Um consórcio científico internacional, que contou com a participação do Hospital de Amor e outras instituições brasileiras, americanas e europeias, apresentou os resultados de uma pesquisa que mostra a descoberta de uma mutação genética que pode explicar o porquê de alguns indivíduos terem um risco maior de desenvolver câncer.
O estudo inédito, publicado na Science Advances – uma das revistas científicas mais conceituadas de todo o mundo – que tem como primeira autora a bióloga e pesquisadora brasileira do St. Jude Children’s Research Hospital, Dra. Emilia Modolo Pinto, mostra que pessoas com a mutação R337H no gene TP53, já associada ao desenvolvimento de alguns tumores, podem apresentar uma outra mutação em um segundo gene, denominado XAF1, também transmitida hereditariamente. A pesquisa mostra também que é a presença ou não dessa segunda mutação que define o risco de câncer entre os portadores da R337H.
A pesquisa partiu do intrigante cenário brasileiro, onde portadores da mutação R337H no gene TP53 podem passar a vida sem desenvolver nenhum tumor; outros, apresentando uma forma de câncer; ou, ainda, existindo a associação a casos de uma mesma família com muitos indivíduos com câncer. “Essa variabilidade de apresentação clínica não poderia ser explicada apenas pela R337H. Outro fator genético ou ambiental (ou ambos) deveria estar presente. Então, nesse estudo foi determinado que 69% dos indivíduos que nascem com a mutação R337H do gene TP53 também nascem com a variante E134* no gene XAF1”, conta a pesquisadora.
Em um esforço colaborativo e multidisciplinar, diversas instituições brasileiras enviaram DNA genômico de pacientes com câncer e membros familiares com a mutação R337H. No total, foram estudadas 203 famílias com pelo menos um caso de câncer, das quais 53 fazem o acompanhamento oncogenético no Hospital de Amor, em Barretos (SP). O trabalho também incluiu estudos de laboratório com uso de tecnologias de ponta. “Nesse estudo, estamos mostrando que a presença da mutação R337H, associada à mutação do XAF1 (portanto, mutações em dois genes supressores tumorais), está aumentada nos pacientes com câncer, em particular, nos que apresentavam sarcoma ou naqueles pacientes que tiveram mais de um tumor”, explica.
Até o momento, a presença de duas mutações tão próximas, modulando o risco de câncer nunca havia sido reportada. Segundo a Dra. Emilia Modolo Pinto, a R337H acomete um em cada 300 indivíduos do Sul e do Sudeste do Brasil, mas já é observada com certa relevância em outras regiões do país e até em outros países, por conta do deslocamento natural dessas pessoas. “Nesse trabalho, estamos mostrando que o risco de câncer é maior para quem herda as duas mutações, se comparado com indivíduos que são portadores apenas da R337H”. A pesquisadora explica também que, na prática clínica, ainda é muito cedo para mudanças de protocolo e manejo, mas o rastreamento para as duas mutações deve ser incorporado enquanto se aprofunda o conhecimento sobre o papel dessas duas mutações no acometimento de câncer.
Para o médico geneticista do departamento de oncogenética do HA, que participou do estudo, Dr. Henrique Galvão, esta descoberta contribui para um rastreamento mais preciso entre os portadores da R337H. “Com os resultados do estudo, vamos continuar o trabalho de acompanhamento e incluir o gene XAF1 na prática clínica, com impacto financeiro mínimo para a entidade”. O Hospital de Amor é a única instituição no Brasil que faz o acompanhamento oncogenético de forma gratuita a pacientes e seus familiares. Segundo o geneticista, com os resultados, há a possibilidade de avanço em outros estudos para definir protocolos diferenciados, para os pacientes com e sem a mutação no gene XAF1.
Além do Dr. Henrique Galvão, também contribuíram para o estudo a Dra. Edenir Inez Palmero, docente do programa de pós-graduação em oncologia do hospital, e as discentes do programa de pós-graduação em nível de doutorado da instituição, Cíntia Regina Niederauer Ramos e Sahlua Miguel Volc.
O Hospital de Amor e a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), se uniram para criar um projeto de telemedicina (prática médica realizada à distância), na tentativa de ajudar toda a população neste difícil momento de pandemia causado pelo novo coronavírus. As ações de “teletriagem” e “telemonitoramento” visam orientar, direcionar e monitorar, individualmente, cada perfil cadastrado nas unidades básicas de saúde (UBSs) de Barretos (SP).
As dinâmicas serão simples: inicialmente, será realizado o primeiro contato com o paciente através de um link, encaminhado por meio de mensagem SMS, contendo um formulário com questões relacionadas à saúde e atividades rotineiras, como: “Quais sintomas você apresenta?”; “Você tem alguma doença crônica?”; “Como se sente em relação a pandemia do coronavírus?”; “Você tem contato frequente com idosos?”, entre outras. Depois de responder as perguntas, o paciente receberá um diagnóstico básico e, então, os alunos do 6º ano do curso de medicina realizarão a análise do relatório. Após esta etapa, eles entrarão em contato com o paciente que apresentar um ou mais sintomas e/ou fizer parte do grupo de risco. Outra opção disponível, é o contato ser realizado pelo próprio paciente. Basta ele ligar para o número de 0800 enviado junto ao SMS e esclarecer dúvidas, solicitar informações ou relatar sintomas.
Para que a ação tenha êxito e que a equipe envolvida entenda o perfil de cada participante, é essencial que o questionário seja respondido por todos, pois só assim será possível identificar as pessoas que encontram-se em estado de alerta ou que necessitam de orientações na luta contra o COVID-19.
Telemedicina: a tecnologia que veio para ficar
Diante da crise gerada pelo coronavírus no país, com grandes impactos e desafios para o sistema de saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou, no último dia 19/3, um ofício ao Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assegurando as condições legais para o uso da telemedicina no combate ao COVID-19, preservando a relação médico-paciente e evitando a possível disseminação do vírus. Porém, há tempos o Hospital de Amor vem abordando diversas formas de implementar essa tecnologia na instituição, buscando um atendimento muito mais eficiente que incorpore técnicas digitais.
Um dos primeiros projetos a ser introduzido na entidade, é o prontuário eletrônico. De acordo com o oncologista do Hospital de Amor e diretor-geral da FACISB, Dr. Sérgio Serrano, a ferramenta irá abranger, de forma integrada e por meio de um sistema unificado, as informações das unidades fixas de tratamento localizadas em Barretos (SP), Jales (SP) e Porto Velho (RO), além das unidades de prevenção espalhadas por vários pontos do país. A iniciativa visa adotar algumas práticas da medicina digital, inclusive com a telemedicina, como parte da estratégia de melhorar o acesso aos pacientes, diminuindo a necessidade de deslocamento deles até Barretos.
“Com a pandemia do coronavírus, vimos que era preciso acelerar e iniciar esse processo, mesmo sem contar com toda tecnologia instalada. Aproveitamos uma estrutura já existente no hospital (call center) e a forte parceria da instituição com a faculdade de medicina, e criamos um grupo de alunos voluntários no ‘teleatendimento’, para que as principais dúvidas dos pacientes em relação a consultas, reagendamentos e medidas preventivas fossem esclarecidas. Dessa forma, estamos identificando a possibilidade de incorporar a telemedicina”, afirmou Serrano.
Para o médico, é possível utilizar essas técnicas para prestar atendimento a todos os pacientes com qualidade, conforto, segurança e humanização, estejam eles em cuidados paliativos, pós-operatório, tratamento com químio e/ou radioterapia e, inclusive depois do segmento (aqueles que estão sem evidências de doença e precisam apenas de acompanhamento médico). “Independentemente de pandemia, essa assistência é essencial e o objetivo é de que se perpetue. Nós temos condições e recursos de ‘ir até o paciente’ prestar assistência ‘dentro da casa dele’ de forma humanizada, ou seja, sem tirar ele do seu conforto. Além disso, é uma ótima experiência de aprendizado para os nossos alunos, residentes e pós-graduandos, pois estamos descobrindo uma outra forma de criar um atendimento de excelência e humanização. Não iremos substituir o contato físico com o paciente, pois isso é fundamental na medicina e não vai se perder nunca, mas iremos substituir algumas consultas que, com toda certeza, conseguiremos fazer à distância sem causar nenhum dano ao tratamento do paciente”, esclareceu.
Através do software Research Eletronic Data Caputure (REDCap) – plataforma de coleta, gerenciamento e disseminação de dados de pesquisa – o Hospital de Amor já está mapeando todo esse processo para poder replicar seu sistema para os outros centros de saúde.
Segundo Serrano, neste momento de crise e isolamento social, a mudança cultural vai acontecer e transformar o cenário de todo o país, pois a telemedicina está cada vez mais presente na vida das pessoas. “A partir do momento em que se cria a possibilidade de se aproximar das pessoas e cuidar delas com alguma nova tecnologia, levando saúde e promoção de saúde, é uma passagem sem volta! A telemedicina é um caminho a ser explorado, atingindo não somente as ‘teleconsultas’, mas também todas as áreas. É a tecnologia mediando todos os processos. É o novo que vem por aí. É um momento para aproveitarmos as novas oportunidades e, quem sabe, sairmos dessa situação dolorosa causada pelo coronavírus ainda mais fortalecidos para criar um mundo melhor”, finalizou o oncologista.
Em razão do aumento dos casos de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) nas últimas semanas, informamos que diversas medidas de controle estão sendo tomadas nas unidades do Hospital de Amor, a fim de minimizar o risco de infecção entre pacientes, acompanhantes e colaboradores, as quais seguem abaixo:
Para pacientes e acompanhantes:
1- Os pacientes em tratamento oncológico não deverão faltar de suas consultas, exames ou procedimentos marcados, devido ao risco que esse tipo de interrupção pode trazer ao seu tratamento. Contudo, se, no dia do atendimento marcado, o paciente (ainda estando em sua cidade de origem) apresentar febre e sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar, aumento da secreção nasal, espirros, etc.), o mesmo deve entrar em contato com a unidade do Hospital de Amor em que realiza seu tratamento para reagendamento, além de procurar atendimento médico na unidade básica de saúde (UBS) do próprio município;
2- O Hospital de Amor também solicita que os pacientes não tragam acompanhantes que estejam com sintomas respiratórios, como os descritos no item anterior. Caso o acompanhante apresente qualquer um desses sintomas, orientamos que ele seja substituído antes do deslocamento à unidade do Hospital de Amor;
3- A presença de acompanhantes está restrita aos casos previstos por lei (pacientes crianças, idosos e portadores de necessidades especiais). Não há uma idade máxima permitida para os acompanhantes, porém, não recomendamos que pessoas acima de 60 anos ou com comorbidades (portadores de doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades) exerçam essa função;
4- Todas as visitas estão suspensas por tempo indeterminado, em todas as unidades do Hospital de Amor e alojamentos da instituição;
5- Haverá triagem de pacientes sintomáticos respiratórios em todas as recepções da instituição, com organização do fluxo de atendimento para síndrome gripal e isolamento de todos os casos suspeitos de COVID-19. Na unidade de Barretos (SP), os pontos de triagem estão localizados na área de estacionamento dos ambulatórios adultos e infantil, e em frente ao Centro de Intercorrência Ambulatorial (CIA). Em Jales (SP), a triagem acontecerá também no estacionamento da unidade. Já em Porto Velho (RO), o processo será feito na recepção principal.
6- Com o objetivo de evitar aglomerações, serão realizados a redução de agendas ambulatoriais e o adiamento de consultas de retorno (semestral ou anual), assim como, também haverá o adiamento de cirurgias eletivas de baixo risco, principalmente, em pacientes idosos. Reforçamos que cada caso será avaliado individualmente, sempre priorizando a saúde e o bem-estar dos pacientes;
7- As ações de envolvimento social (em todas as unidades), tais como: projetos de voluntariado, eventos científicos, religiosos e recreativos, estão canceladas por tempo indeterminado.
Para colaboradores (profissionais que atuam nas unidades do Hospital de Amor):
1- Caso surjam colaboradores apresentando síndrome gripal (febre com sintomas respiratórios), os mesmos serão afastados do contato com paciente;
2- Medidas extensivas de comunicação interna têm sido tomadas, a fim de garantir que as informações relacionadas aos procedimentos corretos cheguem a todos os envolvidos direta e indiretamente no atendimento aos pacientes. Estão ocorrendo renovações de equipamentos de proteção individuais (EPIs), disposição estratégica de álcool em gel, treinamentos relacionados a medidas de controle e higienização, além da exposição de cartazes e comunicados em todos os setores do hospital.
Funcionamento do hemonúcleo e doações de sangue
O hemonúcleo do Hospital de Amor segue realizando suas atividades normalmente, e as doações de sangue e de medula óssea não estão suspensas. Todo doador que comparece ao setor é submetido a uma triagem para garantir sua aptidão para doar. É importante enfatizar que pessoas que apresentam sintomas gripais devem realizar esse tipo de doação 15 dias após o desaparecimento de todos os sinais.
Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com a unidade onde realiza seu tratamento.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, também deixou orientações importantes sobre o coronavírus e um apelo pela colaboração da população. Confira:
O Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, lançou na última quinta-feira, dia 5, o “Guia de Educação em Saúde e Câncer”, desenvolvido em parceria com o Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio – SESC. O livro, que começou a ser estruturado há dois anos, é o único deste formato no Brasil e tem como principal objetivo oferecer suporte teórico e prático para ações de Educação em Saúde, sobretudo dentro da temática câncer.
“A temática Educação em Saúde é muito ampla, mas nós tentamos fazer um resgate histórico global, afunilando para América Latina e Brasil, finalizando com a análise dos trabalhos desenvolvidos pelo e no Hospital de Amor durante seus quase 60 anos”, detalhou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. O guia, que também será disponibilizado em formato digital, traça uma linha do tempo desde a fundação da instituição e conceitua as práticas de atenção ao câncer, até culminar nas ações de educação em saúde desenvolvidas com este viés.
O evento reuniu seis secretários de educação e a diretora de ensino da região de Barretos, além de mais de 150 professores, diretores e coordenadores de escolas de toda região, e também marcou a apresentação da Agenda 2020 do “Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas (PESCE)”, que une 12 projetos do NEC desenvolvidos exclusivamente para o ambiente escolar.
