“Novembro Azul” é um movimento mundial que acontece durante o mês de novembro para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. A doença ainda continua sendo o tipo de câncer mais frequente em homens no Brasil, depois do câncer de pele não-melanoma, e as maiores vítimas são homens a partir de 50 anos, além de pessoas com presença da doença em parentes de primeiro grau, como pai, irmão ou filho.
Embora seja uma doença comum, muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto, às vezes por medo ou até desinformação. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que 75% dos casos de câncer de próstata são em homens com idade acima de 65 anos e, até 2018, as estimativas apontavam 68.220 novos casos e 15.391 mortes pela doença. Por se tratar de uma doença assintomática em fases iniciais, a melhor maneira de se detectar é através do exame de rastreamento (também conhecido como exame de toque) e de PSA (sigla de Antígeno Prostático Específico, que pode ser avaliado através de um exame de sangue simples). Esses dois, juntos, possuem uma capacidade de detecção maior para o câncer de próstata.
De acordo com o médico urologista e coordenador do departamento de urologia do Hospital de Amor, Dr. Alexandre César Santos, em termos estatísticos, o câncer de próstata é responsável pela morte de 3% da população. “Há uma prevalência mais frequente, em torno de 16% dos homens da população em geral, que podem ser acometidos pela doença. Graças à campanha Novembro Azul, é possível perceber uma diminuição da mortalidade por esse tipo de tumor”, afirmou.
Diagnóstico
Para se ter um diagnóstico preciso do câncer de próstata, é realizado um rastreamento inicial, que leva em consideração outros fatores, como a raça e histórico familiar. Com base nisso, são feitos exames de rastreamento para detecção da doença. Caso o diagnóstico seja positivo, o paciente é encaminhado para iniciar o tratamento. Caso o diagnóstico seja negativo, é feita uma estratégia de prevenção: se os riscos forem baixos, os rastreamentos são anuais ou a cada dois ou três anos.
Prevenção
Pelo fato do câncer de próstata não apresentar sintoma em fases iniciais, os exames preventivos são muito importantes. A doença surge em uma região da próstata e, na maioria das vezes, os pacientes não sentem dor, não há sangramento na urina e não há dificuldade em urinar ou evacuar. Enquanto isso, o tumor continua crescendo na próstata deste homem.
Quando ele demora para fazer os exames preventivos, o diagnóstico é tardio e, na maioria das vezes, o tumor não está apenas na próstata, tendo já gerado metástase, acometendo ossos e outros órgãos. Nesta fase, não há mais cura para o paciente, apenas um tratamento paliativo dos sintomas.
Como prevenir?
As pessoas que possuem convênio ou planos de saúde devem procurar o urologista de confiança, relacionado ao convênio. Os pacientes que são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que desejam realizar os exames de prevenção e que estão situados no Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS), devem fazer o agendamento junto ao projeto ‘Saúde do Homem’, no AME, através do 0800-779-000, onde são realizadas, gratuitamente, avaliações urológicas e cardíacas, com base em uma fila de espera. Já os homens que não têm acesso a essa possibilidade, devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência e solicitar ao médico o encaminhamento ou exame de rastreamento para a detecção do câncer de próstata.
O décimo mês do ano é mais do que especial para o Hospital de Amor, pois ele é marcado pela maior campanha de conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia.
O “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama – teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas. A iniciativa chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença. Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo. De acordo com as últimas estatísticas do Globocan 2018 (BRAY, 2018), foram estimados 2,1 milhões de novos casos de câncer e 627 mil óbitos pela doença. No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% da doença em mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer é descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Em 2018, o Hospital de Amor realizou 171.478 exames de mamografia, graças às suas 22 unidades móveis (carretas) e seus 13 institutos de prevenção espalhados pelo país, levando grandes chances de cura contra o câncer de mama a mulheres de 40 a 69 anos. Devido a esse intenso trabalho, 73% dos casos foram descobertos em estágio inicial. “Quanto mais cedo a doença for encontrada, maiores serão as chances de cura. Com certeza, a mamografia ainda é a melhor forma de se fazer isso”, declarou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino.
Faça seu exame
Durante todo o mês de outubro, os Institutos de Prevenção do Hospital de Amor estarão de braços abertos esperando pelas mulheres. Vá até a unidade mais próxima de você e realize, gratuitamente, seu exame de mamografia para a prevenção do câncer de mama.
– Quem deve fazer o exame de mamografia?
Mulheres de 40 a 49 anos, anualmente.
Mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos.
– Como e onde fazer?
Ligue e agende seus exames no Instituto de Prevenção do HA, pelos telefones (17) 3321-6626 ou (17) 3321-6600 (ramais 7054 e 7050).
– O que devo levar?
RG, CPF, comprovante de residência e Cartão SUS.
– Onde estão localizados os Institutos de Prevenção?
O Hospital de Amor conta com unidades fixas de prevenção nas seguintes cidades: Barretos (SP), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Fernandópolis (SP), Ji-Paraná (RO), Juazeiro (BA), Lagarto (SE), Macapá (AP), Nova Andradina (MS), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
Quer saber mais? Para esclarecer as dúvidas sobre o câncer de mama e ainda saber os mitos e verdades que envolvem a doença, clique aqui.
Outubro ainda não chegou, mas as ações que se estenderão durante o mês destinado à conscientização sobre a prevenção do câncer de mama já começaram no Hospital de Amor. Exemplo disso é o projeto Talento Rosa 2019, lançado na última quarta-feira (18) para cerca de 170 professores, dirigentes e representantes das escolas públicas e particulares de Barretos (SP) e região. O projeto, que é organizado pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC), ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, tem o intuito de estimular nos alunos a cultura do autocuidado, qualidade de vida, prevenção primária e secundária do câncer de mama por meio da produção de vídeos, frases, desenhos e cartazes.
Todos os anos, é durante o lançamento que os educadores são capacitados e orientados sobre a aplicação do projeto em sala de aula. Em 2019, o NEC trouxe até Barretos a palestra ‘Prevenir é o alvo’ e a oficina ‘Chaveiro da Vida – Prevenção ao alcance das mãos’, ministradas pela presidente do Instituto HUMSOL (Instituto Humanista de Desenvolvimento Social) e vice-presidente da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), Tânia Mary Gomez. “Eu faço este trabalho há anos Já viajei o para vários lugares do Brasil e do mundo conhecendo de perto trabalhos de conscientização e prevenção de câncer, mas o que é desenvolvido pelo Hospital de Amor e a maneira como os programas são aplicados aqui é incrível, louvável”.
O Coordenador do NEC, Gerson Lucio Vieira, explica que o Talento Rosa, que faz parte do Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas, é um dos projetos de maior capilaridade e que chega a ser aplicado para quase 30 mil crianças e adolescentes. “Os alunos são estimulados a realizar produções artísticas de acordo com os ciclos escolares, e cada sala de aula elege uma que melhor represente a reflexão da turma. No último ano, recebemos 715 produções de 80 instituições de ensino. Para nós, é importante ver o quanto eles se mobilizam e como toda a informação trabalhada em sala de aula também chega aos familiares, neste caso, para as mulheres de seu núcleo familiar”, se orgulha o coordenador. O NEC também é responsável por oferecer todo o material de subsídio teórico sobre o tema aos docentes, como textos, artigos e vídeos.
Há cinco anos, a Federação Internacional das Sociedades Oncológicas de Cabeça e Pescoço (IFHNOS) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) instituíram o dia 27 de julho como o ‘Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço’. A partir de então, o mês ficou conhecido como ‘Julho Verde’ – período em que é realizada a campanha nacional de prevenção deste tipo de câncer, visando conscientizar a população sobre a doença, seus principais fatores de risco e formas de preveni-la.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), por meio de seus associados e parceiros, como a Associação do Câncer de Boca e Garganta (ACBG), trazem em 2019 a campanha: “O câncer tá na cara, mas as vezes você não vê”, que visa alertar a população dos primeiros sinais e sintomas, que possibilitariam um diagnóstico precoce e, em consequência, tratamentos menos agressivos e a maior possibilidade de cura. Neste contexto, o Hospital de Amor (HA) apresenta um papel crucial como instituição de ensino e pesquisa, na divulgação da campanha e nas ações que envolvem a mesma.
De acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres que afetam a região da cabeça e pescoço que, somados, ocupam a segunda maior incidência entre os homens brasileiros. Segundo o cirurgião e vice-coordenador do departamento de cabeça e pescoço do HA, Dr. Ricardo Ribeiro Gama, apesar desse tipo de tumor não ser o mais frequente na população e nem o que apresenta maior índices de morte, ele ainda acomete mais de 500 mil novas pessoas em todo o mundo. Para o médico, o problema é que muitos desses casos são diagnosticados tardiamente, o que prejudica o tratamento e as chances de cura. “A necessidade da campanha nasceu da falta de esclarecimento da população e profissionais da área de saúde sobre a doença. Apesar de ser de fácil acesso o exame clínico, o câncer de boca – o mais comum em nosso meio (em cerca de 70% a 80% das vezes), é diagnosticado em fase avançada, o que acarreta alta mortalidade e graves sequelas relacionadas ao tratamento realizado”, afirma Gama.
Em função do diagnostico tardio, os tumores de cabeça e pescoço, por serem diagnosticados em fase avançada, apresentam altas taxas de mortalidade. Quando um tumor é diagnosticado precocemente, a chance de o paciente sobreviver à doença em cinco anos é de, aproximadamente, 90%. Mas, quando diagnosticado tardiamente, a taxa de sobrevivência cai para algo em torno de 30%, independentemente dos tratamentos realizados com intenção curativa.
Tipos mais comuns
O câncer de cabeça e pescoço compreende um conjunto de neoplasias malignas localizadas em diferentes regiões da via aérea e digestiva superiores, como: boca, faringe, laringe, glândulas salivares, seios da face e cavidade nasal. Dr. Ricardo Gama afirma que os homens são os mais afetados pelos tumores. “Isso acontece pelos hábitos do homem de beber e fumar mais, ter uma qualidade de vida pior e não se preocupar muito em ir ao médico. No entanto, o número de casos em mulheres tem aumentado, devido à maior liberdade do sexo feminino nos tempos atuais”.
Sinais e sintomas
É importante que as pessoas fiquem atentas sobre os sinais e sintomas da doença. Os mais comuns são caroços ou nódulos no pescoço, feridas na boca com mais de 15 dias que não cicatrizam e rouquidão. Muitas vezes, são os profissionais de odontologia que percebem a ocorrência dessas lesões, mas, também é fundamental procurar um médico de sua confiança se perceber qualquer um desses sintomas.
Prevenção
O desenvolvimento desses tumores também está relacionado a hábitos não saudáveis de vida, tais como: consumo exagerado de álcool e tabaco, além de relações sexuais de risco, ou seja, sem uso de preservativos.
Para o médico, a principal forma de se prevenir esse tipo de câncer é não fumar, independente se cigarro de filtro, de palha ou corda, cachimbo, charuto ou narguile, pois todos podem causar câncer na área da cabeça e pescoço. “Outra forma de prevenção é se cuidar com o uso de bebida alcoólica, procurando não ingerir ou, se ingerir, em quantidades pequenas e, de preferência, não diariamente. De forma geral, a pessoa que ingere mais de duas latas ou garrafas pequenas de cerveja por dia; mais de dois cálices de vinho por dia; ou mais de duas doses de destilado vodka, cachaça, conhaque, whisky), já pode ser considerado um consumidor acentuado de álcool”, relatou.
