O Hospital de Amor (HA) – referência em oncologia, que acolhe pacientes de todo o país – realiza, entre os dias 17 e 20 de outubro, a 1ª edição do “Rodeio pela Vida”, na cidade de Barretos (SP). O evento, que acontece no Recinto Paulo de Lima Corrêa, em prol do HA, Santa Casa de Misericórdia e entidades assistenciais do município, contará com atrações musicais, rodeio em touros e cavalos (sela americana, bareback e cutiano), provas de Team Penning e Três Tambores.
A equipe de organização, coordenada pelo presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e composta pela comissão de voluntários Renato Junqueira (presidente do Rodeio pela Vida) e Luiz Cândido Junqueira (vice-presidente do Rodeio pela Vida), afirma que a ideia é fixar o “Rodeio pela Vida” no calendário da cidade. “Nosso objetivo é fazer uma festa para toda população de Barretos e região”, afirmou o presidente da comissão. Neste ano, o mesmo formato também será realizado na cidade de Jaborandi (SP).
Atrações
No primeiro dia, 17/10 (quinta-feira), o evento será marcado com show da dupla Edson & Hudson e com o trio de DJs da Make U Sweat (MUS) – composto por Dudu Linhares, Guga Guizelini e Pedro Almeida. No dia 18/10 (sexta-feira), as apresentações ficam por conta das duplas Carreiro & Capataz e Jads & Jadson; e no dia 19/10 (sábado), a dupla sertaneja Munhoz & Mariano e o cantor Juliano Cézar finalizam as atrações musicais, abrilhantando ainda mais essa ação solidária.
Para encerrar a festa, no domingo (20/10), acontece o “Festival do Arroz”, organizado pelos “Amigos do Caçu”, que prometem agradar o público com diversos pratos deliciosos.
De acordo com a comissão organizadora do rodeio, os preços serão acessíveis ao público, para que toda a população de Barretos e região possa prestigiar o evento, aproveitando as atrações e contribuindo com a causa. No dia 17/10, a pista custará R$ 20,00 e a área VIP, R$ 80,00. No dia 18/10, a pista terá o valor de R$ 30,00 e a área VIP, R$ 100,00. No dia 19/10, a pista custará R$ 30,00 e a área VIP, R$ 120,00. Já no domingo, a entrada no Recinto será gratuita e o almoço custará R$ 20,00.
Festival de Arroz
Reunir os amigos, preparar uma boa comida e fazer o bem é o que une os vinte voluntários que promovem o “Festival do Arroz – Amigos do Caçu”. Liderado pelo aposentado Orlando Oliveira Silva, 62 anos, o festival irá encerrar as atrações do 1º ‘Rodeio pela Vida’.
A 1ª edição do festival ocorreu em 2018, em Caçu (GO), e foi um grande sucesso, o que estimulou os organizadores a seguirem com o projeto continuamente, em prol do Hospital de Amor e demais entidade da cidade goiana.
De acordo com Orlando, “ver o sucesso dos cofrinhos do Hospital de Amor e como esse trabalho é importante para a instituição, nos motivou a iniciar esse projeto. Temos o maior prazer de poder participar do rodeio, apenas pela satisfação de conseguir ajudar”, afirma o líder da iniciativa.
A tradicional culinária goiana é a principal referência durante o preparo dos pratos. A grande atração é o famoso arroz com pequi, fruto nativo do cerrado e muito consumido no estado de Goiás e no Norte de Minas Gerais. O fruto, que possui o tamanho aproximado de uma maçã pequena, tem um caroço revestido por uma polpa comestível macia e amarela, que libera seu peculiar sabor. O segredo da preparação é o cuidado necessário com a camada de espinhos extremamente finos que a fruta possui. De acordo com a Embrapa, o fruto é rico em vitaminas A e C, além de possuir propriedades antioxidantes e ácidos graxos, que contribuem com a redução dos níveis de colesterol LDL do sangue.
Outro prato que também promete agradar é o arroz com gariroba, palmeira nativa do cerrado, também conhecida como gueroba, gariroba, gairova e coqueiro-amargoso. O palmito extraído do alimento tem um sabor marcante, pois o seu amargor consegue trazer autenticidade e um sabor forte. O palmito é tão utilizado em Goiás que até existe uma lenda local sobre ele. Segunda a mesma, em tempos de lua cheia, o amargo da gariroba é menor. Já em períodos de lua nova, é maior.
Já os demais pratos do festival, como: arroz com galinha (a tradicional galinhada), arroz com linguiça, arroz com carne seca, bolinho de arroz e arroz com suan de porco são mais comuns nos demais estados do país. E para os amantes de doce, não poderia faltar o clássico arroz doce.
A expectativa dos organizadores é de servir 1.200 pratos, no dia 20 de outubro (último dia do RPV), com estimativa de arrecadação superior a 20 mil reais, em prol do Hospital de Amor, Santa Casa de Misericórdia e entidades assistências de Barretos (SP).
Lançamento
Neste dia 19 de setembro, comissão organizadora, parceiros, doadores, entidades assistenciais, autoridades locais, imprensa e convidados se reuniram no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos, para o lançamento do 1º “Rodeio pela Vida”.
Durante a solenidade, os participantes puderam entender mais detalhes desta grande festa em favor da vida e conhecer as atrações, montarias e provas envolvendo competidores renomados do universo do rodeio. O presidente do HA, Henrique Prata, destacou a importância do apoio da sociedade para a realização desse evento. “Decidimos fazer uma festa com preços acessíveis para que muita gente consiga participar. Aguardamos cinco mil pessoas nos dias de semana e dez mil no final de semana, para conseguir arrecadar recursos. Esperamos plantar essa semente para que, no próximo ano, mais patrocinadores acreditem e abracem a nossa causa. Esperamos que a nossa cidade acolha esse projeto, pois ele foi pensado com muito carinho”, afirmou.
A dupla parceira do hospital e também uma das escolhidas para se apresentar no rodeio, Munhoz & Mariano, prestigiou o evento. Padrinho do coral “Papo Furado”, projeto do HA que reúne pacientes laringectomizados, o cantor Mariano contou sobre seu envolvimento com a instituição e sua gratidão, por ter tido sua mãe curada de um câncer na garganta. “Para nós é mais do que um privilégio estar aqui hoje, pois somos colaboradores do Hospital há bastante tempo. No final do ano passado, eu estive aqui no HA com a minha mãe, quando ela iniciou seu tratamento, e realmente eu pude viver o Hospital de Amor, ficando completamente apaixonado e encantando com o que eu vi. Durante os seis meses que eu fiquei ali, eu pude sentir, a cada dia, um pouco do amor que existe em todas as pessoas que atuam nessa instituição. Hoje, graças a Deus minha mãe está curada e, apesar dela já ter saído do hospital, eu não consigo sair nunca mais! Eu tenho certeza de que o Rodeio pela Vida será muito melhor que muitos outros que existem pelo Brasil e tem de tudo para ser um marco e entrar no calendário anual de festas de Barretos e do país. Só temos que agradecer à equipe, aos colaboradores e a todos que irão contribuir com essa causa”, declarou Mariano.
Para fechar com chave de ouro, a dupla cantou dois dos seus maiores sucessos (“Camaro Amarelo” e “A Bela e a Fera”) com o coral e emocionou todas as pessoas que ali estavam. No final, um delicioso almoço com algumas das delícias do Festival de Arroz foi servido – um convite mais do que especial para a grande festa!
Ingressos
Os ingressos já estão à venda nos seguintes locais: Casa das Fraldas (Bom Jesus), Proservice Auto Posto e Conveniência (Jockey), Lela’s Mania Auto Posto e Conveniência, Bar e Lanchonete do Raimundinho (Baroni), Cantina da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), Cadam (av. 43), Golf Class (North Shopping Barretos), Bão Barretos – Western e Fazendinha Agropecuária e Pet Shop (av. 43).
Em Colina (SP), os pontos de venda são: Paro Verde – Viveiro de Mudas e Misturinha Fina.
Mais informações no departamento de captação de recursos do Hospital de Amor, através do telefone, (17) 3321-6607. Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8:00 às 17:00.
O Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor, ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), realizou, nos últimos dias 13 e 14, seu “VII Simpósio Internacional de Oncologia Translacional”, que reuniu cerca de 180 participantes e mais de 100 trabalhos científicos, entre pôsteres e apresentações orais. O evento trouxe para Barretos (SP) vinte palestrantes que são referência no mundo em pesquisas relacionadas à oncologia.
Entre os temas debatidos, estiveram os últimos desenvolvimentos científicos e tecnológicos da área, como a imunoterapia translacional e novos modelos experimentais promissores, entre os quais, o potencial uso terapêutico do vírus da Zika, trazido pela bióloga molecular e geneticista Mayana Zatz, reconhecida internacionalmente pela defesa e pioneirismo no estudo com células-tronco no Brasil. A pesquisadora, que aproveitou a estadia em Barretos para conhecer a estrutura oferecida pelo HA, tanto em pesquisa quanto em assistência, mostrou-se impressionada com a ciência realizada pela instituição e ressaltou a importância de continuar dedicando esforços nesse campo. “Investir em ciência é, absolutamente, essencial. Naturalmente, é mais compreensível quando se investe em ciência aplicada à parte clínica, mas não podemos esquecer da ciência básica. Estar aqui me trouxe uma visão extremamente otimista sobre como é possível fazer ciência de primeiro mundo, apesar das dificuldades, e as possibilidades de expandir isso”.
Para o diretor executivo e científico do IEP e coordenador do CPOM, Dr. Rui Reis, a participação de palestrantes que apresentaram suas próprias experiências e resultados em temas altamente relevantes dentro da oncologia translacional, que faz a ponte entre a pesquisa básica e sua aplicação clínica, foi o grande diferencial do evento, além da descentralização do conhecimento que, no Brasil, acaba de restringindo aos grandes centros e capitais. “O simpósio, em sua sétima edição, tem gerado vários frutos e parcerias nacionais e internacionais entre os centros de referência de todo o mundo, o que traz, consequentemente, mais know-how e expertise para os grupos envolvidos. Acima de tudo, cria-se uma cultura científica com um alto padrão de excelência, que leva certamente ao crescimento de todos”.
