No Brasil, o câncer de pele é o mais frequente entre todos os tipos da doença. Segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), entre 2023 e 2025, são esperados 705 mil novos casos de câncer no país por ano, dos quais 31,3% devem ser de pele não melanoma, o que corresponde a pouco mais de 220 mil novos casos. Quanto ao câncer de pele melanoma, o número de casos novos estimados é de quase 9 mil por ano, mas, apesar de ser menos comum, merece atenção, pois é considerado um tipo mais grave da doença, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (que é disseminação do câncer para outros órgãos) e alto índice de mortalidade quando diagnosticado tardiamente. De modo geral, o prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom quando há detecção em sua fase inicial. Por isso, estratégias de prevenção e diagnóstico precoce devem ser prioritárias.
Diante desse cenário, o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor apresentou um projeto de estudo, que foi selecionado e acaba de receber o fomento do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica – PRONON, implantado pelo Ministério da Saúde para incentivar ações e serviços desenvolvidos por entidades, associações e fundações privadas sem fins lucrativos no campo da oncologia. A proposta é criar uma cabine de autoatendimento que ficará à disposição do público durante nove meses, em locais de grande circulação, facilitando o acesso à uma avaliação primária, incialmente, com a comunidade de Barretos (SP).
Nesse período, o equipamento coletará informações dos usuários, como dados cadastrais e imagens, que serão enviados diretamente para o HA. Com essas informações em mãos, um laudo será gerado e, no caso de lesões suspeitas, esse usuário será convocado com prioridade para análise mais precisa com um médico especialista. Além disso, a cabine contará também com experiências que visam proporcionar o aprendizado da população sobre como prevenir o câncer de pele, como identificar possíveis melanomas e também sobre a importância do uso do filtro solar.
O projeto, que está sob responsabilidade do Dr. Vinicius de Lima Vazquez, cirurgião oncológico do HA e Diretor Executivo do IEP; da Dra. Vanessa D´Andretta Tanaka, dermatologista do HA; e da Dra. Raquel Descie Veraldi Leite, fisioterapeuta e doutora em Oncologia pelo HA, deve ter início no primeiro semestre deste ano e prevê, ainda, equipar todas as Unidades Básicas de Saúde do município com dermatoscópios, expandindo o projeto de teledermatologia da instituição, com o intuito de tornar mais eficiente a comunicação entre os profissionais da Atenção Básica de Saúde e a equipe do departamento de Prevenção do HA.
Segundo a Dra. Raquel, trabalhar a Educação em Saúde com a população também fará parte das ações, com a distribuição de materiais informativos e treinamentos para vários grupos da sociedade, como profissionais de saúde da Atenção Básica e trabalhadores de estética corporal, incluindo tatuadores, massagistas, manicures, entre outros. “Isso porque levar conhecimento faz com que os cidadãos se tornem autônomos na questão de tomar as próprias decisões em relação a sua própria saúde, de sua família e comunidade. O diagnóstico é crucial e aumenta as chances de um tratamento mais efetivo, uma melhor recuperação e uma maior qualidade de vida”, reforçou a fisioterapeuta e pesquisadora.
O câncer é, há muito tempo, um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A situação fica ainda mais preocupante quando as estimativas apontam que, nos próximos anos, os números de casos da doença irão aumentar. É isso mesmo! De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), entre 2023 e 2025 são esperados 705 mil novos casos de câncer no Brasil por ano, ou seja, muitas pessoas serão diagnosticadas, principalmente as que estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste, onde estão concentradas 70% da incidência.
E agora? Por que haverá o aumento desses números? Com o propósito de incentivar a conscientização da sociedade sobre a importância da prevenção, do diagnóstico e da ampliação de políticas públicas associadas ao combate à doença, foi criado o “Dia Mundial do Câncer” (World Cancer Day) – mobilização internacional celebrada em 4 de fevereiro. Por conta dessas e outras questões, o cirurgião oncológico do Hospital de Amor, Dr. Ricardo Gama, esclareceu: isto se deve pelo envelhecimento da população. “As pessoas estão vivendo mais e, consequentemente, envelhecendo mais. Por isso, a gente acaba vendo um maior número de casos de câncer nas pessoas acima de 50 a 60 anos, que é a faixa etária mais comumente atingida pelas neoplasias malignas. Além disso, o fácil acesso ao diagnóstico das doenças, tanto no sistema público de saúde, quanto no privado, faz com que se tenha um aumento nos números de tumores”, contou.
Tipos de câncer mais comuns
Segundo o médico, o tipo de câncer mais comum atualmente, ainda é o de pele não melanoma. Nas mulheres, o mais incidente é o de mama; nos homens, o de próstata. Para o próximo triênio, as estimativas apontam o câncer de intestino, ou seja, o colorretal, como sendo o segundo mais frequente. Em porcentagens, a incidência seria:
1 – câncer de pele não melanoma (31,3%)
2 – câncer de mama (10,5%)
3 – câncer de próstata (10,2%)
4 – câncer colorretal (6,5%)
5 – câncer de pulmão (4,6%)
6 – câncer de estômago (3,1%)
Além desses tipos, aparecem também:
*o câncer de fígado – mais incidente na região Norte por conta das infecções e doenças hepáticas crônicas;
*o câncer de pâncreas – mais incidente na região Sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo.
“Os dados do INCA nos mostram que os aumentos de casos de câncer acontecerão, principalmente, nas regiões Sul e Sudeste. Mas, é importante lembrarmos que mais de 50% da população brasileira reside nestas localidades, ou seja, com a alta densidade demográfica, é natural que os números da doença sejam maiores mesmo”, esclareceu Gama.
A importância da prevenção
Agora você deve estar se perguntando: e o que devemos fazer para melhorar essa realidade? A resposta é uma só: a prevenção é essencial! Para o Dr. Ricardo Gama, é impossível pensar em combate ao câncer, sem antes pensar na eliminação dos fatores de risco que são comuns na maioria dos casos, independente da região. “Todas as formas de tabagismo, alcoolismo, doenças sexualmente transmissíveis (HPV e AIDS), alimentação com embutidos, ultraprocessados, excesso de carboidratos, açúcares e gorduras saturadas, devem ser evitadas e substituídas por práticas de atividades físicas e hábitos saudáveis”, ressaltou.
Já naqueles casos em que os tumores malignos não são preveníveis (20 a 30%), ou seja, os hereditários que não estão ligados diretamente aos fatores de risco, a prevenção deve ser realizada como forma de conscientização. “É muito difícil prevenir algo que não tem uma prevenção concreta, mas deter e difundir o conhecimento, como por exemplo, o projeto ‘Passos que Salvam’ do HA – que alerta a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil – é primordial. O conhecimento é sempre essencial. Portanto, se você é muito jovem e teve câncer ou conhece alguém nesta situação, é preciso chamar atenção para um possível câncer hereditário, principalmente, se já existe histórico familiar”, explicou Gama.
COVID-19 x Diagnóstico de câncer
A pandemia da COVID-19 também trouxe um grande impacto no diagnóstico de câncer. O atraso na identificação das neoplasias malignas foi determinante para o aumento significativo dos números de casos da doença no Brasil. “As pessoas não saíam de casa e, quando saíam, era para resolver problemas pontuais relacionados à COVID-19. Dessa forma, o paciente que tinha sinais e sintomas de câncer e que poderia, em um mundo normal (sem pandemia), procurar uma unidade de saúde, não o fez. Então, de 2022 em diante houve um crescimento exacerbado nos casos avançados de câncer”, destacou o médico.
Há mais de 60 anos, o Hospital de Amor – referência em tratamento oncológico na América Latina, com excelência em assistência, prevenção, ensino, pesquisa e inovação – realiza um trabalho impactante no combate ao câncer. Por meio do rastreamento oferecido pelas unidades fixas e móveis de prevenção, da divulgação de informações sobre a importância do diagnóstico precoce, e de outros projetos, a instituição consegue levar saúde de qualidade para a população de todo Brasil e salvar milhares de vidas!
Assim como acontece em outros meses do ano, dezembro também possui uma campanha superimportante: o ‘Dezembro Laranja’, que tem o objetivo de promover a conscientização sobre o câncer de pele, enfatizando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele corresponde a 33% dos casos de cânceres no Brasil. Além disso, dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que, a cada ano, são registrados 185 mil novos casos da doença. Com números tão alarmantes, é preciso estar atento aos sinais e sintomas, pois o diagnóstico precoce salva vidas!
As dermatologistas do Hospital de Amor, Dra. Cristiane Cárcano e Dra. Vanessa Tanaka, esclareceram as principais dúvidas sobre o tema. Confira!
– O que é e o que representa a campanha ‘Dezembro Laranja’?
R.: A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove uma campanha nacional, anualmente, voltada ao combate do câncer da pele, denominada: ‘Dezembro Laranja’.
– Qual é o objetivo desta ação?
R.: O objetivo do ‘Dezembro Laranja’ é promover a conscientização da população sobre o câncer de pele, enfatizando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. “Não espere até sentir na pele” – este é o tema da campanha de 2022.
– Em relação aos números, quantos casos de câncer de pele são detectados por ano? Qual é a incidência?
R.: De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 30% de todos os tumores malignos diagnosticados no Brasil correspondem ao câncer da pele. É o tipo de câncer mais incidente no Brasil, com cerca de 190 mil novos casos ao ano.
– Quais são os sintomas do câncer de pele?
R.: Os sinais e sintomas deste tipo de tumor são muito variáveis. Os cânceres de pele mais comuns são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Mas, de uma maneira geral, alguns sinais de alerta para o câncer de pele são: a mudança na aparência de manchas de nascença; o crescimento rápido de alguma pinta ou de uma lesão de pele nova; e a mudança na coloração ou na textura de um sinal ou de uma pinta. O câncer de pele também pode se manifestar como feridas que sagram e que não cicatrizam.
– Como evitar o câncer de pele?
R.: Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação ultravioleta são as melhores estratégias para prevenir o câncer de pele. Os grupos de maior risco para desenvolver a doença são as pessoas de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos, olhos claros, que trabalham expostas ao sol e aquelas com história familiar de câncer de pele. Pessoas com histórico de queimaduras solares e aquelas que possuem muitas pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados. As principais medidas de proteção são: usar chapéus, camisetas, óculos escuros; cobrir as áreas expostas ao sol com roupas apropriadas; evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas; usar filtros solares diariamente e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o protetor solar a cada 2 horas ou menos nas atividades de lazer ao ar livre. Observar regularmente a própria pele à procura de pintas ou sinais suspeitos; manter bebês e crianças protegidos do sol (filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses); e consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
O Hospital de Amor Barretos, a Santa Casa de Misericórdia de Barretos, a Faculdade de Ciências da Saúde Dr. Paulo Prata (FACISB) e o AME Barretos apoiam o “Dezembro Laranja”. Em caso de outras dúvidas, entre em contato com o médico de sua confiança e se cuide! Confira também a nossa playlist especial sobre o tema em nosso canal no Youtube, acesse: ha.com.vc/dezembrolaranja.
Assistência, prevenção, ensino, pesquisa e inovação, sempre foram os pilares do Hospital de Amor. Há quase 60 anos, a instituição, que é referência em tratamento oncológico na América Latina, alia tudo isso com um dos seus principais valores: a humanização – encontrada em todas as suas unidades, inclusive, nas salas de mamografia.
A grande novidade é que o Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), conta com uma sala de mamografia com o tema Aurora Boreal (um fenômeno óptico que permite que um brilho extraordinário possa ser visto nos céus noturnos de regiões do Polo Norte). O motivo da temática é, além de proporcionar o máximo de conforto para a mulher que está realizando o exame, também oferecer excelência no processo com um equipamento de altíssima tecnologia.
De acordo com a médica radiologista do hospital, Dra. Silvia Sabino, o desenvolvimento da sala vem de encontro com a missão da instituição, em suas diversas áreas de atuação. “O exame de mamografia sempre vem acompanhado de uma grande ansiedade e medo, seja do próprio exame, de sentir dor, se machucar e até do diagnóstico (de câncer) que pode vir após o exame. Esses temores afastam muitas mulheres da possibilidade do diagnóstico precoce do câncer de mama e, muitas vezes, geram a propagação de informações negativas sobre o exame, por isso, a ideia de criar um ambiente mais harmonioso e acolhedor”, afirmou.
A nova sala conta com um mamógrafo da mais alta tecnologia, capaz de realizar a mamografia digital tradicional 2D, a tomossíntese (mamografia 3D que adquire de 200 a 400 imagens da mama evitando a sobreposição de estruturas, como tecido mamário e o próprio câncer), a mamografia espectral de contraste (exame com contraste venoso que similar a ressonância magnética) e o grande diferencial: os procedimentos de biópsia e marcação pré-operatória guiados por tomossíntese (e futuramente, também por mamografia com contraste).
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 66.280 novos casos de câncer de mama são estimados para o Brasil, em cada ano do triênio 2020/2022 – valor que corresponde a um risco de aproximadamente 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. “Além de todos esses benefícios tecnológicos, a sala humanizada Aurora Boreal do HA tem o objetivo de desfocar a atenção da mulher que está realizando o exame para a beleza do ambiente, reduzindo a ansiedade e promovendo maior relaxamento e cooperação para o posicionamento adequado do mamógrafo. Com tudo isso, nós conseguimos ter diagnósticos mais precisos, evitando que eventuais cânceres sejam perdidos ou subestimados, pois 95% das falhas observadas no exame, correspondem a erros de posicionamento!”, declarou a médica.
Parceria
A conquista do novo espaço se deu graças à uma importante aliada do Hospital de Amor, a GE Healthcare – uma das maiores parceiras da instituição, tanto no âmbito comercial quanto em projetos científicos, de educação e de desenvolvimento de novas tecnologias. “Desde 2012, a empresa nos cedeu a primeira sala sensorial de mamografia das Américas (HDC). Quando a pandemia impediu nossos projetos educacionais, a GE nos sugeriu a construção de um ambiente temático que unisse a humanização, que já fazia parte das nossas outras salas, com a possibilidade de transmissão on-line de aulas, treinamentos de posicionamento e procedimentos de biópsia e visitas técnicas virtuais”, contou Dra. Silvia.
Com o término dos atendimentos restritos causados pelo período pandêmico, a previsão do Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), é de que mais de 1.200 mulheres, por mês, possam usufruir desta experiência ao realizar exames de mamografia, gerando maior adesão ao projeto de rastreamento mamográfico e alcançado o objetivo final da instituição: reduzir os dados de mortalidade por câncer de mama!
Sabendo da importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, a Azul Linhas Aéreas – parceira de longa data do Hospital de Amor – tem beneficiado mulheres atendidas pelas unidades do HA espalhadas pelo país. Uma das iniciativas da companhia é o concurso cultural “Próximo Destino: a Vitória”, ação do Instituto Sociocultural do Hospital de Amor e da unidade de negócios da Azul Viagens, que oferece como prêmio uma viagem incrível para pacientes e acompanhantes.
Em sua 4ª edição, o concurso cultural tem como público-alvo mulheres acima de 18 anos, que realizam tratamento de câncer de mama há pelo menos dois anos no HA. Para participar, as pacientes precisaram escrever uma carta à mão, seguindo o tema da ação, para trazerem os seus relatos de superação e de enfrentamento ao câncer, a fim de apoiar as mulheres que receberem o diagnóstico semelhante recentemente.
Para encerrar o Outubro Rosa com chave de ouro, as instituições realizaram, neste 27 de outubro, a cerimônia de premiação. Ao todo, três cartas foram selecionadas e beneficiadas com prêmios oferecidos pela Azul: três viagens para cidades turísticas pelo Brasil.
O evento, que ocorreu após a visita dos profissionais da Azul e das pacientes finalistas nas unidades de Barretos (SP), contou com a participação de colaboradores do Hospital de Amor e diretores da empresa, além das pacientes e seus familiares.
Para o diretor técnico da Azul, Carlos Naufel, a parceria com o HA se estenderá por muitos outros anos. “É impressionante o que vimos durante a visita e, com certeza, nós acertamos muito com essa parceria. A Azul é uma empresa de pessoas e que tem tudo a ver com o HA, pois aqui nós encontramos gente cuidando de gente. Isso é muito importante para nós”, afirmou.
A premiação
Após passarem por uma criteriosa avaliação realizada por uma comissão julgadora, composta por colaboradores da Azul Linhas Aéreas e do Instituto Sociocultural, as cartas ganhadoras foram:
1º) Sidelma Rodovalho, de Catalão (GO) – ganhou uma viagem para Natal (RN).
2º) Edivania Silva Miranda, de Iturama (MG) – ganhou uma viagem para Florianópolis (SC).
3º) Francieli Cristina Sanches Tonholo, de Pontalinda (SP) – ganhou uma viagem para o Rio de Janeiro (RJ).
De acordo com Sidelma, que em breve irá decolar com sua neta para o Rio Grande do Norte, foi uma alegria poder participar do concurso e contar sua história de vitória para todos. “Quando eu descobri que estava com câncer de mama, eu perdi o chão! Cheguei para realizar meu tratamento no Hospital de Amor me enchi de esperança. O que me motivou a vencer foi o amor que recebi na instituição! A minha primeira graça foi a cura e a segunda foi ter ganho essa viagem!”, finalizou.
Câncer de mama
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), destaca que o câncer de mama é o tipo de câncer de maior incidência, com cerca de 2,3 milhões de mulheres diagnosticadas no mundo com taxa de incidência de 48 por 100 mil mulheres. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima ocorrência de 66.280 novos casos de câncer de mama para cada ano do triênio 2020-2022, com taxa de incidência de 44 casos para cada 100 mil mulheres, sendo o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no país, (excluindo os casos de câncer de pele não melanoma).
O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada das células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico.
Se você é mulher, tem entre 40 e 69 anos, faça sua mamografia. Prevenção é o ano todo!