A incorporação de bons hábitos, como a escovação da boca e dental três vezes ao dia, ir ao dentista duas vezes ao ano e alimentação rica em legumes, verduras e frutas, é essencial para a saúde da boca. A vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) também previne contra o câncer de garganta na vida, sendo assim, a vacinação deve ocorrer em meninas e meninos, pré-adolescentes, preferencialmente antes da primeira relação sexual.
Formas de tratamento
Quando diagnosticado na fase inicial, o tratamento consiste em cirurgias menos agressivas ou em radioterapia, causando menos problemas de função, como mastigar, sentir o gosto ou cheiro do alimento, engolir, respirar, falar, menor ou nenhuma deformidade no pescoço e face, e menor chance de complicações para a função do pescoço, ombros e braços. Quando diagnosticado em fase avançada, o tratamento consiste em radioterapia e quimioterapia, que podem ser associados a cirurgias agressivas. Estes tratamentos combinados levam a graves sequelas, muitas delas definitivas, causando grande prejuízo estético e funcional na área da cabeça e pescoço.
“É importante lembrar que apesar dos tratamentos agressivos para estes tumores avançados, as chances de curas são pequenas: cerca de 30% em 5 anos após o diagnóstico de um câncer avançado, por mais que o melhor tratamento seja realizado. Por isso, o diagnóstico precoce é muito importante, assim como a conscientização da população sobre a doença, seus sinais e sintomas e de como preveni-la, através de campanhas como o “Julho Verde”, finalizou Gama.
A campanha no Hospital de Amor
Sabendo da importância do diagnóstico precoce, formas de prevenção e manejo do tratamento e de suas complicações a curto, médio e longo prazo, visando melhorias na qualidade de vida do paciente e melhor prognóstico, o departamento de cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital de Amor auxilia na divulgação do ‘Julho Verde’.
No dia 31 de julho, profissionais dos setores de cabeça e pescoço, fonoaudiologia, enfermagem, epidemiologia e prevenção da instituição se reunirão para um evento especial, que tem como objetivo divulgar a especialidade e a equipe multidisciplinar que a envolve, além de esclarecer o que trata a Oncologia de Cabeça e Pescoço.
De acordo com o Dr. Ricardo Gama, serão realizadas palestras que abordarão temáticas destinadas para profissionais da área da saúde. “O evento mostrará a importância da equipe multidisciplinar no manejo clínico destes pacientes e enfatizará a epidemiologia, os fatores de risco, diagnóstico, tratamento e o prognóstico de pacientes com os dois tipos mais comuns de tumor da via aerodigestiva superior: o câncer de boca e o de laringe. Nossa intenção é mostrar o que o departamento tem avançado no tratamento e na reabilitação destes pacientes”, declarou.
Além do evento, haverá mobilização no calçadão de Barretos (SP), aos sábados, onde profissionais do hospital estarão falando com a população sobre a doença e oferecendo exames gratuitos de boca. A Unidade Móvel de Prevenção Odontológica do Hospital de Amor, ficará estacionada no calçadão, em datas que serão previamente divulgadas, oferecendo os exames que serão realizados por dentistas.
No Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) lançou oficialmente uma unidade móvel equipada com aparelho radiológico de Rastreamento de Câncer de Pulmão, pioneira na América Latina. A novidade faz parte da expansão do programa de apoio antitabaco, realizado pela instituição em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Barretos. De acordo com o médico radiologista do Hospital de Amor, Rodrigo Sampaio Chiarantano, esse é um projeto revolucionário, visto que a tomografia computadorizada de baixa dose (rastreamento) para detecção de câncer de pulmão ainda é indisponível no SUS e na maior parte da rede privada de saúde do país. “Por meio da unidade móvel, esse exame poderá chegar, em um futuro próximo, a diferentes lugares do país”, afirma.
Para se ter uma ideia da importância dessa ação, segundo os critérios estabelecidos pelo programa, estima-se que, apenas em Barretos, 3.376 indivíduos sejam elegíveis para o rastreamento.
A doença
O câncer de pulmão é um dos tumores que mais mata no Brasil, muito por conta do diagnóstico tardio. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) de 2018, essa doença silenciosa é a segunda que mais incide entre os homens e o quarto tipo de câncer mais frequente em mulheres. No ano passado, o Hospital de Amor tratou cerca de 1.300 pacientes com essa neoplastia maligna de pulmão, sendo 400 novos casos.
“A importância dessa ação é que a maioria dos fumantes se concentra nos estratos mais carentes da população, de onde vem também a maior parte dos casos de câncer de pulmão. Essa doença é silenciosa e geralmente identificada no estágio avançado. Com a detecção precoce, a taxa de sobrevida é estimada em 56%”, diz Chiarantano.
O projeto
O programa inicialmente será realizado em Barretos com os fumantes atendidos pelas unidades básicas de saúde (UBSs) da cidade, que se enquadram nos critérios de maior risco para o câncer de pulmão. “A ideia a médio prazo é que o exame seja oferecido a toda a população da cidade. A longo prazo, o Hospital de Amor espera disponibilizar o programa aos municípios vizinhos e nas demais cidades com unidades de prevenção da instituição, como Campinas”, conta o médico.
Os critérios para o rastreamento são: que a pessoa seja fumante ou ex-fumante (neste segundo caso, que tenha parado há menos de 15 anos), possua entre 55 e 75 anos e histórico de consumo maior ou igual a 30 anos-maço (número de anos que fumou multiplicado por quantos maços fumava por dia, resultando no número de anos-maço).
Evento em Barretos
Para apresentar o projeto para a população, incluindo o programa antitabaco oferecido pelas unidades básicas de saúde de Barretos, o Hospital de Amor e a Secretaria Municipal de Saúde do município realizaram, nos dias 31 de maio e 1 de junho, uma ação que reuniu centenas de pessoas no centro da cidade. Ao todo, 85 tomografias foram realizadas e mais de 50 foram agendadas para os próximos dias.
A cada ano que passa, a Caminhada “Passos que Salvam” – uma das principais campanhas de conscientização promovidas pelo Hospital de Amor – ganha espaço e conquista municípios que abraçam a causa em favor do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Após o sucesso da 7ª edição, que aconteceu no dia 25 de novembro de 2018, e para que o projeto continue ajudando ainda mais pessoas a descobrir os sinais e sintomas da doença, o HA deu mais um passo e realizou, pelo sexto ano consecutivo, a ‘Capacitação de Médicos em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’.
O encontro aconteceu nos dias 22 e 23 de março, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos (SP). Das 650 cidades participantes na última caminhada, 140 médicos (que prestam atendimento a crianças e adolescentes na rede pública de saúde), vindos de 11 estados do Brasil, participaram do evento.
As palestras, ministradas por colaboradores da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, tiveram como objetivo orientar e capacitar esses profissionais para que possam colaborar no diagnóstico precoce do câncer e enviar esses pacientes com mais rapidez para tratamento na instituição. Graças ao treinamento, os participantes poderão se tornar referência na cidade onde atuam, criando um acesso direto com os médicos do Hospital, facilitando o envio de exames e a discussão de casos.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, metade das crianças que chegam a Barretos para o tratamento da doença já se encontra em estágio muito avançado, sendo difícil oferecer taxas elevadas de cura. “Nós temos que mostrar para o pediatra como detectar o câncer precocemente, pois se os pacientes continuarem chegando à instituição tarde demais, não conseguiremos melhorar”, afirmou.
Os dois dias de programação contaram com discussões sobre os seguintes temas: Epidemiologia do Câncer Infantil; Aplicação dos Estudos Moleculares e Genéticos no Diagnóstico Precoce; Os Sinais de Alerta no Hemograma do Diagnóstico Precoce; Estudos de Peregrinação das famílias e pacientes até a chegada a Barretos; Indicação de exames de imagem do Diagnóstico Precoce; Aspectos Importantes da Cirurgia Pediátrica; Vacinação no Imunossuprimido; Abordagem teórica e apresentação de casos: Tumores Abdominais, Retinoblastoma, Leucemias, Tumores Cerebrais, Tumores Ósseos e Linfomas.
Segundo o médico, é possível perceber resultados positivos em decorrência dos eventos anteriores. “Já estamos medindo isso. Temos dados estatísticos das crianças que foram encaminhadas para cá antes do treinamento e depois dele. E estamos reduzindo, significativamente, o número de pacientes que chegaram com tumor avançado, e agora chegam com a doença em estágios mais iniciais, permitindo que se curem”, finalizou Lopes.
Para a coordenadora da Caminhada “Passos que Salvam”, Naima Kathib, esse é um dos projetos mais importantes desenvolvidos pelo Hospital. “Desde de 2014, quando começamos a capacitar os médicos de todo o Brasil, já foi possível perceber a mudança no olhar desses profissionais em relação aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Mais de 1.200 médicos já se tornaram referência em seus municípios para o envio de pacientes ao HA e nós não vamos parar por aí!”, relatou a coordenadora.
O câncer infantojuvenil
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), atualmente, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos com câncer podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. Para o Dr. Luiz Fernando Lopes, 12.500 novos casos são diagnosticados todos os anos no Brasil, e a expectativa é de que até 2020 este número aumente em 30%.
Capacitação de Enfermeiros
Os municípios que realizaram a caminhada também poderão enviar seus enfermeiros para participar da ‘Capacitação de Enfermeiros em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’. O treinamento destes profissionais acontecerá nos dias 24 e 25 de maio de 2019. Para mais informações, basta entrar em contato com o departamento responsável pela Caminhada “Passos que Salvam” através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7169, ou e-mail: ‘passosquesalvam@hcancerbarretos.com.br’.
O Hospital de Amor encerrou o ano de 2018 com duas grandes conquistas: a inauguração de unidades de prevenção nos estados do Acre e do Amapá. Só em 2017, a instituição realizou 880.620 atendimentos a pacientes de todo o Brasil, sendo que 6.365 deles foram para pessoas dessas localidades.
Hospital de Amor Rio Branco
No dia 20 de novembro, a capital do estado do Acre, Rio Branco, ganhou um Instituto de Prevenção destinado ao combate dos cânceres de mama e colo do útero ainda em fase inicial. Além do prédio fixo, a população acreana recebeu também duas unidades móveis (carretas) equipadas, que irão integrar o programa de prevenção e percorrer todo os municípios, realizando exames de mamografia e Papanicolaou.
Denominada ‘Hospital de Amor Rio Branco’, a unidade possui capacidade para 8.390 atendimentos por mês, entre exames, atendimentos ambulatoriais e pequenos procedimentos cirúrgicos, e contará com uma equipe composta por médicos de várias especialidades (como mastologistas e ginecologistas), físicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos e assistentes sociais.
Para que o projeto fosse concretizado, o governo do Acre contribuiu com R$ 31 milhões – recursos vindos de uma negociação relacionada a uma multa trabalhista atribuída ao estado.
Hospital de Amor Macapá
Em Macapá, capital do estado do Amapá, a inauguração do Instituto de Prevenção aconteceu no último dia 15 de dezembro de 2018 e contou com a presença do prefeito do município, Clécio Luís, do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e outras autoridades.