O evento se encerrou com a promessa de uma próxima edição para 2021, que deverá acontecer novamente no mês de setembro.
Confira também o vídeo sobre o encontro:
No dia 30 de agosto, o presidente do Hospital de Amor (HA), Henrique Prata, junto dos diretores, médicos e colaboradores da instituição, recebeu um importante visitante: o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças. O motivo do encontro foi ainda mais especial: a entrega da doação de cinco motorhomes (veículos equipados com espaço de convivência e a estrutura encontrada em uma residência, conhecido como ‘casa sobre rodas’) à instituição.
A doação – permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica – só foi possível porque, graças ao avanço dos processos digitais, não há mais a necessidade de o Judiciário ter unidades itinerantes. Depois de os veículos passarem por dois leilões sem êxito de venda, a Presidência do TJSP optou pela doação ao HA. Os micro-ônibus serão utilizados pelo centro oncológico na realização de exames e transporte de equipe multidisciplinar e de passageiros.
Para oficializar o ato, Henrique Prata e Pereira Calças assinaram o Termo de Doação, em uma cerimônia realizada no auditório do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do hospital. Também participaram a esposa do desembargador, Maria Amélia Junqueira de Andrade Pereira Calças; o coordenador da 14ª Circunscrição Judiciária – Barretos, desembargador Fábio de Oliveira Quadros; os magistrados de Barretos Fernanda Martins Perpetuo de Lima Vazquez (1ª Vara Criminal e diretora do fórum), Luciano de Oliveira Silva (2ª Vara Criminal e coordenador da Associação Paulista de Magistrados na comarca, representando o presidente da Apamagis) e Hélio Alberto de Oliveira Serra e Navarro (auxiliar); os juízes Hermano Flávio Montanini de Castro (Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Bebedouro) e Hélio Rubens Pereira Navarro (aposentado e integrante do Conselho Curador do Hospital de Amor); os promotores de Justiça da Comarca de Barretos Renato Gonçalves Azevedo (representando o procurador-geral de Justiça) e Walter de Souza Vicentini Vilela; e o delegado seccional de Polícia de Barretos, José Luiz Ramos Cavalcanti.
Após a solenidade, o desembargador conheceu as instalações do Hospital de Amor Infantojuvenil, Lar de Amor, Fábrica de Unidades Móveis, Instituto de Prevenção e Instituto de Ensino e Pesquisa da instituição. “Essa obra tem que ser mostrada para o Brasil e para o mundo. Vocês são do amor e trabalham no Hospital de Amor. Tive aqui uma visão importante da oncologia humanista, tive uma aula com os médicos que me receberam. Fico muito feliz que os veículos possam servir a essa instituição de saúde. Esses veículos são do contribuinte e o que o hospital faz pelo contribuinte paulista, não tem preço. Não é o Tribunal de Justiça que está doando e sim o povo paulista, que está devolvendo um pouco do que recebe”, afirmou Pereira Calças.
Para Henrique Prata, o momento foi de emoção. “Nossos ônibus estão sucateados porque damos prioridade à compra de remédios. Temos muito orgulho em receber essa doação do Poder Judiciário e sua presença é motivo de reconhecimento ao trabalho que fazemos com a medicina pública, que é superior à privada. Em câncer, se não restabelecermos a autoestima do paciente, o remédio não faz efeito. Aqui, todas as pessoas são tratadas de forma igual e com o mesmo amor”, finalizou o presidente.
O Hospital de Amor – referência em oncologia, que acolhe pacientes de todo o país – realizou, no dia 2 de setembro, seu evento anual de prestação de contas, referente ao ano de 2018. O “Amigos pela Vida” aconteceu em Barretos (SP), no alojamento Lar de Amor, e reuniu representantes de empresas parceiras da instituição, com objetivo de apresentar, com transparência, o trabalho desenvolvido pelo hospital, além de conscientizar a sociedade sobre a importância das contribuições.
Apresentando o montante de aproximadamente R$ 69.400 milhões captados, o encontro ressaltou a necessidade dos recursos para custear todas as 34 unidades (fixas e móveis) espalhadas pelo Brasil, que realizam exames, tratamento e cirurgias com profissionalismo e humanização.
A abertura da solenidade contou com a presença do presidente da instituição, Henrique Prata, que enalteceu o apoio recebido para a manutenção de projetos da entidade. “Agradeço aos doadores e parceiros por serem entusiastas do trabalho que realizamos. É gratificante perceber que nossos resultados são alcançados pelas doações, pelo empenho, pela dedicação e pelo envolvimento de toda população”, afirmou.
Durante a cerimônia – que também teve apresentações do Dr. Luiz Fernando Lopes (diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil); Dra. Neysimélia Villela (médica coordenadora da unidade de transplante de medula óssea do Hospital de Amor Infantojuvenil); Kelly de Brito Coelho (secretária de assistência social e desenvolvimento humano do município de Barretos); Anna Carolina Romão Abdo (assistente de projetos sociais do Hospital de Amor); e Henrique Moraes Prata (diretor de responsabilidade social do Hospital de Amor) – os participantes puderam assistir a uma apresentação musical, realizada pelos pacientes da unidade infantojuvenil e um emocionante relato de Marcelo Marcon, o famoso Palhaço Mingal.
Após um delicioso almoço servido no IRCAD América Latina, eles se dividiram em grupos para visitar o novo Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico, a ala de Reabilitação, o Instituto de Ensino e Pesquisa e o Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos de atenção do idoso do HA).
Para o diretor-executivo da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), João Paulo Vergueiro, as organizações da sociedade civil, como o Hospital de Amor, são mantidas, principalmente, com o apoio de quem acredita nelas, ou seja, com a doação de empresas e indivíduos que entendem o impacto que esta instituição traz para vida das pessoas. “Eventos como o “Amigos pela Vida” são fundamentais justamente porque reforçam esse vínculo do HA com seus doadores, inspiram as pessoas a doar mais e mostram transparência e resultado do que está sendo realizado. É, portanto, uma oportunidade para fortalecer o relacionamento do Hospital de Amor com a comunidade. E a gente sai de lá com a vontade de doar ainda mais”, declarou.
Segundo o diretor de responsabilidade social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata, o evento deste ano representou um amadurecimento dos ‘amigos pela vida’ desde sua primeira edição, o que pode ser comprovado pelo entusiasmo dos participantes e renovações de parcerias durante a visita dos doadores. “Abrir as portas e acolher os amigos e apoiadores (pessoas físicas e jurídicas) é uma obrigação de todas as instituições filantrópicas”, esclareceu.
Números de 2018
Em 2018, a maior captação de recursos veio por meio da Lei do Idoso: foram repassados R$ 54.577.370,71. Já o projeto relacionado à Lei da Criança e do Adolescente, apresentado ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente de Barretos, arrecadou R$ 6.253.215,93 – valor totalmente utilizado no tratamento de pacientes da unidade infantojuvenil do HA.
Os projetos por meio da Lei Rouanet, apresentados pelo Instituto Sociocultural HCB, renderam R$ 3.874.713,43, levando também cultura e alegria aos pacientes, familiares, cuidadores e colaboradores. Através do Pronon, foram recebidos R$ 4.756.528,22 para o projeto de rastreamento e detecção precoce de tumores; e para o Pronas, foram arrecadados R$ 1.597.168,85 para os dois projetos de ampliação do serviço de reabilitação do paciente oncológico.
“Por tudo isso e pelo que está por vir, agradecemos a todas as pessoas físicas e jurídicas que apoiam e ancoram nossas esperanças com generosidade e carinho. Essas ações são fundamentais para o funcionamento e a manutenção dos 11 hospitais fixos de prevenção, cinco unidades de tratamento e mais 18 unidades móveis do Hospital de Amor, que beneficiam milhares de pessoas”, finalizou o diretor de responsabilidade social do HA.
O evento de prestação de contas é realizado anualmente. Se você é doador do Hospital de Amor, empresário ou tem interesse em saber mais sobre a instituição, basta encaminhar um e-mail para escritoriosp@hcancerbarretos.com.br, ou acessar: hospitaldeamor.com.br/incentivofiscal.
“Alecrim, alecrim dourado, que nasceu no campo sem ser semeado”. Desde muito cedo, as comidinhas já estão no imaginário das crianças. O bom mesmo é quando podem ser degustadas de maneira saudável e segura.
O consumo de alimentos orgânicos pode contribuir com uma boa saúde, embora, muitas vezes, seja um grande desafio devido à correria do dia a dia. Pensando em oferecer alimentos de qualidade e entretenimento aos acompanhantes do Hospital de Amor Infantojuvenil, o departamento de projetos sociais do HA desenvolveu a iniciativa ‘Hortinha de Amor’. A ação ocorre no alojamento Santa Terezinha do Menino Jesus, que é administrado pela equipe do hospital e fica localizado a uma quadra da unidade pediátrica da instituição.
O projeto que teve início em maio deste ano, consiste em reunir os acompanhantes dos pacientes para plantarem e cuidarem das hortaliças na horta comunitária. De acordo com a gerente do Lar de Amor, Lilian Borges, que chefia as atividades, a instituição tem buscado olhar para os pacientes também fora do hospital. “Sabemos que em relação ao tratamento, nós oferecemos o melhor nos mais diversos aspectos, mas quando o paciente está fora do hospital, nos alojamentos ou em casas, infelizmente, eles acabam ficando ociosos e, muitas vezes, ficam tristes, já que muitos pais precisam abrir mão de seus ofícios, hobbies e do convívio com seus familiares e amigos. Esses fatores contribuíram para iniciarmos a hortinha”, declara Lilian.
Com o objetivo de retomar a autonomia das pessoas e melhorar a autoestima dos participantes da ação, o projeto conta com a atuação de alunos do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), através de um projeto de extensão, que agrega com experimentos práticos de química e biologia, permitindo assim aproximar a teoria da prática. Atualmente, dois alunos do IFSP vão semanalmente até o alojamento, onde ensinam sobre o manejo das mudas e das plantas, sempre com supervisão dos professores do instituto.
