtido resultados. Só depois de chegar ao hospital, foi identificado um câncer de boca e iniciado um tratamento correto.
Por recomendações médicas, ele parou de tocar por um tempo, pois a lesão o impedia de continuar. Segundo ele, tinha vezes que, ao ir para as consultas, levava seus instrumentos, mesmo sabendo que não poderia tocar. “Quando minha boca sarava um pouquinho, eu achava que já podia voltar a tocar, e na primeira tentativa, a lesão voltava a se abrir. Às vezes, eu tocava uma música na recepção e quando sangrava corria para pedir ajuda. Aí, elas (as enfermeiras) me falavam ‘mas seu Walter, o senhor sabe que não pode ficar tocando enquanto não sarar totalmente’, e eu respondia ‘mas eu não tava tocando’, como se elas não estivessem acabado de me ouvir (risos)”, conta, bem-humorado.
Walter conta que, após curar-se totalmente da ferida na boca, ele passou a fazer apenas acompanhamento no hospital, lugar onde ele diz ser sua segunda casa. “É tanto afeto que sinto por esse lugar, que nem sei expressar. Eu amo todos os funcionários e eu sei que eles também me amam. Quando chego na portaria, sou recebido com um sorriso no rosto e, por onde eu passo, recebo carinho, abraços”, conta, emocionado.
Depois de alguns anos fazendo acompanhamento, Walter, em uma consulta de rotina, relatou dor na região abdominal e foi encaminhado para realizar exames dentro da unidade. Ele conta que, naquele mês, ficou muito preocupado, com medo do resultado da biópsia. Quando chegou para consulta, percebeu a expressão não tão contente do médico e viu que as notícias não pareciam ser boas. “Ele me disse que um dos três nódulos que foram encontrados na região do abdômen poderia ser maligno, mas que seriam feitos novos exames para que pudesse ser realmente confirmado o diagnóstico”, relembra.
Então, ele repetiu os exames e voltou para saber o resultado final dos novos procedimentos. “A expressão dele já era diferente… alegre, pediu para eu me sentar, ficar tranquilo, pois estava tudo bem comigo. Não tinha nada, não era câncer, e eu ia ficar bem, assim como estou hoje”, relatou Walter com olhos marejados. “Na hora, foi como se tivesse tirado um peso das minhas costas. Inclusive, o doutor, conversando comigo, perguntou se era eu quem estava tocando gaita lá fora, antes da consulta, e eu disse que sim. Aí, ele me perguntou se eu sabia tocar alguma música dos Beatles, então, eu saquei o instrumento do bolso e falei: ‘é pra já’”, relata.
Carinho da equipe
Segundo a assistente de ouvidoria do hospital, Franciele Donini, seu Walter é uma pessoa muito especial. “Já ouviu o ditado, de ‘quem dá amor, recebe amor’? é o caso do seu Walter. Se ele recebe tanto carinho assim é porque também oferece muito carinho às pessoas. É um exemplo de carisma, de ser humano. Por vezes, ele procurou a Ouvidoria, para pegar os nomes dos funcionários que, às vezes, ele nem conhecia, só para enviar cartinhas de agradecimento pelo trabalho que realizam no hospital. Segundo ele mesmo já me relatou, ele não quer esquecer-se de ninguém que contribuiu com seu tratamento, seja de forma direta ou indireta”, conta.
Atualmente, Walter continua em acompanhamento e se diz muito contente e agradecido por todo amor recebido nesses anos de convívio na unidade. “Eu sou muito agradecido por tudo que recebi neste lugar e a forma que encontrei de retribuir o carinho é continuar tocando e levando a alegria para muitas pessoas por onde eu for”, finalizou.
O Hospital de Amor, referência no atendimento de pacientes oncológicos e também no desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao câncer, acredita que a colaboração possui um papel muito importante em suas conquistas. Por conta disso, criou, em 2016, o Institutional Affairs Department (IAD) – cujo nome, em português, pode ser traduzido como Departamento de Assuntos Institucionais – que compõe a frente de extensão do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da instituição, e tem como principal objetivo dar suporte aos pesquisadores, estudantes e profissionais visitantes provenientes de parcerias institucionais, sobretudo, as internacionais, promovendo uma assistência padronizada que resulte em uma maior qualidade nos processos e, consequentemente, na otimização de seus resultados.
O departamento também centraliza o apoio oferecido aos colaboradores do Hospital de Amor que buscam intercâmbio profissional e de formação, assim como, o acolhimento de profissionais que venham até a instituição com este fim, além de auxiliar na organização de eventos internacionais e na elaboração e encaminhamento de projetos que visem parcerias com instituições estrangeiras.
Parceiros internacionais
Atualmente, o Hospital de Amor possui parcerias internacionais importantes, como a que existe com o MD Anderson Cancer Center, maior centro de tratamento e pesquisa em câncer do mundo, e instituições de ensino que são consideradas referência mundialmente, como as norte-americanas Rice University, em Houston, no Texas, e University of Miami, na Flórida, por meio do Sylvester Comprehensive Cancer Center, que trazem resultados tanto na parte assistencial quanto no desenvolvimento científico.
Só em 2018, o IAD foi responsável pelo acompanhamento de mais de 30 grupos de visitas, com rotação de mais de 100 visitantes, além de cerca de 20 intercâmbios institucionais, contabilizando entradas e saídas.
Ter os avós em nossas vidas é uma dádiva! Eles são conselheiros, companheiros, amigos, educadores, acolhedores. Possuem todo amor e carinho do mundo armazenados dentro deles e, através desses sentimentos, criam vínculos especiais com seus netos. Eles podem ser velhinhos, mais jovens, cumprir seus papeis de avós ou, muitas vezes, até mesmo de pais. Independentemente da situação e da função que assumem, eles são fundamentais na vida das crianças.