Com o intuito de motivar os educadores e ampliar o conhecimento sobre novos métodos de aprendizado, o NEC trouxe para o lançamento a palestra “Jogos Digitais como estratégia para a Educação e a Saúde”, ministrada por Tiago Eugênio, biólogo formado pela UNESP, com mestrado em psicobiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Cozinhar é uma arte que envolve talento, disciplina e, principalmente, muito amor. Poder reunir amigos queridos e familiares à mesa e servir uma deliciosa refeição é um momento muito especial. Foi isso que o paciente Pedro Bartholo Nery, 55 anos, fez na última quinta-feira, 20 de fevereiro, no IRCAD América Latina – centro de treinamento que faz parte do complexo do Hospital de Amor, em Barretos (SP).
Nery, que é consultor de orçamento, iniciou tratamento no HA em agosto de 2019, quando foi diagnosticado com um tumor no intestino. Desde então, ele enfrenta uma das suas mais difíceis batalhas: a luta contra o câncer. Muito simpático e bom de papo, ele começou seu tratamento paliativo no Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do HA) na segunda quinzena de fevereiro deste ano, após ser diagnosticado com metástase no pulmão. E foi durante um de seus papos descontraídos com a equipe da unidade que Nery foi questionado sobre qual seria o seu maior sonho e o que ele gostaria de fazer. Sem titubear, o paciente disse que desejava entrar em uma cozinha e comandar uma equipe de cozinheiros. “A minha paixão é a gastronomia, embora eu nunca tenha feito faculdade, eu nasci com esse dom. E não sou eu quem falo, não. Os meus amigos chefs sempre me pedem conselhos”, afirmou ele, que comandou um Pub, quando tinha 21 anos, em Brasília (DF).
Enquanto pedia alimentos específicos e dava atribuições, a ansiedade de Nery era visível. A alegria dele em poder cozinhar novamente também foi motivo de felicidade para todos os envolvidos nessa ação especial, dentre eles, as cozinheiras do IRCAD e a equipe multiprofissional do HA. Segundo a enfermeira do Hospital São Judas Tadeu, Nayara Silva, foi muito gratificante ver a animação e o brilho nos olhos do paciente. “Em nossa unidade, nós sempre promovemos eventos que visam proporcionar bem-estar tantos dos pacientes, quanto dos acompanhantes”, relatou a profissional, que acompanhou esse momento e ficou à disposição de Nery durante toda o evento, auxiliando o paciente sempre que necessário.
Já que Pedro Nery acredita que para haver uma boa comida é necessário contar com uma ótima equipe, é claro que não podiam faltar importantes escudeiras. Devido à fragilidade do paciente, em decorrência do tratamento, o ‘chef do dia’ contou com a ajuda das cozinheiras do IRCAD, Divina Ferreira, Gessica Burgheti e Sandra Gomes, que trabalharam com todo carinho e dedicação. Afinal, todos estavam reunidos com o mesmo propósito: celebrar a vida. “Poder auxiliar um paciente que deseja cozinhar é gratificante. Nem sempre podemos ajudar todos, mas fico muito contente. Para mim, hoje é um dia de muita satisfação”, contou com os olhos marejados a simpática Divina, cozinheira que comanda a cozinha do IRCAD há nove anos.
Um amor que tempera a vida
Casada oficialmente com Nery há dois anos, Silvia Souto mostra toda orgulhosa as fotos dos pratos preparados pelo marido. “Em casa, ele é o chef. O Pedro domina massas, doces, comida oriental e panificação em geral. Sempre que viajamos e quando pode, ele faz questão de pescar o alimento e preparar a refeição na hora. Tudo sempre muito fresco e feito com muito carinho. Nós temos cinco filhos lindos, dos nossos primeiros relacionamentos, mas eu sei que nós somos uma família muito unida. E tudo isso que enfrentamos nos fortalece ainda mais”, explicou a esposa, que aproveitou para tirar várias fotos enquanto o marido comandava a cozinha.
Silvia relatou já ter ouvido falar sobre o HA anteriormente, mas quando chegou na unidade e viu todo o tratamento que é oferecido, não restou outra alternativa além de admirar o trabalho realizado na instituição. “Aqui, em Barretos, eu me encantei. Em cada profissional, em cada gesto, só consigo ver carinho e amor. Ao ver o trabalho das pessoas do Hospital de Amor, eu voltei a acreditar na humanidade. A gente vê tanta notícia ruim, mas aqui no hospital eu aprendi a acreditar na bondade do ser humano novamente. Só posso agradecer por tudo que vocês fazem por nós”, disse emocionada.
Quando questionado sobre qual chef ele mais admira, Nery afirma gostar do chef Érick Jacquin, devido à vontade dele de valorizar ainda mais a cozinha tradicional. Ele também demonstra empolgação ao falar do lançamento do seu livro, cujo conteúdo terá 100 receitas autorais.
Após todo o cuidadoso preparo dos alimentos, o almoço especial foi servido para ele, sua esposa e para toda a equipe de profissionais que cuida dele no Hospital São Judas Tadeu, dentre eles: médico, assistente social, enfermeiras, fisioterapeutas e todos aqueles que ganharam a admiração do casal de Brasília, que proporcionou um momento lindo, dando mais sabor à vida. Com muito afeto e gentileza de todos, a refeição foi selada com um emocionante brinde: “Eu quero fazer um brinde à humanidade, porque nós somos seres humanos e, em um momento de dor e sofrimento, é disso que precisamos. Tenho a certeza de que esse momento valeu muito mais do que qualquer remédio que eu já tomei no hospital. Por isso, um brinde à humanidade“, finalizou ele, emocionado.
E como toda bela amizade, grande amor e deliciosa refeição, os preciosos momentos também são eternizados nas memórias, assim como afirma a jornalista e também paciente paliativa, Ana Michelle Soares: “se tem um jeito de a gente ser eterno, é vivendo nas pessoas”.
Receita que foi servida durante o almoço:
Linguiça embriagada do chef Nery
Ingredientes
– 1/2 quilo de linguiça fresca, fina e pura de porco;
– 4 colheres de sopa de mel;
– 1 copo de cerveja tipo pilsen;
– 1 dose de pinga, conhaque ou whisky;
– Salsa ou coentro fresco, bem picadinho.
Modo de fazer
Corte a linguiça em pedaços de 1,5 cm. Aqueça bem a frigideira e coloque o azeite de oliva e a linguiça. Quando a linguiça começar a dourar, abaixe o fogo e deixe criar o caldo (por isso é importante a linguiça ser fresca, já que o objetivo é formar bastante caldo, que é fundamental para a receita dar certo).
Quando houver bastante ‘caldo’, coloque o mel e abaixe o fogo, deixando caramelizar o mel com o caldo no fundo. Mexa um pouco, isso ajudará durante o processo.
Assim que estiver bem caramelizado (lembre-se: caramelizado não é carbonizado, não deixe queimar, mas sim ficar na cor ferrugem, bem escura). Feita a caramelização corretamente, coloque a cerveja de uma vez, desmanchando o caramelo e formando um caldo bonito, na cor marrom. Deixe o caldo reduzir até engrossar, como a espessura do mel ou um pouco mais grosso.
Nesse momento exato, jogue a pinga ou a bebida que escolheu e flambe. Use o seu método.
No momento em que o flambado se apagar, passe a linguiça para a tigela em que vai servir. Decore com a erva picada que você escolheu. Bom apetite!
O cuidado com a saúde mental é um assunto que está cada vez mais em evidência, inclusive, no ambiente de trabalho. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão ocupa o 1º lugar no ranking de doenças, quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) relatou, em relatório apresentado em 2019, que o Brasil apresenta as maiores taxas de incapacidade causada por depressão (9,3%) e ansiedade (7,5%) do continente americano. Diante desses dados preocupantes, é extremamente necessário instituir uma política de prevenção. Sabendo do aumento do índice de pessoas afetadas, o governo federal publicou em abril do ano passado, a Lei nº 13.819/2019, que regulamenta a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, que estimula ainda mais iniciativas que promovem o bem-estar e a saúde mental.
Com o intuito de realizar ações ligadas ao autocuidado e inspirado pela campanha ‘Janeiro Branco’, o Grupo de Trabalho de Humanização do Hospital de Amor promoveu a 1ª “Semana de Conscientização da Saúde Mental”, nos dias 20, 21, 22 e 23 de janeiro, na Santa Casa de Misericórdia de Barretos e na unidade adulta do HA. Durante a programação, ocorreram diversas atividades referentes à saúde mental, destinadas exclusivamente para os colaboradores das duas instituições, que participaram de palestras, atividades de pinturas lúdicas e ginástica laboral.
Segundo a psicóloga da instituição, Dra. Mariana Ducatti, foi a primeira vez que o HA participou da campanha ‘Janeiro Branco’, por isso, ficou definido que a ação seria voltada apenas para os funcionários e não para os pacientes, que já contam com o apoio da equipe de psicólogos do hospital. A campanha, que teve como tema “Diferentes Tipos de Cuidado”, foi promovida em parceria com os alunos do curso de psicologia, da Faculdade Barretos.
A iniciativa ‘Janeiro Branco’ foi criada em 2014, em Uberlândia (MG), por um grupo de psicólogos. A mobilização já ganhou amplitude mundial, alcançando países como Estados Unidos, Japão e Portugal. Inicialmente, o propósito da ação era convidar a população para discutir sobre felicidade e qualidade de vida. Agora, possui uma amplitude maior: janeiro foi escolhido por representar, de maneira simbólica, um mês de renovação e de novos projetos pessoais e profissionais.
Diferentes tipos de cuidado
A palestra ‘Diferentes tipos de cuidado: como identificar e como se cuidar’, ministrada por alunos do curso de psicologia e que abriu as atividades no dia 20, teve como objetivo apresentar a campanha “Janeiro Branco” e dar dicas de autocuidado. Simultaneamente, os colaboradores tiveram acesso a sessões de reiki, oferecidas por voluntários.
Luis Roberto Toneti é um dos voluntários da Associação Voluntária de Combate ao Câncer (AVCC) e atua no Hospital de Amor há quatro anos. Desde 2019, ele oferece sessões no Instituto de Prevenção para as pacientes. “O reiki é uma energia de amor e nós percebemos que tudo o que é feito para os pacientes no hospital, é feito com muito zelo. Nós trabalhamos com amor e sabemos que os colaboradores da instituição têm essa missão: tratar todas as pessoas com esse sentimento. Sendo assim, nós temos o intuito de oferecer boas energias para todos”, afirmou Luís, que percebeu ótima receptividade por parte dos colaboradores.
Ao todo, 32 funcionários participaram das sessões, dentre eles, a recepcionista Lúcia Helena Domingos, que atua na instituição há sete anos. Ela, que afirmou ter saído energizada da sua primeira experiência com a técnica, também participou da ginástica laboral, no dia 22. “Adorei fazer os exercícios e espero que esta atividade possa continuar. A ginástica laboral é muito importante para ajudar a gente a relaxar e melhorar a postura”, ressaltou. No mesmo dia, a Dra. Mariana apresentou para os líderes do HA a Lei nº 13.819/2019, e aproveitou para tirar dúvidas sobre o tema.
Já a participação da equipe de terapeutas ocupacionais de ambas instituições ocorreu no dia 21, quando os profissionais preparam um momento de relaxamento durante os exercícios lúdicos, com direito a pintura e momentos de reflexão.
Para encerrar o evento, a enfermeira do departamento de psiquiatria do Hospital de Amor e instrutora de terapia cognitiva baseada em mindfulness, Caroline Krauser, foi convidada para falar sobre mindfulness e o seus benefícios, no dia 23, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata. “Mindfulness pode nos ajudar de diversas maneiras e em várias situações. Hoje, a ciência mostra que a técnica é eficaz para prevenção de sintomas depressivos, ligados à ansiedade, dor crônica, para redução do estresse e melhora da qualidade de vida, e para quem deseja estabelecer uma relação mais consciente e saudável com seus pensamentos e sentimentos”, relatou a especialista, que aplicou algumas técnicas durante a sua apresentação.
Caroline também enfatizou sobre a importância de ações focadas no bem-estar e na saúde mental. “Existem diversas campanhas de prevenção de câncer na instituição, o que é de extrema importância. Porém, nunca havíamos falado sobre saúde mental para os colaboradores. Só das pessoas perceberem o impacto da saúde mental em suas vidas e de poderem falar sobre isso no local de trabalho, já é um começo incrível”, declarou a enfermeira.
Para Laura Nunes, encarregada de hotelaria e líder do Grupo de Trabalho de Humanização, a ação foi um sucesso, pois possibilitou a integração da equipe e o surgimento de novas ideias e possíveis projetos, que poderão ampliar ainda mais o trabalho do grupo no HA ao longo do ano.
O câncer de cabeça e pescoço compreende os tumores que atingem a cavidade nasal, seios da face, boca, laringe e faringe. Como a boca e a garganta são órgãos essenciais para o ser humano, pois participam de vários processos importantes, como a respiração, fala, alimentação, mastigação e deglutição, é preciso conhecer os sinais e sintomas desta doença, que hoje representa a segunda maior incidência em homens brasileiros. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o ano de 2018 apresentou uma estimativa de 14.700 novos casos de tumor de boca (lábios e interior da cavidade oral) e 7.670 de laringe.
Uma ferida na boca que não cicatriza, um sangramento sem motivo aparente, um corrimento nasal malcheiroso que não passa, rouquidão e nódulos no pescoço podem ser sinais de câncer de cabeça e pescoço e precisam ser investigados com urgência.
O que é o câncer de boca?
Normalmente, o câncer de boca se apresenta como uma ferida que não cicatriza, podendo ser dolorosa ou não. Pode ocorrer nos lábios, no revestimento interno da boca (mucosa bucal), nas gengivas, na língua, na parte da boca que fica debaixo da língua (assoalho da boca), o céu da boca (palato duro) e a área atrás dos dentes do siso (conhecido como trígono retromolar).
O que é câncer de garganta?
A garganta é um termo popular que engloba as regiões da orofaringe, hipofaringe e laringe.
O câncer orofaríngeo é o que se desenvolve na parte da garganta localizada atrás da boca. Essa região inclui a base da língua (a parte de trás da língua), o palato mole, as amídalas, os pilares, as paredes laterais e posteriores da orofaringe.
