A cada ano que passa, a Caminhada “Passos que Salvam” – uma das principais campanhas de conscientização promovidas pelo Hospital de Amor – ganha espaço e conquista municípios que abraçam a causa em favor do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Após o sucesso da 7ª edição, que aconteceu no dia 25 de novembro de 2018, e para que o projeto continue ajudando ainda mais pessoas a descobrir os sinais e sintomas da doença, o HA deu mais um passo e realizou, pelo sexto ano consecutivo, a ‘Capacitação de Médicos em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’.
O encontro aconteceu nos dias 22 e 23 de março, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos (SP). Das 650 cidades participantes na última caminhada, 140 médicos (que prestam atendimento a crianças e adolescentes na rede pública de saúde), vindos de 11 estados do Brasil, participaram do evento.
As palestras, ministradas por colaboradores da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, tiveram como objetivo orientar e capacitar esses profissionais para que possam colaborar no diagnóstico precoce do câncer e enviar esses pacientes com mais rapidez para tratamento na instituição. Graças ao treinamento, os participantes poderão se tornar referência na cidade onde atuam, criando um acesso direto com os médicos do Hospital, facilitando o envio de exames e a discussão de casos.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, metade das crianças que chegam a Barretos para o tratamento da doença já se encontra em estágio muito avançado, sendo difícil oferecer taxas elevadas de cura. “Nós temos que mostrar para o pediatra como detectar o câncer precocemente, pois se os pacientes continuarem chegando à instituição tarde demais, não conseguiremos melhorar”, afirmou.
Os dois dias de programação contaram com discussões sobre os seguintes temas: Epidemiologia do Câncer Infantil; Aplicação dos Estudos Moleculares e Genéticos no Diagnóstico Precoce; Os Sinais de Alerta no Hemograma do Diagnóstico Precoce; Estudos de Peregrinação das famílias e pacientes até a chegada a Barretos; Indicação de exames de imagem do Diagnóstico Precoce; Aspectos Importantes da Cirurgia Pediátrica; Vacinação no Imunossuprimido; Abordagem teórica e apresentação de casos: Tumores Abdominais, Retinoblastoma, Leucemias, Tumores Cerebrais, Tumores Ósseos e Linfomas.
Segundo o médico, é possível perceber resultados positivos em decorrência dos eventos anteriores. “Já estamos medindo isso. Temos dados estatísticos das crianças que foram encaminhadas para cá antes do treinamento e depois dele. E estamos reduzindo, significativamente, o número de pacientes que chegaram com tumor avançado, e agora chegam com a doença em estágios mais iniciais, permitindo que se curem”, finalizou Lopes.
Para a coordenadora da Caminhada “Passos que Salvam”, Naima Kathib, esse é um dos projetos mais importantes desenvolvidos pelo Hospital. “Desde de 2014, quando começamos a capacitar os médicos de todo o Brasil, já foi possível perceber a mudança no olhar desses profissionais em relação aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Mais de 1.200 médicos já se tornaram referência em seus municípios para o envio de pacientes ao HA e nós não vamos parar por aí!”, relatou a coordenadora.
O câncer infantojuvenil
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), atualmente, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos com câncer podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. Para o Dr. Luiz Fernando Lopes, 12.500 novos casos são diagnosticados todos os anos no Brasil, e a expectativa é de que até 2020 este número aumente em 30%.
Capacitação de Enfermeiros
Os municípios que realizaram a caminhada também poderão enviar seus enfermeiros para participar da ‘Capacitação de Enfermeiros em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’. O treinamento destes profissionais acontecerá nos dias 24 e 25 de maio de 2019. Para mais informações, basta entrar em contato com o departamento responsável pela Caminhada “Passos que Salvam” através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7169, ou e-mail: ‘passosquesalvam@hcancerbarretos.com.br’.
Nesta sexta-feira, dia 22 de março, a população da região Norte do Brasil ganhou uma nova conquista! O Hospital de Amor – referência nacional no tratamento de câncer – inaugurou uma moderna ala dentro do Hospital de Amor Amazônia, unidade da instituição localizada em Porto Velho (RO). O centro oncológico passou a dispor de Centro Cirúrgico, UTI e Internação, atendendo, gratuitamente, com excelência e humanização (práticas reconhecidas da entidade), crianças e adultos em tratamento oncológico. As recém-adquiridas instalações contam com estrutura de 120 leitos de internação, 20 de UTI e 6 salas de cirurgia.
De acordo com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, foram investidos mais de R$ 20 milhões em estrutura e equipamentos. “A concretização desse projeto só foi possível graças ao investimento de voluntários, artistas, como o astro norte-americano, Garth Brooks, e empresas parceiras, como a BigSal, Grupo Irmãos Gonçalves e Grupo Cairu, que estão sempre engajados na causa e acreditam que as doações podem salvar vidas”, ressaltou.
O objetivo da expansão é facilitar, ainda mais, o acesso das pessoas que residem nas cidades da região Norte do país, e também dos indígenas, a um atendimento médico especializado. “O nosso foco foi reduzir a distância que os pacientes, muitas vezes, têm que percorrer até Barretos, visto que 95% dos pacientes oncológicos rondonienses, por exemplo, tinham como referência o Hospital de Amor Barretos, que está localizado a três mil quilômetros do estado de Rondônia”, afirmou Prata.
O Hospital de Amor Amazônia
A unidade, que está em funcionamento desde 2017, possui uma equipe altamente qualificada e uma estrutura de excelência: com duas salas cirúrgicas inteligentes, que podem funcionar em caráter de treinamento, realizando transmissões simultâneas para diversos outros centros. O hospital conta também com uma infraestrutura de ponta, com equipamentos audiovisuais para cirurgias minimamente invasivas.
“Com essa inauguração, estamos implantando um polo completo para tratamento oncológico, com o que há de melhor nesta área, para os pacientes do Norte do Brasil. O valor total de investimento, entre os setores já existentes e os que acabamos de inaugurar, foi de R$ 100 milhões”, relatou o presidente da instituição.
Há 3 anos, desde sua inauguração, o Hospital de Amor Amazônia oferece aos seus pacientes procedimentos de quimioterapia e radioterapia; laboratório de análises clínicas e patológicas; centro de intercorrência ambulatorial (CIA); radiologia com duas salas de raios-X; três aparelhos de ultrassonografia; ressonância magnética, mamógrafo e tomógrafo. Além disso, a unidade possui duas salas de exames e ambulatório com 13 consultórios.
Sobre o Hospital de Amor
Excelência em oncologia, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) assumiu a liderança do ranking 2018 da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre todos os centros de saúde do Brasil e da América Latina. O levantamento é uma ferramenta de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
A instituição é historicamente reconhecida por seu grandioso trabalho. Foi escolhida, em 2000, pelo Ministério da Saúde, como o melhor hospital público do país. Em 2011, tornou-se “instituição irmã” do MD Anderson Cancer Center (EUA), o maior centro de tratamento e pesquisa de câncer do mundo, e ainda recebeu um prêmio da AVON como “Campeão Mundial em Avanço na Área Médica no Combate ao Câncer de Mama”. Em 2012, assinou acordo com o Saint Jude Children´s Research Hospital e tornou-se “instituição gêmea”.
A entidade foi o grande destaque da 4ª Edição do Prêmio “Melhores Hospitais”, projeto realizado pela Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, realizado em dezembro de 2014. O HA ganhou em três categorias: melhor hospital, internação e ambulatório. O principal objetivo da premiação é monitorar a qualidade de atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Na categoria “Internação”, o Hospital de Amor liderou o ranking interior, com mais de 97% de aprovação. A instituição também teve um alto índice no quesito “Ambulatório” – 96,5% dos usuários disseram estar satisfeitos com o trabalho realizado.
Desde 2015, o Hospital de Amor conta com um programa de rastreamento para a detecção precoce do câncer colorretal – aquele que acomete o trato digestivo (intestino grosso e reto). De lá para cá, já foram alcançadas 12.723 pessoas, sendo 48 pacientes diagnosticados com esse tipo de tumor.
Conheça mais sobre o câncer colorretal, seus sintomas e saiba como se prevenir.
O que é câncer colorretal?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas (também conhecidas como pólipos) que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão da doença. Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores abdominais), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
O que são pólipos?
São tumores benignos, parecidos com verrugas, que se desenvolvem na parte interna do cólon e reto. Cerca de 60% dos pólipos do intestino são adenomas e podem apresentar potencial para se tornarem tumores malignos. É importante que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos precocemente, principalmente após os 50 anos e em caso de história de câncer colorretal na família.
Quais são os sinais e sintomas do câncer colorretal?
Os principais sintomas da doença são: mudança do hábito intestinal, isto é, constipação ou diarreia sem associação com o alimento ingerido; anemia sem causa aparente, principalmente em pessoas com idade acima de 50 anos; fraqueza; desconforto abdominal (com gases ou cólicas); emagrecimento intenso e inexplicável; sangramento pelo reto; e sensação de evacuação incompleta.
Qualquer pessoa que apresentar um desses sintomas deve procurar o médico, principalmente se houver sangramento anal, para que os exames clínicos necessários sejam realizados. Entre os exames estão: realização do toque retal e do exame de colonoscopia (procedimento de vídeo utilizado para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado).
Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da doença?
Uma alimentação rica em carnes vermelhas, carnes processadas (como salsichas e mortadelas) e gorduras, além da ausência de atividade física regularmente (como o sedentarismo), ingestão abusiva de álcool, tabagismo, sobrepeso e obesidade, são alguns fatores externos que podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Pessoas com idade superior a 50 anos, ou que já tenham tido pólipos ou doença inflamatória intestinal, ou que tenham histórico de ocorrência de câncer colorretal em familiares, devem ficar atentas aos sinais.
Como se prevenir deste tipo de câncer?
Prevenir significa evitar os fatores que estão relacionados com o desenvolvimento de câncer colorretal. Adotar uma alimentação rica em frutas, verduras e vegetais, evitar o consumo de carnes vermelhas e embutidos, praticar exercício físico, evitar a obesidade, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, são importantes atitudes de prevenção. Os alimentos ricos em fibras protegem o intestino, pois facilitam a evacuação, aceleram o trânsito intestinal e diminuem o tempo de contato das substâncias carcinogênicas (que levam à formação do câncer) com a parede do intestino.