Pensando nisso e após uma pesquisa que teve como tema “O impacto do câncer na família de crianças e adolescentes: a percepção, visão e apoio dos avós”, realizada pelo diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, profissionais da unidade do HA desenvolveram um projeto especial de acolhimento, cuidado e apoio para os avós que acompanham seus netos durante o tratamento de câncer na instituição: o “Encontro de Avós”. “Dentre os familiares, os avós possuem um papel muito importante no suporte aos netos em tratamento, como também aos filhos, genros e noras que passam a lidar com a doença. Alguns avós desempenham uma função parental com seus netos e tornam-se a figura central das relações familiares. Estudos comprovam que os avós sofrem duplamente quando um neto está enfrentando o câncer: pelo próprio neto e pelo filho, por isso, sentimos a necessidade de cuidar deles também”, afirmou a coordenadora do projeto e psicóloga do Hospital de Amor Infantojuvenil, Patrícia Barberá Gallego.
Além dela, o médico responsável pela pesquisa e a psicóloga residente, Fernanda Prado Brocchi, coordenam a iniciativa, que visa proporcionar um espaço de acolhimento, escuta e reflexão para as vivências que afetam os avós ao acompanhar seus netos durante o tratamento de câncer. Através do compartilhamento de experiências, os profissionais buscam fornecer suporte emocional e possibilitar a construção de sentidos para as experiências dos participantes.
De acordo com a psicóloga, os encontros contam com recursos artísticos (poemas, imagens, músicas, etc.) para sensibilizar os participantes e servir como abertura para as discussões e troca de experiências entre os membros. A partir disso, os coordenadores passam a mediar e conduzir as conversas, impulsionando a expressão de sentimentos e vivências, direcionadas pelos próprios avós e baseadas em suas emoções do momento. “Ao proporcionar um espaço de escuta e acolhimento aos avós, pretendemos fortalecer a relação deles com o Hospital e, principalmente, com seus netos e com o modo de enfretamento da doença. Auxiliando essas pessoas, que são verdadeiros cuidadores, estaremos auxiliando também, indiretamente, a maneira com que os pequenos pacientes da instituição enfrentarão a difícil luta contra o câncer”, esclareceu Patrícia.
O papel de avó e mãe
Quem olha a Valdelucia Sousa Pereira, de 39 anos, e João Lucas Siqueira Lima, de apenas 1 ano e 8 meses, não imagina a história de amor incondicional e superação que os dois trazem. Apesar da pouca idade a aparência bem jovem, a avó cumpriu sua função com maestria: decidiu largar tudo e todos em São Félix do Xingu, no Pará, para acompanhar o neto em tratamento no Hospital de Amor Infantojuvenil.
Eles viajaram quatro dias até Barretos (SP) e estão residindo, há uma semana, no Lar de Amor (casa de apoio da instituição). “A mãe do João, minha filha, sofre de depressão e ficou no Pará cuidando da irmãzinha dele. Como somos muito apegados, pois nós já morávamos juntos, eu preferi vir com ele”, contou.
Além da doença, a saudade de casa e de toda a família ainda é um obstáculo muito grande que os dois têm de enfrentar, mas juntos, graças à segurança, os ensinamentos e o afeto que somente os avós podem oferecer, eles vão tirar de letra.
Como participar do Encontro de Avós
O Encontro de Avós é voltado para os familiares de pacientes da unidade infantojivenil do Hospital de Amor, em Barretos (SP), e acontece todas as primeiras terças-feiras de cada mês (de agosto a dezembro de 2019), às 11h, no auditório do hospital. Os interessados em participar das reuniões devem comparecer, no dia e horário indicados, sem agendamento prévio.
A origem da data
O Dia dos Avós, celebrado no dia 26 de julho, surgiu em homenagem à Santa Ana e São Joaquim – os pais da Virgem Maria e avós de Jesus Cristo – considerados os padroeiros de todos os avós pela Igreja Católica. No dia 26 de julho de 1584, os avós de Jesus foram canonizados pelo Papa Gregório VII.
Neste dia 18 de julho, o Hospital de Amor tem motivos de sobra para celebrar! Há dois anos, a instituição expandiu seus serviços em prevenção e conscientização a respeito do diagnóstico precoce e inaugurou mais uma unidade: o Hospital de Amor Campinas.
A unidade fixa, localizada na cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo, e suas duas carretas móveis, são responsáveis por realizar exames preventivos gratuitos nas mulheres. Ao todo, já foram mais de 30 mil exames de mamografias, 18.041 Papanicolaous, 6.645 ultrassonografias de mama e 1.351 colposcopias.
Além disso, já foram diagnosticados 225 casos de câncer de mama, na maioria, em fases iniciais – nos estágios 0 e 1. “Fazemos constantemente companhas, convidando as mulheres da cidade a realizar os exames preventivos. Com o diagnóstico precoce, a chance de cura pode chegar a 95% no caso de câncer de mama”, afirmou a enfermeira responsável pela unidade, Thayla Cobacho.
De acordo com a enfermeira, o câncer de mama e os tumores ginecológicos são as doenças que mais acometem as mulheres no Brasil. “Para se ter uma ideia, o câncer de mama é o 2º mais incidente e, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 40% das neoplasias malignas são ginecológicas”, comentou.