Reconhecido como o maior centro oncológico da América Latina, o Hospital de Amor fortalece ainda mais o seu papel pioneiro no cenário médico do país. Ao unir humanização e tecnologia, a instituição reforça seus pilares diante de uma nova conquista: a disponibilização de cirurgias torácicas com auxílio de robôs aos seus pacientes, gratuitamente.
Desde 2014, o HA já oferece cirurgia minimamente invasiva robótica, quando foi o primeiro centro do interior de SP a disponibilizar este tipo de procedimento via Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o médico cirurgião do hospital, Dr. Luís Gustavo Romagnolo, esse tipo de procedimento é uma melhor opção para o paciente. “Com essa tecnologia, conseguimos contribuir com um melhor resultado estético, menos dor e desconforto durante o pós-operatório, menos riscos de infecções na ferida operatória e menos chances de hérnias incisionais a curto e médio prazo”, afirmou.
A iniciativa inovadora foi idealizada pelo grupo de cirurgiões do departamento de cirurgia torácica oncológica do HA, formado pelos médicos Dr. Wilson Chubassi de Aveiro, Dr. Maurício Cusmanich, Dr. Rachid Eduardo Noleto da Nóbrega Oliveira e o chefe do departamento, Dr. José Elias Abrão Miziara.
Neste mês de agosto, a instituição completou 1.500 cirurgias robóticas, algo expressivo, considerando que todos os procedimentos são gratuitos. Segundo Romagnolo, os pacientes que realizam tratamento de neoplasia no pulmão poderão ser beneficiados com o procedimento. “A data do lançamento da cirurgia torácica no Hospital de Amor ocorreu em agosto por ser o mês de conscientização e prevenção do câncer de pulmão, doença que na maior parte das vezes é silenciosa e que pode ser fatal. As cirurgias serão executadas exclusivamente nos pacientes que tratam neoplasias de pulmão na instituição”, finalizou.
Câncer de pulmão
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente entre homens e o quarto entre as mulheres no país, com a estimativa de mais de 30 mil novos casos por ano. O estudo epidemiológico intitulado “Neoplasias malignas nas 18 cidades pertencentes à regional de saúde de Barretos, São Paulo: A importância de um Registro de Câncer de Base Populacional”, realizado pelo HA, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), avaliou a incidência, mortalidade e sobrevida dos indivíduos com câncer de pulmão em Barretos (SP) e em 17 cidades pertencentes à sua regional de saúde ao longo de 15 anos (2002-2016). Durante o período, foram diagnosticados 1.116 novos casos deste tipo de tumor, dos quais, 695 foram em homens e 421 em mulheres, apresentando uma taxa de incidência de 15,1 para cada 100.00 mil habitantes. De acordo com o mesmo estudo, a taxa de mortalidade foi de 13,6 para cada 100,00 mil habitantes, contabilizando 1.016 mortes pela doença, sendo 634 em homens e 382 em mulheres. O trabalho mostrou também que a taxa de sobrevida para câncer de pulmão em 5 anos foi de 5,8%.
A palavra Leucemia ainda espanta muito as pessoas. Há muitos anos, essa doença era associada a um grande número de mortes e, por ser uma enfermidade com desenvolvimento frequente em crianças, o receio crescia ainda mais. Porém, hoje esse cenário se transformou e, felizmente, muitos casos de leucemia podem ser curados, sem contar que mesmo que não o sejam, a sobrevida dos pacientes pode ser aumentada em longos anos com o tratamento adequado.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2020 há uma estimativa de mais de 10 mil casos novos da doença, com uma incidência ligeiramente maior em homens. Atualmente, é o 9º câncer mais comum entre homens e o 11º entre as mulheres. Com números tão alarmantes, é preciso estar atento, entender esse tipo de câncer e saber como diagnosticá-lo precocemente. Você conhece a leucemia?
O que é a doença chamada leucemia?
É o câncer que afeta as células do sangue, ou seja, os leucócitos ou glóbulos brancos (que são as células responsáveis pela defesa do corpo) e se inicia dentro da medula óssea. Segundo descrito pelo INCA, a medula óssea é o local de fabricação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela, são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.
Nas leucemias, há a alteração em uma célula da medula, que se torna anormal (doente) e passa a se multiplicar mais aceleradamente, perdendo a capacidade de se diferenciar e morrendo menos do que as células normais. Desta forma, estas células anormais vão se acumulando na medula óssea, substituindo as células saudáveis e atrapalhando a formação de células “boas” do sangue, que são os glóbulos vermelhos (de transporte de oxigênio), glóbulos brancos (de defesa) e plaquetas (que ajudam na coagulação).
Sob esta denominação, estão agrupadas várias neoplasias diferentes: pode ser dividida pelo tipo de célula afetada – mielóide e linfóide, e pela forma de evolução da doença – aguda e crônica. Assim, os quatro principais subgrupos de leucemia são: Leucemia Linfóide Aguda (LLA), Leucemia Mielóide Aguda (LMA), Leucemia Linfóide Crônica (LLC) e Leucemia Mielóide Crônica (LMC).
Como esse tipo de câncer se desenvolve?
As causas do desenvolvimento de leucemia não são totalmente definidas, mas existem fatores de risco mais relacionados a um ou outro tipo. Para as leucemias agudas, são considerados fatores de risco: exposição a benzeno e a radiação ionizante, exposição a quimioterapia (no caso de tratamento de doenças prévias), exposição a agrotóxicos, entre outros.
Existem também associações com doenças e alterações genéticas, como Síndrome de Down e Anemia de Fanconi (síndrome genética herdada dos pais); e com história familiar, por exemplo: em LLC, há incidência em parentes de primeiro grau em relação a população geral.
Outras doenças hematológicas (aquelas que comprometem a produção dos componentes do sangue) também aumentam o risco de desenvolvimento da leucemia, como síndromes mielodisplásicas (um grupo de distúrbios causados quando algo interrompe a produção de células sanguíneas).
Em relação à faixa etária, é importante alertar: quanto maior a idade, maior o risco de leucemia, exceto o tipo LLA, que é o mais frequente em crianças e é considerado o câncer mais comum na infância. Segundo as oncopediatras do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dra. Anita Frisanco Oliveira e Dra. Bianca Faustini Baglioli, a leucemia linfóide aguda ocorre mais entre crianças de 2 e 5 anos, podendo ser diagnosticada também, em menor frequência, em lactentes (crianças que ainda mamam) e adolescentes. “Já a leucemia mielóide aguda (LMA) é mais frequente nos lactentes, com um declínio até os 9 anos de idade, e um novo aumento da sua incidência a partir da adolescência. A leucemia mielóide crônica (LMC) é mais comum em adolescentes e adultos jovens”, afirma Dra. Bianca.
É possível prevenir a leucemia?
Diferentemente do que acontece na maioria dos casos de câncer, não há fatores de risco conhecidos para a leucemia, não podendo, desta forma, ser prevenida. Porém, a médica hemotalogista do Hospital de Amor, Dra. Iara Zapparoli Gonçalves, explica que ter hábitos saudáveis de vida e cuidados com a saúde, incluindo alimentação adequada e prática de exercícios físicos regularmente; realizar tratamento de doenças concomitantes (que acontecem ao mesmo tempo no organismo); evitar exposição desnecessária a agentes potencialmente tóxicos, incluindo o tabagismo; e fazer o uso adequado de equipamento de proteção individual (EPIs), são exemplos que melhoram a qualidade de saúde e de vida, e deixam os indivíduos fortes para enfrentar as adversidades.
Nas crianças, ao contrário do que acontece com adultos que podem receber orientações quanto a prevenção, a leucemia está relacionada a alterações genéticas, não sendo possível preveni-la, mas sim diagnosticá-la precocemente. Em ambos os casos, o principal exame para a suspeita desse tipo de câncer é o hemograma. Caso haja evidência da doença, outro exame é realizado, o mielograma, onde a coleta de sangue é feita diretamente na medula óssea podendo avaliar sua morfologia, tipo de célula acometida, imunofenotipagem (técnica utilizada para identificar qual tipo exato de célula que compõe um determinado tecido), biologia molecular, etc.
Sinais e sintomas da leucemia
Quando há o desenvolvimento da leucemia no organismo, há também a substituição da medula e, consequentemente, a diminuição de células no sangue. Sendo assim, os principais sintomas da doença são:
– Diminuição de glóbulos vermelhos: anemia, palidez, cansaço e fraqueza.
– Diminuição de glóbulos brancos: queda de imunidade e aumento de risco de infecções.
– Diminuição de plaquetas: sangramentos, manchas roxas e petéquias (pontos vermelhos na pele).
Além disso, os pacientes também podem apresentar dores em ossos (muito comum em LLA), perda de peso, febre, suores noturnos e outros sintomas relacionados ao acumulo de células fora da medula, como aumento de gânglios e desconforto abdominal por aumento do baço e do fígado.
“No caso de leucemias crônicas, onde a doença evolui de forma mais lenta, não há sinais e sintomas aparentes. Por isso, é comum que o diagnóstico seja feito após uma alteração encontrada em um hemograma de rotina”, esclarece Dra. Iara.
Tipos de leucemias existentes e suas características
• Leucemia Linfóide Aguda (LLA): há proliferação de células associadas aos estágios iniciais de maturação linfóide. É a leucemia mais comum em crianças, mas pode ocorrer também em adultos, existindo um segundo pico de incidência a partir dos 50 anos. Existem vários subtipos de LLA e o tratamento depende de vários fatores, como idade, subtipo, alterações citogenéticas e moleculares.
• Leucemia Mielóide Aguda (LMA): há a proliferação de células progenitoras da medula óssea nos estágios iniciais de maturação. Tem um curso clínico agudo e deve ser tratada rapidamente. Pode ocorrer em crianças e adultos, sendo a forma mais comum no período perinatal (logo após o nascimento), porém a incidência aumenta com a idade. Também é dividida em subtipos e o tratamento, como na LLA, depende da idade, comorbidade (doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades), alterações moleculares e citogenéticas.
• Leucemia Linfóide Crônica (LLC): é caracterizada pelo acúmulo de linfócitos maduros no sangue. A maioria (90%) dos pacientes acometidos com a doença tem mais de 50 anos e é extremamente rara em pessoas abaixo dos 25 anos. Cerca de 70% dos pacientes são assintomáticos ao diagnóstico, que é feito a partir de um achado de exame (hemograma) de rotina. Estes pacientes assintomáticos, geralmente, são apenas observados, sem indicação de tratamento.
• Leucemia Mielóide Crônica (LMC): afeta as células mielóides e avança lentamente. É uma neoplasia clonal da célula progenitora hematopoiética pluripotente, caracterizada por uma translocação específica – Cromossomo Philadelfia – sendo disponível terapia alvo (oral). Tem pico de incidência entre 50 e 60 anos.
Apesar de cada tipo de leucemia ter suas características, os tratamentos indicados e o tempo de duração de cada um deles devem ser avaliados e orientados por médicos especialistas, pois há situações em que os procedimentos não são indicados (apenas observações clínicas) e outras, em que o tratamento deve ser intensivo, incluindo o transplante de medula óssea (TMO).
“Recidiva” da doença
Quando falamos em leucemia, falamos também em pacientes que tiveram a “recidiva” da doença. Afinal, o que isso significa?
A recidiva significa que a ‘doença voltou’. Esse problema pode acontecer pouco ou muito tempo após a cura e, na maioria das vezes, ocorre pela proliferação de células doentes, previamente indetectáveis pelos exames de rotina. Durante o tratamento inicial, essa mesma célula pode ter criado resistência aos quimioterápicos utilizados e permanecido em estado de latência, ou seja, em repouso até encontrar um ambiente favorável à sua proliferação.
Devido à melhora no diagnóstico precoce da doença, os índices de leucemia vêm aumentando ao longo dos anos. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em adultos, a estimativa de casos novos para o ano de 2020 (incluindo todos os tipos) é de 10.810, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. Já em pacientes pediátricos, são estimados cerca de 8.460 novos casos de câncer no Brasil. Destes, 2.115 são de leucemias.
Fique atento!
Ao se deparar com sintomas persistentes ou não explicáveis, ou caso haja alguma alteração no hemograma de rotina, procure um médico especialista, também conhecido como hematologista, imediatamente.
As crianças também devem ser encaminhadas a um pediatra de confiança, para que ele faça a coleta detalhada da evolução do quadro do paciente, solicite um hemograma completo e entre em contato com um centro que disponha de atendimento em oncohematologia pediátrica.
Leucemia x Hospital de Amor
Por ser uma instituição referência em tratamento oncológico e contar com um departamento de hematologia, uma unidade só para atender crianças e jovens (com um moderno centro de transplante de medula óssea pediátrica), médicos especialistas atualizados e experientes, e uma competente equipe multiprofissional, o Hospital de Amor realiza o diagnóstico da doença e a avaliação adequada com relação ao prognóstico e ao procedimento mais indicado, proporcionando um tratamento de excelência e humanização aos pacientes que lutam com a leucemia (e também com outros tipos de câncer).
Em sua unidade adulta, são diagnosticados cerca de 100 e 120 casos de leucemia por ano. Já a unidade infantojuvenil do HA conta, atualmente, com 90 pacientes em tratamento. Com a inauguração do novo centro de TMO pediátrico, em abril de 2019, a instituição aumentou significativamente sua capacidade de atendimento: ao todo são 27 leitos de internação, 6 leitos na unidade de terapia intensiva (UTI), 11 leitos no centro de intercorrência ambulatorial (CIA) e 16 leitos na quimioterapia, ou seja, muito mais vidas sendo salvas todos os dias!
O poder do sangue
“Quem doa sangue salva vidas”. Essa frase, dita por muitos profissionais da área da saúde e tão disseminada nos meios de comunicação, retrata a importância da doação de sangue (ato voluntário e de solidariedade, praticamente indolor e rápido) para os pacientes em tratamento contra leucemia, que passam por transplante de medula óssea ou cirurgias. Para se ter uma ideia da relevância desse compromisso social, quando os estoques caem e falta sangue nos hospitais, muitas cirurgias e procedimentos são cancelados.
De acordo com a gerente de captação de doadores do Hemonúcleo do Hospital de Amor, Ana Paula Borges, são realizadas, diariamente, 70 transfusões de sangue na instituição e, a maiores dos pacientes que recebem essas doações, realizam tratamentos contra a leucemia.
Por esse motivo, o Hospital de Amor realiza diversas campanhas na tentativa de conscientizar a população a doar, principalmente em épocas em que as doações despencam: períodos de celebrações, férias, quando as temperaturas ficam mais baixas ou quando o país enfrenta um problema de saúde pública, como a pandemia do coronavírus.
Para doar, é necessário ter um documento com foto, pesar mais de 50 quilos, ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem estar acompanhados por um responsável legal), estar em boas condições de saúde, descansado e bem alimentado. O Hemonúcleo do Hospital de Amor funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h, e aos sábados e domingos, das 7h às 11h. Para outras informações sobre doação de sangue ou de medula óssea, basta entrar em contato com o setor pelo telefone (17) 3321-6600 – Ramal 6941 ou pelo e-mail hemocaptacao@hcancerbarretos.com.br.
Segundo a última estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados, no Brasil, mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão, para cada ano do triênio 2020-2022. A doença ocupa, atualmente, a terceira colocação no ranking dos tipos de câncer mais incidentes no país, exceto pele não melanoma, mas ainda é o primeiro quando se fala em taxa de mortalidade. Isso ocorre, principalmente, por conta de seu desenvolvimento silencioso, que, quando chama a atenção por meio de sinais e sintomas, geralmente, já está em fase avançada e sem ou com poucas chances de cura.
Apesar dos diversos fatores que favorecem a ocorrência do câncer de pulmão, como exposição a agentes cancerígenos químicos ou físicos, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e fatores genéticos, o tabagismo ainda é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, com até 85% dos casos diagnosticados associados ao consumo e exposição passiva aos derivados do tabaco.
“Nem todo indivíduo que fuma ou fumou desenvolverá câncer de pulmão, e isso ainda é realmente difícil de se prever, mas sabe-se que a chance de seu desenvolvimento está diretamente relacionada à carga de tabaco com a qual que se teve contato”, explica o médico radiologista do Hospital de Amor, Rodrigo Sampaio Chiarantano. Sabe-se também que a mortalidade em decorrência da doença entre os fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, já entre os ex-fumantes essa taxa chega a ser quatro vezes maior.
Pioneirismo
Com o intuito de reduzir tais taxas, o HA lançou, em 2019, um programa de rastreamento ativo de câncer de pulmão como parte de uma iniciativa mais ampla da instituição, que se destaca por incluir também atividades de prevenção primária e pesquisa científica de ponta com marcadores biomoleculares. Para que isso fosse possível, o Hospital de Amor contou com a colaboração da Secretaria Municipal de Saúde de Barretos, facilitando o treinamento e a constituição de grupos de cessação de tabagismo em suas unidades básicas de saúde (UBSs), que posteriormente passaram a enviar indivíduos elegíveis.
Em um formato pioneiro na América Latina, uma unidade móvel foi equipada com um tomógrafo computadorizado de baixa dose e direcionada a fazer o acompanhamento da população de risco. O programa é o único no Brasil que integra dados de diversas esferas da área da saúde e oferece gratuitamente esse exame aos usuários do Sistema Único de Saúde.
Inicialmente, o projeto atendeu com exclusividade os encaminhamentos dos participantes dos grupos de cessação de tabagismo, mas, desde janeiro deste ano, o rastreamento está disponível para todos os indivíduos que fazem parte do grupo de risco e que residem em um dos 18 municípios que compõem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS-V).
O Dr. Rodrigo Chiarantano explica que existem alguns critérios que definem a situação de alto risco para se desenvolver câncer de pulmão. “O mais amplamente empregado é: ter entre 55 e 75 anos, ser fumante atual ou ex-fumante que tenha parado há menos de 15 anos, com uma carga tabágica igual ou maior que 30 (essa carga tabágica se obtém quando multiplicamos o número de anos que a pessoa fumou pelo número de maços de cigarro que fumava em média por dia; assim, se alguém fumou dois maços por dia, por 25 anos, terá uma carga tabágica de 50, superior a 30, e, portanto, de alto risco)”.