Para José Carlos Trindade, pai do paciente Keivinson Ricardo, de 10 anos, natural do estado da Bahia, poder passar o tempo na horta funciona como uma terapia. “Estar aqui e poder ajudar é muito bom. Gosto muito quando nós podemos mexer na terra e plantar na horta, dá até saudade de casa”, afirma o lavrador que também é beneficiado pelo projeto, já que vive com o seu filho no alojamento há quatro meses.
De acordo com a nutricionista responsável pela unidade infantojuvenil, Mariana Murra, o consumo de alimentos ricos em agrotóxicos não apenas pelos pacientes, mas por todas as pessoas, é alarmante. A profissional afirma que consumir alimentos orgânicos, como os da horta comunitária, é mais seguro e mais saboroso, o que também contribui para gerar incentivo à uma alimentação mais saudável e balanceada, já que o consumo de alimentos mais seguros nutricionalmente pode aumentar o consumo da chamada “boa comida”.
A alimentação e o tratamento de câncer
Os alimentos orgânicos são os que utilizam técnicas que respeitam o meio ambiente, de modo que não há a utilização de agrotóxicos, nem outros produtos quem possam causar danos à saúde.
A nutricionista afirma que durante as diferentes fases do tratamento, as crianças ficam limitadas a ingerir alimentos crus, o que pode resultar em dificuldade alimentares no futuro. Por este motivo, durante todas as etapas do tramento, incentivar uma alimentação balanceada é extremamente importante. Além das diversas verduras, como alface, almeirão, couve, entre outras possibilidades, os temperos naturais também podem ser cultivados na horta, como: salsinha, cebolinha, hortelã, orégano, manjericão, alecrim, etc.
Mariana também ressalta que a alimentação não saudável é um dos fatores que podem contribuir com o desenvolvimento do câncer. “Quando pensamos em uma alimentação saudável, rica em frutas e verduras (3 a 5 porções ao longo do dia), o próprio consumo contribui na prevenção de diferentes tipos de câncer. Porém, não há alimento milagrosos, há uma alimentação saudável e equilibrada que colabora com a prevenção (antes que a doença se estabeleça). Após a doença já ter se instalado, é importante alinhar o cardápio e evitar alimentos sem valor nutricional” diz Mariana. Também vale ressaltar que o equilíbrio é tudo, ou seja, uma alimentação correta também possui carboidratos, proteínas e gorduras, que devem ser fracionadas ao longo do dia.
Com o objetivo de retomar a autonomia das pessoas e melhorar a autoestima dos participantes da ação, o projeto conta com a atuação de alunos do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).
O nutricionista é um profissional da área da saúde que estuda os alimentos e o efeito que eles produzem nos organismos. Ele pode atuar em diversas áreas, desde a prescrição de dietas para indivíduos até o acompanhamento de atletas profissionais, passando por pesquisa, entre outros.
No dia 31 de agosto é celebrado, anualmente, o Dia do Nutricionista – data que recorda a criação da Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN), fundada no ano de 1949. O Hospital de Amor, preocupado em oferecer o melhor e mais digno tratamento aos seus pacientes, reconhece a importância deste especialista e aproveita a data para homenageá-lo.
Dentro de um centro de tratamento oncológico, este profissional exerce funções tanto na produção de refeições, quanto na área clínica. Os nutricionistas de produção acompanham toda a cadeia de recebimento até a distribuição dos alimentos, garantindo condições higiênico-sanitárias adequadas e qualidade no alimento servido ao paciente e ao colaborador da instituição. “O papel do nutricionista é fundamental para a boa saúde do indivíduo. Em um centro oncológico, esta função torna-se ainda mais importante, já que os pacientes, muitas vezes, estão com seu estado nutricional prejudicado pela doença ou pelo tratamento. Comer é uma ação simples, porém de um significado e de uma importância enorme. Devolver, facilitar e/ou melhorar esta atividade na vida de um indivíduo é mais do que nutrir o organismo, é alimentar sua esperança de viver melhor”, afirmou a coordenadora do departamento de nutrição do HA, Camila Avi.
Nutricionistas no Hospital de Amor
O departamento de nutrição do Hospital de Amor conta com 113 colaboradores (técnicos, administrativos e operacionais), dentre eles, 14 são nutricionistas, que se dividem entre as unidades: central, Hospital de Amor Infantojuvenil, Hospital São Judas Tadeu – a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso, Hospital Nossa Senhora, AME, alojamentos e creche.
São 3 toneladas (em média) de alimentos produzidas por dia e 200 mil (em média) refeições servidas por mês. E não são só os pacientes que recebem acompanhamento nutricional. De acordo com a coordenadora, o cardápio destinado aos colaboradores da instituição, que contém café da manhã, almoço, jantar e ceia, também é elaborado de forma balanceada, afim de atender todas as necessidades nutricionais. “Há um controle higiênico-sanitário para garantir a segurança alimentar e saúde do indivíduo. Além disso, em datas comemorativas, a equipe prepara um cardápio diferenciado, com o objetivo de acolher o funcionário, para que ele tenha uma refeição mais agradável”, esclareceu Camila.
A importância das doações
A mobilização da sociedade é de extrema relevância para o bom andamento do setor de nutrição do Hospital de Amor. Em média, 60% dos alimentos utilizados pela instituição vêm de doação.
Entre os alimentos doados mais solicitados, destacam-se: arroz, feijão, café, açúcar, óleo, leite, macarrão, fubá, sal, vinagre, achocolatado e biscoitos, por serem alimentos utilizados diariamente pela entidade.
Com um déficit mensal de mais de R$ 24 milhões e dependendo dos mais diversos tipos de doações para manter suas portas abertas e oferecer um tratamento de excelência a seus pacientes, o Hospital de Amor (HA) também conta com um projeto de arrecadação de recursos voltado ao agronegócio. ‘O Agro Contra o Câncer’ busca atingir todos os setores do segmento no país, tanto na área de produção de matéria-prima, quanto na agroindústria, para combater uma doença que só no Brasil afeta mais de meio milhão de pessoas todos os anos.
A iniciativa surgiu após uma conversa dos empresários barretenses, Geovane Barroti e José Rubens de Carvalho (conhecido como ‘Rubikinho’ e coordenador do projeto), na tentativa de encontrar outras formas de arrecadação para o Hospital diferente das já existentes. A primeira ação foi solicitar aos produtores de laranja a doação de alguns caminhões, tendo uma ótima adesão por parte deles. “Foi a partir daí que nasceu ‘O Agro Contra o Câncer’, inicialmente voltado para a soja, cana, café e boi, e agora abrangendo todo o meio rural”, afirmou o coordenador.
O público-alvo são os produtores rurais, as indústrias processadoras de matéria-prima e as de insumos em geral. A parceria começou com o Frigorífico Minerva, em novembro de 2017, mas, desde janeiro de 2018, várias outras empresas do setor, como por exemplo, Estrela, Marfrig e JBS, já estão engajadas. Além dos frigoríficos, quatro usinas, uma cooperativa de café e um armazém de recebimento e comercialização de soja estão envolvidos no projeto. “Tudo o que estiver relacionado ao agro está na nossa mira! As doações pedidas são muito razoáveis, mas, com o volume de adesões, tornam-se valores expressivos. Estamos solicitando sempre um percentual da produção no momento da comercialização dos produtos”, explicou Rubikinho.
Apesar do setor ainda ser pouco explorado pela instituição, o coordenador (também produtor rural na cidade de Barretos/SP e Miranorte/SP) está otimista quanto aos resultados que o Hospital de Amor receberá com a nova forma de arrecadação. “Queremos alcançar todos os estados do país. Não estamos pedindo uma doação única, mas sim parceiros fiéis, que vão nos doar todas as vezes em que comercializarem seus produtos. Desta forma, esperamos sanar uma boa parte do déficit mensal que a instituição possui”, finalizou.
Se você deseja contribuir com o projeto e receber mais informações, basta ligar para: (17) 3321-6600, ramal 6624, ou enviar um e-mail para: rubikinho@hcancerbarretos.com.br.
Você também pode salvar vidas
Confira as várias formas de ajudar o Hospital de Amor em: hospitaldeamor.com.br/ajude.
Mais de 15 mil redações enviadas por alunos de aproximadamente 300 escolas de todo o estado de São Paulo. Estes são os números do 7º Concurso de Redação do Hospital de Amor, organizado pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) da instituição, que se encerrou na sexta-feira, 9 de agosto, com a premiação dos cinco finalistas e anúncio da grande vencedora: Joana Albuquerque Copetti. A cerimônia, que reuniu alunos e professores de Barretos (SP) e região, contou com a presença do secretário executivo de educação do estado de São Paulo, Haroldo Corrêa Rocha, além da dirigente regional de ensino de Barretos, Solange de Oliveira Bellini, do diretor executivo e científico do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, Rui Reis, e do diretor de extensão do IEP, Vinicius de Lima Vazquez.
Nos três dias que antecederam a premiação, os finalistas participaram de um estágio guiado no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do HA, onde puderam conhecer, na prática, a rotina dos pesquisadores e saber mais sobre o seu papel na instituição. “O Concurso de Redação tem como principal objetivo difundir o conhecimento, popularizar a ciência e estimular jovens talentos na investigação científica, por isso, entendemos que é extremamente importante proporcionar esta experiência aos autores das melhores redações. É uma maneira de trazê-los para mais perto desta realidade e, quem sabe, despertá-los para uma futura profissão”, ressaltou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. Além do estágio, a primeira colocada também ganhou um notebook, assim como, a sua professora orientadora, e os demais finalistas foram premiados com tablets.
Haroldo Corrêa Rocha, que visitou a instituição pela primeira vez, enfatizou a importância da ação e reafirmou o compromisso da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que é parceria do projeto desde 2016. “Sabemos do valor – e as dificuldades – em se trabalhar com Saúde e Educação e é louvável a maneira como essas duas áreas tão essenciais se unem aqui. Com certeza é um exemplo a ser replicado!”.
O concurso é voltado aos alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental II e, neste ano, trouxe como tema central “Alimentação saudável e atividade física: de olho no futuro sem câncer colorretal”, onde os alunos puderam refletir sobre prevenção, as influências ambientais e os fatores externos que estão associados ao desenvolvimento do câncer colorretal, que, apesar de pouco falado, é o terceiro mais frequente entre homens.
