1 – INFORMAÇÕES GERAIS
O Instituto de Ensino e Pesquisa torna público seu edital para o processo seletivo de vagas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, para o preenchimento de 2 (duas) vagas de bolsa Institucional destinadas ao projeto internacional intitulado “COVID-19: BEM-ESTAR E QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE (QVRS) EM PACIENTES COM CÂNCER E SOBREVIVENTES”.
Confira a documentação do edital na íntegra e participe:
Edital completo;
Ficha de inscrição;
Projeto;
Resultado.
Um consórcio científico internacional, que contou com a participação do Hospital de Amor e outras instituições brasileiras, americanas e europeias, apresentou os resultados de uma pesquisa que mostra a descoberta de uma mutação genética que pode explicar o porquê de alguns indivíduos terem um risco maior de desenvolver câncer.
O estudo inédito, publicado na Science Advances – uma das revistas científicas mais conceituadas de todo o mundo – que tem como primeira autora a bióloga e pesquisadora brasileira do St. Jude Children’s Research Hospital, Dra. Emilia Modolo Pinto, mostra que pessoas com a mutação R337H no gene TP53, já associada ao desenvolvimento de alguns tumores, podem apresentar uma outra mutação em um segundo gene, denominado XAF1, também transmitida hereditariamente. A pesquisa mostra também que é a presença ou não dessa segunda mutação que define o risco de câncer entre os portadores da R337H.
A pesquisa partiu do intrigante cenário brasileiro, onde portadores da mutação R337H no gene TP53 podem passar a vida sem desenvolver nenhum tumor; outros, apresentando uma forma de câncer; ou, ainda, existindo a associação a casos de uma mesma família com muitos indivíduos com câncer. “Essa variabilidade de apresentação clínica não poderia ser explicada apenas pela R337H. Outro fator genético ou ambiental (ou ambos) deveria estar presente. Então, nesse estudo foi determinado que 69% dos indivíduos que nascem com a mutação R337H do gene TP53 também nascem com a variante E134* no gene XAF1”, conta a pesquisadora.
Em um esforço colaborativo e multidisciplinar, diversas instituições brasileiras enviaram DNA genômico de pacientes com câncer e membros familiares com a mutação R337H. No total, foram estudadas 203 famílias com pelo menos um caso de câncer, das quais 53 fazem o acompanhamento oncogenético no Hospital de Amor, em Barretos (SP). O trabalho também incluiu estudos de laboratório com uso de tecnologias de ponta. “Nesse estudo, estamos mostrando que a presença da mutação R337H, associada à mutação do XAF1 (portanto, mutações em dois genes supressores tumorais), está aumentada nos pacientes com câncer, em particular, nos que apresentavam sarcoma ou naqueles pacientes que tiveram mais de um tumor”, explica.
Até o momento, a presença de duas mutações tão próximas, modulando o risco de câncer nunca havia sido reportada. Segundo a Dra. Emilia Modolo Pinto, a R337H acomete um em cada 300 indivíduos do Sul e do Sudeste do Brasil, mas já é observada com certa relevância em outras regiões do país e até em outros países, por conta do deslocamento natural dessas pessoas. “Nesse trabalho, estamos mostrando que o risco de câncer é maior para quem herda as duas mutações, se comparado com indivíduos que são portadores apenas da R337H”. A pesquisadora explica também que, na prática clínica, ainda é muito cedo para mudanças de protocolo e manejo, mas o rastreamento para as duas mutações deve ser incorporado enquanto se aprofunda o conhecimento sobre o papel dessas duas mutações no acometimento de câncer.
Para o médico geneticista do departamento de oncogenética do HA, que participou do estudo, Dr. Henrique Galvão, esta descoberta contribui para um rastreamento mais preciso entre os portadores da R337H. “Com os resultados do estudo, vamos continuar o trabalho de acompanhamento e incluir o gene XAF1 na prática clínica, com impacto financeiro mínimo para a entidade”. O Hospital de Amor é a única instituição no Brasil que faz o acompanhamento oncogenético de forma gratuita a pacientes e seus familiares. Segundo o geneticista, com os resultados, há a possibilidade de avanço em outros estudos para definir protocolos diferenciados, para os pacientes com e sem a mutação no gene XAF1.
Além do Dr. Henrique Galvão, também contribuíram para o estudo a Dra. Edenir Inez Palmero, docente do programa de pós-graduação em oncologia do hospital, e as discentes do programa de pós-graduação em nível de doutorado da instituição, Cíntia Regina Niederauer Ramos e Sahlua Miguel Volc.