A hipofaringe é a região da faringe que se localiza inferiormente à orofaringe e fica atrás da laringe (caixa da voz ou ‘Pomo de Adão’), que é um órgão que contém as pregas vocais, responsável pela produção da voz, que se fecha quando comemos e se abre quando respiramos.
Quais são os fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço?
• Álcool: assim como em outros tipos de câncer, o consumo frequente de álcool e o alcoolismo são fatores que aumentam o risco de aparecimento destas lesões.
• Tabaco: o tabagismo (hábito de fumar) é o principal fator isolado que causa o câncer de cabeça e pescoço. Parar com o tabagismo é uma medida fundamental para reduzir o risco de se desenvolver uma neoplasia de cabeça e pescoço.
• Infecções virais pelo vírus do papiloma humano (HPV): o HPV é um vírus transmitido principalmente pelas relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, no pênis, no ânus, colo de útero, cavidade oral e orofaringe. Em alguns casos, essa lesão pode estar presente também na pele, nas cordas vocais (laringe) e no esôfago. Estas lesões são associadas com o aparecimento do câncer nestas regiões.
• Infecções do vírus de Epstein-Bar (EBV): é um vírus que infecta os linfócitos B e afeta a grande maioria dos seres humanos. No entanto, somente alguns indivíduos adquirem a mononucleose infecciosa – uma manifestação do vírus transmitida por contato com outras salivas. Sendo assim, transmitido massivamente pelo beijo. Em sua manifestação aguda, pode causar febre, dor de garganta, mal-estar e fadiga. Sua exposição crônica (e mais rara) pode estar carregada de oncogenes que aumentam a permanência de alguns tipos de células, gerando a probabilidade de ocorrer carcinomas da nasofaringe, linfoma de Burkitt ou de Hodgkin.
• Bebidas quentes: por agredir as células da mucosa, o consumo de bebidas ou comidas muito quentes torna-se um fator de risco secundário. O consumo diário e prolongado de bebidas tradicionalmente servidas em temperaturas altas (como o chimarrão, por exemplo) aumenta o risco de câncer de boca, assim como, o câncer de esôfago.
• Exposição excessiva ao sol: é a grande responsável pelo aparecimento do câncer de pele na região da cabeça e pescoço.
Como prevenir o câncer de cabeça e pescoço?
• Boa higiene bucal: escovar bem os dentes, ter próteses dentárias bem ajustadas e o acompanhamento regular de um dentista é muito importante, pois poderá ser detectado precocemente uma lesão suspeita na cavidade oral.
• Tabagismo: não fumar charuto, cachimbo, cigarro ou derivados é a melhor maneira de evitar a maioria dos cânceres de boca, faringe e laringe.
• Álcool: evitar o uso de bebidas alcoólicas é outro método preventivo efetivo muito importante.
• Dieta: uma dieta balanceada, a base de vegetais como cenoura, abóbora, espinafre, couve, batata doce e frutas como mamão (todas essas ricas em betacaroteno) é uma medida protetiva. Um bom consumo de proteínas e minerais também é um fator preventivo.
• Cuidados na exposição solar: usar protetor solar, boné, chapéu ou outro tipo de proteção quando ficar exposto ao sol, pode prevenir o câncer de pele na face, couro cabeludo e pescoço.
Quais são os sinais e sintomas do câncer de boca e garganta?
Ao identificar a existência de algum dos sintomas e sua permanência por mais de duas semanas, é indicada a realização de uma consulta com um médico de confiança. Nesse caso, o profissional deverá solicitar outros exames para confirmar ou não o diagnóstico.
Muitos desses sinais e sintomas podem ser causados por outros tipos de câncer ou por doenças menos graves e benignas. Mas, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores as chances de cura. Veja abaixo os sintomas que você deve ficar atento para prevenir um câncer de boca ou garganta:
– Ferida na boca sem cicatrização (sintoma mais comum);
– Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias);
– Nódulo persistente ou espessamento na bochecha;
– Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amídala ou revestimento da boca;
– Irritação, dor na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada na garganta;
– Dificuldade ou dor para mastigar ou engolir;
– Dificuldade ou dor para mover a mandíbula ou a língua;
– Inchaço da mandíbula que faz com que a dentadura ou prótese perca o encaixe ou incomode;
– Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva ou dor em torno dos dentes ou mandíbula;
– Mudanças persistentes na voz ou respiração ruidosa;
– Caroços no pescoço;
– Perda de peso;
– Mau hálito persistente.
Quais são os tumores malignos relacionados a cavidade bucal?
Carcinoma Espinocelular
Mais de 90% dos cânceres de boca e garganta são carcinomas de células escamosas, também chamados de carcinomas espinocelulares ou ainda, carcinomas epidermóides. Tratam-se de células escamosas achatadas, que normalmente revestem a cavidade bucal e a garganta. A forma inicial do carcinoma de células escamosas é chamada de carcinoma in situ, isto é, o câncer só está presente nas células da camada de revestimento, chamada de epitélio, e não invade as camadas mais profundas. Um carcinoma espinocelular invasivo significa que as células do câncer penetraram em camadas mais profundas da cavidade bucal e da orofaringe.
Carcinoma Verrugoso
O carcinoma verrugoso é uma variante do carcinoma espinocelular que responde por menos de 5% dos tumores da boca. É um câncer de baixa agressividade, que raramente produz metástases, mas que pode se espalhar profundamente pelos tecidos vizinhos. A remoção cirúrgica do tumor com boa margem de tecidos ao redor, é recomendada nesses casos.
Quais são os tumores relacionados à região do pescoço?
Os tumores malignos do pescoço podem ser primitivos (quando têm a origem no próprio pescoço) ou secundários (metastáticos, ou seja, que surgiram em outros órgãos e se disseminaram para o pescoço.) Qualquer tecido presente no pescoço pode originar um tumor, principalmente na faringe, laringe e tireoide. Há outros tipos de tumores específicos na região do pescoço:
Linfoma de Hodgkin
Trata-se de um tumor maligno originado no tecido linfático. Ele possui um crescimento lento, indolor, podendo gerar febre e perda de peso. Os linfonodos (os “caroços”, também conhecidos como ínguas) têm forma assimétrica, tornando-se parecidos com um “cacho-de-uvas” São dotados de uma superfície lisa e com limites definidos.
Linfoma não-Hodgkin
São linfonodos mais evoluídos, com formas simétricas no pescoço, podendo atingir cadeias linfáticas não relacionadas. Atinge e prejudica o tecido linfático do pescoço, apresentando infiltrações ou lesões nodulares submucosas com cor vermelha ou vinho. Podem estar distribuídos nos dois lados do pescoço, com uma consistência dura, fixa e indolor com infiltração para o tecido celular subcutâneo e pele.
Como realizar o diagnóstico de câncer de garganta?
Muitos casos de câncer de boca e garganta podem ser diagnosticados precocemente durante exames médicos ou dentários de rotina. Alguns cânceres produzem sintomas logo no início, levando o paciente a procurar o médico. Mas, infelizmente, muitos casos só provocam sintomas quando atingem um estágio avançado ou então, causam sintomas que parecem ser de outro problema, como dor de dente, por exemplo.
– Check-ups dentários regulares: que incluem o exame da boca, são importantes para a detecção precoce de lesões pré-cancerosas do câncer de boca e de garganta.
– Exames físicos: o médico examina o pescoço para poder checar a tireoide, a laringe e os linfonodos para checar se há algum tipo de caroço ou algo irregular ao engolir.
– Laringoscopia indireta: para este exame, o médico utiliza um espelho pequeno para chegar à sua garganta, analisando se há alguma área anormal e o movimento das cordas vocais. É um exame simples e indolor.
– Laringoscopia direta: é realizada a inserção de laringoscópio (um tubo fino e com luz) através de seu nariz ou sua boca para conseguir auxiliar a ver áreas que o espelho não alcança em sua garganta. A aplicação de uma anestesia local e um sedativo ajuda a prevenir qualquer tipo de engasgo e desconforto durante o exame. A anestesia geral também pode ser utilizada para fazer a pessoa dormir. Este exame pode ser feito tanto em uma clínica, como em um hospital.
– Tomografia computadorizada ou CT Scan: para realizar esse exame, o paciente, provavelmente, receberá um contraste para a laringe e o pescoço para que possa aparecer qualquer tipo de alteração ou neoplasia de uma forma clara nas fotos geradas pelo aparelho.
– Biópsia: a biópsia consiste em uma remoção do tecido supostamente cancerígeno para que as células desse material sejam analisadas por um patologista. Para a realização deste exame é utilizada a anestesia local ou a geral e a coleta do material ocorre pelo laringoscópio.
Como realizar o diagnóstico de câncer de boca?
No caso do paciente possuir algum sintoma que possa sugerir o câncer oral, o médico ou o dentista checam a boca e a garganta dele, procurando anormalidades, caroços ou outros problemas. Neste exame, é verificado o céu da boca, o assoalho da boca, a parte interior dos lábios, das bochechas, linfonodos, a parte de trás da garganta e a língua (em sua extensão e laterais).
Se após esses exames, não for diagnosticado nada e os sintomas persistirem, é necessário procurar um médico especializado, como um otorrinolaringologista. Se o câncer oral for diagnosticado, é preciso que se descubra qual o seu estágio para iniciar o tratamento. É necessário verificar se as células cancerígenas não atingiram outros órgãos, realizando assim, o que se chama de metástase de câncer oral.
– Raios-X: esse exame é suficiente para poder identificar se o câncer se espalhou para outros locais da face.
– Tomografia computadorizada ou CT Scan: após uma injeção de contraste, esse exame funciona conectado a um computador que realiza imagens em raio-x. Ele é eficiente para mostrar se outro órgão foi acometido pela doença.
– Ressonância Magnética: instrumento que também realiza imagens detalhadas do corpo, mostrando se o câncer oral se espalhou.
– Endoscopia: o conhecido método funciona através de um fino e iluminado tubo que pode mostrar a sua garganta, a traqueia e os pulmões. Uma anestesia local pode ser utilizada para evitar o desconforto, dores e impedir engasgamentos.
Como ocorre o tratamento de cabeça e pescoço?
– Cirurgia: a cirurgia é o tratamento mais utilizado para o câncer de cabeça e pescoço, podendo ou não ser realizado em combinação com a radioterapia. A recuperação acaba sendo diferente para cada paciente e, por ser uma área sensível do corpo, as dores podem estar presentes nos primeiros dias depois do procedimento. Os medicamentos específicos para aliviar as dores devem ser discutidos com os médicos que estão cuidando do caso.
Depois da cirurgia, a face pode parecer diferente e a recuperação depende exclusivamente do tipo e da extensão do tumor. Tumores pequenos, geralmente, não costumam causar nenhuma alteração, mas no caso de tumores maiores, é necessário remover parte da mandíbula, dos lábios, do palato ou da língua. Nesses casos, existem cirurgias plásticas ou reconstrutivas que podem ser feitas para melhorar o aspecto visual. Assim como a cirurgia plástica, o acompanhamento de uma fonoaudióloga pode ajudar na recuperação da habilidade de mastigar, engolir ou falar – ações que podem ter sido afetados pela cirurgia.
– Quimioterapia e Radioterapia: a quimioterapia para câncer oral, geralmente, é aplicada nas veias, podendo ter associação com a radioterapia simultaneamente. Dependendo do tratamento e das reações, é necessário que o paciente fique um tempo no hospital.
Cada tipo de tratamento gera um tipo de reação, pois depende muito do tipo de medicação aplicada e da quantidade. Esses fatores podem resultar em dores na boca, boca seca, efeitos colaterais, infecção e mudanças no paladar. Os medicamentos acabam gerando esse tipo de reação, porque, além de eliminar algumas células cancerígenas com crescimento rápido, algumas drogas anticâncer podem causar danos as células normais que também se dividem rapidamente. Entre os efeitos colaterais, alguns podem ser os mais comuns:
• Células sanguíneas: quando o paciente está realizando quimioterapia, os níveis de células sanguíneas saudáveis diminuem, fazendo com que a pessoa se sinta cansada, fraca e com possibilidade maior de contrair uma infecção. A equipe médica responsável acompanha o quadro clínico para entender se é necessário alterar a quantidade da quimioterapia ou reduzir a dose da droga.
• Raízes do cabelo: embora a quimioterapia possa causar queda de cabelo (DrDanslipbalm), saiba que ele irá crescer novamente, mas pode alterar a coloração e a textura.
• Trato digestivo: a quimioterapia para tratar câncer oral pode causar a perda do apetite, náusea, vômitos, formigamento nas mãos e nos pés, diarreia e feridas nos lábios. A equipe de saúde pode dar medicamentos e sugerir outras maneiras de ajudar com esses problemas. Esses efeitos podem ocorrer no começo do tratamento ou no período após seu término.
– Terapia-Alvo: o câncer de cabeça e pescoço pode se utilizar de um tipo de terapia específica, junto da radioterapia e a quimioterapia. Essa prática utiliza um medicamento que inibe as células do câncer oral, interferindo no crescimento dessa célula e impedindo a metástase da doença. Durante a utilização do remédio, algumas pessoas podem apresentar reações alérgicas como febre, dor de cabeça, diarreia e vomito.
Como devo me alimentar após ter um câncer oral?
Após passar por uma cirurgia e um tratamento do câncer oral, a dieta adquire um papel importante na recuperação. As dificuldades para alimentar-se podem aumentar e problemas de deglutição, vômitos, náusea, indisposição, boca seca e falta de apetite podem ocorrer. Portanto, é muito importante relatar os problemas para a equipe médica, pois ela pode oferecer alternativas que podem melhorar a qualidade de vida.
Abaixo, uma lista para escolher os alimentos certos de acordo com seus sintomas:
• Boca machucada: evitar comidas pontudas e duras, como batatas chips.
• Boca seca: o ideal é o consumo de comidas macias com molhos, caldos, sopas, milk-shakes ou vitaminas. Manter a boca seca aumenta o risco de cáries dentárias.
• Problemas em engolir: o médico e/ou o nutricionista irão encaminhar uma dieta específica e sugerir a alimentação por um tubo ligado ao estômago, através de uma incisão no abdômen ou que coma os alimentos na forma líquida.