Confira a classificação dos finalistas de 2019:
1º lugar: Joana Albuquerque Copetti
Unidade Escolar: E.E. Manoel Silveira Bueno
Cidade: Borborema (SP)
Diretoria de Ensino: Taquaritinga (SP)
2º lugar: Yzadora Calza Siqueira
Unidade Escolar: E. E. Conde do Pinhal
Cidade: São Carlos (SP)
Diretoria de Ensino: São Carlos (SP)
3º lugar: Emanuelle Carvalho Oliveira
Unidade Escolar: E. E. Professora Regina Dias Antunes da Silva
Cidade: Apiaí (SP)
Diretoria de Ensino: Apiaí (SP)
4º lugar: Adrian Mais dos Santos de Jesus
Unidade Escolar: E.E. João Jacinto do Nascimento
Cidade: Ibaté (SP)
Diretoria de Ensino: São Carlos (SP)
5º lugar: Gabriela Marini de Lima
Unidade Escolar: E. E. Doutora Isabel Campos
Cidade: Presidente Venceslau (SP)
Diretoria de Ensino: Santo Anastácio (SP)
O departamento de radioterapia do Hospital de Amor deu mais um grande passo no que se refere à tecnologia e excelência e publicou, no dia 23 de outubro de 2018, na revista científica BMC Cancer (um periódico médico de acesso aberto, revisado por profissionais que publicam pesquisas originais sobre câncer e oncologia), um estudo chamado HIPO-CP. Trata-se de um ensaio clínico feito no HA com o objetivo de estudar a viabilidade de se realizar um tratamento com “radioterapia acelerada”, associado com quimioterapia, para o tratamento de câncer de cabeça e pescoço.
Através de uma tecnologia chamada IMRT (do inglês intensity modulated radiation therapy) foi possível comprovar a segurança do tratamento, que passou a ter duração de apenas 4 semanas, ao invés de 7, e resultados expressivos à doença. Pioneiro no Brasil, o estudo também foi o primeiro no mundo a usar cisplatina (quimioterapia mais recomendada para se associar à radioterapia nesta doença).
De acordo com o coordenador científico do departamento de radioterapia do Hospital de Amor, Dr. Alexandre Arthur Jacinto, mais de 160 pacientes em tratamento de câncer de cabeça e pescoço na instituição já foram beneficiados com a radioterapia acelerada. “A partir deste método, abre-se um novo potencial de estudo em câncer de cabeça e pescoço e uma mudança no padrão de tratamento para este tipo de doença”, afirmou.
Os benefícios
Segundo o médico, quando falamos em câncer, estamos nos referindo a uma doença muito agressiva, onde os tratamentos acelerados podem ser bem mais efetivos. Além disso, trata-se de uma enfermidade muito frequente no mundo todo, sendo mais frequente e com maiores taxas de mortalidade em países com menos recursos de saúde, especialmente aqueles com baixo acesso à radioterapia, como é o caso do Brasil.
Graças ao estudo, é possível oferecer um tratamento com potencial maior de cura e com tempo de duração mais rápido que o habitual, permitindo que o paciente volte para sua casa antes, já que a grande maioria dos pacientes do HA viajam longas distâncias para receber tratamento. “Apesar de todos esses benefícios, o maior impacto deste estudo é a possibilidade de se otimizar o uso dos poucos equipamentos de radioterapia existentes no país, onde há longas filas de espera para se conseguir realizar o procedimento. É importante lembrarmos que, infelizmente, muitos pacientes morrem antes mesmo de se conseguir receber a radioterapia por falta de acesso ao tratamento. Isso é uma realidade não apenas do nosso país, mas de muitos outros também”, declarou Jacinto.
Dentre todos os benefícios proporcionados pela radioterapia acelerada, estão:
1) Maior potencial de cura para uma doença tão frequente e grave;
2) Tratamento mais rápido e pacientes com retornos antecipados para suas casas;
3) Mais acesso dos pacientes com câncer ao tratamento de radioterapia, já que o procedimento será encurtado.
Atualmente, o departamento de radioterapia do Hospital de Amor está participando de um grande projeto de pesquisa internacional, que visa comparar este tratamento de radioterapia acelerada, com a radioterapia convencional. Trata-se do HYPNO TRIAL – coordenado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). O estudo multicêntrico já recrutou 700 pacientes, entre 850 previstos.
A boa notícia é que o Hospital de Amor é considerado um dos maiores centros em termos de taxas de inclusão no estudo.
Para ter acesso à publicação do estudo referente à radioterapia acelerada, clique aqui.
A quimioterapia é um dos principais tipos de tratamento no combate ao câncer. Trata-se de uma terapia que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor. Estes remédios se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células ruins que estão formando a doença e impedindo, também, que elas se espalhem pelo organismo.
Para esclarecer as principais dúvidas sobre a quimioterapia e sua importância na luta contra o câncer, eliminar os mitos envolvendo esse tipo de tratamento e ainda saber mais informações sobre seus efeitos colaterais, o Hospital de Amor traz uma entrevista exclusiva com o oncologista clínico da instituição, Dr. Luís Eduardo Zucca. Confira!
1) Qual é o principal objetivo da quimioterapia no tratamento de câncer?
R.: Existem 4 tipos de tratamento com quimioterapia:
• A quimioterapia neoadjuvante: esse tipo de quimioterapia é utilizado antes de um tratamento curativo para um tumor localizado. Geralmente, faz-se sessões de quimioterapia para tentar a redução do tumor e, assim, no tratamento curativo (seja ele com radioterapia ou cirurgia), o resultado ser mais efetivo e eficaz. Dessa forma, há menos riscos do desenvolvimento de comorbidades (surgimento de outras doenças em simultâneo) para o paciente.
• A quimioterapia adjuvante: utilizada após um tratamento curativo (seja ele em cirurgia ou radioterapia), tem o objetivo de diminuir e tentar matar todas as micrometástases (células cancerígenas se multiplicam num local distante para formar pequenos tumores) que possivelmente possam ter ficado no corpo, diminuindo assim as chances do câncer voltar.
• A quimioterapia paliativa: como o próprio nome diz, serve para paliar (amenizar) os sintomas dos pacientes. Podem ser pacientes que estejam com dor (proporcionando a melhora a deles com o uso da quimioterapia) e, por última instância, para melhorar a sobrevida com medicamentos quimioterápicos paliativos nos casos de pacientes com tumores metastáticos (quando o câncer se espalha além do local de origem para outras partes do corpo).
• A quimioterapia concomitante à radioterapia: nestes casos, a quimioterapia serve como um veículo para aumentar a potência da radioterapia.
2) Ela é indicada para quais tipos de tumores?
R.: A quimioterapia (seja ela neoadjuvante, adjuvante, paliativa ou concomitante à radioterapia) é indicada para a maioria dos tumores malignos.
3) Como é realizado o procedimento?
R.: Existem, basicamente, 2 tipos principais de procedimentos quimioterápicos: a quimioterapia intravenosa (pela veia), na qual o paciente é puncionado por uma veia periférica ou mesmo por um port-a-cath (dispositivo colocado pelo cirurgião dentro de uma veia mais calibrosa – aquelas com maior dilatação – no corpo do paciente); e a quimioterapia injetável, que é feita em ambientes preparados para receber a quimioterapia com um enfermeiro especializado. Geralmente, os pacientes ficam de 30 minutos até 6 horas fazendo quimioterapia intravenosa. Além disso, existem também as quimioterapias administradas por via oral, nas quais o paciente leva para casa os comprimidos orais e ingere de acordo com o esquema quimioterápico que o médico fornece para ele.
4) Existe mais de um tipo de quimioterapia?
R.: Existem vários tipos de quimioterapias, desde as específicas para certo tipo de tumor, até a quimioterapia que nós tratamos para uma variedade de tumores.
5) Existem efeitos colaterais na utilização da quimioterapia? Quais?
R.: As quimioterapias têm alguns efeitos colaterais manejáveis. Dependendo do esquema de quimioterapia que o paciente recebe, podem ocasionar náuseas, vômitos, cansaço, fadiga e baixa energia. A questão central, também dependendo do esquema de quimioterapia, é que geralmente os tratamentos quimioterápicos não matam apenas as células ruins, atingindo células boas que se multiplicam rapidamente (como cabelo e unha). Então, alguns esquemas quimioterápicos podem ocasionar a queda de cabelo e algumas alterações, mas também as células de defesa do nosso corpo. Dessa forma, em alguns casos, elas podem deixar o nosso corpo mais vulnerável a infecções.
6) Quando esses efeitos aparecem, o que é preciso fazer?
R.: Quando qualquer um desses efeitos aparecer é necessário procurar o seu médico e procurar o hospital. Por exemplo, para os pacientes que estão fazendo quimioterapia e têm febre, a primeira recomendação indicada é a procura do Hospital para passar pela avaliação do médico, pois como a quimioterapia também mata as células boas, o corpo fica vulnerável à infecção. Uma vez que o paciente tenha infecção e células de defesa baixa, nós, médicos, precisamos iniciar antibióticos e terapias o mais rápido possível. Mas, existem outros efeitos colaterais também manejáveis, como náuseas, vômitos, fadigas, inclusive queda de cabelo.
7) Qual é o tempo mínimo e qual é o tempo máximo de duração da quimioterapia?
R.: Existem vários tempos de quimioterapia, desde as que duram 15 minutos, como a blaumicina; aquelas que podem durar o dia inteiro, como a cisplatina; ou até a quimioterapia que o paciente vai para casa com um dispositivo e a quimioterapia fica correndo durante 48 horas dentro do seu organismo.
8) O paciente que é submetido a esse tipo de tratamento pode seguir sua rotina de atividades/trabalho normalmente?
R.: Dependendo do tipo de quimioterapia e do esquema quimioterápico, sim, é possível viver normalmente, inclusive trabalhando, estudando, fazendo as atividades diárias. Isso porque, hoje em dia, a maioria dos efeitos colaterais é bastante controlável, porém, sempre é necessário respeitar o próprio corpo.
9) Em média, quais são os custos da quimioterapia?
R.: O custo da quimioterapia também é variável, desde quimioterapias mais baratas, até aquelas que custam de 20 a 30 mil reais por mês.