“Alecrim, alecrim dourado, que nasceu no campo sem ser semeado”. Desde muito cedo, as comidinhas já estão no imaginário das crianças. O bom mesmo é quando podem ser degustadas de maneira saudável e segura.
O consumo de alimentos orgânicos pode contribuir com uma boa saúde, embora, muitas vezes, seja um grande desafio devido à correria do dia a dia. Pensando em oferecer alimentos de qualidade e entretenimento aos acompanhantes do Hospital de Amor Infantojuvenil, o departamento de projetos sociais do HA desenvolveu a iniciativa ‘Hortinha de Amor’. A ação ocorre no alojamento Santa Terezinha do Menino Jesus, que é administrado pela equipe do hospital e fica localizado a uma quadra da unidade pediátrica da instituição.
O projeto que teve início em maio deste ano, consiste em reunir os acompanhantes dos pacientes para plantarem e cuidarem das hortaliças na horta comunitária. De acordo com a gerente do Lar de Amor, Lilian Borges, que chefia as atividades, a instituição tem buscado olhar para os pacientes também fora do hospital. “Sabemos que em relação ao tratamento, nós oferecemos o melhor nos mais diversos aspectos, mas quando o paciente está fora do hospital, nos alojamentos ou em casas, infelizmente, eles acabam ficando ociosos e, muitas vezes, ficam tristes, já que muitos pais precisam abrir mão de seus ofícios, hobbies e do convívio com seus familiares e amigos. Esses fatores contribuíram para iniciarmos a hortinha”, declara Lilian.
Com o objetivo de retomar a autonomia das pessoas e melhorar a autoestima dos participantes da ação, o projeto conta com a atuação de alunos do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), através de um projeto de extensão, que agrega com experimentos práticos de química e biologia, permitindo assim aproximar a teoria da prática. Atualmente, dois alunos do IFSP vão semanalmente até o alojamento, onde ensinam sobre o manejo das mudas e das plantas, sempre com supervisão dos professores do instituto.
Para José Carlos Trindade, pai do paciente Keivinson Ricardo, de 10 anos, natural do estado da Bahia, poder passar o tempo na horta funciona como uma terapia. “Estar aqui e poder ajudar é muito bom. Gosto muito quando nós podemos mexer na terra e plantar na horta, dá até saudade de casa”, afirma o lavrador que também é beneficiado pelo projeto, já que vive com o seu filho no alojamento há quatro meses.
De acordo com a nutricionista responsável pela unidade infantojuvenil, Mariana Murra, o consumo de alimentos ricos em agrotóxicos não apenas pelos pacientes, mas por todas as pessoas, é alarmante. A profissional afirma que consumir alimentos orgânicos, como os da horta comunitária, é mais seguro e mais saboroso, o que também contribui para gerar incentivo à uma alimentação mais saudável e balanceada, já que o consumo de alimentos mais seguros nutricionalmente pode aumentar o consumo da chamada “boa comida”.
A alimentação e o tratamento de câncer
Os alimentos orgânicos são os que utilizam técnicas que respeitam o meio ambiente, de modo que não há a utilização de agrotóxicos, nem outros produtos quem possam causar danos à saúde.
A nutricionista afirma que durante as diferentes fases do tratamento, as crianças ficam limitadas a ingerir alimentos crus, o que pode resultar em dificuldade alimentares no futuro. Por este motivo, durante todas as etapas do tramento, incentivar uma alimentação balanceada é extremamente importante. Além das diversas verduras, como alface, almeirão, couve, entre outras possibilidades, os temperos naturais também podem ser cultivados na horta, como: salsinha, cebolinha, hortelã, orégano, manjericão, alecrim, etc.
Mariana também ressalta que a alimentação não saudável é um dos fatores que podem contribuir com o desenvolvimento do câncer. “Quando pensamos em uma alimentação saudável, rica em frutas e verduras (3 a 5 porções ao longo do dia), o próprio consumo contribui na prevenção de diferentes tipos de câncer. Porém, não há alimento milagrosos, há uma alimentação saudável e equilibrada que colabora com a prevenção (antes que a doença se estabeleça). Após a doença já ter se instalado, é importante alinhar o cardápio e evitar alimentos sem valor nutricional” diz Mariana. Também vale ressaltar que o equilíbrio é tudo, ou seja, uma alimentação correta também possui carboidratos, proteínas e gorduras, que devem ser fracionadas ao longo do dia.
Com o objetivo de retomar a autonomia das pessoas e melhorar a autoestima dos participantes da ação, o projeto conta com a atuação de alunos do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).
