Reencontro! Após dois anos de pandemia, esse foi o espírito do “Encontro Anual de Prestação de Contas” do Hospital de Amor, realizado presencialmente no último dia 5 de setembro, em Barretos (SP), pelo departamento de Parcerias Corporativas do HA.
Os mais de 100 participantes do país e do exterior, todos parceiros e doadores da instituição, puderam conferir a apresentação dos indicadores do centro oncológico e como as doações contribuem, na prática, com o serviço de prevenção, assistência, ensino e pesquisa em câncer. A cerimônia contou com o depoimento da coordenadora do setor de Governança Clínica do hospital, Dra. Cristina Prata; com o diretor executivo do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, Dr. Vinicius Vazquez; com o diretor científico do IRCAD América Latina e diretor do Harena Inovação, Dr. Luis Gustavo Romagnolo; e com o cientista de dados da instituição, André Pinto, onde deram uma visão geral sobre o que a entidade faz com os recursos recebidos.
De acordo com o gerente de Parcerias Corporativas do HA, Cleber Delalibera, o evento visou integrar e ofertar uma verdadeira imersão na entidade que é a maior referência no assunto na América Latina, promovendo a conexão necessária para os desafios do futuro. “A programação do encontro deste ano, foi pensada com o intuito de gerar uma reflexão maior sobre o que é possível fazer para continuar a construir coletivamente um serviço pautado pela humanização e alta tecnologia. Por isso, tivemos a honra de receber, agradecer e homenagear empresas que já contribuem com o Hospital de Amor, sobretudo, por meio dos incentivos fiscais”, afirmou.
Para o presidente do HA, Henrique Prata, o “Encontro Anual de Prestação de Contas” é parte de algo muito importante para a instituição, que é a transparência! “Honestidade de fazer o que é certo, independentemente do quanto custe”, declarou. Todas as destinações impactam na melhoria da governança, no desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras, no alcance de números altamente positivos em prevenção e tratamento do câncer, e tantos outros aspectos que dão dignidade e qualidade de vida ao paciente. Cada uma dessas ações foi exposta em detalhes no ‘Relatório Anual de Prestação de Contas 2021’.
Parceria internacional
Um dos grandes motivos de orgulho do Hospital de Amor, é sua parceria de longos anos com o hospital que é referência mundial em medicina pediátrica, o St. Jude Children’s Research Hospital. E para abrilhantar ainda mais o evento, a vice-presidente da Global Alliances ALSAC, Suheir Rasul, esteve presente, participou da cerimônia e declarou que o HA é considerado um fenômeno em pediatria.
“Nós, do St. Jude, acreditamos que nenhuma criança deveria morrer de câncer, não somente na América, mas no mundo. Isso é inaceitável pra nós! Por isso, precisamos trabalhar juntos, como uma família, compartilhando tudo o que sabemos, de modo que nos unamos (parceiros, colaboradores e voluntários) para fazer isso acontecer. Aqui, vocês têm um hospital de excelência no Brasil, com habilidade de atender pessoas que estão em lugares distantes. O trabalho que o Hospital de Amor realiza é fenomenal! É um trabalho incrível e eu estou tão impressionada e tão honrada! Este hospital é um centro de excelência pelo que vocês fazem, pelo poder que vocês têm, pelo trabalho que vocês estão fazendo. E nenhum outro hospital que eu visitei tem feito isso pelo país afora. Eu falo de todo o meu coração: nós aprendemos com vocês”, finalizou.
Um consórcio científico internacional, que contou com a participação do Hospital de Amor e outras instituições brasileiras, americanas e europeias, apresentou os resultados de uma pesquisa que mostra a descoberta de uma mutação genética que pode explicar o porquê de alguns indivíduos terem um risco maior de desenvolver câncer.
O estudo inédito, publicado na Science Advances – uma das revistas científicas mais conceituadas de todo o mundo – que tem como primeira autora a bióloga e pesquisadora brasileira do St. Jude Children’s Research Hospital, Dra. Emilia Modolo Pinto, mostra que pessoas com a mutação R337H no gene TP53, já associada ao desenvolvimento de alguns tumores, podem apresentar uma outra mutação em um segundo gene, denominado XAF1, também transmitida hereditariamente. A pesquisa mostra também que é a presença ou não dessa segunda mutação que define o risco de câncer entre os portadores da R337H.
A pesquisa partiu do intrigante cenário brasileiro, onde portadores da mutação R337H no gene TP53 podem passar a vida sem desenvolver nenhum tumor; outros, apresentando uma forma de câncer; ou, ainda, existindo a associação a casos de uma mesma família com muitos indivíduos com câncer. “Essa variabilidade de apresentação clínica não poderia ser explicada apenas pela R337H. Outro fator genético ou ambiental (ou ambos) deveria estar presente. Então, nesse estudo foi determinado que 69% dos indivíduos que nascem com a mutação R337H do gene TP53 também nascem com a variante E134* no gene XAF1”, conta a pesquisadora.