A partir do início deste ano, a população amapaense terá acesso a exames preventivos gratuitamente. O instituto terá capacidade para realizar 500 procedimentos por dia para detecção de câncer de mama e colo de útero, considerados de maior incidência no Amapá. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e o Hospital de Amor pretendem habilitar outras ações para o rastreamento do câncer de próstata, pele, boca, entre outros.
O projeto também contará com uma carreta de diagnóstico para percorrer todo o estado realizando exames preventivos. A estimativa é de que a unidade móvel faça uma média de 130 atendimentos por dia, entre mamografias (para o rastreamento do câncer de mama em mulheres de 40 a 69 anos) e Papanicolaou (para rastreamento do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos).
A implantação do ‘Hospital de Amor Macapá’ só foi possível graças a uma articulação do governo com o HA e a bancada federal, que destinou R$ 22 milhões de emendas. A contrapartida do Estado foi de R$ 3 milhões para obras de infraestrutura nos arredores, como instalações elétrica e hidráulica, sistema de esgoto e obras de mobilidade urbana.
O governo do Estado assinará um convênio com o Hospital de Amor para custear o funcionamento da unidade. O termo será destinado para a manutenção do prédio, recursos humanos, exames, água, luz e internet. O convênio terá custos fixos estabelecidos e variáveis, que dependerão do quantitativo de atendimentos que serão realizados no instituto de prevenção. A contribuição estadual está acontecendo desde 2015, com a articulação para implantação da unidade e doação do terreno para sua construção.
Benefícios
De acordo com o diretor médico das unidades móveis do Hospital de Amor, Dr. Raphael Haikel Júnior, a importância das novas unidades da região Norte do país está na possibilidade de identificação precoce dos cânceres de mama e colo de útero mais facilmente para essa população. “Há 95% de chance de cura para os tumores de mama, quando descobertos em estágios iniciais, e quase 99% para os de colo de útero. Ao identificar a doença rapidamente, a probabilidade é de que o tumor ainda esteja pequeno, o que contribui para que 80% do tratamento seja realizado nos próprios institutos de prevenção. Dessa forma, as mulheres não precisarão ficar distantes de suas famílias, o que é uma grande vantagem”, afirmou.
Para ele, outro benefício está na diminuição de custo, uma vez que o gasto no tratamento de câncer de mama é, inicialmente, de R$ 10 mil. Em estágio avançado, o tratamento da doença pode custar até R$ 140 mil. “Com as novas unidades, será possível levar atendimento de excelência à população dos estados mais carentes em atenção básica de saúde e prevenção. A partir de agora, vamos evitar que as mulheres encontrem tumores em estágios avançados e sem possibilidades de cura”, finalizou Dr. Raphael Haikel Júnior.
Levar a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil é a principal missão da “Caminhada Passos que Salvam” – a maior mobilização promovida pelo Hospital de Amor, simultaneamente, em centenas de cidades de todo o país.
A 7ª edição da campanha, realizada dia 25 de novembro, foi um sucesso: movimentou mais de 650 municípios, em 20 estados do Brasil. A grande novidade dessa edição é que a caminhada também foi realizada por um grupo de brasileiros residente em Londres, no Reino Unido. A ação acontece, todos os anos, durante o último domingo do mês, já que a escolha da data está relacionada à proximidade com o “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, celebrado em 23 de novembro.
Em Barretos, cerca de 500 pessoas se uniram para participar da campanha, que teve início às 8h, na unidade infantojuvenil, e seguiu até o North Shopping, levando conscientização e muita diversão à toda população.
Sinais e Sintomas
Entre os sinais e sintomas mais comuns da doença, estão manchas roxas pelo corpo, dores de cabeça, vômito, perda de peso, fraqueza e dores nos ossos, sintomas que parecem comuns na infância e podem ser confundidos com doenças que acometem crianças e adolescentes, mas também podem ser o primeiro sinal de que há algo errado acontecendo.
De acordo com o diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Luiz Fernando Lopes, a unidade infantojuvenil do HA tem todas as condições de tratar as crianças com a mesma qualidade dos países com alto nível de desenvolvimento (especialistas experientes, medicamentos adequados e uma excelente estrutura), mas nada disso impacta na vida das crianças se elas não chegarem precocemente para o tratamento. “Ainda há uma quantidade significativa de crianças chegando tardiamente em nossa instituição. O que falta é a conscientização de médicos, enfermeiros e familiares, e essa campanha é uma das melhores formas que encontramos para sensibilizar essas pessoas. Nós só alcançaremos níveis internacionais de cura se tivermos esse cenário favorável”, declarou.
Para a coordenadora da ação, Naima Kathib, o objetivo da Caminhada é trazer à discussão a importância dessa conscientização, de maneira lúdica, envolvendo assim toda a sociedade, de modo que permita com que mais diagnósticos precoces aconteçam, consequentemente, haverá maior chances de cura, sendo ampliadas para até 95%.
O escrevente técnico judiciário de Barretos, Fernando de Souza Teixeira, é voluntário no evento há 4 anos e o que o motiva a continuar apoiando a causa, é a importância da conscientização que ela leva a todas as pessoas e o quanto isso impacta, positivamente, na vida e na saúde de todas a crianças e adolescentes. “Eu me sinto responsável e impulsionado a dar uma força a quem está trabalhando em prol da comunidade. Todos os anos eu reservo essa data e, na próxima, podem contar comigo, pois minha presença é garantida”.
Outra presença marcante em todas as edições da caminhada é o vice-diretor médico da unidade infantojuvenil do HA, Dr. Robson Coelho. Ele, que sabe como ninguém o quanto é essencial que as crianças cheguem precocemente para tratamento no Hospital, agradeceu o trabalho da equipe organizadora da ação. “A caminhada serve para alertar a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Quanto mais rápido forem diagnosticados pelo pediatra ou pelo clínico geral, mais rápido a criança chega para o tratamento e maiores são as chances de cura. Então, qualquer campanha dessa que seja realizada, no Brasil e no mundo, na tentativa de conscientizar a população, é de grande valia. Precisamos agradecer ao HA e, principalmente, a equipe responsável pela organização do evento, por reunirem tantas cidades para abraçar a causa e participar”, ressaltou.
Números
Em 2012, primeiro ano em que ocorreu a mobilização, 19 municípios do Estado de São Paulo e dois de Rondônia caminharam, levando a população, empresas e entidades para participar do evento. Já no ano seguinte, o número quase quadruplicou: 80 municípios participaram da caminhada em oito estados. A terceira edição foi ainda melhor: 201 cidades em 11 estados brasileiros caminharam juntas, no mesmo dia e horário, levando mais de 150 mil pessoas às ruas. Em 2015, foram 306 cidades de 12 estados que caminharam, comprometidos na luta contra o câncer infantojuvenil. No ano passado, a “Passos que Salvam” mobilizou 300 mil pessoas em cerca de 500 municípios de todo o Brasil.
Captação de Recursos
Além de disseminar essas importantes informações, a “Caminhada Passos que Salvam” também possui uma ação para arrecadar fundos para o tratamento dos pacientes no Hospital de Amor Infantojuvenil. Ao adquirir um kit com camiseta, boné e ‘sacochila’, cada participante contribuiu com o valor de R$ 35,00, que será direcionado à instituição.
Para obter mais informações e saber se sua cidade já aderiu a esse movimento, acesse: www.hcancerbarretos.com.br/passosquesalvam.
Assim como acontece durante outros meses do ano, especialmente em outubro com as inúmeras mobilizações de conscientização a respeito do câncer de mama, em novembro, a sociedade também se reúne com o intuito de conscientizar os homens a respeito da prevenção do câncer de próstata – doença mais comum e a segunda com maior causa de óbito oncológico no sexo masculino. Além da prevenção, o mês também chama a atenção à saúde do homem como um todo.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que são estimados 68.220 novos casos em 2018 no Brasil, sendo esse o tipo de câncer mais incidente nos homens (exceto o câncer de pele não melanoma), em todas as regiões do país. Por se tratar de uma doença assintomática em fases iniciais, a melhor maneira de se detectar é através do exame de rastreamento (também conhecido como exame de toque) e de PSA (conhecido por Antígeno Prostático Específico, que pode ser avaliado através de um exame de sangue simples). Esses dois, juntos, possuem uma capacidade de detecção maior para o câncer de próstata.
De acordo com o médico urologista e coordenador do departamento de urologia do Hospital de Amor, Dr. Alexandre César Santos, em termos estatísticos, o câncer de próstata é responsável pela morte de 3% da população. “Há uma prevalência mais frequente, em torno de 16% dos homens da população em geral, que podem ser acometidos pela doença. Graças à campanha Novembro Azul, é possível perceber uma diminuição da mortalidade por esse tipo de tumor”, afirmou.
Para falar mais sobre o assunto e esclarecer as principais dúvidas sobre a doença, o Hospital de Amor fez uma entrevista especial com o especialista. Confira:
1 – Como é feito o diagnóstico do câncer de próstata?
R.: É realizado um rastreamento inicial, que leva em consideração outros fatores, como a raça e histórico familiar. Com base nisso, são feitos exames de rastreamento para detecção da doença. Caso haja diagnóstico positivo, o paciente é encaminhando para iniciar o tratamento. Em caso negativo, é feita uma estratégia de prevenção: se os riscos forem baixos, os rastreamentos são anuais ou a cada dois ou três anos.
2 – Por que o homem não pode deixar de realizar os exames preventivos?
R.: Basicamente, pelo fato do câncer de próstata não apresentar sintomas em fases iniciais. A doença surge em uma região da próstata e, na maioria das vezes, os pacientes não sentem dor, não há sangramento na urina e não há dificuldade em urinar ou evacuar. Enquanto isso, o tumor está crescendo na próstata desse homem.
Quando ele demora para fazer os exames preventivos, fazemos um diagnóstico tardio e, na maioria das vezes, o tumor não está apenas na próstata, já extrapolou e deu metástase, acometendo ossos e outros órgãos. Nesta fase, nós não conseguimos curar o paciente, mas sim paliativar os sintomas. A importância da detecção precoce é não esperar os sinais aparecerem para correr atrás do prejuízo. É de extrema importância que a doença não seja detectada quando estiver em estágios graves.
3 – Qual é o público-alvo da campanha?
R.: Homens, a partir dos 50 anos de idade, na população geral. E homens da raça negra ou que tenham histórico familiar de câncer de próstata, devem realizar os exames a partir dos 45 anos.
4 – Como é possível prevenir a doença?
R.: As pessoas que possuem convênio ou planos de saúde devem procurar o urologista de confiança, relacionado ao convênio. Os pacientes que são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que desejam realizar os exames de prevenção e que estão situados no Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS), devem fazer o agendamento junto ao projeto ‘Saúde do Homem’, no AME, através do 0800-779-000, onde será realizado, gratuitamente, avaliações urológicas e cardíacas, com base em uma fila de espera. Já os homens que não têm acesso a essa possibilidade, devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência e solicitar ao médico o encaminhamento ou exame de rastreamento para a detecção do câncer de próstata.
5 – Quais ações o HA irá realizar referentes ao Novembro Azul?
R.: O Instituto de Prevenção do HA já realiza um trabalho contínuo com as carretas que percorrem o país inteiro oferecendo exames de PSA e toque para esse público. O departamento de urologia também irá realizar palestras nas recepções da instituição, em clubes de serviços da cidade, como Rotary Club e Maçonarias, e divulgação em jornais e rádios locais, durante todo o mês de novembro. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância da prevenção do câncer de próstata.