– Reconstrução: muitas pessoas com câncer oral precisam fazer cirurgias plásticas corretivas ou a reconstrução de uma parte do corpo. Para realizar esse procedimento, pode-se reconstruir a parte afetada com músculos, ossos e tecidos deslocados de uma parte do corpo para outra. Para todos os tipos de cirurgias de reconstrução, é preciso sempre consultar um cirurgião plástico depois que o tratamento para câncer oral começar. É possível realizar a reconstrução simultaneamente com o tratamento ou realizar o procedimento depois de terminá-lo. É sempre necessário conversar com o médico responsável pelo tratamento.
– Reabilitação: se o câncer oral interferir na fala, deve-se procurar um fonoaudiólogo para auxiliar. Com exercícios diários, a voz e a habilidade para falar irão retornar. Alguns pacientes vão precisar de próteses para que eles possam falar e comer.
Como ter uma vida saudável após ter câncer de cabeça e pescoço?
Após a cirurgia e os diversos tipos de tratamento, é essencial realizar exames periódicos de boca, garganta e pescoço para notar se há algo errado ou se alguma mudança no tratamento se faz necessária. Esses testes podem incluir um exame físico, testes sanguíneos, raios-x do peito, entre outros. Parar com o consumo de álcool e de cigarro diminui o risco de aparecer um novo tipo de câncer e outros problemas de saúde.
Uma importante parceria entre o Hospital de Amor e a Azul Linhas Aéreas tem beneficiado de maneira muito significativa mulheres atendidas pelas unidades de prevenção do hospital espalhadas pelo Brasil. A Azul tem o “Outubro Rosa” – mês de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama – como sua maior causa social e, há 9 anos, trabalha em ações relacionadas à prevenção e à detecção precoce da doença. Desde 2017, a empresa passou a desenvolver projetos que contribuem com o trabalho de qualidade e humanização que é desenvolvido pelo Hospital de Amor.
As iniciativas, que vão desde o “Conexão Azul Rosa” – que já proporcionou com que mais de 90 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, vindas das diversas regiões do Brasil, tivessem a oportunidade de chegar a um centro especializado de tratamento com o conforto e a agilidade que uma viagem de avião podem oferecer; passando pela coleção “Outubro Rosa” da Azul Collection – que é a linha de produtos oficiais da Azul – que também beneficia a instituição; até o concurso de cartas “Próximo Destino: a Vitória” – uma ação ligada à unidade de negócios da Azul (Azul Viagens), que oferece uma viagem incrível para pacientes com um acompanhante.
Para a coordenadora de responsabilidade social da companhia aérea, Ivana Nascimento, a parceria entre a Azul e o HA tem trazido resultados muito satisfatórios e tende a se expandir cada vez mais. “Nós sabemos o quanto essas iniciativas têm rendido bons frutos e esperamos que elas durem por muito mais tempo. O impacto social que elas trazem é muito grande e positivo”, afirmou.
“Nosso instituto conta com várias iniciativas que visam integrar cultura, saúde e ciência, em busca de trazer à sociedade uma abordagem da temática do câncer que pode ser pensada a partir de atividades lúdicas que vão além do universo da doença, a partir de vivências e linguagens que estimulam a humanização dos processos de prevenção, tratamento e cura, e isso se alinha perfeitamente ao que a Azul quer proporcionar a essas pacientes”, explicou a coordenadora de projetos do Instituto Sociocultural do Hospital de Amor, Marcella Marchioreto.
Premiando histórias inspiradoras
Na última sexta-feira, 18 de outubro, aconteceu a segunda edição da premiação do concurso de cartas “Próximo Destino: a Vitória”, que é realizado numa parceria entre a Azul Viagens e o Instituto Sociocultural do Hospital de Amor. Na cerimônia, duas pacientes – Eliane Rodrigues da Silva e Sirlei Mantovani David – foram contempladas com uma viagem com acompanhante para o Nordeste (podendo optar entre os destinos de Fortaleza/CE e Natal/RN), com tudo pago. Para Sirlei, que vai levar o filho como acompanhante, a conquista foi algo que veio na hora certa. “Eu acho que já estava escrito por Deus, pois, eu sempre sonhei em conhecer uma praia do Nordeste. Meu filho não conhece a praia, e eu sempre quis dar uma viagem para ele”. Eliana já sabe exatamente quem será sua companheira de viagens: a irmã, Erodite. “Ela é mais do que uma irmã. Sempre esteve do meu lado nas lutas, e agora não vai ser diferente”, relatou.
Em seu primeiro ano, o concurso premiou outros duas pacientes que lutaram contra o câncer de mama. Uma dessas mulheres, Luzia Silva, também participou da cerimônia de 2019 e contou sua experiência. O encontro reuniu ainda representantes da Azul, profissionais que atuam no voluntariado da empresa e colaboradores do HA.
Você pode conferir as cartas das duas pacientes ganhadoras deste ano, clicando aqui.
Um voo Azul Rosa
Outra convidada especial abrilhantou ainda mais o evento de celebração dessa parceria de sucesso. A sul-mato-grossense, Zaira Leite, uma das mais de 90 mulheres beneficiadas com o projeto “Conexão Azul Rosa”, trouxe seu relato de esperança, reforçando o impacto dessas ações na vida das pacientes do hospital. “Essa viagem de avião deixou meu tratamento mais leve. É muito difícil lutar contra o câncer e essa, sem dúvida, foi uma aventura que transformou completamente meu tratamento, de uma maneira muito positiva”, declarou.
Uma coleção que salva vidas
Apoiar a causa do “Outubro Rosa” é muito mais fácil com a Azul Collection. A linha de produtos inclui camisetas, chaveiros, copos, bloco de notas, meias e muito mais. Para adquirir os itens solidários, basta clicar no banner abaixo ou acessar o link: www.azulcollection.com.br/outubro-rosa.
Outubro ainda não chegou, mas as ações que se estenderão durante o mês destinado à conscientização sobre a prevenção do câncer de mama já começaram no Hospital de Amor. Exemplo disso é o projeto Talento Rosa 2019, lançado na última quarta-feira (18) para cerca de 170 professores, dirigentes e representantes das escolas públicas e particulares de Barretos (SP) e região. O projeto, que é organizado pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC), ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, tem o intuito de estimular nos alunos a cultura do autocuidado, qualidade de vida, prevenção primária e secundária do câncer de mama por meio da produção de vídeos, frases, desenhos e cartazes.
Todos os anos, é durante o lançamento que os educadores são capacitados e orientados sobre a aplicação do projeto em sala de aula. Em 2019, o NEC trouxe até Barretos a palestra ‘Prevenir é o alvo’ e a oficina ‘Chaveiro da Vida – Prevenção ao alcance das mãos’, ministradas pela presidente do Instituto HUMSOL (Instituto Humanista de Desenvolvimento Social) e vice-presidente da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), Tânia Mary Gomez. “Eu faço este trabalho há anos Já viajei o para vários lugares do Brasil e do mundo conhecendo de perto trabalhos de conscientização e prevenção de câncer, mas o que é desenvolvido pelo Hospital de Amor e a maneira como os programas são aplicados aqui é incrível, louvável”.
O Coordenador do NEC, Gerson Lucio Vieira, explica que o Talento Rosa, que faz parte do Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas, é um dos projetos de maior capilaridade e que chega a ser aplicado para quase 30 mil crianças e adolescentes. “Os alunos são estimulados a realizar produções artísticas de acordo com os ciclos escolares, e cada sala de aula elege uma que melhor represente a reflexão da turma. No último ano, recebemos 715 produções de 80 instituições de ensino. Para nós, é importante ver o quanto eles se mobilizam e como toda a informação trabalhada em sala de aula também chega aos familiares, neste caso, para as mulheres de seu núcleo familiar”, se orgulha o coordenador. O NEC também é responsável por oferecer todo o material de subsídio teórico sobre o tema aos docentes, como textos, artigos e vídeos.
Com o objetivo de prestar contas das emendas parlamentares destinadas ao Hospital de Amor, referentes ao ano de 2018, o presidente da instituição, Henrique Prata, se reuniu, no dia 18 de setembro, em Brasília (DF), com deputados, senadores, ex-ministros e assessores para apresentar as benfeitorias realizadas na instituição e em todas as suas unidades e também para fazer a entrega de certificados. Os ex-ministros da Saúde, Ricardo Barros e Gilberto Occhi estiveram presentes no encontro.
Através de emendas individuais e de bancada, os políticos podem escolher entre os mais diversos projetos para beneficiar a população de seu estado. Senadores, deputados estaduais e federais reconhecem o serviço que a instituição oferece aos pacientes oncológicos de todo o Brasil e destinam os recursos financeiros que possuem. Esses recursos são diretamente direcionados a projetos de manutenção e estruturação de suas unidades. “Todo o valor captado é investido no custeio ou na aquisição de equipamentos para o atendimento dos pacientes de todas as unidades do hospital e cada indicação parlamentar é um sinal de comprometimento com a causa”, afirmou a gerente de captação de emendas parlamentares do Hospital de Amor, Adriana Mariano.
“Esclarecer para os parlamentares onde os recursos estão sendo utilizados é nossa missão. Tudo o que fazemos é muito transparente”, declarou Prata.
Atualmente, o HA é o maior captador de filantropias na área da saúde em Brasília. Em 2018, a instituição apresentou um déficit de R$ 294. 219 milhões e as emendas renderam R$ 106.852.629,00.
O Hospital de Amor agradece todos os parlamentares que acreditaram e contribuíram com a missão de salvar vidas! Confira as fotos do evento, clicando aqui. Confira também os recursos direcionados à instituição:
Parlamentares que destinaram emendas
no ano de 2018
ACIR GURGACZ | PDT-RO
R$ 1.000.000,00
ADILTON SACHETTI | PRB-MT
R$ 400.000,00
AELTON FREITAS | PR-MG
R$ 200.000,00
ALAN RICK | DEM-AC
R$ 350.000,00
ANDRÉ ABDON | PP-AP
R$ 1.000.000,00
ANTONIO CARLOS MENDES THAME | PV-SP
R$ 100.000,00
ARNALDO FARIA DE SÁ | PTB-SP
R$ 200.000,00
BALEIA ROSSI | MDB-SP
R$ 1.000.000,00
BANCADA DE RONDÔNIA | RO
R$ 29.746.494,00
BENEDITA DA SILVA | PT-RJ
R$ 100.000,00
BRUNA FURLAN | PP-AP
R$ 1.000.000,00
CABUÇU BORGES | MDB-AP
R$ 236.135,00
CAPITÃO AUGUSTO | PR-SP
R$ 250.000,00
CARLOS ANDRADE | PHS-SC
R$ 200.000,00
CARLOS HENRIQUE GAGUIM | DEM-TO
R$ 500.000,00
CARLOS MARUM | MDB-MS
R$ 6.000.000,00
CARLOS MARUM | MDB-MS
R$ 100.000,00
CESAR HALUM | PRB-TO
R$ 500.000,00
DAVI ALCOLUMBRE | DEM-AP
R$ 4.000.000,00
DULCE MIRANDA | MDB-TO
R$ 1.000.000,00
EDUARDO AMORIM | PSDB-SE
R$ 400.000,00
EDUARDO BOLSONARO | PSL-SP
R$ 1.000.000,00
FLAVIANO MELO | MDB-AC
R$ 400.000,00
GLADSON CAMELI | PP-SP
R$ 500.000,00
HIRAN GONÇALVES | PP-RR
R$ 200.000,00
JAIR BOLSONARO | PSL-RJ
R$ 1.000.000,00
JEFFERSON CAMPOS | PSB-SP
R$ 500.000,00
JOÃO CAPIBERIBE | PSB-AP
R$ 1.000.000,00
JOÃO PAULO PAPA | PSDB-SP
R$ 670.000,00
JOSÉ SERRA | PSDB-SP
R$ 1.000.000,00
JOSI NUNES | PROS-TO
R$ 500.000,00
KÁTIA ABREU | PDT-TO
R$ 500.000,00
LÁZARO BOTELHO | PROS-TO
R$ 300.000,00
LINDOMAR GARÇON | PRB-RO
R$ 500.000,00
MARCOS REATEGUI | PSDB-AP
R$ 1.000.000,00
MARIA DO CARMO ALVES | DEM-SE
R$ 630.000,00
MARIANA CARVALHO | PSDB-RO
R$ 300.000,00
MARINHA RAUPP | MDB-RO
R$ 1.000.000,00
MICHEL TEMER | MDB-BR
R$ 20.000.000,00
MILTON MONTI | PR-SP
R$ 300.000,00
MINISTÉRIO DA SAÚDE | BR
R$ 20.000.000,00
MISSIONÁRIO JOSÉ OLÍMPIO | DEM-SP
R$ 100.000,00
NILTON CAPIXABA | PTB-RO
R$ 1.000.000,00
PAULO FEIJÓ | PR-RJ
R$ 300.000,00
PAULO FREIRE | PR-SP
R$ 100.000,00
PAULO MALUF | MDB-SP
R$ 350.000,00
PROF. DORINHA S REZENDE | DEM-TO
R$ 1.000.000,00
PROF MARCIVANIA | PCdoB-AP
R$ 400.000,00
REMÍDIO MONAI | PR-RR
R$ 100.000,00
ROBERTO SALES | DEM-RJ
R$ 100.000,00
RONALDO BENEDET | MDB-SC
R$ 100.000,00
SÉRGIO MORAES | PTB-RS
R$ 500.000,00
SÉRGIO PETECÃO | PSD-AC
R$ 500.000,00
SIMONE TEBET | MDB-MS
R$ 300.000,00
TEREZA CRISTINA | DEM-MS
R$ 200.000,00
TIRIRICA | PR-SP
R$ 500.000,00
VALDEMIR MOKKA | MDB-MS
R$ 400.000,00
VALDEMIR MOKKA | MDB-MS
R$ 530.000,00
VALDIR RAUPP | MDB-RO
R$ 500.000,00
VICENTINHO ALVES | PR-TO
R$ 500.000,00
TOTAL
R$ 106.852.629,00
Um consórcio científico internacional, que contou com a participação do Hospital de Amor e outras instituições brasileiras, americanas e europeias, apresentou os resultados de uma pesquisa que mostra a descoberta de uma mutação genética que pode explicar o porquê de alguns indivíduos terem um risco maior de desenvolver câncer.