Refletir sobre os hábitos e estilo de vida é sempre uma forma de se prevenir de qualquer tipo de câncer e conquistar uma vida mais saudável. Confira algumas dicas:
– Praticar exercícios físicos regulares;
– Não fumar;
– Não ingerir bebidas alcóolicas;
– Não ingerir alimentos defumados, enlatados ou embutidos;
– Não ingerir alimentos com corantes e/ou conservantes;
– Se diagnosticado, remover pólipos através do exame de colonoscopia;
– Ingerir alimentos ricos em vitaminas C e E.
Porém, apesar de todos esses cuidados, também é necessário participar dos programas de rastreamento, pois essas medidas não são 100% eficazes. Existem dois exames que podem ser utilizados para rastrear esse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Recomenda-se iniciar o rastreamento a partir dos 50 anos, mas, cabe ao médico indicar qual é a melhor opção de procedimento para cada paciente.
Como é o teste FIT?
Também conhecido como exame de sangue oculto nas fezes, o teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais.
São necessárias três amostras de fezes consecutivas. Alguns dias antes do exame, alguns tipos de alimentos devem ser evitados. Além disso, medicamentos como AAS e anti-inflamatórios não devem ser tomados 7 dias antes do exame, e frutas cítricas e carne vermelha não devem ser consumidas três dias antes do procedimento. Se o resultado para o sangue oculto for positivo, será necessário realizar o exame de colonoscopia.
Como é a colonoscopia?
É um exame realizado por um aparelho de fibra ótica, longo (180 cm) e flexível, que é introduzido através do ânus e permite a visualização completa do reto e do cólon. Essa visualização ocorre por uma câmera inserida na extremidade do colonoscópio, cuja imagem é enviada para um monitor, permitindo assim, a análise simultânea do interior do cólon. O equipamento também permite a inserção de outros instrumentos especiais para a remoção de possíveis pólipos ou biópsias. O exame é feito sob sedação e analgesia, permitindo que o médico examine detalhadamente o cólon. Os riscos do procedimento são pequenos e estão vinculados ao sangramento depois da retirada de pólipos, biópsias e perfuração intestinal.
Como é tratamento para o câncer colorretal?
O tratamento para os tumores iniciais, geralmente, é menos agressivo, com a retirada de pólipos e lesões através da colonoscopia ou das cirurgias com ressecções locais dos tumores.
Nos tumores maiores do cólon, há a necessidade de cirurgia (convencional, laparoscópica ou robótica).
Nos tumores do reto, pode ser necessário realizar procedimentos radioterápicos e quimioterápicos antes da cirurgia.
Em resumo, o tratamento para o câncer colorretal envolve radioterapia, quimioterapia e/ou cirurgia, dependendo do local, do tamanho e da extensão da doença no cólon ou em outros órgãos (no caso de metástases – aparecimento do tumor em outros órgãos, como fígado ou pulmão, por exemplo). Quanto mais precocemente a doença for diagnosticada, menor a agressividade e o tempo de tratamento, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente.
Há 2 anos, o Hospital de Amor deu início a uma campanha muito importante de incentivo a prevenção e detecção precoce do câncer colorretal. Assim como acontece em vários meses, principalmente quando nos referimos ao movimento conhecido como Outubro Rosa (que estimula a participação da população na prevenção do câncer de mama), criou-se o “Março Marinho”, em alusão ao “Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino”, comemorado em 27/3.
Mas, desde 2015, a instituição conta com seu programa rastreamento e, de lá para cá, já foram alcançadas 12.723 pessoas com ele. Dessas, ao todo, 48 pacientes foram diagnosticados com esse tipo de tumor, que apesar de não ser tão divulgado, é muito frequente no Brasil: o terceiro mais recorrente entre os homens e o segundo entre as mulheres (chegando a ultrapassar as estatísticas do câncer do colo do útero). Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, para cada ano do biênio 2018/2019, serão diagnosticados 36.360 novos casos da doença no Brasil, sendo 17.380 em homens e 18.980 nas mulheres. Em geral, o risco de uma pessoa desenvolver câncer colorretal é de 1 em 22 (4,49%) para eles e 1 em 24 (4,15%) para elas.
Você conhece o câncer colorretal?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão do tumor.
Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
Conheça o programa de rastreamento
Existem dois exames que podem ser utilizados para realizar o rastreamento desse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Cabe ao médico indicar qual é a melhor opção para cada paciente.
O programa de rastreamento através do teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais. “É muito importante que esses critérios sejam respeitados, pois caso a pessoa não se enquadre nesse perfil, o exame pode não ser a melhor opção para o paciente”, afirmou a médica endoscopista do Hospital de Amor, Dra. Denise Peixoto Guimarães.
De acordo com a especialista, os sintomas só irão se manifestar quando a doença já estiver em estado avançado. Nesse momento, o tratamento já não é tão eficaz e as chances de cura, menores ainda. “Nessa hora, os principais sintomas a serem percebidos são: sangramento nas fezes, dor abdominal ou nódulo abdominal, emagrecimento ou anemia”, explicou.
Saiba como se prevenir
Alguns fatores externos podem contribuir para o desenvolvimento da doença, como:
– Consumo de carne vermelha e processada;
– Ausência de atividade física regular (sedentarismo);
– Ingestão abusiva de álcool;
– Tabagismo;
– Sobrepeso e obesidade.
Segundo informações do INCA, as duas regiões do Brasil onde são encontradas as maiores incidências do câncer colorretal são o Sudeste e o Sul do país. Especula-se que isso acontece devido à urbanização e a adoção de hábitos alimentares de países desenvolvidos, onde são encontrados os maiores números de casos da doença. “Por isso, é fundamental conscientizarmos a população e os médicos sobre esse tipo de câncer. Ele é passível de prevenção, então, por meio de informação correta e de qualidade, conseguimos diminuir o número de casos e fazer com que menos pessoas sofram e morram em decorrência desse tumor”, concluiu Dra. Denise.
O câncer colorretal é hereditário?
Existe uma porcentagem mínima de hereditariedade no caso do câncer colorretal, porém, é importante ficar atento caso algum familiar já tenha sido diagnosticado com a doença. “Especialmente nesses casos, nem sempre o sangue oculto nas fezes é indicado. É melhor optar pela colonoscopia, pois os riscos de se encontrar pólipos nessas pessoas são maiores”, finalizou a médica.
“Março Marinho” no HA
Educar, informar e divulgar as informações sobre a prevenção do câncer colorretal e sobre sua incidência no país, são os principais pilares das iniciativas realizadas pelo Hospital de Amor no “Março Marinho”. Durante todo o mês, a instituição promoverá ações em Barretos (SP) para alertar e convidar a população para participar do programa de rastreamento. Além de palestras educativas no Posto de Saúde (Postão), a equipe estará visitando alguns pontos do município com a unidade móvel I (carreta), disponibilizando o teste FIT.
Previna-se! Se você se enquadra nos requisitos e faz parte do público-alvo do programa de rastreamento, venha até o Instituto de Prevenção, no Pavilhão Victor & Léo, ou entre em contato através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7194.
É muito comum se ouvir o termo ‘radioterapia’ durante um tratamento de câncer. O procedimento pode ser utilizado como um dos principais no combate à doença, agindo como adjuvante (após as cirurgias), como neoadjuvante (antes das cirurgias), como paliativo (para alívio de sintomas) e como tratamento de metástases. Nela, as radiações ionizantes (forma de radiação que tem energia suficiente para ionizar os átomos, retirando os elétrons mais próximos dos núcleos atômicos) destroem as células cancerígenas e as inibem de continuar crescendo. O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a extensão e a localização do tumor, dos resultados dos exames e do estado de saúde do paciente. Dependendo do local onde a doença está, a radioterapia pode ser realizada através de outro método, conhecido como Braquiterapia.
O que é a braquiterapia?
A braquiterapia é um dos tipos de tratamento radioterápicos onde os aplicadores são colocados em contato muito próximo ao tumor, permitindo entregar altas doses de radiação em um curto intervalo de tempo. Segundo o médico rádio-oncologista do Hospital de Amor, Dr. Fábio de Lima Costa Faustino, entre os vários tipos de câncer que podem ser tratados por meio desta alternativa, destacam-se dois muito frequentes: tumores de próstata e ginecológicos. “Aquilo que geralmente é tratado em 39 sessões (radioterapia externa), pode ser feito, com segurança, em duas ou apenas uma sessão na braquiterapia, dependendo do tipo de tumor e das necessidades de cada paciente”, afirmou.
Desde 2014 sendo aplicada na instituição, mais de 100 pacientes já foram beneficiados com a técnica.
Todos os pacientes podem se beneficiar da braquiterapia?
Para usufruir desse procedimento, o paciente não pode ter restrição anestésica (anestesia raquidiana), apresentar doenças inflamatórias preexistentes ou qualquer alteração anatômica considerável. “A técnica de braquiterapia é muito utilizada nos casos de câncer de próstata, pois é possível dar uma alta dose de radiação num intervalo de tempo curto, protegendo os órgãos normais ao redor do tumor”, declarou o médico.
Além da redução do número de sessões e, consequentemente, da diminuição do tempo de tratamento, Dr. Fábio lista diversas outras vantagens que a técnica traz ao paciente oncológico: “a realização do procedimento de braquiterapia gira em torno de duas horas; o paciente é liberado no mesmo dia para ir para casa; os efeitos colaterais são minimizados; a exposição às doses de radiação é reduzida, quando comparada à radioterapia externa; e as chances de sequelas são muito menores”.
De acordo com Faustino, esse tipo de procedimento ainda é pouco utilizado no Brasil. “São poucos os serviços privados que contam com a braquiterapia. Acredito que através do Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital de Amor ainda é a única instituição oncológica a oferecer”.
Caso de sucesso
O sociólogo Orson Camargo, de 56 anos, realizou seu tratamento contra um câncer de próstata no Hospital de Amor, em 2015. Enquanto esteve na instituição e durante seus procedimentos, ele foi submetido à técnica de braquiterapia de alta taxa de dose e tornou-se um caso de sucesso!