6 – O público masculino está se preocupando com a saúde?
R.: Graças às mobilizações de campanhas como o Novembro Azul e aos programas de rastreamento, percebemos nitidamente uma diminuição da mortalidade do câncer de próstata. Atualmente, os homens estão mais preocupados com a saúde e em evitar doenças potencialmente mais graves (diferente do que víamos há 10 ou 15 anos, quando existia uma grande resistência e preconceito em relação ao exame de toque). É por isso que damos tanta importância às campanhas! Elas devem continuar e incentivar, cada vez mais, os homens.
Levar a conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia é o principal objetivo da campanha “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama. A mobilização, que teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas, chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença.
Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tumor maligno mais frequente entre as mulheres no mundo. Para o Brasil, estimam-se 59.700 novos casos de câncer de mama para cada ano do biênio 2018/2019. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer será descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Para falar sobre o assunto e esclarecer as principais dúvidas sobre a doença, o Hospital de Amor entrevistou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino. Confira:
1 – Quais são os números atuais do câncer de mama no Brasil?
R.: De acordo com dados do INCA, o câncer de mama é o principal tipo de tumor que atinge as mulheres em todas as regiões brasileiras, exceto no Norte, que é o segundo lugar, ficando atrás apenas do câncer de colo de útero. É também a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres. No ano de 2012, mais de 1.600.000 mulheres escutaram a frase “você tem câncer de mama”, em todo o mundo.
2 – Qual é a maneira correta de se identificar a doença precocemente?
R.: A recomendação do Ministério da Saúde é a participação das mulheres nas ações de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama, através da realização da mamografia para as mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos, devendo permanecer alertas para os sinais e sintomas suspeitos, como nódulos nas mamas, saída de secreção transparente ou sanguinolenta pelos mamilos ou qualquer modificação de formato ou na pele das mamas.
3 – Quais exames as mulheres devem fazer?
R.: A mamografia é o principal exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Em situações especiais e sob indicação médica, ela poderá ser complementada com ultrassonografia ou ressonância magnética.
4 – Como funciona esse exame?
R.: O mamógrafo é um aparelho de raios-x modificado para realizar o exame das mamas. Durante o procedimento, são realizadas 4 imagens (uma de cada vez) com as mamas comprimidas entre placas. A compressão das mamas é importante para separar o tecido mamário normal de um eventual câncer, já que ambos possuem características semelhantes. Se alguma alteração for observada, imagens adicionais podem ser necessárias. O exame de mamografia pode ser complementado com ultrassonografia e, em alguns casos, por ressonância magnética.
5 – De quanto em quanto tempo é necessário realizar esse exame? Por quê?
R.: As diretrizes de sociedades médicas orientam a realização do exame de mamografia anualmente, a partir dos 40 anos. Porém, o preconizado pelo Ministério da Saúde é a realização a cada 2 anos, dos 50 anos até os 69.
As faixas etárias estão relacionadas às maiores incidências de câncer de mama na população feminina e a periodicidade visa garantir que uma lesão que começar a se desenvolver, possa ser identificada e tratada rapidamente.
6 – Caso algo seja detectado, qual o próximo passo?
R.: Se alguma alteração for detectada e confirmada pelos exames, será necessária a obtenção de uma amostra da lesão. Este procedimento é denominado de biópsia e pode ser realizado através de agulha (biópsia percutânea) ou através de cirurgia (biópsia cirúrgica). Estatisticamente, a cada 4 biópsias mamárias, 1 acaba por revelar um câncer.
7 – Quando o câncer de mama é detectado precocemente, quais são as chances de cura?
R.: Tumores de mama descobertos com menos de 1 cm ou que ainda estejam restritos ao ducto mamário – estrutura que carrega o leite durante a amamentação – apresentam cerca de 95% de chance de cura.
8 – Quais são os tratamentos mais utilizados para o câncer de mama? Como funcionam esses tratamentos?
R.: Atualmente, os tratamentos para o câncer de mama são personalizados e baseados no tipo e extensão tumoral, podendo incluir: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonoterapia e, mais recentemente, terapia alvo e imunoterapia.
• A cirurgia é o tratamento mais comum para o câncer de mama, sendo seu principal objetivo retirar o máximo possível do tumor com uma margem de segurança. A definição do tipo de cirurgia mamária – se conservadora (quando apenas a região acometida da mama é retirada) ou não – dependerá do tamanho do tumor e dos benefícios para a paciente.
• A radioterapia é a segunda principal modalidade de tratamento, usando radiação para destruir células anormais que formam um tumor. Pode ser instituída como o tratamento principal do câncer; tratamento adjuvante (quando realizada após a cirurgia, com objetivo de eliminar as células tumorais remanescentes, diminuindo a incidência de recidiva e metástases à distância); tratamento paliativo (sem finalidade curativa, sendo utilizada para melhorar a qualidade da sobrevida da paciente); para alívio de sintomas da doença, como dor ou sangramento; e para o tratamento de metástases ou, mais modernamente, como tratamento neoadjuvante (o que ocorre antes do tratamento cirúrgico em tumores muito iniciais).
• O tratamento quimioterápico utiliza medicamentos para destruir de maneira sistêmica as células tumorais. A medicação pode ser injetada ou ingerida e também pode ser utilizada no esquema neoadjuvante, adjuvante ou paliativo.
• Muitos tumores de mama apresentam, em sua superfície, receptores de hormônio (estrógeno, progesterona e andrógeno) e podem, assim, utilizar os próprios hormônios da mulher para seu crescimento. A hormonoterapia é uma opção terapêutica sistêmica, que tem como objetivo bloquear a ação destes hormônios em células sensíveis, podendo ser usada de forma isolada ou em combinação com outras formas terapêuticas.
• Outra modalidade de tratamento sistêmico é a terapia alvo, que utiliza medicamentos que atacam especificamente elementos encontrados na superfície ou no interior das células do tumor de mama.
• Finalmente, a imunoterapia é um tratamento biológico sistêmico que potencializa o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos pela própria paciente ou em laboratório, estimulando a ação das células de defesa do nosso organismo para que o tumor seja reconhecido como um agente agressor.
9 – Por que a mamografia, na maioria das vezes, é desconfortável?
R.: As mamas são extremamente sensíveis e um exame que necessita comprimir as glândulas mamárias pode provocar desconforto, que varia de mínimo a intenso, dependendo da sensibilidade da mulher e, sobretudo, da fase do período menstrual em que está sendo realizado.
10 – O que a mulher pode fazer para tornar a mamografia mais confortável? Quais dicas práticas poderia dar?
R.: A principal dica para tornar o exame menos desconfortável é realizá-lo na primeira semana após o final da menstruação. Após a menstruação, as glândulas mamárias estão menos edemaciadas (inchadas) e sua compressão será menos dolorosa.
Outra dica, nem sempre fácil, é tentar relaxar durante o posicionamento das mamas no equipamento. As mamas são unidas ao tórax através da musculatura peitoral. Quando ficamos tensas, contraímos estes músculos e, consequentemente, endurecemos a mama. Se deixarmos o corpo e, sobretudo, os braços relaxados, as mamas serão comprimidas com mais facilidade e sem tanto desconforto. Avisar a técnica de radiologia que as suas mamas são ou estão sensíveis, também traz melhores resultados em relação à percepção de desconforto do exame.
11 – Por que é interessante avisar a técnica sobre a prótese de silicone?
R.: A mamografia em mulheres que possuam implantes mamários pode e deve ser realizada, porém, exige cuidados e posicionamentos específicos da mama para tentar retirar a sobreposição do silicone. Normalmente, serão realizadas de 6 a 8 imagens das mamas. Paciência e colaboração é tudo para um exame rápido e de sucesso!
12 – Quais são os principais fatores de risco do câncer de mama?
R.: Idade da primeira menstruação menor do que 12 anos; menopausa após os 55 anos; mulheres que nunca engravidaram ou nunca tiveram filhos; primeira gravidez após os 30 anos; uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa, especialmente se por tempo prolongado; exposição à radiação ionizante; consumo de bebidas alcoólicas; dietas hipercalóricas; sedentarismo; e predisposição genética (pelas mutações em determinados genes transmitidos na herança genética familiar – principalmente por dois genes de alto risco, BRCA1 e BRCA2), são os principais fatores de risco do câncer de mama.
Mitos x Verdades
– O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres?
Verdade. Inclusive, ele responde por 29,5% dos casos novos a cada ano e a prevenção deve ser feita através da realização de mamografia e hábitos de vida saudáveis.
– O exame de mamografia auxilia na detecção precoce do câncer de mama?
Verdade. O exame ainda é o método mais eficaz de diagnóstico para detecção da doença. Quanto mais precoce a descoberta e remoção do tumor em sua fase inicial, maiores são as chances de cura, podendo ultrapassar 95%.
– O autoexame de mama substitui a realização da mamografia?
Mito. Apenas a mamografia é capaz de detectar nódulos menores que 1cm e imperceptíveis ao autoexame.
– O câncer de mama tem cura?
Verdade. Se detectado em estágios inicias, as chances de cura chegam a 95%.
– A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama?
Verdade. A amamentação pode reduzir o risco da mulher de contrair a doença, mas isso não significa que a mulher que amamentou não terá câncer de mama.
– As mulheres que têm prótese de silicone nas mamas não podem realizar mamografia?
Mito. Podem e devem realizar o exame. Uma mamografia realizada corretamente não traz nenhum dano às próteses. É sempre bom avisar o técnico sobre a presença do silicone para que ele possa aplicar menos pressão.
– Homens podem ter câncer de mama?
Verdade. Porém, são mais raros, correspondendo a cerca de 1% dos casos.
– O uso de desodorante antitranspirante pode causar câncer de mama?
Mito. Não existem pesquisas que evidenciem relação direta entre o uso desse tipo de produto e o desenvolvimento da doença.
– Sintomas como nódulo palpável, presença de secreção aquosa, com aspecto transparente ou sangue pelo mamilo e alterações na pele podem ser sinais de câncer de mama?
Verdade. Se você perceber algum desses sinais, fique alerta e procure um médico de sua confiança para ser avaliada.
– O câncer de mama pode ser causado por um trauma, como bater a mama na maçaneta da porta ou outros locais, por exemplo?
Mito. O que pode ocorrer nesses casos é que, após o trauma, a mulher passa a se observar e/ou se tocais mais e descubra um nódulo que já estava presente.
– A radiação emitida pelo aparelho de mamografia é prejudicial à saúde?
Mito. A quantidade de radiação emitida durante o exame é relativamente baixa e o risco associado à exposição é mínimo.
– O sutiã pode aumentar o risco de câncer de mama?
Mito. Não existem estudos que evidenciem relação direta entre o uso do sutiã e o desenvolvimento da doença.
“Novembro Azul” é um movimento mundial que acontece durante o mês de novembro para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. A doença ainda continua sendo o tipo de câncer mais frequente em homens no Brasil, depois do câncer de pele não-melanoma, e as maiores vítimas são homens a partir de 50 anos, além de pessoas com presença da doença em parentes de primeiro grau, como pai, irmão ou filho.