Até o momento, aproximadamente 500 pessoas já realizaram o exame. Entre elas, um caso já foi diagnosticado e outros nove estão sendo investigados. Mas a expansão do projeto prevê números muito maiores. Segundo seu escopo inicial, a proporção da população que se enquadra nos critérios foi estimada em 3%, significando, só Barretos, cerca de 3.400 pessoas e na DRS-V mais de 13 mil pessoas com alto risco para desenvolver câncer de pulmão, grupo para o qual o rastreamento por tomografia de baixa dose é indicado de forma periódica.
Outro diferencial é o laudo que foi elaborado para o programa, pensando em tornar a informação mais acessível ao paciente. O documento é composto por texto em linguagem mais simples e direta, acompanhado de um reforço visual que ilustra o significado dos achados. No laudo, são descritos os achados do exame potencialmente relacionados ao tabagismo e explicados os passos seguintes a partir dali. Ele foi desenvolvido pensando no melhor entendimento do indivíduo participante, estimulando o autocuidado e a vigilância de saúde. Os pacientes têm retornado com grande satisfação. Alguns deles relataram, inclusive, que o processo de rastreamento como um todo auxiliou na decisão de parar de fumar.
Avanços científicos
Consequência da seriedade e qualidade do programa de prevenção e rastreamento de câncer de pulmão, o Hospital de Amor foi aceito como colaborador em um grande consórcio de pesquisa internacional, o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), que possibilitará melhorar o entendimento da genética relacionada ao câncer de pulmão, a melhor caracterização de grupos de risco e de fatores de decisão em relação aos achados de exame. “Trata-se de pesquisa de ponta e de qualidade, com grande potencial de contribuição para a ciência e para a redução da mortalidade por câncer de pulmão. Com base em informações obtidas sob consentimento em amostras biológicas dos indivíduos participantes, diversas características genéticas e biomoleculares estão sendo investigadas, traçando um perfil particular da nossa população, que se somam aos dados já obtidos de outras populações ao redor do mundo”, ressalta o radiologista.
Como participar
Os indivíduos que se enquadrem nos critérios para o rastreamento podem realizar o agendamento do exame pelo telefone (17) 3321-6600 – ramal 7010 ou 7080; o contato também está disponível para os fumantes ou ex-fumantes há menos de 15 anos que tiverem dúvidas sobre os critérios.
O câncer de cabeça e pescoço compreende os tumores que atingem a cavidade nasal, seios da face, boca, laringe e faringe. Como a boca e a garganta são órgãos essenciais para o ser humano, pois participam de vários processos importantes, como a respiração, fala, alimentação, mastigação e deglutição, é preciso conhecer os sinais e sintomas desta doença, que hoje representa a segunda maior incidência em homens brasileiros. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o ano de 2018 apresentou uma estimativa de 14.700 novos casos de tumor de boca (lábios e interior da cavidade oral) e 7.670 de laringe.
Uma ferida na boca que não cicatriza, um sangramento sem motivo aparente, um corrimento nasal malcheiroso que não passa, rouquidão e nódulos no pescoço podem ser sinais de câncer de cabeça e pescoço e precisam ser investigados com urgência.
O que é o câncer de boca?
Normalmente, o câncer de boca se apresenta como uma ferida que não cicatriza, podendo ser dolorosa ou não. Pode ocorrer nos lábios, no revestimento interno da boca (mucosa bucal), nas gengivas, na língua, na parte da boca que fica debaixo da língua (assoalho da boca), o céu da boca (palato duro) e a área atrás dos dentes do siso (conhecido como trígono retromolar).
O que é câncer de garganta?
A garganta é um termo popular que engloba as regiões da orofaringe, hipofaringe e laringe.
O câncer orofaríngeo é o que se desenvolve na parte da garganta localizada atrás da boca. Essa região inclui a base da língua (a parte de trás da língua), o palato mole, as amídalas, os pilares, as paredes laterais e posteriores da orofaringe.
A hipofaringe é a região da faringe que se localiza inferiormente à orofaringe e fica atrás da laringe (caixa da voz ou ‘Pomo de Adão’), que é um órgão que contém as pregas vocais, responsável pela produção da voz, que se fecha quando comemos e se abre quando respiramos.
Quais são os fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço?
• Álcool: assim como em outros tipos de câncer, o consumo frequente de álcool e o alcoolismo são fatores que aumentam o risco de aparecimento destas lesões.
• Tabaco: o tabagismo (hábito de fumar) é o principal fator isolado que causa o câncer de cabeça e pescoço. Parar com o tabagismo é uma medida fundamental para reduzir o risco de se desenvolver uma neoplasia de cabeça e pescoço.
• Infecções virais pelo vírus do papiloma humano (HPV): o HPV é um vírus transmitido principalmente pelas relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, no pênis, no ânus, colo de útero, cavidade oral e orofaringe. Em alguns casos, essa lesão pode estar presente também na pele, nas cordas vocais (laringe) e no esôfago. Estas lesões são associadas com o aparecimento do câncer nestas regiões.
• Infecções do vírus de Epstein-Bar (EBV): é um vírus que infecta os linfócitos B e afeta a grande maioria dos seres humanos. No entanto, somente alguns indivíduos adquirem a mononucleose infecciosa – uma manifestação do vírus transmitida por contato com outras salivas. Sendo assim, transmitido massivamente pelo beijo. Em sua manifestação aguda, pode causar febre, dor de garganta, mal-estar e fadiga. Sua exposição crônica (e mais rara) pode estar carregada de oncogenes que aumentam a permanência de alguns tipos de células, gerando a probabilidade de ocorrer carcinomas da nasofaringe, linfoma de Burkitt ou de Hodgkin.
• Bebidas quentes: por agredir as células da mucosa, o consumo de bebidas ou comidas muito quentes torna-se um fator de risco secundário. O consumo diário e prolongado de bebidas tradicionalmente servidas em temperaturas altas (como o chimarrão, por exemplo) aumenta o risco de câncer de boca, assim como, o câncer de esôfago.
• Exposição excessiva ao sol: é a grande responsável pelo aparecimento do câncer de pele na região da cabeça e pescoço.
Como prevenir o câncer de cabeça e pescoço?
• Boa higiene bucal: escovar bem os dentes, ter próteses dentárias bem ajustadas e o acompanhamento regular de um dentista é muito importante, pois poderá ser detectado precocemente uma lesão suspeita na cavidade oral.
• Tabagismo: não fumar charuto, cachimbo, cigarro ou derivados é a melhor maneira de evitar a maioria dos cânceres de boca, faringe e laringe.
• Álcool: evitar o uso de bebidas alcoólicas é outro método preventivo efetivo muito importante.
• Dieta: uma dieta balanceada, a base de vegetais como cenoura, abóbora, espinafre, couve, batata doce e frutas como mamão (todas essas ricas em betacaroteno) é uma medida protetiva. Um bom consumo de proteínas e minerais também é um fator preventivo.
• Cuidados na exposição solar: usar protetor solar, boné, chapéu ou outro tipo de proteção quando ficar exposto ao sol, pode prevenir o câncer de pele na face, couro cabeludo e pescoço.
Quais são os sinais e sintomas do câncer de boca e garganta?
Ao identificar a existência de algum dos sintomas e sua permanência por mais de duas semanas, é indicada a realização de uma consulta com um médico de confiança. Nesse caso, o profissional deverá solicitar outros exames para confirmar ou não o diagnóstico.
Muitos desses sinais e sintomas podem ser causados por outros tipos de câncer ou por doenças menos graves e benignas. Mas, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores as chances de cura. Veja abaixo os sintomas que você deve ficar atento para prevenir um câncer de boca ou garganta:
– Ferida na boca sem cicatrização (sintoma mais comum);
– Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias);
– Nódulo persistente ou espessamento na bochecha;
– Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amídala ou revestimento da boca;
– Irritação, dor na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada na garganta;
– Dificuldade ou dor para mastigar ou engolir;
– Dificuldade ou dor para mover a mandíbula ou a língua;
– Inchaço da mandíbula que faz com que a dentadura ou prótese perca o encaixe ou incomode;
– Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva ou dor em torno dos dentes ou mandíbula;
– Mudanças persistentes na voz ou respiração ruidosa;
– Caroços no pescoço;
– Perda de peso;
– Mau hálito persistente.
Quais são os tumores malignos relacionados a cavidade bucal?
Carcinoma Espinocelular
Mais de 90% dos cânceres de boca e garganta são carcinomas de células escamosas, também chamados de carcinomas espinocelulares ou ainda, carcinomas epidermóides. Tratam-se de células escamosas achatadas, que normalmente revestem a cavidade bucal e a garganta. A forma inicial do carcinoma de células escamosas é chamada de carcinoma in situ, isto é, o câncer só está presente nas células da camada de revestimento, chamada de epitélio, e não invade as camadas mais profundas. Um carcinoma espinocelular invasivo significa que as células do câncer penetraram em camadas mais profundas da cavidade bucal e da orofaringe.
Carcinoma Verrugoso
O carcinoma verrugoso é uma variante do carcinoma espinocelular que responde por menos de 5% dos tumores da boca. É um câncer de baixa agressividade, que raramente produz metástases, mas que pode se espalhar profundamente pelos tecidos vizinhos. A remoção cirúrgica do tumor com boa margem de tecidos ao redor, é recomendada nesses casos.
Quais são os tumores relacionados à região do pescoço?
Os tumores malignos do pescoço podem ser primitivos (quando têm a origem no próprio pescoço) ou secundários (metastáticos, ou seja, que surgiram em outros órgãos e se disseminaram para o pescoço.) Qualquer tecido presente no pescoço pode originar um tumor, principalmente na faringe, laringe e tireoide. Há outros tipos de tumores específicos na região do pescoço:
Linfoma de Hodgkin
Trata-se de um tumor maligno originado no tecido linfático. Ele possui um crescimento lento, indolor, podendo gerar febre e perda de peso. Os linfonodos (os “caroços”, também conhecidos como ínguas) têm forma assimétrica, tornando-se parecidos com um “cacho-de-uvas” São dotados de uma superfície lisa e com limites definidos.
Linfoma não-Hodgkin
São linfonodos mais evoluídos, com formas simétricas no pescoço, podendo atingir cadeias linfáticas não relacionadas. Atinge e prejudica o tecido linfático do pescoço, apresentando infiltrações ou lesões nodulares submucosas com cor vermelha ou vinho. Podem estar distribuídos nos dois lados do pescoço, com uma consistência dura, fixa e indolor com infiltração para o tecido celular subcutâneo e pele.
Como realizar o diagnóstico de câncer de garganta?
Muitos casos de câncer de boca e garganta podem ser diagnosticados precocemente durante exames médicos ou dentários de rotina. Alguns cânceres produzem sintomas logo no início, levando o paciente a procurar o médico. Mas, infelizmente, muitos casos só provocam sintomas quando atingem um estágio avançado ou então, causam sintomas que parecem ser de outro problema, como dor de dente, por exemplo.
– Check-ups dentários regulares: que incluem o exame da boca, são importantes para a detecção precoce de lesões pré-cancerosas do câncer de boca e de garganta.
– Exames físicos: o médico examina o pescoço para poder checar a tireoide, a laringe e os linfonodos para checar se há algum tipo de caroço ou algo irregular ao engolir.
– Laringoscopia indireta: para este exame, o médico utiliza um espelho pequeno para chegar à sua garganta, analisando se há alguma área anormal e o movimento das cordas vocais. É um exame simples e indolor.
– Laringoscopia direta: é realizada a inserção de laringoscópio (um tubo fino e com luz) através de seu nariz ou sua boca para conseguir auxiliar a ver áreas que o espelho não alcança em sua garganta. A aplicação de uma anestesia local e um sedativo ajuda a prevenir qualquer tipo de engasgo e desconforto durante o exame. A anestesia geral também pode ser utilizada para fazer a pessoa dormir. Este exame pode ser feito tanto em uma clínica, como em um hospital.
– Tomografia computadorizada ou CT Scan: para realizar esse exame, o paciente, provavelmente, receberá um contraste para a laringe e o pescoço para que possa aparecer qualquer tipo de alteração ou neoplasia de uma forma clara nas fotos geradas pelo aparelho.
– Biópsia: a biópsia consiste em uma remoção do tecido supostamente cancerígeno para que as células desse material sejam analisadas por um patologista. Para a realização deste exame é utilizada a anestesia local ou a geral e a coleta do material ocorre pelo laringoscópio.
Como realizar o diagnóstico de câncer de boca?
No caso do paciente possuir algum sintoma que possa sugerir o câncer oral, o médico ou o dentista checam a boca e a garganta dele, procurando anormalidades, caroços ou outros problemas. Neste exame, é verificado o céu da boca, o assoalho da boca, a parte interior dos lábios, das bochechas, linfonodos, a parte de trás da garganta e a língua (em sua extensão e laterais).
Se após esses exames, não for diagnosticado nada e os sintomas persistirem, é necessário procurar um médico especializado, como um otorrinolaringologista. Se o câncer oral for diagnosticado, é preciso que se descubra qual o seu estágio para iniciar o tratamento. É necessário verificar se as células cancerígenas não atingiram outros órgãos, realizando assim, o que se chama de metástase de câncer oral.
– Raios-X: esse exame é suficiente para poder identificar se o câncer se espalhou para outros locais da face.
– Tomografia computadorizada ou CT Scan: após uma injeção de contraste, esse exame funciona conectado a um computador que realiza imagens em raio-x. Ele é eficiente para mostrar se outro órgão foi acometido pela doença.
– Ressonância Magnética: instrumento que também realiza imagens detalhadas do corpo, mostrando se o câncer oral se espalhou.
– Endoscopia: o conhecido método funciona através de um fino e iluminado tubo que pode mostrar a sua garganta, a traqueia e os pulmões. Uma anestesia local pode ser utilizada para evitar o desconforto, dores e impedir engasgamentos.
Como ocorre o tratamento de cabeça e pescoço?
– Cirurgia: a cirurgia é o tratamento mais utilizado para o câncer de cabeça e pescoço, podendo ou não ser realizado em combinação com a radioterapia. A recuperação acaba sendo diferente para cada paciente e, por ser uma área sensível do corpo, as dores podem estar presentes nos primeiros dias depois do procedimento. Os medicamentos específicos para aliviar as dores devem ser discutidos com os médicos que estão cuidando do caso.
Depois da cirurgia, a face pode parecer diferente e a recuperação depende exclusivamente do tipo e da extensão do tumor. Tumores pequenos, geralmente, não costumam causar nenhuma alteração, mas no caso de tumores maiores, é necessário remover parte da mandíbula, dos lábios, do palato ou da língua. Nesses casos, existem cirurgias plásticas ou reconstrutivas que podem ser feitas para melhorar o aspecto visual. Assim como a cirurgia plástica, o acompanhamento de uma fonoaudióloga pode ajudar na recuperação da habilidade de mastigar, engolir ou falar – ações que podem ter sido afetados pela cirurgia.
– Quimioterapia e Radioterapia: a quimioterapia para câncer oral, geralmente, é aplicada nas veias, podendo ter associação com a radioterapia simultaneamente. Dependendo do tratamento e das reações, é necessário que o paciente fique um tempo no hospital.
Cada tipo de tratamento gera um tipo de reação, pois depende muito do tipo de medicação aplicada e da quantidade. Esses fatores podem resultar em dores na boca, boca seca, efeitos colaterais, infecção e mudanças no paladar. Os medicamentos acabam gerando esse tipo de reação, porque, além de eliminar algumas células cancerígenas com crescimento rápido, algumas drogas anticâncer podem causar danos as células normais que também se dividem rapidamente. Entre os efeitos colaterais, alguns podem ser os mais comuns:
• Células sanguíneas: quando o paciente está realizando quimioterapia, os níveis de células sanguíneas saudáveis diminuem, fazendo com que a pessoa se sinta cansada, fraca e com possibilidade maior de contrair uma infecção. A equipe médica responsável acompanha o quadro clínico para entender se é necessário alterar a quantidade da quimioterapia ou reduzir a dose da droga.
• Raízes do cabelo: embora a quimioterapia possa causar queda de cabelo (DrDanslipbalm), saiba que ele irá crescer novamente, mas pode alterar a coloração e a textura.
• Trato digestivo: a quimioterapia para tratar câncer oral pode causar a perda do apetite, náusea, vômitos, formigamento nas mãos e nos pés, diarreia e feridas nos lábios. A equipe de saúde pode dar medicamentos e sugerir outras maneiras de ajudar com esses problemas. Esses efeitos podem ocorrer no começo do tratamento ou no período após seu término.
– Terapia-Alvo: o câncer de cabeça e pescoço pode se utilizar de um tipo de terapia específica, junto da radioterapia e a quimioterapia. Essa prática utiliza um medicamento que inibe as células do câncer oral, interferindo no crescimento dessa célula e impedindo a metástase da doença. Durante a utilização do remédio, algumas pessoas podem apresentar reações alérgicas como febre, dor de cabeça, diarreia e vomito.
Como devo me alimentar após ter um câncer oral?
Após passar por uma cirurgia e um tratamento do câncer oral, a dieta adquire um papel importante na recuperação. As dificuldades para alimentar-se podem aumentar e problemas de deglutição, vômitos, náusea, indisposição, boca seca e falta de apetite podem ocorrer. Portanto, é muito importante relatar os problemas para a equipe médica, pois ela pode oferecer alternativas que podem melhorar a qualidade de vida.
Abaixo, uma lista para escolher os alimentos certos de acordo com seus sintomas:
• Boca machucada: evitar comidas pontudas e duras, como batatas chips.
• Boca seca: o ideal é o consumo de comidas macias com molhos, caldos, sopas, milk-shakes ou vitaminas. Manter a boca seca aumenta o risco de cáries dentárias.