Ao realizar um exame preventivo em meio à campanha ‘Novembro Azul’, foi diagnosticado com a doença, ainda em estágio inicial. Depois de algumas consultas e exames, os médicos decidiram que a braquiterapia era a melhor opção de tratamento para o Orson. “Ao agendar o procedimento, fui internado para preparação. No segundo dia, fizemos duas sessões de braquiterapia, e no terceiro, já estava em casa. Foi tudo muito rápido, indolor e eficaz”, contou Orson.
Para o sociólogo, o método utilizado em seu tratamento foi a melhor escolha, pois, além de deixá-lo tranquilo e confiante, ele também não sofreu com nenhuma reação física. “A sequela que tive após o tratamento, devido à ‘destruição’ da próstata, foi a redução praticamente total do líquido seminal produzido pelo órgão. O ‘estrangulamento’ da uretra causa certa dificuldade de urinar e, eventualmente, de manter a ereção no ato sexual. Porém, as duas últimas implicações foram totalmente resolvidas com remédios que são administrados diariamente”.
Atualmente, o sociólogo de Piracicaba (SP) realiza consultas no HA apenas para acompanhamento. “Por incrível que pareça, é sempre uma alegria ir ao Hospital de Amor ter minhas consultas de acompanhamento. Óbvio que isso se deve ao resultado positivo do procedimento de braquiterapia, mas o afeto e o carinho (principalmente daqueles que trabalharam diretamente na minha luta) são inigualáveis e sempre comemoramos o sucesso do tratamento, o respeito mútuo e a alegria de estarmos com saúde”, finalizou Orson.
Atravessar o oceano Atlântico para poder aprimorar os conhecimentos em um centro oncológico que é referência na América Latina, foi uma grande conquista alcançada por duas enfermeiras de Moçambique, na África. Graças a uma parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as profissionais Esperança Fátima Carma A. Guambe, de 53 anos, e Mendriciana Xavier Guambe, de 28, iniciaram, em dezembro de 2018, um treinamento focado em técnicas de radioterapia, no departamento de Radioterapia do Hospital de Amor.
Moçambique, que está localizado no sudoeste da África, também já foi uma antiga colônia portuguesa. Atualmente, possui 29 milhões de habitantes e uma expectativa de vida inferior a 55 anos de idade. A taxa de pobreza do país é considerada alta: cerca de 54%, com Índice de Desenvolvimento Humano em 0.415. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população de Moçambique sofre com doenças transmissíveis, possui altos índices de mortalidade materna e acidentes que representam 66% de óbitos no país. O câncer é responsável por 4% das mortes, porém, embora o número seja baixo em relação às outras causas, ainda são precárias as condições de rastreio para diagnóstico precoce, atendimento e tratamento oncológico, dificultando as possibilidades de cura dos pacientes.
Segundo as enfermeiras moçambicanas, que atuam no maior hospital do país africano – o Hospital Central de Maputo, situado em Maputo (capital do país) – o tratamento radioterápico (uma das principais formas de terapia para combate ao câncer) ainda não é oferecido aos pacientes de lá. “Quando a equipe médica indica a radioterapia como uma parte do processo do tratamento, apenas os pacientes que possuem recursos financeiros conseguem fazer, pois é necessário realizar o deslocamento para outros países, como a África do Sul, por exemplo”, relatou Mendriciana.
As amigas, que nunca haviam saído do continente africano, ficaram extremamente surpresas ao se depararem com a estrutura e com os equipamentos altamente tecnológicos do Hospital de Amor. Desde dezembro do ano passado na instituição, as profissionais ficarão até o mês de julho, acompanhadas pela equipe de enfermagem do HA, atuando como enfermeiras observacionais e tendo a oportunidade de participar de treinamentos sobre procedimentos de radioterapia. “É nítida a diferença em quase todas as coisas por aqui. As pessoas são muito bacanas, a relação entre colaboradores é de muita gentileza e a relação entre médicos e pacientes é amigável e muito admirável. Fiquei muito surpresa! Espero aprender muito nesses 6 meses, para poder aplicar esse conhecimento lá em Moçambique”, declarou Esperança.
Para a enfermeira do departamento de radioterapia do Hospital, Franciele de Oliveira Gomes, essa troca de experiências é muito importante para ambas as partes. “É notável a falta de acessibilidade e tecnologia no local em que a Esperança e a Mendriciana atuam, por isso, o cronograma de atividades delas aqui no HA inclui o trabalho observacional no setor de radioterapia (por um período de 3 meses) e no de oncologia clínica (por mais 3 meses). Além disso, as moçambicanas conhecerão a cidade de Barretos e outros locais da região”, disse Franciele.
Esperança
A enfermeira, cujo nome reflete o motivo da vinda das duas profissionais africanas para o Brasil, não só realizou o sonho de conhecer o país latino-americano, como também está tendo a chance de aprimorar suas habilidades e levar aprendizado para sua terra natal. Para Esperança, essa experiência está ligada a uma grande responsabilidade, que ela pretende honrar na sua volta a Moçambique. “Creio que é um grande passo poder levar conhecimento ao nosso país. Minha esperança é de que esse discernimento possa ser compartilhado de uma maneira profissional, didática e, como aprendi aqui, com muito amor”, finalizou.
O Hospital de Amor encerrou o ano de 2018 com duas grandes conquistas: a inauguração de unidades de prevenção nos estados do Acre e do Amapá. Só em 2017, a instituição realizou 880.620 atendimentos a pacientes de todo o Brasil, sendo que 6.365 deles foram para pessoas dessas localidades.
Hospital de Amor Rio Branco
No dia 20 de novembro, a capital do estado do Acre, Rio Branco, ganhou um Instituto de Prevenção destinado ao combate dos cânceres de mama e colo do útero ainda em fase inicial. Além do prédio fixo, a população acreana recebeu também duas unidades móveis (carretas) equipadas, que irão integrar o programa de prevenção e percorrer todo os municípios, realizando exames de mamografia e Papanicolaou.
Denominada ‘Hospital de Amor Rio Branco’, a unidade possui capacidade para 8.390 atendimentos por mês, entre exames, atendimentos ambulatoriais e pequenos procedimentos cirúrgicos, e contará com uma equipe composta por médicos de várias especialidades (como mastologistas e ginecologistas), físicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos e assistentes sociais.
Para que o projeto fosse concretizado, o governo do Acre contribuiu com R$ 31 milhões – recursos vindos de uma negociação relacionada a uma multa trabalhista atribuída ao estado.
Hospital de Amor Macapá
Em Macapá, capital do estado do Amapá, a inauguração do Instituto de Prevenção aconteceu no último dia 15 de dezembro de 2018 e contou com a presença do prefeito do município, Clécio Luís, do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e outras autoridades.
A partir do início deste ano, a população amapaense terá acesso a exames preventivos gratuitamente. O instituto terá capacidade para realizar 500 procedimentos por dia para detecção de câncer de mama e colo de útero, considerados de maior incidência no Amapá. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e o Hospital de Amor pretendem habilitar outras ações para o rastreamento do câncer de próstata, pele, boca, entre outros.
O projeto também contará com uma carreta de diagnóstico para percorrer todo o estado realizando exames preventivos. A estimativa é de que a unidade móvel faça uma média de 130 atendimentos por dia, entre mamografias (para o rastreamento do câncer de mama em mulheres de 40 a 69 anos) e Papanicolaou (para rastreamento do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos).
A implantação do ‘Hospital de Amor Macapá’ só foi possível graças a uma articulação do governo com o HA e a bancada federal, que destinou R$ 22 milhões de emendas. A contrapartida do Estado foi de R$ 3 milhões para obras de infraestrutura nos arredores, como instalações elétrica e hidráulica, sistema de esgoto e obras de mobilidade urbana.
O governo do Estado assinará um convênio com o Hospital de Amor para custear o funcionamento da unidade. O termo será destinado para a manutenção do prédio, recursos humanos, exames, água, luz e internet. O convênio terá custos fixos estabelecidos e variáveis, que dependerão do quantitativo de atendimentos que serão realizados no instituto de prevenção. A contribuição estadual está acontecendo desde 2015, com a articulação para implantação da unidade e doação do terreno para sua construção.
Benefícios
De acordo com o diretor médico das unidades móveis do Hospital de Amor, Dr. Raphael Haikel Júnior, a importância das novas unidades da região Norte do país está na possibilidade de identificação precoce dos cânceres de mama e colo de útero mais facilmente para essa população. “Há 95% de chance de cura para os tumores de mama, quando descobertos em estágios iniciais, e quase 99% para os de colo de útero. Ao identificar a doença rapidamente, a probabilidade é de que o tumor ainda esteja pequeno, o que contribui para que 80% do tratamento seja realizado nos próprios institutos de prevenção. Dessa forma, as mulheres não precisarão ficar distantes de suas famílias, o que é uma grande vantagem”, afirmou.
Para ele, outro benefício está na diminuição de custo, uma vez que o gasto no tratamento de câncer de mama é, inicialmente, de R$ 10 mil. Em estágio avançado, o tratamento da doença pode custar até R$ 140 mil. “Com as novas unidades, será possível levar atendimento de excelência à população dos estados mais carentes em atenção básica de saúde e prevenção. A partir de agora, vamos evitar que as mulheres encontrem tumores em estágios avançados e sem possibilidades de cura”, finalizou Dr. Raphael Haikel Júnior.
Já dizia o famoso poeta brasileiro, Mário Quintana: “Viajar é mudar a roupa da alma”. Uma viagem enche a bagagem de história, nos enriquece de experiências e renova os ares. Os benefícios podem ser tanto físicos quanto psicológicos para aqueles que estão interessados em ‘turistar’ pelo mundo. Sempre focado em desenvolver projetos para os pacientes, acompanhantes e colaboradores do Hospital de Amor, e também com o objetivo de disseminar a humanização e a conscientização sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama, o Instituto Sociocultural da instituição, em parceria com a Azul Linhas Aéreas, lançou, no dia 12 de novembro, o 1º Concurso de Cartas: “Próximo destino: a vitória”.