O Hospital de Amor (HA) – referência em oncologia, que acolhe pacientes de todo o país – realiza, entre os dias 17 e 20 de outubro, a 1ª edição do “Rodeio pela Vida”, na cidade de Barretos (SP). O evento, que acontece no Recinto Paulo de Lima Corrêa, em prol do HA, Santa Casa de Misericórdia e entidades assistenciais do município, contará com atrações musicais, rodeio em touros e cavalos (sela americana, bareback e cutiano), provas de Team Penning e Três Tambores.
A equipe de organização, coordenada pelo presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, e composta pela comissão de voluntários Renato Junqueira (presidente do Rodeio pela Vida) e Luiz Cândido Junqueira (vice-presidente do Rodeio pela Vida), afirma que a ideia é fixar o “Rodeio pela Vida” no calendário da cidade. “Nosso objetivo é fazer uma festa para toda população de Barretos e região”, afirmou o presidente da comissão. Neste ano, o mesmo formato também será realizado na cidade de Jaborandi (SP).
Atrações
No primeiro dia, 17/10 (quinta-feira), o evento será marcado com show da dupla Edson & Hudson e com o trio de DJs da Make U Sweat (MUS) – composto por Dudu Linhares, Guga Guizelini e Pedro Almeida. No dia 18/10 (sexta-feira), as apresentações ficam por conta das duplas Carreiro & Capataz e Jads & Jadson; e no dia 19/10 (sábado), a dupla sertaneja Munhoz & Mariano e o cantor Juliano Cézar finalizam as atrações musicais, abrilhantando ainda mais essa ação solidária.
Para encerrar a festa, no domingo (20/10), acontece o “Festival do Arroz”, organizado pelos “Amigos do Caçu”, que prometem agradar o público com diversos pratos deliciosos.
De acordo com a comissão organizadora do rodeio, os preços serão acessíveis ao público, para que toda a população de Barretos e região possa prestigiar o evento, aproveitando as atrações e contribuindo com a causa. No dia 17/10, a pista custará R$ 20,00 e a área VIP, R$ 80,00. No dia 18/10, a pista terá o valor de R$ 30,00 e a área VIP, R$ 100,00. No dia 19/10, a pista custará R$ 30,00 e a área VIP, R$ 120,00. Já no domingo, a entrada no Recinto será gratuita e o almoço custará R$ 20,00.
Festival de Arroz
Reunir os amigos, preparar uma boa comida e fazer o bem é o que une os vinte voluntários que promovem o “Festival do Arroz – Amigos do Caçu”. Liderado pelo aposentado Orlando Oliveira Silva, 62 anos, o festival irá encerrar as atrações do 1º ‘Rodeio pela Vida’.
A 1ª edição do festival ocorreu em 2018, em Caçu (GO), e foi um grande sucesso, o que estimulou os organizadores a seguirem com o projeto continuamente, em prol do Hospital de Amor e demais entidade da cidade goiana.
De acordo com Orlando, “ver o sucesso dos cofrinhos do Hospital de Amor e como esse trabalho é importante para a instituição, nos motivou a iniciar esse projeto. Temos o maior prazer de poder participar do rodeio, apenas pela satisfação de conseguir ajudar”, afirma o líder da iniciativa.
A tradicional culinária goiana é a principal referência durante o preparo dos pratos. A grande atração é o famoso arroz com pequi, fruto nativo do cerrado e muito consumido no estado de Goiás e no Norte de Minas Gerais. O fruto, que possui o tamanho aproximado de uma maçã pequena, tem um caroço revestido por uma polpa comestível macia e amarela, que libera seu peculiar sabor. O segredo da preparação é o cuidado necessário com a camada de espinhos extremamente finos que a fruta possui. De acordo com a Embrapa, o fruto é rico em vitaminas A e C, além de possuir propriedades antioxidantes e ácidos graxos, que contribuem com a redução dos níveis de colesterol LDL do sangue.
Outro prato que também promete agradar é o arroz com gariroba, palmeira nativa do cerrado, também conhecida como gueroba, gariroba, gairova e coqueiro-amargoso. O palmito extraído do alimento tem um sabor marcante, pois o seu amargor consegue trazer autenticidade e um sabor forte. O palmito é tão utilizado em Goiás que até existe uma lenda local sobre ele. Segunda a mesma, em tempos de lua cheia, o amargo da gariroba é menor. Já em períodos de lua nova, é maior.
Já os demais pratos do festival, como: arroz com galinha (a tradicional galinhada), arroz com linguiça, arroz com carne seca, bolinho de arroz e arroz com suan de porco são mais comuns nos demais estados do país. E para os amantes de doce, não poderia faltar o clássico arroz doce.
A expectativa dos organizadores é de servir 1.200 pratos, no dia 20 de outubro (último dia do RPV), com estimativa de arrecadação superior a 20 mil reais, em prol do Hospital de Amor, Santa Casa de Misericórdia e entidades assistências de Barretos (SP).
Lançamento
Neste dia 19 de setembro, comissão organizadora, parceiros, doadores, entidades assistenciais, autoridades locais, imprensa e convidados se reuniram no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata, em Barretos, para o lançamento do 1º “Rodeio pela Vida”.
Durante a solenidade, os participantes puderam entender mais detalhes desta grande festa em favor da vida e conhecer as atrações, montarias e provas envolvendo competidores renomados do universo do rodeio. O presidente do HA, Henrique Prata, destacou a importância do apoio da sociedade para a realização desse evento. “Decidimos fazer uma festa com preços acessíveis para que muita gente consiga participar. Aguardamos cinco mil pessoas nos dias de semana e dez mil no final de semana, para conseguir arrecadar recursos. Esperamos plantar essa semente para que, no próximo ano, mais patrocinadores acreditem e abracem a nossa causa. Esperamos que a nossa cidade acolha esse projeto, pois ele foi pensado com muito carinho”, afirmou.
A dupla parceira do hospital e também uma das escolhidas para se apresentar no rodeio, Munhoz & Mariano, prestigiou o evento. Padrinho do coral “Papo Furado”, projeto do HA que reúne pacientes laringectomizados, o cantor Mariano contou sobre seu envolvimento com a instituição e sua gratidão, por ter tido sua mãe curada de um câncer na garganta. “Para nós é mais do que um privilégio estar aqui hoje, pois somos colaboradores do Hospital há bastante tempo. No final do ano passado, eu estive aqui no HA com a minha mãe, quando ela iniciou seu tratamento, e realmente eu pude viver o Hospital de Amor, ficando completamente apaixonado e encantando com o que eu vi. Durante os seis meses que eu fiquei ali, eu pude sentir, a cada dia, um pouco do amor que existe em todas as pessoas que atuam nessa instituição. Hoje, graças a Deus minha mãe está curada e, apesar dela já ter saído do hospital, eu não consigo sair nunca mais! Eu tenho certeza de que o Rodeio pela Vida será muito melhor que muitos outros que existem pelo Brasil e tem de tudo para ser um marco e entrar no calendário anual de festas de Barretos e do país. Só temos que agradecer à equipe, aos colaboradores e a todos que irão contribuir com essa causa”, declarou Mariano.
Para fechar com chave de ouro, a dupla cantou dois dos seus maiores sucessos (“Camaro Amarelo” e “A Bela e a Fera”) com o coral e emocionou todas as pessoas que ali estavam. No final, um delicioso almoço com algumas das delícias do Festival de Arroz foi servido – um convite mais do que especial para a grande festa!
Ingressos
Os ingressos já estão à venda nos seguintes locais: Casa das Fraldas (Bom Jesus), Proservice Auto Posto e Conveniência (Jockey), Lela’s Mania Auto Posto e Conveniência, Bar e Lanchonete do Raimundinho (Baroni), Cantina da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), Cadam (av. 43), Golf Class (North Shopping Barretos), Bão Barretos – Western e Fazendinha Agropecuária e Pet Shop (av. 43).
Em Colina (SP), os pontos de venda são: Paro Verde – Viveiro de Mudas e Misturinha Fina.
Mais informações no departamento de captação de recursos do Hospital de Amor, através do telefone, (17) 3321-6607. Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8:00 às 17:00.
O Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor, ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), realizou, nos últimos dias 13 e 14, seu “VII Simpósio Internacional de Oncologia Translacional”, que reuniu cerca de 180 participantes e mais de 100 trabalhos científicos, entre pôsteres e apresentações orais. O evento trouxe para Barretos (SP) vinte palestrantes que são referência no mundo em pesquisas relacionadas à oncologia.
Entre os temas debatidos, estiveram os últimos desenvolvimentos científicos e tecnológicos da área, como a imunoterapia translacional e novos modelos experimentais promissores, entre os quais, o potencial uso terapêutico do vírus da Zika, trazido pela bióloga molecular e geneticista Mayana Zatz, reconhecida internacionalmente pela defesa e pioneirismo no estudo com células-tronco no Brasil. A pesquisadora, que aproveitou a estadia em Barretos para conhecer a estrutura oferecida pelo HA, tanto em pesquisa quanto em assistência, mostrou-se impressionada com a ciência realizada pela instituição e ressaltou a importância de continuar dedicando esforços nesse campo. “Investir em ciência é, absolutamente, essencial. Naturalmente, é mais compreensível quando se investe em ciência aplicada à parte clínica, mas não podemos esquecer da ciência básica. Estar aqui me trouxe uma visão extremamente otimista sobre como é possível fazer ciência de primeiro mundo, apesar das dificuldades, e as possibilidades de expandir isso”.
Para o diretor executivo e científico do IEP e coordenador do CPOM, Dr. Rui Reis, a participação de palestrantes que apresentaram suas próprias experiências e resultados em temas altamente relevantes dentro da oncologia translacional, que faz a ponte entre a pesquisa básica e sua aplicação clínica, foi o grande diferencial do evento, além da descentralização do conhecimento que, no Brasil, acaba de restringindo aos grandes centros e capitais. “O simpósio, em sua sétima edição, tem gerado vários frutos e parcerias nacionais e internacionais entre os centros de referência de todo o mundo, o que traz, consequentemente, mais know-how e expertise para os grupos envolvidos. Acima de tudo, cria-se uma cultura científica com um alto padrão de excelência, que leva certamente ao crescimento de todos”.