O estudo inédito, publicado na Science Advances – uma das revistas científicas mais conceituadas de todo o mundo – que tem como primeira autora a bióloga e pesquisadora brasileira do St. Jude Children’s Research Hospital, Dra. Emilia Modolo Pinto, mostra que pessoas com a mutação R337H no gene TP53, já associada ao desenvolvimento de alguns tumores, podem apresentar uma outra mutação em um segundo gene, denominado XAF1, também transmitida hereditariamente. A pesquisa mostra também que é a presença ou não dessa segunda mutação que define o risco de câncer entre os portadores da R337H.
A pesquisa partiu do intrigante cenário brasileiro, onde portadores da mutação R337H no gene TP53 podem passar a vida sem desenvolver nenhum tumor; outros, apresentando uma forma de câncer; ou, ainda, existindo a associação a casos de uma mesma família com muitos indivíduos com câncer. “Essa variabilidade de apresentação clínica não poderia ser explicada apenas pela R337H. Outro fator genético ou ambiental (ou ambos) deveria estar presente. Então, nesse estudo foi determinado que 69% dos indivíduos que nascem com a mutação R337H do gene TP53 também nascem com a variante E134* no gene XAF1”, conta a pesquisadora.
Em um esforço colaborativo e multidisciplinar, diversas instituições brasileiras enviaram DNA genômico de pacientes com câncer e membros familiares com a mutação R337H. No total, foram estudadas 203 famílias com pelo menos um caso de câncer, das quais 53 fazem o acompanhamento oncogenético no Hospital de Amor, em Barretos (SP). O trabalho também incluiu estudos de laboratório com uso de tecnologias de ponta. “Nesse estudo, estamos mostrando que a presença da mutação R337H, associada à mutação do XAF1 (portanto, mutações em dois genes supressores tumorais), está aumentada nos pacientes com câncer, em particular, nos que apresentavam sarcoma ou naqueles pacientes que tiveram mais de um tumor”, explica.
Até o momento, a presença de duas mutações tão próximas, modulando o risco de câncer nunca havia sido reportada. Segundo a Dra. Emilia Modolo Pinto, a R337H acomete um em cada 300 indivíduos do Sul e do Sudeste do Brasil, mas já é observada com certa relevância em outras regiões do país e até em outros países, por conta do deslocamento natural dessas pessoas. “Nesse trabalho, estamos mostrando que o risco de câncer é maior para quem herda as duas mutações, se comparado com indivíduos que são portadores apenas da R337H”. A pesquisadora explica também que, na prática clínica, ainda é muito cedo para mudanças de protocolo e manejo, mas o rastreamento para as duas mutações deve ser incorporado enquanto se aprofunda o conhecimento sobre o papel dessas duas mutações no acometimento de câncer.
Para o médico geneticista do departamento de oncogenética do HA, que participou do estudo, Dr. Henrique Galvão, esta descoberta contribui para um rastreamento mais preciso entre os portadores da R337H. “Com os resultados do estudo, vamos continuar o trabalho de acompanhamento e incluir o gene XAF1 na prática clínica, com impacto financeiro mínimo para a entidade”. O Hospital de Amor é a única instituição no Brasil que faz o acompanhamento oncogenético de forma gratuita a pacientes e seus familiares. Segundo o geneticista, com os resultados, há a possibilidade de avanço em outros estudos para definir protocolos diferenciados, para os pacientes com e sem a mutação no gene XAF1.
Além do Dr. Henrique Galvão, também contribuíram para o estudo a Dra. Edenir Inez Palmero, docente do programa de pós-graduação em oncologia do hospital, e as discentes do programa de pós-graduação em nível de doutorado da instituição, Cíntia Regina Niederauer Ramos e Sahlua Miguel Volc.
O Hospital de Amor e a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FACISB), se uniram para criar um projeto de telemedicina (prática médica realizada à distância), na tentativa de ajudar toda a população neste difícil momento de pandemia causado pelo novo coronavírus. As ações de “teletriagem” e “telemonitoramento” visam orientar, direcionar e monitorar, individualmente, cada perfil cadastrado nas unidades básicas de saúde (UBSs) de Barretos (SP).
As dinâmicas serão simples: inicialmente, será realizado o primeiro contato com o paciente através de um link, encaminhado por meio de mensagem SMS, contendo um formulário com questões relacionadas à saúde e atividades rotineiras, como: “Quais sintomas você apresenta?”; “Você tem alguma doença crônica?”; “Como se sente em relação a pandemia do coronavírus?”; “Você tem contato frequente com idosos?”, entre outras. Depois de responder as perguntas, o paciente receberá um diagnóstico básico e, então, os alunos do 6º ano do curso de medicina realizarão a análise do relatório. Após esta etapa, eles entrarão em contato com o paciente que apresentar um ou mais sintomas e/ou fizer parte do grupo de risco. Outra opção disponível, é o contato ser realizado pelo próprio paciente. Basta ele ligar para o número de 0800 enviado junto ao SMS e esclarecer dúvidas, solicitar informações ou relatar sintomas.
Para que a ação tenha êxito e que a equipe envolvida entenda o perfil de cada participante, é essencial que o questionário seja respondido por todos, pois só assim será possível identificar as pessoas que encontram-se em estado de alerta ou que necessitam de orientações na luta contra o COVID-19.
Telemedicina: a tecnologia que veio para ficar
Diante da crise gerada pelo coronavírus no país, com grandes impactos e desafios para o sistema de saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou, no último dia 19/3, um ofício ao Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assegurando as condições legais para o uso da telemedicina no combate ao COVID-19, preservando a relação médico-paciente e evitando a possível disseminação do vírus. Porém, há tempos o Hospital de Amor vem abordando diversas formas de implementar essa tecnologia na instituição, buscando um atendimento muito mais eficiente que incorpore técnicas digitais.
Um dos primeiros projetos a ser introduzido na entidade, é o prontuário eletrônico. De acordo com o oncologista do Hospital de Amor e diretor-geral da FACISB, Dr. Sérgio Serrano, a ferramenta irá abranger, de forma integrada e por meio de um sistema unificado, as informações das unidades fixas de tratamento localizadas em Barretos (SP), Jales (SP) e Porto Velho (RO), além das unidades de prevenção espalhadas por vários pontos do país. A iniciativa visa adotar algumas práticas da medicina digital, inclusive com a telemedicina, como parte da estratégia de melhorar o acesso aos pacientes, diminuindo a necessidade de deslocamento deles até Barretos.
“Com a pandemia do coronavírus, vimos que era preciso acelerar e iniciar esse processo, mesmo sem contar com toda tecnologia instalada. Aproveitamos uma estrutura já existente no hospital (call center) e a forte parceria da instituição com a faculdade de medicina, e criamos um grupo de alunos voluntários no ‘teleatendimento’, para que as principais dúvidas dos pacientes em relação a consultas, reagendamentos e medidas preventivas fossem esclarecidas. Dessa forma, estamos identificando a possibilidade de incorporar a telemedicina”, afirmou Serrano.
Para o médico, é possível utilizar essas técnicas para prestar atendimento a todos os pacientes com qualidade, conforto, segurança e humanização, estejam eles em cuidados paliativos, pós-operatório, tratamento com químio e/ou radioterapia e, inclusive depois do segmento (aqueles que estão sem evidências de doença e precisam apenas de acompanhamento médico). “Independentemente de pandemia, essa assistência é essencial e o objetivo é de que se perpetue. Nós temos condições e recursos de ‘ir até o paciente’ prestar assistência ‘dentro da casa dele’ de forma humanizada, ou seja, sem tirar ele do seu conforto. Além disso, é uma ótima experiência de aprendizado para os nossos alunos, residentes e pós-graduandos, pois estamos descobrindo uma outra forma de criar um atendimento de excelência e humanização. Não iremos substituir o contato físico com o paciente, pois isso é fundamental na medicina e não vai se perder nunca, mas iremos substituir algumas consultas que, com toda certeza, conseguiremos fazer à distância sem causar nenhum dano ao tratamento do paciente”, esclareceu.
Através do software Research Eletronic Data Caputure (REDCap) – plataforma de coleta, gerenciamento e disseminação de dados de pesquisa – o Hospital de Amor já está mapeando todo esse processo para poder replicar seu sistema para os outros centros de saúde.
Segundo Serrano, neste momento de crise e isolamento social, a mudança cultural vai acontecer e transformar o cenário de todo o país, pois a telemedicina está cada vez mais presente na vida das pessoas. “A partir do momento em que se cria a possibilidade de se aproximar das pessoas e cuidar delas com alguma nova tecnologia, levando saúde e promoção de saúde, é uma passagem sem volta! A telemedicina é um caminho a ser explorado, atingindo não somente as ‘teleconsultas’, mas também todas as áreas. É a tecnologia mediando todos os processos. É o novo que vem por aí. É um momento para aproveitarmos as novas oportunidades e, quem sabe, sairmos dessa situação dolorosa causada pelo coronavírus ainda mais fortalecidos para criar um mundo melhor”, finalizou o oncologista.
Em razão do aumento dos casos de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) nas últimas semanas, informamos que diversas medidas de controle estão sendo tomadas nas unidades do Hospital de Amor, a fim de minimizar o risco de infecção entre pacientes, acompanhantes e colaboradores, as quais seguem abaixo:
Para pacientes e acompanhantes:
1- Os pacientes em tratamento oncológico não deverão faltar de suas consultas, exames ou procedimentos marcados, devido ao risco que esse tipo de interrupção pode trazer ao seu tratamento. Contudo, se, no dia do atendimento marcado, o paciente (ainda estando em sua cidade de origem) apresentar febre e sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar, aumento da secreção nasal, espirros, etc.), o mesmo deve entrar em contato com a unidade do Hospital de Amor em que realiza seu tratamento para reagendamento, além de procurar atendimento médico na unidade básica de saúde (UBS) do próprio município;
2- O Hospital de Amor também solicita que os pacientes não tragam acompanhantes que estejam com sintomas respiratórios, como os descritos no item anterior. Caso o acompanhante apresente qualquer um desses sintomas, orientamos que ele seja substituído antes do deslocamento à unidade do Hospital de Amor;
3- A presença de acompanhantes está restrita aos casos previstos por lei (pacientes crianças, idosos e portadores de necessidades especiais). Não há uma idade máxima permitida para os acompanhantes, porém, não recomendamos que pessoas acima de 60 anos ou com comorbidades (portadores de doenças que facilitam o desenvolvimento de outras enfermidades) exerçam essa função;
4- Todas as visitas estão suspensas por tempo indeterminado, em todas as unidades do Hospital de Amor e alojamentos da instituição;
5- Haverá triagem de pacientes sintomáticos respiratórios em todas as recepções da instituição, com organização do fluxo de atendimento para síndrome gripal e isolamento de todos os casos suspeitos de COVID-19. Na unidade de Barretos (SP), os pontos de triagem estão localizados na área de estacionamento dos ambulatórios adultos e infantil, e em frente ao Centro de Intercorrência Ambulatorial (CIA). Em Jales (SP), a triagem acontecerá também no estacionamento da unidade. Já em Porto Velho (RO), o processo será feito na recepção principal.
6- Com o objetivo de evitar aglomerações, serão realizados a redução de agendas ambulatoriais e o adiamento de consultas de retorno (semestral ou anual), assim como, também haverá o adiamento de cirurgias eletivas de baixo risco, principalmente, em pacientes idosos. Reforçamos que cada caso será avaliado individualmente, sempre priorizando a saúde e o bem-estar dos pacientes;
7- As ações de envolvimento social (em todas as unidades), tais como: projetos de voluntariado, eventos científicos, religiosos e recreativos, estão canceladas por tempo indeterminado.
Para colaboradores (profissionais que atuam nas unidades do Hospital de Amor):
1- Caso surjam colaboradores apresentando síndrome gripal (febre com sintomas respiratórios), os mesmos serão afastados do contato com paciente;
2- Medidas extensivas de comunicação interna têm sido tomadas, a fim de garantir que as informações relacionadas aos procedimentos corretos cheguem a todos os envolvidos direta e indiretamente no atendimento aos pacientes. Estão ocorrendo renovações de equipamentos de proteção individuais (EPIs), disposição estratégica de álcool em gel, treinamentos relacionados a medidas de controle e higienização, além da exposição de cartazes e comunicados em todos os setores do hospital.
Funcionamento do hemonúcleo e doações de sangue
O hemonúcleo do Hospital de Amor segue realizando suas atividades normalmente, e as doações de sangue e de medula óssea não estão suspensas. Todo doador que comparece ao setor é submetido a uma triagem para garantir sua aptidão para doar. É importante enfatizar que pessoas que apresentam sintomas gripais devem realizar esse tipo de doação 15 dias após o desaparecimento de todos os sinais.
Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com a unidade onde realiza seu tratamento.
O presidente do Hospital de Amor, Henrique Prata, também deixou orientações importantes sobre o coronavírus e um apelo pela colaboração da população. Confira:
O Núcleo de Educação em Câncer (NEC) do Hospital de Amor, lançou na última quinta-feira, dia 5, o “Guia de Educação em Saúde e Câncer”, desenvolvido em parceria com o Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio – SESC. O livro, que começou a ser estruturado há dois anos, é o único deste formato no Brasil e tem como principal objetivo oferecer suporte teórico e prático para ações de Educação em Saúde, sobretudo dentro da temática câncer.
“A temática Educação em Saúde é muito ampla, mas nós tentamos fazer um resgate histórico global, afunilando para América Latina e Brasil, finalizando com a análise dos trabalhos desenvolvidos pelo e no Hospital de Amor durante seus quase 60 anos”, detalhou o coordenador do NEC, Gerson Lúcio Vieira. O guia, que também será disponibilizado em formato digital, traça uma linha do tempo desde a fundação da instituição e conceitua as práticas de atenção ao câncer, até culminar nas ações de educação em saúde desenvolvidas com este viés.
O evento reuniu seis secretários de educação e a diretora de ensino da região de Barretos, além de mais de 150 professores, diretores e coordenadores de escolas de toda região, e também marcou a apresentação da Agenda 2020 do “Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas (PESCE)”, que une 12 projetos do NEC desenvolvidos exclusivamente para o ambiente escolar.