• Problemas em engolir: o médico e/ou o nutricionista irão encaminhar uma dieta específica e sugerir a alimentação por um tubo ligado ao estômago, através de uma incisão no abdômen ou que coma os alimentos na forma líquida.
– Reconstrução: muitas pessoas com câncer oral precisam fazer cirurgias plásticas corretivas ou a reconstrução de uma parte do corpo. Para realizar esse procedimento, pode-se reconstruir a parte afetada com músculos, ossos e tecidos deslocados de uma parte do corpo para outra. Para todos os tipos de cirurgias de reconstrução, é preciso sempre consultar um cirurgião plástico depois que o tratamento para câncer oral começar. É possível realizar a reconstrução simultaneamente com o tratamento ou realizar o procedimento depois de terminá-lo. É sempre necessário conversar com o médico responsável pelo tratamento.
– Reabilitação: se o câncer oral interferir na fala, deve-se procurar um fonoaudiólogo para auxiliar. Com exercícios diários, a voz e a habilidade para falar irão retornar. Alguns pacientes vão precisar de próteses para que eles possam falar e comer.
Como ter uma vida saudável após ter câncer de cabeça e pescoço?
Após a cirurgia e os diversos tipos de tratamento, é essencial realizar exames periódicos de boca, garganta e pescoço para notar se há algo errado ou se alguma mudança no tratamento se faz necessária. Esses testes podem incluir um exame físico, testes sanguíneos, raios-x do peito, entre outros. Parar com o consumo de álcool e de cigarro diminui o risco de aparecer um novo tipo de câncer e outros problemas de saúde.
Você sabia que, no Brasil, o câncer de estômago é o quarto tipo mais frequente entre os homens e o sexto entre as mulheres? E que sua estimativa de novos casos, de acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), é de 21.290, sendo 13.540 em homens e 7.750 em mulheres? Mas afinal, qual a função do estômago e sua importância para o corpo humano?
O estômago é um órgão em forma de “J”, situado na parte superior do abdômen. Faz parte do sistema digestivo, cuja responsabilidade é processar os alimentos ingeridos, extraindo deles nutrientes (vitaminas, minerais, carboidratos, gorduras, proteínas e água). Os alimentos são conduzidos da garganta para o estômago, através de um tubo oco e muscular, chamado esôfago. Após deixar o estômago, os alimentos parcialmente digeridos passam para o intestino delgado e depois para o intestino grosso (cólon).
A parede do estômago é constituída por três camadas de tecido: a camada mucosa (que fica em contato com os alimentos), a camada muscular (camada média), e a camada serosa (externa, a que reveste o estômago).
E o que é o câncer do estômago?
O câncer de estômago (ou câncer gástrico) é o crescimento de células anormais no órgão desse sistema digestivo e pode ocorrer em qualquer local de sua extensão. Grande parte desse tipo de tumor ocorre na camada mucosa, surgindo na forma de pequenas lesões irregulares, com ulcerações (rompimento do tecido) – características de cânceres ou tumores malignos. Conforme a evolução da doença, essas células cancerígenas vão gradualmente substituindo o tecido normal do órgão, migrando para outras partes, podendo até chegar a outros lugares do organismo.
Com o pico de incidência em pessoas do sexo masculino de idade mais avançada (cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com idade superior a 50 anos), o câncer de estômago se apresenta como o terceiro mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres. Dados do INCA revelam que o número de mortes por esse tipo de tumor chega a 14.314, sendo 9.207 em homens e 5.107 em mulheres.
Tipos de câncer de estômago
Os tumores de estômago se apresentam em três diferentes tipos: o adenocarcinoma – responsável por 95% dos tumores; o linfoma – diagnosticado em 3% dos casos; e o leiomiossarcoma – com início em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos.
Adenocarcinoma – é um tipo de câncer que possui características secretórias, se originando em tecidos glandulares.
Linfoma – é um tipo de câncer que tem origem nos linfonodos (gânglios) por todo o corpo, principalmente no timo, baço, amídalas, medula óssea e tecidos linfáticos no intestino. Assim como outros tipos de linfomas, eles são divididos em subtipos entre Linfoma de Hodgkin e Linfoma Não Hodgkin.
O linfoma do estômago apresenta uma incidência baixa (3%), podendo ser dividido em dois tipos:
– Linfoma Gástrico MALT: um tipo de linfoma associado à mucosa constituída por células pequenas e com baixo grau de malignidade.
– Linfoma de células grandes: com alto grau de malignidade, porém, com uma incidência muito rara (quando comparado ao primeiro).
Leiomiossarcoma – é um dos tumores benignos da musculatura lisa do estômago, geralmente também localizado em qualquer outro órgão. Sua incidência é baixa.
• Pólipos Gástricos
É o nome dado a um crescimento anormal de um tecido proveniente de uma membrana mucosa. Desenvolve-se nas cavidades de uma mucosa, podendo ter diferentes constituições e formatos. No estômago, os pólipos podem ser divididos em Adenoma e Pólipos Hiperplásicos.
– Adenoma: consiste em nódulos de epitélio displásico. Ocorrem quase que exclusivamente no antro (porção inicial do estômago), fazendo parte da Síndrome de Gardner (um transtorno genético que ocasiona a presença de múltiplos pólipos) ou gastrite crônica atrófica (condição em que as células da mucosa do estômago são diminuídas, prejudicando a produção do ácido gástrico responsável pela digestão dos alimentos).
A maioria dos carcinomas associados ao adenoma gástrico são maiores que 2 cm de diâmetro. Acredita-se que são necessários 10 a 15 anos para um adenoma se transformar em carcinoma.
– Pólipos Hiperplásicos: são os mais comuns pólipos do estômago (50 a 90% dos pólipos gástricos) e dois terços deles ocorrem no antro (porção inicial do estômago). A anormalidade básica é a hiperplasia (aumento excessivo do número de células) e eles se desenvolvem na mucosa gástrica atrófica. Pode haver associação com o Helicobacter pylori (também conhecido como ‘H. Pylori’). O tratamento é a remoção endoscópica ou cirúrgica.
• Tumores carcinoides
Representam 3% de todos os tumores carcinoides gastrointestinais. Existem três subtipos desse tumor no estômago:
– Carcinoide associado com gastrite atrófica crônica do tipo A com ou sem anemia perniciosa.
A gastrite do tipo A é causada por anticorpos contra as células parietais e o fator intrínseco, agindo na mucosa fúndica, causa atrofia glandular acloridria e eventualmente anemia perniciosa.
– Carcinoide associado com a síndrome de Zollinger-Ellison.
A síndrome de Zollinger-Ellison é o nome dado ao distúrbio causado por níveis excessivos do hormônio gastrina. A presença excessiva deste hormônio, por sua vez, faz o estômago produzir ácido clorídrico em excesso.
Esse distúrbio pode gerar um tipo de tumor que representa 8,6% dos tumores carcinoides gástricos e ocorrem quase que exclusivamente em pacientes com síndrome MEN-1 (Neoplasia Endócrina Múltipla). A hipergastrinemia está associada ao gastrinoma no pâncreas. O tratamento consiste em remover o gastrinoma ou a gastrectomia total.
– Tumor carcinoide de forma esporádica.
Não associados ao excesso de gastrina, esse tipo corresponde a 25% dos tumores carcinoides gástricos e têm um prognóstico pior que os tumores carcinoides associados à gastrite atrófica crônica e a síndrome de Zollinger-Ellinson. Como os tumores geralmente são grandes e a doença mais avançada, o tratamento necessita de cirurgia associada a radio e quimioterapia.
Sintomas do câncer de estômago
Estes sintomas podem caracterizar o câncer gástrico, mas outras condições ou doenças também podem causar os mesmos sintomas.
– Dor epigástrica (região central do abdômen – “boca do estômago”);
– Sensação de “estômago cheio” após as refeições e perda do apetite durante as refeições;
– Emagrecimento;
– Vômitos;
– Vômitos com sangue;
– Azia intensa;
– Diarreia;
– Constipação;
– Fadiga e Fraqueza;
– Fezes com sangue ou muito escurecidas (tipo borra de café);
– Dificuldade para se alimentar.
Deve-se tomar cuidado, pois esses sintomas muitas vezes não são percebidos pelos pacientes e só se tornam evidentes quando o tumor atinge um tamanho suficiente para diminuir o espaço de passagem do alimento.
Existem sintomas comuns em estágios avançados, como o emagrecimento intenso (caquexia) e pele e olhos amarelados pelo acúmulo do material metabólico de bilirrubina (icterícia). O paciente com câncer de estômago em estágios avançados também pode sentir dor quando o estômago é palpado.
Se você notar a persistência de qualquer desses sintomas, é necessário procurar um médico especialista na área gástrica, como um gastroenterologista.
Prevenção de câncer de estômago
Por ser um órgão que recebe diretamente os alimentos, a dieta é um fator essencial para a prevenção do câncer de estômago. O consumo excessivo de certos tipos de alimentos, suas conservações e a ausência de alguns deles, podem colaborar com a formação de um tumor.
Abaixo, relacionamos quais são essas condutas alimentares:
– Evitar a ingestão excessiva de nitritos e nitratos: os nitritos e nitratos podem ser encontrados em carnes e peixes em que se utiliza o método secagem para sua preservação – utilizado, por exemplo, em alimentos defumados. O nitrito, ao ser recebido no estômago, transforma-se em nitrosaminas, substâncias altamente cancerígenas.
– Evitar o consumo excessivo de alimentos enlatados, defumados, corantes ou alimentos conservados em sal.
– Evitar o consumo de alimentos guardados fora da geladeira ou mal conservados.
– Evitar o consumo de água com poços com altas concentrações de nitrato.
– Evitar uma alimentação carente das vitaminas A e C.
– Consumir carnes e peixes regularmente.
– Consumir frutas e verduras frescas, contendo ácido ascórbico e beta caroteno.
Esses elementos são benéficos por evitar que os nitritos se transformem em nitrosaminas.
Fatores de risco de câncer de estômago
Os fatores de risco para câncer gástrico incluem:
– Infecção do estômago por Helicobacter pylori (H. pylori), que são bactérias que vivem no estômago humano, responsáveis por alguns tipos de gastrite, úlcera e cancros. Seu formato permite atravessar com facilidade a camada de muco protetora do epitélio gástrico.
– Gastrite crônica (inflamação do estômago).
– Realização de cirurgia para úlcera.
– Anemia perniciosa: distúrbio que pode ocasionar facilitação ou dificuldade de absorção da vitamina B12 pelas células gástricas parietais (responsáveis pela liberação de ácido hidroclorídrico).
– Metaplasia intestinal: uma condição na qual o revestimento normal do estômago passa a ser do tipo de células que revestem o intestino.
– Polipose adenomatosa familiar (PAF): condição hereditária que gera inúmeros pólipos no intestino grosso.
– Pólipos gástricos.
– Tabagismo.
– Tabagismo associado ao consumo de álcool.
– Ter uma mãe, pai, irmã ou irmão que teve câncer de estômago.
Diagnóstico de câncer de estômago
O diagnóstico para esse tipo de câncer pode ser feito através de alguns exames:
– Exames de sangue (bioquímica): um procedimento em que uma amostra de sangue é coletada para medir a quantidade de certas substâncias liberadas no sangue, órgãos e tecidos do organismo. Uma quantidade alterada (superior ou inferior à normal) de uma substância pode ser um sinal de doença no órgão ou tecido que a produz. Nesse procedimento, o hemograma completo (um procedimento em que uma amostra do sangue é extraída e analisada) procura verificar:
– O número de glóbulos vermelhos (hemácias, que carregam o oxigênio), os glóbulos brancos (células de defesa) e plaquetas (responsáveis por ajudar a conter sangramentos).
– A quantidade de hemoglobina (proteína que transporta oxigênio) nas células vermelhas do sangue.
– Endoscopia: um procedimento para examinar o interior do esôfago, estômago e duodeno (primeira parte do intestino delgado), para verificar a ocorrência de áreas anormais. Um endoscópio (um tubo fino e iluminado) é passado através da boca e da garganta para o esôfago.
– Sangue oculto nas fezes: um teste para verificar a presença de sangue oculto nas fezes, que só pode ser visto com a ajuda de um microscópio. Pequenas amostras de fezes são colocadas em placas especiais e é feita a sua análise no laboratório.
– EED: é uma série de raios-x do esôfago e do estômago. O paciente bebe um líquido (contraste) que contém uma substância (bário) que os raios-X não conseguem atravessar, fazendo, desse modo, que seja possível enxergar melhor os órgãos a serem analisados. Este procedimento também pode ser chamado de seriografia gastrointestinal superior (seriografia do esôfago, estômago e duodeno) quando estes três órgãos são analisados.
– Biópsia: é a remoção de amostras de células ou tecidos para possibilitar a análise através de um microscópio, por um médico patologista, para verificar se há sinais de câncer ou algum outro tipo de doença. A biópsia geralmente é feita durante a endoscopia. Às vezes, uma biópsia pode mostrar alterações no estômago que não são câncer, mas que podem levar ao câncer.
– TC (Tomografia Computadorizada): é o exame no qual é feita uma série de imagens detalhadas de áreas no interior do corpo, tomadas de ângulos diferentes. As imagens são feitas por um computador ligado a uma máquina de raios-X. Um contraste pode ser injetado em uma veia, ingerido, ou ainda injetado através do reto para ajudar os órgãos ou tecidos a aparecem mais claramente.
Estadiamento do câncer de estômago
Alguns exames e procedimentos podem ser utilizados no processo de estadiamento da doença, entretanto, nem todos são necessários a todos os pacientes.
– Exames de β-hCG (Beta-gonadotrofina coriônica humana), CA-125 e CEA (Antígeno carcinoembrionário): são exames que medem os níveis de β-hCG, CA-125 e CEA no sangue. Essas substâncias são liberadas na corrente sanguínea, tanto por células sadias, quanto por células cancerígenas. Quando encontradas em quantidades mais elevadas do que normal, esses elementos podem representar um sinal de câncer gástrico ou outras doenças.
– Radiografia de tórax: é um raio X dos órgãos e ossos dentro do peito. Um raio-x é um tipo de raio de energia que pode atravessar o corpo e realizar um retrato de áreas dentro do corpo.
– Ultrassonografia endoscópica: é um procedimento em que um endoscópio é inserido no corpo, geralmente através da boca. Um endoscópio é um instrumento fino, de forma tubular, com uma luz e uma lente para a visão. A sonda na ponta do endoscópio é usada para produzir ondas sonoras de alta energia (ultrassom) e fazer ecos. Os ecos formam imagens dos tecidos do corpo possibilitando a avaliação do médico. Este procedimento também é chamado de endossonografia.
– TC (Tomografia Computadorizada): é o exame no qual são feitas uma série de imagens detalhadas de áreas no interior do corpo, tomadas de ângulos diferentes. As imagens são feitas por um computador ligado a uma máquina de raios-X. Um contraste pode ser injetado em uma veia, ingerido, ou ainda injetado através do reto para ajudar os órgãos ou tecidos a aparecem mais claramente.
– Laparoscopia: é um procedimento cirúrgico para olhar os órgãos dentro do abdômen para checar sinais de doença. Pequenas incisões (cortes) são feitas na parede do abdômen e um laparoscópio (um tubo fino e iluminado) é inserido em uma das incisões. Outros instrumentos podem ser inseridos através das incisões para realizar procedimentos, como a remoção de amostras de tecidos para pesquisas. Pode também, em alguns casos, realizar-se parte da cirurgia para tratamento por esse método.
– PET Scan (Tomografia por emissão de pósitrons scan): é um exame que combina a tomografia computadorizada e uma espécie de cintilografia. É utilizada uma substância radioativa (fluordesoxiglicose – FDG), que é injetada por uma veia e é mais absorvida por células tumorais, fazendo com que o câncer possa ser diagnosticado ou analisado com grande precisão.
Tratamento do câncer de estômago
Três tipos de tratamento são utilizados para o câncer de estomago. São eles:
– Cirurgia: é o tratamento mais comum para todos os estágios do câncer de estômago. Os seguintes tipos de cirurgia podem ser utilizados:
• Gastrectomia subtotal: remoção de parte do estômago que contém o câncer, linfonodos próximos, tecidos ou órgãos que possam estar acometidos pelo tumor.
• Gastrectomia total: remoção de todo o estômago, os linfonodos próximos, parte do esôfago, duodeno e outros tecidos próximos ao tumor. O baço pode ser removido. O esôfago é ligado ao intestino delgado para que o paciente possa continuar a comer e engolir. Se o tumor está obstruindo o estômago, mas o câncer não pode ser completamente removido por cirurgia, pode se realizar a colocação de uma prótese (um tubo fino e expansível), realizado através de endoscopia, a fim de manter uma passagem para o alimento.
– Radioterapia: a radioterapia é um tratamento contra o câncer que utiliza tipos de radiação para matar células cancerígenas ou impedi-las de crescer. Existem dois tipos de radioterapia: a terapia de radiação externa – a mais comum, que utiliza uma máquina para enviar radiação para o câncer; e a terapia de radiação interna (braquiterapia) – na qual a substância radioativa é colocada diretamente em contato com o tecido tumoral.
– Quimioterapia: um tratamento de câncer que usa medicamentos (remédios) para parar o crescimento das células cancerosas, matá-las ou impedi-las de se dividir. Quando a quimioterapia é tomada via oral ou injetada numa veia ou músculo, os remédios entram na corrente sanguínea e podem atingir as células cancerosas por todo o corpo (quimioterapia sistêmica). Quando a quimioterapia é colocada diretamente na coluna vertebral, um órgão ou uma cavidade do corpo, como o abdômen, as drogas afetam principalmente as células do câncer nessas áreas (quimioterapia regional). A forma como a quimioterapia é dada depende do tipo e estágio do câncer a ser tratado.