O evento se encerrou com a promessa de uma próxima edição para 2021, que deverá acontecer novamente no mês de setembro.
Confira também o vídeo sobre o encontro:
No dia 30 de agosto, o presidente do Hospital de Amor (HA), Henrique Prata, junto dos diretores, médicos e colaboradores da instituição, recebeu um importante visitante: o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças. O motivo do encontro foi ainda mais especial: a entrega da doação de cinco motorhomes (veículos equipados com espaço de convivência e a estrutura encontrada em uma residência, conhecido como ‘casa sobre rodas’) à instituição.
A doação – permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica – só foi possível porque, graças ao avanço dos processos digitais, não há mais a necessidade de o Judiciário ter unidades itinerantes. Depois de os veículos passarem por dois leilões sem êxito de venda, a Presidência do TJSP optou pela doação ao HA. Os micro-ônibus serão utilizados pelo centro oncológico na realização de exames e transporte de equipe multidisciplinar e de passageiros.
Para oficializar o ato, Henrique Prata e Pereira Calças assinaram o Termo de Doação, em uma cerimônia realizada no auditório do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do hospital. Também participaram a esposa do desembargador, Maria Amélia Junqueira de Andrade Pereira Calças; o coordenador da 14ª Circunscrição Judiciária – Barretos, desembargador Fábio de Oliveira Quadros; os magistrados de Barretos Fernanda Martins Perpetuo de Lima Vazquez (1ª Vara Criminal e diretora do fórum), Luciano de Oliveira Silva (2ª Vara Criminal e coordenador da Associação Paulista de Magistrados na comarca, representando o presidente da Apamagis) e Hélio Alberto de Oliveira Serra e Navarro (auxiliar); os juízes Hermano Flávio Montanini de Castro (Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Bebedouro) e Hélio Rubens Pereira Navarro (aposentado e integrante do Conselho Curador do Hospital de Amor); os promotores de Justiça da Comarca de Barretos Renato Gonçalves Azevedo (representando o procurador-geral de Justiça) e Walter de Souza Vicentini Vilela; e o delegado seccional de Polícia de Barretos, José Luiz Ramos Cavalcanti.
Após a solenidade, o desembargador conheceu as instalações do Hospital de Amor Infantojuvenil, Lar de Amor, Fábrica de Unidades Móveis, Instituto de Prevenção e Instituto de Ensino e Pesquisa da instituição. “Essa obra tem que ser mostrada para o Brasil e para o mundo. Vocês são do amor e trabalham no Hospital de Amor. Tive aqui uma visão importante da oncologia humanista, tive uma aula com os médicos que me receberam. Fico muito feliz que os veículos possam servir a essa instituição de saúde. Esses veículos são do contribuinte e o que o hospital faz pelo contribuinte paulista, não tem preço. Não é o Tribunal de Justiça que está doando e sim o povo paulista, que está devolvendo um pouco do que recebe”, afirmou Pereira Calças.
Para Henrique Prata, o momento foi de emoção. “Nossos ônibus estão sucateados porque damos prioridade à compra de remédios. Temos muito orgulho em receber essa doação do Poder Judiciário e sua presença é motivo de reconhecimento ao trabalho que fazemos com a medicina pública, que é superior à privada. Em câncer, se não restabelecermos a autoestima do paciente, o remédio não faz efeito. Aqui, todas as pessoas são tratadas de forma igual e com o mesmo amor”, finalizou o presidente.
O Hospital de Amor – referência em oncologia, que acolhe pacientes de todo o país – realizou, no dia 2 de setembro, seu evento anual de prestação de contas, referente ao ano de 2018. O “Amigos pela Vida” aconteceu em Barretos (SP), no alojamento Lar de Amor, e reuniu representantes de empresas parceiras da instituição, com objetivo de apresentar, com transparência, o trabalho desenvolvido pelo hospital, além de conscientizar a sociedade sobre a importância das contribuições.
Apresentando o montante de aproximadamente R$ 69.400 milhões captados, o encontro ressaltou a necessidade dos recursos para custear todas as 34 unidades (fixas e móveis) espalhadas pelo Brasil, que realizam exames, tratamento e cirurgias com profissionalismo e humanização.
A abertura da solenidade contou com a presença do presidente da instituição, Henrique Prata, que enalteceu o apoio recebido para a manutenção de projetos da entidade. “Agradeço aos doadores e parceiros por serem entusiastas do trabalho que realizamos. É gratificante perceber que nossos resultados são alcançados pelas doações, pelo empenho, pela dedicação e pelo envolvimento de toda população”, afirmou.
Durante a cerimônia – que também teve apresentações do Dr. Luiz Fernando Lopes (diretor médico do Hospital de Amor Infantojuvenil); Dra. Neysimélia Villela (médica coordenadora da unidade de transplante de medula óssea do Hospital de Amor Infantojuvenil); Kelly de Brito Coelho (secretária de assistência social e desenvolvimento humano do município de Barretos); Anna Carolina Romão Abdo (assistente de projetos sociais do Hospital de Amor); e Henrique Moraes Prata (diretor de responsabilidade social do Hospital de Amor) – os participantes puderam assistir a uma apresentação musical, realizada pelos pacientes da unidade infantojuvenil e um emocionante relato de Marcelo Marcon, o famoso Palhaço Mingal.
Após um delicioso almoço servido no IRCAD América Latina, eles se dividiram em grupos para visitar o novo Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico, a ala de Reabilitação, o Instituto de Ensino e Pesquisa e o Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos de atenção do idoso do HA).
Para o diretor-executivo da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), João Paulo Vergueiro, as organizações da sociedade civil, como o Hospital de Amor, são mantidas, principalmente, com o apoio de quem acredita nelas, ou seja, com a doação de empresas e indivíduos que entendem o impacto que esta instituição traz para vida das pessoas. “Eventos como o “Amigos pela Vida” são fundamentais justamente porque reforçam esse vínculo do HA com seus doadores, inspiram as pessoas a doar mais e mostram transparência e resultado do que está sendo realizado. É, portanto, uma oportunidade para fortalecer o relacionamento do Hospital de Amor com a comunidade. E a gente sai de lá com a vontade de doar ainda mais”, declarou.
Segundo o diretor de responsabilidade social do Hospital de Amor, Henrique Moraes Prata, o evento deste ano representou um amadurecimento dos ‘amigos pela vida’ desde sua primeira edição, o que pode ser comprovado pelo entusiasmo dos participantes e renovações de parcerias durante a visita dos doadores. “Abrir as portas e acolher os amigos e apoiadores (pessoas físicas e jurídicas) é uma obrigação de todas as instituições filantrópicas”, esclareceu.
Números de 2018
Em 2018, a maior captação de recursos veio por meio da Lei do Idoso: foram repassados R$ 54.577.370,71. Já o projeto relacionado à Lei da Criança e do Adolescente, apresentado ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente de Barretos, arrecadou R$ 6.253.215,93 – valor totalmente utilizado no tratamento de pacientes da unidade infantojuvenil do HA.
Os projetos por meio da Lei Rouanet, apresentados pelo Instituto Sociocultural HCB, renderam R$ 3.874.713,43, levando também cultura e alegria aos pacientes, familiares, cuidadores e colaboradores. Através do Pronon, foram recebidos R$ 4.756.528,22 para o projeto de rastreamento e detecção precoce de tumores; e para o Pronas, foram arrecadados R$ 1.597.168,85 para os dois projetos de ampliação do serviço de reabilitação do paciente oncológico.
“Por tudo isso e pelo que está por vir, agradecemos a todas as pessoas físicas e jurídicas que apoiam e ancoram nossas esperanças com generosidade e carinho. Essas ações são fundamentais para o funcionamento e a manutenção dos 11 hospitais fixos de prevenção, cinco unidades de tratamento e mais 18 unidades móveis do Hospital de Amor, que beneficiam milhares de pessoas”, finalizou o diretor de responsabilidade social do HA.
O evento de prestação de contas é realizado anualmente. Se você é doador do Hospital de Amor, empresário ou tem interesse em saber mais sobre a instituição, basta encaminhar um e-mail para escritoriosp@hcancerbarretos.com.br, ou acessar: hospitaldeamor.com.br/incentivofiscal.
“Alecrim, alecrim dourado, que nasceu no campo sem ser semeado”. Desde muito cedo, as comidinhas já estão no imaginário das crianças. O bom mesmo é quando podem ser degustadas de maneira saudável e segura.
O consumo de alimentos orgânicos pode contribuir com uma boa saúde, embora, muitas vezes, seja um grande desafio devido à correria do dia a dia. Pensando em oferecer alimentos de qualidade e entretenimento aos acompanhantes do Hospital de Amor Infantojuvenil, o departamento de projetos sociais do HA desenvolveu a iniciativa ‘Hortinha de Amor’. A ação ocorre no alojamento Santa Terezinha do Menino Jesus, que é administrado pela equipe do hospital e fica localizado a uma quadra da unidade pediátrica da instituição.
O projeto que teve início em maio deste ano, consiste em reunir os acompanhantes dos pacientes para plantarem e cuidarem das hortaliças na horta comunitária. De acordo com a gerente do Lar de Amor, Lilian Borges, que chefia as atividades, a instituição tem buscado olhar para os pacientes também fora do hospital. “Sabemos que em relação ao tratamento, nós oferecemos o melhor nos mais diversos aspectos, mas quando o paciente está fora do hospital, nos alojamentos ou em casas, infelizmente, eles acabam ficando ociosos e, muitas vezes, ficam tristes, já que muitos pais precisam abrir mão de seus ofícios, hobbies e do convívio com seus familiares e amigos. Esses fatores contribuíram para iniciarmos a hortinha”, declara Lilian.
Com o objetivo de retomar a autonomia das pessoas e melhorar a autoestima dos participantes da ação, o projeto conta com a atuação de alunos do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), através de um projeto de extensão, que agrega com experimentos práticos de química e biologia, permitindo assim aproximar a teoria da prática. Atualmente, dois alunos do IFSP vão semanalmente até o alojamento, onde ensinam sobre o manejo das mudas e das plantas, sempre com supervisão dos professores do instituto.