Com o intuito de motivar os educadores e ampliar o conhecimento sobre novos métodos de aprendizado, o NEC trouxe para o lançamento a palestra “Jogos Digitais como estratégia para a Educação e a Saúde”, ministrada por Tiago Eugênio, biólogo formado pela UNESP, com mestrado em psicobiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Cozinhar é uma arte que envolve talento, disciplina e, principalmente, muito amor. Poder reunir amigos queridos e familiares à mesa e servir uma deliciosa refeição é um momento muito especial. Foi isso que o paciente Pedro Bartholo Nery, 55 anos, fez na última quinta-feira, 20 de fevereiro, no IRCAD América Latina – centro de treinamento que faz parte do complexo do Hospital de Amor, em Barretos (SP).
Nery, que é consultor de orçamento, iniciou tratamento no HA em agosto de 2019, quando foi diagnosticado com um tumor no intestino. Desde então, ele enfrenta uma das suas mais difíceis batalhas: a luta contra o câncer. Muito simpático e bom de papo, ele começou seu tratamento paliativo no Hospital São Judas Tadeu (a unidade de cuidados paliativos e de atenção ao idoso do HA) na segunda quinzena de fevereiro deste ano, após ser diagnosticado com metástase no pulmão. E foi durante um de seus papos descontraídos com a equipe da unidade que Nery foi questionado sobre qual seria o seu maior sonho e o que ele gostaria de fazer. Sem titubear, o paciente disse que desejava entrar em uma cozinha e comandar uma equipe de cozinheiros. “A minha paixão é a gastronomia, embora eu nunca tenha feito faculdade, eu nasci com esse dom. E não sou eu quem falo, não. Os meus amigos chefs sempre me pedem conselhos”, afirmou ele, que comandou um Pub, quando tinha 21 anos, em Brasília (DF).
Enquanto pedia alimentos específicos e dava atribuições, a ansiedade de Nery era visível. A alegria dele em poder cozinhar novamente também foi motivo de felicidade para todos os envolvidos nessa ação especial, dentre eles, as cozinheiras do IRCAD e a equipe multiprofissional do HA. Segundo a enfermeira do Hospital São Judas Tadeu, Nayara Silva, foi muito gratificante ver a animação e o brilho nos olhos do paciente. “Em nossa unidade, nós sempre promovemos eventos que visam proporcionar bem-estar tantos dos pacientes, quanto dos acompanhantes”, relatou a profissional, que acompanhou esse momento e ficou à disposição de Nery durante toda o evento, auxiliando o paciente sempre que necessário.
Já que Pedro Nery acredita que para haver uma boa comida é necessário contar com uma ótima equipe, é claro que não podiam faltar importantes escudeiras. Devido à fragilidade do paciente, em decorrência do tratamento, o ‘chef do dia’ contou com a ajuda das cozinheiras do IRCAD, Divina Ferreira, Gessica Burgheti e Sandra Gomes, que trabalharam com todo carinho e dedicação. Afinal, todos estavam reunidos com o mesmo propósito: celebrar a vida. “Poder auxiliar um paciente que deseja cozinhar é gratificante. Nem sempre podemos ajudar todos, mas fico muito contente. Para mim, hoje é um dia de muita satisfação”, contou com os olhos marejados a simpática Divina, cozinheira que comanda a cozinha do IRCAD há nove anos.
Um amor que tempera a vida
Casada oficialmente com Nery há dois anos, Silvia Souto mostra toda orgulhosa as fotos dos pratos preparados pelo marido. “Em casa, ele é o chef. O Pedro domina massas, doces, comida oriental e panificação em geral. Sempre que viajamos e quando pode, ele faz questão de pescar o alimento e preparar a refeição na hora. Tudo sempre muito fresco e feito com muito carinho. Nós temos cinco filhos lindos, dos nossos primeiros relacionamentos, mas eu sei que nós somos uma família muito unida. E tudo isso que enfrentamos nos fortalece ainda mais”, explicou a esposa, que aproveitou para tirar várias fotos enquanto o marido comandava a cozinha.
Silvia relatou já ter ouvido falar sobre o HA anteriormente, mas quando chegou na unidade e viu todo o tratamento que é oferecido, não restou outra alternativa além de admirar o trabalho realizado na instituição. “Aqui, em Barretos, eu me encantei. Em cada profissional, em cada gesto, só consigo ver carinho e amor. Ao ver o trabalho das pessoas do Hospital de Amor, eu voltei a acreditar na humanidade. A gente vê tanta notícia ruim, mas aqui no hospital eu aprendi a acreditar na bondade do ser humano novamente. Só posso agradecer por tudo que vocês fazem por nós”, disse emocionada.
Quando questionado sobre qual chef ele mais admira, Nery afirma gostar do chef Érick Jacquin, devido à vontade dele de valorizar ainda mais a cozinha tradicional. Ele também demonstra empolgação ao falar do lançamento do seu livro, cujo conteúdo terá 100 receitas autorais.
Após todo o cuidadoso preparo dos alimentos, o almoço especial foi servido para ele, sua esposa e para toda a equipe de profissionais que cuida dele no Hospital São Judas Tadeu, dentre eles: médico, assistente social, enfermeiras, fisioterapeutas e todos aqueles que ganharam a admiração do casal de Brasília, que proporcionou um momento lindo, dando mais sabor à vida. Com muito afeto e gentileza de todos, a refeição foi selada com um emocionante brinde: “Eu quero fazer um brinde à humanidade, porque nós somos seres humanos e, em um momento de dor e sofrimento, é disso que precisamos. Tenho a certeza de que esse momento valeu muito mais do que qualquer remédio que eu já tomei no hospital. Por isso, um brinde à humanidade“, finalizou ele, emocionado.
E como toda bela amizade, grande amor e deliciosa refeição, os preciosos momentos também são eternizados nas memórias, assim como afirma a jornalista e também paciente paliativa, Ana Michelle Soares: “se tem um jeito de a gente ser eterno, é vivendo nas pessoas”.
Receita que foi servida durante o almoço:
Linguiça embriagada do chef Nery
Ingredientes
– 1/2 quilo de linguiça fresca, fina e pura de porco;
– 4 colheres de sopa de mel;
– 1 copo de cerveja tipo pilsen;
– 1 dose de pinga, conhaque ou whisky;
– Salsa ou coentro fresco, bem picadinho.
Modo de fazer
Corte a linguiça em pedaços de 1,5 cm. Aqueça bem a frigideira e coloque o azeite de oliva e a linguiça. Quando a linguiça começar a dourar, abaixe o fogo e deixe criar o caldo (por isso é importante a linguiça ser fresca, já que o objetivo é formar bastante caldo, que é fundamental para a receita dar certo).
Quando houver bastante ‘caldo’, coloque o mel e abaixe o fogo, deixando caramelizar o mel com o caldo no fundo. Mexa um pouco, isso ajudará durante o processo.
Assim que estiver bem caramelizado (lembre-se: caramelizado não é carbonizado, não deixe queimar, mas sim ficar na cor ferrugem, bem escura). Feita a caramelização corretamente, coloque a cerveja de uma vez, desmanchando o caramelo e formando um caldo bonito, na cor marrom. Deixe o caldo reduzir até engrossar, como a espessura do mel ou um pouco mais grosso.
Nesse momento exato, jogue a pinga ou a bebida que escolheu e flambe. Use o seu método.
No momento em que o flambado se apagar, passe a linguiça para a tigela em que vai servir. Decore com a erva picada que você escolheu. Bom apetite!
O cuidado com a saúde mental é um assunto que está cada vez mais em evidência, inclusive, no ambiente de trabalho. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão ocupa o 1º lugar no ranking de doenças, quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) relatou, em relatório apresentado em 2019, que o Brasil apresenta as maiores taxas de incapacidade causada por depressão (9,3%) e ansiedade (7,5%) do continente americano. Diante desses dados preocupantes, é extremamente necessário instituir uma política de prevenção. Sabendo do aumento do índice de pessoas afetadas, o governo federal publicou em abril do ano passado, a Lei nº 13.819/2019, que regulamenta a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, que estimula ainda mais iniciativas que promovem o bem-estar e a saúde mental.
Com o intuito de realizar ações ligadas ao autocuidado e inspirado pela campanha ‘Janeiro Branco’, o Grupo de Trabalho de Humanização do Hospital de Amor promoveu a 1ª “Semana de Conscientização da Saúde Mental”, nos dias 20, 21, 22 e 23 de janeiro, na Santa Casa de Misericórdia de Barretos e na unidade adulta do HA. Durante a programação, ocorreram diversas atividades referentes à saúde mental, destinadas exclusivamente para os colaboradores das duas instituições, que participaram de palestras, atividades de pinturas lúdicas e ginástica laboral.
Segundo a psicóloga da instituição, Dra. Mariana Ducatti, foi a primeira vez que o HA participou da campanha ‘Janeiro Branco’, por isso, ficou definido que a ação seria voltada apenas para os funcionários e não para os pacientes, que já contam com o apoio da equipe de psicólogos do hospital. A campanha, que teve como tema “Diferentes Tipos de Cuidado”, foi promovida em parceria com os alunos do curso de psicologia, da Faculdade Barretos.
A iniciativa ‘Janeiro Branco’ foi criada em 2014, em Uberlândia (MG), por um grupo de psicólogos. A mobilização já ganhou amplitude mundial, alcançando países como Estados Unidos, Japão e Portugal. Inicialmente, o propósito da ação era convidar a população para discutir sobre felicidade e qualidade de vida. Agora, possui uma amplitude maior: janeiro foi escolhido por representar, de maneira simbólica, um mês de renovação e de novos projetos pessoais e profissionais.
Diferentes tipos de cuidado
A palestra ‘Diferentes tipos de cuidado: como identificar e como se cuidar’, ministrada por alunos do curso de psicologia e que abriu as atividades no dia 20, teve como objetivo apresentar a campanha “Janeiro Branco” e dar dicas de autocuidado. Simultaneamente, os colaboradores tiveram acesso a sessões de reiki, oferecidas por voluntários.
Luis Roberto Toneti é um dos voluntários da Associação Voluntária de Combate ao Câncer (AVCC) e atua no Hospital de Amor há quatro anos. Desde 2019, ele oferece sessões no Instituto de Prevenção para as pacientes. “O reiki é uma energia de amor e nós percebemos que tudo o que é feito para os pacientes no hospital, é feito com muito zelo. Nós trabalhamos com amor e sabemos que os colaboradores da instituição têm essa missão: tratar todas as pessoas com esse sentimento. Sendo assim, nós temos o intuito de oferecer boas energias para todos”, afirmou Luís, que percebeu ótima receptividade por parte dos colaboradores.
Ao todo, 32 funcionários participaram das sessões, dentre eles, a recepcionista Lúcia Helena Domingos, que atua na instituição há sete anos. Ela, que afirmou ter saído energizada da sua primeira experiência com a técnica, também participou da ginástica laboral, no dia 22. “Adorei fazer os exercícios e espero que esta atividade possa continuar. A ginástica laboral é muito importante para ajudar a gente a relaxar e melhorar a postura”, ressaltou. No mesmo dia, a Dra. Mariana apresentou para os líderes do HA a Lei nº 13.819/2019, e aproveitou para tirar dúvidas sobre o tema.
Já a participação da equipe de terapeutas ocupacionais de ambas instituições ocorreu no dia 21, quando os profissionais preparam um momento de relaxamento durante os exercícios lúdicos, com direito a pintura e momentos de reflexão.
Para encerrar o evento, a enfermeira do departamento de psiquiatria do Hospital de Amor e instrutora de terapia cognitiva baseada em mindfulness, Caroline Krauser, foi convidada para falar sobre mindfulness e o seus benefícios, no dia 23, no Centro de Eventos Dr. Paulo Prata. “Mindfulness pode nos ajudar de diversas maneiras e em várias situações. Hoje, a ciência mostra que a técnica é eficaz para prevenção de sintomas depressivos, ligados à ansiedade, dor crônica, para redução do estresse e melhora da qualidade de vida, e para quem deseja estabelecer uma relação mais consciente e saudável com seus pensamentos e sentimentos”, relatou a especialista, que aplicou algumas técnicas durante a sua apresentação.
Caroline também enfatizou sobre a importância de ações focadas no bem-estar e na saúde mental. “Existem diversas campanhas de prevenção de câncer na instituição, o que é de extrema importância. Porém, nunca havíamos falado sobre saúde mental para os colaboradores. Só das pessoas perceberem o impacto da saúde mental em suas vidas e de poderem falar sobre isso no local de trabalho, já é um começo incrível”, declarou a enfermeira.
Para Laura Nunes, encarregada de hotelaria e líder do Grupo de Trabalho de Humanização, a ação foi um sucesso, pois possibilitou a integração da equipe e o surgimento de novas ideias e possíveis projetos, que poderão ampliar ainda mais o trabalho do grupo no HA ao longo do ano.
O câncer de cabeça e pescoço compreende os tumores que atingem a cavidade nasal, seios da face, boca, laringe e faringe. Como a boca e a garganta são órgãos essenciais para o ser humano, pois participam de vários processos importantes, como a respiração, fala, alimentação, mastigação e deglutição, é preciso conhecer os sinais e sintomas desta doença, que hoje representa a segunda maior incidência em homens brasileiros. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o ano de 2018 apresentou uma estimativa de 14.700 novos casos de tumor de boca (lábios e interior da cavidade oral) e 7.670 de laringe.
Uma ferida na boca que não cicatriza, um sangramento sem motivo aparente, um corrimento nasal malcheiroso que não passa, rouquidão e nódulos no pescoço podem ser sinais de câncer de cabeça e pescoço e precisam ser investigados com urgência.
O que é o câncer de boca?
Normalmente, o câncer de boca se apresenta como uma ferida que não cicatriza, podendo ser dolorosa ou não. Pode ocorrer nos lábios, no revestimento interno da boca (mucosa bucal), nas gengivas, na língua, na parte da boca que fica debaixo da língua (assoalho da boca), o céu da boca (palato duro) e a área atrás dos dentes do siso (conhecido como trígono retromolar).
O que é câncer de garganta?
A garganta é um termo popular que engloba as regiões da orofaringe, hipofaringe e laringe.