No Brasil, o câncer de pele é o mais frequente entre todos os tipos da doença. Segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), entre 2023 e 2025, são esperados 705 mil novos casos de câncer no país por ano, dos quais 31,3% devem ser de pele não melanoma, o que corresponde a pouco mais de 220 mil novos casos. Quanto ao câncer de pele melanoma, o número de casos novos estimados é de quase 9 mil por ano, mas, apesar de ser menos comum, merece atenção, pois é considerado um tipo mais grave da doença, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (que é disseminação do câncer para outros órgãos) e alto índice de mortalidade quando diagnosticado tardiamente. De modo geral, o prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom quando há detecção em sua fase inicial. Por isso, estratégias de prevenção e diagnóstico precoce devem ser prioritárias.
Diante desse cenário, o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital de Amor apresentou um projeto de estudo, que foi selecionado e acaba de receber o fomento do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica – PRONON, implantado pelo Ministério da Saúde para incentivar ações e serviços desenvolvidos por entidades, associações e fundações privadas sem fins lucrativos no campo da oncologia. A proposta é criar uma cabine de autoatendimento que ficará à disposição do público durante nove meses, em locais de grande circulação, facilitando o acesso à uma avaliação primária, incialmente, com a comunidade de Barretos (SP).
Nesse período, o equipamento coletará informações dos usuários, como dados cadastrais e imagens, que serão enviados diretamente para o HA. Com essas informações em mãos, um laudo será gerado e, no caso de lesões suspeitas, esse usuário será convocado com prioridade para análise mais precisa com um médico especialista. Além disso, a cabine contará também com experiências que visam proporcionar o aprendizado da população sobre como prevenir o câncer de pele, como identificar possíveis melanomas e também sobre a importância do uso do filtro solar.
O projeto, que está sob responsabilidade do Dr. Vinicius de Lima Vazquez, cirurgião oncológico do HA e Diretor Executivo do IEP; da Dra. Vanessa D´Andretta Tanaka, dermatologista do HA; e da Dra. Raquel Descie Veraldi Leite, fisioterapeuta e doutora em Oncologia pelo HA, deve ter início no primeiro semestre deste ano e prevê, ainda, equipar todas as Unidades Básicas de Saúde do município com dermatoscópios, expandindo o projeto de teledermatologia da instituição, com o intuito de tornar mais eficiente a comunicação entre os profissionais da Atenção Básica de Saúde e a equipe do departamento de Prevenção do HA.
Segundo a Dra. Raquel, trabalhar a Educação em Saúde com a população também fará parte das ações, com a distribuição de materiais informativos e treinamentos para vários grupos da sociedade, como profissionais de saúde da Atenção Básica e trabalhadores de estética corporal, incluindo tatuadores, massagistas, manicures, entre outros. “Isso porque levar conhecimento faz com que os cidadãos se tornem autônomos na questão de tomar as próprias decisões em relação a sua própria saúde, de sua família e comunidade. O diagnóstico é crucial e aumenta as chances de um tratamento mais efetivo, uma melhor recuperação e uma maior qualidade de vida”, reforçou a fisioterapeuta e pesquisadora.
O câncer é, há muito tempo, um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A situação fica ainda mais preocupante quando as estimativas apontam que, nos próximos anos, os números de casos da doença irão aumentar. É isso mesmo! De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), entre 2023 e 2025 são esperados 705 mil novos casos de câncer no Brasil por ano, ou seja, muitas pessoas serão diagnosticadas, principalmente as que estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste, onde estão concentradas 70% da incidência.
E agora? Por que haverá o aumento desses números? Com o propósito de incentivar a conscientização da sociedade sobre a importância da prevenção, do diagnóstico e da ampliação de políticas públicas associadas ao combate à doença, foi criado o “Dia Mundial do Câncer” (World Cancer Day) – mobilização internacional celebrada em 4 de fevereiro. Por conta dessas e outras questões, o cirurgião oncológico do Hospital de Amor, Dr. Ricardo Gama, esclareceu: isto se deve pelo envelhecimento da população. “As pessoas estão vivendo mais e, consequentemente, envelhecendo mais. Por isso, a gente acaba vendo um maior número de casos de câncer nas pessoas acima de 50 a 60 anos, que é a faixa etária mais comumente atingida pelas neoplasias malignas. Além disso, o fácil acesso ao diagnóstico das doenças, tanto no sistema público de saúde, quanto no privado, faz com que se tenha um aumento nos números de tumores”, contou.
Tipos de câncer mais comuns
Segundo o médico, o tipo de câncer mais comum atualmente, ainda é o de pele não melanoma. Nas mulheres, o mais incidente é o de mama; nos homens, o de próstata. Para o próximo triênio, as estimativas apontam o câncer de intestino, ou seja, o colorretal, como sendo o segundo mais frequente. Em porcentagens, a incidência seria:
1 – câncer de pele não melanoma (31,3%)
2 – câncer de mama (10,5%)
3 – câncer de próstata (10,2%)
4 – câncer colorretal (6,5%)
5 – câncer de pulmão (4,6%)
6 – câncer de estômago (3,1%)
Além desses tipos, aparecem também:
*o câncer de fígado – mais incidente na região Norte por conta das infecções e doenças hepáticas crônicas;
*o câncer de pâncreas – mais incidente na região Sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo.
“Os dados do INCA nos mostram que os aumentos de casos de câncer acontecerão, principalmente, nas regiões Sul e Sudeste. Mas, é importante lembrarmos que mais de 50% da população brasileira reside nestas localidades, ou seja, com a alta densidade demográfica, é natural que os números da doença sejam maiores mesmo”, esclareceu Gama.
A importância da prevenção
Agora você deve estar se perguntando: e o que devemos fazer para melhorar essa realidade? A resposta é uma só: a prevenção é essencial! Para o Dr. Ricardo Gama, é impossível pensar em combate ao câncer, sem antes pensar na eliminação dos fatores de risco que são comuns na maioria dos casos, independente da região. “Todas as formas de tabagismo, alcoolismo, doenças sexualmente transmissíveis (HPV e AIDS), alimentação com embutidos, ultraprocessados, excesso de carboidratos, açúcares e gorduras saturadas, devem ser evitadas e substituídas por práticas de atividades físicas e hábitos saudáveis”, ressaltou.
Já naqueles casos em que os tumores malignos não são preveníveis (20 a 30%), ou seja, os hereditários que não estão ligados diretamente aos fatores de risco, a prevenção deve ser realizada como forma de conscientização. “É muito difícil prevenir algo que não tem uma prevenção concreta, mas deter e difundir o conhecimento, como por exemplo, o projeto ‘Passos que Salvam’ do HA – que alerta a população sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil – é primordial. O conhecimento é sempre essencial. Portanto, se você é muito jovem e teve câncer ou conhece alguém nesta situação, é preciso chamar atenção para um possível câncer hereditário, principalmente, se já existe histórico familiar”, explicou Gama.
COVID-19 x Diagnóstico de câncer
A pandemia da COVID-19 também trouxe um grande impacto no diagnóstico de câncer. O atraso na identificação das neoplasias malignas foi determinante para o aumento significativo dos números de casos da doença no Brasil. “As pessoas não saíam de casa e, quando saíam, era para resolver problemas pontuais relacionados à COVID-19. Dessa forma, o paciente que tinha sinais e sintomas de câncer e que poderia, em um mundo normal (sem pandemia), procurar uma unidade de saúde, não o fez. Então, de 2022 em diante houve um crescimento exacerbado nos casos avançados de câncer”, destacou o médico.
Há mais de 60 anos, o Hospital de Amor – referência em tratamento oncológico na América Latina, com excelência em assistência, prevenção, ensino, pesquisa e inovação – realiza um trabalho impactante no combate ao câncer. Por meio do rastreamento oferecido pelas unidades fixas e móveis de prevenção, da divulgação de informações sobre a importância do diagnóstico precoce, e de outros projetos, a instituição consegue levar saúde de qualidade para a população de todo Brasil e salvar milhares de vidas!
Assim como acontece em outros meses do ano, dezembro também possui uma campanha superimportante: o ‘Dezembro Laranja’, que tem o objetivo de promover a conscientização sobre o câncer de pele, enfatizando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele corresponde a 33% dos casos de cânceres no Brasil. Além disso, dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que, a cada ano, são registrados 185 mil novos casos da doença. Com números tão alarmantes, é preciso estar atento aos sinais e sintomas, pois o diagnóstico precoce salva vidas!
As dermatologistas do Hospital de Amor, Dra. Cristiane Cárcano e Dra. Vanessa Tanaka, esclareceram as principais dúvidas sobre o tema. Confira!
– O que é e o que representa a campanha ‘Dezembro Laranja’?
R.: A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove uma campanha nacional, anualmente, voltada ao combate do câncer da pele, denominada: ‘Dezembro Laranja’.
– Qual é o objetivo desta ação?
R.: O objetivo do ‘Dezembro Laranja’ é promover a conscientização da população sobre o câncer de pele, enfatizando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. “Não espere até sentir na pele” – este é o tema da campanha de 2022.
– Em relação aos números, quantos casos de câncer de pele são detectados por ano? Qual é a incidência?
R.: De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 30% de todos os tumores malignos diagnosticados no Brasil correspondem ao câncer da pele. É o tipo de câncer mais incidente no Brasil, com cerca de 190 mil novos casos ao ano.
– Quais são os sintomas do câncer de pele?
R.: Os sinais e sintomas deste tipo de tumor são muito variáveis. Os cânceres de pele mais comuns são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Mas, de uma maneira geral, alguns sinais de alerta para o câncer de pele são: a mudança na aparência de manchas de nascença; o crescimento rápido de alguma pinta ou de uma lesão de pele nova; e a mudança na coloração ou na textura de um sinal ou de uma pinta. O câncer de pele também pode se manifestar como feridas que sagram e que não cicatrizam.
– Como evitar o câncer de pele?
R.: Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação ultravioleta são as melhores estratégias para prevenir o câncer de pele. Os grupos de maior risco para desenvolver a doença são as pessoas de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos, olhos claros, que trabalham expostas ao sol e aquelas com história familiar de câncer de pele. Pessoas com histórico de queimaduras solares e aquelas que possuem muitas pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados. As principais medidas de proteção são: usar chapéus, camisetas, óculos escuros; cobrir as áreas expostas ao sol com roupas apropriadas; evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas; usar filtros solares diariamente e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o protetor solar a cada 2 horas ou menos nas atividades de lazer ao ar livre. Observar regularmente a própria pele à procura de pintas ou sinais suspeitos; manter bebês e crianças protegidos do sol (filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses); e consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
O Hospital de Amor Barretos, a Santa Casa de Misericórdia de Barretos, a Faculdade de Ciências da Saúde Dr. Paulo Prata (FACISB) e o AME Barretos apoiam o “Dezembro Laranja”. Em caso de outras dúvidas, entre em contato com o médico de sua confiança e se cuide! Confira também a nossa playlist especial sobre o tema em nosso canal no Youtube, acesse: ha.com.vc/dezembrolaranja.
Assistência, prevenção, ensino, pesquisa e inovação, sempre foram os pilares do Hospital de Amor. Há quase 60 anos, a instituição, que é referência em tratamento oncológico na América Latina, alia tudo isso com um dos seus principais valores: a humanização – encontrada em todas as suas unidades, inclusive, nas salas de mamografia.
A grande novidade é que o Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), conta com uma sala de mamografia com o tema Aurora Boreal (um fenômeno óptico que permite que um brilho extraordinário possa ser visto nos céus noturnos de regiões do Polo Norte). O motivo da temática é, além de proporcionar o máximo de conforto para a mulher que está realizando o exame, também oferecer excelência no processo com um equipamento de altíssima tecnologia.
De acordo com a médica radiologista do hospital, Dra. Silvia Sabino, o desenvolvimento da sala vem de encontro com a missão da instituição, em suas diversas áreas de atuação. “O exame de mamografia sempre vem acompanhado de uma grande ansiedade e medo, seja do próprio exame, de sentir dor, se machucar e até do diagnóstico (de câncer) que pode vir após o exame. Esses temores afastam muitas mulheres da possibilidade do diagnóstico precoce do câncer de mama e, muitas vezes, geram a propagação de informações negativas sobre o exame, por isso, a ideia de criar um ambiente mais harmonioso e acolhedor”, afirmou.
A nova sala conta com um mamógrafo da mais alta tecnologia, capaz de realizar a mamografia digital tradicional 2D, a tomossíntese (mamografia 3D que adquire de 200 a 400 imagens da mama evitando a sobreposição de estruturas, como tecido mamário e o próprio câncer), a mamografia espectral de contraste (exame com contraste venoso que similar a ressonância magnética) e o grande diferencial: os procedimentos de biópsia e marcação pré-operatória guiados por tomossíntese (e futuramente, também por mamografia com contraste).
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 66.280 novos casos de câncer de mama são estimados para o Brasil, em cada ano do triênio 2020/2022 – valor que corresponde a um risco de aproximadamente 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. “Além de todos esses benefícios tecnológicos, a sala humanizada Aurora Boreal do HA tem o objetivo de desfocar a atenção da mulher que está realizando o exame para a beleza do ambiente, reduzindo a ansiedade e promovendo maior relaxamento e cooperação para o posicionamento adequado do mamógrafo. Com tudo isso, nós conseguimos ter diagnósticos mais precisos, evitando que eventuais cânceres sejam perdidos ou subestimados, pois 95% das falhas observadas no exame, correspondem a erros de posicionamento!”, declarou a médica.
Parceria
A conquista do novo espaço se deu graças à uma importante aliada do Hospital de Amor, a GE Healthcare – uma das maiores parceiras da instituição, tanto no âmbito comercial quanto em projetos científicos, de educação e de desenvolvimento de novas tecnologias. “Desde 2012, a empresa nos cedeu a primeira sala sensorial de mamografia das Américas (HDC). Quando a pandemia impediu nossos projetos educacionais, a GE nos sugeriu a construção de um ambiente temático que unisse a humanização, que já fazia parte das nossas outras salas, com a possibilidade de transmissão on-line de aulas, treinamentos de posicionamento e procedimentos de biópsia e visitas técnicas virtuais”, contou Dra. Silvia.
Com o término dos atendimentos restritos causados pelo período pandêmico, a previsão do Instituto de Prevenção do HA, em Barretos (SP), é de que mais de 1.200 mulheres, por mês, possam usufruir desta experiência ao realizar exames de mamografia, gerando maior adesão ao projeto de rastreamento mamográfico e alcançado o objetivo final da instituição: reduzir os dados de mortalidade por câncer de mama!
Sabendo da importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, a Azul Linhas Aéreas – parceira de longa data do Hospital de Amor – tem beneficiado mulheres atendidas pelas unidades do HA espalhadas pelo país. Uma das iniciativas da companhia é o concurso cultural “Próximo Destino: a Vitória”, ação do Instituto Sociocultural do Hospital de Amor e da unidade de negócios da Azul Viagens, que oferece como prêmio uma viagem incrível para pacientes e acompanhantes.
Em sua 4ª edição, o concurso cultural tem como público-alvo mulheres acima de 18 anos, que realizam tratamento de câncer de mama há pelo menos dois anos no HA. Para participar, as pacientes precisaram escrever uma carta à mão, seguindo o tema da ação, para trazerem os seus relatos de superação e de enfrentamento ao câncer, a fim de apoiar as mulheres que receberem o diagnóstico semelhante recentemente.
Para encerrar o Outubro Rosa com chave de ouro, as instituições realizaram, neste 27 de outubro, a cerimônia de premiação. Ao todo, três cartas foram selecionadas e beneficiadas com prêmios oferecidos pela Azul: três viagens para cidades turísticas pelo Brasil.
O evento, que ocorreu após a visita dos profissionais da Azul e das pacientes finalistas nas unidades de Barretos (SP), contou com a participação de colaboradores do Hospital de Amor e diretores da empresa, além das pacientes e seus familiares.
Para o diretor técnico da Azul, Carlos Naufel, a parceria com o HA se estenderá por muitos outros anos. “É impressionante o que vimos durante a visita e, com certeza, nós acertamos muito com essa parceria. A Azul é uma empresa de pessoas e que tem tudo a ver com o HA, pois aqui nós encontramos gente cuidando de gente. Isso é muito importante para nós”, afirmou.
A premiação
Após passarem por uma criteriosa avaliação realizada por uma comissão julgadora, composta por colaboradores da Azul Linhas Aéreas e do Instituto Sociocultural, as cartas ganhadoras foram:
1º) Sidelma Rodovalho, de Catalão (GO) – ganhou uma viagem para Natal (RN).
2º) Edivania Silva Miranda, de Iturama (MG) – ganhou uma viagem para Florianópolis (SC).
3º) Francieli Cristina Sanches Tonholo, de Pontalinda (SP) – ganhou uma viagem para o Rio de Janeiro (RJ).
De acordo com Sidelma, que em breve irá decolar com sua neta para o Rio Grande do Norte, foi uma alegria poder participar do concurso e contar sua história de vitória para todos. “Quando eu descobri que estava com câncer de mama, eu perdi o chão! Cheguei para realizar meu tratamento no Hospital de Amor me enchi de esperança. O que me motivou a vencer foi o amor que recebi na instituição! A minha primeira graça foi a cura e a segunda foi ter ganho essa viagem!”, finalizou.
Câncer de mama
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), destaca que o câncer de mama é o tipo de câncer de maior incidência, com cerca de 2,3 milhões de mulheres diagnosticadas no mundo com taxa de incidência de 48 por 100 mil mulheres. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima ocorrência de 66.280 novos casos de câncer de mama para cada ano do triênio 2020-2022, com taxa de incidência de 44 casos para cada 100 mil mulheres, sendo o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no país, (excluindo os casos de câncer de pele não melanoma).
O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada das células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico.
Se você é mulher, tem entre 40 e 69 anos, faça sua mamografia. Prevenção é o ano todo!