Estrutura
Com capacidade para atender 300 mulheres por dia, o Hospital de Amor Campinas conta com:
– Uma recepção e um auditório;
– Sala com mamógrafo de última geração;
– Sala de biópsia com mesa de estereotaxia, que permite a realização de exame com mais qualidade e conforto para a paciente;
– Salas com aparelhos de ultrassom para exames e biópsias de mama;
– Salas de coleta de Papanicolaou;
– Consultórios médicos;
– Centro cirúrgico com duas salas.
Conquista
A concretização desse projeto só foi possível graças às verbas do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região e o apoio da Prefeitura de Campinas, com a cessão de uso do terreno. Parte dos recursos obtidos em uma ação civil pública foram destinados para cinco projetos relacionados à pesquisa e atendimento de saúde. O maior deles, orçado em R$ 69,9 milhões, foi para o Hospital de Amor. Desse montante, R$ 34 milhões foram dispostos para a construção do Instituto de Prevenção em Campinas e das unidades móveis.
Agendamentos
As unidades do Hospital de Amor Campinas (fixa e móveis) estão abertas diariamente para a realização de exames preventivos de mama e colo do útero. As mulheres interessadas devem fazer um agendamento no Centro de Saúde, apresentando os seguintes documentos: RG, CPF, cartão do SUS e comprovante de endereço, tanto no agendamento, quanto no dia do exame.
Locais para exames
Confira onde estão situadas as unidades móveis e a fixa, e escolha a melhor opção para realizar os exames preventivos:
– Unidade Fixa: Avenida das Amoreiras, 860 – Parque Itália.
– Unidade Móvel I: UBS do Tancredo Neves (Tancredão).
– Unidade Móvel II: Lagoa do Taquaral, próximo ao portão 5.
Mais informações através do telefone: (19) 3790-3830.
Há cinco anos, a Federação Internacional das Sociedades Oncológicas de Cabeça e Pescoço (IFHNOS) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) instituíram o dia 27 de julho como o ‘Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço’. A partir de então, o mês ficou conhecido como ‘Julho Verde’ – período em que é realizada a campanha nacional de prevenção deste tipo de câncer, visando conscientizar a população sobre a doença, seus principais fatores de risco e formas de preveni-la.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), por meio de seus associados e parceiros, como a Associação do Câncer de Boca e Garganta (ACBG), trazem em 2019 a campanha: “O câncer tá na cara, mas as vezes você não vê”, que visa alertar a população dos primeiros sinais e sintomas, que possibilitariam um diagnóstico precoce e, em consequência, tratamentos menos agressivos e a maior possibilidade de cura. Neste contexto, o Hospital de Amor (HA) apresenta um papel crucial como instituição de ensino e pesquisa, na divulgação da campanha e nas ações que envolvem a mesma.
De acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres que afetam a região da cabeça e pescoço que, somados, ocupam a segunda maior incidência entre os homens brasileiros. Segundo o cirurgião e vice-coordenador do departamento de cabeça e pescoço do HA, Dr. Ricardo Ribeiro Gama, apesar desse tipo de tumor não ser o mais frequente na população e nem o que apresenta maior índices de morte, ele ainda acomete mais de 500 mil novas pessoas em todo o mundo. Para o médico, o problema é que muitos desses casos são diagnosticados tardiamente, o que prejudica o tratamento e as chances de cura. “A necessidade da campanha nasceu da falta de esclarecimento da população e profissionais da área de saúde sobre a doença. Apesar de ser de fácil acesso o exame clínico, o câncer de boca – o mais comum em nosso meio (em cerca de 70% a 80% das vezes), é diagnosticado em fase avançada, o que acarreta alta mortalidade e graves sequelas relacionadas ao tratamento realizado”, afirma Gama.
Em função do diagnostico tardio, os tumores de cabeça e pescoço, por serem diagnosticados em fase avançada, apresentam altas taxas de mortalidade. Quando um tumor é diagnosticado precocemente, a chance de o paciente sobreviver à doença em cinco anos é de, aproximadamente, 90%. Mas, quando diagnosticado tardiamente, a taxa de sobrevivência cai para algo em torno de 30%, independentemente dos tratamentos realizados com intenção curativa.
Tipos mais comuns
O câncer de cabeça e pescoço compreende um conjunto de neoplasias malignas localizadas em diferentes regiões da via aérea e digestiva superiores, como: boca, faringe, laringe, glândulas salivares, seios da face e cavidade nasal. Dr. Ricardo Gama afirma que os homens são os mais afetados pelos tumores. “Isso acontece pelos hábitos do homem de beber e fumar mais, ter uma qualidade de vida pior e não se preocupar muito em ir ao médico. No entanto, o número de casos em mulheres tem aumentado, devido à maior liberdade do sexo feminino nos tempos atuais”.
Sinais e sintomas
É importante que as pessoas fiquem atentas sobre os sinais e sintomas da doença. Os mais comuns são caroços ou nódulos no pescoço, feridas na boca com mais de 15 dias que não cicatrizam e rouquidão. Muitas vezes, são os profissionais de odontologia que percebem a ocorrência dessas lesões, mas, também é fundamental procurar um médico de sua confiança se perceber qualquer um desses sintomas.
Prevenção
O desenvolvimento desses tumores também está relacionado a hábitos não saudáveis de vida, tais como: consumo exagerado de álcool e tabaco, além de relações sexuais de risco, ou seja, sem uso de preservativos.
Para o médico, a principal forma de se prevenir esse tipo de câncer é não fumar, independente se cigarro de filtro, de palha ou corda, cachimbo, charuto ou narguile, pois todos podem causar câncer na área da cabeça e pescoço. “Outra forma de prevenção é se cuidar com o uso de bebida alcoólica, procurando não ingerir ou, se ingerir, em quantidades pequenas e, de preferência, não diariamente. De forma geral, a pessoa que ingere mais de duas latas ou garrafas pequenas de cerveja por dia; mais de dois cálices de vinho por dia; ou mais de duas doses de destilado vodka, cachaça, conhaque, whisky), já pode ser considerado um consumidor acentuado de álcool”, relatou.