Contando suas histórias de superação e encorajando as outras pacientes a enfrentar a luta contra o câncer de mama, as participantes (mulheres que realizam ou realizaram tratamento há mais de dois anos no HA) tinham uma missão: escrever uma carta à mão, demonstrando momentos, situações e sentimentos que trouxeram força e coragem para seguir a batalha, e que servissem de inspiração para aquelas que estão iniciando o tratamento.
Ao todo, o Hospital recebeu 25 cartas. Foram 25 relatos diferentes e emocionantes sobre uma mesma fase da vida. Após uma criteriosa avaliação realizada por uma comissão julgadora, formada pela Azul Linhas Aéreas e pelo Instituto Sociocultural, observou-se itens como: tema do concurso; qualidade; nitidez; emprego do português correto e lógica do começo ao fim. Duas mulheres venceram o concurso. O presente delas não poderia ser mais especial: 7 noites com destino a Natal (belíssima capital do Estado do Rio Grande do Norte, localizada na região Nordeste do Brasil), com direito a 1 acompanhante, passagens aéreas de ida e volta, hospedagem em um luxuoso resort e passeios.
A iniciativa
Há nove anos se dedicando de forma intensa a campanha Outubro Rosa e diversas mobilizações contra o câncer de mama, a Azul Linhas Aéreas apoiou essa iniciativa. Após acompanhar a mãe durante o tratamento da doença e ver de perto as dificuldades que esse processo traz para a vida de algumas mulheres, a gerente comercial da Azul Viagens, Izabella Lessa, resolveu abraçar o concurso. “Quando minha mãe descobriu que estava com câncer de mama, estávamos com uma viagem agendada. Por conta das restrições que os procedimentos causam, tivemos que cancelar.
Assim que o tratamento acabou, fomos para Maceió (AL) e eu pude ver o efeito que aquela viagem causou nela. Ela respirava felicidade, se renovou! A partir disso, eu decidi que tinha que fazer isso na vida de outras mulheres. Eu tinha que mostrar a elas que essa ‘passagem’ pode ter um outro lado: neste caso, uma viagem maravilhosa, para que elas aproveitem esses dias de sol, mar e, principalmente, renovação”, contou Izabella.
Vencedoras
O presente foi mais do que merecido. Além de ter a oportunidade de conhecer outra região do país, as duas vencedoras do concurso de cartas poderão viajar, pela primeira vez em suas vidas, de avião.
A professora Luzia Aparecida Gerondo Dionízio da Silva, de Santa Ernestina (SP), município localizado a 115 km de Barretos, terá a chance de realizar uma viagem com o marido, William. Receber a notícia de que eu era uma das ganhadoras foi muito emocionante. Eu senti uma alegria indescritível. Quando a gente descobre que está com câncer, nunca imaginamos que isso irá trazer algum tipo de alegria. Ganhar essa viagem é um conforto diante de tudo o que eu passei. Eu chorei muito de emoção, mas agora estou muito ansiosa para viver tudo isso”, afirmou a professora.
A aposentada Maria Ismar de Freitas Consone, de Colíder, cidade do estado de Mato Grosso, não poder comparecer pessoalmente à entrega do prêmio, mas enviou um recado em agradecimento pela oportunidade. Para ela, a viagem será uma grande chance para descansar e espairecer. “Durante os procedimentos, a gente se sente muito cansada, pois é um tratamento longo e de momentos difíceis. Ganhar esse presente vai me ajudar muito! Há anos eu não vou à praia e eu nunca andei de avião. Estou muito feliz por ter sido contemplada e só tenho que agradecer à Azul e ao Instituto do Hospital de Amor, por fortalecerem e alegrarem o meu coração”, declarou.
Confira os textos das vencedoras do 1º Concurso de Cartas: “Próximo destino: a vitória”.
O Hospital de Amor e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), por meio da assinatura de um convênio, acabam de firmar uma importante parceria, que tem como objetivo desenvolver um estudo clínico inédito na América Latina para tratamento de câncer de próstata metastático. Segundo o coordenador do departamento de medicina nuclear do Hospital de Amor, Dr. Wilson Furlan Alves, os protocolos em fase de teste serão direcionados aos pacientes com câncer de próstata com metástases, que já não respondem a terapia com hormônio ou quimioterapia.
Este estudo permitirá que um grupo de pacientes, que não apresentava mais alternativas de tratamento, tenha acesso a um novo tratamento, ainda não disponível no Brasil, mas que está apresentando excelentes resultados em países da Europa. O intuito é obter, posteriormente, o registro do radiofármaco na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ampliando a possibilidade de tratamento em todo o país.
Durante a parceria, o IPEN será responsável pelo fornecimento do radiofármaco chamado PSMA, marcado com lutécio-177, e o HA recrutará pacientes com características determinadas para receberem este tratamento. “O PSMA é uma molécula que se liga a receptores localizados nas células do câncer de próstata, enquanto o lutécio-177 é um radioisótopo – ou material radioativo – que emite uma radiação (beta) que destrói as células tumorais”, explicou Alves.
O médico nuclear do Hospital de Amor e também um dos principais facilitadores do convênio, Dr. Euclides Timoteo da Rocha, conta que este tratamento ainda é experimental em todos os países nos quais foi iniciado, como Estados Unidos e Austrália. “Ele surgiu há aproximadamente quatro anos na Alemanha e somos os primeiros a realizá-lo na America Latina, o que nos coloca em uma posição bem atualizada”.
Para o Superintendente do IPEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo, a tecnologia nuclear, que inclui a medicina nuclear, está passando por um momento importante no Brasil, em que se discute não apenas a importância da infraestrutura, mas, principalmente, os meios pelos quais os avanços chegam até a população. “O IPEN, com a assinatura desse convênio, faz uma parte disso, tomando a iniciativa disponibilizar novos fármacos, mas sem parceria com instituições como o Hospital de Amor não haveria como colocá-los no mercado. Nós temos como produzir e como fornecer, mas é necessário este outro elo para que este produto volte em benefício para a população”, destacou.
Com estrutura inaugurada em março de 2017, junto ao Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, o biotério da instituição deu início, oficialmente, às suas atividades na última semana de novembro, com o I Encontro da Comissão de Ética no Uso de Animais da instituição, marcado pela presença e palestras de dois importantes nomes da área no cenário nacional: Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, pesquisadoras e membros do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O evento reuniu, além da própria Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA-CPOM), pesquisadores e profissionais que farão parte da equipe responsável pela nova área.
Segundo a coordenadora do local, Dra. Silvia Teixeira, o início das atividades completa os diferentes campos da pesquisa na instituição e é um importante passo na busca pela integração com os departamentos clínicos do Hospital, que contemplam no biotério uma possibilidade de novas abordagens terapêuticas. “Também será possível complementar a capacitação dos alunos de pós-graduação e pesquisadores, que terão um novo enfoque para o desenvolvimento de estudos inovadores que poderão levar a uma melhora na qualidade dos tratamentos dos pacientes. As pesquisas poderão ser direcionadas para a busca de terapias ainda mais personalizadas, validação de ensaios in vitro para novos alvos terapêuticos, entre outras. Os resultados poderão indicar medicamentos, ou associação de medicamentos, e terapias que possam ser mais eficazes e poderão implicar em aumento na sobrevida e na qualidade de vida dos pacientes”, explicou.
Durante o evento, as pesquisadoras, Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, destacaram a importância da pluralidade da CEUA-CPOM, composta por docentes, pesquisadores, colaboradores das áreas das ciências exatas e biológicas, além de um representante da sociedade protetora dos animais; e afirmaram que tal composição garante uma melhor qualidade na pesquisa e, principalmente, o máximo rigor a todos os princípios éticos na experimentação animal.
Para a médica veterinária, Dra. Ekaterina Riviera, mestre em Ciências de Animais de Laboratório pela Universidade de Londres e Doutora Notório Saber pela Universidade Federal de Goiás (UFG), os princípios do Hospital de Amor guiarão o biotério para que se torne um dos únicos – se não o único – do País a aplicar, de maneira estruturada, o que ela chamou de Cultura da Consciência, que, de forma simplificada, é a responsabilidade e consciência de sua importância por parte de todos os agentes envolvidos no processo, desde a parte administrativa até os profissionais responsáveis pela limpeza.
Silvia esclareceu, ainda, que, para que um projeto seja proposto e aceito, é necessário que a pergunta seja adequada, que todos os outros meios de buscar respostas tenham sido contemplados e que a relevância da pesquisa seja convincente. “Essa é a filosofia de toda a equipe do Biotério, pensamos e buscamos ao máximo propor bem-estar aos animais. Para isso, estamos promovendo todos os cuidados necessários, enriquecimento ambiental adequado durante os processos de criação e experimentação. Pretendemos colaborar com os pesquisadores no direcionamento do projeto, de forma a minimizar o uso de animais, e a promover o cuidado necessário durante o desenvolvimento das pesquisas. Todo esse cuidado não é só por poder interferir nos resultados, gerando viés na pesquisa, mas também porque temos uma grande responsabilidade nesse processo. Toda a estrutura oferecida pelo IEP e pelo CPOM nos permite realizar estes procedimentos de forma adequada. Além disso, o investimento na capacitação da equipe do biotério, visando a qualificação dos colaboradores, permitiu que esse perfil fosse desenvolvido. Com esses cuidados, acreditamos que os resultados poderão levar a um aumento na reprodutibilidade e aplicação dos resultados na clínica, tendo em vista a melhora das condições e qualidade de vida das pessoas com câncer”, finalizou.
A cada ano que passa, a Caminhada “Passos que Salvam” – uma das principais campanhas de conscientização promovidas pelo Hospital de Amor – ganha espaço e conquista municípios que abraçam a causa em favor do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Após o sucesso da 7ª edição, que aconteceu no dia 25 de novembro de 2018, e para que o projeto continue ajudando ainda mais pessoas a descobrir os sinais e sintomas da doença, o HA deu mais um passo e realizou, pelo sexto ano consecutivo, a ‘Capacitação de Médicos em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’.
O encontro aconteceu nos dias 22 e 23 de março, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos (SP). Das 650 cidades participantes na última caminhada, 140 médicos (que prestam atendimento a crianças e adolescentes na rede pública de saúde), vindos de 11 estados do Brasil, participaram do evento.