Reconhecido como o maior centro oncológico da América Latina, o Hospital de Amor fortalece ainda mais o seu papel pioneiro no cenário médico do país. Ao unir humanização e tecnologia, a instituição reforça seus pilares diante de uma nova conquista: a disponibilização de cirurgias torácicas com auxílio de robôs aos seus pacientes, gratuitamente.
Desde 2014, o HA já oferece cirurgia minimamente invasiva robótica, quando foi o primeiro centro do interior de SP a disponibilizar este tipo de procedimento via Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o médico cirurgião do hospital, Dr. Luís Gustavo Romagnolo, esse tipo de procedimento é uma melhor opção para o paciente. “Com essa tecnologia, conseguimos contribuir com um melhor resultado estético, menos dor e desconforto durante o pós-operatório, menos riscos de infecções na ferida operatória e menos chances de hérnias incisionais a curto e médio prazo”, afirmou.
A iniciativa inovadora foi idealizada pelo grupo de cirurgiões do departamento de cirurgia torácica oncológica do HA, formado pelos médicos Dr. Wilson Chubassi de Aveiro, Dr. Maurício Cusmanich, Dr. Rachid Eduardo Noleto da Nóbrega Oliveira e o chefe do departamento, Dr. José Elias Abrão Miziara.
Neste mês de agosto, a instituição completou 1.500 cirurgias robóticas, algo expressivo, considerando que todos os procedimentos são gratuitos. Segundo Romagnolo, os pacientes que realizam tratamento de neoplasia no pulmão poderão ser beneficiados com o procedimento. “A data do lançamento da cirurgia torácica no Hospital de Amor ocorreu em agosto por ser o mês de conscientização e prevenção do câncer de pulmão, doença que na maior parte das vezes é silenciosa e que pode ser fatal. As cirurgias serão executadas exclusivamente nos pacientes que tratam neoplasias de pulmão na instituição”, finalizou.
Câncer de pulmão
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente entre homens e o quarto entre as mulheres no país, com a estimativa de mais de 30 mil novos casos por ano. O estudo epidemiológico intitulado “Neoplasias malignas nas 18 cidades pertencentes à regional de saúde de Barretos, São Paulo: A importância de um Registro de Câncer de Base Populacional”, realizado pelo HA, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), avaliou a incidência, mortalidade e sobrevida dos indivíduos com câncer de pulmão em Barretos (SP) e em 17 cidades pertencentes à sua regional de saúde ao longo de 15 anos (2002-2016). Durante o período, foram diagnosticados 1.116 novos casos deste tipo de tumor, dos quais, 695 foram em homens e 421 em mulheres, apresentando uma taxa de incidência de 15,1 para cada 100.00 mil habitantes. De acordo com o mesmo estudo, a taxa de mortalidade foi de 13,6 para cada 100,00 mil habitantes, contabilizando 1.016 mortes pela doença, sendo 634 em homens e 382 em mulheres. O trabalho mostrou também que a taxa de sobrevida para câncer de pulmão em 5 anos foi de 5,8%.
A palavra Leucemia ainda espanta muito as pessoas. Há muitos anos, essa doença era associada a um grande número de mortes e, por ser uma enfermidade com desenvolvimento frequente em crianças, o receio crescia ainda mais. Porém, hoje esse cenário se transformou e, felizmente, muitos casos de leucemia podem ser curados, sem contar que mesmo que não o sejam, a sobrevida dos pacientes pode ser aumentada em longos anos com o tratamento adequado.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2020 há uma estimativa de mais de 10 mil casos novos da doença, com uma incidência ligeiramente maior em homens. Atualmente, é o 9º câncer mais comum entre homens e o 11º entre as mulheres. Com números tão alarmantes, é preciso estar atento, entender esse tipo de câncer e saber como diagnosticá-lo precocemente. Você conhece a leucemia?
O que é a doença chamada leucemia?
É o câncer que afeta as células do sangue, ou seja, os leucócitos ou glóbulos brancos (que são as células responsáveis pela defesa do corpo) e se inicia dentro da medula óssea. Segundo descrito pelo INCA, a medula óssea é o local de fabricação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela, são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.
Nas leucemias, há a alteração em uma célula da medula, que se torna anormal (doente) e passa a se multiplicar mais aceleradamente, perdendo a capacidade de se diferenciar e morrendo menos do que as células normais. Desta forma, estas células anormais vão se acumulando na medula óssea, substituindo as células saudáveis e atrapalhando a formação de células “boas” do sangue, que são os glóbulos vermelhos (de transporte de oxigênio), glóbulos brancos (de defesa) e plaquetas (que ajudam na coagulação).
Sob esta denominação, estão agrupadas várias neoplasias diferentes: pode ser dividida pelo tipo de célula afetada – mielóide e linfóide, e pela forma de evolução da doença – aguda e crônica. Assim, os quatro principais subgrupos de leucemia são: Leucemia Linfóide Aguda (LLA), Leucemia Mielóide Aguda (LMA), Leucemia Linfóide Crônica (LLC) e Leucemia Mielóide Crônica (LMC).
Como esse tipo de câncer se desenvolve?
As causas do desenvolvimento de leucemia não são totalmente definidas, mas existem fatores de risco mais relacionados a um ou outro tipo. Para as leucemias agudas, são considerados fatores de risco: exposição a benzeno e a radiação ionizante, exposição a quimioterapia (no caso de tratamento de doenças prévias), exposição a agrotóxicos, entre outros.
Existem também associações com doenças e alterações genéticas, como Síndrome de Down e Anemia de Fanconi (síndrome genética herdada dos pais); e com história familiar, por exemplo: em LLC, há incidência em parentes de primeiro grau em relação a população geral.
Outras doenças hematológicas (aquelas que comprometem a produção dos componentes do sangue) também aumentam o risco de desenvolvimento da leucemia, como síndromes mielodisplásicas (um grupo de distúrbios causados quando algo interrompe a produção de células sanguíneas).
Em relação à faixa etária, é importante alertar: quanto maior a idade, maior o risco de leucemia, exceto o tipo LLA, que é o mais frequente em crianças e é considerado o câncer mais comum na infância. Segundo as oncopediatras do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dra. Anita Frisanco Oliveira e Dra. Bianca Faustini Baglioli, a leucemia linfóide aguda ocorre mais entre crianças de 2 e 5 anos, podendo ser diagnosticada também, em menor frequência, em lactentes (crianças que ainda mamam) e adolescentes. “Já a leucemia mielóide aguda (LMA) é mais frequente nos lactentes, com um declínio até os 9 anos de idade, e um novo aumento da sua incidência a partir da adolescência. A leucemia mielóide crônica (LMC) é mais comum em adolescentes e adultos jovens”, afirma Dra. Bianca.
É possível prevenir a leucemia?
Diferentemente do que acontece na maioria dos casos de câncer, não há fatores de risco conhecidos para a leucemia, não podendo, desta forma, ser prevenida. Porém, a médica hemotalogista do Hospital de Amor, Dra. Iara Zapparoli Gonçalves, explica que ter hábitos saudáveis de vida e cuidados com a saúde, incluindo alimentação adequada e prática de exercícios físicos regularmente; realizar tratamento de doenças concomitantes (que acontecem ao mesmo tempo no organismo); evitar exposição desnecessária a agentes potencialmente tóxicos, incluindo o tabagismo; e fazer o uso adequado de equipamento de proteção individual (EPIs), são exemplos que melhoram a qualidade de saúde e de vida, e deixam os indivíduos fortes para enfrentar as adversidades.
Nas crianças, ao contrário do que acontece com adultos que podem receber orientações quanto a prevenção, a leucemia está relacionada a alterações genéticas, não sendo possível preveni-la, mas sim diagnosticá-la precocemente. Em ambos os casos, o principal exame para a suspeita desse tipo de câncer é o hemograma. Caso haja evidência da doença, outro exame é realizado, o mielograma, onde a coleta de sangue é feita diretamente na medula óssea podendo avaliar sua morfologia, tipo de célula acometida, imunofenotipagem (técnica utilizada para identificar qual tipo exato de célula que compõe um determinado tecido), biologia molecular, etc.
Sinais e sintomas da leucemia
Quando há o desenvolvimento da leucemia no organismo, há também a substituição da medula e, consequentemente, a diminuição de células no sangue. Sendo assim, os principais sintomas da doença são:
– Diminuição de glóbulos vermelhos: anemia, palidez, cansaço e fraqueza.
– Diminuição de glóbulos brancos: queda de imunidade e aumento de risco de infecções.
– Diminuição de plaquetas: sangramentos, manchas roxas e petéquias (pontos vermelhos na pele).
Além disso, os pacientes também podem apresentar dores em ossos (muito comum em LLA), perda de peso, febre, suores noturnos e outros sintomas relacionados ao acumulo de células fora da medula, como aumento de gânglios e desconforto abdominal por aumento do baço e do fígado.
“No caso de leucemias crônicas, onde a doença evolui de forma mais lenta, não há sinais e sintomas aparentes. Por isso, é comum que o diagnóstico seja feito após uma alteração encontrada em um hemograma de rotina”, esclarece Dra. Iara.
Tipos de leucemias existentes e suas características
• Leucemia Linfóide Aguda (LLA): há proliferação de células associadas aos estágios iniciais de maturação linfóide. É a leucemia mais comum em crianças, mas pode ocorrer também em adultos, existindo um segundo pico de incidência a partir dos 50 anos. Existem vários subtipos de LLA e o tratamento depende de vários fatores, como idade, subtipo, alterações citogenéticas e moleculares.
• Leucemia Mielóide Aguda (LMA): há a proliferação de células progenitoras da medula óssea nos estágios iniciais de maturação. Tem um curso clínico agudo e deve ser tratada rapidamente. Pode ocorrer em crianças e adultos, sendo a forma mais comum no período perinatal (logo após o nascimento), porém a incidência aumenta com a idade. Também é dividida em subtipos e o tratamento, como na LLA, depende da idade, comorbidade (doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades), alterações moleculares e citogenéticas.
• Leucemia Linfóide Crônica (LLC): é caracterizada pelo acúmulo de linfócitos maduros no sangue. A maioria (90%) dos pacientes acometidos com a doença tem mais de 50 anos e é extremamente rara em pessoas abaixo dos 25 anos. Cerca de 70% dos pacientes são assintomáticos ao diagnóstico, que é feito a partir de um achado de exame (hemograma) de rotina. Estes pacientes assintomáticos, geralmente, são apenas observados, sem indicação de tratamento.
• Leucemia Mielóide Crônica (LMC): afeta as células mielóides e avança lentamente. É uma neoplasia clonal da célula progenitora hematopoiética pluripotente, caracterizada por uma translocação específica – Cromossomo Philadelfia – sendo disponível terapia alvo (oral). Tem pico de incidência entre 50 e 60 anos.
Apesar de cada tipo de leucemia ter suas características, os tratamentos indicados e o tempo de duração de cada um deles devem ser avaliados e orientados por médicos especialistas, pois há situações em que os procedimentos não são indicados (apenas observações clínicas) e outras, em que o tratamento deve ser intensivo, incluindo o transplante de medula óssea (TMO).
“Recidiva” da doença
Quando falamos em leucemia, falamos também em pacientes que tiveram a “recidiva” da doença. Afinal, o que isso significa?
A recidiva significa que a ‘doença voltou’. Esse problema pode acontecer pouco ou muito tempo após a cura e, na maioria das vezes, ocorre pela proliferação de células doentes, previamente indetectáveis pelos exames de rotina. Durante o tratamento inicial, essa mesma célula pode ter criado resistência aos quimioterápicos utilizados e permanecido em estado de latência, ou seja, em repouso até encontrar um ambiente favorável à sua proliferação.
Devido à melhora no diagnóstico precoce da doença, os índices de leucemia vêm aumentando ao longo dos anos. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em adultos, a estimativa de casos novos para o ano de 2020 (incluindo todos os tipos) é de 10.810, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. Já em pacientes pediátricos, são estimados cerca de 8.460 novos casos de câncer no Brasil. Destes, 2.115 são de leucemias.
Fique atento!
Ao se deparar com sintomas persistentes ou não explicáveis, ou caso haja alguma alteração no hemograma de rotina, procure um médico especialista, também conhecido como hematologista, imediatamente.
As crianças também devem ser encaminhadas a um pediatra de confiança, para que ele faça a coleta detalhada da evolução do quadro do paciente, solicite um hemograma completo e entre em contato com um centro que disponha de atendimento em oncohematologia pediátrica.
Leucemia x Hospital de Amor
Por ser uma instituição referência em tratamento oncológico e contar com um departamento de hematologia, uma unidade só para atender crianças e jovens (com um moderno centro de transplante de medula óssea pediátrica), médicos especialistas atualizados e experientes, e uma competente equipe multiprofissional, o Hospital de Amor realiza o diagnóstico da doença e a avaliação adequada com relação ao prognóstico e ao procedimento mais indicado, proporcionando um tratamento de excelência e humanização aos pacientes que lutam com a leucemia (e também com outros tipos de câncer).
Em sua unidade adulta, são diagnosticados cerca de 100 e 120 casos de leucemia por ano. Já a unidade infantojuvenil do HA conta, atualmente, com 90 pacientes em tratamento. Com a inauguração do novo centro de TMO pediátrico, em abril de 2019, a instituição aumentou significativamente sua capacidade de atendimento: ao todo são 27 leitos de internação, 6 leitos na unidade de terapia intensiva (UTI), 11 leitos no centro de intercorrência ambulatorial (CIA) e 16 leitos na quimioterapia, ou seja, muito mais vidas sendo salvas todos os dias!
O poder do sangue
“Quem doa sangue salva vidas”. Essa frase, dita por muitos profissionais da área da saúde e tão disseminada nos meios de comunicação, retrata a importância da doação de sangue (ato voluntário e de solidariedade, praticamente indolor e rápido) para os pacientes em tratamento contra leucemia, que passam por transplante de medula óssea ou cirurgias. Para se ter uma ideia da relevância desse compromisso social, quando os estoques caem e falta sangue nos hospitais, muitas cirurgias e procedimentos são cancelados.
De acordo com a gerente de captação de doadores do Hemonúcleo do Hospital de Amor, Ana Paula Borges, são realizadas, diariamente, 70 transfusões de sangue na instituição e, a maiores dos pacientes que recebem essas doações, realizam tratamentos contra a leucemia.
Por esse motivo, o Hospital de Amor realiza diversas campanhas na tentativa de conscientizar a população a doar, principalmente em épocas em que as doações despencam: períodos de celebrações, férias, quando as temperaturas ficam mais baixas ou quando o país enfrenta um problema de saúde pública, como a pandemia do coronavírus.
Para doar, é necessário ter um documento com foto, pesar mais de 50 quilos, ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem estar acompanhados por um responsável legal), estar em boas condições de saúde, descansado e bem alimentado. O Hemonúcleo do Hospital de Amor funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h, e aos sábados e domingos, das 7h às 11h. Para outras informações sobre doação de sangue ou de medula óssea, basta entrar em contato com o setor pelo telefone (17) 3321-6600 – Ramal 6941 ou pelo e-mail hemocaptacao@hcancerbarretos.com.br.
Segundo a última estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados, no Brasil, mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão, para cada ano do triênio 2020-2022. A doença ocupa, atualmente, a terceira colocação no ranking dos tipos de câncer mais incidentes no país, exceto pele não melanoma, mas ainda é o primeiro quando se fala em taxa de mortalidade. Isso ocorre, principalmente, por conta de seu desenvolvimento silencioso, que, quando chama a atenção por meio de sinais e sintomas, geralmente, já está em fase avançada e sem ou com poucas chances de cura.
Apesar dos diversos fatores que favorecem a ocorrência do câncer de pulmão, como exposição a agentes cancerígenos químicos ou físicos, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e fatores genéticos, o tabagismo ainda é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, com até 85% dos casos diagnosticados associados ao consumo e exposição passiva aos derivados do tabaco.
“Nem todo indivíduo que fuma ou fumou desenvolverá câncer de pulmão, e isso ainda é realmente difícil de se prever, mas sabe-se que a chance de seu desenvolvimento está diretamente relacionada à carga de tabaco com a qual que se teve contato”, explica o médico radiologista do Hospital de Amor, Rodrigo Sampaio Chiarantano. Sabe-se também que a mortalidade em decorrência da doença entre os fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, já entre os ex-fumantes essa taxa chega a ser quatro vezes maior.
Pioneirismo
Com o intuito de reduzir tais taxas, o HA lançou, em 2019, um programa de rastreamento ativo de câncer de pulmão como parte de uma iniciativa mais ampla da instituição, que se destaca por incluir também atividades de prevenção primária e pesquisa científica de ponta com marcadores biomoleculares. Para que isso fosse possível, o Hospital de Amor contou com a colaboração da Secretaria Municipal de Saúde de Barretos, facilitando o treinamento e a constituição de grupos de cessação de tabagismo em suas unidades básicas de saúde (UBSs), que posteriormente passaram a enviar indivíduos elegíveis.
Em um formato pioneiro na América Latina, uma unidade móvel foi equipada com um tomógrafo computadorizado de baixa dose e direcionada a fazer o acompanhamento da população de risco. O programa é o único no Brasil que integra dados de diversas esferas da área da saúde e oferece gratuitamente esse exame aos usuários do Sistema Único de Saúde.
Inicialmente, o projeto atendeu com exclusividade os encaminhamentos dos participantes dos grupos de cessação de tabagismo, mas, desde janeiro deste ano, o rastreamento está disponível para todos os indivíduos que fazem parte do grupo de risco e que residem em um dos 18 municípios que compõem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS-V).
O Dr. Rodrigo Chiarantano explica que existem alguns critérios que definem a situação de alto risco para se desenvolver câncer de pulmão. “O mais amplamente empregado é: ter entre 55 e 75 anos, ser fumante atual ou ex-fumante que tenha parado há menos de 15 anos, com uma carga tabágica igual ou maior que 30 (essa carga tabágica se obtém quando multiplicamos o número de anos que a pessoa fumou pelo número de maços de cigarro que fumava em média por dia; assim, se alguém fumou dois maços por dia, por 25 anos, terá uma carga tabágica de 50, superior a 30, e, portanto, de alto risco)”.