A incorporação de bons hábitos, como a escovação da boca e dental três vezes ao dia, ir ao dentista duas vezes ao ano e alimentação rica em legumes, verduras e frutas, é essencial para a saúde da boca. A vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) também previne contra o câncer de garganta na vida, sendo assim, a vacinação deve ocorrer em meninas e meninos, pré-adolescentes, preferencialmente antes da primeira relação sexual.
Formas de tratamento
Quando diagnosticado na fase inicial, o tratamento consiste em cirurgias menos agressivas ou em radioterapia, causando menos problemas de função, como mastigar, sentir o gosto ou cheiro do alimento, engolir, respirar, falar, menor ou nenhuma deformidade no pescoço e face, e menor chance de complicações para a função do pescoço, ombros e braços. Quando diagnosticado em fase avançada, o tratamento consiste em radioterapia e quimioterapia, que podem ser associados a cirurgias agressivas. Estes tratamentos combinados levam a graves sequelas, muitas delas definitivas, causando grande prejuízo estético e funcional na área da cabeça e pescoço.
“É importante lembrar que apesar dos tratamentos agressivos para estes tumores avançados, as chances de curas são pequenas: cerca de 30% em 5 anos após o diagnóstico de um câncer avançado, por mais que o melhor tratamento seja realizado. Por isso, o diagnóstico precoce é muito importante, assim como a conscientização da população sobre a doença, seus sinais e sintomas e de como preveni-la, através de campanhas como o “Julho Verde”, finalizou Gama.
A campanha no Hospital de Amor
Sabendo da importância do diagnóstico precoce, formas de prevenção e manejo do tratamento e de suas complicações a curto, médio e longo prazo, visando melhorias na qualidade de vida do paciente e melhor prognóstico, o departamento de cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital de Amor auxilia na divulgação do ‘Julho Verde’.
No dia 31 de julho, profissionais dos setores de cabeça e pescoço, fonoaudiologia, enfermagem, epidemiologia e prevenção da instituição se reunirão para um evento especial, que tem como objetivo divulgar a especialidade e a equipe multidisciplinar que a envolve, além de esclarecer o que trata a Oncologia de Cabeça e Pescoço.
De acordo com o Dr. Ricardo Gama, serão realizadas palestras que abordarão temáticas destinadas para profissionais da área da saúde. “O evento mostrará a importância da equipe multidisciplinar no manejo clínico destes pacientes e enfatizará a epidemiologia, os fatores de risco, diagnóstico, tratamento e o prognóstico de pacientes com os dois tipos mais comuns de tumor da via aerodigestiva superior: o câncer de boca e o de laringe. Nossa intenção é mostrar o que o departamento tem avançado no tratamento e na reabilitação destes pacientes”, declarou.
Além do evento, haverá mobilização no calçadão de Barretos (SP), aos sábados, onde profissionais do hospital estarão falando com a população sobre a doença e oferecendo exames gratuitos de boca. A Unidade Móvel de Prevenção Odontológica do Hospital de Amor, ficará estacionada no calçadão, em datas que serão previamente divulgadas, oferecendo os exames que serão realizados por dentistas.
Entre os dias 20 e 31 de maio, o Hospital de Amor, através do seu Centro de Treinamento em Prevenção e do Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia, realizou mais um treinamento para os colaboradores do SESC. A 6ª turma, que contou com 29 novos profissionais, entre eles: coordenadores, enfermeiros, técnicos de radiologia e educadores em saúde, veio de várias partes do Brasil para participar da capacitação.
De acordo com a analista de saúde do departamento nacional do SESC, Roberta Vilhena, trata-se de uma formação destinada aos novos colaboradores do projeto “Sesc Saúde Mulher” – composto por unidades móveis que realizam exames para prevenção de câncer de mama e colo de útero, além do desenvolvimento de ações educativas para promoção em saúde. “Esse treinamento é extremamente importante para que os funcionários iniciem suas atividades em nossa instituição alinhados com nossa proposta metodológica e alcançando o nível de qualidade que esperamos. Sendo assim, devido à excelência e qualidade reconhecidos internacionalmente, não poderíamos deixar de ter o Hospital de Amor como parceiro nesse trabalho”, afirmou.
Ao todo, o HA já capacitou 196 alunos do SESC, entre os cursos de ‘Reciclagem em Mamografia’ (onde os técnicos em mamografia são orientados para fazer o posicionamento correto da mama no exame), ‘Gerência em Prevenção do Câncer de Mama com Ênfase em Qualidade’ (destinado para colaboradores que são responsáveis pelas unidades móveis), ‘Educação em Saúde’, ‘Coleta de Papanicolaou’ (destinado a enfermeiras) e ‘Suporte Básico à Vida’. Todas as capacitações são realizadas por profissionais do Hospital de Amor, que oferecem também suporte em tempo integral aos participantes.
Segundo o coordenador do Centro de Treinamento do Hospital de Amor, Thiago Buosi Silva, além dos treinamentos dos profissionais, o hospital emite os laudos de mamografia de todas as unidades móveis do SESC (sendo 25 no total) e faz o controle de qualidade técnico, clínico e médico dessas imagens. “Graças a essa parceria, todas as pessoas que começam a atuar na equipe do SESC, vêm ao Hospital de Amor receber a capacitação. Com a expansão do projeto, outras unidades sendo inauguradas e também novas admissões, finalizamos a 6ª turma e já estamos planejando a 7ª”, declarou o coordenador.