O câncer orofaríngeo é o que se desenvolve na parte da garganta localizada atrás da boca. Essa região inclui a base da língua (a parte de trás da língua), o palato mole, as amídalas, os pilares, as paredes laterais e posteriores da orofaringe.
A hipofaringe é a região da faringe que se localiza inferiormente à orofaringe e fica atrás da laringe (caixa da voz ou ‘Pomo de Adão’), que é um órgão que contém as pregas vocais, responsável pela produção da voz, que se fecha quando comemos e se abre quando respiramos.
Quais são os fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço?
• Álcool: assim como em outros tipos de câncer, o consumo frequente de álcool e o alcoolismo são fatores que aumentam o risco de aparecimento destas lesões.
• Tabaco: o tabagismo (hábito de fumar) é o principal fator isolado que causa o câncer de cabeça e pescoço. Parar com o tabagismo é uma medida fundamental para reduzir o risco de se desenvolver uma neoplasia de cabeça e pescoço.
• Infecções virais pelo vírus do papiloma humano (HPV): o HPV é um vírus transmitido principalmente pelas relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, no pênis, no ânus, colo de útero, cavidade oral e orofaringe. Em alguns casos, essa lesão pode estar presente também na pele, nas cordas vocais (laringe) e no esôfago. Estas lesões são associadas com o aparecimento do câncer nestas regiões.
• Infecções do vírus de Epstein-Bar (EBV): é um vírus que infecta os linfócitos B e afeta a grande maioria dos seres humanos. No entanto, somente alguns indivíduos adquirem a mononucleose infecciosa – uma manifestação do vírus transmitida por contato com outras salivas. Sendo assim, transmitido massivamente pelo beijo. Em sua manifestação aguda, pode causar febre, dor de garganta, mal-estar e fadiga. Sua exposição crônica (e mais rara) pode estar carregada de oncogenes que aumentam a permanência de alguns tipos de células, gerando a probabilidade de ocorrer carcinomas da nasofaringe, linfoma de Burkitt ou de Hodgkin.
• Bebidas quentes: por agredir as células da mucosa, o consumo de bebidas ou comidas muito quentes torna-se um fator de risco secundário. O consumo diário e prolongado de bebidas tradicionalmente servidas em temperaturas altas (como o chimarrão, por exemplo) aumenta o risco de câncer de boca, assim como, o câncer de esôfago.
• Exposição excessiva ao sol: é a grande responsável pelo aparecimento do câncer de pele na região da cabeça e pescoço.
Como prevenir o câncer de cabeça e pescoço?
• Boa higiene bucal: escovar bem os dentes, ter próteses dentárias bem ajustadas e o acompanhamento regular de um dentista é muito importante, pois poderá ser detectado precocemente uma lesão suspeita na cavidade oral.
• Tabagismo: não fumar charuto, cachimbo, cigarro ou derivados é a melhor maneira de evitar a maioria dos cânceres de boca, faringe e laringe.
• Álcool: evitar o uso de bebidas alcoólicas é outro método preventivo efetivo muito importante.
• Dieta: uma dieta balanceada, a base de vegetais como cenoura, abóbora, espinafre, couve, batata doce e frutas como mamão (todas essas ricas em betacaroteno) é uma medida protetiva. Um bom consumo de proteínas e minerais também é um fator preventivo.
• Cuidados na exposição solar: usar protetor solar, boné, chapéu ou outro tipo de proteção quando ficar exposto ao sol, pode prevenir o câncer de pele na face, couro cabeludo e pescoço.
Quais são os sinais e sintomas do câncer de boca e garganta?
Ao identificar a existência de algum dos sintomas e sua permanência por mais de duas semanas, é indicada a realização de uma consulta com um médico de confiança. Nesse caso, o profissional deverá solicitar outros exames para confirmar ou não o diagnóstico.
Muitos desses sinais e sintomas podem ser causados por outros tipos de câncer ou por doenças menos graves e benignas. Mas, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores as chances de cura. Veja abaixo os sintomas que você deve ficar atento para prevenir um câncer de boca ou garganta:
– Ferida na boca sem cicatrização (sintoma mais comum);
– Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias);
– Nódulo persistente ou espessamento na bochecha;
– Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amídala ou revestimento da boca;
– Irritação, dor na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada na garganta;
– Dificuldade ou dor para mastigar ou engolir;
– Dificuldade ou dor para mover a mandíbula ou a língua;
– Inchaço da mandíbula que faz com que a dentadura ou prótese perca o encaixe ou incomode;
– Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva ou dor em torno dos dentes ou mandíbula;
– Mudanças persistentes na voz ou respiração ruidosa;
– Caroços no pescoço;
– Perda de peso;
– Mau hálito persistente.
Quais são os tumores malignos relacionados a cavidade bucal?
Carcinoma Espinocelular
Mais de 90% dos cânceres de boca e garganta são carcinomas de células escamosas, também chamados de carcinomas espinocelulares ou ainda, carcinomas epidermóides. Tratam-se de células escamosas achatadas, que normalmente revestem a cavidade bucal e a garganta. A forma inicial do carcinoma de células escamosas é chamada de carcinoma in situ, isto é, o câncer só está presente nas células da camada de revestimento, chamada de epitélio, e não invade as camadas mais profundas. Um carcinoma espinocelular invasivo significa que as células do câncer penetraram em camadas mais profundas da cavidade bucal e da orofaringe.
Carcinoma Verrugoso
O carcinoma verrugoso é uma variante do carcinoma espinocelular que responde por menos de 5% dos tumores da boca. É um câncer de baixa agressividade, que raramente produz metástases, mas que pode se espalhar profundamente pelos tecidos vizinhos. A remoção cirúrgica do tumor com boa margem de tecidos ao redor, é recomendada nesses casos.
Quais são os tumores relacionados à região do pescoço?
Os tumores malignos do pescoço podem ser primitivos (quando têm a origem no próprio pescoço) ou secundários (metastáticos, ou seja, que surgiram em outros órgãos e se disseminaram para o pescoço.) Qualquer tecido presente no pescoço pode originar um tumor, principalmente na faringe, laringe e tireoide. Há outros tipos de tumores específicos na região do pescoço:
Linfoma de Hodgkin
Trata-se de um tumor maligno originado no tecido linfático. Ele possui um crescimento lento, indolor, podendo gerar febre e perda de peso. Os linfonodos (os “caroços”, também conhecidos como ínguas) têm forma assimétrica, tornando-se parecidos com um “cacho-de-uvas” São dotados de uma superfície lisa e com limites definidos.
Linfoma não-Hodgkin
São linfonodos mais evoluídos, com formas simétricas no pescoço, podendo atingir cadeias linfáticas não relacionadas. Atinge e prejudica o tecido linfático do pescoço, apresentando infiltrações ou lesões nodulares submucosas com cor vermelha ou vinho. Podem estar distribuídos nos dois lados do pescoço, com uma consistência dura, fixa e indolor com infiltração para o tecido celular subcutâneo e pele.
Como realizar o diagnóstico de câncer de garganta?
Muitos casos de câncer de boca e garganta podem ser diagnosticados precocemente durante exames médicos ou dentários de rotina. Alguns cânceres produzem sintomas logo no início, levando o paciente a procurar o médico. Mas, infelizmente, muitos casos só provocam sintomas quando atingem um estágio avançado ou então, causam sintomas que parecem ser de outro problema, como dor de dente, por exemplo.
– Check-ups dentários regulares: que incluem o exame da boca, são importantes para a detecção precoce de lesões pré-cancerosas do câncer de boca e de garganta.
– Exames físicos: o médico examina o pescoço para poder checar a tireoide, a laringe e os linfonodos para checar se há algum tipo de caroço ou algo irregular ao engolir.
– Laringoscopia indireta: para este exame, o médico utiliza um espelho pequeno para chegar à sua garganta, analisando se há alguma área anormal e o movimento das cordas vocais. É um exame simples e indolor.
– Laringoscopia direta: é realizada a inserção de laringoscópio (um tubo fino e com luz) através de seu nariz ou sua boca para conseguir auxiliar a ver áreas que o espelho não alcança em sua garganta. A aplicação de uma anestesia local e um sedativo ajuda a prevenir qualquer tipo de engasgo e desconforto durante o exame. A anestesia geral também pode ser utilizada para fazer a pessoa dormir. Este exame pode ser feito tanto em uma clínica, como em um hospital.
– Tomografia computadorizada ou CT Scan: para realizar esse exame, o paciente, provavelmente, receberá um contraste para a laringe e o pescoço para que possa aparecer qualquer tipo de alteração ou neoplasia de uma forma clara nas fotos geradas pelo aparelho.
– Biópsia: a biópsia consiste em uma remoção do tecido supostamente cancerígeno para que as células desse material sejam analisadas por um patologista. Para a realização deste exame é utilizada a anestesia local ou a geral e a coleta do material ocorre pelo laringoscópio.
Como realizar o diagnóstico de câncer de boca?
No caso do paciente possuir algum sintoma que possa sugerir o câncer oral, o médico ou o dentista checam a boca e a garganta dele, procurando anormalidades, caroços ou outros problemas. Neste exame, é verificado o céu da boca, o assoalho da boca, a parte interior dos lábios, das bochechas, linfonodos, a parte de trás da garganta e a língua (em sua extensão e laterais).
Se após esses exames, não for diagnosticado nada e os sintomas persistirem, é necessário procurar um médico especializado, como um otorrinolaringologista. Se o câncer oral for diagnosticado, é preciso que se descubra qual o seu estágio para iniciar o tratamento. É necessário verificar se as células cancerígenas não atingiram outros órgãos, realizando assim, o que se chama de metástase de câncer oral.
– Raios-X: esse exame é suficiente para poder identificar se o câncer se espalhou para outros locais da face.
– Tomografia computadorizada ou CT Scan: após uma injeção de contraste, esse exame funciona conectado a um computador que realiza imagens em raio-x. Ele é eficiente para mostrar se outro órgão foi acometido pela doença.
– Ressonância Magnética: instrumento que também realiza imagens detalhadas do corpo, mostrando se o câncer oral se espalhou.
– Endoscopia: o conhecido método funciona através de um fino e iluminado tubo que pode mostrar a sua garganta, a traqueia e os pulmões. Uma anestesia local pode ser utilizada para evitar o desconforto, dores e impedir engasgamentos.
Como ocorre o tratamento de cabeça e pescoço?
– Cirurgia: a cirurgia é o tratamento mais utilizado para o câncer de cabeça e pescoço, podendo ou não ser realizado em combinação com a radioterapia. A recuperação acaba sendo diferente para cada paciente e, por ser uma área sensível do corpo, as dores podem estar presentes nos primeiros dias depois do procedimento. Os medicamentos específicos para aliviar as dores devem ser discutidos com os médicos que estão cuidando do caso.
Depois da cirurgia, a face pode parecer diferente e a recuperação depende exclusivamente do tipo e da extensão do tumor. Tumores pequenos, geralmente, não costumam causar nenhuma alteração, mas no caso de tumores maiores, é necessário remover parte da mandíbula, dos lábios, do palato ou da língua. Nesses casos, existem cirurgias plásticas ou reconstrutivas que podem ser feitas para melhorar o aspecto visual. Assim como a cirurgia plástica, o acompanhamento de uma fonoaudióloga pode ajudar na recuperação da habilidade de mastigar, engolir ou falar – ações que podem ter sido afetados pela cirurgia.
– Quimioterapia e Radioterapia: a quimioterapia para câncer oral, geralmente, é aplicada nas veias, podendo ter associação com a radioterapia simultaneamente. Dependendo do tratamento e das reações, é necessário que o paciente fique um tempo no hospital.
Cada tipo de tratamento gera um tipo de reação, pois depende muito do tipo de medicação aplicada e da quantidade. Esses fatores podem resultar em dores na boca, boca seca, efeitos colaterais, infecção e mudanças no paladar. Os medicamentos acabam gerando esse tipo de reação, porque, além de eliminar algumas células cancerígenas com crescimento rápido, algumas drogas anticâncer podem causar danos as células normais que também se dividem rapidamente. Entre os efeitos colaterais, alguns podem ser os mais comuns:
• Células sanguíneas: quando o paciente está realizando quimioterapia, os níveis de células sanguíneas saudáveis diminuem, fazendo com que a pessoa se sinta cansada, fraca e com possibilidade maior de contrair uma infecção. A equipe médica responsável acompanha o quadro clínico para entender se é necessário alterar a quantidade da quimioterapia ou reduzir a dose da droga.
• Raízes do cabelo: embora a quimioterapia possa causar queda de cabelo (DrDanslipbalm), saiba que ele irá crescer novamente, mas pode alterar a coloração e a textura.
• Trato digestivo: a quimioterapia para tratar câncer oral pode causar a perda do apetite, náusea, vômitos, formigamento nas mãos e nos pés, diarreia e feridas nos lábios. A equipe de saúde pode dar medicamentos e sugerir outras maneiras de ajudar com esses problemas. Esses efeitos podem ocorrer no começo do tratamento ou no período após seu término.
– Terapia-Alvo: o câncer de cabeça e pescoço pode se utilizar de um tipo de terapia específica, junto da radioterapia e a quimioterapia. Essa prática utiliza um medicamento que inibe as células do câncer oral, interferindo no crescimento dessa célula e impedindo a metástase da doença. Durante a utilização do remédio, algumas pessoas podem apresentar reações alérgicas como febre, dor de cabeça, diarreia e vomito.
Como devo me alimentar após ter um câncer oral?
Após passar por uma cirurgia e um tratamento do câncer oral, a dieta adquire um papel importante na recuperação. As dificuldades para alimentar-se podem aumentar e problemas de deglutição, vômitos, náusea, indisposição, boca seca e falta de apetite podem ocorrer. Portanto, é muito importante relatar os problemas para a equipe médica, pois ela pode oferecer alternativas que podem melhorar a qualidade de vida.
Abaixo, uma lista para escolher os alimentos certos de acordo com seus sintomas:
• Boca machucada: evitar comidas pontudas e duras, como batatas chips.
• Boca seca: o ideal é o consumo de comidas macias com molhos, caldos, sopas, milk-shakes ou vitaminas. Manter a boca seca aumenta o risco de cáries dentárias.
• Problemas em engolir: o médico e/ou o nutricionista irão encaminhar uma dieta específica e sugerir a alimentação por um tubo ligado ao estômago, através de uma incisão no abdômen ou que coma os alimentos na forma líquida.