Embora seja uma doença comum, muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto, às vezes por medo ou até desinformação. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que 75% dos casos de câncer de próstata são em homens com idade acima de 65 anos e, até 2018, as estimativas apontavam 68.220 novos casos e 15.391 mortes pela doença. Por se tratar de uma doença assintomática em fases iniciais, a melhor maneira de se detectar é através do exame de rastreamento (também conhecido como exame de toque) e de PSA (sigla de Antígeno Prostático Específico, que pode ser avaliado através de um exame de sangue simples). Esses dois, juntos, possuem uma capacidade de detecção maior para o câncer de próstata.
De acordo com o médico urologista e coordenador do departamento de urologia do Hospital de Amor, Dr. Alexandre César Santos, em termos estatísticos, o câncer de próstata é responsável pela morte de 3% da população. “Há uma prevalência mais frequente, em torno de 16% dos homens da população em geral, que podem ser acometidos pela doença. Graças à campanha Novembro Azul, é possível perceber uma diminuição da mortalidade por esse tipo de tumor”, afirmou.
Diagnóstico
Para se ter um diagnóstico preciso do câncer de próstata, é realizado um rastreamento inicial, que leva em consideração outros fatores, como a raça e histórico familiar. Com base nisso, são feitos exames de rastreamento para detecção da doença. Caso o diagnóstico seja positivo, o paciente é encaminhado para iniciar o tratamento. Caso o diagnóstico seja negativo, é feita uma estratégia de prevenção: se os riscos forem baixos, os rastreamentos são anuais ou a cada dois ou três anos.
Prevenção
Pelo fato do câncer de próstata não apresentar sintoma em fases iniciais, os exames preventivos são muito importantes. A doença surge em uma região da próstata e, na maioria das vezes, os pacientes não sentem dor, não há sangramento na urina e não há dificuldade em urinar ou evacuar. Enquanto isso, o tumor continua crescendo na próstata deste homem.
Quando ele demora para fazer os exames preventivos, o diagnóstico é tardio e, na maioria das vezes, o tumor não está apenas na próstata, tendo já gerado metástase, acometendo ossos e outros órgãos. Nesta fase, não há mais cura para o paciente, apenas um tratamento paliativo dos sintomas.
Como prevenir?
As pessoas que possuem convênio ou planos de saúde devem procurar o urologista de confiança, relacionado ao convênio. Os pacientes que são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que desejam realizar os exames de prevenção e que estão situados no Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS), devem fazer o agendamento junto ao projeto ‘Saúde do Homem’, no AME, através do 0800-779-000, onde são realizadas, gratuitamente, avaliações urológicas e cardíacas, com base em uma fila de espera. Já os homens que não têm acesso a essa possibilidade, devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência e solicitar ao médico o encaminhamento ou exame de rastreamento para a detecção do câncer de próstata.
O décimo mês do ano é mais do que especial para o Hospital de Amor, pois ele é marcado pela maior campanha de conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia.
O “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama – teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas. A iniciativa chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença. Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo. De acordo com as últimas estatísticas do Globocan 2018 (BRAY, 2018), foram estimados 2,1 milhões de novos casos de câncer e 627 mil óbitos pela doença. No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% da doença em mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer é descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Em 2018, o Hospital de Amor realizou 171.478 exames de mamografia, graças às suas 22 unidades móveis (carretas) e seus 13 institutos de prevenção espalhados pelo país, levando grandes chances de cura contra o câncer de mama a mulheres de 40 a 69 anos. Devido a esse intenso trabalho, 73% dos casos foram descobertos em estágio inicial. “Quanto mais cedo a doença for encontrada, maiores serão as chances de cura. Com certeza, a mamografia ainda é a melhor forma de se fazer isso”, declarou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino.
Faça seu exame
Durante todo o mês de outubro, os Institutos de Prevenção do Hospital de Amor estarão de braços abertos esperando pelas mulheres. Vá até a unidade mais próxima de você e realize, gratuitamente, seu exame de mamografia para a prevenção do câncer de mama.
– Quem deve fazer o exame de mamografia?
Mulheres de 40 a 49 anos, anualmente.
Mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos.
– Como e onde fazer?
Ligue e agende seus exames no Instituto de Prevenção do HA, pelos telefones (17) 3321-6626 ou (17) 3321-6600 (ramais 7054 e 7050).
– O que devo levar?
RG, CPF, comprovante de residência e Cartão SUS.
– Onde estão localizados os Institutos de Prevenção?
O Hospital de Amor conta com unidades fixas de prevenção nas seguintes cidades: Barretos (SP), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Fernandópolis (SP), Ji-Paraná (RO), Juazeiro (BA), Lagarto (SE), Macapá (AP), Nova Andradina (MS), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
Quer saber mais? Para esclarecer as dúvidas sobre o câncer de mama e ainda saber os mitos e verdades que envolvem a doença, clique aqui.
Outubro ainda não chegou, mas as ações que se estenderão durante o mês destinado à conscientização sobre a prevenção do câncer de mama já começaram no Hospital de Amor. Exemplo disso é o projeto Talento Rosa 2019, lançado na última quarta-feira (18) para cerca de 170 professores, dirigentes e representantes das escolas públicas e particulares de Barretos (SP) e região. O projeto, que é organizado pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC), ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, tem o intuito de estimular nos alunos a cultura do autocuidado, qualidade de vida, prevenção primária e secundária do câncer de mama por meio da produção de vídeos, frases, desenhos e cartazes.
Todos os anos, é durante o lançamento que os educadores são capacitados e orientados sobre a aplicação do projeto em sala de aula. Em 2019, o NEC trouxe até Barretos a palestra ‘Prevenir é o alvo’ e a oficina ‘Chaveiro da Vida – Prevenção ao alcance das mãos’, ministradas pela presidente do Instituto HUMSOL (Instituto Humanista de Desenvolvimento Social) e vice-presidente da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), Tânia Mary Gomez. “Eu faço este trabalho há anos Já viajei o para vários lugares do Brasil e do mundo conhecendo de perto trabalhos de conscientização e prevenção de câncer, mas o que é desenvolvido pelo Hospital de Amor e a maneira como os programas são aplicados aqui é incrível, louvável”.
O Coordenador do NEC, Gerson Lucio Vieira, explica que o Talento Rosa, que faz parte do Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas, é um dos projetos de maior capilaridade e que chega a ser aplicado para quase 30 mil crianças e adolescentes. “Os alunos são estimulados a realizar produções artísticas de acordo com os ciclos escolares, e cada sala de aula elege uma que melhor represente a reflexão da turma. No último ano, recebemos 715 produções de 80 instituições de ensino. Para nós, é importante ver o quanto eles se mobilizam e como toda a informação trabalhada em sala de aula também chega aos familiares, neste caso, para as mulheres de seu núcleo familiar”, se orgulha o coordenador. O NEC também é responsável por oferecer todo o material de subsídio teórico sobre o tema aos docentes, como textos, artigos e vídeos.
Há cinco anos, a Federação Internacional das Sociedades Oncológicas de Cabeça e Pescoço (IFHNOS) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) instituíram o dia 27 de julho como o ‘Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço’. A partir de então, o mês ficou conhecido como ‘Julho Verde’ – período em que é realizada a campanha nacional de prevenção deste tipo de câncer, visando conscientizar a população sobre a doença, seus principais fatores de risco e formas de preveni-la.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), por meio de seus associados e parceiros, como a Associação do Câncer de Boca e Garganta (ACBG), trazem em 2019 a campanha: “O câncer tá na cara, mas as vezes você não vê”, que visa alertar a população dos primeiros sinais e sintomas, que possibilitariam um diagnóstico precoce e, em consequência, tratamentos menos agressivos e a maior possibilidade de cura. Neste contexto, o Hospital de Amor (HA) apresenta um papel crucial como instituição de ensino e pesquisa, na divulgação da campanha e nas ações que envolvem a mesma.
De acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres que afetam a região da cabeça e pescoço que, somados, ocupam a segunda maior incidência entre os homens brasileiros. Segundo o cirurgião e vice-coordenador do departamento de cabeça e pescoço do HA, Dr. Ricardo Ribeiro Gama, apesar desse tipo de tumor não ser o mais frequente na população e nem o que apresenta maior índices de morte, ele ainda acomete mais de 500 mil novas pessoas em todo o mundo. Para o médico, o problema é que muitos desses casos são diagnosticados tardiamente, o que prejudica o tratamento e as chances de cura. “A necessidade da campanha nasceu da falta de esclarecimento da população e profissionais da área de saúde sobre a doença. Apesar de ser de fácil acesso o exame clínico, o câncer de boca – o mais comum em nosso meio (em cerca de 70% a 80% das vezes), é diagnosticado em fase avançada, o que acarreta alta mortalidade e graves sequelas relacionadas ao tratamento realizado”, afirma Gama.
Em função do diagnostico tardio, os tumores de cabeça e pescoço, por serem diagnosticados em fase avançada, apresentam altas taxas de mortalidade. Quando um tumor é diagnosticado precocemente, a chance de o paciente sobreviver à doença em cinco anos é de, aproximadamente, 90%. Mas, quando diagnosticado tardiamente, a taxa de sobrevivência cai para algo em torno de 30%, independentemente dos tratamentos realizados com intenção curativa.
Tipos mais comuns
O câncer de cabeça e pescoço compreende um conjunto de neoplasias malignas localizadas em diferentes regiões da via aérea e digestiva superiores, como: boca, faringe, laringe, glândulas salivares, seios da face e cavidade nasal. Dr. Ricardo Gama afirma que os homens são os mais afetados pelos tumores. “Isso acontece pelos hábitos do homem de beber e fumar mais, ter uma qualidade de vida pior e não se preocupar muito em ir ao médico. No entanto, o número de casos em mulheres tem aumentado, devido à maior liberdade do sexo feminino nos tempos atuais”.
Sinais e sintomas
É importante que as pessoas fiquem atentas sobre os sinais e sintomas da doença. Os mais comuns são caroços ou nódulos no pescoço, feridas na boca com mais de 15 dias que não cicatrizam e rouquidão. Muitas vezes, são os profissionais de odontologia que percebem a ocorrência dessas lesões, mas, também é fundamental procurar um médico de sua confiança se perceber qualquer um desses sintomas.
Prevenção
O desenvolvimento desses tumores também está relacionado a hábitos não saudáveis de vida, tais como: consumo exagerado de álcool e tabaco, além de relações sexuais de risco, ou seja, sem uso de preservativos.
Para o médico, a principal forma de se prevenir esse tipo de câncer é não fumar, independente se cigarro de filtro, de palha ou corda, cachimbo, charuto ou narguile, pois todos podem causar câncer na área da cabeça e pescoço. “Outra forma de prevenção é se cuidar com o uso de bebida alcoólica, procurando não ingerir ou, se ingerir, em quantidades pequenas e, de preferência, não diariamente. De forma geral, a pessoa que ingere mais de duas latas ou garrafas pequenas de cerveja por dia; mais de dois cálices de vinho por dia; ou mais de duas doses de destilado vodka, cachaça, conhaque, whisky), já pode ser considerado um consumidor acentuado de álcool”, relatou.