Até o momento, o Centro de Treinamento já realizou 190 cursos e capacitou 1.126 alunos de instituições de todos os estados do país.
Sobre o Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia
Criado em 2012, na cidade de Barretos, interior do estado de São Paulo, o Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia presta serviços nas áreas de capacitação, reciclagem, treinamento e pós-graduação em mamografia, em parceria com o Instituto de Prevenção do Hospital de Amor e com a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB).
Para atender a uma demanda do meio profissional e acadêmico, e com o objetivo de fornecer instrumentos de avaliação práticos, válidos e confiáveis, o núcleo elabora e administra cursos 80% práticos, baseados em modelos europeus de qualidade.
Os cursos oferecidos são reconhecidos na área educacional pelo Ministério da Educação (MEC) e apoiados por centros de treinamento internacionais, como o LRCB – National Expert and Training Centre for Breast Cancer Screening, e também por profissionais de saúde que coordenam serviços de mamografia em diversos locais do Brasil, devido aos resultados precisos e consistentes fornecidos.
Além disso, o reconhecimento dos cursos do Núcleo de Aperfeiçoamento em Mamografia possibilitou a criação de uma certificação de abrangência nacional adequada às necessidades do país como uma alternativa aos certificados internacionais disponíveis.
Saiba mais sobre o núcleo acessando: www.nucleodemamografia.com.br.
No último dia 29 de maio foi realizado, na Casa Fasano, em São Paulo (SP), o espetacular “Gala e Amor”. Um jantar beneficente organizado para refletir, celebrar e apoiar o trabalho do Hospital de Amor. Promovido pelo casal de empresários Tom e Ana Paneguini e dirigido por Stella Matos, da empresa ‘1 Coisa & Outra Produções’, o evento contou com mais de 500 convidados de gala, além da presença de artistas ilustres que apoiam a causa, como Xuxa Meneghel, Ivete Sangalo, Ana Paula Padrão, Érick Jacquin, Paola Carosella, Sidney Oliveira, Raul Gil, Sílvia Poppovic, Denilson, Renata Fan, Dom Odilo Scherer, entre outras personalidades, arrecadando mais de R$ 2 milhões para o Hospital.
Durante o coquetel, 5 personagens simbolizando os ‘sentimentos’ e inspirados na delicadeza e profundidade do atendimento realizado no HA, circulavam entre os convidados, dando as boas-vindas ao evento. “Coração de Ouro”, “Senhorita Esperança”, Alegria do Dia”, “Felicidade Sonhadora”, “Carinho Doce” e “Nuvem Passageira” usavam figurinos e maquiagens produzidos especialmente para o evento, para despertar a emoção das pessoas.
O ambiente também foi cuidadosamente decorado, tendo como inspiração o vídeo “O amor é maior que o medo”, que conta a história da Nina, uma pequena valente que enfrentou corajosamente o câncer com o apoio de sua família, amigos e toda a equipe do HA.
Para abrilhantar ainda mais a festa, a atriz Marisa Orth e o ator Daniel Boaventura subiram ao palco para comandar a noite. Após citarem a emoção do evento e a seriedade e profundidade da causa, chamaram alguns convidados mais do que especiais. Entre eles, Marcelo Marcon, que enfrentou uma batalha contra um câncer de pulmão, foi curado e hoje atua na instituição como o “Palhaço Mingal”, levando alegria para os pacientes da unidade infantojuvenil. Após contar sua história de superação, foi sucedido no palco pela jornalista e apresentadora, Ana Paula Padrão, que explicou a importância das doações para que o hospital possa, não apenas cumprir suas funções, mas também superar as metas de atendimento e serviço. Ela também destacou os benefícios fiscais que as contribuições de pessoas físicas e jurídicas podem trazer.
E as surpresas não pararam por aí! Todos os garçons e garçonetes estavam vestidos como médicos, de jalecos com o nome Hospital de Amor, estetoscópio e com seus verdadeiros nomes trocados por novas identidades: “Dra. Compreensão”, “Dr. Bem-Querer”, “Dra. Solidariedade”, “Dr. Sorriso”, “Dra. Esperança” e muitos outros. Em um certo momento, lindas modelos invadiram o salão e iniciaram um desfile de vestidos assinados por outra grande apoiadora do HA, a estilista Martha Madeiros.
Além dos organizadores, outros grandes parceiros contribuíram e fizeram da noite do Gala de Amor um encontro simplesmente único São eles: Ultrafarma, Hiper Saúde, Ideamaker, Safe Ink, Diageo, Moet&Chandon, Rede Bandeirantes, Rede TV, Adega Alentejana, Wine Collection, EMS, Marfrig, Embramaco, Martha Medeiros, Louis Vuitton, Shopping Cidade Jardim, Dolce & Gabbana, Maison Alexandrine, Ana Abelha Doces, D. Filipa, Grupo Formigres, Banco Maxima, Barbero Advogados e Horaios.
De acordo com o diretor de responsabilidade social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata, que também esteve presente no jantar, a realização do evento tem uma grande importância para a entidade. “Sempre quisemos realizar um jantar de gala para falar sobre o trabalho do hospital a um público de São Paulo e de outras capitais que não conhecem Barretos. O evento de maio foi muito mais do que algum dia sonhamos, foi perfeito e inesquecível para todos que lá estiveram. Com certeza, os voluntários que trabalharam na organização ajudaram a mudar, para sempre, a percepção que o público da capital tem de nossa obra e também nossa esperança em realizar novos eventos como este para grandes captações. No que diz respeito ao meu trabalho, ouvir a Ana Paula Padrão falando com tanta autoridade a todos os convidados sobre a importância de doarem imposto de renda, dá novo ânimo para seguirmos com esta pauta, que é nossa e do terceiro setor como um todo”, concluiu.