– Reconstrução: muitas pessoas com câncer oral precisam fazer cirurgias plásticas corretivas ou a reconstrução de uma parte do corpo. Para realizar esse procedimento, pode-se reconstruir a parte afetada com músculos, ossos e tecidos deslocados de uma parte do corpo para outra. Para todos os tipos de cirurgias de reconstrução, é preciso sempre consultar um cirurgião plástico depois que o tratamento para câncer oral começar. É possível realizar a reconstrução simultaneamente com o tratamento ou realizar o procedimento depois de terminá-lo. É sempre necessário conversar com o médico responsável pelo tratamento.
– Reabilitação: se o câncer oral interferir na fala, deve-se procurar um fonoaudiólogo para auxiliar. Com exercícios diários, a voz e a habilidade para falar irão retornar. Alguns pacientes vão precisar de próteses para que eles possam falar e comer.
Como ter uma vida saudável após ter câncer de cabeça e pescoço?
Após a cirurgia e os diversos tipos de tratamento, é essencial realizar exames periódicos de boca, garganta e pescoço para notar se há algo errado ou se alguma mudança no tratamento se faz necessária. Esses testes podem incluir um exame físico, testes sanguíneos, raios-x do peito, entre outros. Parar com o consumo de álcool e de cigarro diminui o risco de aparecer um novo tipo de câncer e outros problemas de saúde.
Uma importante parceria entre o Hospital de Amor e a Azul Linhas Aéreas tem beneficiado de maneira muito significativa mulheres atendidas pelas unidades de prevenção do hospital espalhadas pelo Brasil. A Azul tem o “Outubro Rosa” – mês de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama – como sua maior causa social e, há 9 anos, trabalha em ações relacionadas à prevenção e à detecção precoce da doença. Desde 2017, a empresa passou a desenvolver projetos que contribuem com o trabalho de qualidade e humanização que é desenvolvido pelo Hospital de Amor.
As iniciativas, que vão desde o “Conexão Azul Rosa” – que já proporcionou com que mais de 90 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, vindas das diversas regiões do Brasil, tivessem a oportunidade de chegar a um centro especializado de tratamento com o conforto e a agilidade que uma viagem de avião podem oferecer; passando pela coleção “Outubro Rosa” da Azul Collection – que é a linha de produtos oficiais da Azul – que também beneficia a instituição; até o concurso de cartas “Próximo Destino: a Vitória” – uma ação ligada à unidade de negócios da Azul (Azul Viagens), que oferece uma viagem incrível para pacientes com um acompanhante.
Para a coordenadora de responsabilidade social da companhia aérea, Ivana Nascimento, a parceria entre a Azul e o HA tem trazido resultados muito satisfatórios e tende a se expandir cada vez mais. “Nós sabemos o quanto essas iniciativas têm rendido bons frutos e esperamos que elas durem por muito mais tempo. O impacto social que elas trazem é muito grande e positivo”, afirmou.
“Nosso instituto conta com várias iniciativas que visam integrar cultura, saúde e ciência, em busca de trazer à sociedade uma abordagem da temática do câncer que pode ser pensada a partir de atividades lúdicas que vão além do universo da doença, a partir de vivências e linguagens que estimulam a humanização dos processos de prevenção, tratamento e cura, e isso se alinha perfeitamente ao que a Azul quer proporcionar a essas pacientes”, explicou a coordenadora de projetos do Instituto Sociocultural do Hospital de Amor, Marcella Marchioreto.
Premiando histórias inspiradoras
Na última sexta-feira, 18 de outubro, aconteceu a segunda edição da premiação do concurso de cartas “Próximo Destino: a Vitória”, que é realizado numa parceria entre a Azul Viagens e o Instituto Sociocultural do Hospital de Amor. Na cerimônia, duas pacientes – Eliane Rodrigues da Silva e Sirlei Mantovani David – foram contempladas com uma viagem com acompanhante para o Nordeste (podendo optar entre os destinos de Fortaleza/CE e Natal/RN), com tudo pago. Para Sirlei, que vai levar o filho como acompanhante, a conquista foi algo que veio na hora certa. “Eu acho que já estava escrito por Deus, pois, eu sempre sonhei em conhecer uma praia do Nordeste. Meu filho não conhece a praia, e eu sempre quis dar uma viagem para ele”. Eliana já sabe exatamente quem será sua companheira de viagens: a irmã, Erodite. “Ela é mais do que uma irmã. Sempre esteve do meu lado nas lutas, e agora não vai ser diferente”, relatou.
Em seu primeiro ano, o concurso premiou outros duas pacientes que lutaram contra o câncer de mama. Uma dessas mulheres, Luzia Silva, também participou da cerimônia de 2019 e contou sua experiência. O encontro reuniu ainda representantes da Azul, profissionais que atuam no voluntariado da empresa e colaboradores do HA.
Você pode conferir as cartas das duas pacientes ganhadoras deste ano, clicando aqui.
Um voo Azul Rosa
Outra convidada especial abrilhantou ainda mais o evento de celebração dessa parceria de sucesso. A sul-mato-grossense, Zaira Leite, uma das mais de 90 mulheres beneficiadas com o projeto “Conexão Azul Rosa”, trouxe seu relato de esperança, reforçando o impacto dessas ações na vida das pacientes do hospital. “Essa viagem de avião deixou meu tratamento mais leve. É muito difícil lutar contra o câncer e essa, sem dúvida, foi uma aventura que transformou completamente meu tratamento, de uma maneira muito positiva”, declarou.
Uma coleção que salva vidas
Apoiar a causa do “Outubro Rosa” é muito mais fácil com a Azul Collection. A linha de produtos inclui camisetas, chaveiros, copos, bloco de notas, meias e muito mais. Para adquirir os itens solidários, basta clicar no banner abaixo ou acessar o link: www.azulcollection.com.br/outubro-rosa.
Outubro ainda não chegou, mas as ações que se estenderão durante o mês destinado à conscientização sobre a prevenção do câncer de mama já começaram no Hospital de Amor. Exemplo disso é o projeto Talento Rosa 2019, lançado na última quarta-feira (18) para cerca de 170 professores, dirigentes e representantes das escolas públicas e particulares de Barretos (SP) e região. O projeto, que é organizado pelo Núcleo de Educação em Câncer (NEC), ligado ao Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do HA, tem o intuito de estimular nos alunos a cultura do autocuidado, qualidade de vida, prevenção primária e secundária do câncer de mama por meio da produção de vídeos, frases, desenhos e cartazes.
Todos os anos, é durante o lançamento que os educadores são capacitados e orientados sobre a aplicação do projeto em sala de aula. Em 2019, o NEC trouxe até Barretos a palestra ‘Prevenir é o alvo’ e a oficina ‘Chaveiro da Vida – Prevenção ao alcance das mãos’, ministradas pela presidente do Instituto HUMSOL (Instituto Humanista de Desenvolvimento Social) e vice-presidente da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), Tânia Mary Gomez. “Eu faço este trabalho há anos Já viajei o para vários lugares do Brasil e do mundo conhecendo de perto trabalhos de conscientização e prevenção de câncer, mas o que é desenvolvido pelo Hospital de Amor e a maneira como os programas são aplicados aqui é incrível, louvável”.
O Coordenador do NEC, Gerson Lucio Vieira, explica que o Talento Rosa, que faz parte do Programa de Educação em Saúde e Câncer nas Escolas, é um dos projetos de maior capilaridade e que chega a ser aplicado para quase 30 mil crianças e adolescentes. “Os alunos são estimulados a realizar produções artísticas de acordo com os ciclos escolares, e cada sala de aula elege uma que melhor represente a reflexão da turma. No último ano, recebemos 715 produções de 80 instituições de ensino. Para nós, é importante ver o quanto eles se mobilizam e como toda a informação trabalhada em sala de aula também chega aos familiares, neste caso, para as mulheres de seu núcleo familiar”, se orgulha o coordenador. O NEC também é responsável por oferecer todo o material de subsídio teórico sobre o tema aos docentes, como textos, artigos e vídeos.
Com o objetivo de prestar contas das emendas parlamentares destinadas ao Hospital de Amor, referentes ao ano de 2018, o presidente da instituição, Henrique Prata, se reuniu, no dia 18 de setembro, em Brasília (DF), com deputados, senadores, ex-ministros e assessores para apresentar as benfeitorias realizadas na instituição e em todas as suas unidades e também para fazer a entrega de certificados. Os ex-ministros da Saúde, Ricardo Barros e Gilberto Occhi estiveram presentes no encontro.
Através de emendas individuais e de bancada, os políticos podem escolher entre os mais diversos projetos para beneficiar a população de seu estado. Senadores, deputados estaduais e federais reconhecem o serviço que a instituição oferece aos pacientes oncológicos de todo o Brasil e destinam os recursos financeiros que possuem. Esses recursos são diretamente direcionados a projetos de manutenção e estruturação de suas unidades. “Todo o valor captado é investido no custeio ou na aquisição de equipamentos para o atendimento dos pacientes de todas as unidades do hospital e cada indicação parlamentar é um sinal de comprometimento com a causa”, afirmou a gerente de captação de emendas parlamentares do Hospital de Amor, Adriana Mariano.
“Esclarecer para os parlamentares onde os recursos estão sendo utilizados é nossa missão. Tudo o que fazemos é muito transparente”, declarou Prata.
Atualmente, o HA é o maior captador de filantropias na área da saúde em Brasília. Em 2018, a instituição apresentou um déficit de R$ 294. 219 milhões e as emendas renderam R$ 106.852.629,00.
O Hospital de Amor agradece todos os parlamentares que acreditaram e contribuíram com a missão de salvar vidas! Confira as fotos do evento, clicando aqui. Confira também os recursos direcionados à instituição:
Parlamentares que destinaram emendas
no ano de 2018
ACIR GURGACZ | PDT-RO
R$ 1.000.000,00
ADILTON SACHETTI | PRB-MT
R$ 400.000,00
AELTON FREITAS | PR-MG
R$ 200.000,00
ALAN RICK | DEM-AC
R$ 350.000,00
ANDRÉ ABDON | PP-AP
R$ 1.000.000,00
ANTONIO CARLOS MENDES THAME | PV-SP
R$ 100.000,00
ARNALDO FARIA DE SÁ | PTB-SP
R$ 200.000,00
BALEIA ROSSI | MDB-SP
R$ 1.000.000,00
BANCADA DE RONDÔNIA | RO
R$ 29.746.494,00
BENEDITA DA SILVA | PT-RJ
R$ 100.000,00
BRUNA FURLAN | PP-AP
R$ 1.000.000,00
CABUÇU BORGES | MDB-AP
R$ 236.135,00
CAPITÃO AUGUSTO | PR-SP
R$ 250.000,00
CARLOS ANDRADE | PHS-SC
R$ 200.000,00
CARLOS HENRIQUE GAGUIM | DEM-TO
R$ 500.000,00
CARLOS MARUM | MDB-MS
R$ 6.000.000,00
CARLOS MARUM | MDB-MS
R$ 100.000,00
CESAR HALUM | PRB-TO
R$ 500.000,00
DAVI ALCOLUMBRE | DEM-AP
R$ 4.000.000,00
DULCE MIRANDA | MDB-TO
R$ 1.000.000,00
EDUARDO AMORIM | PSDB-SE
R$ 400.000,00
EDUARDO BOLSONARO | PSL-SP
R$ 1.000.000,00
FLAVIANO MELO | MDB-AC
R$ 400.000,00
GLADSON CAMELI | PP-SP
R$ 500.000,00
HIRAN GONÇALVES | PP-RR
R$ 200.000,00
JAIR BOLSONARO | PSL-RJ
R$ 1.000.000,00
JEFFERSON CAMPOS | PSB-SP
R$ 500.000,00
JOÃO CAPIBERIBE | PSB-AP
R$ 1.000.000,00
JOÃO PAULO PAPA | PSDB-SP
R$ 670.000,00
JOSÉ SERRA | PSDB-SP
R$ 1.000.000,00
JOSI NUNES | PROS-TO
R$ 500.000,00
KÁTIA ABREU | PDT-TO
R$ 500.000,00
LÁZARO BOTELHO | PROS-TO
R$ 300.000,00
LINDOMAR GARÇON | PRB-RO
R$ 500.000,00
MARCOS REATEGUI | PSDB-AP
R$ 1.000.000,00
MARIA DO CARMO ALVES | DEM-SE
R$ 630.000,00
MARIANA CARVALHO | PSDB-RO
R$ 300.000,00
MARINHA RAUPP | MDB-RO
R$ 1.000.000,00
MICHEL TEMER | MDB-BR
R$ 20.000.000,00
MILTON MONTI | PR-SP
R$ 300.000,00
MINISTÉRIO DA SAÚDE | BR
R$ 20.000.000,00
MISSIONÁRIO JOSÉ OLÍMPIO | DEM-SP
R$ 100.000,00
NILTON CAPIXABA | PTB-RO
R$ 1.000.000,00
PAULO FEIJÓ | PR-RJ
R$ 300.000,00
PAULO FREIRE | PR-SP
R$ 100.000,00
PAULO MALUF | MDB-SP
R$ 350.000,00
PROF. DORINHA S REZENDE | DEM-TO
R$ 1.000.000,00
PROF MARCIVANIA | PCdoB-AP
R$ 400.000,00
REMÍDIO MONAI | PR-RR
R$ 100.000,00
ROBERTO SALES | DEM-RJ
R$ 100.000,00
RONALDO BENEDET | MDB-SC
R$ 100.000,00
SÉRGIO MORAES | PTB-RS
R$ 500.000,00
SÉRGIO PETECÃO | PSD-AC
R$ 500.000,00
SIMONE TEBET | MDB-MS
R$ 300.000,00
TEREZA CRISTINA | DEM-MS
R$ 200.000,00
TIRIRICA | PR-SP
R$ 500.000,00
VALDEMIR MOKKA | MDB-MS
R$ 400.000,00
VALDEMIR MOKKA | MDB-MS
R$ 530.000,00
VALDIR RAUPP | MDB-RO
R$ 500.000,00
VICENTINHO ALVES | PR-TO
R$ 500.000,00
TOTAL
R$ 106.852.629,00