A incorporação de bons hábitos, como a escovação da boca e dental três vezes ao dia, ir ao dentista duas vezes ao ano e alimentação rica em legumes, verduras e frutas, é essencial para a saúde da boca. A vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) também previne contra o câncer de garganta na vida, sendo assim, a vacinação deve ocorrer em meninas e meninos, pré-adolescentes, preferencialmente antes da primeira relação sexual.
Formas de tratamento
Quando diagnosticado na fase inicial, o tratamento consiste em cirurgias menos agressivas ou em radioterapia, causando menos problemas de função, como mastigar, sentir o gosto ou cheiro do alimento, engolir, respirar, falar, menor ou nenhuma deformidade no pescoço e face, e menor chance de complicações para a função do pescoço, ombros e braços. Quando diagnosticado em fase avançada, o tratamento consiste em radioterapia e quimioterapia, que podem ser associados a cirurgias agressivas. Estes tratamentos combinados levam a graves sequelas, muitas delas definitivas, causando grande prejuízo estético e funcional na área da cabeça e pescoço.
“É importante lembrar que apesar dos tratamentos agressivos para estes tumores avançados, as chances de curas são pequenas: cerca de 30% em 5 anos após o diagnóstico de um câncer avançado, por mais que o melhor tratamento seja realizado. Por isso, o diagnóstico precoce é muito importante, assim como a conscientização da população sobre a doença, seus sinais e sintomas e de como preveni-la, através de campanhas como o “Julho Verde”, finalizou Gama.
A campanha no Hospital de Amor
Sabendo da importância do diagnóstico precoce, formas de prevenção e manejo do tratamento e de suas complicações a curto, médio e longo prazo, visando melhorias na qualidade de vida do paciente e melhor prognóstico, o departamento de cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital de Amor auxilia na divulgação do ‘Julho Verde’.
No dia 31 de julho, profissionais dos setores de cabeça e pescoço, fonoaudiologia, enfermagem, epidemiologia e prevenção da instituição se reunirão para um evento especial, que tem como objetivo divulgar a especialidade e a equipe multidisciplinar que a envolve, além de esclarecer o que trata a Oncologia de Cabeça e Pescoço.
De acordo com o Dr. Ricardo Gama, serão realizadas palestras que abordarão temáticas destinadas para profissionais da área da saúde. “O evento mostrará a importância da equipe multidisciplinar no manejo clínico destes pacientes e enfatizará a epidemiologia, os fatores de risco, diagnóstico, tratamento e o prognóstico de pacientes com os dois tipos mais comuns de tumor da via aerodigestiva superior: o câncer de boca e o de laringe. Nossa intenção é mostrar o que o departamento tem avançado no tratamento e na reabilitação destes pacientes”, declarou.
Além do evento, haverá mobilização no calçadão de Barretos (SP), aos sábados, onde profissionais do hospital estarão falando com a população sobre a doença e oferecendo exames gratuitos de boca. A Unidade Móvel de Prevenção Odontológica do Hospital de Amor, ficará estacionada no calçadão, em datas que serão previamente divulgadas, oferecendo os exames que serão realizados por dentistas.
No Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) lançou oficialmente uma unidade móvel equipada com aparelho radiológico de Rastreamento de Câncer de Pulmão, pioneira na América Latina. A novidade faz parte da expansão do programa de apoio antitabaco, realizado pela instituição em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Barretos. De acordo com o médico radiologista do Hospital de Amor, Rodrigo Sampaio Chiarantano, esse é um projeto revolucionário, visto que a tomografia computadorizada de baixa dose (rastreamento) para detecção de câncer de pulmão ainda é indisponível no SUS e na maior parte da rede privada de saúde do país. “Por meio da unidade móvel, esse exame poderá chegar, em um futuro próximo, a diferentes lugares do país”, afirma.
Para se ter uma ideia da importância dessa ação, segundo os critérios estabelecidos pelo programa, estima-se que, apenas em Barretos, 3.376 indivíduos sejam elegíveis para o rastreamento.
A doença
O câncer de pulmão é um dos tumores que mais mata no Brasil, muito por conta do diagnóstico tardio. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) de 2018, essa doença silenciosa é a segunda que mais incide entre os homens e o quarto tipo de câncer mais frequente em mulheres. No ano passado, o Hospital de Amor tratou cerca de 1.300 pacientes com essa neoplastia maligna de pulmão, sendo 400 novos casos.
“A importância dessa ação é que a maioria dos fumantes se concentra nos estratos mais carentes da população, de onde vem também a maior parte dos casos de câncer de pulmão. Essa doença é silenciosa e geralmente identificada no estágio avançado. Com a detecção precoce, a taxa de sobrevida é estimada em 56%”, diz Chiarantano.
O projeto
O programa inicialmente será realizado em Barretos com os fumantes atendidos pelas unidades básicas de saúde (UBSs) da cidade, que se enquadram nos critérios de maior risco para o câncer de pulmão. “A ideia a médio prazo é que o exame seja oferecido a toda a população da cidade. A longo prazo, o Hospital de Amor espera disponibilizar o programa aos municípios vizinhos e nas demais cidades com unidades de prevenção da instituição, como Campinas”, conta o médico.
Os critérios para o rastreamento são: que a pessoa seja fumante ou ex-fumante (neste segundo caso, que tenha parado há menos de 15 anos), possua entre 55 e 75 anos e histórico de consumo maior ou igual a 30 anos-maço (número de anos que fumou multiplicado por quantos maços fumava por dia, resultando no número de anos-maço).
Evento em Barretos
Para apresentar o projeto para a população, incluindo o programa antitabaco oferecido pelas unidades básicas de saúde de Barretos, o Hospital de Amor e a Secretaria Municipal de Saúde do município realizaram, nos dias 31 de maio e 1 de junho, uma ação que reuniu centenas de pessoas no centro da cidade. Ao todo, 85 tomografias foram realizadas e mais de 50 foram agendadas para os próximos dias.
A cada ano que passa, a Caminhada “Passos que Salvam” – uma das principais campanhas de conscientização promovidas pelo Hospital de Amor – ganha espaço e conquista municípios que abraçam a causa em favor do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Após o sucesso da 7ª edição, que aconteceu no dia 25 de novembro de 2018, e para que o projeto continue ajudando ainda mais pessoas a descobrir os sinais e sintomas da doença, o HA deu mais um passo e realizou, pelo sexto ano consecutivo, a ‘Capacitação de Médicos em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’.
O encontro aconteceu nos dias 22 e 23 de março, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos (SP). Das 650 cidades participantes na última caminhada, 140 médicos (que prestam atendimento a crianças e adolescentes na rede pública de saúde), vindos de 11 estados do Brasil, participaram do evento.
As palestras, ministradas por colaboradores da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, tiveram como objetivo orientar e capacitar esses profissionais para que possam colaborar no diagnóstico precoce do câncer e enviar esses pacientes com mais rapidez para tratamento na instituição. Graças ao treinamento, os participantes poderão se tornar referência na cidade onde atuam, criando um acesso direto com os médicos do Hospital, facilitando o envio de exames e a discussão de casos.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, metade das crianças que chegam a Barretos para o tratamento da doença já se encontra em estágio muito avançado, sendo difícil oferecer taxas elevadas de cura. “Nós temos que mostrar para o pediatra como detectar o câncer precocemente, pois se os pacientes continuarem chegando à instituição tarde demais, não conseguiremos melhorar”, afirmou.
Os dois dias de programação contaram com discussões sobre os seguintes temas: Epidemiologia do Câncer Infantil; Aplicação dos Estudos Moleculares e Genéticos no Diagnóstico Precoce; Os Sinais de Alerta no Hemograma do Diagnóstico Precoce; Estudos de Peregrinação das famílias e pacientes até a chegada a Barretos; Indicação de exames de imagem do Diagnóstico Precoce; Aspectos Importantes da Cirurgia Pediátrica; Vacinação no Imunossuprimido; Abordagem teórica e apresentação de casos: Tumores Abdominais, Retinoblastoma, Leucemias, Tumores Cerebrais, Tumores Ósseos e Linfomas.
Segundo o médico, é possível perceber resultados positivos em decorrência dos eventos anteriores. “Já estamos medindo isso. Temos dados estatísticos das crianças que foram encaminhadas para cá antes do treinamento e depois dele. E estamos reduzindo, significativamente, o número de pacientes que chegaram com tumor avançado, e agora chegam com a doença em estágios mais iniciais, permitindo que se curem”, finalizou Lopes.
Para a coordenadora da Caminhada “Passos que Salvam”, Naima Kathib, esse é um dos projetos mais importantes desenvolvidos pelo Hospital. “Desde de 2014, quando começamos a capacitar os médicos de todo o Brasil, já foi possível perceber a mudança no olhar desses profissionais em relação aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Mais de 1.200 médicos já se tornaram referência em seus municípios para o envio de pacientes ao HA e nós não vamos parar por aí!”, relatou a coordenadora.
O câncer infantojuvenil
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), atualmente, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos com câncer podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. Para o Dr. Luiz Fernando Lopes, 12.500 novos casos são diagnosticados todos os anos no Brasil, e a expectativa é de que até 2020 este número aumente em 30%.
Capacitação de Enfermeiros
Os municípios que realizaram a caminhada também poderão enviar seus enfermeiros para participar da ‘Capacitação de Enfermeiros em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’. O treinamento destes profissionais acontecerá nos dias 24 e 25 de maio de 2019. Para mais informações, basta entrar em contato com o departamento responsável pela Caminhada “Passos que Salvam” através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7169, ou e-mail: ‘passosquesalvam@hcancerbarretos.com.br’.
O Hospital de Amor encerrou o ano de 2018 com duas grandes conquistas: a inauguração de unidades de prevenção nos estados do Acre e do Amapá. Só em 2017, a instituição realizou 880.620 atendimentos a pacientes de todo o Brasil, sendo que 6.365 deles foram para pessoas dessas localidades.
Hospital de Amor Rio Branco
No dia 20 de novembro, a capital do estado do Acre, Rio Branco, ganhou um Instituto de Prevenção destinado ao combate dos cânceres de mama e colo do útero ainda em fase inicial. Além do prédio fixo, a população acreana recebeu também duas unidades móveis (carretas) equipadas, que irão integrar o programa de prevenção e percorrer todo os municípios, realizando exames de mamografia e Papanicolaou.
Denominada ‘Hospital de Amor Rio Branco’, a unidade possui capacidade para 8.390 atendimentos por mês, entre exames, atendimentos ambulatoriais e pequenos procedimentos cirúrgicos, e contará com uma equipe composta por médicos de várias especialidades (como mastologistas e ginecologistas), físicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos e assistentes sociais.
Para que o projeto fosse concretizado, o governo do Acre contribuiu com R$ 31 milhões – recursos vindos de uma negociação relacionada a uma multa trabalhista atribuída ao estado.
Hospital de Amor Macapá
Em Macapá, capital do estado do Amapá, a inauguração do Instituto de Prevenção aconteceu no último dia 15 de dezembro de 2018 e contou com a presença do prefeito do município, Clécio Luís, do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e outras autoridades.
A partir do início deste ano, a população amapaense terá acesso a exames preventivos gratuitamente. O instituto terá capacidade para realizar 500 procedimentos por dia para detecção de câncer de mama e colo de útero, considerados de maior incidência no Amapá. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e o Hospital de Amor pretendem habilitar outras ações para o rastreamento do câncer de próstata, pele, boca, entre outros.