As palestras, ministradas por colaboradores da unidade infantojuvenil do Hospital de Amor, tiveram como objetivo orientar e capacitar esses profissionais para que possam colaborar no diagnóstico precoce do câncer e enviar esses pacientes com mais rapidez para tratamento na instituição. Graças ao treinamento, os participantes poderão se tornar referência na cidade onde atuam, criando um acesso direto com os médicos do Hospital, facilitando o envio de exames e a discussão de casos.
De acordo com o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Dr. Luiz Fernando Lopes, metade das crianças que chegam a Barretos para o tratamento da doença já se encontra em estágio muito avançado, sendo difícil oferecer taxas elevadas de cura. “Nós temos que mostrar para o pediatra como detectar o câncer precocemente, pois se os pacientes continuarem chegando à instituição tarde demais, não conseguiremos melhorar”, afirmou.
Os dois dias de programação contaram com discussões sobre os seguintes temas: Epidemiologia do Câncer Infantil; Aplicação dos Estudos Moleculares e Genéticos no Diagnóstico Precoce; Os Sinais de Alerta no Hemograma do Diagnóstico Precoce; Estudos de Peregrinação das famílias e pacientes até a chegada a Barretos; Indicação de exames de imagem do Diagnóstico Precoce; Aspectos Importantes da Cirurgia Pediátrica; Vacinação no Imunossuprimido; Abordagem teórica e apresentação de casos: Tumores Abdominais, Retinoblastoma, Leucemias, Tumores Cerebrais, Tumores Ósseos e Linfomas.
Segundo o médico, é possível perceber resultados positivos em decorrência dos eventos anteriores. “Já estamos medindo isso. Temos dados estatísticos das crianças que foram encaminhadas para cá antes do treinamento e depois dele. E estamos reduzindo, significativamente, o número de pacientes que chegaram com tumor avançado, e agora chegam com a doença em estágios mais iniciais, permitindo que se curem”, finalizou Lopes.
Para a coordenadora da Caminhada “Passos que Salvam”, Naima Kathib, esse é um dos projetos mais importantes desenvolvidos pelo Hospital. “Desde de 2014, quando começamos a capacitar os médicos de todo o Brasil, já foi possível perceber a mudança no olhar desses profissionais em relação aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil. Mais de 1.200 médicos já se tornaram referência em seus municípios para o envio de pacientes ao HA e nós não vamos parar por aí!”, relatou a coordenadora.
O câncer infantojuvenil
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), atualmente, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos com câncer podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. Para o Dr. Luiz Fernando Lopes, 12.500 novos casos são diagnosticados todos os anos no Brasil, e a expectativa é de que até 2020 este número aumente em 30%.
Capacitação de Enfermeiros
Os municípios que realizaram a caminhada também poderão enviar seus enfermeiros para participar da ‘Capacitação de Enfermeiros em Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil’. O treinamento destes profissionais acontecerá nos dias 24 e 25 de maio de 2019. Para mais informações, basta entrar em contato com o departamento responsável pela Caminhada “Passos que Salvam” através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7169, ou e-mail: ‘passosquesalvam@hcancerbarretos.com.br’.
Nesta sexta-feira, dia 22 de março, a população da região Norte do Brasil ganhou uma nova conquista! O Hospital de Amor – referência nacional no tratamento de câncer – inaugurou uma moderna ala dentro do Hospital de Amor Amazônia, unidade da instituição localizada em Porto Velho (RO). O centro oncológico passou a dispor de Centro Cirúrgico, UTI e Internação, atendendo, gratuitamente, com excelência e humanização (práticas reconhecidas da entidade), crianças e adultos em tratamento oncológico. As recém-adquiridas instalações contam com estrutura de 120 leitos de internação, 20 de UTI e 6 salas de cirurgia.
De acordo com o presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, foram investidos mais de R$ 20 milhões em estrutura e equipamentos. “A concretização desse projeto só foi possível graças ao investimento de voluntários, artistas, como o astro norte-americano, Garth Brooks, e empresas parceiras, como a BigSal, Grupo Irmãos Gonçalves e Grupo Cairu, que estão sempre engajados na causa e acreditam que as doações podem salvar vidas”, ressaltou.
O objetivo da expansão é facilitar, ainda mais, o acesso das pessoas que residem nas cidades da região Norte do país, e também dos indígenas, a um atendimento médico especializado. “O nosso foco foi reduzir a distância que os pacientes, muitas vezes, têm que percorrer até Barretos, visto que 95% dos pacientes oncológicos rondonienses, por exemplo, tinham como referência o Hospital de Amor Barretos, que está localizado a três mil quilômetros do estado de Rondônia”, afirmou Prata.
O Hospital de Amor Amazônia
A unidade, que está em funcionamento desde 2017, possui uma equipe altamente qualificada e uma estrutura de excelência: com duas salas cirúrgicas inteligentes, que podem funcionar em caráter de treinamento, realizando transmissões simultâneas para diversos outros centros. O hospital conta também com uma infraestrutura de ponta, com equipamentos audiovisuais para cirurgias minimamente invasivas.
“Com essa inauguração, estamos implantando um polo completo para tratamento oncológico, com o que há de melhor nesta área, para os pacientes do Norte do Brasil. O valor total de investimento, entre os setores já existentes e os que acabamos de inaugurar, foi de R$ 100 milhões”, relatou o presidente da instituição.
Há 3 anos, desde sua inauguração, o Hospital de Amor Amazônia oferece aos seus pacientes procedimentos de quimioterapia e radioterapia; laboratório de análises clínicas e patológicas; centro de intercorrência ambulatorial (CIA); radiologia com duas salas de raios-X; três aparelhos de ultrassonografia; ressonância magnética, mamógrafo e tomógrafo. Além disso, a unidade possui duas salas de exames e ambulatório com 13 consultórios.
Sobre o Hospital de Amor
Excelência em oncologia, o Hospital de Amor (atual nome do Hospital de Câncer de Barretos) assumiu a liderança do ranking 2018 da Scimago Institutions Rankings (SIR), entre todos os centros de saúde do Brasil e da América Latina. O levantamento é uma ferramenta de reconhecimento internacional, que avalia a qualidade de instituições (públicas ou privadas) em todo o mundo, considerando os critérios: pesquisa, inovação e impacto social.
A instituição é historicamente reconhecida por seu grandioso trabalho. Foi escolhida, em 2000, pelo Ministério da Saúde, como o melhor hospital público do país. Em 2011, tornou-se “instituição irmã” do MD Anderson Cancer Center (EUA), o maior centro de tratamento e pesquisa de câncer do mundo, e ainda recebeu um prêmio da AVON como “Campeão Mundial em Avanço na Área Médica no Combate ao Câncer de Mama”. Em 2012, assinou acordo com o Saint Jude Children´s Research Hospital e tornou-se “instituição gêmea”.
A entidade foi o grande destaque da 4ª Edição do Prêmio “Melhores Hospitais”, projeto realizado pela Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, realizado em dezembro de 2014. O HA ganhou em três categorias: melhor hospital, internação e ambulatório. O principal objetivo da premiação é monitorar a qualidade de atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Na categoria “Internação”, o Hospital de Amor liderou o ranking interior, com mais de 97% de aprovação. A instituição também teve um alto índice no quesito “Ambulatório” – 96,5% dos usuários disseram estar satisfeitos com o trabalho realizado.
Desde 2015, o Hospital de Amor conta com um programa de rastreamento para a detecção precoce do câncer colorretal – aquele que acomete o trato digestivo (intestino grosso e reto). De lá para cá, já foram alcançadas 12.723 pessoas, sendo 48 pacientes diagnosticados com esse tipo de tumor.
Conheça mais sobre o câncer colorretal, seus sintomas e saiba como se prevenir.
O que é câncer colorretal?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas (também conhecidas como pólipos) que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão da doença. Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores abdominais), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
O que são pólipos?
São tumores benignos, parecidos com verrugas, que se desenvolvem na parte interna do cólon e reto. Cerca de 60% dos pólipos do intestino são adenomas e podem apresentar potencial para se tornarem tumores malignos. É importante que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos precocemente, principalmente após os 50 anos e em caso de história de câncer colorretal na família.
Quais são os sinais e sintomas do câncer colorretal?
Os principais sintomas da doença são: mudança do hábito intestinal, isto é, constipação ou diarreia sem associação com o alimento ingerido; anemia sem causa aparente, principalmente em pessoas com idade acima de 50 anos; fraqueza; desconforto abdominal (com gases ou cólicas); emagrecimento intenso e inexplicável; sangramento pelo reto; e sensação de evacuação incompleta.
Qualquer pessoa que apresentar um desses sintomas deve procurar o médico, principalmente se houver sangramento anal, para que os exames clínicos necessários sejam realizados. Entre os exames estão: realização do toque retal e do exame de colonoscopia (procedimento de vídeo utilizado para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado).
Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da doença?
Uma alimentação rica em carnes vermelhas, carnes processadas (como salsichas e mortadelas) e gorduras, além da ausência de atividade física regularmente (como o sedentarismo), ingestão abusiva de álcool, tabagismo, sobrepeso e obesidade, são alguns fatores externos que podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Pessoas com idade superior a 50 anos, ou que já tenham tido pólipos ou doença inflamatória intestinal, ou que tenham histórico de ocorrência de câncer colorretal em familiares, devem ficar atentas aos sinais.
Como se prevenir deste tipo de câncer?
Prevenir significa evitar os fatores que estão relacionados com o desenvolvimento de câncer colorretal. Adotar uma alimentação rica em frutas, verduras e vegetais, evitar o consumo de carnes vermelhas e embutidos, praticar exercício físico, evitar a obesidade, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, são importantes atitudes de prevenção. Os alimentos ricos em fibras protegem o intestino, pois facilitam a evacuação, aceleram o trânsito intestinal e diminuem o tempo de contato das substâncias carcinogênicas (que levam à formação do câncer) com a parede do intestino.
Refletir sobre os hábitos e estilo de vida é sempre uma forma de se prevenir de qualquer tipo de câncer e conquistar uma vida mais saudável. Confira algumas dicas:
– Praticar exercícios físicos regulares;
– Não fumar;
– Não ingerir bebidas alcóolicas;
– Não ingerir alimentos defumados, enlatados ou embutidos;
– Não ingerir alimentos com corantes e/ou conservantes;
– Se diagnosticado, remover pólipos através do exame de colonoscopia;
– Ingerir alimentos ricos em vitaminas C e E.