1 – INFORMAÇÕES GERAIS
O Instituto de Ensino e Pesquisa torna público seu edital para o processo seletivo de vagas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, para o preenchimento de 2 (duas) vagas de bolsa Institucional destinadas ao projeto internacional intitulado “COVID-19: BEM-ESTAR E QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE (QVRS) EM PACIENTES COM CÂNCER E SOBREVIVENTES”.
Confira a documentação do edital na íntegra e participe:
Edital completo;
Ficha de inscrição;
Projeto;
Resultado.
Um consórcio científico internacional, que contou com a participação do Hospital de Amor e outras instituições brasileiras, americanas e europeias, apresentou os resultados de uma pesquisa que mostra a descoberta de uma mutação genética que pode explicar o porquê de alguns indivíduos terem um risco maior de desenvolver câncer.
O estudo inédito, publicado na Science Advances – uma das revistas científicas mais conceituadas de todo o mundo – que tem como primeira autora a bióloga e pesquisadora brasileira do St. Jude Children’s Research Hospital, Dra. Emilia Modolo Pinto, mostra que pessoas com a mutação R337H no gene TP53, já associada ao desenvolvimento de alguns tumores, podem apresentar uma outra mutação em um segundo gene, denominado XAF1, também transmitida hereditariamente. A pesquisa mostra também que é a presença ou não dessa segunda mutação que define o risco de câncer entre os portadores da R337H.
A pesquisa partiu do intrigante cenário brasileiro, onde portadores da mutação R337H no gene TP53 podem passar a vida sem desenvolver nenhum tumor; outros, apresentando uma forma de câncer; ou, ainda, existindo a associação a casos de uma mesma família com muitos indivíduos com câncer. “Essa variabilidade de apresentação clínica não poderia ser explicada apenas pela R337H. Outro fator genético ou ambiental (ou ambos) deveria estar presente. Então, nesse estudo foi determinado que 69% dos indivíduos que nascem com a mutação R337H do gene TP53 também nascem com a variante E134* no gene XAF1”, conta a pesquisadora.
Em um esforço colaborativo e multidisciplinar, diversas instituições brasileiras enviaram DNA genômico de pacientes com câncer e membros familiares com a mutação R337H. No total, foram estudadas 203 famílias com pelo menos um caso de câncer, das quais 53 fazem o acompanhamento oncogenético no Hospital de Amor, em Barretos (SP). O trabalho também incluiu estudos de laboratório com uso de tecnologias de ponta. “Nesse estudo, estamos mostrando que a presença da mutação R337H, associada à mutação do XAF1 (portanto, mutações em dois genes supressores tumorais), está aumentada nos pacientes com câncer, em particular, nos que apresentavam sarcoma ou naqueles pacientes que tiveram mais de um tumor”, explica.
Até o momento, a presença de duas mutações tão próximas, modulando o risco de câncer nunca havia sido reportada. Segundo a Dra. Emilia Modolo Pinto, a R337H acomete um em cada 300 indivíduos do Sul e do Sudeste do Brasil, mas já é observada com certa relevância em outras regiões do país e até em outros países, por conta do deslocamento natural dessas pessoas. “Nesse trabalho, estamos mostrando que o risco de câncer é maior para quem herda as duas mutações, se comparado com indivíduos que são portadores apenas da R337H”. A pesquisadora explica também que, na prática clínica, ainda é muito cedo para mudanças de protocolo e manejo, mas o rastreamento para as duas mutações deve ser incorporado enquanto se aprofunda o conhecimento sobre o papel dessas duas mutações no acometimento de câncer.
Para o médico geneticista do departamento de oncogenética do HA, que participou do estudo, Dr. Henrique Galvão, esta descoberta contribui para um rastreamento mais preciso entre os portadores da R337H. “Com os resultados do estudo, vamos continuar o trabalho de acompanhamento e incluir o gene XAF1 na prática clínica, com impacto financeiro mínimo para a entidade”. O Hospital de Amor é a única instituição no Brasil que faz o acompanhamento oncogenético de forma gratuita a pacientes e seus familiares. Segundo o geneticista, com os resultados, há a possibilidade de avanço em outros estudos para definir protocolos diferenciados, para os pacientes com e sem a mutação no gene XAF1.
Além do Dr. Henrique Galvão, também contribuíram para o estudo a Dra. Edenir Inez Palmero, docente do programa de pós-graduação em oncologia do hospital, e as discentes do programa de pós-graduação em nível de doutorado da instituição, Cíntia Regina Niederauer Ramos e Sahlua Miguel Volc.