Até o momento, aproximadamente 500 pessoas já realizaram o exame. Entre elas, um caso já foi diagnosticado e outros nove estão sendo investigados. Mas a expansão do projeto prevê números muito maiores. Segundo seu escopo inicial, a proporção da população que se enquadra nos critérios foi estimada em 3%, significando, só Barretos, cerca de 3.400 pessoas e na DRS-V mais de 13 mil pessoas com alto risco para desenvolver câncer de pulmão, grupo para o qual o rastreamento por tomografia de baixa dose é indicado de forma periódica.
Outro diferencial é o laudo que foi elaborado para o programa, pensando em tornar a informação mais acessível ao paciente. O documento é composto por texto em linguagem mais simples e direta, acompanhado de um reforço visual que ilustra o significado dos achados. No laudo, são descritos os achados do exame potencialmente relacionados ao tabagismo e explicados os passos seguintes a partir dali. Ele foi desenvolvido pensando no melhor entendimento do indivíduo participante, estimulando o autocuidado e a vigilância de saúde. Os pacientes têm retornado com grande satisfação. Alguns deles relataram, inclusive, que o processo de rastreamento como um todo auxiliou na decisão de parar de fumar.
Avanços científicos
Consequência da seriedade e qualidade do programa de prevenção e rastreamento de câncer de pulmão, o Hospital de Amor foi aceito como colaborador em um grande consórcio de pesquisa internacional, o International Lung Cancer Consortium (ILCCO), que possibilitará melhorar o entendimento da genética relacionada ao câncer de pulmão, a melhor caracterização de grupos de risco e de fatores de decisão em relação aos achados de exame. “Trata-se de pesquisa de ponta e de qualidade, com grande potencial de contribuição para a ciência e para a redução da mortalidade por câncer de pulmão. Com base em informações obtidas sob consentimento em amostras biológicas dos indivíduos participantes, diversas características genéticas e biomoleculares estão sendo investigadas, traçando um perfil particular da nossa população, que se somam aos dados já obtidos de outras populações ao redor do mundo”, ressalta o radiologista.
Como participar
Os indivíduos que se enquadrem nos critérios para o rastreamento podem realizar o agendamento do exame pelo telefone (17) 3321-6600 – ramal 7010 ou 7080; o contato também está disponível para os fumantes ou ex-fumantes há menos de 15 anos que tiverem dúvidas sobre os critérios.
O câncer de cabeça e pescoço compreende os tumores que atingem a cavidade nasal, seios da face, boca, laringe e faringe. Como a boca e a garganta são órgãos essenciais para o ser humano, pois participam de vários processos importantes, como a respiração, fala, alimentação, mastigação e deglutição, é preciso conhecer os sinais e sintomas desta doença, que hoje representa a segunda maior incidência em homens brasileiros. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o ano de 2018 apresentou uma estimativa de 14.700 novos casos de tumor de boca (lábios e interior da cavidade oral) e 7.670 de laringe.
Uma ferida na boca que não cicatriza, um sangramento sem motivo aparente, um corrimento nasal malcheiroso que não passa, rouquidão e nódulos no pescoço podem ser sinais de câncer de cabeça e pescoço e precisam ser investigados com urgência.
O que é o câncer de boca?
Normalmente, o câncer de boca se apresenta como uma ferida que não cicatriza, podendo ser dolorosa ou não. Pode ocorrer nos lábios, no revestimento interno da boca (mucosa bucal), nas gengivas, na língua, na parte da boca que fica debaixo da língua (assoalho da boca), o céu da boca (palato duro) e a área atrás dos dentes do siso (conhecido como trígono retromolar).
O que é câncer de garganta?
A garganta é um termo popular que engloba as regiões da orofaringe, hipofaringe e laringe.
O câncer orofaríngeo é o que se desenvolve na parte da garganta localizada atrás da boca. Essa região inclui a base da língua (a parte de trás da língua), o palato mole, as amídalas, os pilares, as paredes laterais e posteriores da orofaringe.
A hipofaringe é a região da faringe que se localiza inferiormente à orofaringe e fica atrás da laringe (caixa da voz ou ‘Pomo de Adão’), que é um órgão que contém as pregas vocais, responsável pela produção da voz, que se fecha quando comemos e se abre quando respiramos.
Quais são os fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço?
• Álcool: assim como em outros tipos de câncer, o consumo frequente de álcool e o alcoolismo são fatores que aumentam o risco de aparecimento destas lesões.
• Tabaco: o tabagismo (hábito de fumar) é o principal fator isolado que causa o câncer de cabeça e pescoço. Parar com o tabagismo é uma medida fundamental para reduzir o risco de se desenvolver uma neoplasia de cabeça e pescoço.
• Infecções virais pelo vírus do papiloma humano (HPV): o HPV é um vírus transmitido principalmente pelas relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, no pênis, no ânus, colo de útero, cavidade oral e orofaringe. Em alguns casos, essa lesão pode estar presente também na pele, nas cordas vocais (laringe) e no esôfago. Estas lesões são associadas com o aparecimento do câncer nestas regiões.
• Infecções do vírus de Epstein-Bar (EBV): é um vírus que infecta os linfócitos B e afeta a grande maioria dos seres humanos. No entanto, somente alguns indivíduos adquirem a mononucleose infecciosa – uma manifestação do vírus transmitida por contato com outras salivas. Sendo assim, transmitido massivamente pelo beijo. Em sua manifestação aguda, pode causar febre, dor de garganta, mal-estar e fadiga. Sua exposição crônica (e mais rara) pode estar carregada de oncogenes que aumentam a permanência de alguns tipos de células, gerando a probabilidade de ocorrer carcinomas da nasofaringe, linfoma de Burkitt ou de Hodgkin.
• Bebidas quentes: por agredir as células da mucosa, o consumo de bebidas ou comidas muito quentes torna-se um fator de risco secundário. O consumo diário e prolongado de bebidas tradicionalmente servidas em temperaturas altas (como o chimarrão, por exemplo) aumenta o risco de câncer de boca, assim como, o câncer de esôfago.
• Exposição excessiva ao sol: é a grande responsável pelo aparecimento do câncer de pele na região da cabeça e pescoço.
Como prevenir o câncer de cabeça e pescoço?
• Boa higiene bucal: escovar bem os dentes, ter próteses dentárias bem ajustadas e o acompanhamento regular de um dentista é muito importante, pois poderá ser detectado precocemente uma lesão suspeita na cavidade oral.
• Tabagismo: não fumar charuto, cachimbo, cigarro ou derivados é a melhor maneira de evitar a maioria dos cânceres de boca, faringe e laringe.
• Álcool: evitar o uso de bebidas alcoólicas é outro método preventivo efetivo muito importante.
• Dieta: uma dieta balanceada, a base de vegetais como cenoura, abóbora, espinafre, couve, batata doce e frutas como mamão (todas essas ricas em betacaroteno) é uma medida protetiva. Um bom consumo de proteínas e minerais também é um fator preventivo.
• Cuidados na exposição solar: usar protetor solar, boné, chapéu ou outro tipo de proteção quando ficar exposto ao sol, pode prevenir o câncer de pele na face, couro cabeludo e pescoço.
Quais são os sinais e sintomas do câncer de boca e garganta?
Ao identificar a existência de algum dos sintomas e sua permanência por mais de duas semanas, é indicada a realização de uma consulta com um médico de confiança. Nesse caso, o profissional deverá solicitar outros exames para confirmar ou não o diagnóstico.
Muitos desses sinais e sintomas podem ser causados por outros tipos de câncer ou por doenças menos graves e benignas. Mas, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores as chances de cura. Veja abaixo os sintomas que você deve ficar atento para prevenir um câncer de boca ou garganta:
– Ferida na boca sem cicatrização (sintoma mais comum);
– Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias);
– Nódulo persistente ou espessamento na bochecha;
– Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amídala ou revestimento da boca;
– Irritação, dor na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada na garganta;
– Dificuldade ou dor para mastigar ou engolir;
– Dificuldade ou dor para mover a mandíbula ou a língua;
– Inchaço da mandíbula que faz com que a dentadura ou prótese perca o encaixe ou incomode;
– Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva ou dor em torno dos dentes ou mandíbula;
– Mudanças persistentes na voz ou respiração ruidosa;
– Caroços no pescoço;
– Perda de peso;
– Mau hálito persistente.
Quais são os tumores malignos relacionados a cavidade bucal?
Carcinoma Espinocelular
Mais de 90% dos cânceres de boca e garganta são carcinomas de células escamosas, também chamados de carcinomas espinocelulares ou ainda, carcinomas epidermóides. Tratam-se de células escamosas achatadas, que normalmente revestem a cavidade bucal e a garganta. A forma inicial do carcinoma de células escamosas é chamada de carcinoma in situ, isto é, o câncer só está presente nas células da camada de revestimento, chamada de epitélio, e não invade as camadas mais profundas. Um carcinoma espinocelular invasivo significa que as células do câncer penetraram em camadas mais profundas da cavidade bucal e da orofaringe.
Carcinoma Verrugoso
O carcinoma verrugoso é uma variante do carcinoma espinocelular que responde por menos de 5% dos tumores da boca. É um câncer de baixa agressividade, que raramente produz metástases, mas que pode se espalhar profundamente pelos tecidos vizinhos. A remoção cirúrgica do tumor com boa margem de tecidos ao redor, é recomendada nesses casos.
Quais são os tumores relacionados à região do pescoço?
Os tumores malignos do pescoço podem ser primitivos (quando têm a origem no próprio pescoço) ou secundários (metastáticos, ou seja, que surgiram em outros órgãos e se disseminaram para o pescoço.) Qualquer tecido presente no pescoço pode originar um tumor, principalmente na faringe, laringe e tireoide. Há outros tipos de tumores específicos na região do pescoço:
Linfoma de Hodgkin
Trata-se de um tumor maligno originado no tecido linfático. Ele possui um crescimento lento, indolor, podendo gerar febre e perda de peso. Os linfonodos (os “caroços”, também conhecidos como ínguas) têm forma assimétrica, tornando-se parecidos com um “cacho-de-uvas” São dotados de uma superfície lisa e com limites definidos.
Linfoma não-Hodgkin
São linfonodos mais evoluídos, com formas simétricas no pescoço, podendo atingir cadeias linfáticas não relacionadas. Atinge e prejudica o tecido linfático do pescoço, apresentando infiltrações ou lesões nodulares submucosas com cor vermelha ou vinho. Podem estar distribuídos nos dois lados do pescoço, com uma consistência dura, fixa e indolor com infiltração para o tecido celular subcutâneo e pele.
Como realizar o diagnóstico de câncer de garganta?
Muitos casos de câncer de boca e garganta podem ser diagnosticados precocemente durante exames médicos ou dentários de rotina. Alguns cânceres produzem sintomas logo no início, levando o paciente a procurar o médico. Mas, infelizmente, muitos casos só provocam sintomas quando atingem um estágio avançado ou então, causam sintomas que parecem ser de outro problema, como dor de dente, por exemplo.
– Check-ups dentários regulares: que incluem o exame da boca, são importantes para a detecção precoce de lesões pré-cancerosas do câncer de boca e de garganta.
– Exames físicos: o médico examina o pescoço para poder checar a tireoide, a laringe e os linfonodos para checar se há algum tipo de caroço ou algo irregular ao engolir.
– Laringoscopia indireta: para este exame, o médico utiliza um espelho pequeno para chegar à sua garganta, analisando se há alguma área anormal e o movimento das cordas vocais. É um exame simples e indolor.
– Laringoscopia direta: é realizada a inserção de laringoscópio (um tubo fino e com luz) através de seu nariz ou sua boca para conseguir auxiliar a ver áreas que o espelho não alcança em sua garganta. A aplicação de uma anestesia local e um sedativo ajuda a prevenir qualquer tipo de engasgo e desconforto durante o exame. A anestesia geral também pode ser utilizada para fazer a pessoa dormir. Este exame pode ser feito tanto em uma clínica, como em um hospital.
– Tomografia computadorizada ou CT Scan: para realizar esse exame, o paciente, provavelmente, receberá um contraste para a laringe e o pescoço para que possa aparecer qualquer tipo de alteração ou neoplasia de uma forma clara nas fotos geradas pelo aparelho.
– Biópsia: a biópsia consiste em uma remoção do tecido supostamente cancerígeno para que as células desse material sejam analisadas por um patologista. Para a realização deste exame é utilizada a anestesia local ou a geral e a coleta do material ocorre pelo laringoscópio.
Como realizar o diagnóstico de câncer de boca?
No caso do paciente possuir algum sintoma que possa sugerir o câncer oral, o médico ou o dentista checam a boca e a garganta dele, procurando anormalidades, caroços ou outros problemas. Neste exame, é verificado o céu da boca, o assoalho da boca, a parte interior dos lábios, das bochechas, linfonodos, a parte de trás da garganta e a língua (em sua extensão e laterais).
Se após esses exames, não for diagnosticado nada e os sintomas persistirem, é necessário procurar um médico especializado, como um otorrinolaringologista. Se o câncer oral for diagnosticado, é preciso que se descubra qual o seu estágio para iniciar o tratamento. É necessário verificar se as células cancerígenas não atingiram outros órgãos, realizando assim, o que se chama de metástase de câncer oral.
– Raios-X: esse exame é suficiente para poder identificar se o câncer se espalhou para outros locais da face.
– Tomografia computadorizada ou CT Scan: após uma injeção de contraste, esse exame funciona conectado a um computador que realiza imagens em raio-x. Ele é eficiente para mostrar se outro órgão foi acometido pela doença.
– Ressonância Magnética: instrumento que também realiza imagens detalhadas do corpo, mostrando se o câncer oral se espalhou.
– Endoscopia: o conhecido método funciona através de um fino e iluminado tubo que pode mostrar a sua garganta, a traqueia e os pulmões. Uma anestesia local pode ser utilizada para evitar o desconforto, dores e impedir engasgamentos.
Como ocorre o tratamento de cabeça e pescoço?
– Cirurgia: a cirurgia é o tratamento mais utilizado para o câncer de cabeça e pescoço, podendo ou não ser realizado em combinação com a radioterapia. A recuperação acaba sendo diferente para cada paciente e, por ser uma área sensível do corpo, as dores podem estar presentes nos primeiros dias depois do procedimento. Os medicamentos específicos para aliviar as dores devem ser discutidos com os médicos que estão cuidando do caso.
Depois da cirurgia, a face pode parecer diferente e a recuperação depende exclusivamente do tipo e da extensão do tumor. Tumores pequenos, geralmente, não costumam causar nenhuma alteração, mas no caso de tumores maiores, é necessário remover parte da mandíbula, dos lábios, do palato ou da língua. Nesses casos, existem cirurgias plásticas ou reconstrutivas que podem ser feitas para melhorar o aspecto visual. Assim como a cirurgia plástica, o acompanhamento de uma fonoaudióloga pode ajudar na recuperação da habilidade de mastigar, engolir ou falar – ações que podem ter sido afetados pela cirurgia.
– Quimioterapia e Radioterapia: a quimioterapia para câncer oral, geralmente, é aplicada nas veias, podendo ter associação com a radioterapia simultaneamente. Dependendo do tratamento e das reações, é necessário que o paciente fique um tempo no hospital.
Cada tipo de tratamento gera um tipo de reação, pois depende muito do tipo de medicação aplicada e da quantidade. Esses fatores podem resultar em dores na boca, boca seca, efeitos colaterais, infecção e mudanças no paladar. Os medicamentos acabam gerando esse tipo de reação, porque, além de eliminar algumas células cancerígenas com crescimento rápido, algumas drogas anticâncer podem causar danos as células normais que também se dividem rapidamente. Entre os efeitos colaterais, alguns podem ser os mais comuns:
• Células sanguíneas: quando o paciente está realizando quimioterapia, os níveis de células sanguíneas saudáveis diminuem, fazendo com que a pessoa se sinta cansada, fraca e com possibilidade maior de contrair uma infecção. A equipe médica responsável acompanha o quadro clínico para entender se é necessário alterar a quantidade da quimioterapia ou reduzir a dose da droga.
• Raízes do cabelo: embora a quimioterapia possa causar queda de cabelo (DrDanslipbalm), saiba que ele irá crescer novamente, mas pode alterar a coloração e a textura.
• Trato digestivo: a quimioterapia para tratar câncer oral pode causar a perda do apetite, náusea, vômitos, formigamento nas mãos e nos pés, diarreia e feridas nos lábios. A equipe de saúde pode dar medicamentos e sugerir outras maneiras de ajudar com esses problemas. Esses efeitos podem ocorrer no começo do tratamento ou no período após seu término.
– Terapia-Alvo: o câncer de cabeça e pescoço pode se utilizar de um tipo de terapia específica, junto da radioterapia e a quimioterapia. Essa prática utiliza um medicamento que inibe as células do câncer oral, interferindo no crescimento dessa célula e impedindo a metástase da doença. Durante a utilização do remédio, algumas pessoas podem apresentar reações alérgicas como febre, dor de cabeça, diarreia e vomito.
Como devo me alimentar após ter um câncer oral?
Após passar por uma cirurgia e um tratamento do câncer oral, a dieta adquire um papel importante na recuperação. As dificuldades para alimentar-se podem aumentar e problemas de deglutição, vômitos, náusea, indisposição, boca seca e falta de apetite podem ocorrer. Portanto, é muito importante relatar os problemas para a equipe médica, pois ela pode oferecer alternativas que podem melhorar a qualidade de vida.
Abaixo, uma lista para escolher os alimentos certos de acordo com seus sintomas:
• Boca machucada: evitar comidas pontudas e duras, como batatas chips.