Porém, apesar de todos esses cuidados, também é necessário participar dos programas de rastreamento, pois essas medidas não são 100% eficazes. Existem dois exames que podem ser utilizados para rastrear esse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Recomenda-se iniciar o rastreamento a partir dos 50 anos, mas, cabe ao médico indicar qual é a melhor opção de procedimento para cada paciente.
Como é o teste FIT?
Também conhecido como exame de sangue oculto nas fezes, o teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais.
São necessárias três amostras de fezes consecutivas. Alguns dias antes do exame, alguns tipos de alimentos devem ser evitados. Além disso, medicamentos como AAS e anti-inflamatórios não devem ser tomados 7 dias antes do exame, e frutas cítricas e carne vermelha não devem ser consumidas três dias antes do procedimento. Se o resultado para o sangue oculto for positivo, será necessário realizar o exame de colonoscopia.
Como é a colonoscopia?
É um exame realizado por um aparelho de fibra ótica, longo (180 cm) e flexível, que é introduzido através do ânus e permite a visualização completa do reto e do cólon. Essa visualização ocorre por uma câmera inserida na extremidade do colonoscópio, cuja imagem é enviada para um monitor, permitindo assim, a análise simultânea do interior do cólon. O equipamento também permite a inserção de outros instrumentos especiais para a remoção de possíveis pólipos ou biópsias. O exame é feito sob sedação e analgesia, permitindo que o médico examine detalhadamente o cólon. Os riscos do procedimento são pequenos e estão vinculados ao sangramento depois da retirada de pólipos, biópsias e perfuração intestinal.
Como é tratamento para o câncer colorretal?
O tratamento para os tumores iniciais, geralmente, é menos agressivo, com a retirada de pólipos e lesões através da colonoscopia ou das cirurgias com ressecções locais dos tumores.
Nos tumores maiores do cólon, há a necessidade de cirurgia (convencional, laparoscópica ou robótica).
Nos tumores do reto, pode ser necessário realizar procedimentos radioterápicos e quimioterápicos antes da cirurgia.
Em resumo, o tratamento para o câncer colorretal envolve radioterapia, quimioterapia e/ou cirurgia, dependendo do local, do tamanho e da extensão da doença no cólon ou em outros órgãos (no caso de metástases – aparecimento do tumor em outros órgãos, como fígado ou pulmão, por exemplo). Quanto mais precocemente a doença for diagnosticada, menor a agressividade e o tempo de tratamento, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente.
Há 2 anos, o Hospital de Amor deu início a uma campanha muito importante de incentivo a prevenção e detecção precoce do câncer colorretal. Assim como acontece em vários meses, principalmente quando nos referimos ao movimento conhecido como Outubro Rosa (que estimula a participação da população na prevenção do câncer de mama), criou-se o “Março Marinho”, em alusão ao “Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino”, comemorado em 27/3.
Mas, desde 2015, a instituição conta com seu programa rastreamento e, de lá para cá, já foram alcançadas 12.723 pessoas com ele. Dessas, ao todo, 48 pacientes foram diagnosticados com esse tipo de tumor, que apesar de não ser tão divulgado, é muito frequente no Brasil: o terceiro mais recorrente entre os homens e o segundo entre as mulheres (chegando a ultrapassar as estatísticas do câncer do colo do útero). Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, para cada ano do biênio 2018/2019, serão diagnosticados 36.360 novos casos da doença no Brasil, sendo 17.380 em homens e 18.980 nas mulheres. Em geral, o risco de uma pessoa desenvolver câncer colorretal é de 1 em 22 (4,49%) para eles e 1 em 24 (4,15%) para elas.
Você conhece o câncer colorretal?
Os cânceres colorretais são aqueles que acometem o trato digestivo (intestino grosso e reto). Esses tumores são considerados mais passíveis de prevenção, pois a evolução natural deles é bem conhecida pela medicina: eles começam com lesões precursoras, ou seja, lesões pré-malignas que são detectáveis e que podem ser removidas. Com essas medidas, é possível interromper a progressão do tumor.
Geralmente, as chamadas ‘lesões precursoras’ não apresentam sintomas (como sangramentos ou dores), por isso, para identificá-las, é necessário submeter o indivíduo a um rastreamento para prevenir a evolução da doença.
Conheça o programa de rastreamento
Existem dois exames que podem ser utilizados para realizar o rastreamento desse tipo de tumor, sendo eles: o teste de imunoquímica fecal (conhecido também como teste FIT ou exame de sangue oculto nas fezes) e a colonoscopia (que é um exame de vídeo para visualizar o interior do intestino grosso e a parte final do intestino delgado). Cabe ao médico indicar qual é a melhor opção para cada paciente.
O programa de rastreamento através do teste FIT é indicado para um público bem específico: homens e mulheres que tenham entre 50 e 65 anos, que não tenham feito nenhum exame de colonoscopia ou de retossigmoidoscopia nos últimos 5 anos, não tenham nenhum histórico de doença inflamatória intestinal e de pólipos colorretais. “É muito importante que esses critérios sejam respeitados, pois caso a pessoa não se enquadre nesse perfil, o exame pode não ser a melhor opção para o paciente”, afirmou a médica endoscopista do Hospital de Amor, Dra. Denise Peixoto Guimarães.
De acordo com a especialista, os sintomas só irão se manifestar quando a doença já estiver em estado avançado. Nesse momento, o tratamento já não é tão eficaz e as chances de cura, menores ainda. “Nessa hora, os principais sintomas a serem percebidos são: sangramento nas fezes, dor abdominal ou nódulo abdominal, emagrecimento ou anemia”, explicou.
Saiba como se prevenir
Alguns fatores externos podem contribuir para o desenvolvimento da doença, como:
– Consumo de carne vermelha e processada;
– Ausência de atividade física regular (sedentarismo);
– Ingestão abusiva de álcool;
– Tabagismo;
– Sobrepeso e obesidade.
Segundo informações do INCA, as duas regiões do Brasil onde são encontradas as maiores incidências do câncer colorretal são o Sudeste e o Sul do país. Especula-se que isso acontece devido à urbanização e a adoção de hábitos alimentares de países desenvolvidos, onde são encontrados os maiores números de casos da doença. “Por isso, é fundamental conscientizarmos a população e os médicos sobre esse tipo de câncer. Ele é passível de prevenção, então, por meio de informação correta e de qualidade, conseguimos diminuir o número de casos e fazer com que menos pessoas sofram e morram em decorrência desse tumor”, concluiu Dra. Denise.
O câncer colorretal é hereditário?
Existe uma porcentagem mínima de hereditariedade no caso do câncer colorretal, porém, é importante ficar atento caso algum familiar já tenha sido diagnosticado com a doença. “Especialmente nesses casos, nem sempre o sangue oculto nas fezes é indicado. É melhor optar pela colonoscopia, pois os riscos de se encontrar pólipos nessas pessoas são maiores”, finalizou a médica.
“Março Marinho” no HA
Educar, informar e divulgar as informações sobre a prevenção do câncer colorretal e sobre sua incidência no país, são os principais pilares das iniciativas realizadas pelo Hospital de Amor no “Março Marinho”. Durante todo o mês, a instituição promoverá ações em Barretos (SP) para alertar e convidar a população para participar do programa de rastreamento. Além de palestras educativas no Posto de Saúde (Postão), a equipe estará visitando alguns pontos do município com a unidade móvel I (carreta), disponibilizando o teste FIT.
Previna-se! Se você se enquadra nos requisitos e faz parte do público-alvo do programa de rastreamento, venha até o Instituto de Prevenção, no Pavilhão Victor & Léo, ou entre em contato através do telefone (17) 3321-6600, ramal 7194.
É muito comum se ouvir o termo ‘radioterapia’ durante um tratamento de câncer. O procedimento pode ser utilizado como um dos principais no combate à doença, agindo como adjuvante (após as cirurgias), como neoadjuvante (antes das cirurgias), como paliativo (para alívio de sintomas) e como tratamento de metástases. Nela, as radiações ionizantes (forma de radiação que tem energia suficiente para ionizar os átomos, retirando os elétrons mais próximos dos núcleos atômicos) destroem as células cancerígenas e as inibem de continuar crescendo. O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a extensão e a localização do tumor, dos resultados dos exames e do estado de saúde do paciente. Dependendo do local onde a doença está, a radioterapia pode ser realizada através de outro método, conhecido como Braquiterapia.
O que é a braquiterapia?
A braquiterapia é um dos tipos de tratamento radioterápicos onde os aplicadores são colocados em contato muito próximo ao tumor, permitindo entregar altas doses de radiação em um curto intervalo de tempo. Segundo o médico rádio-oncologista do Hospital de Amor, Dr. Fábio de Lima Costa Faustino, entre os vários tipos de câncer que podem ser tratados por meio desta alternativa, destacam-se dois muito frequentes: tumores de próstata e ginecológicos. “Aquilo que geralmente é tratado em 39 sessões (radioterapia externa), pode ser feito, com segurança, em duas ou apenas uma sessão na braquiterapia, dependendo do tipo de tumor e das necessidades de cada paciente”, afirmou.
Desde 2014 sendo aplicada na instituição, mais de 100 pacientes já foram beneficiados com a técnica.
Todos os pacientes podem se beneficiar da braquiterapia?
Para usufruir desse procedimento, o paciente não pode ter restrição anestésica (anestesia raquidiana), apresentar doenças inflamatórias preexistentes ou qualquer alteração anatômica considerável. “A técnica de braquiterapia é muito utilizada nos casos de câncer de próstata, pois é possível dar uma alta dose de radiação num intervalo de tempo curto, protegendo os órgãos normais ao redor do tumor”, declarou o médico.
Além da redução do número de sessões e, consequentemente, da diminuição do tempo de tratamento, Dr. Fábio lista diversas outras vantagens que a técnica traz ao paciente oncológico: “a realização do procedimento de braquiterapia gira em torno de duas horas; o paciente é liberado no mesmo dia para ir para casa; os efeitos colaterais são minimizados; a exposição às doses de radiação é reduzida, quando comparada à radioterapia externa; e as chances de sequelas são muito menores”.