“Alecrim, alecrim dourado, que nasceu no campo sem ser semeado”. Desde muito cedo, as comidinhas já estão no imaginário das crianças. O bom mesmo é quando podem ser degustadas de maneira saudável e segura.
O consumo de alimentos orgânicos pode contribuir com uma boa saúde, embora, muitas vezes, seja um grande desafio devido à correria do dia a dia. Pensando em oferecer alimentos de qualidade e entretenimento aos acompanhantes do Hospital de Amor Infantojuvenil, o departamento de projetos sociais do HA desenvolveu a iniciativa ‘Hortinha de Amor’. A ação ocorre no alojamento Santa Terezinha do Menino Jesus, que é administrado pela equipe do hospital e fica localizado a uma quadra da unidade pediátrica da instituição.
O projeto que teve início em maio deste ano, consiste em reunir os acompanhantes dos pacientes para plantarem e cuidarem das hortaliças na horta comunitária. De acordo com a gerente do Lar de Amor, Lilian Borges, que chefia as atividades, a instituição tem buscado olhar para os pacientes também fora do hospital. “Sabemos que em relação ao tratamento, nós oferecemos o melhor nos mais diversos aspectos, mas quando o paciente está fora do hospital, nos alojamentos ou em casas, infelizmente, eles acabam ficando ociosos e, muitas vezes, ficam tristes, já que muitos pais precisam abrir mão de seus ofícios, hobbies e do convívio com seus familiares e amigos. Esses fatores contribuíram para iniciarmos a hortinha”, declara Lilian.
Com o objetivo de retomar a autonomia das pessoas e melhorar a autoestima dos participantes da ação, o projeto conta com a atuação de alunos do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), através de um projeto de extensão, que agrega com experimentos práticos de química e biologia, permitindo assim aproximar a teoria da prática. Atualmente, dois alunos do IFSP vão semanalmente até o alojamento, onde ensinam sobre o manejo das mudas e das plantas, sempre com supervisão dos professores do instituto.
Para José Carlos Trindade, pai do paciente Keivinson Ricardo, de 10 anos, natural do estado da Bahia, poder passar o tempo na horta funciona como uma terapia. “Estar aqui e poder ajudar é muito bom. Gosto muito quando nós podemos mexer na terra e plantar na horta, dá até saudade de casa”, afirma o lavrador que também é beneficiado pelo projeto, já que vive com o seu filho no alojamento há quatro meses.
De acordo com a nutricionista responsável pela unidade infantojuvenil, Mariana Murra, o consumo de alimentos ricos em agrotóxicos não apenas pelos pacientes, mas por todas as pessoas, é alarmante. A profissional afirma que consumir alimentos orgânicos, como os da horta comunitária, é mais seguro e mais saboroso, o que também contribui para gerar incentivo à uma alimentação mais saudável e balanceada, já que o consumo de alimentos mais seguros nutricionalmente pode aumentar o consumo da chamada “boa comida”.
A alimentação e o tratamento de câncer
Os alimentos orgânicos são os que utilizam técnicas que respeitam o meio ambiente, de modo que não há a utilização de agrotóxicos, nem outros produtos quem possam causar danos à saúde.
A nutricionista afirma que durante as diferentes fases do tratamento, as crianças ficam limitadas a ingerir alimentos crus, o que pode resultar em dificuldade alimentares no futuro. Por este motivo, durante todas as etapas do tramento, incentivar uma alimentação balanceada é extremamente importante. Além das diversas verduras, como alface, almeirão, couve, entre outras possibilidades, os temperos naturais também podem ser cultivados na horta, como: salsinha, cebolinha, hortelã, orégano, manjericão, alecrim, etc.
Mariana também ressalta que a alimentação não saudável é um dos fatores que podem contribuir com o desenvolvimento do câncer. “Quando pensamos em uma alimentação saudável, rica em frutas e verduras (3 a 5 porções ao longo do dia), o próprio consumo contribui na prevenção de diferentes tipos de câncer. Porém, não há alimento milagrosos, há uma alimentação saudável e equilibrada que colabora com a prevenção (antes que a doença se estabeleça). Após a doença já ter se instalado, é importante alinhar o cardápio e evitar alimentos sem valor nutricional” diz Mariana. Também vale ressaltar que o equilíbrio é tudo, ou seja, uma alimentação correta também possui carboidratos, proteínas e gorduras, que devem ser fracionadas ao longo do dia.
Com o objetivo de retomar a autonomia das pessoas e melhorar a autoestima dos participantes da ação, o projeto conta com a atuação de alunos do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).