O projeto também contará com uma carreta de diagnóstico para percorrer todo o estado realizando exames preventivos. A estimativa é de que a unidade móvel faça uma média de 130 atendimentos por dia, entre mamografias (para o rastreamento do câncer de mama em mulheres de 40 a 69 anos) e Papanicolaou (para rastreamento do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos).
A implantação do ‘Hospital de Amor Macapá’ só foi possível graças a uma articulação do governo com o HA e a bancada federal, que destinou R$ 22 milhões de emendas. A contrapartida do Estado foi de R$ 3 milhões para obras de infraestrutura nos arredores, como instalações elétrica e hidráulica, sistema de esgoto e obras de mobilidade urbana.
O governo do Estado assinará um convênio com o Hospital de Amor para custear o funcionamento da unidade. O termo será destinado para a manutenção do prédio, recursos humanos, exames, água, luz e internet. O convênio terá custos fixos estabelecidos e variáveis, que dependerão do quantitativo de atendimentos que serão realizados no instituto de prevenção. A contribuição estadual está acontecendo desde 2015, com a articulação para implantação da unidade e doação do terreno para sua construção.
Benefícios
De acordo com o diretor médico das unidades móveis do Hospital de Amor, Dr. Raphael Haikel Júnior, a importância das novas unidades da região Norte do país está na possibilidade de identificação precoce dos cânceres de mama e colo de útero mais facilmente para essa população. “Há 95% de chance de cura para os tumores de mama, quando descobertos em estágios iniciais, e quase 99% para os de colo de útero. Ao identificar a doença rapidamente, a probabilidade é de que o tumor ainda esteja pequeno, o que contribui para que 80% do tratamento seja realizado nos próprios institutos de prevenção. Dessa forma, as mulheres não precisarão ficar distantes de suas famílias, o que é uma grande vantagem”, afirmou.
Para ele, outro benefício está na diminuição de custo, uma vez que o gasto no tratamento de câncer de mama é, inicialmente, de R$ 10 mil. Em estágio avançado, o tratamento da doença pode custar até R$ 140 mil. “Com as novas unidades, será possível levar atendimento de excelência à população dos estados mais carentes em atenção básica de saúde e prevenção. A partir de agora, vamos evitar que as mulheres encontrem tumores em estágios avançados e sem possibilidades de cura”, finalizou Dr. Raphael Haikel Júnior.
Levar a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil é a principal missão da “Caminhada Passos que Salvam” – a maior mobilização promovida pelo Hospital de Amor, simultaneamente, em centenas de cidades de todo o país.
A 7ª edição da campanha, realizada dia 25 de novembro, foi um sucesso: movimentou mais de 650 municípios, em 20 estados do Brasil. A grande novidade dessa edição é que a caminhada também foi realizada por um grupo de brasileiros residente em Londres, no Reino Unido. A ação acontece, todos os anos, durante o último domingo do mês, já que a escolha da data está relacionada à proximidade com o “Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil”, celebrado em 23 de novembro.
Em Barretos, cerca de 500 pessoas se uniram para participar da campanha, que teve início às 8h, na unidade infantojuvenil, e seguiu até o North Shopping, levando conscientização e muita diversão à toda população.
Sinais e Sintomas
Entre os sinais e sintomas mais comuns da doença, estão manchas roxas pelo corpo, dores de cabeça, vômito, perda de peso, fraqueza e dores nos ossos, sintomas que parecem comuns na infância e podem ser confundidos com doenças que acometem crianças e adolescentes, mas também podem ser o primeiro sinal de que há algo errado acontecendo.
De acordo com o diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Luiz Fernando Lopes, a unidade infantojuvenil do HA tem todas as condições de tratar as crianças com a mesma qualidade dos países com alto nível de desenvolvimento (especialistas experientes, medicamentos adequados e uma excelente estrutura), mas nada disso impacta na vida das crianças se elas não chegarem precocemente para o tratamento. “Ainda há uma quantidade significativa de crianças chegando tardiamente em nossa instituição. O que falta é a conscientização de médicos, enfermeiros e familiares, e essa campanha é uma das melhores formas que encontramos para sensibilizar essas pessoas. Nós só alcançaremos níveis internacionais de cura se tivermos esse cenário favorável”, declarou.
Para a coordenadora da ação, Naima Kathib, o objetivo da Caminhada é trazer à discussão a importância dessa conscientização, de maneira lúdica, envolvendo assim toda a sociedade, de modo que permita com que mais diagnósticos precoces aconteçam, consequentemente, haverá maior chances de cura, sendo ampliadas para até 95%.
O escrevente técnico judiciário de Barretos, Fernando de Souza Teixeira, é voluntário no evento há 4 anos e o que o motiva a continuar apoiando a causa, é a importância da conscientização que ela leva a todas as pessoas e o quanto isso impacta, positivamente, na vida e na saúde de todas a crianças e adolescentes. “Eu me sinto responsável e impulsionado a dar uma força a quem está trabalhando em prol da comunidade. Todos os anos eu reservo essa data e, na próxima, podem contar comigo, pois minha presença é garantida”.
Outra presença marcante em todas as edições da caminhada é o vice-diretor médico da unidade infantojuvenil do HA, Dr. Robson Coelho. Ele, que sabe como ninguém o quanto é essencial que as crianças cheguem precocemente para tratamento no Hospital, agradeceu o trabalho da equipe organizadora da ação. “A caminhada serve para alertar a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Quanto mais rápido forem diagnosticados pelo pediatra ou pelo clínico geral, mais rápido a criança chega para o tratamento e maiores são as chances de cura. Então, qualquer campanha dessa que seja realizada, no Brasil e no mundo, na tentativa de conscientizar a população, é de grande valia. Precisamos agradecer ao HA e, principalmente, a equipe responsável pela organização do evento, por reunirem tantas cidades para abraçar a causa e participar”, ressaltou.
Números
Em 2012, primeiro ano em que ocorreu a mobilização, 19 municípios do Estado de São Paulo e dois de Rondônia caminharam, levando a população, empresas e entidades para participar do evento. Já no ano seguinte, o número quase quadruplicou: 80 municípios participaram da caminhada em oito estados. A terceira edição foi ainda melhor: 201 cidades em 11 estados brasileiros caminharam juntas, no mesmo dia e horário, levando mais de 150 mil pessoas às ruas. Em 2015, foram 306 cidades de 12 estados que caminharam, comprometidos na luta contra o câncer infantojuvenil. No ano passado, a “Passos que Salvam” mobilizou 300 mil pessoas em cerca de 500 municípios de todo o Brasil.
Captação de Recursos
Além de disseminar essas importantes informações, a “Caminhada Passos que Salvam” também possui uma ação para arrecadar fundos para o tratamento dos pacientes no Hospital de Amor Infantojuvenil. Ao adquirir um kit com camiseta, boné e ‘sacochila’, cada participante contribuiu com o valor de R$ 35,00, que será direcionado à instituição.
Para obter mais informações e saber se sua cidade já aderiu a esse movimento, acesse: www.hcancerbarretos.com.br/passosquesalvam.
Assim como acontece durante outros meses do ano, especialmente em outubro com as inúmeras mobilizações de conscientização a respeito do câncer de mama, em novembro, a sociedade também se reúne com o intuito de conscientizar os homens a respeito da prevenção do câncer de próstata – doença mais comum e a segunda com maior causa de óbito oncológico no sexo masculino. Além da prevenção, o mês também chama a atenção à saúde do homem como um todo.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que são estimados 68.220 novos casos em 2018 no Brasil, sendo esse o tipo de câncer mais incidente nos homens (exceto o câncer de pele não melanoma), em todas as regiões do país. Por se tratar de uma doença assintomática em fases iniciais, a melhor maneira de se detectar é através do exame de rastreamento (também conhecido como exame de toque) e de PSA (conhecido por Antígeno Prostático Específico, que pode ser avaliado através de um exame de sangue simples). Esses dois, juntos, possuem uma capacidade de detecção maior para o câncer de próstata.
De acordo com o médico urologista e coordenador do departamento de urologia do Hospital de Amor, Dr. Alexandre César Santos, em termos estatísticos, o câncer de próstata é responsável pela morte de 3% da população. “Há uma prevalência mais frequente, em torno de 16% dos homens da população em geral, que podem ser acometidos pela doença. Graças à campanha Novembro Azul, é possível perceber uma diminuição da mortalidade por esse tipo de tumor”, afirmou.
Para falar mais sobre o assunto e esclarecer as principais dúvidas sobre a doença, o Hospital de Amor fez uma entrevista especial com o especialista. Confira:
1 – Como é feito o diagnóstico do câncer de próstata?
R.: É realizado um rastreamento inicial, que leva em consideração outros fatores, como a raça e histórico familiar. Com base nisso, são feitos exames de rastreamento para detecção da doença. Caso haja diagnóstico positivo, o paciente é encaminhando para iniciar o tratamento. Em caso negativo, é feita uma estratégia de prevenção: se os riscos forem baixos, os rastreamentos são anuais ou a cada dois ou três anos.
2 – Por que o homem não pode deixar de realizar os exames preventivos?
R.: Basicamente, pelo fato do câncer de próstata não apresentar sintomas em fases iniciais. A doença surge em uma região da próstata e, na maioria das vezes, os pacientes não sentem dor, não há sangramento na urina e não há dificuldade em urinar ou evacuar. Enquanto isso, o tumor está crescendo na próstata desse homem.
Quando ele demora para fazer os exames preventivos, fazemos um diagnóstico tardio e, na maioria das vezes, o tumor não está apenas na próstata, já extrapolou e deu metástase, acometendo ossos e outros órgãos. Nesta fase, nós não conseguimos curar o paciente, mas sim paliativar os sintomas. A importância da detecção precoce é não esperar os sinais aparecerem para correr atrás do prejuízo. É de extrema importância que a doença não seja detectada quando estiver em estágios graves.
3 – Qual é o público-alvo da campanha?
R.: Homens, a partir dos 50 anos de idade, na população geral. E homens da raça negra ou que tenham histórico familiar de câncer de próstata, devem realizar os exames a partir dos 45 anos.
4 – Como é possível prevenir a doença?
R.: As pessoas que possuem convênio ou planos de saúde devem procurar o urologista de confiança, relacionado ao convênio. Os pacientes que são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que desejam realizar os exames de prevenção e que estão situados no Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS), devem fazer o agendamento junto ao projeto ‘Saúde do Homem’, no AME, através do 0800-779-000, onde será realizado, gratuitamente, avaliações urológicas e cardíacas, com base em uma fila de espera. Já os homens que não têm acesso a essa possibilidade, devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência e solicitar ao médico o encaminhamento ou exame de rastreamento para a detecção do câncer de próstata.
5 – Quais ações o HA irá realizar referentes ao Novembro Azul?
R.: O Instituto de Prevenção do HA já realiza um trabalho contínuo com as carretas que percorrem o país inteiro oferecendo exames de PSA e toque para esse público. O departamento de urologia também irá realizar palestras nas recepções da instituição, em clubes de serviços da cidade, como Rotary Club e Maçonarias, e divulgação em jornais e rádios locais, durante todo o mês de novembro. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância da prevenção do câncer de próstata.
6 – O público masculino está se preocupando com a saúde?