Para José Carlos Trindade, pai do paciente Keivinson Ricardo, de 10 anos, natural do estado da Bahia, poder passar o tempo na horta funciona como uma terapia. “Estar aqui e poder ajudar é muito bom. Gosto muito quando nós podemos mexer na terra e plantar na horta, dá até saudade de casa”, afirma o lavrador que também é beneficiado pelo projeto, já que vive com o seu filho no alojamento há quatro meses.
De acordo com a nutricionista responsável pela unidade infantojuvenil, Mariana Murra, o consumo de alimentos ricos em agrotóxicos não apenas pelos pacientes, mas por todas as pessoas, é alarmante. A profissional afirma que consumir alimentos orgânicos, como os da horta comunitária, é mais seguro e mais saboroso, o que também contribui para gerar incentivo à uma alimentação mais saudável e balanceada, já que o consumo de alimentos mais seguros nutricionalmente pode aumentar o consumo da chamada “boa comida”.
A alimentação e o tratamento de câncer
Os alimentos orgânicos são os que utilizam técnicas que respeitam o meio ambiente, de modo que não há a utilização de agrotóxicos, nem outros produtos quem possam causar danos à saúde.
A nutricionista afirma que durante as diferentes fases do tratamento, as crianças ficam limitadas a ingerir alimentos crus, o que pode resultar em dificuldade alimentares no futuro. Por este motivo, durante todas as etapas do tramento, incentivar uma alimentação balanceada é extremamente importante. Além das diversas verduras, como alface, almeirão, couve, entre outras possibilidades, os temperos naturais também podem ser cultivados na horta, como: salsinha, cebolinha, hortelã, orégano, manjericão, alecrim, etc.
Mariana também ressalta que a alimentação não saudável é um dos fatores que podem contribuir com o desenvolvimento do câncer. “Quando pensamos em uma alimentação saudável, rica em frutas e verduras (3 a 5 porções ao longo do dia), o próprio consumo contribui na prevenção de diferentes tipos de câncer. Porém, não há alimento milagrosos, há uma alimentação saudável e equilibrada que colabora com a prevenção (antes que a doença se estabeleça). Após a doença já ter se instalado, é importante alinhar o cardápio e evitar alimentos sem valor nutricional” diz Mariana. Também vale ressaltar que o equilíbrio é tudo, ou seja, uma alimentação correta também possui carboidratos, proteínas e gorduras, que devem ser fracionadas ao longo do dia.
Com o objetivo de retomar a autonomia das pessoas e melhorar a autoestima dos participantes da ação, o projeto conta com a atuação de alunos do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).
O nutricionista é um profissional da área da saúde que estuda os alimentos e o efeito que eles produzem nos organismos. Ele pode atuar em diversas áreas, desde a prescrição de dietas para indivíduos até o acompanhamento de atletas profissionais, passando por pesquisa, entre outros.
No dia 31 de agosto é celebrado, anualmente, o Dia do Nutricionista – data que recorda a criação da Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN), fundada no ano de 1949. O Hospital de Amor, preocupado em oferecer o melhor e mais digno tratamento aos seus pacientes, reconhece a importância deste especialista e aproveita a data para homenageá-lo.
Dentro de um centro de tratamento oncológico, este profissional exerce funções tanto na produção de refeições, quanto na área clínica. Os nutricionistas de produção acompanham toda a cadeia de recebimento até a distribuição dos alimentos, garantindo condições higiênico-sanitárias adequadas e qualidade no alimento servido ao paciente e ao colaborador da instituição. “O papel do nutricionista é fundamental para a boa saúde do indivíduo. Em um centro oncológico, esta função torna-se ainda mais importante, já que os pacientes, muitas vezes, estão com seu estado nutricional prejudicado pela doença ou pelo tratamento. Comer é uma ação simples, porém de um significado e de uma importância enorme. Devolver, facilitar e/ou melhorar esta atividade na vida de um indivíduo é mais do que nutrir o organismo, é alimentar sua esperança de viver melhor”, afirmou a coordenadora do departamento de nutrição do HA, Camila Avi.
Nutricionistas no Hospital de Amor
O departamento de nutrição do Hospital de Amor conta com 113 colaboradores (técnicos, administrativos e operacionais), dentre eles, 14 são nutricionistas, que se dividem entre as unidades: central, Hospital de Amor Infantojuvenil, Hospital São Judas Tadeu – a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso, Hospital Nossa Senhora, AME, alojamentos e creche.
São 3 toneladas (em média) de alimentos produzidas por dia e 200 mil (em média) refeições servidas por mês. E não são só os pacientes que recebem acompanhamento nutricional. De acordo com a coordenadora, o cardápio destinado aos colaboradores da instituição, que contém café da manhã, almoço, jantar e ceia, também é elaborado de forma balanceada, afim de atender todas as necessidades nutricionais. “Há um controle higiênico-sanitário para garantir a segurança alimentar e saúde do indivíduo. Além disso, em datas comemorativas, a equipe prepara um cardápio diferenciado, com o objetivo de acolher o funcionário, para que ele tenha uma refeição mais agradável”, esclareceu Camila.
A importância das doações
A mobilização da sociedade é de extrema relevância para o bom andamento do setor de nutrição do Hospital de Amor. Em média, 60% dos alimentos utilizados pela instituição vêm de doação.
Entre os alimentos doados mais solicitados, destacam-se: arroz, feijão, café, açúcar, óleo, leite, macarrão, fubá, sal, vinagre, achocolatado e biscoitos, por serem alimentos utilizados diariamente pela entidade.
Com um déficit mensal de mais de R$ 24 milhões e dependendo dos mais diversos tipos de doações para manter suas portas abertas e oferecer um tratamento de excelência a seus pacientes, o Hospital de Amor (HA) também conta com um projeto de arrecadação de recursos voltado ao agronegócio. ‘O Agro Contra o Câncer’ busca atingir todos os setores do segmento no país, tanto na área de produção de matéria-prima, quanto na agroindústria, para combater uma doença que só no Brasil afeta mais de meio milhão de pessoas todos os anos.
A iniciativa surgiu após uma conversa dos empresários barretenses, Geovane Barroti e José Rubens de Carvalho (conhecido como ‘Rubikinho’ e coordenador do projeto), na tentativa de encontrar outras formas de arrecadação para o Hospital diferente das já existentes. A primeira ação foi solicitar aos produtores de laranja a doação de alguns caminhões, tendo uma ótima adesão por parte deles. “Foi a partir daí que nasceu ‘O Agro Contra o Câncer’, inicialmente voltado para a soja, cana, café e boi, e agora abrangendo todo o meio rural”, afirmou o coordenador.
O público-alvo são os produtores rurais, as indústrias processadoras de matéria-prima e as de insumos em geral. A parceria começou com o Frigorífico Minerva, em novembro de 2017, mas, desde janeiro de 2018, várias outras empresas do setor, como por exemplo, Estrela, Marfrig e JBS, já estão engajadas. Além dos frigoríficos, quatro usinas, uma cooperativa de café e um armazém de recebimento e comercialização de soja estão envolvidos no projeto. “Tudo o que estiver relacionado ao agro está na nossa mira! As doações pedidas são muito razoáveis, mas, com o volume de adesões, tornam-se valores expressivos. Estamos solicitando sempre um percentual da produção no momento da comercialização dos produtos”, explicou Rubikinho.
Apesar do setor ainda ser pouco explorado pela instituição, o coordenador (também produtor rural na cidade de Barretos/SP e Miranorte/SP) está otimista quanto aos resultados que o Hospital de Amor receberá com a nova forma de arrecadação. “Queremos alcançar todos os estados do país. Não estamos pedindo uma doação única, mas sim parceiros fiéis, que vão nos doar todas as vezes em que comercializarem seus produtos. Desta forma, esperamos sanar uma boa parte do déficit mensal que a instituição possui”, finalizou.
Se você deseja contribuir com o projeto e receber mais informações, basta ligar para: (17) 3321-6600, ramal 6624, ou enviar um e-mail para: rubikinho@hcancerbarretos.com.br.
Você também pode salvar vidas
Confira as várias formas de ajudar o Hospital de Amor em: hospitaldeamor.com.br/ajude.
Mais de 15 mil redações enviadas por alunos de aproximadamente 300 escolas de todo o estado de São Paulo. Estes são os números do 7º Concurso de Redação do Hospital de Amor, organizado pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC) da instituição, que se encerrou na sexta-feira, 9 de agosto, com a premiação dos cinco finalistas e anúncio da grande vencedora: Joana Albuquerque Copetti. A cerimônia, que reuniu alunos e professores de Barretos (SP) e região, contou com a presença do secretário executivo de educação do estado de São Paulo, Haroldo Corrêa Rocha, além da dirigente regional de ensino de Barretos, Solange de Oliveira Bellini, do diretor executivo e científico do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, Rui Reis, e do diretor de extensão do IEP, Vinicius de Lima Vazquez.
Nos três dias que antecederam a premiação, os finalistas participaram de um estágio guiado no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do HA, onde puderam conhecer, na prática, a rotina dos pesquisadores e saber mais sobre o seu papel na instituição. “O Concurso de Redação tem como principal objetivo difundir o conhecimento, popularizar a ciência e estimular jovens talentos na investigação científica, por isso, entendemos que é extremamente importante proporcionar esta experiência aos autores das melhores redações. É uma maneira de trazê-los para mais perto desta realidade e, quem sabe, despertá-los para uma futura profissão”, ressaltou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. Além do estágio, a primeira colocada também ganhou um notebook, assim como, a sua professora orientadora, e os demais finalistas foram premiados com tablets.
Haroldo Corrêa Rocha, que visitou a instituição pela primeira vez, enfatizou a importância da ação e reafirmou o compromisso da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que é parceria do projeto desde 2016. “Sabemos do valor – e as dificuldades – em se trabalhar com Saúde e Educação e é louvável a maneira como essas duas áreas tão essenciais se unem aqui. Com certeza é um exemplo a ser replicado!”.
O concurso é voltado aos alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental II e, neste ano, trouxe como tema central “Alimentação saudável e atividade física: de olho no futuro sem câncer colorretal”, onde os alunos puderam refletir sobre prevenção, as influências ambientais e os fatores externos que estão associados ao desenvolvimento do câncer colorretal, que, apesar de pouco falado, é o terceiro mais frequente entre homens.