Em um esforço colaborativo e multidisciplinar, diversas instituições brasileiras enviaram DNA genômico de pacientes com câncer e membros familiares com a mutação R337H. No total, foram estudadas 203 famílias com pelo menos um caso de câncer, das quais 53 fazem o acompanhamento oncogenético no Hospital de Amor, em Barretos (SP). O trabalho também incluiu estudos de laboratório com uso de tecnologias de ponta. “Nesse estudo, estamos mostrando que a presença da mutação R337H, associada à mutação do XAF1 (portanto, mutações em dois genes supressores tumorais), está aumentada nos pacientes com câncer, em particular, nos que apresentavam sarcoma ou naqueles pacientes que tiveram mais de um tumor”, explica.
Até o momento, a presença de duas mutações tão próximas, modulando o risco de câncer nunca havia sido reportada. Segundo a Dra. Emilia Modolo Pinto, a R337H acomete um em cada 300 indivíduos do Sul e do Sudeste do Brasil, mas já é observada com certa relevância em outras regiões do país e até em outros países, por conta do deslocamento natural dessas pessoas. “Nesse trabalho, estamos mostrando que o risco de câncer é maior para quem herda as duas mutações, se comparado com indivíduos que são portadores apenas da R337H”. A pesquisadora explica também que, na prática clínica, ainda é muito cedo para mudanças de protocolo e manejo, mas o rastreamento para as duas mutações deve ser incorporado enquanto se aprofunda o conhecimento sobre o papel dessas duas mutações no acometimento de câncer.
Para o médico geneticista do departamento de oncogenética do HA, que participou do estudo, Dr. Henrique Galvão, esta descoberta contribui para um rastreamento mais preciso entre os portadores da R337H. “Com os resultados do estudo, vamos continuar o trabalho de acompanhamento e incluir o gene XAF1 na prática clínica, com impacto financeiro mínimo para a entidade”. O Hospital de Amor é a única instituição no Brasil que faz o acompanhamento oncogenético de forma gratuita a pacientes e seus familiares. Segundo o geneticista, com os resultados, há a possibilidade de avanço em outros estudos para definir protocolos diferenciados, para os pacientes com e sem a mutação no gene XAF1.
Além do Dr. Henrique Galvão, também contribuíram para o estudo a Dra. Edenir Inez Palmero, docente do programa de pós-graduação em oncologia do hospital, e as discentes do programa de pós-graduação em nível de doutorado da instituição, Cíntia Regina Niederauer Ramos e Sahlua Miguel Volc.
Reencontro! Após dois anos de pandemia, esse foi o espírito do “Encontro Anual de Prestação de Contas” do Hospital de Amor, realizado presencialmente no último dia 5 de setembro, em Barretos (SP), pelo departamento de Parcerias Corporativas do HA.
Os mais de 100 participantes do país e do exterior, todos parceiros e doadores da instituição, puderam conferir a apresentação dos indicadores do centro oncológico e como as doações contribuem, na prática, com o serviço de prevenção, assistência, ensino e pesquisa em câncer. A cerimônia contou com o depoimento da coordenadora do setor de Governança Clínica do hospital, Dra. Cristina Prata; com o diretor executivo do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, Dr. Vinicius Vazquez; com o diretor científico do IRCAD América Latina e diretor do Harena Inovação, Dr. Luis Gustavo Romagnolo; e com o cientista de dados da instituição, André Pinto, onde deram uma visão geral sobre o que a entidade faz com os recursos recebidos.
De acordo com o gerente de Parcerias Corporativas do HA, Cleber Delalibera, o evento visou integrar e ofertar uma verdadeira imersão na entidade que é a maior referência no assunto na América Latina, promovendo a conexão necessária para os desafios do futuro. “A programação do encontro deste ano, foi pensada com o intuito de gerar uma reflexão maior sobre o que é possível fazer para continuar a construir coletivamente um serviço pautado pela humanização e alta tecnologia. Por isso, tivemos a honra de receber, agradecer e homenagear empresas que já contribuem com o Hospital de Amor, sobretudo, por meio dos incentivos fiscais”, afirmou.
Para o presidente do HA, Henrique Prata, o “Encontro Anual de Prestação de Contas” é parte de algo muito importante para a instituição, que é a transparência! “Honestidade de fazer o que é certo, independentemente do quanto custe”, declarou. Todas as destinações impactam na melhoria da governança, no desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras, no alcance de números altamente positivos em prevenção e tratamento do câncer, e tantos outros aspectos que dão dignidade e qualidade de vida ao paciente. Cada uma dessas ações foi exposta em detalhes no ‘Relatório Anual de Prestação de Contas 2021’.
Parceria internacional
Um dos grandes motivos de orgulho do Hospital de Amor, é sua parceria de longos anos com o hospital que é referência mundial em medicina pediátrica, o St. Jude Children’s Research Hospital. E para abrilhantar ainda mais o evento, a vice-presidente da Global Alliances ALSAC, Suheir Rasul, esteve presente, participou da cerimônia e declarou que o HA é considerado um fenômeno em pediatria.