R.: Graças às mobilizações de campanhas como o Novembro Azul e aos programas de rastreamento, percebemos nitidamente uma diminuição da mortalidade do câncer de próstata. Atualmente, os homens estão mais preocupados com a saúde e em evitar doenças potencialmente mais graves (diferente do que víamos há 10 ou 15 anos, quando existia uma grande resistência e preconceito em relação ao exame de toque). É por isso que damos tanta importância às campanhas! Elas devem continuar e incentivar, cada vez mais, os homens.
Levar a conscientização sobre o diagnóstico precoce e sobre a importância do exame de mamografia é o principal objetivo da campanha “Outubro Rosa” – movimento que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama. A mobilização, que teve início nos Estados Unidos, na década de 1990, com algumas ações isoladas, chegou ao congresso americano e conquistou a aprovação de uma lei que tornaria outubro como o mês nacional de prevenção à doença.
Atualmente, a ação acontece em vários países ao redor do mundo e, para despertar a atenção das pessoas, em especial, das mulheres, monumentos (como Torre Eiffel e Cristo Redentor), praças públicas, igrejas e estabelecimentos comerciais são iluminados por luzes rosas.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tumor maligno mais frequente entre as mulheres no mundo. Para o Brasil, estimam-se 59.700 novos casos de câncer de mama para cada ano do biênio 2018/2019. Além disso, a cada semana, um novo caso de câncer será descoberto em uma mulher que não sente absolutamente nada. Está aí a grande importância de se atentar aos exames preventivos.
Para falar sobre o assunto e esclarecer as principais dúvidas sobre a doença, o Hospital de Amor entrevistou a médica radiologista do Instituto de Prevenção, Dra. Silvia Sabino. Confira:
1 – Quais são os números atuais do câncer de mama no Brasil?
R.: De acordo com dados do INCA, o câncer de mama é o principal tipo de tumor que atinge as mulheres em todas as regiões brasileiras, exceto no Norte, que é o segundo lugar, ficando atrás apenas do câncer de colo de útero. É também a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres. No ano de 2012, mais de 1.600.000 mulheres escutaram a frase “você tem câncer de mama”, em todo o mundo.
2 – Qual é a maneira correta de se identificar a doença precocemente?
R.: A recomendação do Ministério da Saúde é a participação das mulheres nas ações de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama, através da realização da mamografia para as mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos, devendo permanecer alertas para os sinais e sintomas suspeitos, como nódulos nas mamas, saída de secreção transparente ou sanguinolenta pelos mamilos ou qualquer modificação de formato ou na pele das mamas.
3 – Quais exames as mulheres devem fazer?
R.: A mamografia é o principal exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Em situações especiais e sob indicação médica, ela poderá ser complementada com ultrassonografia ou ressonância magnética.
4 – Como funciona esse exame?
R.: O mamógrafo é um aparelho de raios-x modificado para realizar o exame das mamas. Durante o procedimento, são realizadas 4 imagens (uma de cada vez) com as mamas comprimidas entre placas. A compressão das mamas é importante para separar o tecido mamário normal de um eventual câncer, já que ambos possuem características semelhantes. Se alguma alteração for observada, imagens adicionais podem ser necessárias. O exame de mamografia pode ser complementado com ultrassonografia e, em alguns casos, por ressonância magnética.
5 – De quanto em quanto tempo é necessário realizar esse exame? Por quê?
R.: As diretrizes de sociedades médicas orientam a realização do exame de mamografia anualmente, a partir dos 40 anos. Porém, o preconizado pelo Ministério da Saúde é a realização a cada 2 anos, dos 50 anos até os 69.
As faixas etárias estão relacionadas às maiores incidências de câncer de mama na população feminina e a periodicidade visa garantir que uma lesão que começar a se desenvolver, possa ser identificada e tratada rapidamente.
6 – Caso algo seja detectado, qual o próximo passo?
R.: Se alguma alteração for detectada e confirmada pelos exames, será necessária a obtenção de uma amostra da lesão. Este procedimento é denominado de biópsia e pode ser realizado através de agulha (biópsia percutânea) ou através de cirurgia (biópsia cirúrgica). Estatisticamente, a cada 4 biópsias mamárias, 1 acaba por revelar um câncer.
7 – Quando o câncer de mama é detectado precocemente, quais são as chances de cura?
R.: Tumores de mama descobertos com menos de 1 cm ou que ainda estejam restritos ao ducto mamário – estrutura que carrega o leite durante a amamentação – apresentam cerca de 95% de chance de cura.
8 – Quais são os tratamentos mais utilizados para o câncer de mama? Como funcionam esses tratamentos?
R.: Atualmente, os tratamentos para o câncer de mama são personalizados e baseados no tipo e extensão tumoral, podendo incluir: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonoterapia e, mais recentemente, terapia alvo e imunoterapia.
• A cirurgia é o tratamento mais comum para o câncer de mama, sendo seu principal objetivo retirar o máximo possível do tumor com uma margem de segurança. A definição do tipo de cirurgia mamária – se conservadora (quando apenas a região acometida da mama é retirada) ou não – dependerá do tamanho do tumor e dos benefícios para a paciente.
• A radioterapia é a segunda principal modalidade de tratamento, usando radiação para destruir células anormais que formam um tumor. Pode ser instituída como o tratamento principal do câncer; tratamento adjuvante (quando realizada após a cirurgia, com objetivo de eliminar as células tumorais remanescentes, diminuindo a incidência de recidiva e metástases à distância); tratamento paliativo (sem finalidade curativa, sendo utilizada para melhorar a qualidade da sobrevida da paciente); para alívio de sintomas da doença, como dor ou sangramento; e para o tratamento de metástases ou, mais modernamente, como tratamento neoadjuvante (o que ocorre antes do tratamento cirúrgico em tumores muito iniciais).
• O tratamento quimioterápico utiliza medicamentos para destruir de maneira sistêmica as células tumorais. A medicação pode ser injetada ou ingerida e também pode ser utilizada no esquema neoadjuvante, adjuvante ou paliativo.
• Muitos tumores de mama apresentam, em sua superfície, receptores de hormônio (estrógeno, progesterona e andrógeno) e podem, assim, utilizar os próprios hormônios da mulher para seu crescimento. A hormonoterapia é uma opção terapêutica sistêmica, que tem como objetivo bloquear a ação destes hormônios em células sensíveis, podendo ser usada de forma isolada ou em combinação com outras formas terapêuticas.
• Outra modalidade de tratamento sistêmico é a terapia alvo, que utiliza medicamentos que atacam especificamente elementos encontrados na superfície ou no interior das células do tumor de mama.
• Finalmente, a imunoterapia é um tratamento biológico sistêmico que potencializa o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos pela própria paciente ou em laboratório, estimulando a ação das células de defesa do nosso organismo para que o tumor seja reconhecido como um agente agressor.
9 – Por que a mamografia, na maioria das vezes, é desconfortável?
R.: As mamas são extremamente sensíveis e um exame que necessita comprimir as glândulas mamárias pode provocar desconforto, que varia de mínimo a intenso, dependendo da sensibilidade da mulher e, sobretudo, da fase do período menstrual em que está sendo realizado.
10 – O que a mulher pode fazer para tornar a mamografia mais confortável? Quais dicas práticas poderia dar?
R.: A principal dica para tornar o exame menos desconfortável é realizá-lo na primeira semana após o final da menstruação. Após a menstruação, as glândulas mamárias estão menos edemaciadas (inchadas) e sua compressão será menos dolorosa.
Outra dica, nem sempre fácil, é tentar relaxar durante o posicionamento das mamas no equipamento. As mamas são unidas ao tórax através da musculatura peitoral. Quando ficamos tensas, contraímos estes músculos e, consequentemente, endurecemos a mama. Se deixarmos o corpo e, sobretudo, os braços relaxados, as mamas serão comprimidas com mais facilidade e sem tanto desconforto. Avisar a técnica de radiologia que as suas mamas são ou estão sensíveis, também traz melhores resultados em relação à percepção de desconforto do exame.
11 – Por que é interessante avisar a técnica sobre a prótese de silicone?
R.: A mamografia em mulheres que possuam implantes mamários pode e deve ser realizada, porém, exige cuidados e posicionamentos específicos da mama para tentar retirar a sobreposição do silicone. Normalmente, serão realizadas de 6 a 8 imagens das mamas. Paciência e colaboração é tudo para um exame rápido e de sucesso!
12 – Quais são os principais fatores de risco do câncer de mama?
R.: Idade da primeira menstruação menor do que 12 anos; menopausa após os 55 anos; mulheres que nunca engravidaram ou nunca tiveram filhos; primeira gravidez após os 30 anos; uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa, especialmente se por tempo prolongado; exposição à radiação ionizante; consumo de bebidas alcoólicas; dietas hipercalóricas; sedentarismo; e predisposição genética (pelas mutações em determinados genes transmitidos na herança genética familiar – principalmente por dois genes de alto risco, BRCA1 e BRCA2), são os principais fatores de risco do câncer de mama.
Mitos x Verdades
– O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres?
Verdade. Inclusive, ele responde por 29,5% dos casos novos a cada ano e a prevenção deve ser feita através da realização de mamografia e hábitos de vida saudáveis.
– O exame de mamografia auxilia na detecção precoce do câncer de mama?
Verdade. O exame ainda é o método mais eficaz de diagnóstico para detecção da doença. Quanto mais precoce a descoberta e remoção do tumor em sua fase inicial, maiores são as chances de cura, podendo ultrapassar 95%.
– O autoexame de mama substitui a realização da mamografia?
Mito. Apenas a mamografia é capaz de detectar nódulos menores que 1cm e imperceptíveis ao autoexame.
– O câncer de mama tem cura?
Verdade. Se detectado em estágios inicias, as chances de cura chegam a 95%.
– A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama?
Verdade. A amamentação pode reduzir o risco da mulher de contrair a doença, mas isso não significa que a mulher que amamentou não terá câncer de mama.
– As mulheres que têm prótese de silicone nas mamas não podem realizar mamografia?
Mito. Podem e devem realizar o exame. Uma mamografia realizada corretamente não traz nenhum dano às próteses. É sempre bom avisar o técnico sobre a presença do silicone para que ele possa aplicar menos pressão.
– Homens podem ter câncer de mama?
Verdade. Porém, são mais raros, correspondendo a cerca de 1% dos casos.
– O uso de desodorante antitranspirante pode causar câncer de mama?
Mito. Não existem pesquisas que evidenciem relação direta entre o uso desse tipo de produto e o desenvolvimento da doença.
– Sintomas como nódulo palpável, presença de secreção aquosa, com aspecto transparente ou sangue pelo mamilo e alterações na pele podem ser sinais de câncer de mama?
Verdade. Se você perceber algum desses sinais, fique alerta e procure um médico de sua confiança para ser avaliada.
– O câncer de mama pode ser causado por um trauma, como bater a mama na maçaneta da porta ou outros locais, por exemplo?
Mito. O que pode ocorrer nesses casos é que, após o trauma, a mulher passa a se observar e/ou se tocais mais e descubra um nódulo que já estava presente.
– A radiação emitida pelo aparelho de mamografia é prejudicial à saúde?
Mito. A quantidade de radiação emitida durante o exame é relativamente baixa e o risco associado à exposição é mínimo.
– O sutiã pode aumentar o risco de câncer de mama?
Mito. Não existem estudos que evidenciem relação direta entre o uso do sutiã e o desenvolvimento da doença.