Mais de 450 alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio das redes escolares pública e privada de Barretos e região participaram, no dia 12 de maio, da 6ª edição do Festival Cuidar, desenvolvido pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, em parceria com o Hospital São Judas Tadeu, com o objetivo de desmistificar os tabus sobre Cuidados Paliativos existentes na sociedade.
Segundo o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira, o projeto é um desafio, pois trabalha um assunto considerado delicado para a comunidade em geral. “A proposta se torna ainda mais desafiadora por abordar esta temática junto aos adolescentes, mesmo sendo através de um festival de apresentações artísticas. Porém, inserir este assunto em ambientes escolares é um exercício interessante, que possibilita a realização de um trabalho de forma mais didática. A ideia é proporcionar aos alunos a conscientização para esta realidade e prepará-los para o futuro”.
Neste ano, o festival, que contou com o apoio da Diretoria Regional de Ensino de Barretos e a Secretaria Municipal de Educação de Monte Azul Paulista, passou por algumas alterações, com a finalidade de levar a informação de maneira mais clara e objetiva. “As orientações e os conteúdos foram passados para um professor responsável de cada escola e não diretamente para os alunos dos grêmios estudantis, como acontecia anteriormente, e sua finalização passou a ser com as apresentações artísticas produzidas pelos alunos, não mais as provas de gincana. Constatamos que estas mudanças contribuíram muito para a melhor compreensão da proposta do projeto”, explicou o coordenador.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o termo Cuidados Paliativos é definido como a abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento, que requer a avaliação e identificação precoce para o tratamento impecável da dor e de outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual.
Premiação
Entre música, dança, teatro e produções audiovisuais, 17 escolas finalistas se apresentaram no palco do anfiteatro Anna Hora Prata, na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos – Dr. Paulo Prata (FACISB). Após uma disputa acirrada, onde a banca julgadora precisou decidir pelo desempate, a Escola Estadual Profª Maria Helena Scannavino foi anunciada como a grande vencedora deste ano, levando, além do troféu, o prêmio que dá direito a um dia no Clube Rio das Pedras para 45 alunos. As escolas estaduais Prof. Paulina Nunes de Moraes e Mario Vieira Marcondes, que ficaram em segundo e terceiro lugar respectivamente, também receberam um troféu pela participação.
Confira também o vídeo com os melhores momentos do evento:
“Ajudar o próximo é ajudar a si mesmo, é agradar a Deus, é só fazer o bem, sem olhar pra quem”. Este trecho da música tema do programa “Acima de Tudo o Amor” reflete muito bem a solidariedade de milhares de pessoas que se dedicam à causa do Hospital de Amor, realizando eventos beneficentes em prol da instituição, voluntariamente, em centenas de cidades por todo o país. E foi nesse clima de amor ao próximo que, no último dia 18 de maio, representantes dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, se reuniram no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos (SP) para uma nova edição do “Encontro Regional de Coordenadores” do Sudeste. A ação, que está em seu 3º ano, reuniu cerca de 400 pessoas, entre coordenadores voluntários de eventos, padrinhos e madrinhas de: cofrinhos, de arrecadação de alimentos e da “Caminhada Passos que Salvam” (que é a maior mobilização do Hospital de Amor para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer em crianças e adolescentes). A atividade faz parte de uma série de encontros regionais, que ocorre antes da grande reunião nacional voltada a esse público, em outubro.
De acordo com o analista de captação de recursos do Hospital de Amor, Jody Lawrence Wood, o evento é uma maneira de agradecer o importante trabalho realizado por esses indivíduos. “Dia a dia, mês a mês, ano a ano, esses voluntários se dedicam arduamente em favor do hospital. Eles entendem que têm a grandiosa missão de salvar vidas. Por isso, nós temos que retribuir de alguma maneira o que eles fazem por nossos pacientes. E essa é a ideia desse encontro: permitir que eles sejam reconhecidos, confraternizem-se e troquem experiências e informações sobre como aprimorar cada vez mais essas ações de solidariedade”. O analista também esclarece que a reunião também tem a intenção de atualizar esses voluntários sobre as conquistas do hospital, orientá-los sobre os protocolos da instituição e permitir que eles dividam suas dificuldades com a equipe da entidade. “Nós sabemos que eles também vêm aqui para ouvir os representantes do Hospital. Aqui é a o momento que eles têm para ‘recarregar suas baterias’ para começar um novo ciclo, para descobrir o que há de novo e dividir com suas comunidades essas novidades”, afirma.
Vinda de Santa Maria Madalena, no Rio de Janeiro, a cerca de 950 quilômetros de Barretos, a madrinha da “Caminhada Passos que Salvam” no município, Maria Luiza Feijó Pinheiro, acredita que a viagem de mais de 12 horas para participar do encontro e o engajamento nas causas do hospital valem muito a pena. “Nós começamos a caminhada lá em ‘Madalena’ há 3 anos. Nossa cidade tem 10 mil habitantes, mas nós não medimos esforços para apoiar o Hospital de Amor. É maravilhoso você ver pessoas que estão ao seu redor vindo se tratar nesta instituição, se recuperando e voltando bem nossa cidade, sem ter que pagar nada por isso. É muito gratificante. Por isso, que a nossa comunidade não se cansa de abraçar esse projeto”, relata.