“Nós, do St. Jude, acreditamos que nenhuma criança deveria morrer de câncer, não somente na América, mas no mundo. Isso é inaceitável pra nós! Por isso, precisamos trabalhar juntos, como uma família, compartilhando tudo o que sabemos, de modo que nos unamos (parceiros, colaboradores e voluntários) para fazer isso acontecer. Aqui, vocês têm um hospital de excelência no Brasil, com habilidade de atender pessoas que estão em lugares distantes. O trabalho que o Hospital de Amor realiza é fenomenal! É um trabalho incrível e eu estou tão impressionada e tão honrada! Este hospital é um centro de excelência pelo que vocês fazem, pelo poder que vocês têm, pelo trabalho que vocês estão fazendo. E nenhum outro hospital que eu visitei tem feito isso pelo país afora. Eu falo de todo o meu coração: nós aprendemos com vocês”, finalizou.
Um consórcio científico internacional, que contou com a participação do Hospital de Amor e outras instituições brasileiras, americanas e europeias, apresentou os resultados de uma pesquisa que mostra a descoberta de uma mutação genética que pode explicar o porquê de alguns indivíduos terem um risco maior de desenvolver câncer.
O estudo inédito, publicado na Science Advances – uma das revistas científicas mais conceituadas de todo o mundo – que tem como primeira autora a bióloga e pesquisadora brasileira do St. Jude Children’s Research Hospital, Dra. Emilia Modolo Pinto, mostra que pessoas com a mutação R337H no gene TP53, já associada ao desenvolvimento de alguns tumores, podem apresentar uma outra mutação em um segundo gene, denominado XAF1, também transmitida hereditariamente. A pesquisa mostra também que é a presença ou não dessa segunda mutação que define o risco de câncer entre os portadores da R337H.
A pesquisa partiu do intrigante cenário brasileiro, onde portadores da mutação R337H no gene TP53 podem passar a vida sem desenvolver nenhum tumor; outros, apresentando uma forma de câncer; ou, ainda, existindo a associação a casos de uma mesma família com muitos indivíduos com câncer. “Essa variabilidade de apresentação clínica não poderia ser explicada apenas pela R337H. Outro fator genético ou ambiental (ou ambos) deveria estar presente. Então, nesse estudo foi determinado que 69% dos indivíduos que nascem com a mutação R337H do gene TP53 também nascem com a variante E134* no gene XAF1”, conta a pesquisadora.
Em um esforço colaborativo e multidisciplinar, diversas instituições brasileiras enviaram DNA genômico de pacientes com câncer e membros familiares com a mutação R337H. No total, foram estudadas 203 famílias com pelo menos um caso de câncer, das quais 53 fazem o acompanhamento oncogenético no Hospital de Amor, em Barretos (SP). O trabalho também incluiu estudos de laboratório com uso de tecnologias de ponta. “Nesse estudo, estamos mostrando que a presença da mutação R337H, associada à mutação do XAF1 (portanto, mutações em dois genes supressores tumorais), está aumentada nos pacientes com câncer, em particular, nos que apresentavam sarcoma ou naqueles pacientes que tiveram mais de um tumor”, explica.
Até o momento, a presença de duas mutações tão próximas, modulando o risco de câncer nunca havia sido reportada. Segundo a Dra. Emilia Modolo Pinto, a R337H acomete um em cada 300 indivíduos do Sul e do Sudeste do Brasil, mas já é observada com certa relevância em outras regiões do país e até em outros países, por conta do deslocamento natural dessas pessoas. “Nesse trabalho, estamos mostrando que o risco de câncer é maior para quem herda as duas mutações, se comparado com indivíduos que são portadores apenas da R337H”. A pesquisadora explica também que, na prática clínica, ainda é muito cedo para mudanças de protocolo e manejo, mas o rastreamento para as duas mutações deve ser incorporado enquanto se aprofunda o conhecimento sobre o papel dessas duas mutações no acometimento de câncer.
Para o médico geneticista do departamento de oncogenética do HA, que participou do estudo, Dr. Henrique Galvão, esta descoberta contribui para um rastreamento mais preciso entre os portadores da R337H. “Com os resultados do estudo, vamos continuar o trabalho de acompanhamento e incluir o gene XAF1 na prática clínica, com impacto financeiro mínimo para a entidade”. O Hospital de Amor é a única instituição no Brasil que faz o acompanhamento oncogenético de forma gratuita a pacientes e seus familiares. Segundo o geneticista, com os resultados, há a possibilidade de avanço em outros estudos para definir protocolos diferenciados, para os pacientes com e sem a mutação no gene XAF1.
Além do Dr. Henrique Galvão, também contribuíram para o estudo a Dra. Edenir Inez Palmero, docente do programa de pós-graduação em oncologia do hospital, e as discentes do programa de pós-graduação em nível de doutorado da instituição, Cíntia Regina Niederauer Ramos e Sahlua Miguel Volc.