Confira a classificação dos finalistas de 2019:
1º lugar: Joana Albuquerque Copetti
Unidade Escolar: E.E. Manoel Silveira Bueno
Cidade: Borborema (SP)
Diretoria de Ensino: Taquaritinga (SP)
2º lugar: Yzadora Calza Siqueira
Unidade Escolar: E. E. Conde do Pinhal
Cidade: São Carlos (SP)
Diretoria de Ensino: São Carlos (SP)
3º lugar: Emanuelle Carvalho Oliveira
Unidade Escolar: E. E. Professora Regina Dias Antunes da Silva
Cidade: Apiaí (SP)
Diretoria de Ensino: Apiaí (SP)
4º lugar: Adrian Mais dos Santos de Jesus
Unidade Escolar: E.E. João Jacinto do Nascimento
Cidade: Ibaté (SP)
Diretoria de Ensino: São Carlos (SP)
5º lugar: Gabriela Marini de Lima
Unidade Escolar: E. E. Doutora Isabel Campos
Cidade: Presidente Venceslau (SP)
Diretoria de Ensino: Santo Anastácio (SP)
O departamento de radioterapia do Hospital de Amor deu mais um grande passo no que se refere à tecnologia e excelência e publicou, no dia 23 de outubro de 2018, na revista científica BMC Cancer (um periódico médico de acesso aberto, revisado por profissionais que publicam pesquisas originais sobre câncer e oncologia), um estudo chamado HIPO-CP. Trata-se de um ensaio clínico feito no HA com o objetivo de estudar a viabilidade de se realizar um tratamento com “radioterapia acelerada”, associado com quimioterapia, para o tratamento de câncer de cabeça e pescoço.
Através de uma tecnologia chamada IMRT (do inglês intensity modulated radiation therapy) foi possível comprovar a segurança do tratamento, que passou a ter duração de apenas 4 semanas, ao invés de 7, e resultados expressivos à doença. Pioneiro no Brasil, o estudo também foi o primeiro no mundo a usar cisplatina (quimioterapia mais recomendada para se associar à radioterapia nesta doença).
De acordo com o coordenador científico do departamento de radioterapia do Hospital de Amor, Dr. Alexandre Arthur Jacinto, mais de 160 pacientes em tratamento de câncer de cabeça e pescoço na instituição já foram beneficiados com a radioterapia acelerada. “A partir deste método, abre-se um novo potencial de estudo em câncer de cabeça e pescoço e uma mudança no padrão de tratamento para este tipo de doença”, afirmou.
Os benefícios
Segundo o médico, quando falamos em câncer, estamos nos referindo a uma doença muito agressiva, onde os tratamentos acelerados podem ser bem mais efetivos. Além disso, trata-se de uma enfermidade muito frequente no mundo todo, sendo mais frequente e com maiores taxas de mortalidade em países com menos recursos de saúde, especialmente aqueles com baixo acesso à radioterapia, como é o caso do Brasil.
Graças ao estudo, é possível oferecer um tratamento com potencial maior de cura e com tempo de duração mais rápido que o habitual, permitindo que o paciente volte para sua casa antes, já que a grande maioria dos pacientes do HA viajam longas distâncias para receber tratamento. “Apesar de todos esses benefícios, o maior impacto deste estudo é a possibilidade de se otimizar o uso dos poucos equipamentos de radioterapia existentes no país, onde há longas filas de espera para se conseguir realizar o procedimento. É importante lembrarmos que, infelizmente, muitos pacientes morrem antes mesmo de se conseguir receber a radioterapia por falta de acesso ao tratamento. Isso é uma realidade não apenas do nosso país, mas de muitos outros também”, declarou Jacinto.
Dentre todos os benefícios proporcionados pela radioterapia acelerada, estão:
1) Maior potencial de cura para uma doença tão frequente e grave;
2) Tratamento mais rápido e pacientes com retornos antecipados para suas casas;
3) Mais acesso dos pacientes com câncer ao tratamento de radioterapia, já que o procedimento será encurtado.
Atualmente, o departamento de radioterapia do Hospital de Amor está participando de um grande projeto de pesquisa internacional, que visa comparar este tratamento de radioterapia acelerada, com a radioterapia convencional. Trata-se do HYPNO TRIAL – coordenado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). O estudo multicêntrico já recrutou 700 pacientes, entre 850 previstos.
A boa notícia é que o Hospital de Amor é considerado um dos maiores centros em termos de taxas de inclusão no estudo.
Para ter acesso à publicação do estudo referente à radioterapia acelerada, clique aqui.
A quimioterapia é um dos principais tipos de tratamento no combate ao câncer. Trata-se de uma terapia que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor. Estes remédios se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células ruins que estão formando a doença e impedindo, também, que elas se espalhem pelo organismo.
Para esclarecer as principais dúvidas sobre a quimioterapia e sua importância na luta contra o câncer, eliminar os mitos envolvendo esse tipo de tratamento e ainda saber mais informações sobre seus efeitos colaterais, o Hospital de Amor traz uma entrevista exclusiva com o oncologista clínico da instituição, Dr. Luís Eduardo Zucca. Confira!
1) Qual é o principal objetivo da quimioterapia no tratamento de câncer?
R.: Existem 4 tipos de tratamento com quimioterapia:
• A quimioterapia neoadjuvante: esse tipo de quimioterapia é utilizado antes de um tratamento curativo para um tumor localizado. Geralmente, faz-se sessões de quimioterapia para tentar a redução do tumor e, assim, no tratamento curativo (seja ele com radioterapia ou cirurgia), o resultado ser mais efetivo e eficaz. Dessa forma, há menos riscos do desenvolvimento de comorbidades (surgimento de outras doenças em simultâneo) para o paciente.
• A quimioterapia adjuvante: utilizada após um tratamento curativo (seja ele em cirurgia ou radioterapia), tem o objetivo de diminuir e tentar matar todas as micrometástases (células cancerígenas se multiplicam num local distante para formar pequenos tumores) que possivelmente possam ter ficado no corpo, diminuindo assim as chances do câncer voltar.
• A quimioterapia paliativa: como o próprio nome diz, serve para paliar (amenizar) os sintomas dos pacientes. Podem ser pacientes que estejam com dor (proporcionando a melhora a deles com o uso da quimioterapia) e, por última instância, para melhorar a sobrevida com medicamentos quimioterápicos paliativos nos casos de pacientes com tumores metastáticos (quando o câncer se espalha além do local de origem para outras partes do corpo).
• A quimioterapia concomitante à radioterapia: nestes casos, a quimioterapia serve como um veículo para aumentar a potência da radioterapia.
2) Ela é indicada para quais tipos de tumores?
R.: A quimioterapia (seja ela neoadjuvante, adjuvante, paliativa ou concomitante à radioterapia) é indicada para a maioria dos tumores malignos.
3) Como é realizado o procedimento?
R.: Existem, basicamente, 2 tipos principais de procedimentos quimioterápicos: a quimioterapia intravenosa (pela veia), na qual o paciente é puncionado por uma veia periférica ou mesmo por um port-a-cath (dispositivo colocado pelo cirurgião dentro de uma veia mais calibrosa – aquelas com maior dilatação – no corpo do paciente); e a quimioterapia injetável, que é feita em ambientes preparados para receber a quimioterapia com um enfermeiro especializado. Geralmente, os pacientes ficam de 30 minutos até 6 horas fazendo quimioterapia intravenosa. Além disso, existem também as quimioterapias administradas por via oral, nas quais o paciente leva para casa os comprimidos orais e ingere de acordo com o esquema quimioterápico que o médico fornece para ele.
4) Existe mais de um tipo de quimioterapia?
R.: Existem vários tipos de quimioterapias, desde as específicas para certo tipo de tumor, até a quimioterapia que nós tratamos para uma variedade de tumores.
5) Existem efeitos colaterais na utilização da quimioterapia? Quais?
R.: As quimioterapias têm alguns efeitos colaterais manejáveis. Dependendo do esquema de quimioterapia que o paciente recebe, podem ocasionar náuseas, vômitos, cansaço, fadiga e baixa energia. A questão central, também dependendo do esquema de quimioterapia, é que geralmente os tratamentos quimioterápicos não matam apenas as células ruins, atingindo células boas que se multiplicam rapidamente (como cabelo e unha). Então, alguns esquemas quimioterápicos podem ocasionar a queda de cabelo e algumas alterações, mas também as células de defesa do nosso corpo. Dessa forma, em alguns casos, elas podem deixar o nosso corpo mais vulnerável a infecções.
6) Quando esses efeitos aparecem, o que é preciso fazer?
R.: Quando qualquer um desses efeitos aparecer é necessário procurar o seu médico e procurar o hospital. Por exemplo, para os pacientes que estão fazendo quimioterapia e têm febre, a primeira recomendação indicada é a procura do Hospital para passar pela avaliação do médico, pois como a quimioterapia também mata as células boas, o corpo fica vulnerável à infecção. Uma vez que o paciente tenha infecção e células de defesa baixa, nós, médicos, precisamos iniciar antibióticos e terapias o mais rápido possível. Mas, existem outros efeitos colaterais também manejáveis, como náuseas, vômitos, fadigas, inclusive queda de cabelo.
7) Qual é o tempo mínimo e qual é o tempo máximo de duração da quimioterapia?
R.: Existem vários tempos de quimioterapia, desde as que duram 15 minutos, como a blaumicina; aquelas que podem durar o dia inteiro, como a cisplatina; ou até a quimioterapia que o paciente vai para casa com um dispositivo e a quimioterapia fica correndo durante 48 horas dentro do seu organismo.
8) O paciente que é submetido a esse tipo de tratamento pode seguir sua rotina de atividades/trabalho normalmente?
R.: Dependendo do tipo de quimioterapia e do esquema quimioterápico, sim, é possível viver normalmente, inclusive trabalhando, estudando, fazendo as atividades diárias. Isso porque, hoje em dia, a maioria dos efeitos colaterais é bastante controlável, porém, sempre é necessário respeitar o próprio corpo.
9) Em média, quais são os custos da quimioterapia?
R.: O custo da quimioterapia também é variável, desde quimioterapias mais baratas, até aquelas que custam de 20 a 30 mil reais por mês.