Para o coordenador voluntário de eventos, da cidade de Orindiúva (SP), Sérgio Aparecido Sales, o trabalho solidário pelo hospital e o encontro também têm um enorme significado. “Eu, como coordenador, acho muito importante apoiar o que é feito aqui no Hospital. Eu comecei a ser coordenador há 10 anos, logo depois que meu pai faleceu. Ele era paciente e sempre recebeu o melhor atendimento. Quando ele se foi, eu prometi que faria algo para agradecer o que foi feito por ele durante o tratamento. Por isso, é um compromisso meu continuar apoiando essa causa”, disse.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, que também participou do evento e dialogou com os participantes, novamente reconheceu os esforços dessas pessoas. “Eu não tenho dúvida de que cada um desses anjos sabe o seu papel no trabalho do Hospital de Amor. Nós não conseguiríamos lutar todas essas batalhas se não tivéssemos eles na retaguarda, levantando esses recursos para que a nossa instituição continue fazendo esse trabalho em favor do próximo, em favor daqueles que mais precisam. Eles merecem esse evento e a nossa gratidão”, concluiu.
Eventos que salvam vidas
Os eventos beneficentes são essenciais para a manutenção dos projetos do Hospital de Amor. Anualmente, os recursos obtidos através de centenas de ações em prol da causa contribuem significativamente com a redução do déficit da instituição, que ultrapassa a casa dos R$ 21 milhões mensais. Só em 2018, ocorreram 480 eventos (tais como leilões, quermesses, jantares e outras festas), que, juntos, arrecadaram mais de R$ 55 milhões. O HA conta atualmente com cerca de 800 coordenadores voluntários de eventos espalhados pelo Brasil.
No Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) lançou oficialmente uma unidade móvel equipada com aparelho radiológico de Rastreamento de Câncer de Pulmão, pioneira na América Latina. A novidade faz parte da expansão do programa de apoio antitabaco, realizado pela instituição em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Barretos. De acordo com o médico radiologista do Hospital de Amor, Rodrigo Sampaio Chiarantano, esse é um projeto revolucionário, visto que a tomografia computadorizada de baixa dose (rastreamento) para detecção de câncer de pulmão ainda é indisponível no SUS e na maior parte da rede privada de saúde do país. “Por meio da unidade móvel, esse exame poderá chegar, em um futuro próximo, a diferentes lugares do país”, afirma.
Para se ter uma ideia da importância dessa ação, segundo os critérios estabelecidos pelo programa, estima-se que, apenas em Barretos, 3.376 indivíduos sejam elegíveis para o rastreamento.
A doença
O câncer de pulmão é um dos tumores que mais mata no Brasil, muito por conta do diagnóstico tardio. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) de 2018, essa doença silenciosa é a segunda que mais incide entre os homens e o quarto tipo de câncer mais frequente em mulheres. No ano passado, o Hospital de Amor tratou cerca de 1.300 pacientes com essa neoplastia maligna de pulmão, sendo 400 novos casos.
“A importância dessa ação é que a maioria dos fumantes se concentra nos estratos mais carentes da população, de onde vem também a maior parte dos casos de câncer de pulmão. Essa doença é silenciosa e geralmente identificada no estágio avançado. Com a detecção precoce, a taxa de sobrevida é estimada em 56%”, diz Chiarantano.
O projeto
O programa inicialmente será realizado em Barretos com os fumantes atendidos pelas unidades básicas de saúde (UBSs) da cidade, que se enquadram nos critérios de maior risco para o câncer de pulmão. “A ideia a médio prazo é que o exame seja oferecido a toda a população da cidade. A longo prazo, o Hospital de Amor espera disponibilizar o programa aos municípios vizinhos e nas demais cidades com unidades de prevenção da instituição, como Campinas”, conta o médico.
Os critérios para o rastreamento são: que a pessoa seja fumante ou ex-fumante (neste segundo caso, que tenha parado há menos de 15 anos), possua entre 55 e 75 anos e histórico de consumo maior ou igual a 30 anos-maço (número de anos que fumou multiplicado por quantos maços fumava por dia, resultando no número de anos-maço).
Evento em Barretos
Para apresentar o projeto para a população, incluindo o programa antitabaco oferecido pelas unidades básicas de saúde de Barretos, o Hospital de Amor e a Secretaria Municipal de Saúde do município realizaram, nos dias 31 de maio e 1 de junho, uma ação que reuniu centenas de pessoas no centro da cidade. Ao todo, 85 tomografias foram realizadas e mais de 50 foram agendadas para os próximos dias.
“Carismático”, “alegre”, “simpático” e “talentoso” são alguns dos adjetivos usados para definir Walter Cezar Duarte, mais lembrado nos corredores do Hospital de Amor Jales como “Walter da Gaita”, da cidade de Murutinga do Sul (SP). Walter é conhecido por todos, pois toda vez que vem passar por uma consulta, ele faz questão de trazer um pouquinho de alegria e descontração para os outros pacientes, por meio da música, de um jeito bem peculiar: tocando gaita e sanfona ao mesmo tempo.
O musicista conta que sua paixão pela música começou muito cedo, desde quando tinha 9 anos de idade e aprendeu a tocar o instrumento de sopro. Apesar de estar ligado à música desde muito cedo, ele conta que, em alguns momentos da vida, desempenhou alguns papéis na sociedade, como quando trabalhou como jornalista (seu primeiro emprego com carteira assinada) e professor de adultos e crianças no Rio de Janeiro, em 1972. Hoje, aos 68 anos, a música é sua fiel escudeira e, com ela, está sempre muito bem-humorado. Por onde passa, conquista amigos e admiradores do seu trabalho. Quem o vê assim, sempre sorrindo, não imagina quantas histórias e quantos desafios ele já viveu em sua vida.