De acordo com Faustino, esse tipo de procedimento ainda é pouco utilizado no Brasil. “São poucos os serviços privados que contam com a braquiterapia. Acredito que através do Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital de Amor ainda é a única instituição oncológica a oferecer”.
Caso de sucesso
O sociólogo Orson Camargo, de 56 anos, realizou seu tratamento contra um câncer de próstata no Hospital de Amor, em 2015. Enquanto esteve na instituição e durante seus procedimentos, ele foi submetido à técnica de braquiterapia de alta taxa de dose e tornou-se um caso de sucesso!
Ao realizar um exame preventivo em meio à campanha ‘Novembro Azul’, foi diagnosticado com a doença, ainda em estágio inicial. Depois de algumas consultas e exames, os médicos decidiram que a braquiterapia era a melhor opção de tratamento para o Orson. “Ao agendar o procedimento, fui internado para preparação. No segundo dia, fizemos duas sessões de braquiterapia, e no terceiro, já estava em casa. Foi tudo muito rápido, indolor e eficaz”, contou Orson.
Para o sociólogo, o método utilizado em seu tratamento foi a melhor escolha, pois, além de deixá-lo tranquilo e confiante, ele também não sofreu com nenhuma reação física. “A sequela que tive após o tratamento, devido à ‘destruição’ da próstata, foi a redução praticamente total do líquido seminal produzido pelo órgão. O ‘estrangulamento’ da uretra causa certa dificuldade de urinar e, eventualmente, de manter a ereção no ato sexual. Porém, as duas últimas implicações foram totalmente resolvidas com remédios que são administrados diariamente”.
Atualmente, o sociólogo de Piracicaba (SP) realiza consultas no HA apenas para acompanhamento. “Por incrível que pareça, é sempre uma alegria ir ao Hospital de Amor ter minhas consultas de acompanhamento. Óbvio que isso se deve ao resultado positivo do procedimento de braquiterapia, mas o afeto e o carinho (principalmente daqueles que trabalharam diretamente na minha luta) são inigualáveis e sempre comemoramos o sucesso do tratamento, o respeito mútuo e a alegria de estarmos com saúde”, finalizou Orson.
Atravessar o oceano Atlântico para poder aprimorar os conhecimentos em um centro oncológico que é referência na América Latina, foi uma grande conquista alcançada por duas enfermeiras de Moçambique, na África. Graças a uma parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as profissionais Esperança Fátima Carma A. Guambe, de 53 anos, e Mendriciana Xavier Guambe, de 28, iniciaram, em dezembro de 2018, um treinamento focado em técnicas de radioterapia, no departamento de Radioterapia do Hospital de Amor.
Moçambique, que está localizado no sudoeste da África, também já foi uma antiga colônia portuguesa. Atualmente, possui 29 milhões de habitantes e uma expectativa de vida inferior a 55 anos de idade. A taxa de pobreza do país é considerada alta: cerca de 54%, com Índice de Desenvolvimento Humano em 0.415. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população de Moçambique sofre com doenças transmissíveis, possui altos índices de mortalidade materna e acidentes que representam 66% de óbitos no país. O câncer é responsável por 4% das mortes, porém, embora o número seja baixo em relação às outras causas, ainda são precárias as condições de rastreio para diagnóstico precoce, atendimento e tratamento oncológico, dificultando as possibilidades de cura dos pacientes.
Segundo as enfermeiras moçambicanas, que atuam no maior hospital do país africano – o Hospital Central de Maputo, situado em Maputo (capital do país) – o tratamento radioterápico (uma das principais formas de terapia para combate ao câncer) ainda não é oferecido aos pacientes de lá. “Quando a equipe médica indica a radioterapia como uma parte do processo do tratamento, apenas os pacientes que possuem recursos financeiros conseguem fazer, pois é necessário realizar o deslocamento para outros países, como a África do Sul, por exemplo”, relatou Mendriciana.
As amigas, que nunca haviam saído do continente africano, ficaram extremamente surpresas ao se depararem com a estrutura e com os equipamentos altamente tecnológicos do Hospital de Amor. Desde dezembro do ano passado na instituição, as profissionais ficarão até o mês de julho, acompanhadas pela equipe de enfermagem do HA, atuando como enfermeiras observacionais e tendo a oportunidade de participar de treinamentos sobre procedimentos de radioterapia. “É nítida a diferença em quase todas as coisas por aqui. As pessoas são muito bacanas, a relação entre colaboradores é de muita gentileza e a relação entre médicos e pacientes é amigável e muito admirável. Fiquei muito surpresa! Espero aprender muito nesses 6 meses, para poder aplicar esse conhecimento lá em Moçambique”, declarou Esperança.
Para a enfermeira do departamento de radioterapia do Hospital, Franciele de Oliveira Gomes, essa troca de experiências é muito importante para ambas as partes. “É notável a falta de acessibilidade e tecnologia no local em que a Esperança e a Mendriciana atuam, por isso, o cronograma de atividades delas aqui no HA inclui o trabalho observacional no setor de radioterapia (por um período de 3 meses) e no de oncologia clínica (por mais 3 meses). Além disso, as moçambicanas conhecerão a cidade de Barretos e outros locais da região”, disse Franciele.
Esperança
A enfermeira, cujo nome reflete o motivo da vinda das duas profissionais africanas para o Brasil, não só realizou o sonho de conhecer o país latino-americano, como também está tendo a chance de aprimorar suas habilidades e levar aprendizado para sua terra natal. Para Esperança, essa experiência está ligada a uma grande responsabilidade, que ela pretende honrar na sua volta a Moçambique. “Creio que é um grande passo poder levar conhecimento ao nosso país. Minha esperança é de que esse discernimento possa ser compartilhado de uma maneira profissional, didática e, como aprendi aqui, com muito amor”, finalizou.
O Hospital de Amor encerrou o ano de 2018 com duas grandes conquistas: a inauguração de unidades de prevenção nos estados do Acre e do Amapá. Só em 2017, a instituição realizou 880.620 atendimentos a pacientes de todo o Brasil, sendo que 6.365 deles foram para pessoas dessas localidades.
Hospital de Amor Rio Branco
No dia 20 de novembro, a capital do estado do Acre, Rio Branco, ganhou um Instituto de Prevenção destinado ao combate dos cânceres de mama e colo do útero ainda em fase inicial. Além do prédio fixo, a população acreana recebeu também duas unidades móveis (carretas) equipadas, que irão integrar o programa de prevenção e percorrer todo os municípios, realizando exames de mamografia e Papanicolaou.
Denominada ‘Hospital de Amor Rio Branco’, a unidade possui capacidade para 8.390 atendimentos por mês, entre exames, atendimentos ambulatoriais e pequenos procedimentos cirúrgicos, e contará com uma equipe composta por médicos de várias especialidades (como mastologistas e ginecologistas), físicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos e assistentes sociais.
Para que o projeto fosse concretizado, o governo do Acre contribuiu com R$ 31 milhões – recursos vindos de uma negociação relacionada a uma multa trabalhista atribuída ao estado.
Hospital de Amor Macapá
Em Macapá, capital do estado do Amapá, a inauguração do Instituto de Prevenção aconteceu no último dia 15 de dezembro de 2018 e contou com a presença do prefeito do município, Clécio Luís, do presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e outras autoridades.
A partir do início deste ano, a população amapaense terá acesso a exames preventivos gratuitamente. O instituto terá capacidade para realizar 500 procedimentos por dia para detecção de câncer de mama e colo de útero, considerados de maior incidência no Amapá. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e o Hospital de Amor pretendem habilitar outras ações para o rastreamento do câncer de próstata, pele, boca, entre outros.
O projeto também contará com uma carreta de diagnóstico para percorrer todo o estado realizando exames preventivos. A estimativa é de que a unidade móvel faça uma média de 130 atendimentos por dia, entre mamografias (para o rastreamento do câncer de mama em mulheres de 40 a 69 anos) e Papanicolaou (para rastreamento do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos).
A implantação do ‘Hospital de Amor Macapá’ só foi possível graças a uma articulação do governo com o HA e a bancada federal, que destinou R$ 22 milhões de emendas. A contrapartida do Estado foi de R$ 3 milhões para obras de infraestrutura nos arredores, como instalações elétrica e hidráulica, sistema de esgoto e obras de mobilidade urbana.
O governo do Estado assinará um convênio com o Hospital de Amor para custear o funcionamento da unidade. O termo será destinado para a manutenção do prédio, recursos humanos, exames, água, luz e internet. O convênio terá custos fixos estabelecidos e variáveis, que dependerão do quantitativo de atendimentos que serão realizados no instituto de prevenção. A contribuição estadual está acontecendo desde 2015, com a articulação para implantação da unidade e doação do terreno para sua construção.
Benefícios
De acordo com o diretor médico das unidades móveis do Hospital de Amor, Dr. Raphael Haikel Júnior, a importância das novas unidades da região Norte do país está na possibilidade de identificação precoce dos cânceres de mama e colo de útero mais facilmente para essa população. “Há 95% de chance de cura para os tumores de mama, quando descobertos em estágios iniciais, e quase 99% para os de colo de útero. Ao identificar a doença rapidamente, a probabilidade é de que o tumor ainda esteja pequeno, o que contribui para que 80% do tratamento seja realizado nos próprios institutos de prevenção. Dessa forma, as mulheres não precisarão ficar distantes de suas famílias, o que é uma grande vantagem”, afirmou.
Para ele, outro benefício está na diminuição de custo, uma vez que o gasto no tratamento de câncer de mama é, inicialmente, de R$ 10 mil. Em estágio avançado, o tratamento da doença pode custar até R$ 140 mil. “Com as novas unidades, será possível levar atendimento de excelência à população dos estados mais carentes em atenção básica de saúde e prevenção. A partir de agora, vamos evitar que as mulheres encontrem tumores em estágios avançados e sem possibilidades de cura”, finalizou Dr. Raphael Haikel Júnior.