• Boca seca: o ideal é o consumo de comidas macias com molhos, caldos, sopas, milk-shakes ou vitaminas. Manter a boca seca aumenta o risco de cáries dentárias.
• Problemas em engolir: o médico e/ou o nutricionista irão encaminhar uma dieta específica e sugerir a alimentação por um tubo ligado ao estômago, através de uma incisão no abdômen ou que coma os alimentos na forma líquida.
– Reconstrução: muitas pessoas com câncer oral precisam fazer cirurgias plásticas corretivas ou a reconstrução de uma parte do corpo. Para realizar esse procedimento, pode-se reconstruir a parte afetada com músculos, ossos e tecidos deslocados de uma parte do corpo para outra. Para todos os tipos de cirurgias de reconstrução, é preciso sempre consultar um cirurgião plástico depois que o tratamento para câncer oral começar. É possível realizar a reconstrução simultaneamente com o tratamento ou realizar o procedimento depois de terminá-lo. É sempre necessário conversar com o médico responsável pelo tratamento.
– Reabilitação: se o câncer oral interferir na fala, deve-se procurar um fonoaudiólogo para auxiliar. Com exercícios diários, a voz e a habilidade para falar irão retornar. Alguns pacientes vão precisar de próteses para que eles possam falar e comer.
Como ter uma vida saudável após ter câncer de cabeça e pescoço?
Após a cirurgia e os diversos tipos de tratamento, é essencial realizar exames periódicos de boca, garganta e pescoço para notar se há algo errado ou se alguma mudança no tratamento se faz necessária. Esses testes podem incluir um exame físico, testes sanguíneos, raios-x do peito, entre outros. Parar com o consumo de álcool e de cigarro diminui o risco de aparecer um novo tipo de câncer e outros problemas de saúde.
Você sabia que, no Brasil, o câncer de estômago é o quarto tipo mais frequente entre os homens e o sexto entre as mulheres? E que sua estimativa de novos casos, de acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), é de 21.290, sendo 13.540 em homens e 7.750 em mulheres? Mas afinal, qual a função do estômago e sua importância para o corpo humano?
O estômago é um órgão em forma de “J”, situado na parte superior do abdômen. Faz parte do sistema digestivo, cuja responsabilidade é processar os alimentos ingeridos, extraindo deles nutrientes (vitaminas, minerais, carboidratos, gorduras, proteínas e água). Os alimentos são conduzidos da garganta para o estômago, através de um tubo oco e muscular, chamado esôfago. Após deixar o estômago, os alimentos parcialmente digeridos passam para o intestino delgado e depois para o intestino grosso (cólon).
A parede do estômago é constituída por três camadas de tecido: a camada mucosa (que fica em contato com os alimentos), a camada muscular (camada média), e a camada serosa (externa, a que reveste o estômago).
E o que é o câncer do estômago?
O câncer de estômago (ou câncer gástrico) é o crescimento de células anormais no órgão desse sistema digestivo e pode ocorrer em qualquer local de sua extensão. Grande parte desse tipo de tumor ocorre na camada mucosa, surgindo na forma de pequenas lesões irregulares, com ulcerações (rompimento do tecido) – características de cânceres ou tumores malignos. Conforme a evolução da doença, essas células cancerígenas vão gradualmente substituindo o tecido normal do órgão, migrando para outras partes, podendo até chegar a outros lugares do organismo.
Com o pico de incidência em pessoas do sexo masculino de idade mais avançada (cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com idade superior a 50 anos), o câncer de estômago se apresenta como o terceiro mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres. Dados do INCA revelam que o número de mortes por esse tipo de tumor chega a 14.314, sendo 9.207 em homens e 5.107 em mulheres.
Tipos de câncer de estômago
Os tumores de estômago se apresentam em três diferentes tipos: o adenocarcinoma – responsável por 95% dos tumores; o linfoma – diagnosticado em 3% dos casos; e o leiomiossarcoma – com início em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos.
Adenocarcinoma – é um tipo de câncer que possui características secretórias, se originando em tecidos glandulares.
Linfoma – é um tipo de câncer que tem origem nos linfonodos (gânglios) por todo o corpo, principalmente no timo, baço, amídalas, medula óssea e tecidos linfáticos no intestino. Assim como outros tipos de linfomas, eles são divididos em subtipos entre Linfoma de Hodgkin e Linfoma Não Hodgkin.
O linfoma do estômago apresenta uma incidência baixa (3%), podendo ser dividido em dois tipos:
– Linfoma Gástrico MALT: um tipo de linfoma associado à mucosa constituída por células pequenas e com baixo grau de malignidade.
– Linfoma de células grandes: com alto grau de malignidade, porém, com uma incidência muito rara (quando comparado ao primeiro).
Leiomiossarcoma – é um dos tumores benignos da musculatura lisa do estômago, geralmente também localizado em qualquer outro órgão. Sua incidência é baixa.
• Pólipos Gástricos
É o nome dado a um crescimento anormal de um tecido proveniente de uma membrana mucosa. Desenvolve-se nas cavidades de uma mucosa, podendo ter diferentes constituições e formatos. No estômago, os pólipos podem ser divididos em Adenoma e Pólipos Hiperplásicos.
– Adenoma: consiste em nódulos de epitélio displásico. Ocorrem quase que exclusivamente no antro (porção inicial do estômago), fazendo parte da Síndrome de Gardner (um transtorno genético que ocasiona a presença de múltiplos pólipos) ou gastrite crônica atrófica (condição em que as células da mucosa do estômago são diminuídas, prejudicando a produção do ácido gástrico responsável pela digestão dos alimentos).
A maioria dos carcinomas associados ao adenoma gástrico são maiores que 2 cm de diâmetro. Acredita-se que são necessários 10 a 15 anos para um adenoma se transformar em carcinoma.
– Pólipos Hiperplásicos: são os mais comuns pólipos do estômago (50 a 90% dos pólipos gástricos) e dois terços deles ocorrem no antro (porção inicial do estômago). A anormalidade básica é a hiperplasia (aumento excessivo do número de células) e eles se desenvolvem na mucosa gástrica atrófica. Pode haver associação com o Helicobacter pylori (também conhecido como ‘H. Pylori’). O tratamento é a remoção endoscópica ou cirúrgica.
• Tumores carcinoides
Representam 3% de todos os tumores carcinoides gastrointestinais. Existem três subtipos desse tumor no estômago:
– Carcinoide associado com gastrite atrófica crônica do tipo A com ou sem anemia perniciosa.
A gastrite do tipo A é causada por anticorpos contra as células parietais e o fator intrínseco, agindo na mucosa fúndica, causa atrofia glandular acloridria e eventualmente anemia perniciosa.
– Carcinoide associado com a síndrome de Zollinger-Ellison.
A síndrome de Zollinger-Ellison é o nome dado ao distúrbio causado por níveis excessivos do hormônio gastrina. A presença excessiva deste hormônio, por sua vez, faz o estômago produzir ácido clorídrico em excesso.
Esse distúrbio pode gerar um tipo de tumor que representa 8,6% dos tumores carcinoides gástricos e ocorrem quase que exclusivamente em pacientes com síndrome MEN-1 (Neoplasia Endócrina Múltipla). A hipergastrinemia está associada ao gastrinoma no pâncreas. O tratamento consiste em remover o gastrinoma ou a gastrectomia total.
– Tumor carcinoide de forma esporádica.
Não associados ao excesso de gastrina, esse tipo corresponde a 25% dos tumores carcinoides gástricos e têm um prognóstico pior que os tumores carcinoides associados à gastrite atrófica crônica e a síndrome de Zollinger-Ellinson. Como os tumores geralmente são grandes e a doença mais avançada, o tratamento necessita de cirurgia associada a radio e quimioterapia.
Sintomas do câncer de estômago
Estes sintomas podem caracterizar o câncer gástrico, mas outras condições ou doenças também podem causar os mesmos sintomas.
– Dor epigástrica (região central do abdômen – “boca do estômago”);
– Sensação de “estômago cheio” após as refeições e perda do apetite durante as refeições;
– Emagrecimento;
– Vômitos;
– Vômitos com sangue;
– Azia intensa;
– Diarreia;
– Constipação;
– Fadiga e Fraqueza;
– Fezes com sangue ou muito escurecidas (tipo borra de café);
– Dificuldade para se alimentar.
Deve-se tomar cuidado, pois esses sintomas muitas vezes não são percebidos pelos pacientes e só se tornam evidentes quando o tumor atinge um tamanho suficiente para diminuir o espaço de passagem do alimento.
Existem sintomas comuns em estágios avançados, como o emagrecimento intenso (caquexia) e pele e olhos amarelados pelo acúmulo do material metabólico de bilirrubina (icterícia). O paciente com câncer de estômago em estágios avançados também pode sentir dor quando o estômago é palpado.
Se você notar a persistência de qualquer desses sintomas, é necessário procurar um médico especialista na área gástrica, como um gastroenterologista.
Prevenção de câncer de estômago
Por ser um órgão que recebe diretamente os alimentos, a dieta é um fator essencial para a prevenção do câncer de estômago. O consumo excessivo de certos tipos de alimentos, suas conservações e a ausência de alguns deles, podem colaborar com a formação de um tumor.
Abaixo, relacionamos quais são essas condutas alimentares:
– Evitar a ingestão excessiva de nitritos e nitratos: os nitritos e nitratos podem ser encontrados em carnes e peixes em que se utiliza o método secagem para sua preservação – utilizado, por exemplo, em alimentos defumados. O nitrito, ao ser recebido no estômago, transforma-se em nitrosaminas, substâncias altamente cancerígenas.
– Evitar o consumo excessivo de alimentos enlatados, defumados, corantes ou alimentos conservados em sal.
– Evitar o consumo de alimentos guardados fora da geladeira ou mal conservados.
– Evitar o consumo de água com poços com altas concentrações de nitrato.
– Evitar uma alimentação carente das vitaminas A e C.
– Consumir carnes e peixes regularmente.
– Consumir frutas e verduras frescas, contendo ácido ascórbico e beta caroteno.
Esses elementos são benéficos por evitar que os nitritos se transformem em nitrosaminas.
Fatores de risco de câncer de estômago
Os fatores de risco para câncer gástrico incluem:
– Infecção do estômago por Helicobacter pylori (H. pylori), que são bactérias que vivem no estômago humano, responsáveis por alguns tipos de gastrite, úlcera e cancros. Seu formato permite atravessar com facilidade a camada de muco protetora do epitélio gástrico.
– Gastrite crônica (inflamação do estômago).
– Realização de cirurgia para úlcera.
– Anemia perniciosa: distúrbio que pode ocasionar facilitação ou dificuldade de absorção da vitamina B12 pelas células gástricas parietais (responsáveis pela liberação de ácido hidroclorídrico).
– Metaplasia intestinal: uma condição na qual o revestimento normal do estômago passa a ser do tipo de células que revestem o intestino.
– Polipose adenomatosa familiar (PAF): condição hereditária que gera inúmeros pólipos no intestino grosso.
– Pólipos gástricos.
– Tabagismo.
– Tabagismo associado ao consumo de álcool.
– Ter uma mãe, pai, irmã ou irmão que teve câncer de estômago.
Diagnóstico de câncer de estômago
O diagnóstico para esse tipo de câncer pode ser feito através de alguns exames:
– Exames de sangue (bioquímica): um procedimento em que uma amostra de sangue é coletada para medir a quantidade de certas substâncias liberadas no sangue, órgãos e tecidos do organismo. Uma quantidade alterada (superior ou inferior à normal) de uma substância pode ser um sinal de doença no órgão ou tecido que a produz. Nesse procedimento, o hemograma completo (um procedimento em que uma amostra do sangue é extraída e analisada) procura verificar:
– O número de glóbulos vermelhos (hemácias, que carregam o oxigênio), os glóbulos brancos (células de defesa) e plaquetas (responsáveis por ajudar a conter sangramentos).
– A quantidade de hemoglobina (proteína que transporta oxigênio) nas células vermelhas do sangue.
– Endoscopia: um procedimento para examinar o interior do esôfago, estômago e duodeno (primeira parte do intestino delgado), para verificar a ocorrência de áreas anormais. Um endoscópio (um tubo fino e iluminado) é passado através da boca e da garganta para o esôfago.
– Sangue oculto nas fezes: um teste para verificar a presença de sangue oculto nas fezes, que só pode ser visto com a ajuda de um microscópio. Pequenas amostras de fezes são colocadas em placas especiais e é feita a sua análise no laboratório.
– EED: é uma série de raios-x do esôfago e do estômago. O paciente bebe um líquido (contraste) que contém uma substância (bário) que os raios-X não conseguem atravessar, fazendo, desse modo, que seja possível enxergar melhor os órgãos a serem analisados. Este procedimento também pode ser chamado de seriografia gastrointestinal superior (seriografia do esôfago, estômago e duodeno) quando estes três órgãos são analisados.
– Biópsia: é a remoção de amostras de células ou tecidos para possibilitar a análise através de um microscópio, por um médico patologista, para verificar se há sinais de câncer ou algum outro tipo de doença. A biópsia geralmente é feita durante a endoscopia. Às vezes, uma biópsia pode mostrar alterações no estômago que não são câncer, mas que podem levar ao câncer.
– TC (Tomografia Computadorizada): é o exame no qual é feita uma série de imagens detalhadas de áreas no interior do corpo, tomadas de ângulos diferentes. As imagens são feitas por um computador ligado a uma máquina de raios-X. Um contraste pode ser injetado em uma veia, ingerido, ou ainda injetado através do reto para ajudar os órgãos ou tecidos a aparecem mais claramente.
Estadiamento do câncer de estômago
Alguns exames e procedimentos podem ser utilizados no processo de estadiamento da doença, entretanto, nem todos são necessários a todos os pacientes.
– Exames de β-hCG (Beta-gonadotrofina coriônica humana), CA-125 e CEA (Antígeno carcinoembrionário): são exames que medem os níveis de β-hCG, CA-125 e CEA no sangue. Essas substâncias são liberadas na corrente sanguínea, tanto por células sadias, quanto por células cancerígenas. Quando encontradas em quantidades mais elevadas do que normal, esses elementos podem representar um sinal de câncer gástrico ou outras doenças.
– Radiografia de tórax: é um raio X dos órgãos e ossos dentro do peito. Um raio-x é um tipo de raio de energia que pode atravessar o corpo e realizar um retrato de áreas dentro do corpo.
– Ultrassonografia endoscópica: é um procedimento em que um endoscópio é inserido no corpo, geralmente através da boca. Um endoscópio é um instrumento fino, de forma tubular, com uma luz e uma lente para a visão. A sonda na ponta do endoscópio é usada para produzir ondas sonoras de alta energia (ultrassom) e fazer ecos. Os ecos formam imagens dos tecidos do corpo possibilitando a avaliação do médico. Este procedimento também é chamado de endossonografia.
– TC (Tomografia Computadorizada): é o exame no qual são feitas uma série de imagens detalhadas de áreas no interior do corpo, tomadas de ângulos diferentes. As imagens são feitas por um computador ligado a uma máquina de raios-X. Um contraste pode ser injetado em uma veia, ingerido, ou ainda injetado através do reto para ajudar os órgãos ou tecidos a aparecem mais claramente.
– Laparoscopia: é um procedimento cirúrgico para olhar os órgãos dentro do abdômen para checar sinais de doença. Pequenas incisões (cortes) são feitas na parede do abdômen e um laparoscópio (um tubo fino e iluminado) é inserido em uma das incisões. Outros instrumentos podem ser inseridos através das incisões para realizar procedimentos, como a remoção de amostras de tecidos para pesquisas. Pode também, em alguns casos, realizar-se parte da cirurgia para tratamento por esse método.
– PET Scan (Tomografia por emissão de pósitrons scan): é um exame que combina a tomografia computadorizada e uma espécie de cintilografia. É utilizada uma substância radioativa (fluordesoxiglicose – FDG), que é injetada por uma veia e é mais absorvida por células tumorais, fazendo com que o câncer possa ser diagnosticado ou analisado com grande precisão.
Tratamento do câncer de estômago
Três tipos de tratamento são utilizados para o câncer de estomago. São eles:
– Cirurgia: é o tratamento mais comum para todos os estágios do câncer de estômago. Os seguintes tipos de cirurgia podem ser utilizados:
• Gastrectomia subtotal: remoção de parte do estômago que contém o câncer, linfonodos próximos, tecidos ou órgãos que possam estar acometidos pelo tumor.
• Gastrectomia total: remoção de todo o estômago, os linfonodos próximos, parte do esôfago, duodeno e outros tecidos próximos ao tumor. O baço pode ser removido. O esôfago é ligado ao intestino delgado para que o paciente possa continuar a comer e engolir. Se o tumor está obstruindo o estômago, mas o câncer não pode ser completamente removido por cirurgia, pode se realizar a colocação de uma prótese (um tubo fino e expansível), realizado através de endoscopia, a fim de manter uma passagem para o alimento.
– Radioterapia: a radioterapia é um tratamento contra o câncer que utiliza tipos de radiação para matar células cancerígenas ou impedi-las de crescer. Existem dois tipos de radioterapia: a terapia de radiação externa – a mais comum, que utiliza uma máquina para enviar radiação para o câncer; e a terapia de radiação interna (braquiterapia) – na qual a substância radioativa é colocada diretamente em contato com o tecido tumoral.
– Quimioterapia: um tratamento de câncer que usa medicamentos (remédios) para parar o crescimento das células cancerosas, matá-las ou impedi-las de se dividir. Quando a quimioterapia é tomada via oral ou injetada numa veia ou músculo, os remédios entram na corrente sanguínea e podem atingir as células cancerosas por todo o corpo (quimioterapia sistêmica). Quando a quimioterapia é colocada diretamente na coluna vertebral, um órgão ou uma cavidade do corpo, como o abdômen, as drogas afetam principalmente as células do câncer nessas áreas (quimioterapia regional). A forma como a quimioterapia é dada depende do tipo e estágio do câncer a ser tratado.