Paciente do Hospital de Amor desde 2012, Walter conta que chegou à instituição com uma lesão na boca que não se curava. Ele contou também que, antes de começar o tratamento no HA, tinha tentado usar muitas pomadas e realizado muitos tratamentos alternativos, mas que não tinha obtido resultados. Só depois de chegar ao hospital, foi identificado um câncer de boca e iniciado um tratamento correto.
Por recomendações médicas, ele parou de tocar por um tempo, pois a lesão o impedia de continuar. Segundo ele, tinha vezes que, ao ir para as consultas, levava seus instrumentos, mesmo sabendo que não poderia tocar. “Quando minha boca sarava um pouquinho, eu achava que já podia voltar a tocar, e na primeira tentativa, a lesão voltava a se abrir. Às vezes, eu tocava uma música na recepção e quando sangrava corria para pedir ajuda. Aí, elas (as enfermeiras) me falavam ‘mas seu Walter, o senhor sabe que não pode ficar tocando enquanto não sarar totalmente’, e eu respondia ‘mas eu não tava tocando’, como se elas não estivessem acabado de me ouvir (risos)”, conta, bem-humorado.
Walter conta que, após curar-se totalmente da ferida na boca, ele passou a fazer apenas acompanhamento no hospital, lugar onde ele diz ser sua segunda casa. “É tanto afeto que sinto por esse lugar, que nem sei expressar. Eu amo todos os funcionários e eu sei que eles também me amam. Quando chego na portaria, sou recebido com um sorriso no rosto e, por onde eu passo, recebo carinho, abraços”, conta, emocionado.
Depois de alguns anos fazendo acompanhamento, Walter, em uma consulta de rotina, relatou dor na região abdominal e foi encaminhado para realizar exames dentro da unidade. Ele conta que, naquele mês, ficou muito preocupado, com medo do resultado da biópsia. Quando chegou para consulta, percebeu a expressão não tão contente do médico e viu que as notícias não pareciam ser boas. “Ele me disse que um dos três nódulos que foram encontrados na região do abdômen poderia ser maligno, mas que seriam feitos novos exames para que pudesse ser realmente confirmado o diagnóstico”, relembra.
Então, ele repetiu os exames e voltou para saber o resultado final dos novos procedimentos. “A expressão dele já era diferente… alegre, pediu para eu me sentar, ficar tranquilo, pois estava tudo bem comigo. Não tinha nada, não era câncer, e eu ia ficar bem, assim como estou hoje”, relatou Walter com olhos marejados. “Na hora, foi como se tivesse tirado um peso das minhas costas. Inclusive, o doutor, conversando comigo, perguntou se era eu quem estava tocando gaita lá fora, antes da consulta, e eu disse que sim. Aí, ele me perguntou se eu sabia tocar alguma música dos Beatles, então, eu saquei o instrumento do bolso e falei: ‘é pra já’”, relata.
Carinho da equipe
Segundo a assistente de ouvidoria do hospital, Franciele Donini, seu Walter é uma pessoa muito especial. “Já ouviu o ditado, de ‘quem dá amor, recebe amor’? é o caso do seu Walter. Se ele recebe tanto carinho assim é porque também oferece muito carinho às pessoas. É um exemplo de carisma, de ser humano. Por vezes, ele procurou a Ouvidoria, para pegar os nomes dos funcionários que, às vezes, ele nem conhecia, só para enviar cartinhas de agradecimento pelo trabalho que realizam no hospital. Segundo ele mesmo já me relatou, ele não quer esquecer-se de ninguém que contribuiu com seu tratamento, seja de forma direta ou indireta”, conta.
Atualmente, Walter continua em acompanhamento e se diz muito contente e agradecido por todo amor recebido nesses anos de convívio na unidade. “Eu sou muito agradecido por tudo que recebi neste lugar e a forma que encontrei de retribuir o carinho é continuar tocando e levando a alegria para muitas pessoas por onde eu for”, finalizou.
O Hospital de Amor, referência no atendimento de pacientes oncológicos e também no desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao câncer, acredita que a colaboração possui um papel muito importante em suas conquistas. Por conta disso, criou, em 2016, o Institutional Affairs Department (IAD) – cujo nome, em português, pode ser traduzido como Departamento de Assuntos Institucionais – que compõe a frente de extensão do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da instituição, e tem como principal objetivo dar suporte aos pesquisadores, estudantes e profissionais visitantes provenientes de parcerias institucionais, sobretudo, as internacionais, promovendo uma assistência padronizada que resulte em uma maior qualidade nos processos e, consequentemente, na otimização de seus resultados.
O departamento também centraliza o apoio oferecido aos colaboradores do Hospital de Amor que buscam intercâmbio profissional e de formação, assim como, o acolhimento de profissionais que venham até a instituição com este fim, além de auxiliar na organização de eventos internacionais e na elaboração e encaminhamento de projetos que visem parcerias com instituições estrangeiras.
Parceiros internacionais
Atualmente, o Hospital de Amor possui parcerias internacionais importantes, como a que existe com o MD Anderson Cancer Center, maior centro de tratamento e pesquisa em câncer do mundo, e instituições de ensino que são consideradas referência mundialmente, como as norte-americanas Rice University, em Houston, no Texas, e University of Miami, na Flórida, por meio do Sylvester Comprehensive Cancer Center, que trazem resultados tanto na parte assistencial quanto no desenvolvimento científico.
Só em 2018, o IAD foi responsável pelo acompanhamento de mais de 30 grupos de visitas, com rotação de mais de 100 visitantes, além de cerca de 20 intercâmbios institucionais, contabilizando entradas e saídas.