Já dizia o famoso poeta brasileiro, Mário Quintana: “Viajar é mudar a roupa da alma”. Uma viagem enche a bagagem de história, nos enriquece de experiências e renova os ares. Os benefícios podem ser tanto físicos quanto psicológicos para aqueles que estão interessados em ‘turistar’ pelo mundo. Sempre focado em desenvolver projetos para os pacientes, acompanhantes e colaboradores do Hospital de Amor, e também com o objetivo de disseminar a humanização e a conscientização sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama, o Instituto Sociocultural da instituição, em parceria com a Azul Linhas Aéreas, lançou, no dia 12 de novembro, o 1º Concurso de Cartas: “Próximo destino: a vitória”.
Contando suas histórias de superação e encorajando as outras pacientes a enfrentar a luta contra o câncer de mama, as participantes (mulheres que realizam ou realizaram tratamento há mais de dois anos no HA) tinham uma missão: escrever uma carta à mão, demonstrando momentos, situações e sentimentos que trouxeram força e coragem para seguir a batalha, e que servissem de inspiração para aquelas que estão iniciando o tratamento.
Ao todo, o Hospital recebeu 25 cartas. Foram 25 relatos diferentes e emocionantes sobre uma mesma fase da vida. Após uma criteriosa avaliação realizada por uma comissão julgadora, formada pela Azul Linhas Aéreas e pelo Instituto Sociocultural, observou-se itens como: tema do concurso; qualidade; nitidez; emprego do português correto e lógica do começo ao fim. Duas mulheres venceram o concurso. O presente delas não poderia ser mais especial: 7 noites com destino a Natal (belíssima capital do Estado do Rio Grande do Norte, localizada na região Nordeste do Brasil), com direito a 1 acompanhante, passagens aéreas de ida e volta, hospedagem em um luxuoso resort e passeios.
A iniciativa
Há nove anos se dedicando de forma intensa a campanha Outubro Rosa e diversas mobilizações contra o câncer de mama, a Azul Linhas Aéreas apoiou essa iniciativa. Após acompanhar a mãe durante o tratamento da doença e ver de perto as dificuldades que esse processo traz para a vida de algumas mulheres, a gerente comercial da Azul Viagens, Izabella Lessa, resolveu abraçar o concurso. “Quando minha mãe descobriu que estava com câncer de mama, estávamos com uma viagem agendada. Por conta das restrições que os procedimentos causam, tivemos que cancelar.
Assim que o tratamento acabou, fomos para Maceió (AL) e eu pude ver o efeito que aquela viagem causou nela. Ela respirava felicidade, se renovou! A partir disso, eu decidi que tinha que fazer isso na vida de outras mulheres. Eu tinha que mostrar a elas que essa ‘passagem’ pode ter um outro lado: neste caso, uma viagem maravilhosa, para que elas aproveitem esses dias de sol, mar e, principalmente, renovação”, contou Izabella.
Vencedoras
O presente foi mais do que merecido. Além de ter a oportunidade de conhecer outra região do país, as duas vencedoras do concurso de cartas poderão viajar, pela primeira vez em suas vidas, de avião.
A professora Luzia Aparecida Gerondo Dionízio da Silva, de Santa Ernestina (SP), município localizado a 115 km de Barretos, terá a chance de realizar uma viagem com o marido, William. Receber a notícia de que eu era uma das ganhadoras foi muito emocionante. Eu senti uma alegria indescritível. Quando a gente descobre que está com câncer, nunca imaginamos que isso irá trazer algum tipo de alegria. Ganhar essa viagem é um conforto diante de tudo o que eu passei. Eu chorei muito de emoção, mas agora estou muito ansiosa para viver tudo isso”, afirmou a professora.
A aposentada Maria Ismar de Freitas Consone, de Colíder, cidade do estado de Mato Grosso, não poder comparecer pessoalmente à entrega do prêmio, mas enviou um recado em agradecimento pela oportunidade. Para ela, a viagem será uma grande chance para descansar e espairecer. “Durante os procedimentos, a gente se sente muito cansada, pois é um tratamento longo e de momentos difíceis. Ganhar esse presente vai me ajudar muito! Há anos eu não vou à praia e eu nunca andei de avião. Estou muito feliz por ter sido contemplada e só tenho que agradecer à Azul e ao Instituto do Hospital de Amor, por fortalecerem e alegrarem o meu coração”, declarou.
Confira os textos das vencedoras do 1º Concurso de Cartas: “Próximo destino: a vitória”.
O Hospital de Amor e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), por meio da assinatura de um convênio, acabam de firmar uma importante parceria, que tem como objetivo desenvolver um estudo clínico inédito na América Latina para tratamento de câncer de próstata metastático. Segundo o coordenador do departamento de medicina nuclear do Hospital de Amor, Dr. Wilson Furlan Alves, os protocolos em fase de teste serão direcionados aos pacientes com câncer de próstata com metástases, que já não respondem a terapia com hormônio ou quimioterapia.
Este estudo permitirá que um grupo de pacientes, que não apresentava mais alternativas de tratamento, tenha acesso a um novo tratamento, ainda não disponível no Brasil, mas que está apresentando excelentes resultados em países da Europa. O intuito é obter, posteriormente, o registro do radiofármaco na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ampliando a possibilidade de tratamento em todo o país.
Durante a parceria, o IPEN será responsável pelo fornecimento do radiofármaco chamado PSMA, marcado com lutécio-177, e o HA recrutará pacientes com características determinadas para receberem este tratamento. “O PSMA é uma molécula que se liga a receptores localizados nas células do câncer de próstata, enquanto o lutécio-177 é um radioisótopo – ou material radioativo – que emite uma radiação (beta) que destrói as células tumorais”, explicou Alves.
O médico nuclear do Hospital de Amor e também um dos principais facilitadores do convênio, Dr. Euclides Timoteo da Rocha, conta que este tratamento ainda é experimental em todos os países nos quais foi iniciado, como Estados Unidos e Austrália. “Ele surgiu há aproximadamente quatro anos na Alemanha e somos os primeiros a realizá-lo na America Latina, o que nos coloca em uma posição bem atualizada”.
Para o Superintendente do IPEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo, a tecnologia nuclear, que inclui a medicina nuclear, está passando por um momento importante no Brasil, em que se discute não apenas a importância da infraestrutura, mas, principalmente, os meios pelos quais os avanços chegam até a população. “O IPEN, com a assinatura desse convênio, faz uma parte disso, tomando a iniciativa disponibilizar novos fármacos, mas sem parceria com instituições como o Hospital de Amor não haveria como colocá-los no mercado. Nós temos como produzir e como fornecer, mas é necessário este outro elo para que este produto volte em benefício para a população”, destacou.
Com estrutura inaugurada em março de 2017, junto ao Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital de Amor, o biotério da instituição deu início, oficialmente, às suas atividades na última semana de novembro, com o I Encontro da Comissão de Ética no Uso de Animais da instituição, marcado pela presença e palestras de dois importantes nomes da área no cenário nacional: Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, pesquisadoras e membros do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O evento reuniu, além da própria Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA-CPOM), pesquisadores e profissionais que farão parte da equipe responsável pela nova área.
Segundo a coordenadora do local, Dra. Silvia Teixeira, o início das atividades completa os diferentes campos da pesquisa na instituição e é um importante passo na busca pela integração com os departamentos clínicos do Hospital, que contemplam no biotério uma possibilidade de novas abordagens terapêuticas. “Também será possível complementar a capacitação dos alunos de pós-graduação e pesquisadores, que terão um novo enfoque para o desenvolvimento de estudos inovadores que poderão levar a uma melhora na qualidade dos tratamentos dos pacientes. As pesquisas poderão ser direcionadas para a busca de terapias ainda mais personalizadas, validação de ensaios in vitro para novos alvos terapêuticos, entre outras. Os resultados poderão indicar medicamentos, ou associação de medicamentos, e terapias que possam ser mais eficazes e poderão implicar em aumento na sobrevida e na qualidade de vida dos pacientes”, explicou.
Durante o evento, as pesquisadoras, Dra. Ekaterina Rivera e Dra. Vera Peters, destacaram a importância da pluralidade da CEUA-CPOM, composta por docentes, pesquisadores, colaboradores das áreas das ciências exatas e biológicas, além de um representante da sociedade protetora dos animais; e afirmaram que tal composição garante uma melhor qualidade na pesquisa e, principalmente, o máximo rigor a todos os princípios éticos na experimentação animal.
Para a médica veterinária, Dra. Ekaterina Riviera, mestre em Ciências de Animais de Laboratório pela Universidade de Londres e Doutora Notório Saber pela Universidade Federal de Goiás (UFG), os princípios do Hospital de Amor guiarão o biotério para que se torne um dos únicos – se não o único – do País a aplicar, de maneira estruturada, o que ela chamou de Cultura da Consciência, que, de forma simplificada, é a responsabilidade e consciência de sua importância por parte de todos os agentes envolvidos no processo, desde a parte administrativa até os profissionais responsáveis pela limpeza.
Silvia esclareceu, ainda, que, para que um projeto seja proposto e aceito, é necessário que a pergunta seja adequada, que todos os outros meios de buscar respostas tenham sido contemplados e que a relevância da pesquisa seja convincente. “Essa é a filosofia de toda a equipe do Biotério, pensamos e buscamos ao máximo propor bem-estar aos animais. Para isso, estamos promovendo todos os cuidados necessários, enriquecimento ambiental adequado durante os processos de criação e experimentação. Pretendemos colaborar com os pesquisadores no direcionamento do projeto, de forma a minimizar o uso de animais, e a promover o cuidado necessário durante o desenvolvimento das pesquisas. Todo esse cuidado não é só por poder interferir nos resultados, gerando viés na pesquisa, mas também porque temos uma grande responsabilidade nesse processo. Toda a estrutura oferecida pelo IEP e pelo CPOM nos permite realizar estes procedimentos de forma adequada. Além disso, o investimento na capacitação da equipe do biotério, visando a qualificação dos colaboradores, permitiu que esse perfil fosse desenvolvido. Com esses cuidados, acreditamos que os resultados poderão levar a um aumento na reprodutibilidade e aplicação dos resultados na clínica, tendo em vista a melhora das condições e qualidade de vida das pessoas com câncer”, finalizou.